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Efeitos atmosféricos : o silêncio na filmografia de Andrei TarkovskiLanzoni, Pablo Alberto January 2016 (has links)
Esta tese concentra-se sobre o silêncio e o modo como ele catalisa atmosferas em um conjunto de filmes específicos, a partir do conceito de Stimmung, revisitado por Hans Ulrich Gumbrecht. O norte de pesquisa estabeleceu-se sobre a seguinte questão: como observar o silêncio e suas possíveis marcas na constituição de atmosferas na filmografia de Andrei Tarkovski? A interrogativa apresentada foi desdobrada em quatro capítulos, objetivando examinar as especificidades do silêncio nos exemplos observados, com vistas a ampliar sua definição para os estudos de cinema. No capítulo ‘O arcabouço teórico’, são apresentadas as proposições de Gumbrecht e as dicotomias pertinentes entre os efeitos de presença e os efeitos de sentido, em diálogo com os estudos das materialidades da comunicação, e o conceito de ‘atmosfera cinematográfica’, cunhado por Inês Gil (2005). Complementa a discussão a observação dos universos sonoros e imagéticos na sala de projeção e suas relações com o espectador. No capítulo ‘Um percurso marcado pelo silêncio’, faz-se o exame das distintas especificidades do silêncio, da linguagem para as artes e de sua multiplicidade na sala escura, através das diferentes experiências vivenciadas pelo público e que puderam ser recuperadas pela bibliografia especializada. Impulsionado por tais questões, chega-se ao termo ‘efeito-silêncio’, dado que as conformações aqui estudadas revelaram-se através da organização das sonoridades que criam uma impressão de silêncio, ou seja, efeitos-silêncio, como se primou por chamar tal configuração. Com as discussões teóricas explicitadas, o capítulo ‘Um ‘leve toque’ de Andrei Tarkovski’ apresenta um investimento sobre a produção cinematográfica do diretor, evidenciando os traços biográficos e o contexto de suas produções que auxiliaram na temática. No capítulo ‘O silêncio atmosférico em Andrei Tarkovski’, são dispostos dois eixos textuais, ‘interioridades’ e ‘exterioridades’, estratégia que auxilia a explicitar as articulações engendradas pelos efeitos-silêncio para a constituição de atmosferas em exemplos extraídos de A infância de Ivan (1962), Andrei Rublev (1966), Solaris (1972), O espelho (1975), Stalker (1979), Nostalgia (1983) e O sacrifício (1986), através de um olhar que admite a oscilação entre os efeitos de presença e a atribuição e a identificação de sentido no contato com os objetos comunicacionais. A discussão é encerrada nas ‘considerações finais’, em que se produz uma reflexão sobre as facetas do silêncio no âmbito cinematográfico e seu espaço no interior da filmografia de Andrei Tarkovski, a partir das questões ofertadas pela pesquisa. / The present dissertation is focused on silence and the way it mobilizes atmospheres in a specific set of films, from the concept of Stimmung¸ revisited by Hans Ulrich Gumbrecht. The research was constructed upon the following question: how to observe silence and its possible imprints in the composition of atmospheres in Andrei Tarkovski’s filmography? The presented interrogative unfolded in four chapters aiming to examine silence’s specificities in the observed examples, with the goal to broaden its definition for cinema studies. In the chapter ‘The theoretical framework’, Gumbrecht’s propositions and the pertinent dichotomies between the effects of presence and the effects of sense are presented in a dialogue with studies on the materialities of communication and Inês Gil’s (2005) concept of ‘cinematic atmosphere’. The observation of audio and image universes in the projection room and their relationship with the spectator complement the discussion. In the chapter ‘A path marked by silence’, an exam of silence’s different specificities is made, from languages to arts, and its multiplicity in the dark room, through the diverse experiences the audiences had and that could be recovered by specialized literature. Driven by such questions, one reaches the term ‘silence-effect’, given that the conformations here studied were reveled through the organization of sonorities, that is to say, silence-effects as such configuration was named. With the theoretical discussions clarified, the chapter ‘A ‘subtle touch’ of Andrei Tarkovski’ presents an examination of the director’s cinematic production, pointing out biographic traces and the context of their production that could help on the topic. In the chapter ‘The atmospheric silence in Andrei Tarkovski’ two textual axes, ‘interiorities’ and ‘exteriorities’, are presented, a strategy that helps show the connections engendered by silence-effects for the constitution of atmospheres in examples taken from the movies Ivan’s Childhood (1962), Andrei Rublev (1966), Solaris (1972), Mirror (1975), Stalker (1979), Nostalghia (1983) and The Sacrifice (1986), through a view that grants the oscillation between presence effects and the identification and attribution of meaning in our contact with communicational objects. The discussion ends in the ‘Final Considerations’, where a reflection on silence’s facets on the cinematographic scope and its space inside Andrei Tarkovski filmography is produced from the questions proposed by the research.
