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[en] ACADEMIC RESEARCH AND AFRICAN-DESCENDENTS: A STUDY OF THE CONTRIBUTION GIVEN BY THREE ACADEMIC RESEARCH CENTERS OF RIO DE JANEIRO TO THE STRUGGLE AGAINST RACISM IN BRAZIL / [pt] REFLEXÃO ACADÊMICA E AFRODESCENDÊNCIA: UM ESTUDO DA CONTRIBUIÇÃO DE TRÊS NÚCLEOS DE PESQUISA DE UNIVERSIDADES DO RIO DE JANEIRO PARA O ENFRENTAMENTO DO RACISMO NO BRASIL

ANA HELENA ITHAMAR PASSOS 16 July 2007 (has links)
[pt] Este trabalho tem como objetivo examinar as histórias de três núcleos acadêmicos de estudos sobre a população negra no Brasil, conhecidos como NEAB s, com o intuito de discutir em que aspectos eles contribuem para o enfrentamento do Racismo no Brasil: CEAA, CEAB e NIREMA. Os NEAB s têm atuado, desde o surgimento do primeiro deles- o CEAA - na cena universitária do Rio de Janeiro como um espaço de reflexão e ação em que engaja pesquisadores e militantes em alguma atividade dirigida a combater o Racismo no país. Esses núcleos representam uma instância acadêmica de construção de conhecimento coletivo e interdisciplinar sobre a população negra e articulam os múltiplos discursos sobre as relações raciais que existem na academia, promovendo através das suas atividades e publicações a concretização desses discursos. Com diálogo sempre aberto com as militâncias sociais negras, acreditamos que os núcleos de estudos acadêmicos se diferenciam dessas por serem um sub-campo de conhecimento científico que os tornam espaços de construção de produção no que diz respeito às questões raciais. Optamos por uma metodologia qualitativa e analisamos essa história à luz de seis entrevistas concedidas no decorrer deste trabalho bem como a análise de alguns documentos sobre esses núcleos. Do ponto de vista conceitual, adotaremos os conceitos Racismo, raça, identidade e campo científico para sustentar nossas reflexões. / [en] The aim of this work is to learn the histories of three academic centers for Africandescendents studies in Brazil, known as the NEAB s - CEAA, CEAB and NIREMA - with the purpose of understanding the nature of their contribution to the struggle against Racism in Brazil. Since the birth of the first NEAB in Rio de Janeiro - the CEAA -, these centers have served as spaces for academic studies and social action, where researchers and militants combine efforts to fight against Racism in the country. These centers provide academic knowledge and an interdisciplinary point of view about the black population. Furthermore, the NEAB s articulates multiple social voices, by the promotion of academic activities and publications. We believe that the NEAB s are different from the militancy itself due to its character of scientific knowledge branch, which is consistently opened to the social black movement representatives. Therefore, the main contribution of the NEAB s is to produce academic knowledge about the racial relations in Brazil. In terms of methodology, we used a qualitative approach to analyze six interviews granted by scholars related to the three centers under examination and a small set of documents about the history of those centers. The concepts that highlight this work are: Racism, race, identity and scientific knowledge branch.
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[en] BLACK QUOTA EX-STUDENTS AT UERJ (STATE UNIVERSITY OF RIO DE JANEIRO): THE DISCREDITED AND ACADEMIC SUCCESS / [pt] EX-ALUNOS NEGROS COTISTAS DA UERJ: OS DESACREDITADOS E O SUCESSO ACADÊMICO

