Orientador: Ana Archangelo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-26T20:09:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Villela_FabioCamargoBandeira_D.pdf: 1899050 bytes, checksum: 7f9dded505c4243ca085f8ec9ea0b233 (MD5) Previous issue date: 2015 / Resumo: A presente tese - Psicanálise, investigação clínica e Educação - constitui-se de duas classes de pesquisa que se articulam no final. A primeira delas refere-se à discussão da investigação clínica em Freud, e abrange tanto sua gênese, como seu papel e sua importância ao longo da obra freudiana, especialmente após o advento do método de associação livre. A segunda classe de pesquisa refere-se às relações entre os campos da Psicanálise e da Educação, especificamente sobre as contribuições do campo teórico - e clínico - da Psicanálise à prática educativa do professor em sala de aula. Em relação à pesquisa sobre investigação clínica em Freud, discute as várias formas que essa investigação assume até a constituição do método de associação livre. Em sua gênese, a investigação clínica não se mostra como um pressuposto da atividade clínica de Freud, mas uma aquisição importantíssima, cujo percurso permitiu a compreensão mais acurada de processos e representações mentais que serviram de base à constituição da Psicanálise. Uma vez incorporada no tratamento das neuroses, Freud nunca mais a abandonaria: a investigação clínica passou a ser não apenas condição necessária para o tratamento, como se confundiu com o próprio tratamento. O lugar teórico ocupado pela investigação clínica e seus resultados como telos do tratamento psicanalítico, encontrado em Freud, não se constituiu como marca do campo psicanalítico, o que impacta a segunda classe de pesquisa da presente tese, referente às relações entre os campos da Psicanálise e da Educação. Não há uma relação de necessidade lógica envolvendo a contribuição da Psicanálise ao campo da Educação, no entanto, pode haver diversas contribuições profícuas da Psicanálise à Educação. Quatro classes de contribuições da Psicanálise em relação à atuação do professor em sala de aula foram investigadas que são, sinteticamente, as seguintes: 1. compreensão dos alunos e de situações de sala de aula; 2. aprimoramento na forma de lidar com os alunos; 3. promoção de ganhos terapêuticos em sala de aula e 4. contribuição ao desenvolvimento emocional dos alunos através das atividades didáticas. O destaque recai sobre a terceira contribuição apresentada acima. Sobre esse ponto, conclui-se que, quanto mais se atrelam as possibilidades psicoterapêuticas à investigação clínica, mais difícil ou mesmo impossível se torna ao professor alcançar ganhos terapêuticos em sala de aula. Não há restrição, entretanto, à Psicanálise para as outras classes de contribuições destacadas na tese, bem como as contribuições do psicanalista ou do docente universitário de orientação psicanalítica e seus auxiliares discentes destinadas ao professor, aos alunos e às suas atividades ¿ em sala de aula ou desenvolvidas em projetos especiais extraclasse ¿, modalidades que também estão discutidas na presente tese / Abstract: This thesis - Psychoanalysis, clinical investigation and education - consists of two research sets that are articulated in the end. The first refers to the discussion of clinical investigation in Freud, and covers its genesis, its role and its importance throughout Freud's work, especially after the advent of the free association method. The second research set refers to the relationship between the fields of Psychoanalysis and Education, specifically on the contributions of the theoretical - and clinical - field of Psychoanalysis to the educational practice of the teacher in the classroom. Regarding the research on clinical investigation in Freud, it discusses the various ways in which this investigation is shaped until the constitution of the free association method. In its genesis, clinical investigation does not show itself as a presupposition for the clinical activity of Freud, but a very important acquisition, whose route allowed more accurate understanding of mental processes and representations that were the basis of the formation of Psychoanalysis. Once incorporated into the treatment of neuroses, Freud never abandoned it: clinical research has become not only a necessary condition for treatment, but it also was confused with the treatment itself. The theoretical place occupied by clinical investigation and its results as telos of psychoanalytic treatment, found in Freud, was not constituted as a mark of the psychoanalytic field, and this impacts on the second set of the research of this thesis, concerning the relations between the fields of Psychoanalysis and Education. There is no relation of logical necessity involving Psychoanalysis contribution to the field of Education; however, there