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Efeitos atmosféricos : o silêncio na filmografia de Andrei TarkovskiLanzoni, Pablo Alberto January 2016 (has links)
Esta tese concentra-se sobre o silêncio e o modo como ele catalisa atmosferas em um conjunto de filmes específicos, a partir do conceito de Stimmung, revisitado por Hans Ulrich Gumbrecht. O norte de pesquisa estabeleceu-se sobre a seguinte questão: como observar o silêncio e suas possíveis marcas na constituição de atmosferas na filmografia de Andrei Tarkovski? A interrogativa apresentada foi desdobrada em quatro capítulos, objetivando examinar as especificidades do silêncio nos exemplos observados, com vistas a ampliar sua definição para os estudos de cinema. No capítulo ‘O arcabouço teórico’, são apresentadas as proposições de Gumbrecht e as dicotomias pertinentes entre os efeitos de presença e os efeitos de sentido, em diálogo com os estudos das materialidades da comunicação, e o conceito de ‘atmosfera cinematográfica’, cunhado por Inês Gil (2005). Complementa a discussão a observação dos universos sonoros e imagéticos na sala de projeção e suas relações com o espectador. No capítulo ‘Um percurso marcado pelo silêncio’, faz-se o exame das distintas especificidades do silêncio, da linguagem para as artes e de sua multiplicidade na sala escura, através das diferentes experiências vivenciadas pelo público e que puderam ser recuperadas pela bibliografia especializada. Impulsionado por tais questões, chega-se ao termo ‘efeito-silêncio’, dado que as conformações aqui estudadas revelaram-se através da organização das sonoridades que criam uma impressão de silêncio, ou seja, efeitos-silêncio, como se primou por chamar tal configuração. Com as discussões teóricas explicitadas, o capítulo ‘Um ‘leve toque’ de Andrei Tarkovski’ apresenta um investimento sobre a produção cinematográfica do diretor, evidenciando os traços biográficos e o contexto de suas produções que auxiliaram na temática. No capítulo ‘O silêncio atmosférico em Andrei Tarkovski’, são dispostos dois eixos textuais, ‘interioridades’ e ‘exterioridades’, estratégia que auxilia a explicitar as articulações engendradas pelos efeitos-silêncio para a constituição de atmosferas em exemplos extraídos de A infância de Ivan (1962), Andrei Rublev (1966), Solaris (1972), O espelho (1975), Stalker (1979), Nostalgia (1983) e O sacrifício (1986), através de um olhar que admite a oscilação entre os efeitos de presença e a atribuição e a identificação de sentido no contato com os objetos comunicacionais. A discussão é encerrada nas ‘considerações finais’, em que se produz uma reflexão sobre as facetas do silêncio no âmbito cinematográfico e seu espaço no interior da filmografia de Andrei Tarkovski, a partir das questões ofertadas pela pesquisa. / The present dissertation is focused on silence and the way it mobilizes atmospheres in a specific set of films, from the concept of Stimmung¸ revisited by Hans Ulrich Gumbrecht. The research was constructed upon the following question: how to observe silence and its possible imprints in the composition of atmospheres in Andrei Tarkovski’s filmography? The presented interrogative unfolded in four chapters aiming to examine silence’s specificities in the observed examples, with the goal to broaden its definition for cinema studies. In the chapter ‘The theoretical framework’, Gumbrecht’s propositions and the pertinent dichotomies between the effects of presence and the effects of sense are presented in a dialogue with studies on the materialities of communication and Inês Gil’s (2005) concept of ‘cinematic atmosphere’. The observation of audio and image universes in the projection room and their relationship with the spectator complement the discussion. In the chapter ‘A path marked by silence’, an exam of silence’s different specificities is made, from languages to arts, and its multiplicity in the dark room, through the diverse experiences the audiences had and that could be recovered by specialized literature. Driven by such questions, one reaches the term ‘silence-effect’, given that the conformations here studied were reveled through the organization of sonorities, that is to say, silence-effects as such configuration was named. With the theoretical discussions clarified, the chapter ‘A ‘subtle touch’ of Andrei Tarkovski’ presents an examination of