611 |
A colocação dos pronomes clíticos em O Patrocínio: periódico da imprensa negra de Piracicaba / The placement of clitic pronouns in O Patrocínio: journal of the black press of PiracicabaCalindro, Ana Regina Vaz 24 April 2009 (has links)
Esse trabalho baseia-se no estudo da colocação pronominal, pois este já é reconhecidamente um fator crucial na identificação de diferenças gramaticais entre PE e PB, verificadas desde o século XVIII.O objetivo deste trabalho é verificar se há alguma característica na linguagem dos jornais de imprensa negra que os diferencie dos da imprensa de circulação mais ampla e de outros documentos da época. E, assim, confirmar a diferença entre as variantes brasileira e europeia da língua portuguesa não é apenas superficial, mas gramatical, uma vez que enquanto o PE se tornou uma língua de colocação enclítica dos pronomes átonos, o PB tornou-se a mais proclítica das línguas românicas. Sendo assim, foram analisados dois jornais: O Patrocínio (1925- 1930), um periódico da imprensa negra da cidade de Piracicaba; e, a título de comparação, A Gazeta de Piracicaba (1882-1937), um exemplar da imprensa majoritária da época. Os jornais são constituídos de textos de diversos gêneros que trazem, portanto, dados que possuem características distintas e particulares em um mesmo periódico. Nesse contexto, o interesse pela imprensa negra surgiu da possibilidade de analisar textos escritos majoritariamente por negros e para negros. Devido a fatores sociais ligados à escolarização da população negra do período, havia a possibilidade do vernáculo da época encontrar-se mais exposto nesse material. Sendo assim, pretendia-se observar se a colocação brasileira se apresentava de forma mais saliente nesses textos que nos da imprensa majoritária. Porém, a história social mostrou que esses periódicos foram escritos por negros que haviam tido acesso, das mais diversas formas, aos padrões cultos da língua. Dessa maneira, a fim de se adequar aos padrões da sociedade da época, buscavam manter a variante culta da língua em sua escrita. De fato, na comparação dos dados da imprensa negra com os da imprensa majoritária foi possível perceber - no que se refere ao fenômeno estudado - uma grande semelhante entre ambos os jornais. Em particular, verificou-se que esses periódicos apresentam padrões de colocação próximos, ou seja, ambos mostram, ao lado da colocação lusitana, a colocação brasileira em percentuais que não se diferenciam significativamente. / This research is based on the investigation of clitic placement in Portuguese, since this a factor of great importance to identify grammatical differences between Brazilian Portuguese (BP) and European Portuguese (EP), acknowledged since the eighteenth century. The main aim is to verify whether there is any specific characteristic on the texts from the so called black press that distinguishes them from the major press from the period. And, then, confirm that the differences between the Brazilian and European variants exist not only superficially, but also in their inner grammar features. While EP has become a language that prefers enclitic placement, BP is the most proclitic of all romance languages. Hence, two newspapers have been analyzed: One of them, named O Patrocínio (1925-1930), represents the so black press, and the other one, called Gazeta de Piracicaba (1882-1937) is from the major press. Newspapers consist of different text genres, thus this data contains different and particular features among the same paper. In this context, the analysis of a black press newspaper is particularly interesting once the texts were mainly written by afro-descendents people, to afro-descendents. Therefore, the language that was actually used by the people at that time was expected to be found. However, the social and historical aspects of the period showed that, somehow, the main writers of these papers had access to the normative grammar of the language. So, as their purpose was to fit in the society of the period, they tried to maintain, in their texts, what was considered to be the correct grammar at the time. Hence, when the data from both papers was compared, it was verified that they have a very similar clitic placement. That is, both of them present the standard European placement along with the Brazilian placement with very similar percentages.
