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Efeito de exercícios motores orofaciais e laserterapia nos sintomas de desordem temporomandibular e funções orofaciais / Effect of orafacial motor exercises and lasertherapy in the symptoms of temporomandibular disorders and orofacial functions

Barbara Cristina Zanandréa Machado Cusumano 28 January 2016 (has links)
Introdução: Baseado nos achados sobre o efeito analgésico do laser e no fato de que a reabilitação motora é sugerida para o tratamento de desordens de dor musculoesquelética, nossa hipótese foi que a laserterapia (LLLT) combinada com exercícios motores orofaciais potencializaria a reabilitação da desordem temporomandibular (DTM) e poderia promover maior redução dos sinais e sintomas e melhor reabilitação das funções motoras orofaciais do que a LLLT exclusiva ou o protocolo de terapia miofuncional orofacial (TMO) para DTM, previamente descrito. Objetivo: Analisar os efeitos da LLLT combinada com exercícios motores orofaciais (EMO) no tratamento de DTM. Verificar se esse programa de tratamento (LLLT + EMO) apresenta vantagens ou desvantagens em relação às seguintes modalidades: protocolo de TMO completo para DTM; LLLT exclusiva; e LLLT inativa (placebo) combinada com EMO. Verificar se as referidas modalidades de tratamento permitem a recuperação da normalidade no que diz respeito às variáveis envolvidas nesse estudo. Método: Participaram 104 pacientes com DTM, examinados segundo o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders RDC/DTM e classificados de acordo com o tipo de DTM seguindo o Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorder (DC/TMD). Participaram ainda 20 sujeitos sem DTM, equilibrados por gênero e idade com os grupos experimentais. Os pacientes com DTM foram divididos aleatoriamente em quatro grupos de tratamento com 26 participantes cada: Grupo II, no qual a TMO foi realizada de acordo com protocolo previamente publicado (Felício, 2009; Felício et al., 2010; Felício e Machado, 2012), composto por técnicas de alivio da dor e exercícios motores orofaciais e recuperação das funções; Grupo III que recebeu LLLT combinada com EMO, sendo a sessão iniciada com aplicação do laser de Arseneto de Gálio e Alumínio (AsGaAl) com uma dose de 60 J/cm², na região da ATM e sobre os locais doloridos na musculatura seguida dos EMO; Grupo IV que recebeu LLLT placebo associada a EMO, sendo os mesmos procedimentos do GIII, porém a aplicação do laser foi realizada com a ponta inativa; e Grupo V que recebeu laser de baixa intensidade exclusiva. As medidas de resultados foram: dor à palpação, limiar de dor à pressão, percepção da severidade dos sinais e sintomas de DTM, condição miofuncional orofacial e atividade eletromiográfica. Os grupos de tratamento foram comparados ao grupo controle em cada fase (FD, FF e FS) por meio do teste Kruskal-Wallis Anova by ranks. Também foram comparadas as fases do estudo somente entre os grupos tratados por meio do teste de Friedman. O post hoc teste foi aplicado para diferenças significantes (p < 0,01). Também foi realizada análise intragrupo para os grupos com DTM por meio do teste de Friedman (p < 0,05) e para as diferenças significantes foi calculado o índice Effect size (ES) para medir a magnitude do efeito do tratamento. Resultados: As modalidades com alguma estratégia de alívio da dor (LLLT ou relaxamento e massagens) e EMO combinados (GII e GIII) foram mais efetivas para a redução de sintomas de DTM, sensibilidade à palpação e dificuldade para mastigar, bem como para o aumento do limiar de dor à pressão e a recuperação das funções orofaciais. O GIII apresentou maior equilíbrio entre os músculos temporais e masseteres refletidos pelo índice ATTIV. Entre os outros dois grupos, o GIV (LLLT placebo+EMO) resultou em melhores condições miofuncionais orofaciais e maior redução de dificuldade para mastigar, enquanto o GV (LLLT) produziu maior decréscimo dos sintomas de DTM. A magnitude do efeito do tratamento para sensibilidade à palpação e limiar de dor à pressão foi similar entre estes dois grupos. Conclusão: As modalidades que incluíram estratégias de alívio da dor (LLLT ou relaxamento e massagens) combinadas aos EMO foram mais eficazes. Assim sendo, a combinação de estratégias para o controle da dor e treinamento motor orofacial mostrou-se promissora como uma opção na reabilitação das DTMs crônicas / Introduction: Based on previous findings about the analgesic effect of lasertherapy (LLLT) and on fact that, motor rehabilitation is a potential approaches to treat musculoskeletal pain disorders, because altered motor performance may be a factor for the maintenance of pain, we raised the hypotheses that LLLT combined with orofacial motor exercises (OME) may potentiate temporomandibular disorder (TMD) rehabilitation better than either LLLT alone or OME associated with relaxation techniques and massage of the OMT protocol previously described. Objective: To analyze the effects of LLLT combined with OME for the treatment of TMD. To verify if this treatment program (LLLT + OME) has advantages and disadvantages regarding to the others modalities: complete protocol of orofacial myofunctional therapy (OMT) for DTM, only LLLT and inactive LLLT combined with OME. To verify if these treatment modalities allow the recovery of normality regarding to the variables involved in this study. Method: 104 patients with TMD were examined according to the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders RDC/TMD and classified according to the type of TMD following the Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorder (DC/TMD). Also, 20 subjects without TMD participated, balanced by gender and age with the experimental groups. The TMD patients were randomly divided into four treatment groups with 26 participants in each one: Group II received the OMT performed according to previously published protocol (Felício, 2009; Felício et al., 2010; Felicio and Machado, 2012), consisting of pain relief techniques, OME and recovery functions; Group III was treated with LLLT combined with OME: the session was started with the laser application of gallium arsenide and aluminum (GaAlAs) at a dose of 60 J/cm², in the TMJ region and in painful muscles followed by the OME; Group IV that received LLLT placebo associated with OME and the procedures were the same as GIII, however, the laser application was performed with the inactive tip and; and Group V that received only laser therapy. The outcome measures were pain on palpation, pressure pain threshold, perception of severity of signs and symptoms