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Filogenia dos Pasiphaeoidea Dana, 1852 (Decapoda: Caridea) e taxonomia dos Pasiphaeoidea das Américas / Pasiphaeoidea phylogeny (Decapoda, Caridoa) and taxonomy of Pasiphaoidea in the AmericasGómez, Guillermo Leandro Guzmán 08 December 2016 (has links)
Os Pasiphaeoidea são um grupo de camarões Caridea pouco estudados ao nível mundial. O hábito de vida principalmente pelágico de águas profundas fazem com que sejam de difícil acesso e obtenção. Até hoje a superfamília Pasiphaeoidea está composta por 103 espécies agrupadas em sete gêneros, sendo Pasiphaea Savigny, 1816 o gênero mais diverso com 70 espécies. Nas Américas as referências aos Pasiphaeoidea são pouco frequentes e localizadas, não existindo revisões taxonômicas que englobem zonas geográficas maiores. O monofiletismo de Pasiphaeoidae em si e as relações entre os gêneros que compõem a família nunca foram abordados, mas estudos sobre a filogenia de Caridea que incluem material de Pasiphaeidae sugerem que o grupo seja parafilético. O objetivo desta tese é duplo: efetuar uma análise filogenética de Pasiphaeoidea com base em dados morfológicos e analisar taxonomicamente o grupo nas Américas. Para dar conta dos objetivos foram analisados material de 19 países das costas Atlântica e Pacífica das Américas. O material estudado correspondeu a 1.110 espécimes de 76 espécies (de um total de 103) de todos os sete gêneros da família. Representantes da família Procarididae foram utilizados grupo externo. 434 caracteres morfológicos foram testados. Espécimes de espécies polimórficas foram incluídos na análise como terminais. Pasiphaeidae s.s. é redefinida com base em 10 sinapomorfias. A família Leptochelidae é restabelecida para o gênero Leptochela Stimpson, 1860. Se propõe uma nova família, Psathyrocarididae, para as espécies do gênero Psathyrocaris Wood-Mason in Wood-Mason & Alcock, 1893. Pasiphaeidae s.s. engloba cinco gêneros: Pasiphaea Savigny, 1816, Eupasiphaea Wood-Mason in Wood-Mason & Alcock, 1893, Glyphus Filhol, 1884, Parapasiphae Smith, 1884, Phye Alcock, 1893 (reestabelecido para uma parte de Pasiphaea s.l.), juntamente com um novo gênero de Pasiphaeidae (proposto para uma parte de Pasiphaea s.l.), de eles todos estão representados nas costas das Américas. Os resultados obtidos recuperam a monofilia da superfamília Pasiphaeoidea, a presença de um primeiro par de maxilípedes com a porção distal do exópodo em forma de folha arredondada os diferencia do resto dos Caridea. Pasiphaeidae s.s. é restrita as espécies que possuam ou não um palpo mandibular (quando presente o palpo é do tipo pediforme), aparelho limpador das antenas no primeiro par de quelípodos, terceiro par de pereiópodos longos e delgados, quarto par de pereiópodos mais reduzido do que o quinto par. O gênero Pasiphaea s.s. é monofilético mas restrito a 25 espécies. Phye é monofilético e engloba 23 espécies. O gênero Parapasiphae é parafilético. O grupo nas Américas ficou composto por 34 espécies as quais se reúnem nas famílias: Leptochelidae (quatro espécies), Psathyrocarididae (uma espécie) e Pasiphaeidae s.s. com 29 espécies reunidas nos seis gêneros da família; Eupasiphae (duas espécies), Glyphus (uma espécie), Parapasiphae (três espécies), Pasiphaea s.s. (seis espécies), Phye (14 espécies) Pasiphaeidae novo gênero (duas espécies). / The Pasiphaeoidea is one of the least studied Caridean group to worldwide. The deep pelagic lifestyle is the reason that difficult its study. Until today 103 species are recognized, Pasiphaea is the most specious genera with more than 70 species. In America the references are locally restricted to just one country each. No wide geographic review already exists. The phylogeny and the inner relationships between genera are unknown. Some phylogenetic studies of the Caridea that include material of Pasiphaeid show a parafilético arrangement of the species. The scope of this thesis are: perform a phylogenetic analysis of Pasiphaeoidea based on morphological data and a taxonomic review of the Pasiphaeoidea in America. Material from 19 American countries results in 1110 specimens belong to 76 species of all seven genera of the family was analyzed. A matrix with 434 characters was performed. Specimens of Procarididae family of shrimps were used as out-group. Some polymorphic specimens were used as terminal to elucidate its taxonomic status, being the first time that specimens as terminals as used in a non-molecular analysis. The Pasiphaeidae was defined base on 10 sinapomorfias and Leptochelidae was reestablished for the Leptochela Stimpson, 1860. A new family was proposed Psathyrocarididae, for the species of the genera Psathyrocaris Wood-Mason in Wood-Mason & Alcock, 1893. Pasiphaeidae s.s. include five genera: Pasiphaea Savigny, 1816, Eupasiphaea Wood-Mason in Wood-Mason & Alcock, 1893, Glyphus Filhol, 1884, Parapasiphae Smith, 1884, Phye Alcock, 1893 (reestablished for a part of Pasiphaea s.l), with a new genera of Pasiphaeidae (proposed for a part of Pasipahea s.l) all of them with represents distributed in America waters. The obtained results recovered the monophyletic of the Pasiphaeoidea. The characters that define this group are the first pair of maxilliped with a distal portion of the exopod like a leaf and not as flagellum as in other Caridean. Pasiphaeidae s.s. is restricted just to species that share the next characters: with or without a mandibular palp, but when its present pediforme in shape. With an antennal flagellar grooming brush in the carpo-propodal on the first pereiopod. Third pair of pereiopod are very thin and long. Fourth pair of pereiopod are shorter than fifth. Pasiphaea s.s. is monophyletic, but restricted just to 25 species. Phye is monophyletic and contain 23 species. Parapasiphae is paraphyletic. Pasipaheoidea in America its composed for 34 species, which are reunited in three families: Leptochelidade (four species), Psathyrocarididae (one specie) and Pasiphaeidae s.s. with 29 species reunites in six genera: Eupasiphae (two species), Glyphus (one specie), Parapasiphae (three species), Pasiphaea s.s. (six especies), Phye (14 species) Pasiphaeidae new genera (two species).
