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The other perpetrators : doctors in the service of torture during the Brazilian military regimeWeinberg, Eyal 06 December 2013 (has links)
This report explores the role medical professionals played in state-sponsored torture during the Brazilian military rule. Between 1964 and 1985, counterinsurgency agencies imprisoned an estimated 50,000 people, many of them without a trial, and tortured at least 20,000 suspected of ‘subversive conduct’. Scholars often describe the implementation of torture as the exclusive work of ‘infamous interrogators’ belonging to repressive agencies of the security forces. They were not, however, the sole perpetrators of human rights violations. A large body of medical experts played a significant role in administering and justifying the regime’s mechanism of oppression. While the evidence pointing to these collaborations exists in diverse sources, scholarship dealing with this aspect of regime’s repression is scarce. The report unveils the particular roles of doctors in the torture mechanism, and places their history within two larger historiographical frameworks. Engaging with literature on Latin America’s Cold War, the study traces the history of the National Security Doctrine and examines the final form it took in Brazil in the 1960s and 1970s. It then utilizes the scholarship on torture to contextualize and illuminate the regime’s practice of inflicting pain. Finally, the report turns to studies from other disciplines to offer theoretical and conceptual frameworks elucidating professionals’ complicity in torture. / text
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Terrorismo de Estado e guerra suja: discursos e práticas da doutrina de segurança nacional e da contrainsurgência no México (1964-1982) / State terrorism and dirty war: discourses and practices of the National Security Doctrine and Counterinsurgency in Mexico (1964-1982)Galvan, Azucena Citlalli Jaso 30 August 2016 (has links)
O presente trabalho visa abordar as características do sistema político mexicano que permitiram o passo silencioso de um Estado com traços autoritários para um contrainsurgente. O sistema político mexicano, derivado da Revolução popular iniciada em 1910 e da criação do Partido Revolucionario Institucional(PRI), propiciou uma cultura política que fortaleceu a figura presidencial. Esta extrapolava as atribuições constitucionais e se legitimava tanto na política interna como na externa através do \"nacionalismo revolucionário\". Os governos de Gustavo Díaz Ordaz, Luis Echeverría e José López Portillo (1964-1982) estão marcados pela crise hegemônica evidenciada na radicalização das organizações de esquerda. Entre outros motivos, pelo esgotamento do modelo econômico desenvolvimentista, pela crise de representatividade do partido e falta de espaços para a participação política, pela corrupção das instituições e a escalada de violência do Estado contra a oposição. Nesses dezoito anos localizamos uma transformação nas formas de violência institucional pela assimilação da Doutrina de Segurança Nacional e a Doutrina Contrainsurgente dos Estados Unidos da América, por exemplo, na consolidação de grupos paramilitares pagos pelo Estado e treinados em norte-américa. O nacionalismo revolucionário possibilitou então que a submissão à ideologia estadunidense não fosse explícita, gerando dinâmicas repressivas (qualitativamente) similares às vivenciadas nas ditaduras latino-americanas. Ainda que o México tenha sido considerado uma democracia exemplar alheia às guerras sujas e aos golpes de Estado que comoveram o continente na segunda metade do século XX. O objetivo deste trabalho é salientar os elementos contraditórios existentes entre o discurso público, analisado a partir dos informes presidenciais, e o discurso elaborado desde os órgãos de segurança, isto é, os relatórios da Dirección Federal de Seguridad. Nessas contradições podemos ir avaliando as formas de alinhamento às doutrinas de segurança estrangeiras. / The main objective of this Master\'s project is to address the characteristics of the Mexican political system that allowed the silent step from a state with authoritarian traits to a counterinsurgent one. The Mexican political system, derived from the popular revolution that began in 1910 and from the creation of the Partido Revolucionario Institucional, maintained a political culture that strengthened the figure of president. This went beyond the powers permitted by the constitution and legitimized both internal and external policies through \"revolutionary nationalism.\" The governments of Gustavo Díaz Ordaz, Luis Echeverría, and José López Portillo (1964-1982) are marked by a hegemonic crisis seen in the radicalization of leftist organizations. Other motives for this shift include: the depletion of the developmentalist economic model, the crisis of representation in the party and a lack of spaces for political participation, the corruption of institutions, and the escalation of state violence against the opposition. In these eighteen years, a transformation occurs in the form of institutional violence through the assimilation of the National Security Doctrine of the United States; for example, the consolidation of paramilitary groups paid by the state and trained by northern neighbors. Revolutionary nationalism then allowed the non-explicit submission to American ideology, generating results (qualitatively) similar to those experienced in the repressive dynamics of Latin American dictatorships. Still, Mexico has been considered an exemplary democracy, despite dirty wars and coups that shocked the continent in the second half of the twentieth century.The aim of this study is to highlight the contradictory elements between the public discourse, analyzed from the presidential reports, and the discourse developed from the security organs, in other words, the reports of the Dirección Federal de Seguridad. These contradictions we can to evaluated the alignment of forms to foreign security doctrines.