|
612 |
Artigos e possessivos na história do português paulista / Articles and possessives in the history of Paulista Brazilian PortugueseGalo, Gabriella D\'Auria de Morais 07 March 2016 (has links)
Esta dissertação teve como objetivo articular um estudo do determinante diante das formas possessivas com base em um corpus histórico jornalístico composto de anúncios e cartas de leitores e redatores extraídos de jornais paulistas do século XIX. Focalizamos as formas possessivas seu/seus/sua/suas pré-nominais, observando a presença versus ausência do artigo definido e seus diferentes contextos. Nossas hipóteses buscaram resolver algumas questões teóricas relacionadas à estrutura do DP possessivo no PB, entre elas a da opcionalidade aparente do determinante e a da variação na realização de Número no interior da estrutura. Desenvolvemos respostas e análises às questões a partir da associação de dois quadros teóricos: a teoria dos Princípios & Parâmetros (CHOMSKY 1981, 1986) incluindo alguns refinamentos do Programa Minimalista (CHOMSKY 1995, 1998, 2000, 2001, 2004), e os pressupostos elaborados dentro da Sociolinguística Variacionista (cf. WEINREICH, LABOV e HERZOG (WLH) (1968); LABOV (1972, 1994, 2000)). Consideramos também estudos posteriores que conciliaram a mudança paramétrica internalista da língua (ROBERTS (2007)) com fatores extragramaticais que determinam o percurso das formas linguísticas no tempo histórico (KROCH (1989, 1994, 2000)). Para o estudo da estrutura do DP possessivo usamos a análise sobre os Bare Nouns de Cyrino & Espinal (2014). Os resultados obtidos mostraram que a média geral de ausência do determinante diante de DPs possessivos se manteve a mesma nos dois períodos analisados, configurando uma variação estável. Concluímos que não houve, portanto, indícios de oscilação no uso de uma ou outra variante que pudesse demonstrar o avanço de uma delas em detrimento de outra. / The aim of this thesis is to describe the possessive DP structure and investigate the use of the determiner in possessive noun phrases in Paulista Brazilian Portuguese from the 19th century. For our description and analysis, we use advertisements and letters from readers and writers drawn from a historical and journalistic corpus. This research tries to verify if there is a parametric change and the contexts affected by the change and to propose an analysis for the observed facts. We adopt a minimalist approach based on Chomsky (1995, 1998, 2000, 2001, 2004), within the Principles and Parameters Model (CHOMSKY 1981, 1986). We also adopt a variationist sociolinguistical approach (cf. WEINREICH, LABOV and HERZOG (WLH) (1968); LABOV (1972, 1994, 2000)) and studies of internalist parametric change (ROBERTS (2007)) and social factors (KROCH (1989, 1994, 2000)) to determine the way the possible change takes place. In order to explore possessive DP structure we use the Bare Nouns analyses by Cyrino & Espinal (2014). During the period considered, the use of the article was variable, setting a stable variation.
|
613 |
Concordância em construções passivas com argumentos pré e pós verbais e incorporação do singular nu no PB / Agreement in passive constructions with pre and post-verbal argument and incorporation of bare singular in BPSimioni, Leonor 07 December 2011 (has links)
O presente trabalho discute a concordância nas construções passivas do PB e sua relação com a ordem. No primeiro capítulo, evidenciamos que há três padrões possíveis de concordância nessas construções: concordância plena, em que particípio e auxiliar concordam plenamente com o DP; concordância parcial, em que particípio e DP concordam apenas em gênero e a concordância de número no auxiliar é opcional; e concordância default, em que particípio e auxiliar manifestam traços masculinos singulares independente da especificação do argumento. Além disso, mostramos que, à exceção do padrão de concordância default, os demais padrões são possíveis tanto com DPs pré-verbais quanto pós-verbais. Fechamos o capítulo propondo que as diferenças observadas quanto à concordância são devidas a uma reanálise do particípio devido ao enfraquecimento da concordância de número no PB, e passou a contar apenas com traço de gênero. No segundo capítulo, desenvolvemos uma detalhada discussão quanto aos modelos formais de estabelecimento da concordância sentencial e sua adequação aos dados em discussão, levando em conta a hipótese delineada no capítulo 1 quanto à especificação de traços do particípio. Concluímos que tanto as abordagens de Agree propostas por Bokovi (2007) e Nunes (2007) quanto a abordagem de movimento proposta por Hornstein (2009) dão conta dos dados, mediante alguma adaptação. Também nesse capítulo, levantamos a hipótese de que a ordem pré- ou pós-verbal dos DPs nos padrões de concordância plena e parcial são definidos em PF, mediante apagamento de cópias. O capítulo 3 é dedicado a demonstrar que a ordem V DP no PB, apesar de restrita, é possível justamente com predicados passivos e inacusativos e corresponde, nesses casos, a uma diferença na estrutura informacional em relação à ordem DP V. Além disso, discutimos alguns aspectos formais do tratamento da focalização e como seriam derivadas as ordens DP V e V DP nos dados sob análise. No quarto capítulo, discutimos o efeito de definitude no PB, as diferentes interpretações dos sintagmas nominais (fracos e fortes) e que posições podem ocupar na estrutura, relacionando-as à expressão dos juízos tético e categórico no PB (BRITTO, 1998). Também nesse capítulo, defendemos que a concordância default está relacionada à atribuição de um Caso fraco, seguindo De Hoop (1996). Mostramos ainda que um singular nu nunca dispara concordância de gênero nos particípios. Por fim, o quinto capítulo é dedicado a um exame detalhado da sintaxe e semântica dos singulares nus, a fim de explicar os efeitos encontrados ao final do capítulo 4. Nesse capítulo, defendemos que o singular nu do PB não é um DP; nossa hipótese é que esse elemento é incorporado ao verbo quando aparece em posição de objeto, e é um tópico quando em posição de sujeito, seguindo Müller (2004). / The present work discusses agreement in passive constructions in BP and its relation to the ordering of constituents. In chapter 1, we show that there are three possible patterns of agreement in these constructions: full agreement, in which both participle and auxiliary fully agree with the DP; partial agreement, in which gender agreement between participle and DP is mandatory, but number agreement with the auxiliary is optional; and default agreement, in which both participle and auxiliary surface with default values for number and gender. We also show that except for the default pattern, the other ones are possible both with pre- and postverbal DPs. Our proposal is that participle heads have been reanalized due to the loss of number agreement in BP and now host only a gender feature. Chapter 2 is devoted to a detailed discussion of Agree-based and Move-based approaches to agreement. We discuss whether each agreement system can account for the data presented in chapter 1 in light of the proposal made. We conclude that both Nunes (2007) and Bokovi (2007) approaches to Agree can deal satisfactory with the data at hand. We also raise the hypothesis that the constituent order in passive constructions is derived postsyntactically, through copy deletion at PF. In chapter 3, we show that V DP order in BP, though very restricted, is possible with passive and unaccusative predicates. In these cases, we show that such order corresponds to a difference in information structure, hence motivating copy deletion at PF. Chapter 4 is devoted to a discussion of definiteness effects in BP and the different interpretations for nominals, as well as the positions that can be occupied by weak and strong nominals in BP, and relating such matters to the expression of thetic and categoric judgements (BRITTO, 1998). We also support the conclusion that default agreement is generated by a weak Case (DE HOOP, 1996), and show that bare singulars systematically fail to trigger gender agreement on participles. Finally, chapter 5 bears on the issue of bare nominals, their use and intepretation. We claim that bare singulars are not DPs in BP and cannot freely occupy argument positions. We claim instead that bare singulars in object position are incorporated, and that bare singular generic subjects are topics (MÜLLER, 2004).