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Estudo taxonômico e filogenético de Eidmanacris Chopard, 1956 (Orthoptera; Phalangopsidae; Luzarinae) / Taxonomic and phylogenetic study of Eidmanacris Chopard, 1956 (Orthoptera; Phalangopsidae; Luzarinae)Campos, Lucas Denadai de 24 October 2016 (has links)
Os ortópteros neotropicais, com exceção aos de importância econômica, de maneira geral, são muito pouco conhecidos em relação aos demais ortópteros ao redor do mundo. Isso devido à carência de trabalhos científicos para esse grupo, principalmente os estudos taxonômicos; consequentemente, o número de espécies descritas atualmente é muito subestimado. Não diferente, o gênero Eidmanacris Chopard, 1956, possui atualmente 20 espécies descritas, distribuídas nos domínios de Mata Atlântica e Cerrado, que se estendem pelas regiões sul, sudeste e centro-oeste brasileiras, além de também serem encontrados na Bolívia e Paraguai. São grilos ativos no período noturno, habitantes cavidades naturais, como tocas, barrancos, troncos de árvores mortas, fendas de rochas e cavernas. Neste estudo, o gênero foi revisado, incluindo a redescrição de espécies pouco conhecidas, descrição de sete novas espécies (E. scopula Campos, sp. nov., E. gigas Campos, sp. nov., E. neomarmorata Campos, sp. nov., E. desutterae Campos, sp. nov., E. putuhra Campos, sp. nov., E. fontanettiae Nihei & de Mello, sp. nov. e E. melloi Campos, sp. nov.), três novas combinações (E. speluncae (Mello-Leitão, 1937) comb. nov., E. minuta (de Mello, 1990) comb. nov. e E. endophallica (de Mello, 1990) comb. nov.) e uma sinonímia nova (E. lencionii Bolfarini, 2016 = E. dissimilis Desutter-Grandcolas, 1995, syn. nov.), totalizando 29 espécies para o grupo. Também foram feitos uma chave de identificação para o gênero e mapas de distribuição de suas espécies. Uma análise filogenética é apresentada incluindo 38 terminais, dos quais 12 foram considerados como grupo externo, e 98 caracteres morfológicos. Essa análise suportou a monofilia do gênero, permitiu visualizar seu relacionamento com táxons próximos de Luzarinae e sustenta a proposta de sinonímia de Endophallusia de Mello, 1990 com Eidmanacris Chopard, 1956, de modo a sua taxonomia refletir a monofilia indicada na análise filogenética / The Neotropical Orthoptera, excluding those with economic importance, are poorly known, in comparison with the orthopterans around the world. The main reason is the lack of scientific studies on this group, mainly taxonomic studies, resulting in a underestimated number of described species. Likewise, Eidmanacris Chopard, 1956 comprises 20 described species, and is mostly distributed on Atlantic Forest and Cerrado areas, extending from south, southeast and midwest Brazilian regions, and beyond, reaching Bolivia and Paraguay. Eidmanacris species are active at night, and inhabit natural cavities as burrows, bounds, hollow trees trunks, cavities in rocks and caves. In this study, the genus was reviewed, including the redescription of seven new species (E. scopula Campos, sp. nov., E. gigas Campos, sp. nov., E. neomarmorata Campos, sp. nov., E. desutterae Campos, sp. nov., E. putuhra Campos, sp. nov., E. fontanettiae Nihei & de Mello, sp. nov. and E. melloi Campos, sp. nov.), three new combinations (E. speluncae (Mello-Leitão, 1937) comb. nov., E. minuta (de Mello, 1990) comb. nov. and E. endophallica (de Mello, 1990) comb. nov.) and one synonym (E. lencionii Bolfarini, 2016 = E. dissimilis Desutter-Grandcolas, 1995, syn. nov.), totalizing 29 species in this genus. An identification key for the genus and a distribution map of species were made. A phylogenetic analysis is presented including 38 terminals, 12 of them as outgroup and 98 morphological characters This analysis attested the monophyly of the genus, showed its relationships with another Luzarinae taxa, and supported the proposal of synonymy of Endophallusia de Mello, 1990 with Eidmanacris Chopard, 1956, so that its taxonomy reflected the monophyly indicated in the phylogenetic analysis
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Revisão e análise cladística da subfamília Metasarcinae Kury, 1994 (Opiliones; Laniatores; Gonyleptidae) / Review and cladistic analysis of the subfamily Metasarcinae Kury, 1994 (Opiliones, Laniatores, Gonyleptidae)Benedetti, Alípio Rezende 03 May 2012 (has links)