DANIELA FRIDA DRELICH VALENTIM 03 May 2012 (has links)
[pt] O objetivo da pesquisa realizada foi conhecer e analisar a compreensão pessoal da trajetória universitária de ex-alunos autodeclarados negros que acessaram vagas universitárias na UERJ na condição de alunos beneficiados pelas ações afirmativas, modalidade cotas, e que chegaram à formatura. Optando por uma abordagem do tipo qualitativa, foram realizadas 16 entrevistas individuais semi-estruturadas a graduados nos seguintes cursos: Direito, Pedagogia, Serviço Social, Odontologia, Ciências Sociais, Ciências Biológicas, História, Letras, Psicologia e Matemática. Articulou um estudo de caráter reflexivo-analítico da literatura pertinente: às políticas de ação afirmativa e seu debate teórico, inseridas num contexto de políticas de o reconhecimento cultural protagonizadas pelos movimentos negros à constituição da experiência de ação afirmativa (Fraser, 2007, 2001; Frankenberger, 1993, 2004); ao atual estágio das políticas de ação afirmativa no Brasil (Guimarães, 2002, 2011; Gomes, 2003); à temática da desigualdade racial existente no país, evidenciada especialmente pela pouca presença de negros no ensino superior (Munanga, 1986, 2010; Carvalho, 2002, 2005); à presença de sujeitos pobres e negros no ensino superior, especialmente os que tiveram acesso à universidade através de ações afirmativas e os caminhos que traçaram até suas formaturas (Teixeira, 2003; Zago, 2006) e, simultaneamente, a realização de uma pesquisa de campo (Candau, 2005, 2003; Valentim, 2005; Lopes & Braga, 2007). Com Goffman (2008), percebeu-se que os alunos cotistas não são reconhecidos como pertencentes à categoria social alunos universitários normais, suas identidades são estragadas e diminuídas, sendo desacreditados ao longo de todo caminho universitário, padecendo de um estigma. Faltaria a eles o atributo indispensável à identidade de aluno normal: o mérito, pensado como uma categoria neutra, objetiva, universal ou natural, destituído dos jogos de poder e das disputas sociais. Aqueles que podem ocultar essa marca são os desacreditáveis. Entretanto, a condição de cotista pode vir à luz, situação que altera a posição de desacreditável para desacreditado. Aqueles que não podem ou não querem ocultar a marca de cotistas são os desacreditados. Os negros cotistas são por excelência os desacreditados. O racismo institucional vigente na universidade responde pela associação aluno negro igual a aluno cotista, de tal forma que, após o implemento da ação afirmativa, que alcança diferentes sujeitos, os alunos negros têm sido imediatamente identificados como alunos cotistas, o que não ocorre com os alunos brancos, que não padecem imediatamente, das conseqüências desse estigma. Devido à natureza flexível e ambígua dos esquemas classificatórios baseados na cor e na mestiçagem que operam na sociedade brasileira, os alunos que têm menores marcas que denunciem sua pertença racial de matriz africana podem gozar do benefício da dúvida deslizando da condição de desacreditado para a de desacreditável. O estudo afirma que os sujeitos pesquisados vivenciaram a experiência universitária tendo enfrentado vicissitudes materiais e simbólicas oriundas das desigualdades socioeconômicas e raciais somadas ao estigma de cotista. Alcançaram suas formaturas com o apoio institucional da universidade através das bolsas a que fizeram jus e de duas importantes estratégias: a condição de estudante trabalhador e o pertencimento a diferentes redes de solidariedade. / [en] The objective of this research was to understand and analyze the personal comprehension of the trajectory of university students who have accessed places in UERJ benefited from affirmative action, type quotas, and that get graduated. By choosing a qualitative approach, were applied 16 individual semi-structured interviews in the following graduate courses: Law, Education, Social Services, Dentistry, Social Sciences, Sciences, History, Literature, Psychology and Mathematics. It articulated a study of the reflexive-analytical literature: the affirmative action policies and their theoretical debate, set against a background of cultural recognition of the main characters of the movements of the formation of black experience of affirmative action (Fraser, 2007, 2001; Frankenberger , 1993, 2004), the current state of affirmative action policies in Brazil (Guimarães, 2002, 2011; Gomes, 2003), the issue of racial inequality in the country, evidenced especially by the low presence of blacks in higher education (Munanga, 1986 , 2010; Carvalho, 2002, 2005), the presence of poor and black subjects in higher education, especially those who had accessed the university through affirmative action and the ways that drew up their graduations (Teixeira, 2003; Zago, 2006) and simultaneously conducting a field survey (Candau, 2005, 2003, Valentine, 2005, Lopes & Braga, 2007). As Goffman (2008), it was noted that the quota students are not recognized as belonging to the same social category as the normal students, their identities are spoiled and diminished, being discredited along the way at the college, suffering from a stigma. The attribute that they would miss, essential to common student identity: the merit, thought of as a neutral category, objective, universal or natural, devoid of power games and social disputes. Those who can hide this brand are discreditable. However, the condition of quota holder may come to light, a situation that changes the position of discreditable to discredited. Those who can not or do not want to hide the mark of quota holders are discredited. Blacks are discredited. The existing institutional racism in the university student association is responsible for black students equal to quota holder, so that after the implement affirmative action, which reaches different subjects, black students have been immediately identified as quota students, which does not occur with white students, who do not suffer immediately, the consequences of this stigma. Due to the flexible and ambiguous nature of classificatory schemes based on color mixing and operating in the Brazilian society, students who have smaller brands who report their racial belonging of African can enjoy the benefit of the doubt by sliding the discredited condition for of discreditable. The study asserts that the study subjects faced the college experience with material and symbolic coming of socioeconomic and racial inequalities added to the stigma of shareholder. They reached their graduation with institutional support from the university through grants to that they did justice and with two major strategies: the condition of student workers and belonging to different networks of solidarity.
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Não diga que não somos brancos: os projetos de colonização para afro-americanos do governo Lincoln na perspectiva do Caribe, América Latina e Brasil dos 1860 / Não diga que não somos brancos: projects of colonization for African-Americans of Lincoln\'s government in the perspective of the Caribbean, Latin America and Brazil in 1860