|
614 |
Fotografia: fragmentação e condensação do tempo na interface homem-máquina / Fotografia: fragmentação e condensação do tempo na interface homem-máquinaScavone, Fernando Pasquale Rocco 17 November 2006 (has links)
Constituem o objeto deste estudo as interações temporais do homem com a máquina na prática do processo fotográfico. Baseado em experiências empíricas e buscando referencias em análises críticas, estrutura-se na sobreposição de três níveis conceituais: sintático, semiótico e psíquico, procura compreender as implicações que as transformações técnicas determinam na linguagem visual do meio. / The object of this study is to examine the time interactions between the photographer and the camera through the photographic process. Based on empirical observations and referring to critical analyses, it is structured in three different conceptual layers: syntactic, semiotic and psychic. It aims to understand the implications that technical transformations determine in the medium visual language.
|
615 |
Formação e interpretação dos verbos denominais do português do Brasil / Training and interpretation of the denominal verbs of the portuguese of BrazilBassani, Indaiá de Santana 01 July 2009 (has links)
Em uma visão etimológica, o Verbo Denominal (VD) é aquele verbo que surgiu historicamente a partir de uma base nominal. Os dicionários consideram que um verbo é denominal quando sua forma nominal cognata tem uma datação anterior nos registros da língua. Há, dessa forma, duas maneiras de tratar a relação entre nome e verbo: em uma perspectiva sincrônica ou diacrônica. Como há certa mistura no tratamento do fenômeno, faz-se necessária uma distinção entre critérios etimológicos e sincrônicos para a determinação do que é um verbo denominal. No presente trabalho, buscamos encontrar critérios formais e sincrônicos para saber quais verbos diacronicamente considerados como denominais podem também ser assim considerados em uma análise sincrônica de formação das palavras e em quais casos há razões comprovadas para propor o abandono do rótulo denominal. Partimos de uma amostra de 4.548 verbos etimologicamente denominais do português, retirados do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, e a restringimos por critérios de frequência a 95 verbos, que constituíram de fato o objeto de análise do estudo. Submetemos todos os verbos a testes estruturais de formação de sentenças sugeridos por Kyparsky (1987), Hale & Keyser (2002) e Arad (2003), a saber: Alternância Causativo-incoativo (Teste1); Alternância Média (Teste 2); Presença de Expressão Perifrástica (Teste 3); Presença de Objeto Cognato (Teste 4); Presença de Adjunto Cognato (Teste 5); Presença de Adjuntos Hipônimos e Hiperônimos (Teste 6). As sentenças foram submetidas a julgamento de 40 falantes nativos de português brasileiro. Os resultados apontaram para uma heterogeneidade no comportamento da classe geral dos VDs. Em suma, há um grupo para os quais os testes indicam uma etapa nominal (gramaticalidade para testes 3,(4),5 e 6) e um outro grupo para os quais os testes não indicam a presença de uma etapa nominal na formação (agramaticalidade para testes 3,5 e 6). Há verbos que participam e não participam de alternâncias (gramaticalidade e agramaticalidade para testes 1 e 2) e, por fim, há um grupo de verbos em que uma acepção remete a uma etapa nominal e outra acepção remete a ausência de etapa nominal. Após observar alternativas de análise em teorias lexicalistas de regras de formação de palavras (Basílio, 1993) e sintaxe-lexical (Hale & Keyser, 2002), conseguimos diferenciar estruturas com uma etapa nominal (denominais) de estruturas derivadas diretamente da raiz com base nos pressupostos da teoria da Morfologia Distribuída (Halle & Marantz, 1993; Harley & Noyer, 1999), mais especificamente Arad (2003), Marantz (2008) e Harley (2005). Conseguimos representar estruturalmente os diferentes tipos de (supostos) VDs no que se refere ao seu comportamento sintático e sua relação semântica com os (supostos) nomes formadores. Em primeiro lugar, tratamos dois grandes grupos: o primeiro contém os verbos que são formados a partir da categorização de uma raiz por um nome (n) e, em seguida, por um verbo (v) (estruturas denominais sincrônicas) e o segundo por verbos que são formados pela categorização direta de uma raiz () por um verbo (v) (estruturas não-denominais). No primeiro grupo, o dos denominais, observamos diferenças no comportamento sintático e sugerimos para eles diferentes tipos de estruturas: de alternância, de não-alternância e location/locatum. Em seguida, discutimos dois tipos de