the director’s cinematic production, pointing out biographic traces and the context of their production that could help on the topic. In the chapter ‘The atmospheric silence in Andrei Tarkovski’ two textual axes, ‘interiorities’ and ‘exteriorities’, are presented, a strategy that helps show the connections engendered by silence-effects for the constitution of atmospheres in examples taken from the movies Ivan’s Childhood (1962), Andrei Rublev (1966), Solaris (1972), Mirror (1975), Stalker (1979), Nostalghia (1983) and The Sacrifice (1986), through a view that grants the oscillation between presence effects and the identification and attribution of meaning in our contact with communicational objects. The discussion ends in the ‘Final Considerations’, where a reflection on silence’s facets on the cinematographic scope and its space inside Andrei Tarkovski filmography is produced from the questions proposed by the research.
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Sonhos na clínica psicanalítica e na cultura : um estudo de "o espelho" de Tarkovski / Dreams in psychoanalytic clinic and culture : a study of Tarkovski's "The Mirror"Oliveira, Marisa Terezinha Garcia de January 2017 (has links)
A obra escrita de Tarkovski e o filme O Espelho são analisados à luz da teoria psicanalítica da interpretação dos sonhos articulando conceitos vindos de outros campos do conhecimento, quais sejam inconsciente ótico e choque em Walter Benjamin. O filme se passa em lugares do passado de Tarkovski, evocados a partir de lembranças encobridoras, sonhos e devaneios, em que o cineasta é espectador e ator. Há a referência, no título e ao longo das cenas, ao espelho, também usado por Lacan, como modelo de dispositivo ótico, ao teorizar sobre a formação da função do “Eu”. Através desta análise, pretendeu-se aproximar a linguagem do filme à linguagem do sonho, encontrando conteúdos oníricos latentes. São analisadas as filiações e influências, o roteiro, e aquilo que fala nas lembranças de infância, nos sonhos e devaneios associados às tradições culturais russas, ao poeta Puchkin e a Dostoievski. Identificam-se aspectos do pensamento utópico e articulações psicanalíticas na cena do devaneio do personagem Ignat. Também são comentadas articulações à estética do choque em Walter Benjamin, nas cenas de déjà vu de Ignat e no fenômeno análogo que acometeu Maria na cena da tipografia. O conceito de Outra cena, do campo freudiano, é contextualizado na discussão do filme e também cotejado com elementos da teoria platônica apontados por Lacan em seus seminários. Finalmente, a cena de levitação de Maria é comparada com a cena da pintura de Füssli The Nightmare e interpretada como sendo de um sonho de angústia. / Tarkovski's written work and the film The Mirror are analyzed in the light of psychoanalytic theory of interpretation of dreams being articulated with concepts from other fields of knowledge, such as optic unconscious and shock at Walter Benjamin’s writings. The film takes place somewhere in Tarkovski’s past, evoked from screen memories, dreams and daydreams, in which the filmmaker is a spectator and an actor at a time. There is a reference, in the title and throughout the scenes, to the mirror, which is also used by Lacan, as the model of an optical device, in theorizing about the formation of the function of the "self". Through this analysis, it was intended to approximate the language of the film to the language of the dream and find latent dreams contents. The affiliations and influences, the script, and what he talks about in the memories of childhood, the dreams and daydreams associated with Russian cultural traditions, the poet Puchkin and Dostoyevsky are analyzed. We identify aspects of utopian thinking and psychoanalytic articulations in the scene of Ignat's daydream. Similarly, articulations among the aesthetics of the shock in Walter Benjamin, in the déjà vu scenes of Ignat and in the analogous phenomenon that rushed Maria in the typography scene are also commented in this work. The concept of Other scene, from the freudian field, is contextualized in the discussion of the film and also compared with elements of the platonic theory pointed out by Lacan in his seminars. Finally, the levitation scene of Mary is compared to the painting scene of Füssli The Nightmare and interpreted as being of a dream of anguish.