of TMD, orofacial myofunctional condition and electromyographic activity. The treatment groups were compared to the control group in the phases FD, FF and FS, using Kruskal-Wallis ANOVA by ranks test. Also, the phases of the study were compared only between the treated groups by Friedman test. The post hoc test was applied for significant differences (p <0.01). Intra-group analysis was performed for the TMD groups using the Friedman test (p <0.05) and for significant differences was calculated the Effect size index (ES) to measure the magnitude of effect of treatment. Results: The therapeutic modalities involving some pain-relieving strategy (LLLT or relaxation and massage) and OME combined (GII and GIII) were more effective in reducing symptoms of TMD, tenderness on palpation and difficulty in chewing, as well as, the increase the pressure pain threshold and recovery of functions. The GIII group showed higher balance between temporal and masseter muscles represented by ATTIV index. Between the other two groups, the GIV (LLLT placebo + OME) resulted in better orofacial myofunctional conditions and reduction of difficulty chewing, while the GV (LLLT) produced a greater decrease in symptoms of TMD. The magnitude of the effect of treatment for tenderness on palpation and pressure pain threshold was similar between these two groups. Conclusion: The modalities of treatment that included pain relief strategies (LLLT or relaxation and massage) combined with OME were more effective. Therefore, the combination of strategies for the control pain and orofacial motor training proved to be promising as an option in the chronic TMD rehabilitation
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Análise do efeito da terapia miofuncional orofacial associada à laserterapia em pacientes com desordem temporomandibular / Effect of orofacial myofunctional therapy associated with lasertherapy in patients with temporomandibular disorder

Barbara Cristina Zanandréa Machado 30 January 2012 (has links)
Introdução: A desordens temporomandibulares (DTMs) abrangem uma série de problemas clínicos que envolvem a musculatura mastigatória, a própria articulação e estruturas associadas, ou ambas. Os efeitos da laserterapia em casos de DTM veem sendo estudados como modalidade única de tratamento ou associada à outras modalidades da área fisioterápica e/ou odontológica como a placa de oclusão, contudo não há qualquer estudo sobre a associação da laserterapia à terapia miofuncional orofacial (TMO), realizada pelo fonoaudiólogo. Objetivo: analisar os efeitos da TMO, modificada pela exclusão das estratégias de alívio da dor e relaxamento, associada à laserterapia em casos de DTM. Método: Participaram 55 pacientes com DTM, diagnosticados de acordo com o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) e divididos aleatoriamente em três grupos de tratamento. Um grupo (grupo T) realizou TMO, de acordo com protocolo previamente testado (FELÍCIO, 2009; FELÍCIO; MELCHIOR; RODRIGUES DA SILVA, 2010); os outros dois grupos receberam laserterapia e TMO, modificada pela exclusão das técnicas de alívio da dor, sendo que para um deles o laser era, de fato, ativo (Tm-L) e para o outro inativo, funcionando como placebo (Tm-LP). Tanto os pacientes como o profissional desconheciam qual era a modalidade de laser (duplo-cego). As medidas antes e depois do período de tratamento foram: Índices Anamnésico e de Disfunção Clínica de Helkimo, limiar de dor a palpação (algometria), percepção de severidade dos sinais e sintomas de DTM e avaliação miofuncional orofacial. As comparações incluíram os dados dos três grupos nas fases diagnóstica (FD), final de tratamento (FF), seguimento depois de um mês (FS1) e depois de três meses da conclusão do tratamento (FS3), por meio de múltipla análise de variância, com efeitos fixos (three-way Anova). O pós-teste Tukey foi aplicado para diferenças significantes. O nível de significância estabelecido foi de 5% (P < 0,05). Resultados: Ao final do tratamento, os grupos T, Tm-L e Tm-LP apresentaram melhora de todos os parâmetros avaliados. Houve diferença entre os grupos apenas para os movimentos excursivos da mandíbula, onde o pós teste indicou diferença entre os grupos Tm-L e T, devido maior média geral no grupo T. Além disso, houve diferença entre as fases para a sensibilidade dolorosa à palpação, limiar de dor à pressão, severidade dos sinais e sintomas de DTM e condição miofuncional orofacial, sendo a Fase D significantemente diferente das fases FF, FS1 e FS3. Conclusão: A combinação de estratégias para o controle da dor e para a melhora das condições miofuncionais orofaciais e a recuperação das funções estomatognáticas parece ser promissora como uma opção no tratamento conservador das DTMs. / Introduction: The temporomandibular disorders (TMD) comprise a number of clinical problems that involve the masticatory musculature, temporomandibular joints and associated structures, or both. The effects of laser therapy in cases of TMD have been studied as single modality of treatment or in combination with other modalities of physical therapy and/or dental area as oclusal splint, however there is no study about the association of orofacial myofunctional therapy (OMT) with laser therapy realized by the speech therapist. Objective: to analyze the effects of OMT, modified by the exclusion of the techniques of pain relief and relaxation, associated with laser therapy in cases with TMD. Methods: Fifty five patients with TMD, diagnosed according to Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), were randomly assigned in three treatment groups. One group (Group T) perfomed OMT according to a protocol previously tested (FELÍCIO, 2009; FELÍCIO; MELCHIOR; RODRIGUES DA SILVA, 2010). The other two groups received laser therapy and OMT modified by the exclusion of the techniques of pain relief and relaxation, and for one the laser was, in fact, active (Tm-L) and the other inactive, consisting as placebo treatment (Tm-LP). Both patients and professional were unaware of what was the type of laser (double-blind). The outcome measures were performed before and after the treatment: Anamnestic (Ai) and Clinical Dysfunction (Di) Indexes of Helkimo, pressure pain threshold (algometry), self-judgment of the severity of signs and symptoms of TMD (ProDTMmulti), orofacial myofunctional evaluation. Data were analyzed through multiple analysis of variance with fixed effects (three way-ANOVA) for the three groups in diagnostic phase (FD), end of treatment (FF), follow up after one month (FS1) and after three months of ending of treatment (FS3). The pos-test Tukey was applied for significant differences. The significance level was set at 5% (p< 0,05). Results: in the end of treatment, the groups T, Tm-L and Tm-LP showed improvement of all parameters evaluated. There was a difference between groups only for excursive mandibular movements, that the post test indicated differences between groups T and Tm-L because of higher overall mean in group T. In addition, there were differences between phases for tenderness in the palpation, pressure pain threshold, severity of signs and symptoms and condition orofacial myofunctional, and the phase D differed significantly from FF, FS1 and FS3. Conclusion: The combination of strategies for control pain and improvement of the orofacial myofunctional conditions and recovery of the stomatognathic functions seems to be promising as an option in the conservative treatment of TMD