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Terrorismo de Estado e guerra suja: discursos e práticas da doutrina de segurança nacional e da contrainsurgência no México (1964-1982) / State terrorism and dirty war: discourses and practices of the National Security Doctrine and Counterinsurgency in Mexico (1964-1982)Azucena Citlalli Jaso Galvan 30 August 2016 (has links)
O presente trabalho visa abordar as características do sistema político mexicano que permitiram o passo silencioso de um Estado com traços autoritários para um contrainsurgente. O sistema político mexicano, derivado da Revolução popular iniciada em 1910 e da criação do Partido Revolucionario Institucional(PRI), propiciou uma cultura política que fortaleceu a figura presidencial. Esta extrapolava as atribuições constitucionais e se legitimava tanto na política interna como na externa através do \"nacionalismo revolucionário\". Os governos de Gustavo Díaz Ordaz, Luis Echeverría e José López Portillo (1964-1982) estão marcados pela crise hegemônica evidenciada na radicalização das organizações de esquerda. Entre outros motivos, pelo esgotamento do modelo econômico desenvolvimentista, pela crise de representatividade do partido e falta de espaços para a participação política, pela corrupção das instituições e a escalada de violência do Estado contra a oposição. Nesses dezoito anos localizamos uma transformação nas formas de violência institucional pela assimilação da Doutrina de Segurança Nacional e a Doutrina Contrainsurgente dos Estados Unidos da América, por exemplo, na consolidação de grupos paramilitares pagos pelo Estado e treinados em norte-américa. O nacionalismo revolucionário possibilitou então que a submissão à ideologia estadunidense não fosse explícita, gerando dinâmicas repressivas (qualitativamente) similares às vivenciadas nas ditaduras latino-americanas. Ainda que o México tenha sido considerado uma democracia exemplar alheia às guerras sujas e aos golpes de Estado que comoveram o continente na segunda metade do século XX. O objetivo deste trabalho é salientar os elementos contraditórios existentes entre o discurso público, analisado a partir dos informes presidenciais, e o discurso elaborado desde os órgãos de segurança, isto é, os relatórios da Dirección Federal de Seguridad. Nessas contradições podemos ir avaliando as formas de alinhamento às doutrinas de segurança estrangeiras. / The main objective of this Master\'s project is to address the characteristics of the Mexican political system that allowed the silent step from a state with authoritarian traits to a counterinsurgent one. The Mexican political system, derived from the popular revolution that began in 1910 and from the creation of the Partido Revolucionario Institucional, maintained a political culture that strengthened the figure of president. This went beyond the powers permitted by the constitution and legitimized both internal and external policies through \"revolutionary nationalism.\" The governments of Gustavo Díaz Ordaz, Luis Echeverría, and José López Portillo (1964-1982) are marked by a hegemonic crisis seen in the radicalization of leftist organizations. Other motives for this shift include: the depletion of the developmentalist economic model, the crisis of representation in the party and a lack of spaces for political participation, the corruption of institutions, and the escalation of state violence against the opposition. In these eighteen years, a transformation occurs in the form of institutional violence through the assimilation of the National Security Doctrine of the United States; for example, the consolidation of paramilitary groups paid by the state and trained by northern neighbors. Revolutionary nationalism then allowed the non-explicit submission to American ideology, generating results (qualitatively) similar to those experienced in the repressive dynamics of Latin American dictatorships. Still, Mexico has been considered an exemplary democracy, despite dirty wars and coups that shocked the continent in the second half of the twentieth century.The aim of this study is to highlight the contradictory elements between the public discourse, analyzed from the presidential reports, and the discourse developed from the security organs, in other words, the reports of the Dirección Federal de Seguridad. These contradictions we can to evaluated the alignment of forms to foreign security doctrines.