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Stalker, de Andrei Tarkovski, e a mise-en-scène como forma de experiênciaCacciari, José Ricardo da Rocha January 2017 (has links)
The present research aims to think about the film Stalker, by the Russian director Andrei Tarkovski, from the concept of experience of the philosopher Walter Benjamin. The study was based on the analysis of the film's mise-en-scène, in order to think of it as a power to break the automatism and to perceive the images as a way of "feeling" life - a concept present in the reflection text of Viktor Chklovsky Art as procedure / Submitted by José Ricardo da Rocha Cacciari (jose.cacciari@unisul.br) on 2017-10-27T22:55:44Z
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Previous issue date: 2017 / A presente pesquisa tem como objetivo pensar o filme Stalker, do diretor russo Andrei Tarkovski, a partir do conceito de experiência do filósofo Walter Benjamin. O estudo se pautou pela análise da mise-en-scène do filme, de forma a pensá-la como potência de quebra do automatismo e de percepção das imagens como forma de “sentir” a vida - conceito presente no texto de reflexão de Viktor Chklovski A arte como procedimento.
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Efeitos atmosféricos : o silêncio na filmografia de Andrei TarkovskiLanzoni, Pablo Alberto January 2016 (has links)
Esta tese concentra-se sobre o silêncio e o modo como ele catalisa atmosferas em um conjunto de filmes específicos, a partir do conceito de Stimmung, revisitado por Hans Ulrich Gumbrecht. O norte de pesquisa estabeleceu-se sobre a seguinte questão: como observar o silêncio e suas possíveis marcas na constituição de atmosferas na filmografia de Andrei Tarkovski? A interrogativa apresentada foi desdobrada em quatro capítulos, objetivando examinar as especificidades do silêncio nos exemplos observados, com vistas a ampliar sua definição para os estudos de cinema. No capítulo ‘O arcabouço teórico’, são apresentadas as proposições de Gumbrecht e as dicotomias pertinentes entre os efeitos de presença e os efeitos de sentido, em diálogo com os estudos das materialidades da comunicação, e o conceito de ‘atmosfera cinematográfica’, cunhado por Inês Gil (2005). Complementa a discussão a observação dos universos sonoros e imagéticos na sala de projeção e suas relações com o espectador. No capítulo ‘Um percurso marcado pelo silêncio’, faz-se o exame das distintas especificidades do silêncio, da linguagem para as artes e de sua multiplicidade na sala escura, através das diferentes experiências vivenciadas pelo público e que puderam ser recuperadas pela bibliografia especializada. Impulsionado por tais questões, chega-se ao termo ‘efeito-silêncio’, dado que as conformações aqui estudadas revelaram-se através da organização das sonoridades que criam uma impressão de silêncio, ou seja, efeitos-silêncio, como se primou por chamar tal configuração. Com as discussões teóricas explicitadas, o capítulo ‘Um ‘leve toque’ de Andrei Tarkovski’ apresenta um investimento sobre a produção cinematográfica do diretor, evidenciando os traços biográficos e o contexto de suas produções que auxiliaram na temática. No capítulo ‘O silêncio atmosférico em Andrei Tarkovski’, são dispostos