Uma análise cladística da subfamília Metasarcinae Kury, 1994 é realizada para testar o monofiletismo do grupo e suas relações internas, afim de proporcionar um maior embasamento para uma revisão taxonômica. A matriz de dados compreende 33 terminais internos e 8 do grupo externo, num total de 41 e 51 caracteres. A análise com pesagem implícita de caracteres de concavidade igual a 3 resultou em uma árvore mais parcimoniosa com 319 passos (IC=0,19; IR=0,5). A seguinte sinapomorfia não-ambígua sustenta o clado Metasarcinae: presença de sacos laterais no pênis. São reconhecidos três gêneros válidos: Ayaucho Roewer, 1949, com duas sinapomorfias não ambíguas, (1) borda posterior sendo maior largura do escudo dorsal (exclusiva) e (2) promontório convexo; Cajamarca Roewer, 1952, com três sinapomorfias não ambíguas, (1) presença de uma apófise externa na coxa IV, (2) 1 tubérculo retrolateral no trocanter IV e (3) fileira prolateral de tubérculos no fêmur IV; e Metasarcus Roewer, 1913, com uma sinapomorfia não-ambígua, (1) oculário com uma depressão mediana suave. Uma nova classificação é proposta baseada nos resultados da análise cladística. A subfamília era composta por 13 gêneros e 25 espécies, das quais 21 são reconhecidas como válidas e 18 pertencem a subfamília Metasarcinae. Foram feitas as seguintes sinonímias em nível genérico: Cajamarca Roewer, 1952 = Cargaruaya Roewer, 1956, Cajacaybia Roewer, 1957, Palcares Roewer, 1957 e Tapacochana Roewer, 1957. Metasarcus Roewer, 1913 = Chacoikeontus Roewer, 1929, Tshaidicancha Roewer, 1957 e Incasarcus Kury & Maury, 1998. Foram feitas as seguintes sinonímias em nível de espécie: Cajamarca weyrauchi Roewer, 1952, = Cajamarca affinis Roewer, 1957; Cajamarca bambamarca Roewer, 1957 = Cajamarca triseriata Roewer, 1957; Metasarcus bolivianus Roewer, 1913 = Metasarcus armatipalpus (Roewer, 1929); Palcares spiniger Roewer, 1957 = Palcares serrifemur Roewer, 1959. As seguintes espécies apresentam nova combinação: Cajamarca inermis (Roewer, 1957), Cajamarca insignita (Roewer, 1957), Cajamarca spinigera (Roewer, 1957), Metasarcus argenteus (Kury & Maury, 1998), Metasarcus clavifemur (Roewer, 1929), Metasarcus dianae (Kury & Maury, 1998), Metasarcus ochoai (Kury & Maury, 1998), Metasarcus pictus (Kury & Maury, 1998), Metasarcus viracocha (Kury & Maury, 1998) e Metasarcus weyrauchi (Roewer, 1957). As seguinte espécies tiveram que ser renomeadas: Cajamarca ancash, Cajamarca cajacay e Cajamarca sanjuan. Foram descritas 18 novas espécies: Ayacucho pomacocha, Ayacucho silvae, Cajamarca querococha, Metasarcus antonionii, Metasarcus bergmani, Metasarcus chaplini, Metasarcus fellinii, Metasarcus joseochoai, Metasarcus kubricki, Metasarcus kurosawai, Metasarcus limachii, Metasarcus pasolinii, Metasarcus scorsesei, Metasarcus spielbergi, Metasarcus trispinosus, Metasarcus vacafloresae, Metasarcus woodyalleni e Metasarcus yucumo / A Metasarcinae Kury, 1994, cladistic analysis was made to test monophyletism and its internal relationship, in order to provide a better foundation for taxonomic review. The data matrix has 33 ingroup terminals and 8 for external group, a total of 41 taxa and 51 characters. An implicit weighting characters analysis with concavity equal 3 resulted in one more parsimonious tree with 319 steps (IC=0,19; IR=0,5). The following unambiguous synapomorphy maintains the Metasarcinae clade: presence of lateral sacs in penis. Three genera are recognised as valid: Ayaucho Roewer, 1949, with two unambiguous synapomorphies, (1) posterior edge with largest width of dorsal scute (exclusive) and (2) convex promontory; Cajamarca Roewer, 1952, with three unambiguous synapomorphies, (1) presence coxae IV external apophysis, (2) trochanter IV with 1 retrolateral tubercle and (3) femur IV with protateral tubercles row; and Metasarcus Roewer, 1913, with one unambiguous synapomorphy, (1) ocularium with mild median depression. A new classification is proposed based on the cladistics analysis results. The subfamily was composed of 13 genera and 25 species, which 21 are recognized as valid and 18 belong to Metasarcinae. The following genera synonymies were done: Cajamarca Roewer, 1952 = Cargaruaya Roewer, 1956, Cajacaybia Roewer, 1957, Palcares Roewer, 1957 and Tapacochana Roewer, 1957. Metasarcus Roewer, 1913 = Chacoikeontus Roewer, 1929, Tshaidicancha Roewer, 1957 and Incasarcus Kury & Maury, 1998. The following species synonymies were done: Cajamarca weyrauchi Roewer, 1952, = Cajamarca affinis Roewer, 1957; Cajamarca bambamarca Roewer, 1957 = Cajamarca triseriata Roewer, 1957; Metasarcus bolivianus Roewer, 1913 = Metasarcus armatipalpus (Roewer, 1929); Palcares spiniger Roewer, 1957 = Palcares serrifemur Roewer, 1959. The following species present new combination: Cajamarca inermis (Roewer, 1957), Cajamarca insignita (Roewer, 1957), Cajamarca spinigera (Roewer, 1957), Metasarcus argenteus (Kury & Maury, 1998), Metasarcus clavifemur (Roewer, 1929), Metasarcus dianae (Kury & Maury, 1998), Metasarcus ochoai (Kury & Maury, 1998), Metasarcus pictus (Kury & Maury, 1998), Metasarcus viracocha (Kury & Maury, 1998) e Metasarcus weyrauchi (Roewer, 1957). These species had to be renamed: Cajamarca ancash, Cajamarca cajacay and Cajamarca sanjuan. Were described as new 18 species: Ayacucho pomacocha, Ayacucho silvae, Cajamarca querococha, Metasarcus antonionii, Metasarcus bergmani, Metasarcus chaplini, Metasarcus fellinii, Metasarcus joseochoai, Metasarcus kubricki, Metasarcus kurosawai, Metasarcus limachii, Metasarcus pasolinii, Metasarcus scorsesei, Metasarcus spielbergi, Metasarcus trispinosus, Metasarcus vacafloresae, Metasarcus woodyalleni and Metasarcus yucumo.