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Expurgo de docentes na lógica da Doutrina de Segurança Nacional: o caso da FURG (1969-1977) / Purges of faculty members in the logic of the National Security Doctrine: FURG (1969-1977)Kantorski, Leonardo Prado 01 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-01 / The dictatorship military-civil in Brazil, by means of your authoritarian politics, caused
numerous impacts on the country's social structure. How could no longer be one of
the sectors of society that has not been immune to the actions of legal state violence,
was public higher education. The impact of this interference in the educational field
has different characteristics according to the peculiarities of each institution. This
paper addresses the process of purging occurred in FURG teaching in a time window
between 1969, year of foundation of the Federal University of Rio Grande, and 1977,
the purges year. The study, in adduce elements wich the results were the purge of
teachers in FURG, contributes for the understanding the politics of authoritarian
dictatorship in the intellectual circles. The great importance of the memory of the
faculty for this research is to establish a significant source, capable of assisting in the
understanding of the peculiarities. They outlined the process of purging of teachers at
the University, thus contributing to the exposure of events that currently are not part
of the official History of FURG / A ditadura civil-militar no Brasil, por meio de sua política autoritária, provocou
inúmeros impactos na estrutura social do país. Como não poderia deixar de ser, um
dos setores da sociedade que não ficou imune às ações do Estado de violência legal
foi o ensino superior público. O impacto desta interferência no campo educacional
possui características diversificadas de acordo com as peculiaridades de cada
instituição. Neste sentido, o presente trabalho aborda o processo de expurgo
docente ocorrido na FURG, no recorte temporal compreendido entre 1969, ano de
fundação da Universidade Federal do Rio Grande, e 1977, último ano de ocorrência
dos expurgos em análise. O estudo, ao apresentar elementos cujos resultados foram
o expurgo de professores na FURG, colabora para a compreensão da política
autoritária da ditadura no meio intelectual. A grande importância da memória dos
docentes para esta pesquisa é a constituição de uma expressiva fonte, capaz de
auxiliar no entendimento das peculiaridades. Estas delinearam o processo de
expurgo de professores na Universidade, contribuindo assim, para a exposição de
acontecimentos que, atualmente, não fazem parte da História oficial da FURG
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A doutrina de segurança nacional e o Milagre Econômico (1969/1973) / The national security doctrine and the \"Economic Miracle\" (1969/1973)Giannasi, Carlos Alberto 01 July 2011 (has links)
Este trabalho busca aprofundar a análise sobre os aspectos autoritários do sistema político brasileiro durante o período conhecido como Milagre Econômico (1969-1973), cujo suporte ideológico foi fundamentado e sustentado pela Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento, produzida pela Escola Superior de Guerra. Através de ampla pesquisa bibliográfica de autores que se debruçaram sobre o tema, dos manuais de segurança nacional e, sobretudo dos planos econômicos que correspondem ao período estudado, em especial o Plano de Ação Econômica, Programa Estratégico de Desenvolvimento e o Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento, percebemos o quanto o autoritarismo político foi necessário para que os governos militares impusessem um novo modelo econômico, que se de um lado propiciou o rápido desenvolvimento da economia e a redução da inflação, por outro, desvalorizou os salários dos trabalhadores, aumentou o processo de endividamento e de concentração de renda, aumentando ainda mais a desigualdade social no Brasil. Nossa pesquisa analisa também de que forma ocorre a renovação da tradição autoritária brasileira, do ponto de vista do sistema político que historicamente sempre reprimiu com violência movimentos de contestação a ordem vigente. Agora através da forte repressão política as forças de oposição aos militares, sob a égide do combate ao comunismo internacional no contexto da guerra fria. Por fim, o trabalho de pesquisa mostra que a acumulação capitalista do período estudado (1969-1973), só foi possível pelo emprego da violência institucional colocada em prática pelo Estado Autoritário, sob o comando das forças armadas. / This study seeks to deepen the analysis of the authoritarian aspects of the Brazilian political system during the period known as the Economic Miracle (1969-1973), whose ideological support was reasoned and supported by the National Security Doctrine and