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Prevalência e fatores de risco para transtornos psiquiátricos na epilepsia do lobo temporalBragatti, José Augusto January 2009 (has links)
A associação entre transtornos psiquiátricos e epilepsia é frequente, embora dados epidemiológicos a respeito desta associação ainda não estejam bem esclarecidos, devido a problemas metodológicos, indefinição de termos e diferenças nas populações estudadas. Fatores de risco neurobiológicos, psicossociais e farmacológicos têm sido apontados para esta associação, porém, o tema permanece controverso. Em países subdesenvolvidos, incluindo o Brasil, onde é sabido que a prevalência da epilepsia é maior em relação aos países industrializados, não existem dados epidemiológicos consistentes. É importante conhecermos a prevalência e os fatores de risco das comorbidades psiquiátricas em pacientes epilépticos, devido ao impacto direto na qualidade de vida destes pacientes. Estudos fisiopatológicos sobre ambas as doenças levaram à hipótese de um compartilhamento de mecanismos comuns, representados por alterações funcionais e estruturais afetando um mesmo circuito: o Sistema Límbico. Assim, diversas alterações de neuroimagem, genéticas e moleculares, comuns a ambas as condições, têm sido descritas e necessitam ser bem conhecidas. Um dos elementos moleculares mais importantes para a estrutura e função do Sistema Límbico, é o Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF, do inglês Brain- Derived Neurotrophic Factor), proteína envolvida com o crescimento e a proteção neuronais. Um polimorfismo funcional do gene do BDNF, o Val66Met, uma troca de um aminoácido Valina por uma Metionina no códon 66 do gene, tem sido largamente estudado. Evidências clínicas e experimentais têm associado este polimorfismo a diversos transtornos neuropsiquiátricos, porém a relação direta entre as variantes genéticas do BDNF e a Epilepsia é menos clara. No entanto, é plausível supor que esta neurotrofina esteja envolvida no desenvolvimento de transtornos psiquiátricos na epilepsia do lobo temporal. Esta dissertação avaliou a prevalência e os fatores de risco para transtornos psiquiátricos na Epilepsia do Lobo Temporal, e estudou um aspecto molecular possivelmente envolvido nesta associação. Primeiro, estudamos a prevalência de transtornos psiquiátricos em pacientes com Epilepsia do Lobo Temporal, utilizando uma entrevista padronizada e estruturada, com critérios diagnósticos em conformidade com o DSM-IV. Encontramos comorbidades psiquiátricas em 54% dos nossos pacientes. Este resultado encontra-se na margem superior do espectro de resultados obtidos em estudos semelhantes, o que nos tentou a supor que a prevalência de transtornos psiquiátricos em pacientes com Epilepsia do Lobo Temporal, em nosso meio, pode ser ainda maior que nos países desenvolvidos. A segunda parte do trabalho é um estudo sobre fatores de risco para transtornos de humor numa coorte de pacientes com Epilepsia do Lobo Temporal. Nós encontramos duas variáveis com efeitos independentes para transtornos de humor em nossos pacientes: história familial psiquiátrica positiva e presença de alterações eletroencefalográficas irritativas envolvendo o hemisfério esquerdo. Num modelo de regressão logística, desenvolvemos uma fórmula capaz de predizer um diagnóstico de transtorno de humor em nossos pacientes, em 71% dos casos. Por fim, estudamos o impacto do polimorfismo Val66Met do gene do BDNF na Epilepsia do Lobo Temporal, e os resultados foram publicados no terceiro artigo. Apesar de não terem sido encontradas diferenças nas frequências deste polimorfismo entre os grupos de pacientes com Epilepsia do Lobo Temporal e o grupo controle de indivíduos normais, a hipótese de seu envolvimento na fisiopatogenia da Epilepsia permanece plausível, e necessita de mais estudos. Concluindo, a presente dissertação produziu alguns resultados importantes a respeito da Epilepsia do Lobo Temporal em nosso meio. A prevalência de transtornos psiquiátrico em nossos pacientes é elevada. Os transtornos de humor, a comorbidade psiquiátrica mais frequente, estão associados a dois