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Características funcionais da musculatura orofacial em crianças com e sem apneia obstrutiva do sono / Functional characteristics of orofacial muscles in children with and without obstructive sleep apnea

Franciele Voltarelli da Silva Dias 10 June 2016 (has links)
A respiração oral crônica e os distúrbios respiratórios do sono em crianças têm como principal fator etiológico a hipertrofia das tonsilas palatinas e faríngea. Embora vários estudos tenham analisado as consequências miofuncionais orofaciais da respiração crônica, crianças com apneia obstrutiva do sono (AOS) e com ronco primário (RP) não foram especificamente focalizadas. Devido à crescente recomendação de terapia miofuncional orofacial (TMO) como parte do tratamento de AOS, a determinação de características da musculatura e funções orofaciais de crianças deveria ser o primeiro passo, para o adequado plano de tratamento. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a condição miofuncional orofacial e as características funcionais da musculatura dos lábios, da língua, elevadora e abaixadora da mandíbula de crianças com RP e AOS, bem como compará-las. Participaram 39 crianças com faixa etária entre 7 a 10 anos (8 ± 1,2 anos) sendo divididas em dois grupos, RP com 12 crianças (8 meninos e 4 meninas) e AOS com 27 (11 meninos e 16 meninas). Todas foram submetidas à avaliação otorrinolaringológica, polissonográfica e miofuncional orofacial. As características orofaciais foram determinadas por meio de um protocolo validado de avaliação miofuncional orofacial com escores (AMIOFE), eletromiografia de superfície dos músculos temporais anteriores, masseteres e supra-hioideos e as medidas de máxima força de lábios e de língua por meio do Iowa Oral Performance Instrument (IOPI). Na comparação das medianas foram aplicados os testes de Mann-Whitney (não paramétricos) e das médias, o teste t-Student (paramétrico), de acordo com a distribuição dos dados. O nível de significância foi estabelecido em 5% (P < 0,05). Ambos os grupos apresentaram alterações funcionais orofaciais, contudo o grupo AOS apresentou piores condições miofuncionais orofaciais nas funções de respiração e de deglutição (P < 0,05), desequilíbrio na coordenação dos músculos mastigatórios, com maior assimetria entre os lados direito e esquerdo (AS absoluto) (P = 0,039) e predomínio dos potenciais normalizados dos temporais sobre os masseteres (ATIV) (P = 0,022). Também, as crianças com AOS apresentaram menor capacidade para produzir atividade muscular e mantê-la durante a deglutição espontânea de saliva, com alterações na amplitude máxima (P = 0,041), no tempo do ato de deglutição (P = 0,005) e na integral (amplitude x tempo) (P = 0,001) dos músculos supra-hioideos, comparado ao grupo RP. Não houve diferença significante entre os grupos para a pressão (força) de lábios e de língua (P > 0,05). Em conclusão, as crianças com AOS apresentaram maiores prejuízos nas funções orofaciais e menor coordenação que crianças com ronco primário. Os achados poderão contribuir para a definição de metas e estratégias terapêuticas para crianças com AOS. / Chronic mouth breathing and sleep breathing desorder is mostly caused by adenotonsillar hypertrophy. Although several studies have examined the orofacial myofunctional consequences of chronic mouth breathing, children with OSA have not been specifically targeted. Due to the crescent recommendation of orofacial myofunctional therapy (OMT) as part of the treatment of OSA, the determination of muscle characteristics and orofacial functions of children should be the first step to propose a treatment plan. Therefore, the aim of this study was to investigate the orofacial myofunctional condition and functional characteristics of the muscles of the lips, tongue, elevator and depressor from the jaw of children with primary snoring (PS) and OSA. Participated 39 children aged between 7 to 10 years (8 ± 1.2 years) were divided into two groups, RP with 12 children (8 boys and 4 girls) and OSA with 27 (11 boys and 16 girls). All participants underwent otorhinolaryngologist, polysomnography and orofacial myofunctional examination. Orofacial characteristics were determined by a validated protocol of orofacial myofunctional evaluation with scores (OMES), surface electromyography of the anterior temporalis, masseter and suprahyoid muscles and measurements of maximal lip and tongue strength through Iowa Oral Performance Instrument (IOPI). Median were compared by the Mann-Whitney test (nonparametric) and the means by the Student\'s t-test (parametric), according to data distribution. The level of significance was set at 5% (P <0.05). Both groups PS and OSA showed orofacial functional changes, but the OSA group had worse myofunctional orofacial conditions in breathing and swallowing function (P <0.05), unbalance in the coordination of masticatory muscles with greater asymmetry between the right and left sides (absolute AS) (P = 0.039) and prevalence of temporalis muscles over masseter (ATIV) (P = 0.022), compared to the PS group. Children of the OSA showed had lesser ability to produce suprahyoid muscles activity and to keep during spontaneous swallowing of saliva, with changes in the maximum amplitude (P = 0.041), in the swallowing time (P = 0.005) and integral (amplitude x time) (P = 0.001). compared to the PS group. There were no significant differences between groups in lip or tongue pressure (P > 0.05). In conclusion, children with OSA showed relevant impaired orofacial functions and less coordination than children with PS. The findings may help to define goals and treatment strategies for children with OSA.