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Relações filogenéticas da superfamília Doradoidea (Ostariophysi, Siluriformes) / Phylogenetic relationships of the superfamily Doradoidea (Ostariophysi, Siluriformes)Birindelli, José Luís Olivan 27 August 2010 (has links)
A superfamília Doradoidea (Siluriformes) é composta por duas famílias Neotropicais: Doradidae e Auchenipteridae. A relação de grupo irmão entre essas famílias foi bem corroborada por estudos prévios baseados em dados morfológicos e moleculares. As relações filogenéticas entre gêneros e espécies de Doradoidea foram parcialmente estudadas por alguns autores. Contudo, as relações filogenéticas entre a superfamília Doradoidea e os demais Siluriformes, e entre vários dos gêneros e espécies de Doradidae e Auchenipteridae permanecem controvérsias. O objetivo dessa tese é estudar as relações entre espécies e gêneros da superfamília Doradoidea, e o posicionamento dela entre as demais famílias de Siluriformes. Para isso, realizei uma análise filogenética extensa incluindo a maioria das espécies de Doradidae, 21 dos 22 gêneros de Auchenipteridae, e representantes de outras 16 famílias de Siluriformes. Para cada um desses táxons, 328 caracteres foram descritos, ilustrados e discutidos com base nos estudos prévios de outros autores. A análise de parcimônia resultou em quatro árvores igualmente parcimoniosas com 1086 passos. Em todas as árvores, a superfamília Doradoidea foi considerada como grupo irmão da família africana Mochokidae, que juntas formam a subordem Doradoidei. O monofiletimo da superfamília Doradoidea e da subordem Doradoidei foi corroborado por nove e cinco sinapomorfias exclusivas, respectivamente. Seis sinapomorfias não exclusivas serviram de suporte para a relação entre Doradoidei e um clado formado por pela família africana Amphiliidae e pela superfamília asiática/neotropical Sisoroidea. O monofiletismo das famílias Auchenipteridae e Doradidae foi corroborado por uma série de cinco e três caracteres exclusivos, respectivamente. As espécies da família Auchenipteridae foram classificadas em duas subfamílias: Centromochlinae e Auchenipterinae, esta última composta por cinco gêneros (Asterophysus, Liosomadoras, Tocantinsia, (Pseudotatia, Pseudauchenipterus)), e duas tribos relacionadas entre si: Auchenipterini e Trachelyopterini. Wertheimeria e Kalyptodoras foram consideradas relacionadas entre si, formando o clado irmão dos demais doradídeos; e Franciscodoras foi considerado como a segunda linhagem mais basal da família. Os gêneros Acanthodoras e Agamyxis foram encontrados como relacionados às espécies da subfamília Astrodoradinae. Platydoras e Centrochir foram considerados como irmãos da subfamília Doradinae, esta última dividida em três tribos: Pterodoradini, Rhinodoradini e Doradini. Oxydoras foi considerado táxon irmão dos doradídeos de barbilhões fimbriados. O gênero Hemidoras foi considerado sinônimo júnior de Opsodoras. As espécies Nemadoras leporhinus, N. trimaculatus e Opsodoras ternetzi foram consideradas como mais relaciondas a Hassar, Anduzedoras e Leptodoras, do que aos seus congêneres. Um resumo sistemático com diagnose de cada gênero, tribo, subfamília e família da superfamília Doradoidea foi elaborado, bem como uma chave de identificação para todos os gêneros do grupo. / The superfamily Doradoidea (Siluriformes) is composed of two Neotropicalendemic families: Doradidae and Auchenipteridae. The sister-group relationship between these families has been corroborated by previous studies of both morphological and molecular data. Previous studies have also provided support for evolutionary relationships between doradoid genera and species. However, relationships between the superfamily Doradoidea and remaining Siluriformes, and between several genera of Doradidae and Auchenipteridae remain controversial. The aim of my study is to recover evolutionary relationships between genera and species of the superfamily Doradoidea, and to find support for its position within Siluriformes. To accomplish this, I performed a comprehensive phylogenetic analysis including a majority of the Doradidae species, 21 of 22 genera of Auchenipteridae, and representatives of another 16 families of Siluriformes. For each of these taxa, I described, illustrated, or discussed 328 characters, most of which were gathered from several previous studies by other authors. Parsimony analysis of these characters resulted in four equally parsimonious trees with 1086 steps. In all trees, the superfamily Doradoidea was recovered as sister to the Africa-endemic family Mochokidae, together forming the suborder Doradoidei. Monophylies of the superfamily Doradoidea and suborder Doradoidei were respectively corroborated by nine and five exclusive synapomorphies. Six non-exclusive synapomorphies supported Doradoidei as sister to a clade composed of the Africa-endemic Amphiliidae and the Asia/Neotropical-endemic Sisoroidea. Monophylies of the families Auchenipteridae and Doradidae were also corroborated by sets of five and three characters, respectively. The family Auchenipteridae was found to be composed of two subfamilies: Centromochlinae and Auchenipterinae, the latter comprising five genera (Asterophysus, Liosomadoras, Tocantinsia, (Pseudotatia, Pseudauchenipterus)), and two related tribes: Auchenipterini and Trachelyopterini. Wertheimeria and Kalyptodoras were recovered together as a clade sister to all other doradids; and Franciscodoras was recovered as the second basal-most lineage of the family. The genera Acanthodoras and Agamyxis were recovered within the species of the subfamily Astrodoradinae. Platydoras and Centrochir were recovered as sister to the subfamily Doradinae, which comprised three tribes: Pterodoradini, Rhinodoradini and Doradini. Oxydoras was recovered as sister to all fimbriate-barbeled doradids. The genus Hemidoras was considered a junior synonym of Opsodoras. The species Nemadoras leporhinus, N. trimaculatus and Opsodoras ternetzi were recovered as more closely related to Hassar, Anduzedoras and Leptodoras, than to their congeners. A systematic summary with diagnoses of every genus, tribe, subfamily, and family of the superfamily Doradoidea is provided, as well as an artificial key allowing identification of all genera of the group.
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Taxonomia de invertebrados fósseis (Oligoceno-Mioceno) da ilha Rei George (Antártica ocidental) e paleobiogeografia dos Bivalvia cenozóicos da Antártica / Taxonomy of invertebrate fossils (Oligocene-Miocene) from the King George island (West Antarctica) and paleobiogeography of cenozoic Bivalvia from AntarcticaQuaglio, Fernanda 11 October 2007 (has links)