fatores de risco isolados, específicos e independentes. Por fim, chegamos à conclusão que o polimorfismo Val66Met do gene do BDNF provavelmente não tem um impacto direto sobre a epilepsia do lobo temporal, porém, estudos mais detalhados, com populações selecionadas, podem contribuir para o conhecimento dos efeitos desta variante genética sobre os transtornos psiquiátricos. / Psychiatric disorders associated to Epilepsy are frequent, although epidemiologic data concerning this comorbidity are not yet clear, probably due to methodologic problems, indefiniton of terms and different populations studied. Neurobiologic, psychosocial and pharmacological risk factors have been implicated in this association, but the issue remains controverse. In developing countries like Brazil, where the prevalence of epilepsy is greater than in industrialized countries, there are few studies regarding these maters. However, it is important to know about prevalence of psychiatric comorbidities in epileptic patients, because of the direct impact of these conditions over quality of life in these patients. Pathophysiological studies about Epilepsy and psychiatric disorders suggest that both diseases share of common mechanisms, among them structural and functional abnormalities in the Limbic System. Indeed, many neuroimaging, genetic, and molecular alterations common to both diseases have been described and need to be better studied. One of the most important molecular elements to function and structure of the Limbic System is the Brain-Derived Neurotrophic Factor (BDNF), a protein involved with neuronal growth and protection. A functional polymorphism of the coding gene of BDNF, the replacement of a valin by a methionine aminoacid on the gene position 66 (Val66Met), has been largely studied. Experimental and clinical evidences have associated this polymorphism to many neuropsychiatric disorders, but the direct relation of this BDNF variant with Epilepsy is less clear. Nevertheless, it is plausible to supose that this neurotrophin has some participation in the development of psychiatric disorders in Temporal Lobe Epilepsy. The present dissertation assessed the prevalence and risk factors for psychiatric disorders in Temporal Lobe Epilepsy and studied a molecular aspect possibly involved in this association. First, we studied the prevalence of long-life psychiatric disorders in patients with Temporal Lobe Epilepsy, using a structured method of interview, with objective criteria for DSM-IV diagnoses. We found psychiatric disorders in 54% of our patients. This result is elevated when compared with other studies, leading us to the hypothesis that the prevalence of psychiatric disorders in patients with Temporal Lobe Epilepsy in our patients might be even grater that that observed in developed countries. The second part of our work is a study concerning major risk factors for humor disorders in a cohort of patients with Temporal Lobe Epilepsy. We found two variables with independent effects: positive psychiatric familial history and left-sided irritative focus on EEG. In a logistic regression model, we developed an equation capable to predict a diagnosis of humor disorder in our patients in 71% of cases. Finally, we studied the impact of the Val66Met polymorphism over the Temporal Lobe Epilepsy. Although there are no differences in the polymorphism frequencies between patient and control groups, it is still plausible the involvement of this variant in the physiopathogenesis of Epilepsy, and further studies are needed. Concluding, this dissertation yielded some important data concerning Temporal Lobe Epilepsy in our environment. Prevalence of psychiatric disorders in our patients is elevated. Humor disorder, the most frequent psychiatric comorbidity, is associated with two specific and independent risk factors. Last, we concluded that the Val66Met polymorphism of the BDNF gene coding has no direct impact over temporal lobe epilepsy, but more detailed studies, with selected populations, should contribute to knowledge of the effects of this genetic variation over psychiatric disorders in Temporal Lobe Epilepsy.