may be several fruitful contributions of Psychoanalysis to Education. Four Psychoanalysis contribution sets in relation to teacher performance in the classroom were investigated, which are, synthetically, as follows: 1. understanding of students and classroom situations; 2. improvement in dealing with students; 3. promotion of therapeutic gains in the classroom and 4. contribution to the emotional development of students through educational activities. The highlight is on the third contribution presented above. On this point, we conclude that the more you attach psychotherapeutic possibilities to clinical investigation, the more difficult or even impossible it becomes for the teacher to achieve therapeutic gains in the classroom. There is no restriction, however, to Psychoanalysis for the other contribution sets presented in the thesis, as well as the contributions of the psychoanalyst or university professors of psychoanalytic orientation and their assistants for the teacher, the students and their activities - in the classroom or developed in special extracurricular projects - arrangements that are also discussed in this thesis / Doutorado / Psicologia Educacional / Doutor em Educação

Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-01-07T13:05:45Z No. of bitstreams: 1 fernandomoysesgaio.pdf: 980289 bytes, checksum: 5699c73e78c4e598d713306f60f273e7 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-01-25T16:43:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1 fernandomoysesgaio.pdf: 980289 bytes, checksum: 5699c73e78c4e598d713306f60f273e7 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-25T16:43:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 fernandomoysesgaio.pdf: 980289 bytes, checksum: 5699c73e78c4e598d713306f60f273e7 (MD5) Previous issue date: 2015-02-09 / A indagação deste estudo parte da constatação de que Freud atribui uma origem narcísica ao eu, e, ao mesmo tempo, refere-se ao eu como um eu corporal. Essa afirmação coloca em questão a relação do narcisismo com a corporeidade, que não é explicitamente tematizada em sua obra, aparecendo sempre de forma dispersa ao longo de seu desenvolvimento. As referências a respeito do tema do narcisismo em suas obras revelam, além disso, uma contínua evolução do seu conceito. Neste estudo, acompanha-se primeiro, o processo de formação do conceito de narcisismo na obra freudiana. Depois, são abordados quatro temas específicos que estão diretamente ligados à questão da corporeidade em Freud: esquizofrenia, hipocondria, conversão e erogeneidade. A análise destes temas é a via para a discussão das relações entre a teoria do narcisismo e a abordagem da corporeidade em Freud. / This study starts from Freud’s attribution of a narcissistic origin to the ego. At the same time, he refers to the ego as a bodily ego. This statement puts into question the relationship between narcissism and corporeality, which is not explicitly developed in his work, always appearing in a dispersed way throughout its development. His references to narcissism reveal, moreover, a continuous evolution of this concept. In this study, we first follow the evolution of the concept of narcissism in Freud´s work.. Next, four specific themes that are directly linked to the issue of embodiment in Freud are addressed, namely: schizophrenia, hypochondriasis, conversion and erogeneity. The analysis of these themes is the way for the discussion of the relationship between the theory of narcissism and the approach to embodiment in Freud’s work.

This thesis traces the phenomenon of American Southern Gothic literature in relation to its most integral part: the exaggerated monstrosity. Even though the prevalent distorted images are usually associated with aesthetic decadence, their moral symbolism should not be neglected. Furthermore, since the Gothic tradition is congruent with the unconscious and irrational, the absence of any psychological interest poses a major limitation in the Southern studies. Drawing on this approach, the following thesis investigates the role of deformities in connection to the individual's mind. Thus, aside from the literary historical concerns that arise within the context of the American South, the main aim of this thesis is to determine whether there is a link between the distortion and psychological trauma of the Southern past. The selected topic is approached from an interdisciplinary point of view; apart from literary history (E.A. Poe, W. Faulkner), Freudian definition of unconsciousness will be likewise employed. I hereby hope my findings may significantly broaden and contribute to the conceptualization of deformities in regards to the context of the American South, more specifically within the historical, literary and psychological field of Southern studies. Key words: American, South, Gothic, Deformity,...