fenômenos que culminam na formação tanto de verbos denominais quanto de verbos derivados diretamente da raiz para aqueles que parecem, em princípio, tratar-se de um só verbo (verbos com estruturas denominais e estruturas de maneira e Mesmo verbo com comportamentos opostos). Por fim, a maior contribuição teórica deste trabalho está em que avançamos no esclarecimento da diferença entre uma formação sincrônica e diacrônica de palavras, mostrando que nem sempre a explicação histórica é a única possível. / From an etymologycal point of view, the Denominal Verb is the one that derives historically from a nominal base. Dictionaries consider a verb as denominal when its cognate nominal form is older than the verbal one in language records. Thus, there are two ways of treating what is called denominal verb, regarding the relation between the noun and the verb: from a synchronic or from a dyachronic perspective. Since the description of this class is rather misleading, it is necessary to make a distinction between etymological and synchronic criteria in the definition of what a denominal verb is. For these reasons, the aim of this work is i) to find out synchronic and formal criteria to know which denominal verbs, from a diachronic point of view, can also be considered as such under a synchronic analysis of word formation and ii) in which cases can real reasons be found for the abandonment of the label denominal. We started from a sample of 4.548 etymologically denominal verbs in Portuguese, collected from Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, and, due to a frequency criteria, we reduced it to 95 verbs that constitute, in fact, the object of this study. We submmited all the verbs to structural tests of sentence formation suggested by Kyparsky (1987), Hale & Keyser (2002) and Arad (2003), namely: Inchoative- Causative Alternation (Test 1); Middle Alternation (Test 2); Presence of Periphrastic Expression (Test 3); Presence of Cognate Object (Test 4); Presence of Cognate Adjunct (Test 5); Presence of Hiponimous and Hiperonimous Adjunction (Test 6).The sentences were submitted to the judgement of 40 native speakers of Brazilian Portuguese. The results pointed to heterogeneity in the behaviour of the general class of denominal verbs. To sum up, there is a group of verbs to which the tests indicated a nominal stage in the derivation of the verb (grammaticality for tests 3 (4), 5 and 6) and another group of verbs to which the tests did not indicate the presence of that nominal stage (agrammaticality for tests 3, 5 and 6). There are verbs that do and do not participate in alternations (gramaticality and agramaticality for tests 1 and 2) and, finally, there is a group of verbs for which one meaning indicates a nominal stage and the other meaning indicates the absence of such a nominal stage. After observing some analysis under lexicalist theories based on word formation rules (Basílio, 1993) or under lexico-syntactic approaches such as Hale & Keyser (2002), we could offer an analysis under which it is possible to distinguish the so-called denominal verbs in two classes: i) those represented by structures that include a nominal stage in the derivation (denominals), ii) those represented by structures in which the verb is derived directly from roots. This analysis is based on the Distributed Morphology model (Halle & Marantz, 1993; Harley & Noyer, 1999), more specifically, on Arad (2003), Marantz (2008) and Harley (2005). Our first step was to separate the two big groups: the first containing verbs that are derived from the categorization of a root () by a noun (n) and, then, by a verb (v) (synchronic denominal structures), and the second group containing verbs that are derived from the direct categorization of a root () by a verb (v) (non-denominal structures). In the first group, the denominal one, we observed that the sentences containing such verbs presented different syntactic behaviors and we suggested different kinds of structures: alternating, non-alternating and location/locatum. In sequence, we discussed some verbs that led us to suggest that they can be formed either as denominal verbs or as root-derived ones. We could then represent the structure of different types of so-called denominal verbs regarding their syntactic behavior and the relation they establish with the noun formed by the same root. Finally, the major theoretic contribution of this work is that we improved in clarifying the difference between a synchronic and a dyachronic word formation process, showing that the historical explanation is not always the single possibility.