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Validação do protocolo de avaliação miofuncional orofacial com escalas para jovens e adultos / Validation of the myofunctional assessment instrument with scores in young and adult

Ana Paula Magalhães Medeiros 11 March 2011 (has links)
A avaliação miofuncional orofacial é etapa fundamental no processo de diagnóstico na área de motricidade orofacial (MO), possibilita a compreensão das condições anatômicas e funcionais do sistema estomatognático, permitindo estabelecer o raciocínio terapêutico e definir encaminhamentos. Vários autores escreveram a respeito da necessidade da prática baseada em evidências e recomendaram o uso de protocolos validados para o diagnóstico, bem como para a terapia. Atualmente, três protocolos de avaliação miofuncional orofacial estão validados e publicados. São eles: o The Nordic Orofacial Test-Screening NOT-S, o Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores - AMIOFE, validado para crianças, o qual caracteriza as condições musculares e funcionais com base nos escores, permitindo definir não apenas a presença ou ausência, mas também o grau de distúrbio miofuncional orofacial (DMO) e o protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial com Escores Ampliados - AMIOFE-A. O AMIOFE já foi usado para diagnóstico e análise da evolução de tratamentos em sujeitos jovens e adultos com desordem temporomandibular (DTM), porém não foi validado para esta população. O objetivo do presente estudo foi analisar a validade de critério, a validade de construto, e a confiabilidade intra e entre - examinadores, assim como valores de sensibilidade (S), especificidade (E), valores preditivos (VP+ e VP-) e prevalência (P) do AMIOFE para jovens e adultos. Participaram 50 sujeitos com DTM (GDTM) e 30 sujeitos sem DTM (CA), todos avaliados e selecionados a partir do exame clínico com o RDC/TMD. A validade de critério do protocolo AMIOFE foi analisada pela comparação com o protocolo NOT-S. A validade de construto foi analisada pela: (a) comparação do GDTM ao CA, para verificar a capacidade do AMIOFE em diferenciar sujeitos com e sem DMO; (b) comparação do grupo com DTM antes e após TMO, a fim de analisar a habilidade do AMIOFE para mensurar as mudanças ocorridas em decorrência do tratamento. Para tanto, os dados da avaliação miofuncional orofacial dos dez sujeitos com DTM que receberam terapia miofuncional orofacial (GT) foram comparados na fase diagnóstica e na fase final após 120 dias de tratamento. Dois examinadores, fonoaudiológos devidamente treinados e calibrados, denominados E1 e E2, realizaram as avaliações. De acordo com os resultados houve correlação negativa significante entre os protocolos AMIOFE e NOT-S (r= -0,86, p < 0,01). A validade de construto do AMIOFE foi demonstrada pela capacidade do AMIOFE refletir as condições miofuncionais orofaciais normais e alteradas pelas diferenças observadas entre os escores dos grupos CA e GDTM, nos itens aparência/postura, mobilidade e nas funções de mastigação e deglutição (p < 0,05). O AMIOFE foi capaz de mensurar as mudanças ocorridas entre a FD e a FF do tratamento proposto. A força de concordância medida pelo Kappa Ponderado (Kw) entre-examinadores E1 e E2 variou de razoável a moderada, e os valores de confiabilidade foi 0,88, considerado bom (r = 0,78, P< 0,01). A concordância intra-examinador para E2 variou de razoável a moderada e a confiabilidade para aplicação do AMIOFE foi de 0,92, isto é, excelente (r = 0,84, P< 0,01). A concordância para a aplicação do protocolo NOTS, variou de razoável a boa, e a confiabilidade foi de 0,89 (r = 0,80, P< 0,01). Para os demais índices, foram encontrados os seguintes valores utilizando a mediana e os percentis, apresentados respectivamente, S (80,5 - 65,38), E (80,0 - 92,59), VP+ (76,0 - 80,95), VP- (83,7 - 84,74) e P (46,2 - 26,25). De acordo com os resultados concluiuse que o protocolo AMIOFE é válido, confiável e proporciona um diagnóstico com boa 10 margem de acerto, tanto para os casos positivos como negativos. Sua aplicação clínica e em pesquisas é viável devido à própria construção do protocolo que fornece a indicação do escore a ser atribuído, com base na descrição semântica que o acompanha. / The clinical orofacial myofunctional evaluation is a fundamental step in the diagnosis process of orofacial myofunctional area, making possible to understand the anatomical and functional conditions of the stomatognathic system, allowing to establish the therapeutic reasoning and define the referrals. Several authors have written about the need for an evidence-based practice (EBP), recommending the use of validated protocols for diagnosis, well as therapy. Currently, three miofunctional protocols are validated and published. They are: The Nordic Orofacial Test-Screening NOT-S, the protocol of orofacial myofunctional evaluation with scores - OMES, validated for children, characterizing the functional and muscular condition based on scores, allowing to define not only the presence or absence, but also the degree of orofacial myofunctional disorders, and the protocol of orofacial myofunctional evaluation with scores expanded (OMES-E). The OMES has been used for diagnosis and to analyze the treatment evolution in young subjects and adults with temporomandibular disorder (TMD), but was not validated for this population. The aim of the present report is to assess the criterion validity, construct validity, and the intra- and inter-examiner, as well as sensitivity (S), specificity (SP), predictive values (PV+ and PV-) and prevalence (P) of OMES for adult. 50 subjects with TMD (GDTM) and 30 subjects without TMD (CA) participated, all them evaluated and selected from the clinical examination with RDC/TMD. The criterion validity of the protocol OMES was analyzed by comparing it with the NOT-S protocol. Construct validity was assessed by: (a) comparing GTMD to CA, to verify the OMES ability to differentiate subjects with and without DMO; (b) comparing the group with DTM before and after TMO, to analize the AMIOFE hability to measure changes due to treatment. For this, the orofacial myofunctional evaluation data from the ten subjects with DTM that received orofacial myofunctional therapy (GT) were compared in the diagnostic phase and the final stage after 120 days of treatment. Two examiners, speech therapists trained and calibrated, called E1 and E2, performed the evaluation. According to the results there was a significant negative correlation between the protocols OMES and NOT-S (r= -0,86, p < 0,01). The construct validity of OMES was demonstrated by the ability of OMES reflect the normal and altered myofunctional orofacial condictions by the differences between the groups scores GTMD and CA, in the items appearance / posture, mobility and in the functions of deglutition and mastication (p < 0,05). The OMES was able to measure the changes between FD and FF of the proposed treatment. The agreement the linear mensure by weighted Kappa coefficient (Kw) inter-examiner E1 e E2 ranged between reasonable to moderate, and the value of reliability was 0,88, considered good (r = 0,78, P< 0,01). The agreement intra-examiner for E2 ranged from reasonable to moderate and the reliability to AMIOFE application was 0,92, ie, excellent (r = 0,84, P< 0,01). The agreement for NOT-S protocol application ranged from reasonable to good, and the reliability was 0,89 (r = 0,80, P< 0,01). For the others items, were found the following values using the median and the percentile, presented respectively, S (80,5 - 65,38), SP (80,0 - 92,59), PV+ (76,0 - 80,95), PV- (83,7 - 84,74) e P (46,2 - 26,25). According to the results, concluded that the OMES protocol is valid, and provides a reliable diagnosis with a good margin of success, for both positive and negative cases. Clinical application and in research is feasible because of the actual construction of the protocol provides indication of the score to be assigned, based on semantic description that accompanies it.