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[pt] A pandemia da COVID-19 impôs algumas questões para as subjetividades contemporâneas, havendo sido uma delas a que emerge da tensão entre a liberdade individual e o cuidado coletivo. Partindo deste campo de tensões, propusemos uma investigação psicanalítica da subjetivação a partir do que Donald Winnicott nomeou como um arranjo indivíduo-ambiente. Tematizando o infantil como aquilo que começa a partir do arranjamento, empreendemos um estudo teórico acerca das confluências e diferenças entre um plano ambiental, articulado à teoria da dependência de Winnicott e um plano pulsional da subjetivação, próprio da relação do sujeito com seus desejos. Mantendo o diálogo com a metapsicologia freudiana, articulamos este infantil ao brincar, propondo que a busca pelo self que lhe é própria pode também ser pensada como uma prática não intelectualizada da liberdade, que articula dependência e satisfação pulsional. / [en] The COVID-19 pandemic raised several questions for contemporary subjectivities, one of them being the tension between individual freedom and collective care. From this field of tensions, we proposed an investigation of subjectivation based on what Donald Winnicott named as an environmen-individual set-up. Thematizing the infantile as that which begins from the arrangement between individual and environment, we undertook a theoretical study of the convergences and differences between an environmental plane, articulated to Winnicott s theory of dependence, and a drive plane of subjectivation, inherent in the subject s relationship with their urges and desires. Maintaining a dialogue with freudian metapsychology, we connect this infantile to playing, suggesting that the pursuit of self that is inherent to it can also be thought of as a non-intellectualized practice of freedom that articulates dependence and drive satisfaction.

This thesis argues for a new theory of medical humanities practice and research, known as Mind Interface Theory. It begins with the claim that Sigmund Freud expanded medical metaphysics considerably in "A General Introduction to Psychoanalysis," and that this expansion affords the possibility of thinking of the mind as a user interface. Capitalizing on this affordance, the work then introduces mind interface theory as one possible imagining of Freud's metaphysical system, separate from his well-known theory, psychoanalysis. More specifically, it uses his discussion of dreamwork to reveal reprocessing as mind interface's mechanism of healing, before utilizing this reprocessing principle to orient the medical humanities' research, providing a theoretical framework for increased collaboration between humanists and physicians and a foundation for two distinct modes of activist scholarship: product-based and process-based. / Master of Arts / This thesis participates in medical humanities scholarship by advocating for a specific theory of the field that stems from a reading of Sigmund Freud’s Introduction to Psychoanalysis, a brief series of lectures which were written down for public consumption. Instead of using psychoanalysis itself to form a theory of the medical humanities, my work abstracts the broader suppositions on which psychoanalytic interpretation is rooted. This broader framework I call Freud’s medical metaphysics and define as the assumptions about causation and disease which form the basis for his philosophy of medical treatment. In making this distinction, I can more ably build my own theory of a mind interface on the fact that the basic structure of the metaphysics advocated in the lectures implies a vision of the mind that can be likened to a modern user interface. Through conceiving of the mind in terms of a user interface, I use mind interface theory to frame treatment in such a way as to promote a humanist theory of healing. The purport of the method is that humanists can assist patients through helping them utilize signs, language, and symbols to reprocess their experience. The advocation of this method is then applied to current threads in medical humanities scholarship to suggest that efforts in the field would be best served if they were directed towards studying the artifacts of patient populations for narrative and rhetorical strategies which were effective with coping with a specific illness and fostering an environment where patients are encouraged to produce such artifacts.