Development, produced by the War College. Through extensive literature survey of authors who have studied the subject, manuals and national security, especially economic plans that correspond to the period studied, in particular the Economic Action Plan, Strategic Program Development and the First National Development Plan, realize how the political authoritarianism that was necessary for the military government to impose a new economic model, which is a side facilitated the rapid development of economy and reducing inflation, on the other hand, played down the wages of workers, increased the process of borrowing and concentration of income, further increasing social inequality in Brazil. Our research also analyzes how is the renewal of the Brazilian authoritarian tradition, from the standpoint of the political system that has historically repressed violently protest movements established order. Now through strong political repression of opposition forces to the military, under the aegis of the fight against international communism in the context of the Cold War. Finally, the research work shows that the capital accumulation of the period studied (1969-1973), was made possible by the use of institutional violence put in place by authoritarian rule, under the command of the armed forces.
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Como el Uruguay no hay... : terror de Estado e segurança nacional Uruguai (1968-1985) : do pachecato à ditadura civil-militarPadrós, Enrique Serra January 2005 (has links)
O presente trabalho analisa a ditadura civil-militar uruguaia (1973-1984) a partir da perspectiva da política de Terror de Estado, mecanismo implementado para aplicar as premissas da Doutrina de Segurança Nacional e defender os interesses dos setores dominantes locais. Da mesma forma, possibilitou o disciplinamento da força de trabalho, exigência implícita nas novas demandas do capitalismo mundial, o que significou, na prática, a destruição do questionamento social e das manifestações por mudanças promovidas pelas distintas organizações populares nos anos 60 e 70. Este período, aliás, foi marcado, na América Latina, tanto pela efervescência produzida pela Revolução Cubana quanto pelo esforço dos EUA em disseminar as concepções contra-insurgentes e reforçar a pentagonização regional. Foi durante as administrações de Pacheco Areco e de Bordaberry (1968-1973), marcadas por acentuada guinada autoritária ainda em regime democrático, que começaram a ser aplicadas determinadas práticas repressivas de Terror de Estado, fato que se projetou, ampliou e consolidou posteriormente, com o regime de exceção. O objetivo norteador da pesquisa foi estudar o conceito de Terror de Estado e analisar sua aplicação na experiência concreta da ditadura uruguaia enquanto metodologia de atuação de um sistema repressivo complexo que abrangeu as múltiplas dimensões da sociedade. Assim, procurou-se destacar a diversidade e articulação das diferentes modalidades de atuação implementadas: a interdição do Poder Legislativo; a subordinação do Poder Judiciário à Justiça Militar; a proibição de partidos políticos, sindicatos e organizações sociais; a intervenção no sistema de ensino; a imposição de uma política global de censura; a iniciativa de refundação societária; a subjugação e destruição do “inimigo interno”; a aplicação de ações contra-insurgentes (a tortura, o "grande encarceramento", a política de "reféns" e os seqüestros seguidos de desaparecimentos forçados); etc. A participação ativa uruguaia na conexão repressiva internacional (Operação Condor) expressou o deslocamento da violência estatal da "guerra interna" contra os núcleos exilados nos países vizinhos. Em síntese, a dinâmica imposta caracterizou o Terror de Estado implementado no Uruguai como sendo abrangente, prolongado, indiscriminado, preventivo, retroativo e extraterritorial além de conter pretensões pedagógicas e ser gerador de seqüelas que se projetaram no período democrático posterior. / This paper intends to analyse the Uruguayan civil-military dictatorship (1973 – 1984) from the perspective of the “State Terror” policy, mechanism implemented to apply the premiss of the “National Security Doctrine” and to defend the local dominant groups interests. In the same way it made possible to discipline the workforce, an implicit requirement of the new world capitalism demands, and that meant the destruction of the social questioning and the demonstrations for changes promoted by different popular organizations in the 60´s and 70´s. This period, as a matter of fact, was marked in Latin America as much by the agitation produced by the Cuban Revolution, as the North American effort to spread the counterinsurgents conceptions and to reinforce the USA influence in the region. It was during the Pacheco Areco and Bordaberry governments (1968-1973), characterized by a strong turn towards authoritarism even in a democratic regime, that some repressive practices of “State Terror” started to be implemented. These practices were projected, enlarged and consolidated subsequently, during the authoritarian regime. The main aim of this paper was to study the concept of “State Terror” and analyses its application in the Uruguayan dictatorship experience, as an acting metodology of a complex repressive system which covered the multiple dimension of the society. Thus, it was intended to emphasize the diversity and the articulation of the different ways of acting implemented: the injunction in the Parliament; the subordination of the Judiciary to the Military Justice; the prohibition of political parties, trade unions and social organizations; the intervention in the educacional system; the imposition of a global censorship policy; the establishment of a new social order; the subjugation and destruction of the internal enemy; the application of counterinsurgents measures (the torture, the “grande encarceramento”, the “hostage” policy and the kidnappings followed by disappearance); etc. The effective Uruguayan participation in the international repressive connection (Condor Operation) expressed the movement from the “internal war” state violence to an action against the exiled activists in neighbour countries. Briefly, the strategies implemented characterized the Uruguayan Terror State as being extensive, prolonged, indiscriminate, preventive, retroactive, and beyond territorial limits, besides having pedagogical intentions and producing sequels in the subsequent democratic period.
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Como el Uruguay no hay... : terror de Estado e segurança nacional Uruguai (1968-1985) : do pachecato à ditadura civil-militarPadrós, Enrique Serra January 2005 (has links)
O presente trabalho analisa a ditadura civil-militar uruguaia (1973-1984) a partir da perspectiva da política de Terror de Estado, mecanismo implementado para aplicar as premissas da Doutrina de Segurança Nacional e defender os interesses dos setores dominantes locais. Da mesma forma, possibilitou o disciplinamento da força de trabalho, exigência implícita nas novas demandas do capitalismo mundial, o que significou, na prática, a destruição do questionamento social e das manifestações por mudanças promovidas pelas distintas organizações populares nos anos 60 e 70. Este período, aliás, foi marcado, na América Latina, tanto pela efervescência produzida pela Revolução Cubana quanto pelo esforço dos EUA em disseminar as concepções contra-insurgentes e reforçar a pentagonização regional. Foi durante as administrações de Pacheco Areco e de Bordaberry (1968-1973), marcadas por acentuada guinada autoritária ainda em regime democrático, que começaram a ser aplicadas determinadas práticas repressivas de Terror de Estado, fato que se projetou, ampliou e consolidou posteriormente, com o regime de exceção. O objetivo norteador da pesquisa foi estudar o conceito de Terror de Estado e analisar sua aplicação na experiência concreta da ditadura uruguaia enquanto metodologia de atuação de um sistema repressivo complexo que abrangeu as múltiplas dimensões da sociedade. Assim, procurou-se destacar a diversidade e articulação das diferentes modalidades de atuação implementadas: a interdição do Poder Legislativo; a subordinação do Poder Judiciário à Justiça Militar; a proibição de partidos políticos, sindicatos e organizações sociais; a intervenção no sistema de ensino; a imposição de uma política global de censura; a iniciativa de refundação societária; a subjugação e destruição do “inimigo interno”; a aplicação de ações contra-insurgentes (a tortura, o "grande encarceramento", a política de "reféns" e os seqüestros seguidos de desaparecimentos forçados); etc. A participação ativa uruguaia na conexão repressiva internacional (Operação Condor) expressou o deslocamento da violência estatal da "guerra interna" contra os núcleos exilados nos países vizinhos. Em síntese, a dinâmica imposta caracterizou o Terror de Estado implementado no Uruguai como sendo abrangente, prolongado, indiscriminado, preventivo, retroativo e extraterritorial além de conter pretensões pedagógicas e ser gerador de seqüelas que se projetaram no período democrático posterior. / This paper intends to analyse the Uruguayan civil-military dictatorship (1973 – 1984) from the perspective of the “State Terror” policy, mechanism implemented to apply the premiss of the “National Security Doctrine” and to defend the local dominant groups interests. In the same way it made possible to discipline the workforce, an implicit requirement of the new world capitalism demands, and that meant the destruction of the social questioning and the demonstrations for changes promoted