As pesquisas apresentadas nesta dissertação integram o projeto CNPq - PROANTAR 550352/02-3 \"Mudanças paleoclimáticas na Antártica durante o Cenozóico: o registro geológico terrestre\", que estuda os depósitos cenozóicos da ilha Rei George em busca elucidação do histórico ambiental e climático desta região antártica. A evolução dos padrões de circulação marinha e atmosférica no Hemisfério Sul ocorreu em resposta ao isolamento geográfico e térmico da Antártica, resultado de sua separação da Austrália, no limite Eoceno/Oligoceno, e da América do Sul, no final do Oligoceno. Sob este aspecto, o estudo de organismos fósseis registrados nos depósitos cenozóicos da Antártica contribui para o entendimento das evoluções biológicas e ambientais ocorridas concomitantemente às mudanças paleogeográficas, oceanográficas e climáticas na região ao longo do Cenozóico. Frente à dificuldade de acesso, demanda logística e extensa cobertura de gelo, apenas uma pequena porção do registro geológico da Antártica está acessível para pesquisa. Afloramentos da ilha Rei George registram as mudanças climáticas e ambientais ocorridas do Oligoceno ao Mioceno, incluindo evidências do primeiro evento de glaciação perene no oeste do continente (Oligoceno). A despeito da abundância de fósseis nos estratos cenozóicos da ilha, são poucos os trabalhos taxonômicos com descrição sistemática detalhada de bivalves fósseis. O primeiro módulo do presente estudo apresenta a descrição taxonômica de invertebrados de depósitos cenozóicos aflorantes em duas localidades da ilha Rei George, Antártica ocidental. Da Formação Cape Melville (Mioceno), península Melville, foram descritos sete táxons de bivalves, incluindo seis espécies novas. Da Formação Polonez Cove (Oligoceno), Pico Vauréal, uma região previamente inexplorada paleontologicamente, foram descritos sete táxons de invertebrados (bivalves, braquiópodes, tubos de serpulídeos, briozoários e fragmentos de equinodermes), incluindo duas espécies novas. O segundo módulo corresponde à reunião dos gêneros de bivalves registrados em depósitos cenozóicos da Antártica. A análise do registro apontou para o conhecimento bastante incipiente sobre a diversidade de bivalves antárticos ao longo do Cenozóico. Além disso, a comparação entre gêneros de bivalves cenozóicos registrados na Antártica e Nova Zelândia revelou que a maior parte dos gêneros compartilhados está registrada em depósitos eocênicos, o que suporta o isolamento geográfico da Antártica e a redução do intercâmbio faunístico entre a Antártica e regiões periféricas após o Oligoceno. A análise do registro sugeriu um evento de dispersão intenso durante o Eoceno, e pequenos pulsos de dispersão após o Oligoceno. O padrão de distribuição dos táxons concorda parcialmente com as reconstituições de paleocorrentes disponíveis na literatura. A dispersão durante o Eoceno teria ocorrido da Antártica para a Nova Zelândia na direção do Atlântico para o Pacífico. Este evento de dispersão concorda com a hipótese de existência de conexões marinhas de plataforma rasa entre o oeste e o leste da Antártica (\"Passagem de Shackleton\") e da província Weddeliana do final do Cretáceo ao Eoceno. Os eventos de dispersão pósoligocênicos teriam ocorrido durante e após o estabelecimento da Corrente Circum-Antártica, não mais pela \"Passagem de Shackleton\", mas margeando a Antártica pelas bordas ocidental atlântica e oriental em direção à Nova Zelândia. A análise do registro dos bivalves cenozóicos da Antártica também concorda com a hipótese de glaciação perene a partir do início do Oligoceno na região leste do continente, e na metade do Oligoceno na região oeste, com temperaturas mais amenas que as observadas atualmente. / The research presented in this dissertation comprised part of the CNPq - PROANTAR Project 550352/02-3 \"Mudanças paleoclimáticas na Antártica durante o Cenozóico: o registro geológico terrestre\", which studies Cenozoic deposits from King George Island in order to elucidate the environmental and climatic Cenozoic histories of this Antarctic region. Cenozoic evolution of marine and atmospheric circulation in the Southern Hemisphere occurred in response to the geographic and thermal isolation of Antarctica, which resulted from the separation of Antarctica from Australia, around Eocene/Oligocene boundary, and from South America, during the late Oligocene. Thus, study of fossil organisms from Antarctic Cenozoic deposits contributes to the understanding of biological and environmental evolutions that accompanied paleogeographic, oceanographic and climatic changes during the Cenozoic. As a result of the difficult access, logistic demand and extensive ice cover, only a small part of the Cenozoic Antarctic record is available for study. King George Island records climatic and environmental changes from the Oligocene to the Miocene, including evidence of the first full-scale glaciation (Oligocene) of West Antarctica. Despite the abundance of fossils in Cenozoic deposits of the island, taxonomic studies with detailed systematic descriptions of bivalves are very rare. The first section of this work consists of taxonomic descriptions of invertebrates from Cenozoic deposits cropping out in two localities of King George Island, West Antarctica. Seven taxa of bivalves, including six new species were described from the Cape Melville Formation (Miocene), at Melville Peninsula. Seven taxa of invertebrates (bivalves, brachiopods, serpulid tubes, bryozoans, and echinoderm fragments) were described from the Polonez Cove Formation (Oligocene), at Vauréal Peak, a site previously unexplored paleontologically. The second section presents the results of a survey of the Cenozoic fossil record of Antarctic bivalves. The analysis of the fossil record confirmed that the current knowledge about the Cenozoic diversity of the group is very scarce. Moreover, comparison of Cenozoic bivalve genera from Antarctica and New Zealand showed that the greatest number of shared taxa is recorded in Eocene deposits. This finding supports the geographic isolation of Antarctic and the drop in faunal interchange between Antarctica and periphery after the Oligocene. Analysis of the fossil record suggested an intensive dispersal event during the Eocene, and restricted pulses of dispersal from the Oligocene onwards. The distribution pattern of taxa provides partial support for available reconstructions of marine currents. Eocene dispersal would have occurred from Antarctica to New Zealand in Atlantic-Pacific direction. This dispersal event is consistent with the hypothesis of shallow marine connections between West and East Antarctica (\"Shackleton Seaway\"), as well of the existence of the Weddellian Province from the Late Cretaceous to the Eocene. Dispersal events following the Oligocene would have occurred during and after the establishment of the Circum-Antarctic Current, along the West-Atlantic and East margins of Antarctica towards New Zealand, and no longer through \"Shackleton Seaway\". These analyses also support the hypothesis of full-scale glaciation in West Antarctica from the early Oligocene onwards, and in East Antarctica since the mid-Oligocene, with warmer temperatures than today.