[pt] Esta dissertação realiza uma leitura do conceito de feminilidade na teoria freudiana à luz de uma perspectiva feminista. Compreende-se que este conceito -considerando sua complexidade e relação com o corpo teórico da psicanálise - carrega importantes aspectos do pensamento freudiano sobre a mulher. Esta incursão é feita abrangendo tanto aspectos inovadores como aspectos conservadores da teoria. Investiga-se tais constructos através de uma discussão entre psicanálise e feminismo, cujo objetivo é questionar a misoginia presente no campo do conhecimento e abrir espaço para o olhar a partir da epistemologia feminista. Inicialmente, analisa-se a forma como a psicanálise se situou quanto às políticas feministas de sua época, as rupturas e convergências da psicanálise em relação ao seu contexto histórico e cultural de origem. Conjuntamente, apresenta-se os marcos da história da opressão das mulheres desde seu surgimento ao século XIX, e sua influência na produção de conhecimento. Parte-se da noção de que pensar o local e momento da construção de uma ciência, bem como interpretações múltiplas, é o que permite uma análise crítica mais rigorosa. Posteriormente à contextualização histórica, aprofunda-se a discussão conceitual desde os estudos sobre a histeria e os escritos freudianos sobre cultura e sexualidade - antecedentes importantes para a construção do conceito de feminilidade. Por fim, apresenta-se a noção de feminilidade a partir da teoria feminista, situando as mulheres enquanto sujeitos desta discussão, introduzindo o patriarcado como um componente político necessário a ser considerado para o debate acerca da subjetividade feminina. / [en] This dissertation performs a reading of the concept of femininity in Freudian theory in the light of a feminist perspective. We understand that this concept – considering its complexity and relation with the theoretic body of psychoanalysis – carries important aspects of Freudian thought on women. This incursion is done taking into account innovative as well as conservative aspects of that theory. We investigate such constructs through a discussion between psychoanalysis and feminism, whose aim is to question the misogyny present in that field of knowledge and to open space for a perspective oriented by feminist epistemology. Initially, we analyze how psychoanalysis has placed itself with regards to feminist policies of its time, the breaches and convergencies of psychoanalysis in relation to its historical and cultural context of origin. Additionally, we present the hallmarks of the history of the oppression of women since its rise in the 19th century, and its influence in the production of knowledge. We start from the notion that to think about the place and time of the development of a science, as well as its multiple interpretations, is what allows a more rigorous critical analysis. After this historic contextualization, we deepen the conceptual discussion by mobilizing studies on hysteria and Freudian writings on culture and sexuality – important antecedents to the construction of the concept of femininity. Lastly, we present the notion of femininity in feminist theory, placing women as subjects of this discussion, and introducing patriarchy as a political component that needs to be accounted for in the debate regarding feminine subjectivity.

Nossa proposta consiste em realizar uma investigação teórica em torno do conceito de trauma na obra freudiana, assim como das problemáticas a que responde. Objetivamos pesquisar se a teoria do trauma teria de fato desaparecido no período situado entre o abandono da teoria da sedução e os construtos de 1920, como defendem alguns autores na literatura psicanalítica. Nossa hipótese é que a noção de trauma teria continuado a sustentar a teoria freudiana do sofrimento psíquico, não só por meio de aparições esporádicas do conceito nesse período, mas também, implicitamente, por meio das problemáticas a ele relacionadas como a da etiologia das neuroses e dos grandes casos clínicos de Freud: Dora, Homem dos Ratos e Homem dos Lobos. Assim, primeiramente rastreamos a noção de trauma e suas ramificações ao longo da obra e, em seguida, fizemos um estudo desses três casos clínicos, em busca de possíveis configurações traumáticas na história de seus protagonistas. Chegamos ao entendimento de que Freud não trata sempre do mesmo tipo de trauma ao longo dos seus escritos: o termo se mantém, mas com acepções diferentes. Haveria, assim, subtipos do trauma implícitos no discurso freudiano trauma por efração, trauma como falta de mediação entre fantasia e realidade e, ainda, pistas para se pensar um trauma como falha narcísica. A partir desses subtipos, abordamos as consequências clínicas da releitura desse conceito, do ponto de vista do diagnóstico diferencial. Em seguida, apontamos como o aspecto eminentemente econômico que permeia a categoria de trauma influiu na visão de Freud sobre os dispositivos utilizados pelo analista na clínica. Acompanhar as ramificações, assim como o alcance clínico da noção de trauma, consiste em uma tarefa que pode nos oferecer ferramentas teóricas para compreensão dos tipos de constelações traumáticas subjacentes aos sofrimentos intoleráveis daqueles que procuram a clínica psicanalítica / Our proposal is to perform a theoretical investigation regarding the concept of trauma in Freuds work, as well as the set of problems it responds to. We aimed to research if the theory of trauma would have in fact disappeared in the period between the abandon of the seduction theory and the constructs of 1920, as defended by some authors in the psychoanalytic literature. Our hypothesis is that the notion of trauma would have continued to sustain the Freudian theory of psychic suffering, not only through sporadic appearances of this concept during this period, but also, implicitly, by means of the set of problems related to it as the etiology of neurosis and of the major clinical cases of Freud: Dora, Rat Man and Wolf Man. Thus, primarily we searched for the notion of trauma and its ramifications throughout the wok and, afterwards, we performed a study of these three clinical cases, looking up for possible traumatic configurations in the history of their protagonists. We came to the understanding that Freud does not always treat the same kind of trauma throughout his writings: the term remains, but with different meanings. There would be, therefore, implicit subtypes of trauma in the Freudian discourse trauma by rupture, trauma as lack of mediation between fantasy and reality and, yet, clues to think of a trauma as a narcissistic fault. From these subtypes, we approached the clinical consequences of the reinterpretation of this concept, from the differential diagnosis viewpoint. Next, we pointed out how the eminently economic aspect that permeates the category of trauma influenced in Freuds view about the devices used by the analyst in the clinic. Following the ramifications, as well as the clinical scope of the notion of trauma, consists in a task that may offer us theoretical tools for the understanding of the types of traumatic constellations underlying the intolerable suffering of those who look for the psychoanalytic clinic

Universiẗat, Diss., 2007 u.d.T.: Hanenberg, Reinhold G.: Wissenschaftliche Kreativität und Phantasie in der Psychoanalyse Freuds--München.