by different popular organizations in the 60´s and 70´s. This period, as a matter of fact, was marked in Latin America as much by the agitation produced by the Cuban Revolution, as the North American effort to spread the counterinsurgents conceptions and to reinforce the USA influence in the region. It was during the Pacheco Areco and Bordaberry governments (1968-1973), characterized by a strong turn towards authoritarism even in a democratic regime, that some repressive practices of “State Terror” started to be implemented. These practices were projected, enlarged and consolidated subsequently, during the authoritarian regime. The main aim of this paper was to study the concept of “State Terror” and analyses its application in the Uruguayan dictatorship experience, as an acting metodology of a complex repressive system which covered the multiple dimension of the society. Thus, it was intended to emphasize the diversity and the articulation of the different ways of acting implemented: the injunction in the Parliament; the subordination of the Judiciary to the Military Justice; the prohibition of political parties, trade unions and social organizations; the intervention in the educacional system; the imposition of a global censorship policy; the establishment of a new social order; the subjugation and destruction of the internal enemy; the application of counterinsurgents measures (the torture, the “grande encarceramento”, the “hostage” policy and the kidnappings followed by disappearance); etc. The effective Uruguayan participation in the international repressive connection (Condor Operation) expressed the movement from the “internal war” state violence to an action against the exiled activists in neighbour countries. Briefly, the strategies implemented characterized the Uruguayan Terror State as being extensive, prolonged, indiscriminate, preventive, retroactive, and beyond territorial limits, besides having pedagogical intentions and producing sequels in the subsequent democratic period.
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Educação Moral e Cívica na ditadura militar : um estudo de manuais didáticosAlmeida, Djair Lázaro de 06 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-06 / The purpose of this essay is to investigate, through the analysis of didatic manuals, the meaning of the subjects Moral and Civic Education and Brazil s Social and Political Organization during Brazil s military dictatorship post 1964. This analysis was completed with school writing register studies. To understand the discussion which drove the educational policy during the military dictatorship, 20 didactic manuals and their references were analyzed. Used as a primary source, the material served to point out specific arguments attributed to military rule. These arguments were submitted in this work to the materialist conception of history. In an attempt to reveal the influence of the named manuals as supporting arguments in accordance with the military regime, an attempt to understand how the persuasive reasonings became joined to the ideological justifications from the institutional discourse. In this process, new disciplines (or subjects), reorganizing existing moral and civic values, were used as support for the national mystic returned to the security and development binomial. It was then shown the authoritarian position of the moral and civic education during the military regime further proving how students were instructed through the use of stereotypes and idealizations. / O objetivo desta dissertação é investigar, através da análise de manuais didáticos, o papel das disciplinas Educação Moral e Cívica (EMC) e Organização Social e Política do Brasil (OSPB) na ditadura militar do Brasil pós-1964. Análise esta complementada com o estudo de registros de atas escolares. Para a compreensão do discurso que dirigiu a política educacional na ditadura militar, foram analisados 20 manuais didáticos e as referidas atas. Utilizado como fonte primária, o material serviu para detectar determinados argumentos que se prestaram ao regime militar. Argumentos estes submetidos, neste trabalho, à compreensão materialista dialética da história. Procurou-se desvelar a influência dos referidos manuais quanto à formação de posturas conformistas, em consonância ao regime militar, tentando compreender como os argumentos persuasivos aí veiculados articularam-se com as justificativas ideológicas do discurso institucional. Neste processo, as novas disciplinas, reorganizando valores morais e cívicos, serviram como suporte para mística nacional voltada para o binômio segurança e desenvolvimento. Demonstrou-se, assim, o caráter autoritário dos propósitos da educação moral e cívica no regime militar, evidenciando-se como os alunos foram exercitados através de estereótipos e idealizações.