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Aspectos clínicos da associação entre o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e o uso de nicotinaSousa, Nyvia Oliveira January 2009 (has links)
Resumo não disponível
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Prevalência e fatores associados aos transtornos mentais e violência no trabalho das agentes de segurança penitenciária no Brasil / Prevalence and associated factors with common mental disorders and workplace violence in the female correctional officers in BrazilFerreira, Marcelo José Monteiro 18 November 2016 (has links)
FERREIRA, M. J. M. Prevalência e fatores associados aos transtornos mentais e violência no trabalho das agentes de segurança penitenciária no Brasil. 2016. 160 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-01-18T15:50:56Z
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Previous issue date: 2016-11-18 / Violence in the workplace contributes to the development of health problems among Correctional Officers (CO). The daily work of these professionals is stressful, and can have serious consequences for their physical and psychological integrity, such as anxiety and stress. It aims to estimate the prevalence of common mental disorders, violence at work and its associated factors in Female Prison Security Agents in Brazil. It is a cross-sectional, analytical study of national scope, a cut of the project entitled "National health survey on female prison population and prison servants". The population consists of CO formally linked to the Brazilian female penitentiary system, acting in direct contact with women deprived of their freedom and who accepted to participate in the study. The sample was stipulated in 40% of the CO present at the time of collection, excluding holiday, license or new entrants. Data were collected through a self-administered questionnaire. The Pearson chi-square test was performed. Odds Ratio and Confidence Intervals were estimated for factors that showed a significant association or showed to be confounding. The multivariate analysis was performed through the Logistic Regression model. Factors that increased the likelihood of CO developing common mental disorders or experiencing violence in the work environment were verified. Point and interval estimates, as well as bivariate and multivariate association analyzes were performed using the complex sampling module with the weighting obtained by the inverse of the product of the probabilities of choosing the CO by sampling stage. About 30.6% of the interviewees had common mental disorders. The consumption of painkillers that did not require medical prescription for acquisition was reported by slightly more than 22% of those interviewed. CO that obtained common mental disorders were more likely to suffer violence in the prison setting (OR = 1.879 (95% CI: 1.069 - 3.305)). With regard to the number of violence suffered at work, 55% reported having been victims of two or more episodes. About 68.4% (95% CI: 62.5-73.8) of the ASP reported having knowledge of events involving violence with co-workers in prison. The CO that entered the age group of 25 to 35 years have the greatest odds (OR = 4.06 (95% CI: 1.6 - 10.8)) of suffering violence at work. The chance of suffering violence increases for women working in temporary deprivation homes (OR = 1.80 (95% CI: 1.07 - 3.03) and penitentiaries (OR = 2.16 (95% CI: 1, 28 - 3,63). The direct contact with the incarcerated population and the high levels of stress at work contribute to the formation of a violent environment. With low social support among CO, which contributes to making the work environment even more exhausting, unsafe and dangerous. The Health sector, in turn, needs to expand the scope of its activities with the CO. In view of the vulnerability inherent in their functions in prisons. / A violência no ambiente de trabalho contribui para o desenvolvimento de problemas de saúde entre Agentes de Segurança Penitenciária (ASP). O cotidiano de trabalho desses profissionais é estressante, podendo trazer consequências graves para a sua integridade física e psicológica, tais como ansiedade e estresse. Objetiva estimar a prevalência de transtornos mentais comuns, violência no trabalho e seus fatores associados em Agentes de Segurança Penitenciária do sexo feminino no Brasil. Trata-se de um estudo seccional, analítico, de abrangência nacional, recorte do projeto intitulado “Inquérito nacional de saúde na população penitenciária feminina e de servidoras prisionais”. A população consiste em ASP vinculadas formalmente ao sistema penitenciário feminino brasileiro, atuando em contato direto com mulheres privadas de liberdade e que aceitaram participar do estudo. A amostra foi estipulada em 40% das ASP presentes no momento da coleta, sendo excluídas do cálculo as agentes em férias, licença ou recém-ingressas. Os dados foram coletados através de questionário autoaplicado. Foi realizado o teste de qui-quadrado de Pearson. O Odds Ratio e Intervalos de Confiança foram estimados para os fatores que apresentaram associação significativa ou mostraram-se como de confundimento. A análise multivariada foi realizada através do modelo de Regressão Logística. Foram verificados os fatores que aumentaram a probabilidade da ASP desenvolver transtornos mentais comuns ou sofrer violência no ambiente de trabalho. As estimativas pontuais e intervalares, bem como as análises de associação bivariada e multivariada foram realizadas utilizando o módulo de amostragem complexa com a ponderação obtida pelo inverso do produto das probabilidades de escolha das ASP por estágio de amostragem. Cerca de 30,6% das entrevistadas obtiveram transtornos mentais comuns. O consumo de calmantes que não necessitavam de receituário médico para aquisição foi relatado por pouco mais de 22% das entrevistadas. As ASP que obtiveram transtornos mentais comuns possuem mais chances de sofrer violência no ambiente prisional (OR = 1,879 (95%IC: 1,069 - 3,305)). Com relação ao número de violências sofridas no trabalho, 55% referiram ter sido vítimas de dois ou mais episódios. Cerca de 68,4% (95%IC: 62,5 - 73,8) das ASP declararam ter conhecimento de eventos envolvendo violência com colegas de trabalho na prisão. As ASP que ingressaram na faixa etária de 25 a 35 anos possuem as maiores chances (OR = 4,06 (95%IC: 1,6 - 10,8)) de sofrer violência no trabalho. A chance de sofrer violência aumenta para as mulheres que trabalharam em casas de privação provisória (OR = 1,80 (95%IC: 1,07 - 3,03) e penitenciárias (OR = 2,16 (95%IC: 1,28 - 3,63)). No Brasil, episódios de agressões e ameaças no trabalho acometem grande parcela das ASP. O contato direto com a população encarcerada e os altos níveis de estresse no trabalho contribuem para a conformação de um ambiente violento. Evidenciaram-se contextos laborais com baixo suporte social entre as ASP. Isso contribui para que o ambiente de trabalho torne-se ainda mais desgastante, inseguro e perigoso. O setor Saúde, por seu turno, precisa ampliar o escopo de suas atuações junto as ASP, tendo em vista a vulnerabilidade inerente às funções que desempenham nas unidades prisionais.