Nossa proposta consiste em realizar uma investigação teórica em torno do conceito de trauma na obra freudiana, assim como das problemáticas a que responde. Objetivamos pesquisar se a teoria do trauma teria de fato desaparecido no período situado entre o abandono da teoria da sedução e os construtos de 1920, como defendem alguns autores na literatura psicanalítica. Nossa hipótese é que a noção de trauma teria continuado a sustentar a teoria freudiana do sofrimento psíquico, não só por meio de aparições esporádicas do conceito nesse período, mas também, implicitamente, por meio das problemáticas a ele relacionadas como a da etiologia das neuroses e dos grandes casos clínicos de Freud: Dora, Homem dos Ratos e Homem dos Lobos. Assim, primeiramente rastreamos a noção de trauma e suas ramificações ao longo da obra e, em seguida, fizemos um estudo desses três casos clínicos, em busca de possíveis configurações traumáticas na história de seus protagonistas. Chegamos ao entendimento de que Freud não trata sempre do mesmo tipo de trauma ao longo dos seus escritos: o termo se mantém, mas com acepções diferentes. Haveria, assim, subtipos do trauma implícitos no discurso freudiano trauma por efração, trauma como falta de mediação entre fantasia e realidade e, ainda, pistas para se pensar um trauma como falha narcísica. A partir desses subtipos, abordamos as consequências clínicas da releitura desse conceito, do ponto de vista do diagnóstico diferencial. Em seguida, apontamos como o aspecto eminentemente econômico que permeia a categoria de trauma influiu na visão de Freud sobre os dispositivos utilizados pelo analista na clínica. Acompanhar as ramificações, assim como o alcance clínico da noção de trauma, consiste em uma tarefa que pode nos oferecer ferramentas teóricas para compreensão dos tipos de constelações traumáticas subjacentes aos sofrimentos intoleráveis daqueles que procuram a clínica psicanalítica / Our proposal is to perform a theoretical investigation regarding the concept of trauma in Freuds work, as well as the set of problems it responds to. We aimed to research if the theory of trauma would have in fact disappeared in the period between the abandon of the seduction theory and the constructs of 1920, as defended by some authors in the psychoanalytic literature. Our hypothesis is that the notion of trauma would have continued to sustain the Freudian theory of psychic suffering, not only through sporadic appearances of this concept during this period, but also, implicitly, by means of the set of problems related to it as the etiology of neurosis and of the major clinical cases of Freud: Dora, Rat Man and Wolf Man. Thus, primarily we searched for the notion of trauma and its ramifications throughout the wok and, afterwards, we performed a study of these three clinical cases, looking up for possible traumatic configurations in the history of their protagonists. We came to the understanding that Freud does not always treat the same kind of trauma throughout his writings: the term remains, but with different meanings. There would be, therefore, implicit subtypes of trauma in the Freudian discourse trauma by rupture, trauma as lack of mediation between fantasy and reality and, yet, clues to think of a trauma as a narcissistic fault. From these subtypes, we approached the clinical consequences of the reinterpretation of this concept, from the differential diagnosis viewpoint. Next, we pointed out how the eminently economic aspect that permeates the category of trauma influenced in Freuds view about the devices used by the analyst in the clinic. Following the ramifications, as well as the clinical scope of the notion of trauma, consists in a task that may offer us theoretical tools for the understanding of the types of traumatic constellations underlying the intolerable suffering of those who look for the psychoanalytic clinic