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A doutrina de segurança nacional e o Milagre Econômico (1969/1973) / The national security doctrine and the \"Economic Miracle\" (1969/1973)Carlos Alberto Giannasi 01 July 2011 (has links)
Este trabalho busca aprofundar a análise sobre os aspectos autoritários do sistema político brasileiro durante o período conhecido como Milagre Econômico (1969-1973), cujo suporte ideológico foi fundamentado e sustentado pela Doutrina de Segurança Nacional e Desenvolvimento, produzida pela Escola Superior de Guerra. Através de ampla pesquisa bibliográfica de autores que se debruçaram sobre o tema, dos manuais de segurança nacional e, sobretudo dos planos econômicos que correspondem ao período estudado, em especial o Plano de Ação Econômica, Programa Estratégico de Desenvolvimento e o Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento, percebemos o quanto o autoritarismo político foi necessário para que os governos militares impusessem um novo modelo econômico, que se de um lado propiciou o rápido desenvolvimento da economia e a redução da inflação, por outro, desvalorizou os salários dos trabalhadores, aumentou o processo de endividamento e de concentração de renda, aumentando ainda mais a desigualdade social no Brasil. Nossa pesquisa analisa também de que forma ocorre a renovação da tradição autoritária brasileira, do ponto de vista do sistema político que historicamente sempre reprimiu com violência movimentos de contestação a ordem vigente. Agora através da forte repressão política as forças de oposição aos militares, sob a égide do combate ao comunismo internacional no contexto da guerra fria. Por fim, o trabalho de pesquisa mostra que a acumulação capitalista do período estudado (1969-1973), só foi possível pelo emprego da violência institucional colocada em prática pelo Estado Autoritário, sob o comando das forças armadas. / This study seeks to deepen the analysis of the authoritarian aspects of the Brazilian political system during the period known as the Economic Miracle (1969-1973), whose ideological support was reasoned and supported by the National Security Doctrine and Development, produced by the War College. Through extensive literature survey of authors who have studied the subject, manuals and national security, especially economic plans that correspond to the period studied, in particular the Economic Action Plan, Strategic Program Development and the First National Development Plan, realize how the political authoritarianism that was necessary for the military government to impose a new economic model, which is a side facilitated the rapid development of economy and reducing inflation, on the other hand, played down the wages of workers, increased the process of borrowing and concentration of income, further increasing social inequality in Brazil. Our research also analyzes how is the renewal of the Brazilian authoritarian tradition, from the standpoint of the political system that has historically repressed violently protest movements established order. Now through strong political repression of opposition forces to the military, under the aegis of the fight against international communism in the context of the Cold War. Finally, the research work shows that the capital accumulation of the period studied (1969-1973), was made possible by the use of institutional violence put in place by authoritarian rule, under the command of the armed forces.