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Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiátrica e qualidade de vidaAntunes, Paula Barros January 2008 (has links)
I ntrodução: A eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento médico que consiste na indução de crises convulsivas para o tratamento de sintomas psiquiátricos. Transtornos resistentes a terapias medicamentosas e a necessidade de uma resposta rápida constituem sua principal indicação. Objetivos: Avaliar a eficácia da ECT na melhora na sintomatologia e na qualidade de vida de pacientes com transtornos psiquiátricos graves. Comparar o ponto de vista do médico com a perspectiva do paciente quanto a sua melhora (artigo 1). Avaliar a taxa de remissão da depressão no subgrupo de pacientes deprimidos (artigo 2). Métodos: Num delineamento longitudinal e observacional, todos os pacientes submetidos à ECT que estavam internados na Unidade de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que aceitaram participar do estudo e apresentavam condições clínicas de serem entrevistados foram avaliados antes de iniciar o tratamento e após todo o curso de ECT. No período pré tratamento foi aplicado o MINI para avaliação diagnóstica. As escalas BASIS-32 (Behavior and symptom identification scale), BPRS-A (Brief Psychiatry Rating Scale – Anchored), CGI (Impressão Clínica Global) e a WHOQOL-BREF (World Health Organization Quality of Life – forma breve) foram aplicadas antes de iniciar a primeira sessão de ECT e repetidas após o término da série completa. Para avaliar se a mudança percebida pelo clínico foi semelhante à mudança percebida pelo paciente foi feita a comparação do tamanho de efeito das duas escalas de psicopatologia, a BASIS-32 (instrumento de auto-avaliação) e a BPRS (preenchida pelo entrevistador) (artigo 1). Para verificar a taxa de remissão da depressão foi utilizada a escala CGI e definido como remissão os escores 1 e 2 dessa escala (artigo 2). Resultados: 88 pacientes foram convidados a participar do estudo, sendo que 30 (34,1%) não foram incluídos (recusa ou incapacidade de responder aos questionários). Dos 58 pacientes avaliados, a ECT foi indicada por depressão resistente em 47 (81,1%) pacientes. Houve diferença significativa (p<0,001) entre os períodos pré e pós ECT nos escores das escalas BASIS-32, BPRS-A, CGI e em todos os domínios do WHOQOL, com maior diferença nos domínios físico e psicológico do que relações sociais e meio ambiente. Os tamanhos de efeito das escala BASIS-32 e BPRS foram semelhantes, 1,01 e 1,02 respectivamente (artigo 1). Dos 58 pacientes avaliados, 44 tinham depressão maior ou depressão bipolar. A remissão dos sintomas foi observada em 40,9% dos pacientes (artigo 2). Conclusão: A ECT está associada com melhora da sintomatologia e da qualidade de vida de pacientes com doenças psiquiátricas graves. Esse efeito foi observado tanto na percepção do paciente como na percepção do clínico. Além disso, a ECT demonstrou-se eficaz no tratamento de pacientes com depressão resistente ao tratamento.