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Efeito da terapia miofuncional em pacientes com paralisia facial de longa duração associada à aplicação de toxina botulínica / Effect of the muscular-function therapy in patients with long-standing facial paralysis associate to the botulinum toxin application

Paula Nunes Toledo 06 February 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A paralisia facial é constrangedora tanto do ponto de vista funcional quanto estético. Esta pesquisa teve por objetivo verificar o efeito da terapia miofuncional em pacientes com paralisia facial de longa duração associada à aplicação de toxina botulínica. MÉTODOS: Foram tratados vinte e cinco pacientes, divididos em dois grupos. Os pacientes do grupo A receberam quatro sessões de terapia miofuncional antes da aplicação de toxina botulínica e os pacientes do grupo B simultaneamente à aplicação. A terapia foi composta por manobras isométricas e isotônicas passivas, intra e extraorais, além de exercícios de resistência. RESULTADOS: Após a terapia miofuncional os pacientes apresentaram aumento significativo da mobilidade do lado paralisado da face, do índice de satisfação do paciente com a face, do Índice Funcional da Face (IFF) e do Índice de Bem-Estar Social (IBES). O grupo de pacientes que realizaram a terapia miofuncional previamente, apresentou freqüência significativamente maior de dificuldade para falar, enquanto o grupo que realizou a terapia miofuncional a partir da data da aplicação de toxina botulínica, apresentou freqüência significativamente maior de dificuldade para mastigar. A terapia miofuncional promove simetria facial; satisfação dos pacientes com a face, funcionalidade oromiofacial, qualidade de vida e deve ser realizada antes e após aplicação de toxina botulínica para reduzir os possíveis efeitos adversos. / INTRODUCTION: The facial paralysis is constraining so much of the functional point of view as aesthetic. This research had for goal verified the myofunctional therapy effect in patients with long-standing facial paralysis associate to the botulinum toxin application. METHODS: Twenty-five patients were treated, divided into two groups. The patients from the group A received four sessions of myofunctional therapy before the toxin botulinum application and the patients from the group B received it simultaneously to the application. The therapy was composed by isometric and passive isotonic maneuvers, inside and outside oral, and resistance exercises. RESULTS: After the myofuncional therapy the patients presented significant increase of the mobility of the paralyzed side, of the patient satisfaction index with the face, Functional Index of the Face (IFF) and of the Index of Social Welfare (IBES). The group of patient that accomplished the myofuncional therapy previously presented significantly larger frequency of talking difficulty, while the group that accomplished the miofuncional therapy from the toxin botulínica application date presented significantly larger frequency of chewing difficulty. The myofuncional therapy promotes facial symmetry; patients satisfaction with the face, myofuncional functionality, life quality, and should be accomplished before and after toxin botulínica application to reduce the possible adverse effects.
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Problemas de linguagem oral e de alimentação: co-ocorrências na clínica fonoaudiológica

Machado, Fernanda Prada 06 February 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T18:12:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fernanda Prada Machado.pdf: 484133 bytes, checksum: 92bfc84671be7138f67341c44a48e8ac (MD5) Previous issue date: 2007-02-06 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Background: Speech Therapy studies that concerns about the co-occurrence of feeding and language disorders emphasize the subjective aspects implied. This dissertation has had the objective to examine possible connections between feeding and language disorders, from the bio-psychic perspective. Method: it was carried out a longitudinal analysis of one clinical case aiming to find out and analyze the co-occurrence of feeding and language disorders. For this purpose a literature review about how feeding is dealt with in speech therapy clinics was carried out. Medical theory contributions about feeding and its disorders were also raised. Psychoanalyses theory provided the basis to establish the connections between feeding and language, from the orality concept. Results: the case analyzed was considered as emblematic of connections between feeding and language disorders. Conclusion: results indicate that the importance of functional and physilogical aspects of feeding must not be ignored, but also give advise about the importance of considering the subjective dimension of feeding disorders, given its elemental function / Introdução: estudos fonoaudiológicos que tratam da co-ocorrência entre transtornos alimentares e de linguagem dão destaque aos aspectos subjetivos aí implicados. Esta dissertação teve por objetivo investigar as possíveis relações entre problemas de alimentação e de linguagem oral, do ponto de vista bio-psíquico. Método: foi realizado um estudo longitudinal de um caso clínico, visando averiguar e analisar as co-ocorrências dos problemas alimentares e de linguagem oral. Para tanto, foi realizada uma revisão da literatura a respeito de como a alimentação é tratada na clínica fonoaudiológica, foram levantadas também as contribuições teóricas da Medicina sobre a alimentação e seus transtornos. A teoria psicanalítica forneceu o embasamento necessário para estabelecer a relação entre alimentação e linguagem oral, a partir do conceito de oralidade. Resultados: o caso analisado configurou-se como emblemático das relações entre problemas de linguagem oral e de alimentação. Conclusão: os resultados indicam que não se deve ignorar a importância do aspecto funcional e fisiológico da alimentação, porém advertem-nos para a importância de se considerar a dimensão subjetiva dos sintomas alimentares, pela função constitutiva que a alimentação tem para o sujeito
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"Eficácia do tratamento fonoaudiológico em síndrome de Down: avaliação eletromiográfica de superfície" / Effectiveness of the oral myofunctional therapy

Ideriha, Patricia Noriko 06 September 2005 (has links)