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Revisão taxonômica do complexo Potamotrygon scobina Garman, 1913 (Chondrichthyes: Myliobatiformes: Potamotrygonidae), com inferências biogeográficas / Taxonomic revision of the Potamotrygon scobina Garman, 1913 (Chondrichthyes: Myliobatiformes: Potamotrygonidae) complex, with biogeographical inferencesSilva, João Pedro Fontenelle de Araújo Freire da 08 November 2013 (has links)
A família Potamotrygonidae constitui um grupo monofilético único dentre todos os elasmobrânquios por ser exclusivo de água doce e endêmico aos rios América do Sul. Apesar de seu monofiletismo, apresenta grandes problemas taxonômicos, uma vez que a grande variação nos padrões de coloração de disco e a ausência de um grande número de caracteres diagnósticos adequados proporcionam muitos erros e equívocos quanto a identificação de seus membros, principalmente pela presença de diversos padrões intermediários de coloração. Potamotrygon scobina Garman 1913, espécie cuja ampla distribuição e considerável variação morfológica geraram incertezas quanto a conspicuidade taxonômica do grupo, foi estudada morfologicamente de modo aprofundado, visando delimitar o status taxonômico dessa espécie e ajudar na resolução da problemática envolvida na taxonomia da família Potamotrygonidae. Espécimes cujas características pigmentares e corporais se assemelhavam à Potamotrygon scobina foram estudados e ao fim se obteve quatro novas espécies proximamente relacionadas à original. O refinamento das áreas de distribuição de cada uma das espécies, auxiliado da descrição taxonômica destas, auxiliaram na elaboração de uma hipótese de relacionamento entre estas espécies. Esta hipótese fora então comparada com dados geológicos da região amazônica e elaboraram-se inferências quanto à dinâmica biogeográfica tanto da família quanto das regiões amazônicas, sob um ponto de vista de um grupo de organismos nunca antes apresentado / The family Potamotrygonidae constitutes a monophyletic group unique among all elasmobranch in being exclusive to freshwater and endemic to South America. Despite its supraspecific taxa monophyletic status, some major taxonomic problems exists, as many species present great variation in colour patterns; the absence of a large number of suitable diagnostic characters yield various errors and misconceptions regarding the identification of its members, mainly regarding the presence of several intermediate patterns of dorsal pigmentation. Potamotrygon scobina Garman 1913, a species whose wide distribution and morphological variation generated considerable uncertainties about its taxonomic conspicuity, was morphologically studied in depth in order to delimit its taxonomic status of this species and assist in the resolution of the problems involved in the taxonomy of the family Potamotrygonidae. Specimens whose pigmentary characteristics and body resembled that ofPotamotrygon scobina were studied and four new species closely related to P. scobina were discovered. The refinement of the areas of distribution of each species, and the taxonomic description of these, assisted in the development of a hypothesis of relationship between these species. This result was then compared with geological data of the Amazon region in order to draw inferences as to the dynamics of both the family and biogeographical regions of the Amazon, from a point of view of a group of organisms never before studied in this way
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Revisão taxonômica e relações filogenéticas em Inachoididae Dana, 1851 (Crustacea, Brachyura, Majoidea) / Taxonomic revision and phylogenetic relationships in Inchoididae Dana, 1851 (Crustacea, Brachyura, Majoidea)Santana, William Ricardo Amancio 16 October 2008 (has links)
Este trabalho está organizado em duas partes principais: uma revisão taxonômica dos gêneros e espécies de Inachoididae Dana, 1851, e uma análise filogenética com o objetivo precípuo de testar o monofiletismo da família e propor uma hipótese filogenética a partir de dados morfológicos. A presente revisão taxonômica se baseou no estudo de extensas coleções contendo centenas de exemplares pertencentes a 35 espécies distribuídas em 11 gêneros de Inachoididae. Todos os gêneros atribuídos à Inachoididae foram examinados. De todas as espécies que compõe a família, apenas Collodes nudus Stimpson, 1871 e C. robsonae Garth, 1958 não foram obtidos para exame. O material examinado inclui os tipos de 26 espécies nominais. Antes de iniciarmos o nosso trabalho a família Inachoididae compreendia 34 espécies e 10 gêneros. O gênero monotípico Erileptus Rathbun, 1893, tradicionalmente atribuído à Inachidae, é aqui transferido à Inachoididae;Pyromaia vogelsangi Türkay, 1968 sinonimizada à Anasimus latus Rathbun, 1894; e Euprognatha sp. nov. descrita a partir de material proveniente da costa nordeste brasileira. Lectótipos foram designados para as seguintes espécies: Anasimus fugax A. MilneEdwards, 1880; Collodes robustus Smith, 1883; Collodes depressus A. MilneEdwards, 1878; Erileptus spinosus Rathbun, 1893; Anasimus rostratus Rathbun, 1893; Euprognatha acuta A. Milne Edwards, 1880; Batrachonotus nicholsi Rathbun, 1894; Euprognatha granulata Faxon, 1893; Leurocyclus gracilipes (A. MilneEdwards in A. MilneEdwards & Bouvier, 1923). Para a análise filogenética foram obtidos 57 caracteres da morfologia externa. O grupo externo foi composto por representantes de três famílias de Majoidea Samouelle, 1819 (Inachidae MacLeay, 1838; Oregoniidae Garth, 1958; Pisidae Dana, 1851). Foram obtidas 24 árvores igualmente parcimoniosas (191 passos; índice de consistência 0,36; índice de retenção 0,71). O monofiletismo de Inachoididae foi demonstrado inequivocamente. Os gêneros Euprognatha Stimpson, 1871, Inachoides H. Milne Edwards & Lucas, 1842 e Paradasygyius Garth, 1958 são monofiléticos. Os gêneros monotípicos Aepinus Rathbun , 1897, Arachnopsis Stimpson , 1871, Batrachonotus Stimpson, 1871, Erileptus e Leurocyclus Rathbun, 1897 são parafiléticos por definição. Anasimus A. MilneEdwards, 1880, Collodes Stimpson, 1860 e Pyromaia Stimpson, 1871 são parafiléticos. As conseqüências da análise filogenética para a classificação dos Inachoididae são discutidas em detalhe. / This work is organized in two main parts: a taxonomic revision of the genera and species of Inachoididae, and a phylogenetic analysis to test the monophyly of the family and to propose a phylogenetic hypothesis based on morphological data. The study of large collections containing hundreds of specimens pertaining to 35 species distributed in 11 genera of Inachoididae supported the taxonomic revision. All genera attributed to Inachoididae were examined. From the whole family, only Collodes nudus Stimpson, 1871 e C. robsonae Garth, 1958 could not be examined. The studied material included types of 26 nominal species. Prior to the beginning of our work, the family Inachoididae was composed by 34 species in 10 genera. The monotypic genus Erileptus Rathbun, 1893, traditionally attributed to Inachidae, was transferred to Inachoididae; Pyromaia vogelsangi Türkay, 1968 synonymized to Anasimus latus Rathbun, 1894; and Euprognatha n. sp. described with material from the northeast coast of Brazil. Lectotypes were designated for the following species: Anasimus fugax A. MilneEdwards, 1880; Collodes robustus Smith, 1883; Collodes depressus A. MilneEdwards, 1878; Erileptus spinosus Rathbun, 1893; Anasimus rostratus Rathbun, 1893; Euprognatha acuta A. MilneEdwards, 1880; Batrachonotus nicholsi Rathbun, 1894; Euprognatha granulata Faxon, 1893; Leurocyclus gracilipes (A. Milne Edwards in A. MilneEdwards & Bouvier, 1923). For the phylogenetic analysis, 57 morphological characters were obtained. The outgroup was composed by representatives from three families of Majoidea Samouelle, 1819 (Inachidae MacLeay, 1838; Oregoniidae Garth, 1958; Pisidae Dana, 1851). We obtained 24 equally most parsimonious trees (191 steps; Consistency Index 0.26; Retention Index 0.71). The monophyly of Inachoididae was recovered unequivocally. The genera Euprognatha Stimpson, 1871, Inachoides H. Milne Edwards & Lucas, 1842 and Paradasygyius Garth, 1958 are monophyletic. The monotypic genera Aepinus Rathbun , 1897, Arachnopsis Stimpson , 1871, Batrachonotus Stimpson, 1871, Erileptus and Leurocyclus Rathbun, 1897 are paraphyletic by definition. Anasimus A. Milne Edwards, 1880, Collodes Stimpson, 1860 and Pyromaia Stimpson, 1871 are paraphyletic. The consequences for the classification of Inachodidae are discussed in detail.