|
616 |
現代漢語動詞短語省略結構的允准層級 =Licensing hierarchy of Mandarin VP-Ellipsis / Licensing hierarchy of Mandarin VP-Ellipsis唐寬 January 2018 (has links)
University of Macau / Faculty of Arts and Humanities. / Department of Chinese
|
617 |
Wayoro êmêto: fonologia segmental e morfossintaxe verbal / Wayoro êmêto: segmental phonology and verbal morpho-syntaxNogueira, Antônia Fernanda de Souza 12 August 2011 (has links)
Investigamos, nesta dissertação, a fonologia segmental e a morfossintaxe verbal Wayoro, especialmente, a estrutura argumental e a valência verbal. Nosso objetivo é oferecer um estudo destas áreas da gramática da língua, com base em dados originais e em modelos teóricos úteis para a explicação dos mesmos. No âmbito da fonologia, os pares contrastivos identificados evidenciam o seguinte inventário consonantal: oclusivas /p t tS k g kw gw/, nasais /m n N Nw/, fricativa /B/ e tepe /|/. As consoantes nasais realizam-se como nasais pósoralizadas, quando seguidas por vogal oral. Os fonemas vocálicos /i È o E a/ contrastam quanto à nasalidade e ao prolongamento. Descrevemos os processos fonológicos e morfofonológicos presentes nos dados, a saber, lenição e sonorização, neutralização e assimilação de nasalidade. Quanto à morfossintaxe verbal, inicialmente, apresentamos os morfemas característicos ou exclusivos da categoria verbal. A distribuição dos morfemas pessoais, em Wayoro, está relacionada à valência verbal: prefixos pessoais absolutivos funcionam como objeto e como sujeito do verbo intransitivo, ao passo que morfemas pessoais livres (ergativos) têm função de sujeito do verbo transitivo. O radical verbal é formado por uma raiz à qual se une o verbalizador e a vogal temática . Após a vogal temática, podem ser afixadas marcas de tempo. Examinamos a morfologia interna e a valência de cerca de 100 verbos Wayoro. Os verbalizadores ocorrem com verbos transitivos e intransitivos e, portanto, não estão associados a uma estrutura argumental única. Os verbos podem ser pluralizados através de substituição do verbalizador pelo sufixo , de duplicação da raiz verbal ou de supleção operações que pluralizam o evento (e não necessariamente os argumentos). Os morfemas de mudança de valência são prefixais e selecionam estrutura argumental específica. O prefixo {mõ-~õ-} causativo/transitivizador é usado apenas com verbos intransitivos, tornando-os transitivos. Dentro da proposta de Hale e Keyser (2002), verbos intransitivos que permitem transitivização automática são núcleos verbais que projetam complemento e especificador e podem ser tomados como complemento de um núcleo verbal superior (V1), de modo que o especificador funciona como sujeito da sentença intransitiva e como objeto da versão transitiva. Os testes realizados com o prefixo causativo/transitivizador mostram que {mõ-~õ-} pode ser interpretado como o núcleo superior, V1. O segundo prefixo de mudança de valência investigado é o intransitivizador . Tal morfema foi identificado com verbos que têm uma contraparte transitiva sem o morfema , com valor anticausativo e reflexivo, e verbos que não contam com correspondente transitivo (prefixo inerente), com propriedades de voz média. Por fim, analisamos construções em que o auxiliar {-mãNã} mandar, pedir, fazer toma como complemento um radical verbal transitivo ou intransitivo, inserindo um agente ou causa à sentença. De uma perspectiva tipológica, as sentenças com o auxiliar podem ser analisadas como causativas analíticas e as sentenças com o morfema causativo/transitivizador como causativas sintéticas. / This study investigates the segmental phonology and verbal morpho-syntax, particularly, the argument structure and valency of the verbs in Wayoro language. We aim to provide a study of these areas of the grammar of the language based on original data and subtle theoretical models to explain it. In phonology, the contrastive pairs identified show the following consonantal inventory: stops /p t tS k g kw gw/, nasals /m n N Nw/, fricative /B/ and tap /|/. The nasal consonants are post-oralized when followed by oral vowels. The vocalic phonemes /i È o E a/ show contrast in nasality and length. We describe the phonological and morphophonological processes in the data, namely, lenition, voicing, neutralization and nasal assimilation. Regarding verbal morpho-syntax, initially, we presented the characteristic or exclusive morphemes of the verbal category. The distribution of personal morphemes in Wayoro is related to the verbal valency: the absolutive personal prefixes function as transitive object and intransitive subject, whereas free personal morphemes (ergative) function as transitive subject. The verbs consist of a root, followed by a verbalizer morpheme and the thematic vowel . After the thematic vowel, verbs can receive temporal markers. We examined the internal morphology and valency of about 100 Wayoro verbs. The verbalizers occur with transitive and intransitive verbs, and therefore, are not associated with a single argument structure. Verbs may be pluralized by replacement of verbalizers by the suffix {- kw}, root reduplication and suppletion operations that pluralize the event (and not necessarily the arguments). The valency-changing morphemes are prefixes and select a specific argument structure. The prefix {mõ-~õ-} causative/transitivizer is only used with intransitive verbs, turning them transitive ones. According to Hale & Keyser (2002), intransitive verbs that allow simple (or automatic) transitivization are verbal heads that project both a complement and a specifier and can be taken as complement of an upper verbal head (V1), so that the specifier functions as subject in the intransitive sentences and as object in the transitive alternant. Tests with the causative/transitivizer prefix show that {mõ-~õ-} can be analyzed as the upper head, V1. The second valency-changing prefix investigated is the intransitivizer. This morpheme has been identified in verbs which have a transitive counterpart, without prefix, with anticausative and reflexive effects, and verbs that do not have corresponding transitive ( prefix inherent) with properties of the middle voice. Finally, we analyzed constructions in which the auxiliar {-mãNã} to order, to ask, to make takes transitive and intransitive verbs as complement and adds an agent or cause. From a typological point of view, constructions with that auxiliar may be analyzed as analytic causatives and constructions with the causative/transitivizer prefix as synthetic causatives.