O objetivo desta pesquisa foi verificar a eficácia do trabalho miofuncional oral na adequação da movimentação labial durante a sucção utilizando eletromiografia de superfície em bebês com síndrome de Down. Participaram dos grupos pesquisa e controle cinco bebês do gênero masculino e três do feminino com idades entre seis e dez meses, diferenciando-se pelo diagnóstico de síndrome de down. A pesquisa teve três etapas: avaliações inicial e final (clínica e eletromiográfica); processo terapêutico (para Grupo Pesquisa). Concluiu-se que na avaliação clínica houve diferenças que não foram observadas na eletromiográfica, mas os dados eletromiográficos complementam a avaliação clínica / The target of this research was to verify the effectiveness of the oral myofunctional therapy in the lips adjustment during the sucking using the surface electromyography in babies with Down syndrome. Five boys and three girls (age between 6 and 10 months) participated of the research and control groups. The difference from each other was the Down syndrome diagnostic. The research had three phases: initial and final assessments (clinical and electromyographic) and therapeutic process (for the research group). The conclusion was that in the clinical assessment there were differences that were not observed in the electromyographic, but the electromyographic data completed the clinical data
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Efeitos da terapia miofuncional orofacial sobre o ronco e a qualidade de sono em pacientes com ronco primário e apneia obstrutiva do sono leve a moderada / Effects of orofacial myofuncional therapy on snoring of patients with primary snoring and mild to moderate OSA

Ieto, Vanessa 18 August 2014 (has links)
O ronco é gerado pela obstrução parcial e vibração da faringe durante o sono. Apesar de causar graves problemas sociais e poder indicar presença de apneia obstrutiva do sono (AOS), o ronco não é medido de forma objetiva. O tratamento do ronco primário ou associado a formas leves de AOS é controverso. A Terapia Miofuncional Orofacial consiste em exercícios isotônicos e isométricos para língua e palato mole desenvolvidos para o tratamento da AOS moderada. No entanto, os efeitos da Terapia Miofuncional Orofacial sobre o ronco não foram medidos de forma objetiva. OBJETIVOS: Primário: determinar a eficiência da Terapia Miofuncional Orofacial em reduzir o ronco de pacientes com ronco primário, AOS leve e moderada. Secundários: desenvolver uma metodologia de quantificação objetiva do ronco; avaliar a relação das características do ronco com a gravidade da AOS; avaliar o efeito da terapia miofuncional orofacial sobre a percepção do ronco e sobre a qualidade de sono do parceiro de quarto. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade entre 20 e 65 anos com diagnóstico polissonográfico de ronco primário, AOS leve ou AOS moderada. Os pacientes foram randomizados por 3 meses para tratamento com Terapia Miofuncional Orofacial ou Controle (uso de dilatador nasal e exercícios respiratórios). Os pacientes foram avaliados no início e final do estudo por questionários de grau de sonolência (Epworth), qualidade de sono (Pittsburgh), percepção do próprio ronco e avaliação de motricidade orofacial, bem como polissonografia completa com registro contínuo do ronco. Os parceiros de quarto avaliaram o ronco do parceiro incluído no estudo e a sua própria qualidade do sono (Pittsburgh). RESULTADOS: Foram incluídos 39 pacientes com idade (média ± desvio padrão) = 46 ± 13 anos e índice de massa corpórea (IMC) = 28,2 ± 3,1 Kg/m2, Índice de apneia e hipopneia (IAH) = 15,3 ± 9,3 eventos/hora, sendo 6 pacientes com ronco primário, 17 com AOS leve e 16 com AOS moderada. Os pacientes não tiveram mudança de IMC, sendo que no Grupo Controle todos os parâmetros avaliados não se modificaram significativamente. Em contraste, os pacientes tratados com Terapia Miofuncional Orofacial apresentaram, em relação ao basal, melhora significativa (p < 0.05) na circunferência cervical ( 38,0 [36,4-39,5] vs. 37,5 [36,0-39,0] cm), na avaliação miofuncional orofacial (37,0 [23,0-42,0] vs. 19 [13,0-24,0]), no Índice de Roncos (99,5 [49,6-221,3] vs. 48,2 [25,5-219,2]) e no Índice Potência Total dos Roncos. (60,4 [21,8-220,6] vs. 31,0 [10,1-146,5]). Os parceiros de quarto dos pacientes tratados com terapia miofuncional orofacial (n=13), relataram melhora significativa na percepção da intensidade (4,0 [2,5-4,0]) vs. 1,0 [1,0-2,0]) e frequência do ronco (4,0 [3,0-4,0] vs. 2,0 [1,5-3,0]). A melhora da qualidade de sono dos parceiros de quarto dos pacientes tratados com Terapia Miofuncional Orofacial tiveram uma tendência a melhorar, porém não atingiu significância estatística (p=0,0618). O Índice de Ronco e o Índice Potência total do Ronco no basal e após 3 meses apresentaram uma correlação moderada com a gravidade da AOS, mensurada pelo IAH (r variando entre 0,505 a 0,603). CONCLUSÕES: A Terapia Miofuncional Orofacial por 3 meses foi efetiva em reduzir a frequência e intensidade do ronco, mensurados objetivamente. A Terapia Miofuncional Orofacial portanto pode ser efetiva para uma grande parcela da população que apresenta ronco primário ou formas leves de AOS / Snoring is generated by pharyngeal obstruction and vibration during sleep. Snoring is extremely common and may cause severe social problems and may indicate obstructive sleep apnea (OSA). However, there are no standardized methods for measuring snoring and the treatment of primary snoring or snoring associated with mild forms of OSA is controversial. Orofacial Myofunctional Therapy consists of isometric and isotonic exercises directed to tongue and soft palate for the treatment of moderated OSA. However, the effects of Orofacial Myofunctional Therapy on snoring were not objectively measured. OBJECTIVES: Primary: to determine the efficiency of Orofacial Myofunctional Therapy in reducing snoring of patients with primary snoring, mild and moderated OSA. Secondary: to develop a methodology to objectively quantify snoring; to assess the relation of snoring characteristics with OSA severity; to assess the effect of Orofacial Myofunctional Therapy upon the perception of snoring and sleep quality of the bed partner. METHODS: We included patients of both genders aged between 20 to 65 years old with polissomnographyc diagnoses of primary snoring, mild or moderated OSA. Patients were randomized for treatment with Orofacial Myofunctional Therapy or Control (use of nasal dilator strips and respiratory exercises) for 3 months. All patients were evaluated at the beginning and end of the study by questionnaires (Epworth, Pittsburgh), orofacial motricity assessment and complete polysomnography with the register of snoring. Bed partners assessed snoring and their own sleep quality (Pittsburgh). RESULTS: Thirty nine patients aged (mean ± standard deviation) =46 ± 13 yeas old and body mass index (BMI) (mean ± standard deviation) = 28,2 ± 3,1 Kg/m2, apnea hypopnea index (AHI)= 15,3 ± 9,3 events/hour, being 6 patients with primary snoring, 17 with mild OSA and 16 with moderated OSA completed the study. No significant change occurred in the Control Group in all variables. In contrast, patients treated with Orofacial Myofunctional Therapy presented (as compared to baseline) a significant decrease (p < 0.05) in neck circumference (38,0 [36,4-39,5] vs. 37,5 [36,0-39,0] cm), Orofacial Motricity Assessment (37,0 [23,0-42,0] vs. 19 [13,0-24,0]), Snoring Index (99,5 [49,6-221,3] vs. 48,2 [25,5-219,2]) and Total Snoring (60,4 [21,8-220,6] vs. 31,0 [10,1-146,5]). Bed partners of patients treated with Orofacial Myofunctional Therapy (n=13) reported a significant improvement in the perceived intensity (4,0 [2,5-4,0]) vs. 1,0 [1,0-2,0]) and snoring frequency (4,0 [3,0-4,0] vs. 2,0 [1,5-3,0]). Sleep quality of bed partners also improved but did not reach statistical significance (p=0.0618). Snoring Index and Total Snoring at basal and after 3 months presented a moderated correlation to OSA severity, measured by AHI (r between 0,505 to 0,603). CONCLUSIONS: Orofacial Myofunctional Therapy for 3 months is effective in reducing objectively measured snoring frequency and intensity. Orofacial Myofunctional Therapy can be effective for a great number of the population who present primary snoring or mild OSA forms