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Revisão taxonômica do gênero Ischnoplax (Chitonoidea; Callistoplacidae) do Atlântico Oeste / Taxonomical revision of the genus Ischnoplax (Chitonoidea; Callistoplacidae) from West AtlanticGomes, Jaime Alberto Jardim 11 August 2015 (has links)
O gênero Ischnoplax nunca foi alvo de revisões e é atualmente incluso em uma família com posição taxonômica incerta. O gênero é composto por três espécies distribuídas da Florida (EUA) até Rio Grande do Sul (Brasil), em que uma delas, Ischnoplax incurvata, tem sido alvo de discussão com relação a sua sinonimização como Ischnoplax pectinata. Frente a isso, o presente estudo pretendeu revisar taxonomicamente o gênero Ischnoplax tendo como base o uso das morfologias externa e interna para a composição de um cenário comparativo. Para a revisão do gênero Ischnoplax foram observadas quase todas as espécies tipo. Foram estudados 2.220 espécimes, sendo destes 430 em diferentes estágios de desenvolvimento. Das três espécies atualmente reconhecidas como válidas, I. incurvata e I. edwini são sinônimos da espécie tipo do gênero, I. pectinata, assim como, Lepidochitona montoucheti, Ischnochiton aidae, Ischnochiton lopesi e Callistochiton laticostatus foram igualmente sinonimizadas. Uma espécie nova foi identificada e sua descrição é indicada. Dentre todos os aspectos estudados, a coloração, escultura das valvas, revestimento do cinturão, morfologia das valvas em especial da anal, o número de filamentos branquiais, o estudo da morfologia através da anatomia e o dente radular lateral maior foram fundamentais para a organização taxonômica do gênero. Complementar aos estudos destinados à revisão taxonômica, foram aplicadas técnicas de analise comparativa da morfologia através da dissecção das diferentes espécies. Assim como a taxonomia, a biogeografia do gênero foi revisada e uma reformulação do conhecimento atual, assim como, uma nova ocorrência do grupo para o Uruguai é citada. As diferenças e semelhanças da morfologia observadas em quase todas as estruturas foram suficientes para auxiliar a organização do gênero, assim como a indicação de novos sinônimos e o comportamento das diferentes estruturas nos diferentes estágios de desenvolvimento. / The taxonomy of the genus Ischnoplax has never been revised and is included in a family of uncertain taxonomic position. It is currently composed of three species distributed from Florida (USA) to Rio Grande do Sul (Brazil) of which the synonymization of Ischnoplax incurvata with Ischnoplax pectinata has been widely discussed. The aim of the present study is to undertake a thorough taxonomic review of the genus Ischnoplax using the external and internal anatomy and create a comparative scenario. This involved the analysis of 2.200 specimens, with 430 at different ontogenetic stages and including almost all type specimens. We recognized three valid species. Ischnoplax incurvata and I. edwini were synonymized with Ischnoplax pectinata, for which Lepidochitona montoucheti, Ischnochiton aidae, Ischnochiton lopesi and Callistochiton laticostatus are also synonyms. A new species was identified and a description is given. Of all the characters studied, the color, sculpture of the valves, structures of the girdle, morphology of the valves (especially the tail valve), number of gill filaments, anatomy and the major lateral radular teeth were fundamental for to the taxonomic organization of the genus. Complementary to the taxonomic study we also undertook a comparative analysis of the morphology by means of dissections of different species. The geographical distribution of the genus was also revised and an up-to-date summary of the current knowledge along with a new occurrence from Uruguay are given. The differences and similarities of morphology observed in almost all structures were sufficient to aid in the taxonomic organization of the genus as well as to determine synonyms and the differences between structures at several stages of development.
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Revisão de Axonopus serie Suffulti G.A. Black (Poaceae: Paniceae) para o Brasil / Revien of Axonopus serie Suffulti G.A. Black (Poaceae: Paniceae) for BrazilSantos, Carlos Alberto Garcia 11 May 2007 (has links)
Axonopus é um gênero neotropical com cerca de 75 espécies ocorrendo no Brasil, as quais representam cerca de 70% do número total de espécies do gênero. Axonopus serie Suffulti constitui um pequeno grupo incluindo espécies de taxonomia controversa, caracterizado por plantas com rizomas, folhagem equitante ou pseudoequitante, rígida ou subrígida e espiguetas com antécio superior castanho. Trinta e quatro formas coletadas em diversas partes do país, foram agrupadas de acordo com suas similaridades fenotípicas. Algumas espécies foram determinadas por esse método. Os cariótipos são compostos por um número básico x=10 cromossomos, todos aparentemente meta ou submetacêntrios. O maior nível de ploidia encontrado em A. serie Suffulti foi o tetraplóide. Oito táxons submetidos à análise de bandeamento Giemsa C e CMA3/DAPI mostraram segmentos de heterocromatina terminal e proximal com fortes evidências de que cada forma analisada constitui uma espécie distinta. Foi utilizada a hibridização in situ, FISH, para investigar a localização do sítio 45S do DNAr em cinco entidades, revelando alta homologia entre elas. A hibridização genômica in situ, GISH, permitiu a identificação de um genoma parental em um alotetraplóide. Dados sobre preferências ecológicas e distribuição geográfica contribuíram para a delimitação das espécies. Este estudo possibilitou o estabelecimento da circunscrição de 18 espécies e 6 variedades. / Axonopus is a neotropical genera with about 75 species occurring in Brazil which represents about 70% of the total number of the species of the genera. Axonopus serie Suffulti constitutes a small group including species of controversy taxonomy, characterized by plants with rhizomes, equitant or pseudoequitant, rigid or subrigid foliage and spikelets with brown upper anthecium. Thirty-four forms collection from several parts of the country, were grouped according its phenotypic similarities. Some species could be determined by this method. The karyotypes are composed by a basic number of x=10 apparently constituted by meta and submetacentric chromosomes. The major ploidy level found in A. serie Suffulti was the tetraployd. Eight taxa performed using Giemsa C banding and CMA3/DAPI staining probe showed terminal and proximal heterochromatic segments with strong evidences that each form analyzed constitutes a distinct species. Fluorescent in situ hybridization, FISH, was used to investigate the localization of the 45S rDNA site in five entities, revealing high homology between them. Genomic in situ hybridization, GISH, permitted identification of one parental genome in a alotetraployd. Data about ecological preferences and geographic distribution contributed for the species delimitation. This study permitted the establishment of the circumscription of 18 species and 6 varieties.