dois eixos textuais, ‘interioridades’ e ‘exterioridades’, estratégia que auxilia a explicitar as articulações engendradas pelos efeitos-silêncio para a constituição de atmosferas em exemplos extraídos de A infância de Ivan (1962), Andrei Rublev (1966), Solaris (1972), O espelho (1975), Stalker (1979), Nostalgia (1983) e O sacrifício (1986), através de um olhar que admite a oscilação entre os efeitos de presença e a atribuição e a identificação de sentido no contato com os objetos comunicacionais. A discussão é encerrada nas ‘considerações finais’, em que se produz uma reflexão sobre as facetas do silêncio no âmbito cinematográfico e seu espaço no interior da filmografia de Andrei Tarkovski, a partir das questões ofertadas pela pesquisa. / The present dissertation is focused on silence and the way it mobilizes atmospheres in a specific set of films, from the concept of Stimmung¸ revisited by Hans Ulrich Gumbrecht. The research was constructed upon the following question: how to observe silence and its possible imprints in the composition of atmospheres in Andrei Tarkovski’s filmography? The presented interrogative unfolded in four chapters aiming to examine silence’s specificities in the observed examples, with the goal to broaden its definition for cinema studies. In the chapter ‘The theoretical framework’, Gumbrecht’s propositions and the pertinent dichotomies between the effects of presence and the effects of sense are presented in a dialogue with studies on the materialities of communication and Inês Gil’s (2005) concept of ‘cinematic atmosphere’. The observation of audio and image universes in the projection room and their relationship with the spectator complement the discussion. In the chapter ‘A path marked by silence’, an exam of silence’s different specificities is made, from languages to arts, and its multiplicity in the dark room, through the diverse experiences the audiences had and that could be recovered by specialized literature. Driven by such questions, one reaches the term ‘silence-effect’, given that the conformations here studied were reveled through the organization of sonorities, that is to say, silence-effects as such configuration was named. With the theoretical discussions clarified, the chapter ‘A ‘subtle touch’ of Andrei Tarkovski’ presents an examination of the director’s cinematic production, pointing out biographic traces and the context of their production that could help on the topic. In the chapter ‘The atmospheric silence in Andrei Tarkovski’ two textual axes, ‘interiorities’ and ‘exteriorities’, are presented, a strategy that helps show the connections engendered by silence-effects for the constitution of atmospheres in examples taken from the movies Ivan’s Childhood (1962), Andrei Rublev (1966), Solaris (1972), Mirror (1975), Stalker (1979), Nostalghia (1983) and The Sacrifice (1986), through a view that grants the oscillation between presence effects and the identification and attribution of meaning in our contact with communicational objects. The discussion ends in the ‘Final Considerations’, where a reflection on silence’s facets on the cinematographic scope and its space inside Andrei Tarkovski filmography is produced from the questions proposed by the research.