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Efeitos dos exercícios orofaríngeos em pacientes com apnéia obstrutiva do sono moderada: estudo controlado e randomizado / Effects of oropharyngeal exercises on patients with moderate obstructive sleep apnea: a randomized, controlled study

Kátia Cristina Carmello Guimarães 20 June 2008 (has links)
Introdução: A apnéia obstrutiva do sono é um problema de saúde pública dada sua alta prevalência e morbidade. O tratamento de escolha para casos graves é o uso de máscara ligado à pressão positiva contínua na via aérea (CPAP). Nos casos de apnéia obstrutiva do sono moderada, a adesão ao CPAP é variável, e outras formas alternativas de tratamento são necessárias. A disfunção da musculatura de via aérea superior participa na gênese da apnéia obstrutiva do sono. Exercícios orofaríngeos (terapia miofuncional) são derivados da terapia fonoaudiológica dentro da especialidade de motricidade orofacial, e foram desenvolvidos para o tratamento da apnéia obstrutiva do sono. A terapia miofuncional consiste em exercícios isométricos e isotônicos dirigidos para a língua, palato mole e paredes laterais faríngeas, incluindo a adequação das funções de sucção, deglutição, mastigação, respiração e fala. Objetivo: Testar a hipótese de que a terapia miofuncional reduz a gravidade da apnéia obstrutiva do sono. Métodos: Pacientes com apnéia obstrutiva do sono moderada, determinada através de polissonografia (índice de apnéia-hipopnéia entre 15 e 30 eventos/hora) foram sorteados para 3 meses de medidas gerais incluindo lavagem nasal, orientação da mastigação bilateral alternada e exercícios de inspiração e expiração nasal na posição sentado (grupo controle), ou tratamento com terapia miofuncional. Além das orientações recebidas pelo grupo controle, a terapia miofuncional incluiu exercícios orofaríngeos diários sem supervisão e sob supervisão uma vez por semana (sessões de 20 minutos). Foram realizadas na entrada e final do estudo medidas antropométricas, questionários avaliando a freqüência e intensidade do ronco, sonolência subjetiva diurna (Epworth), qualidade do sono (Pittsburgh) e polissonografia completa. Resultados: Foram incluídos no estudo 45 pacientes; 8 foram excluídos por falta de adesão ao protocolo. O grupo final se constituiu de 37 pacientes com idade (média ± desvio padrão) = 51±9 anos, índice de massa corpórea = 30±4 Kg/m2 e índice de apnéia e hipopnéia = 23±5 apnéias/hora, sendo 17 do grupo controle e 20 do grupo tratamento. O grupo controle não teve mudança significativa em todos os parâmetros. Em contraste, os pacientes tratados com terapia miofuncional apresentaram melhora significante (p<0.05) na circunferência cervical (39.5±3.4 vs. 38.3±3.7 cm), na sonolência diurna (13.2±5.4 vs. 8.2±6.0), na qualidade do sono (10.3±3.5 vs. 7.1±2.3), na freqüência do ronco (3.9±0.5 vs. 2.7±1.1), na intensidade do ronco (3.4±0.5 vs. 1.8±0.9) e no índice de apnéia e hipopnéia (23.2±4.8 vs. 14.6±8.1 eventos/hora; p<0.01). Considerando todo o grupo, as mudanças na circunferência cervical se correlacionaram com as mudanças no índice de apnéia e hipopneia (r=0.55; p<0.001). Conclusões: A terapia miofuncional por 3 meses reduz os sintomas e a gravidade da apnéia obstrutiva do sono moderada. A melhora da apnéia se correlaciona com a diminuição do diâmetro cervical, sugerindo que o tônus da musculatura da via aérea superior durante a vigília se correlaciona com a gravidade da apnéia obstrutiva do sono e pode ser modificada com a terapia miofuncional. / Introduction: Obstructive sleep apnea is a public health problem due to the high prevalence and high morbidity. Continuous positive airway pressure (CPAP) is the treatment of choice for severe cases. However, adherence to CPAP is variable among moderate obstructive sleep apnea patients and alternative treatments are necessary. Upper airway muscle weakness plays an important role in the genesis of obstructive sleep apnea. Oropharyngeal exercises (myofunctional therapy) are derived from phonoaudiological therapy within orofacial motricity specialty, and were developed for the treatment of sleep obstructive apnea. The myofunctional therapy consists of isometric and isotonic exercises directed to tongue, soft palate and lateral pharyngeal wall, including adequate functioning of suction, swallowing, chewing, breathing and speech. Objective: To test the hypothesis that myofunctional therapy will attenuate obstructive sleep apnea syndrome severity. Methods: We included 37 moderate obstructive sleep apnea patients apnea-hypopnea index (AHI) between 15 and 30 events/hour that were randomized to 3 months of general measures, including nasal lavage, orientation of alternated bilateral chewing and exercises of inspiration and expiration in the seated position (control group). The treatment with myofunctional therapy consisted of oropharyngeal exercises performed without supervision daily and under supervision once a week (20 minutes), in adition to the orientations given to the control group. Anthropometric measurements, questionnaires evaluating snoring frequency and intensity (Berlin), daytime subjective sleepiness (Epworth), sleep quality (Pittsburgh) and full polysomnography were performed at baseline and in the end of the study. Results: 45 patients were included in the study, 8 were excluded because they failed to return regularly. The final group consisted of 37 patients age (mean ± SD) = 51±9 years, body mass index = 30±4 Kg/m2 and apnea hypopnea index = 23±5 apneas/hour), seventeen were randomized to the control group and twenty to the treatment group. The control group did not changes in all parameters along the study. In contrast, the patients treated with myofunctional therapy presented a significant decrease (p<0.05) in neck circumference (39.5±3.4 vs. 38.3±3.7 cm), daytime somnolence (13.2±5.4 vs. 8.2±6.0), sleep quality (10.3±3.5 vs. 7.1±2.3), snoring frequency (3.9±0.5 vs. 2.7±1.1), snoring intensity (3.4±0.5 vs. 1.8±0.9) and apnea hypopnea index (23.2±4.8 vs. 14.6±8.1 events/hour; p<0.01). Considering the entire group, changes in neck circumference correlated with the changes in AHI (r=0.55; p <0.001). Conclusions: Myofunctional therapy, over 3 months, reduce symptons and severity of moderate obstructive sleep apnea. The improvement correlates with the decrease of cervical diameter, suggesting that the musculature tonus of upper airway while awake correlates with the severity of obstructive sleep apnea and can be modified with myofunctional therapy.