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Mortalidade precoce dos pacientes internados em hospitais psiquiátricos no Rio de Janeiro em 1995 / Early mortality of patients hospitalized in psychiatric hospitals in Rio de Janeiro in 1995Silva, João Paulo Lyra da January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Neste estudo buscou-se verificar e quantificar a sobremortalidade nos pacientes do Censo da População de Internos em Hospitais Psiquiátricos na cidade do Rio de Janeiro (CPIHP) no período entre o Censo e 31 de março de 2000, e, a seguir testar, através de métodos de análise de sobrevida, fatores associados à mortalidade precoce nesses pacientes. A tese se desenvolve em três artigos. O primeiro é uma revisão sistemática de publicações de estudos sobre o Brasil na área de Saúde Pública que empregaram a técnica de encadeamento de arquivos, utilizando Sistemas de Informação em Saúde do Sistema Único de Saúde, com o objetivo de agregar, à informação disponível em um banco de dados sobre um indivíduo, outros dados sobre esse mesmo indivíduo. A unidade de análise foi o estudo. Foram identificados 40 estudos, 28 deles classificados como epidemiológicos. Predominaram o desenho de coorte, algoritmos determinísticos e o tema mortalidade infantil, especialmente a neonatal. No segundo artigo, foi empregado o encadeamento de arquivos do CPIHP e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) para avaliar a ocorrência de sobremortalidade nos pacientes do CPIHP até 31 de março de 2000. Compararam-se os riscos de morrer por idade e sexo e a mortalidade proporcional por capítulos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) nos pacientes do CPIHP com os da população do estado do Rio de Janeiro. Dos 3.199 pacientes analisados, 418 faleceram durante o período do estudo. O risco relativo dos pacientes em relação à população do estado foi 3,58. Quanto menor a idade, maior foi o risco relativo. O risco relativo foi maior entre as mulheres. O estudo confirmou um excesso de óbitos nos pacientes, em grande parte, por causas evitáveis. / No terceiro artigo, utilizou-se a mesma coorte para testar, através de métodos de análise de sobrevida, os fatores associados à mortalidade precoce dos pacientes. O início do período de seguimento foi definido pela data da internação registrada no cadastro do CPIHP. Os pacientes mais velhos, viúvos ou separados, com autorreferência de moradia relacionada à rua ou ao abrigo público, com diagnóstico relacionado ao abuso de álcool e de drogas e com justificativa para o regime de internação transtorno mental ou determinação judicial foram os que apresentaram menor sobrevida. Os resultados da pesquisa apontam a necessidade de ajuste das políticas voltadas para os pacientes psiquiátricos.
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Sofrimento difuso, transtornos mentais comuns e problema de nervos: uma revisão bibliográfica a respeito das expressões de mal-estar nas classes populares / Diffuse suffering, common mental disorders or nervous problems: a bibliographical revision as to the expressions of ailment in the class populationFonseca, Maria Liana Gesteira January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Esta dissertação visa discutir as expressões de sofrimento das classes populares, que emergem como queixas inespecíficas que se apresentam nos serviços de saúde, como uma importante demanda de atenção. Essa discussão se faz por meio de três principais eixos: a organização dos serviços / práticas de atenção básica e políticas de saúde em torno desse tipo de manifestação de sofrimento no Brasil, considerada, geralmente, como transtornos mentais de menor gravidade; uma revisão bibliográfica dos estudos epidemiológicos a respeito dos transtornos mentais comuns, e uma revisão bibliográfica a respeito da representação de perturbação nas classes populares, o código do nervoso, principalmente na literatura brasileira. A partir dos três eixos de discussão citados, considera-se a urgência de implementação de práticas e políticas de atenção à clientela das classes populares que apresenta este tipo de sofrimento, em alto nível de prevalência, cujos transtornos são considerados menos graves, mas que, no entanto, causam considerável sofrimento e prejuízo de diversas ordens para a vida dos sujeitos. O trabalho chama especial atenção para que a questão de que a implementação de práticas e políticas de saúde e saúde mental direcionadas à clientela portadora de transtornos mentais comuns ou de problema de nervos exige uma consideração adequada das diferenças culturais entre profissionais e clientela, e da necessidade de ações intersetoriais de forma integrada com outras políticas sociais.