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Como el Uruguay no hay... : terror de Estado e segurança nacional Uruguai (1968-1985) : do pachecato à ditadura civil-militarPadrós, Enrique Serra January 2005 (has links)
O presente trabalho analisa a ditadura civil-militar uruguaia (1973-1984) a partir da perspectiva da política de Terror de Estado, mecanismo implementado para aplicar as premissas da Doutrina de Segurança Nacional e defender os interesses dos setores dominantes locais. Da mesma forma, possibilitou o disciplinamento da força de trabalho, exigência implícita nas novas demandas do capitalismo mundial, o que significou, na prática, a destruição do questionamento social e das manifestações por mudanças promovidas pelas distintas organizações populares nos anos 60 e 70. Este período, aliás, foi marcado, na América Latina, tanto pela efervescência produzida pela Revolução Cubana quanto pelo esforço dos EUA em disseminar as concepções contra-insurgentes e reforçar a pentagonização regional. Foi durante as administrações de Pacheco Areco e de Bordaberry (1968-1973), marcadas por acentuada guinada autoritária ainda em regime democrático, que começaram a ser aplicadas determinadas práticas repressivas de Terror de Estado, fato que se projetou, ampliou e consolidou posteriormente, com o regime de exceção. O objetivo norteador da pesquisa foi estudar o conceito de Terror de Estado e analisar sua aplicação na experiência concreta da ditadura uruguaia enquanto metodologia de atuação de um sistema repressivo complexo que abrangeu as múltiplas dimensões da sociedade. Assim, procurou-se destacar a diversidade e articulação das diferentes modalidades de atuação implementadas: a interdição do Poder Legislativo; a subordinação do Poder Judiciário à Justiça Militar; a proibição de partidos políticos, sindicatos e organizações sociais; a intervenção no sistema de ensino; a imposição de uma política global de censura; a iniciativa de refundação societária; a subjugação e destruição do “inimigo interno”; a aplicação de ações contra-insurgentes (a tortura, o "grande encarceramento", a política de "reféns" e os seqüestros seguidos de desaparecimentos forçados); etc. A participação ativa uruguaia na conexão repressiva internacional (Operação Condor) expressou o deslocamento da violência estatal da "guerra interna" contra os núcleos exilados nos países vizinhos. Em síntese, a dinâmica imposta caracterizou o Terror de Estado implementado no Uruguai como sendo abrangente, prolongado, indiscriminado, preventivo, retroativo e extraterritorial além de conter pretensões pedagógicas e ser gerador de seqüelas que se projetaram no período democrático posterior. / This paper intends to analyse the Uruguayan civil-military dictatorship (1973 – 1984) from the perspective of the “State Terror” policy, mechanism implemented to apply the premiss of the “National Security Doctrine” and to defend the local dominant groups interests. In the same way it made possible to discipline the workforce, an implicit requirement of the new world capitalism demands, and that meant the destruction of the social questioning and the demonstrations for changes promoted by different popular organizations in the 60´s and 70´s. This period, as a matter of fact, was marked in Latin America as much by the agitation produced by the Cuban Revolution, as the North American effort to spread the counterinsurgents conceptions and to reinforce the USA influence in the region. It was during the Pacheco Areco and Bordaberry governments (1968-1973), characterized by a strong turn towards authoritarism even in a democratic regime, that some repressive practices of “State Terror” started to be implemented. These practices were projected, enlarged and consolidated subsequently, during the authoritarian regime. The main aim of this paper was to study the concept of “State Terror” and analyses its application in the Uruguayan dictatorship experience, as an acting metodology of a complex repressive system which covered the multiple dimension of the society. Thus, it was intended to emphasize the diversity and the articulation of the different ways of acting implemented: the injunction in the Parliament; the subordination of the Judiciary to the Military Justice; the prohibition of political parties, trade unions and social organizations; the intervention in the educacional system; the imposition of a global censorship policy; the establishment of a new social order; the subjugation and destruction of the internal enemy; the application of counterinsurgents measures (the torture, the “grande encarceramento”, the “hostage” policy and the kidnappings followed by disappearance); etc. The effective Uruguayan participation in the international repressive connection (Condor Operation) expressed the movement from the “internal war” state violence to an action against the exiled activists in neighbour countries. Briefly, the strategies implemented characterized the Uruguayan Terror State as being extensive, prolonged, indiscriminate, preventive, retroactive, and beyond territorial limits, besides having pedagogical intentions and producing sequels in the subsequent democratic period.
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