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Efeitos da terapia miofuncional orofacial sobre o ronco e a qualidade de sono em pacientes com ronco primário e apneia obstrutiva do sono leve a moderada / Effects of orofacial myofuncional therapy on snoring of patients with primary snoring and mild to moderate OSA

Vanessa Ieto 18 August 2014 (has links)
O ronco é gerado pela obstrução parcial e vibração da faringe durante o sono. Apesar de causar graves problemas sociais e poder indicar presença de apneia obstrutiva do sono (AOS), o ronco não é medido de forma objetiva. O tratamento do ronco primário ou associado a formas leves de AOS é controverso. A Terapia Miofuncional Orofacial consiste em exercícios isotônicos e isométricos para língua e palato mole desenvolvidos para o tratamento da AOS moderada. No entanto, os efeitos da Terapia Miofuncional Orofacial sobre o ronco não foram medidos de forma objetiva. OBJETIVOS: Primário: determinar a eficiência da Terapia Miofuncional Orofacial em reduzir o ronco de pacientes com ronco primário, AOS leve e moderada. Secundários: desenvolver uma metodologia de quantificação objetiva do ronco; avaliar a relação das características do ronco com a gravidade da AOS; avaliar o efeito da terapia miofuncional orofacial sobre a percepção do ronco e sobre a qualidade de sono do parceiro de quarto. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade entre 20 e 65 anos com diagnóstico polissonográfico de ronco primário, AOS leve ou AOS moderada. Os pacientes foram randomizados por 3 meses para tratamento com Terapia Miofuncional Orofacial ou Controle (uso de dilatador nasal e exercícios respiratórios). Os pacientes foram avaliados no início e final do estudo por questionários de grau de sonolência (Epworth), qualidade de sono (Pittsburgh), percepção do próprio ronco e avaliação de motricidade orofacial, bem como polissonografia completa com registro contínuo do ronco. Os parceiros de quarto avaliaram o ronco do parceiro incluído no estudo e a sua própria qualidade do sono (Pittsburgh). RESULTADOS: Foram incluídos 39 pacientes com idade (média ± desvio padrão) = 46 ± 13 anos e índice de massa corpórea (IMC) = 28,2 ± 3,1 Kg/m2, Índice de apneia e hipopneia (IAH) = 15,3 ± 9,3 eventos/hora, sendo 6 pacientes com ronco primário, 17 com AOS leve e 16 com AOS moderada. Os pacientes não tiveram mudança de IMC, sendo que no Grupo Controle todos os parâmetros avaliados não se modificaram significativamente. Em contraste, os pacientes tratados com Terapia Miofuncional Orofacial apresentaram, em relação ao basal, melhora significativa (p < 0.05) na circunferência cervical ( 38,0 [36,4-39,5] vs. 37,5 [36,0-39,0] cm), na avaliação miofuncional orofacial (37,0 [23,0-42,0] vs. 19 [13,0-24,0]), no Índice de Roncos (99,5 [49,6-221,3] vs. 48,2 [25,5-219,2]) e no Índice Potência Total dos Roncos. (60,4 [21,8-220,6] vs. 31,0 [10,1-146,5]). Os parceiros de quarto dos pacientes tratados com terapia miofuncional orofacial (n=13), relataram melhora significativa na percepção da intensidade (4,0 [2,5-4,0]) vs. 1,0 [1,0-2,0]) e frequência do ronco (4,0 [3,0-4,0] vs. 2,0 [1,5-3,0]). A melhora da qualidade de sono dos parceiros de quarto dos pacientes tratados com Terapia Miofuncional Orofacial tiveram uma tendência a melhorar, porém não atingiu significância estatística (p=0,0618). O Índice de Ronco e o Índice Potência total do Ronco no basal e após 3 meses apresentaram uma correlação moderada com a gravidade da AOS, mensurada pelo IAH (r variando entre 0,505 a 0,603). CONCLUSÕES: A Terapia Miofuncional Orofacial por 3 meses foi efetiva em reduzir a frequência e intensidade do ronco, mensurados objetivamente. A Terapia Miofuncional Orofacial portanto pode ser efetiva para uma grande parcela da população que apresenta ronco primário ou formas leves de AOS / Snoring is generated by pharyngeal obstruction and vibration during sleep. Snoring is extremely common and may cause severe social problems and may indicate obstructive sleep apnea (OSA). However, there are no standardized methods for measuring snoring and the treatment of primary snoring or snoring associated with mild forms of OSA is controversial. Orofacial Myofunctional Therapy consists of isometric and isotonic exercises directed to tongue and soft palate for the treatment of moderated OSA. However, the effects of Orofacial Myofunctional Therapy on snoring were not objectively measured. OBJECTIVES: Primary: to determine the efficiency of Orofacial Myofunctional Therapy in reducing snoring of patients with primary snoring, mild and moderated OSA. Secondary: to develop a methodology to objectively quantify snoring; to assess the relation of snoring characteristics with OSA severity; to assess the effect of Orofacial Myofunctional Therapy upon the perception of snoring and sleep quality of the bed partner. METHODS: We included patients of both genders aged between 20 to 65 years old with polissomnographyc diagnoses of primary snoring, mild or moderated OSA. Patients were randomized for treatment with Orofacial Myofunctional Therapy or Control (use of nasal dilator strips and respiratory exercises) for 3 months. All patients were evaluated at the beginning and end of the study by questionnaires (Epworth, Pittsburgh), orofacial motricity assessment and complete polysomnography with the register of snoring. Bed partners assessed snoring and their own sleep quality (Pittsburgh). RESULTS: Thirty nine patients aged (mean ± standard deviation) =46 ± 13 yeas old and body mass index (BMI) (mean ± standard deviation) = 28,2 ± 3,1 Kg/m2, apnea hypopnea index (AHI)= 15,3 ± 9,3 events/hour, being 6 patients with primary snoring, 17 with mild OSA and 16 with moderated OSA completed the study. No significant change occurred in the Control Group in all variables. In contrast, patients treated with Orofacial Myofunctional Therapy presented (as compared to baseline) a significant decrease (p < 0.05) in neck circumference (38,0 [36,4-39,5] vs. 37,5 [36,0-39,0] cm), Orofacial Motricity Assessment (37,0 [23,0-42,0] vs. 19 [13,0-24,0]), Snoring Index (99,5 [49,6-221,3] vs. 48,2 [25,5-219,2]) and Total Snoring (60,4 [21,8-220,6] vs. 31,0 [10,1-146,5]). Bed partners of patients treated with Orofacial Myofunctional Therapy (n=13) reported a significant improvement in the perceived intensity (4,0 [2,5-4,0]) vs. 1,0 [1,0-2,0]) and snoring frequency (4,0 [3,0-4,0] vs. 2,0 [1,5-3,0]). Sleep quality of bed partners also improved but did not reach statistical significance (p=0.0618). Snoring Index and Total Snoring at basal and after 3 months presented a moderated correlation to OSA severity, measured by AHI (r between 0,505 to 0,603). CONCLUSIONS: Orofacial Myofunctional Therapy for 3 months is effective in reducing objectively measured snoring frequency and intensity. Orofacial Myofunctional Therapy can be effective for a great number of the population who present primary snoring or mild OSA forms

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