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Sonhos na clínica psicanalítica e na cultura : um estudo de "o espelho" de Tarkovski / Dreams in psychoanalytic clinic and culture : a study of Tarkovski's "The Mirror"Oliveira, Marisa Terezinha Garcia de January 2017 (has links)
A obra escrita de Tarkovski e o filme O Espelho são analisados à luz da teoria psicanalítica da interpretação dos sonhos articulando conceitos vindos de outros campos do conhecimento, quais sejam inconsciente ótico e choque em Walter Benjamin. O filme se passa em lugares do passado de Tarkovski, evocados a partir de lembranças encobridoras, sonhos e devaneios, em que o cineasta é espectador e ator. Há a referência, no título e ao longo das cenas, ao espelho, também usado por Lacan, como modelo de dispositivo ótico, ao teorizar sobre a formação da função do “Eu”. Através desta análise, pretendeu-se aproximar a linguagem do filme à linguagem do sonho, encontrando conteúdos oníricos latentes. São analisadas as filiações e influências, o roteiro, e aquilo que fala nas lembranças de infância, nos sonhos e devaneios associados às tradições culturais russas, ao poeta Puchkin e a Dostoievski. Identificam-se aspectos do pensamento utópico e articulações psicanalíticas na cena do devaneio do personagem Ignat. Também são comentadas articulações à estética do choque em Walter Benjamin, nas cenas de déjà vu de Ignat e no fenômeno análogo que acometeu Maria na cena da tipografia. O conceito de Outra cena, do campo freudiano, é contextualizado na discussão do filme e também cotejado com elementos da teoria platônica apontados por Lacan em seus seminários. Finalmente, a cena de levitação de Maria é comparada com a cena da pintura de Füssli The Nightmare e interpretada como sendo de um sonho de angústia. / Tarkovski's written work and the film The Mirror are analyzed in the light of psychoanalytic theory of interpretation of dreams being articulated with concepts from other fields of knowledge, such as optic unconscious and shock at Walter Benjamin’s writings. The film takes place somewhere in Tarkovski’s past, evoked from screen memories, dreams and daydreams, in which the filmmaker is a spectator and an actor at a time. There is a reference, in the title and throughout the scenes, to the mirror, which is also used by Lacan, as the model of an optical device, in theorizing about the formation of the function of the "self". Through this analysis, it was intended to approximate the language of the film to the language of the dream and find latent dreams contents. The affiliations and influences, the script, and what he talks about in the memories of childhood, the dreams and daydreams associated with Russian cultural traditions, the poet Puchkin and Dostoyevsky are analyzed. We identify aspects of utopian thinking and psychoanalytic articulations in the scene of Ignat's daydream. Similarly, articulations among the aesthetics of the shock in Walter Benjamin, in the déjà vu scenes of Ignat and in the analogous phenomenon that rushed Maria in the typography scene are also commented in this work. The concept of Other scene, from the freudian field, is contextualized in the discussion of the film and also compared with elements of the platonic theory pointed out by Lacan in his seminars. Finally, the levitation scene of Mary is compared to the painting scene of Füssli The Nightmare and interpreted as being of a dream of anguish.
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O horizonte de sagrado na obra do cineasta russo Andrey Tarkovsky : o caso Andrey Rublev / The sacred horizon in the work of the russian film-maker Andrey Tarkovsky: the movie Andrey RublevSantiago Junior, Francisco das Chagas Fernandes 17 August 2005 (has links)
Orientador: Antonio Fernando da Conceição Passos / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes / Made available in DSpace on 2018-08-05T01:47:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: Nesta dissertação, proponho identificar o impulso criador do cineasta russo Andrey Tarkovsky por meio da chave interpretativa que chamo de horizonte de sagrado. O objetivo da pesquisa foi compreender como e quais as repercussões do sagrado, ou seja, a expressão da transcendência, como horizonte da prática criativa e teórica do cineasta. Na tentativa de expressar o transcendente por meio da imagem do cinema, o realizador desencadeou mudanças na forma de configurar a narrativa cinematográfica. Para entender essa dinâmica, realizo uma leitura sócio-histórica da construção das concepções teóricas e dos filmes de Andrey Tarkovsky. Procurei reconstituir o espaço de experiência que permitiu