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Fungos micorrízicos arbusculares e endofíticos dark septate em áreas de Mata Atlântica em um gradiente altitudinal / Arbuscular mycorrhizal fungi and dark septate endophytes in areas of Atlantic Forest in altitudinal gradientBonfim, Joice Andrade 14 August 2015 (has links)
Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) têm papel fundamental na absorção de nutrientes, sobrevivência vegetal e na estruturação dos solos. Recentemente uma série de pesquisadores verificou que plantas associadas com FMA também podem se associar com os fungos de micélio escuro (DSE do inglês, dark septate endophytes). Embora de estudo recente, já se observou que os endófitos de micélio escuro igualmente podem promover o crescimento de plantas em diversos ambientes. O objetivo desse trabalho é realizar um levantamento de espécies de FMA e DSE em áreas de Mata Atlântica em um gradiente altitudinal, podendo advir respostas de relevância ecológica maior, como a influência da planta hospedeira, dos parâmetros do solo, da sazonalidade e da altitude sobre a ocorrência e diversidade desses fungos. Espera-se também esclarecer melhor a lacuna existente no conhecimento dos benefícios dos DSE para as plantas e dar o primeiro passo para a compreenção da interação dos FMA com os DSE. Avaliaram-se os atributos químicos, físicos e microbiológicos do solo e, entre estes, a ocorrência e diversidade dos FMA e DSE na raiz e solo rizosférico de diferentes espécies arbóreas da Mata Atlântica do Parque Estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil, em um gradiente altitudinal: 80m, 600m e 1000m. As coletas de solo e raízes foram realizadas em quatro estações. Os dados foram submetidos à análise de variância ANOVA, teste LSD, análise canônica discriminante (ACD) e análise de redundância (RDA). Uma vez que muitas espécies de DSE são conhecidas por serem patogênicas sobre certas plantas, os isolados de DSE foram avaliados quanto à sua eventual patogenicidade. Os isolados não patogênicos foram selecionados para um bio-teste, sozinhos ou em combinação com um FMA em plantas de arroz. Foram identificadas no solo rizosférico 58 espécies de FMA e os gêneros Acaulospora e Glomus foram dominantes, enquanto que nas raízes, apenas 14 grupos de FMA foram encontrados e todos apresentaram elevada similaridade com a família Glomeraceae. Foram encontrados 251 isolados de DSE que se agruparam em 35 UTO. A maioria dos isolados de DSE foram patogênicos para as plantas de arroz. A época de amostragem teve efeito sobre a colonização radicular e diversidade dos FMA. A altitude foi importante em selecionar espécies de FMA e também agiu sobre o número de esporos e colonização por DSE e FMA. A maioria dos FMA e DSE ocorreu de forma generalizada nas diferentes espécies hospedeiras, apesar de existirem algumas espécies fúngicas com preferências para certas árvores. Os atributos do solo tiveram forte influência sobre a colonização pelos FMA, enquanto que para os DSE as diferenças na colonização foram pouco infuenciadas pelos parâmetros do solo. No entanto, as propriedades do solo foram responsáveis por dirigir a ocorrência de certas espécies de FMA e DSE. A interação entre FMA e DSE e os seus benefícios para as plantas hospedeiras ainda necessita de maiores estudos principalmente com relação a compreenção das condições fornecidas em experimentos que favoreçam ambas as associações. / Arbuscular mycorrhizal fungi (AMF) play a fundamental role in the absorption of nutrients, plant survival and soil structure. Recently a number of researchers found that plants associated with AMF may also be associated with dark mycelium fungi. In a recent study, it was observed that the dark septate endophytes (DSE), usually Ascomycetes, can promote the growth of plants in different environments. The aim of this study was to survey the diversity of AMF and DSE in Atlantic Forest areas in altitudinal gradients, which result in responses of greater ecological relevance, as the influence of the host plant, soil attributes, seasonality and altitude on occurrence and diversity of these fungi. We also expect to clarify the gap in the knowledge of the benefits of DSE for plants and take the first step towards the comprehension of the interaction of AMF and DSE. We evaluated the chemical, physical and microbiological attributes, and among these, the occurrence and diversity of AMF and DSE in the root and rhizospheric soil of different tree species of the Atlantic Forest of Serra do Mar State Park, State of Sao Paulo, Brazil, along an altitudinal gradient: 80m, 600m and 1000m. Samplings of the soil and roots were performed in four seasons. The data were submitted to ANOVA, LSD test, canonical discriminant analysis (CDA) and redundancy discriminant analysis (RDA). Since many species of DSE are known to be pathogenic on certain plants, DSE fungal isolates were evaluated for their eventual pathogenic activity. The isolates non-pathogenic were used in a bio-test to either alone or in combination with the AMF in rice plants. In the rhizosphere 58 AMF species were identified. The genera Acaulospora and Glomus were predominant. However, in the roots, only 14 AMF sequences were found and all had high similarity to the family Glomeraceae. In an analysis of the DNA ITS sequences of the 251 DSE isolates we found that they clustered into 35 UTOs. Most DSE found were considered pathogenic for rice. The season had no effect on root colonization and AMF diversity. Altitude was important in selecting AMF species and also acted on the number of spores and colonization by AMF and DSE. Most of the AMF and DSE were generalists, without a specificity for host plants, although there are some fungal species with preferences for certain trees. The soil properties had a strong influence on colonization by AMF while, for the DSE, differences in colonization do not seem to be related to soil attributes. However, soil attributes were responsible for directing the diversity of AMF and also of DSE species. The interaction between AMF and DSE and their benefits to the host plants require further studies to comprehend the conditions that favor both associations.
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