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Trabalho noturno e sofrimento mental em trabalhadores da saúde de dois hospitais em Manaus, AM / Night work and mental suffering in two hospitals health workers in Manaus, AMArruda, Adenilda Teixeira January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Os estudos sobre o trabalho noturno revelam diferenças individuais quanto à tolerância ao horário de trabalho, de forma que alguns trabalhadores desenvolvem doenças, enquanto outros, não. No que se refere à saúde psíquica, são escassos os estudos brasileiros com profissionais da saúde, principalmente em relação a equipes de médicos. O objetivo desta Tese foi investigar o sofrimento psíquico (transtornos mentais comuns e depressão) quanto a sua relação com o horário de trabalho em equipes de enfermagem e de médicos, considerando diferenças individuais entre os trabalhadores. Foi realizado estudo epidemiológico de corte transversal com médicos e equipes de enfermagem de dois hospitais gerais de Manaus (AM), perfazendo um total de 432 trabalhadores (57,7 por cento dos elegíveis). O questionário padronizado abordava aspectos sociodemográficos, do trabalho e da saúde, incluindo o Self Report Questionnaire (SRQ-20) e o Patient Health Questionnaire (PHQ-9) para rastreamento de transtornos mentais comuns (TMC) e depressão, respectivamente. Duas modalidades de análise foram realizadas: (1) os grupos com atuação no trabalho noturno atualmente ou no passado (ex-noturnos) foram comparados àquele sem experiência no trabalho noturno e (2) considerando apenas os trabalhadores noturnos, aqueles que referiram o desejo de deixar os plantões noturnos foram comparados aos que não manifestaram este desejo. O tratamento dos dados incluiu análises bivariadas (teste de qui-quadrado ou Fisher) e análises múltiplas através de regressão logística binomial. (...) / Os resultados sugerem um possível efeito a longo prazo do trabalho noturno sobre a saúde psíquica, revelando a importância do histórico dos horários de trabalho na análise deste tema. O desejo de deixar o trabalho noturno, utilizado como proxy da satisfação com o horário de trabalho, permitiu distinguir, entre os trabalhadores noturnos, aqueles com maiores chances de manifestar transtornos mentais comuns, relevando diferenças individuais na tolerância ao trabalho noturno. O estudo contribui com reflexões sobre o tema no sentido de subsidiar propostas de melhorias no processo de trabalho destes profissionais, considerando tanto a saúde dos trabalhadores, como aspectos da qualidade da assistência prestada aos pacientes. / Studies on night work reveal individual differences in tolerance to work schedules, so that some workers develop diseases, while others do not. With regard to mental health, there are few Brazilian studies with health professionals, especially in relation to physician teams. The aim of this thesis was to investigate the psychological distress (common mental disorders and depression) and their relationship with night work in a nursing staff and doctors, considering individual differences among workers. An epidemiological cross-sectional study was performed with physicians and nursing teams from two hospitals in Manaus, Amazonas, Brazil (N=432 workers, 57.7 per cent of the eligible group). A standardized questionnaire included questions regarding sociodemographic characteristics, work and health, including the Self Report Questionnaire (SRQ-20) and the Patient Health Questionnaire (PHQ-9) for screening of common mental disorders (CMD) and depression, respectively. The data treatment included bivariate analyzes (chi-square and Fisher tests) and multivariate analyzes using binomial logistic regression. Two analysis procedures were performed: (1) workers engaged in night work currently and former night workers were compared to those without experience in night work and (2) considering only night workers, those who mentioned the desire of leaving the night shifts were compared to those who did not. (...)^ien / Doctors have not been compared in terms of work schedule hours due to the reduced sample without experience in night work. A significantly higher percentage of physicians with CMD were observed between those who referred to the desire to leave the night shifts, compared to those who did not manifest this desire (31% and 0%, respectively). The results suggest a possible long-term effect of night work on mental health, revealing the importance of the occupational history as regards work schedules in the analysis of this issue. The desire to leave the night work used as a proxy of satisfaction with their work schedule allowed distinguishing among night-shift workers - those most likely to express common mental disorders, revealing individual differences in tolerance to night work. The study contributes with reflections on the subject in order to subsidize proposals for improvements in the work process of these professionals, considering both their health, as well as aspects of quality of assistance provided to patients. (AU)^ien