ao cineasta desenvolver suas idéias e seus filmes, bem como demonstrar a presença do sagrado na obra fílmica do realizador por meio da análise de duas seqüências do filme Andrey Rublev / Abstract: In this text, I aim try to identify the creative impulse of Russian film-maker Andrey Tarkovsky by means of the interpretativa key that I call horizon of sacred. The objective of this is to understand what are and which are the repercussions of the sacred, or either, the expression of the metaphysic feeling, as horizont of the creative and theorical practical of director. In the attempt to express transcendence by means of the movie image, the producer caused changes in the form of configuring the cinematographic narrative. To understand this dynamic, I carry through a socio-historical reading of the construction of the theoretical conceptions in the films of Andrey Tarkovsky. I tried to reconstitute experience space that allowed the film-maker to develop his ideas and his films, as well as demonstrate the presence of the sacred one in the director¿s movie craft analising of two sequences of the film Andrey Rublev / Mestrado / Mestre em Multimeios
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Solaris e Stalker : aplicação de uma poetica da leitura na area transicional de jogo entre filme-espectadorSpinelli, Egle Muller 19 December 2000 (has links)
Orientador: Antonio Fernando da Conceição Passos / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes / Made available in DSpace on 2018-07-27T11:11:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2000 / Resumo: Desde o início do cinema, quando começaram a ser elaboradas as primeiras teorias cinematográficas, já existiam, nas análises fílmicas, pressupostos que tentavam definir a figura do espectador, o que ocasionou o surgimento de um pensamento heterogêneo com relação a sua função como sujeito que assiste a uma manifestação artística. Este trabalho pretende posicionar o espectador cinematográfico como um sujeito que realiza uma poética da leitura acontecendo como um jogo numa área transiciona/localizada entre ele e o filme a que assiste. Para tanto, serão desenvolvidos conceitos com base na teoria winnicottiana, teorias dos jogos e teoria do efeito estético para estabelecer possíveis efeitos de sentido que podem ocorrer na área transicional, a qual coloca o espectador em um estado ativo, construindo e atualizando experiências ao ver o filme. Para a aplicação desta leitura, foram escolhidos dois filmes do cineasta russo Andrei Tarkovski: Solaris e Stalker / Mestrado / Mestre em Multimeios
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La représentation du temps au cœur du "kinoobraz" dans les films d’Andreï Tarkovski, Andreï Zviaguintsev et Kira Mouratova / The representation of time and the notion of kinoobraz in the cinema of Andreï Tarkovski, Andreï Zviaguintsev and Kira MouratovaOvtchinnikova, Maria 17 November 2017 (has links)
L’intérêt porté aux filmographies de cinéastes russes aussi différents qu’Andreï Tarkovski, Andreï Zviaguintsev et Kira Mouratova aboutit à la découverte d’une quête esthétique commune propre aux trois réalisateurs : l’élaboration d’une image cinématographique modelée par le temps autant dans sa matérialité filmique que dans sa puissance métaphorique. Cette approche artistique semble cristallisée dans le terme "kinoobraz" théorisé par Andreï Tarkovski qui s’impose dès lors comme un médium entre la recherche théorique et le champ d’expérimentation analytique de ce travail. Le terme russe "kinoobraz" traduit en français par « image cinématographique » recèle autant de problèmes que de potentiel théorique et analytique. La nature de cette recherche consiste donc en une appropriation, une réinvention et une mise à l’épreuve d’une notion ("kinoobraz"), trois opérations menées simultanément dans un parcours multiple. D’abord, une étude à la fois historique et théorique des conceptions russo-soviétiques de l’"obraz" (théologie des icônes orthodoxes à travers les textes de Pavel Florensky, l’"obraz" selon Sergueï Eisenstein, le "kinoobraz" de Tarkovski) révèle toute une série de résonances conceptuelles avec les théories françaises du figural (à partir du texte "Discours, figure" (1971) de Jean-François Lyotard). Cette confrontation entre la généalogie russe du "kinoobraz" et les propriétés esthétiques du figural, alimentée par la pratique de l’analyse filmique comparée, permet la redéfinition du "kinoobraz" comme un outil opératoire d’analyse. Ainsi, la mise à l’épreuve du "kinoobraz" dans le champ d’expérimentations analytiques sur le corpus de référence composé des films d’Andreï Tarkovski, Andreï