Sampaio, Maria Clara Sales Carneiro 05 February 2014 (has links)
No início da Guerra da Secessão (1861-1865), os Estados Unidos promoveram negociações internacionais que pretendiam transferir seus afrodescendentes, em diversas condições de escravidão e liberdade para diversos países independentes da América Latina e possessões coloniais no Caribe. Ainda que tais negociações não tenham resultado de fato na realocação de homens e mulheres afro-americanos, as trocas diplomáticas, bem como outras fontes documentais, revelaram interessantes debates sobre escravidão, raça, construção nacional e o trabalho dependente no pós-abolição, que fazem do tema uma espécie de microcosmo que abrange questões substanciais que marcaram as mudanças nos mundos do trabalho no século XIX. Os projetos de colonização, como então foram chamados, para população afroamericana foram propostos e negociados por Washington com os seguintes países e colônias abrangidos pelo presente trabalho: Brasil, Equador, atual Panamá (pertencente, à época, à atual Colômbia), Costa Rica, Nicarágua. Honduras, El Salvador, Guatemala, Jamaica, Belize (Honduras Britânicas), Guiana Britânica, Suriname (colônia da Holanda), na ilha dinamarquesa de Santa Cruz, Haiti e Libéria. / In the early years of its Civil War, the United States Government proposed to resettle African- Americans throughout Latin America and the Caribbean. Though these schemes did not ultimately come to fruition, the intentions of the United States and the responses of negotiating nations reflected broader debates on slavery, race, nation building and indenture labor in the post abolition era. These colonization projects, as they were then called, aimed to resettle African-Americans in countries such as Brazil, Ecuador, present-day Panama, Costa Rica, Nicaragua, Honduras, El Salvador, Guatemala, Jamaica, present-day Belize, British Guiana, Surinam, St. Croix Island, Haiti and Liberia.
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Não diga que não somos brancos: os projetos de colonização para afro-americanos do governo Lincoln na perspectiva do Caribe, América Latina e Brasil dos 1860 / Não diga que não somos brancos: projects of colonization for African-Americans of Lincoln\'s government in the perspective of the Caribbean, Latin America and Brazil in 1860

Maria Clara Sales Carneiro Sampaio 05 February 2014 (has links)
No início da Guerra da Secessão (1861-1865), os Estados Unidos promoveram negociações internacionais que pretendiam transferir seus afrodescendentes, em diversas condições de escravidão e liberdade para diversos países independentes da América Latina e possessões coloniais no Caribe. Ainda que tais negociações não tenham resultado de fato na realocação de homens e mulheres afro-americanos, as trocas diplomáticas, bem como outras fontes documentais, revelaram interessantes debates sobre escravidão, raça, construção nacional e o trabalho dependente no pós-abolição, que fazem do tema uma espécie de microcosmo que abrange questões substanciais que marcaram as mudanças nos mundos do trabalho no século XIX. Os projetos de colonização, como então foram chamados, para população afroamericana foram propostos e negociados por Washington com os seguintes países e colônias abrangidos pelo presente trabalho: Brasil, Equador, atual Panamá (pertencente, à época, à atual Colômbia), Costa Rica, Nicarágua. Honduras, El Salvador, Guatemala, Jamaica, Belize (Honduras Britânicas), Guiana Britânica, Suriname (colônia da Holanda), na ilha dinamarquesa de Santa Cruz, Haiti e Libéria. / In the early years of its Civil War, the United States Government proposed to resettle African- Americans throughout Latin America and the Caribbean. Though these schemes did not ultimately come to fruition, the intentions of the United States and the responses of negotiating nations reflected broader debates on slavery, race, nation building and indenture labor in the post abolition era. These colonization projects, as they were then called, aimed to resettle African-Americans in countries such as Brazil, Ecuador, present-day Panama, Costa Rica, Nicaragua, Honduras, El Salvador, Guatemala, Jamaica, present-day Belize, British Guiana, Surinam, St. Croix Island, Haiti and Liberia.

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