|
618 |
Avalia??o da rela??o do ?ndice tornozelo-braquial com a gravidade da doen?a arterial coron?riaPetracco, Andrea Mabilde 31 March 2017 (has links)
Submitted by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-06-29T12:00:02Z
No. of bitstreams: 1
DIS_ANDREA_MABILDE_PETRACCO_PARCIAL.pdf: 937104 bytes, checksum: d94cfd0a6d65b1765ed29fba02873f27 (MD5) / Approved for entry into archive by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-06-29T12:03:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1
DIS_ANDREA_MABILDE_PETRACCO_PARCIAL.pdf: 937104 bytes, checksum: d94cfd0a6d65b1765ed29fba02873f27 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-29T12:03:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DIS_ANDREA_MABILDE_PETRACCO_PARCIAL.pdf: 937104 bytes, checksum: d94cfd0a6d65b1765ed29fba02873f27 (MD5)
Previous issue date: 2017-03-31 / Introduction: Peripheral Artery Disease (PAD) is associated with cardiovascular events and can be diagnosed and estimated through the Ankle-Brachial Index (ABI). It is well established that ABI is an aggravating factor in the stratification of cardiovascular risk, but its contribution to defining the severity of coronary artery disease is not well established.
Objective: The study compared the value of ABI with the severity of coronary atherosclerotic disease by the Syntax (ES) Score in patients with Acute Coronary Syndrome (ACS).
Methods: A prospective study with the ABI measurement of all patients hospitalized with ACS at the S?o Lucas Hospital of PUCRS, consecutively, from May to September 2016, and the comparison of their value with ES of these patients and the respective forms of presentation of ACS.
Results: We studied101 patients, mean age 62.6 ? 12 years, 58 (57.4%) males, 74 (82.2%) hypertensive, 33 (45.8%) diabetics and 46 (45.5%) presented acute myocardial infarction with ST segment depression (STEMI) . The frequency of PAD was 3 times higher than that described in the general population. The severity of PAD was not related to the anatomical severity of the coronary disease. We found a significant association of patients with intermediate ES with non-ST elevation myocardial infarction (STEMI) and low ES with unstable angina (UA) (P = 0.015), who remained even after adjusting for age, smoking, family history of CAD and prior CAD. OR (95% CI-1.02-1.25).
Conclusions: Our results demonstrate that patients with ABI lower than 0.9 were not associated with a greater complexity of coronary atherosclerotic disease, as determined by ES in patients with ACS. Patients with NSTEMI were more associated with intermediate ES. / Introdu??o: A Doen?a Arterial Perif?rica (DAP) est? associada a eventos cardiovasculares podendo ser diagnosticada e estimada atrav?s do ?ndice Tornozelo-Braquial (ITB). Est? bem estabelecido que o ITB ? fator agravante na estratifica??o de risco cardiovascular, mas sua contribui??o para definir a gravidade do acometimento arterial coronariano n?o est? bem estabelecida.
Objetivo: O estudo comparou o valor do ITB com a gravidade da doen?a ateroscler?tica coronariana pelo Escore de Syntax (ES) em pacientes com S?ndrome Coronariana Aguda (SCA).
M?todos: Estudo prospectivo com a medida do ITB de todos pacientes internados com SCA no Hospital S?o Lucas da PUCRS, consecutivamente, de maio a setembro de 2016, e a compara??o de seu valor com o ES destes pacientes e as respectivas formas de apresenta??o da SCA.
Resultados: Estudamos 101 pacientes, com m?dia de idade de 62,6?12,0 anos, 58 (57,4% ) masculinos, 74 (82,2% ) hipertensos, 33 (45,8%) diab?ticos e 46 (45,5% ) apresentaram infarto agudo do mioc?rdio com infradesn?vel do segmento ST (IAMCSST). A gravidade da DAP n?o teve rela??o com a gravidade anat?mica da doen?a coronariana. Encontramos uma associa??o significativa dos pacientes com ES intermedi?rio com o infarto agudo do mioc?rdio sem supradesnivel do segmento ST (IAMSSST) e de ES baixo com angina inst?vel (AI) OR (IC95%): 1,11 (1,03-1,20) (P=0,004), que se manteve ap?s an?lise multivariada, ajustada para idade, tabagismo, hist?ria familiar de doen?a arterial coron?ria (DAC) e DAC pr?via OR (IC95%): 1,13 (1,02-1,25) (P=0,019).