Zviaguinstev et Kira Mouratova explore la spécificité temporelle de la matière filmique et du dispositif cinématographique. / Focusing on the cinema of three Russian different filmmakers such as Andreï Tarkovski, Andreï Zviaguintsev and Kira Mouratova, we discover a common aesthetic thread: the development of a film image molded by time both in film's materiality and in its metaphorical power. This artistic approach is crystallized by the term kinoobraz theorized by Andreï Tarkovski, whose ideas and films serve as a link between the theoretical research and the analytic experimentation of the present work. The Russian word "kinoobraz" is usually translated into English as “film image” but this translation does not reveal its full theoretical and analytic potentials. Our research aims at giving this notion its proper place, its reinvention and its use as a tool, all three conducted simultaneously on parallel tracks. Our exploration of this notion includes both historical and theoretical study of the Russian and Soviet conceptions of "obraz" through the theology of orthodox icons found in Pavel Florensky’s texts, its definition by Sergueï Eisenstein, and Tarkovski’s refinement as "kinoobraz". This study reveals a series of conceptual resonances with the French theories of figural (starting with Jean-François Lyotard’s work "Discours, figure" (1971)). The juxtaposition of the Russian genealogy of "kinoobraz" and the aesthetic traits of figural, nurtured by comparative film analysis, allows us to redefine kinoobraz as an analytic tool. Using this tool in the analytic experimentation based on the reference corpus of the films of Andreï Tarkovski, Andreï Zviaguintsev and Kira Mouratova leads us to a deeper understanding of the time specificity of the film matter and the cinematic "dispositif".
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Stalker, de Andrei Tarkovski - as semelhanças e dessemelhanças com Piquenique à Beira da Estrada, de Arkadi e Boris StrugatskiDelfini, Paulo Afonso Monteiro 13 March 2018 (has links)
Submitted by Paulo Delfini (paulinhocinema@gmail.com) on 2018-05-30T21:21:47Z
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Previous issue date: 2018-03-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / The present dissertation aims to carry out a study on the process of written translation for audiovisual between two languages: Literature and Cinema, with the object of the novel Roadside Picnic (1972) by Brothers Arkadi and Boris Strugatski and their translation to the cinema: the film Stalker (1979) by Andrei Tarkovski. For this, a detailed analysis of both works was established as a procedure, highlighting the similarities and, as an intermediate stage, the script of the film to identify the dissimilarities. The theoretical bias used for this work is based on the studies of Haroldo de Campos on transcription, re-creation and poetic translation, as well as the theories of Julio Plaza on Intersemiotic Translation. We will also work on the film elements approached through cinematographic language to perform analyzes and thus better understand the style and poetic optics of Andrei Tarkovski and his other relations with the narrative of the work. At a last moment the analyzes will have as an intention the understanding of the temporal and spatial construction making a parallel between the narratives of the literary work and the cinematographic work. / A presente dissertação tem como objetivo realizar um estudo sobre o processo da tradução escrita para audiovisual entre duas linguagens: literatura e cinema tendo como objeto a novela Piquenique à Beira da Estrada (1972) dos Irmãos Arkadi e Boris Strugatski e sua tradução para o cinema: o filme Stalker (1979) de Andrei Tarkovski. Para isso, estabeleceu-se como procedimento, uma análise detalhada de ambas as obras destacando as semelhanças e como estágio intermediário o roteiro do filme para identificação das dessemelhaças. O viés teórico utilizado para este trabalho, parte dos estudos de Haroldo de Campos sobre a transcriação, recriação e a tradução poética e também as teorias de Júlio Plaza sobre a Tradução Intersemiótica. Serão trabalhados ainda os elementos fílmicos abordados por intermédio da linguagem cinematográfica para realizar análises e assim compreender melhor o estilo e a ótica poética de Andrei Tarkovski e suas demais relações com a narrativa da obra. Em um último momento as análises terão como intuito a compreensão da construção temporal e espacial fazendo um paralelo entre as narrativas da obra literária e da obra cinematográfica.
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