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Os significados atribuídos pelos profissionais desaúde mental aos atos violentos e agressivosmanifestados por pacientes de um dispositivo de atençãopsicossocial do estado do Rio de Janeiro / Os significados atribuídos pelos profissionais de saúde mental aos atos violentos e agressivos manifestados por pacientes de um dispositivo de atenção psicossocial do estado do Rio de JaneiroFerreira, Paula Santos January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Existe grande dificuldade entre profissionais de saúde mental em lidar com atos agressivos e violentos manifestados pelos pacientes. Isso pode ocorrer em função do escasso conhecimento sobre esse tema e suas possibilidades de manejo. A presente pesquisa objetivou investigar a percepção e a compreensão dos profissionais de saúde mental sobre os conceitos de violência e agressividade e a forma com tais profissionais lidam com atos violentos e agressivos quando são apresentados por pacientes de um CAPS II do Estado do Rio de Janeiro. A metodologia usada neste foi do tipo qualitativa descritivo-analítica e sua abordagem foi o estudo de caso de uma instituição de saúde mental no Estado do Rio de Janeiro. Foram analisados 10 prontuários de pacientes que ingressaram no serviço em 2013 para identificar a ocorrência dos termos violência e agressividade e, se apareciam de forma distinta ou equivalente. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas em profundidade com profissionais que atuam no CAPS, abordando tópicos norteadores previamente construídos. O estudo dos prontuários revelou um não dito sobre acontecimentos que envolvem violência. A análise das entrevistas sugeriu que os profissionais puderam interpretar situações de agressividade e violência respeitando a singularidade dos sujeitos e tomando os atos como mensagem que lhes são endereçadas com fins construtivos, tal qual propõe a teoria psicanalítica sobre agressividade. Espera-se que os resultados da presente pesquisa possam contribuir para as intervenções em saúde mental quando estas envolvem agressividade e violência por parte pacientes. / There is a substantial difficulty among mental health professionals to deal withaggressive and violent acts expressed by their patients. This difficulty can be explained by lack of knowledge on the subject and its management possibilities. This research aimed to investigate theperception and understanding of mental health professionals over the concepts of violence andaggression as well as how such professionals deal with violent and aggressive attitudes when they a represented by patients of Social and Psychological Care Center, Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II) of Rio de Janeiro state. The chosen methodology was the qualitative descriptive-analytical pattern and the approach was the study case of a CAPS II from Rio de Janeiro state. Ten madical records of patients who entered the service in 2013 were analyzed in order to identify theoccurrence of the specific expressions violence and aggressiveness, and if these words appeared in different or equivalent meanings. Also, semi- structured interviews were conducted in depth envolving professionals who work in CAPSII. Guiding topics previously builtwere used. The analysis of the records revealed unspoken events related to violence. The analysis ofthe interviews underpinned the theory that the professionals could interpret situations of aggressionand violence regarding the uniqueness of the subject and assimilating such acts as messages addressed to them with constructive purposes, as suggested by the psychoanalytic theoryof aggression. It is expected that the results of this research could contribute to mental health interventions when related to patient´s aggression and violence. (AU)^ien
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Transtornos mentais em pacientes portadores de HIV: um estudo de prevalência e fatores associados / Mental disorders in HIV patients: a study of prevalence and associated factorsPinho, Carolina Saraiva Nunes de 31 August 2015 (has links)
PINHO, C. S. N. Transtornos mentais em pacientes portadores de HIV: um estudo de prevalência e fatores associados. 2015. 98 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-05-24T12:34:34Z
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Previous issue date: 2015-08-31 / The frequent association between mental disorders and infection by human immunodeficiency virus (HIV) can relate to risk factors, namely: greater exposure to HIV that some of these disorders entail; life circumstances often associated with the diagnosis of infection; reaction to the diagnosis; the HIV infection itself. The objective of this study was to identify the prevalence of mental disorders (depression, bipolar disorder, psychosis, generalized anxiety disorder and abuse / dependence substances) and their associated factors. We evaluated 257 patients from four clinics specialized in Fortaleza between September 2014 and April 2015. We used the questionnaire Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) to identify the prevalence of these disorders. 