Conclus?es: A an?lise dos nossos resultados, demonstram que pacientes com ITB menor que 0,9 n?o apresentaram associa??o com maior complexidade de doen?a ateroscler?tica coronariana determinados pelo ES em pacientes com SCA. Os pacientes com IAMSSST estiveram mais associados com ES intermedi?rio.
|
619 |
Formação e interpretação dos verbos denominais do português do Brasil / Training and interpretation of the denominal verbs of the portuguese of BrazilIndaiá de Santana Bassani 01 July 2009 (has links)
Em uma visão etimológica, o Verbo Denominal (VD) é aquele verbo que surgiu historicamente a partir de uma base nominal. Os dicionários consideram que um verbo é denominal quando sua forma nominal cognata tem uma datação anterior nos registros da língua. Há, dessa forma, duas maneiras de tratar a relação entre nome e verbo: em uma perspectiva sincrônica ou diacrônica. Como há certa mistura no tratamento do fenômeno, faz-se necessária uma distinção entre critérios etimológicos e sincrônicos para a determinação do que é um verbo denominal. No presente trabalho, buscamos encontrar critérios formais e sincrônicos para saber quais verbos diacronicamente considerados como denominais podem também ser assim considerados em uma análise sincrônica de formação das palavras e em quais casos há razões comprovadas para propor o abandono do rótulo denominal. Partimos de uma amostra de 4.548 verbos etimologicamente denominais do português, retirados do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, e a restringimos por critérios de frequência a 95 verbos, que constituíram de fato o objeto de análise do estudo. Submetemos todos os verbos a testes estruturais de formação de sentenças sugeridos por Kyparsky (1987), Hale & Keyser (2002) e Arad (2003), a saber: Alternância Causativo-incoativo (Teste1); Alternância Média (Teste 2); Presença de Expressão Perifrástica (Teste 3); Presença de Objeto Cognato (Teste 4); Presença de Adjunto Cognato (Teste 5); Presença de Adjuntos Hipônimos e Hiperônimos (Teste 6). As sentenças foram submetidas a julgamento de 40 falantes nativos de português brasileiro. Os resultados apontaram para uma heterogeneidade no comportamento da classe geral dos VDs. Em suma, há um grupo para os quais os testes indicam uma etapa nominal (gramaticalidade para testes 3,(4),5 e 6) e um outro grupo para os quais os testes não indicam a presença de uma etapa nominal na formação (agramaticalidade para testes 3,5 e 6). Há verbos que participam e não participam de alternâncias (gramaticalidade e agramaticalidade para testes 1 e 2) e, por fim, há um grupo de verbos em que uma acepção remete a uma etapa nominal e outra acepção remete a ausência de etapa nominal. Após observar alternativas de análise em teorias lexicalistas de regras de formação de palavras (Basílio, 1993) e sintaxe-lexical (Hale & Keyser, 2002), conseguimos diferenciar estruturas com uma etapa nominal (denominais) de estruturas derivadas diretamente da raiz com base nos pressupostos da teoria da Morfologia Distribuída (Halle & Marantz, 1993; Harley & Noyer, 1999), mais especificamente Arad (2003), Marantz (2008) e Harley (2005). Conseguimos representar estruturalmente os diferentes tipos de (supostos) VDs no que se refere ao seu comportamento sintático e sua relação semântica com os (supostos) nomes formadores. Em primeiro lugar, tratamos dois grandes grupos: o primeiro contém os verbos que são formados a partir da categorização de uma raiz por um nome (n) e, em seguida, por um verbo (v) (estruturas denominais sincrônicas) e o segundo por verbos que são formados pela categorização direta de uma raiz () por um verbo (v) (estruturas não-denominais). No primeiro grupo, o dos denominais, observamos diferenças no comportamento sintático e sugerimos para eles diferentes tipos de estruturas: de alternância, de não-alternância e location/locatum. Em seguida, discutimos dois tipos de fenômenos que culminam na formação tanto de verbos denominais quanto de verbos derivados diretamente da raiz para aqueles que parecem, em princípio, tratar-se de um só verbo (verbos com estruturas denominais e estruturas de maneira e Mesmo verbo com comportamentos opostos). Por fim, a maior contribuição teórica deste trabalho está em que avançamos no esclarecimento da diferença entre uma formação sincrônica e diacrônica de palavras, mostrando que nem sempre a explicação histórica é a única possível. / From an etymologycal point of view, the Denominal Verb is the one that derives historically from a nominal base. Dictionaries consider a verb as denominal when its cognate nominal form is older than the verbal one in language records. Thus, there are two ways of treating what is called denominal verb, regarding the relation between the noun and the verb: from a synchronic or from a dyachronic perspective. Since the description of this class is rather misleading, it is necessary to make a distinction between etymological and synchronic criteria in the definition of what a denominal verb is. For these reasons, the aim of this work is i) to find out synchronic and formal criteria to know which denominal verbs, from a diachronic point of view, can also be considered as such under a synchronic analysis of word formation and ii) in which cases can real reasons be found for the abandonment of the label denominal. We started from a sample of 4.548 etymologically denominal verbs in Portuguese, collected from Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, and, due to a frequency criteria, we reduced it to 95 verbs that constitute, in fact, the object of this study. We submmited all the verbs to structural tests of sentence formation suggested by Kyparsky (1987), Hale & Keyser (2002) and Arad (2003), namely: Inchoative- Causative Alternation (Test 1); Middle Alternation (Test 2); Presence of Periphrastic Expression (Test 3); Presence of Cognate Object (Test 4); Presence of Cognate Adjunct (Test 5); Presence of Hiponimous and Hiperonimous Adjunction (Test 6).The sentences were submitted to the judgement of 40 native speakers of Brazilian Portuguese. The results pointed to heterogeneity in the behaviour of the general class of denominal verbs. To sum up, there is a group of verbs to which the tests indicated a nominal stage in the derivation of the verb (grammaticality for tests 3 (4), 5 and 6) and another group of verbs to which the tests did not indicate the presence of that nominal stage (agrammaticality for tests 3, 5 and 6). There are verbs that do and do not participate in alternations (gramaticality and agramaticality for tests 1 and 2) and, finally, there is a group of verbs for which one meaning indicates a nominal stage and the other meaning indicates the absence of such a nominal stage. After observing some analysis under lexicalist theories based on word formation rules (Basílio, 1993) or under lexico-syntactic approaches such as Hale & Keyser (2002), we could offer an analysis under which it is possible to distinguish the so-called denominal verbs in two classes: i) those represented by structures that include a nominal stage in the derivation (denominals), ii) those represented by structures in which the verb is derived directly from roots. This analysis is based on the Distributed Morphology model (Halle & Marantz, 1993; Harley & Noyer, 1999), more specifically, on Arad (2003), Marantz (2008) and Harley (2005). Our first step was to separate the two big groups: the first containing verbs that are derived from the categorization of a root () by a noun (n) and, then, by a verb (v) (synchronic denominal structures), and the second group containing verbs that are derived from the direct categorization of a root () by a verb (v) (non-denominal structures). In the first group, the denominal one, we observed that the sentences containing such verbs presented different syntactic behaviors and we suggested different kinds of structures: alternating, non-alternating and location/locatum. In sequence, we discussed some verbs that led us to suggest that they can be formed either as denominal verbs or as root-derived ones. We could then represent the structure of different types of so-called denominal verbs regarding their syntactic behavior and the relation they establish with the noun formed by the same root. Finally, the major theoretic contribution of this work is that we improved in clarifying the difference between a synchronic and a dyachronic word formation process, showing that the historical explanation is not always the single possibility.
|
620 |
Ritmo e escrita em L\'innommable, Comment c\'est e Compagnie de Samuel Beckett / Rhythm and writing in L\'innommable, Comment c\'est, and Compagnie de Samuel BeckettBulla, Tereza Cristina 21 September 2012 (has links)
A escrita é uma ferramenta poderosa utilizada pelo homem desde que ele descobriu que poderia se comunicar sobre um suporte fixo e não somente pela fala. Ao longo dos anos, o homem desenvolveu essa ferramenta e o suporte onde ela era inserida, transformando e desenvolvendo ambos através de papiros, pergaminhos e códices, até chegar à imprensa, que revolucionou de vez a escrita com a introdução dos sinais de pontuação na mesma. Com o passar dos anos e com o advento da literatura moderna, o suporte textual foi cada vez sendo mais valorizado e trabalhado, até chegarmos a escritores modernos como Samuel Beckett. Mas por que ritmo e escrita? Porque ambos estão intimamente relacionados: não existe escrita sem ritmo. De fato, não há discurso sem ritmo, pois ele é organizado pelo ritmo. Assim, a sintaxe e a pontuação fazem parte do jogo rítmico textual. Pode-se dizer que ritmo, sintaxe e pontuação formam uma tríade poderosa e analisar esses elementos nos três últimos romances de Samuel Beckett é um trabalho importante para se mostrar um trabalho inovador com o ritmo e a escrita. / Writing is a powerful tool used by man since he discovered he could communicate on a fixed support, not only through speech. Over the years, man has developed this tool and support where it was inserted, transforming and developing both through papyrus scrolls and codices, until you get to the press, which revolutionized the writing of time with the introduction of punctuation marks in it. Over the years and with the advent of modern literature, the textual support was increasingly being more valued and worked until we reach modern writers as Samuel Beckett. But why rhythm and writing? Because both are intimately related: there is no writing without rhythm. In fact, there is no speech rhythm as it is organized by the rhythm. Thus, syntax and punctuation are part of textual rhythm game. You could say that rhythm, syntax and punctuation form a powerful triad and analyze these elements in the last three novels of Samuel Beckett is an important job to show innovative work with the rhythm and writing.
|
Page generated in 0.0276 seconds