29.2% prevalence have been identified for depression, 7.0% for bipolar disorder type II, 4.7% for bipolar disorder type I, 2.3% for panic disorder, 14% for generalized anxiety disorder, 10, 1% for abuse / dependence alcohol, 7.8% for use of non-alcoholic substances, 0.4% for abuse / dependence of non-alcoholic substances and 10.5% for psychotic syndrome. Factors related to disorders were: sex; marital status; income; education; the fact that it is currently working; the condition of being homeless; the situation has been con; the fact being admitted and be receiving treatment for mental disorder; the condition of being admitted with HIV; adherence to antiretroviral therapy (ART) and CD4. In the study we found higher prevalence of mental disorders than those found in the general population. It was observed that the lighter disorders (anxiety and depression) were underdiagnosed and undertreated for the most severe disorders (bipolar I type disorder and psychosis). / A associação frequente entre transtornos mentais e infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pode relacionar-se aos fatores de risco, a saber: maior exposição ao HIV que alguns desses transtornos acarretam; circunstâncias de vida frequentemente associadas ao diagnóstico da infecção; reação ao diagnóstico; a própria infecção pelo HIV. Objetivou-se neste estudo identificar a prevalência de transtornos mentais (depressão, transtorno bipolar, psicose, transtorno de ansiedade generalizada e abuso/dependência de substâncias) e seus fatores associados. Foram avaliados 257 pacientes de quatro ambulatórios especializados no município de Fortaleza entre setembro de 2014 e abril de 2015. Foi utilizado o questionário Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) para identificar a prevalência desses transtornos. Foram identificadas prevalências de 29,2% para depressão, 7,0% para transtorno bipolar tipo II, 4,7% para transtorno bipolar tipo I, 2,3% para transtorno do pânico, 14% para transtorno de ansiedade generalizada, 10,1% para abuso/dependência de álcool, 7,8% para uso de substâncias não alcoólicas, 0,4% para abuso/dependência de substâncias não alcoólicas e 10,5% para síndrome psicótica. Os fatores relacionados aos transtornos foram: sexo; estado civil; renda; escolaridade; o fato de estar trabalhando atualmente; a condição de ser morador de rua; a situação de ter sido presidiário; o fato ter sido internado e estar fazendo tratamento para o transtorno mental; a condição de ter sido internado pelo HIV; adesão à terapia antirretroviral (TARV) e CD4. No estudo foram encontradas prevalências de transtornos mentais mais elevadas do que as encontradas na população geral. Observou-se que os transtornos mais leves (ansiedade e depressão) foram subdiagnosticados e subtratados em relação aos transtornos mais graves (transtorno bipolar tipo I e psicose).
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Associação entre transtornos mentais comuns e tuberculose.Araújo, Gleide Santos de January 2012 (has links)
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Diss Gleide Santos Araújo. 2012.pdf: 907110 bytes, checksum: 343cf85bcf578dbf83889fff96918c6c (MD5) / Apesar de ser uma doença antiga, evitável e com tratamento conhecido, a tuberculose (TB) possui elevada incidência e mortalidade. Observa-se que a incidência de ansiedade, depressão e transtornos mentais comuns (TMC) entre pessoas com tuberculose (TB) tem sido elevada. Contudo, nesta área do conhecimento, ainda há poucas informações. Objetiva-se identificar publicações que esclareçam se os TMC podem influenciar a TB e verificar a existência de associação entre TMC e TB. No primeiro artigo que compõe a dissertação foi realizada revisão da literatura com as palavras-chave: tuberculosis, common mental disorders, anxiety e depression, enquanto o segundo é um estudo de caso-controle pareado por idade e sexo, com casos novos confirmados por baciloscopia e cultura positiva, entrevistado após o diagnóstico. Os controles foram sintomáticos respiratórios que procuraram os mesmos serviços de saúde dos casos e tinham resultado negativo de baciloscopia. A coleta ocorreu de 2008 a 2010 nas principais unidades ambulatoriais responsáveis pelas notificações dos casos novos de TB em Salvador-BA. Foi instrumento de coleta a entrevista estruturada, Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) para identificação de TMC e CAGE para alcoolismo. A análise inclui a descritiva e exploratória, regressão logística (backward). No estudo de revisão não foi possível concluir contribuição dos TMC para a TB. Apesar de se saber que fatores psíquicos podem produzir desregulação imunológica, resultando em doenças infecciosas, pouco se sabe a temática em relação à TB, os estudos disponíveis, além de escassos, não se detém nos mecanismos causais. No segundo artigo, verificou-se que a associação entre TMC e TB foi estatisticamente significante (OR 1,34; IC95% 1,05 – 1,72). Na análise de regressão permaneceu no modelo final déficit nutricional (OR = 3,56; IC95% 2,32 – 5,45), obesidade/sobrepeso (OR = 2,11; IC95%: 1,49 – 3,00), diabetes (OR = 2,12; IC95%: 1,35 -3,33), uso abusivo de álcool (OR = 1,70; IC95%: 1,05 -2,76) e número de moradores por cômodos acima de 1 (OR = 1,33; IC95% 1,01 – 1,76. As demais variáveis socioeconômicas não foram estatisticamente significantes na associação entre TMC e TB. Outras condições menos investigadas, incluindo a saúde mental dos indivíduos, podem estar contribuindo para manutenção das elevadas taxas da incidência de TB. São necessários estudos epidemiológicos longitudinais que incluam questões relativas à saúde mental e ampliem a compreensão sobre associação entre TMC e TB.
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