CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Como um dos maiores nomes do ateÃsmo moderno pode, ao mesmo tempo, alegar que a religiÃo afirma a consciÃncia que o homem tem de si mesmo? E como podemos falar de uma nova filosofia â ou filosofia do futuro â nascente da dissoluÃÃo da religiÃo, pautada na valorizaÃÃo da materialidade? Feuerbach afirma que a religiÃo à prÃpria à essÃncia humana e o sentimento religioso à o primeiro estÃgio de consciÃncia de si no homem. A filosofia feuerbachiana està preocupada em descobrir o que està por trÃs da religiÃo â sua essÃncia â que nada mais à que a prÃpria antropologia. O fundamento antropolÃgico da religiÃo Ã, portanto, a identidade entre a consciÃncia de deus e a consciÃncia de si do homem. Para alÃm desse sentimento religioso bÃsico, veremos uma preocupaÃÃo com a teologia â a racionalizaÃÃo desse sentimento â que inverte a lÃgica da criaÃÃo (deus passa a ser o criador) e faz com que o homem siga e se submeta a um espectro criado pela sua prÃpria abstraÃÃo, se desvalorize enquanto ser humano sensÃvel e ainda, desvalorize sua vida e a natureza. Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo investigar o papel da materialidade no projeto de nova filosofia que Feuerbach traz à tona em princÃpios da filosofia do futuro (1843), tomando por base a noÃÃo de religiÃo (e suas crÃticas a ela) trazida pelo autor em sua EssÃncia do Cristianismo (1841), EssÃncia da ReligiÃo (1846) e PreleÃÃes sobre a EssÃncia da ReligiÃo (1851). Assim, oferecemos uma interpretaÃÃo dessas questÃes, expondo seus pontos de cruzamento com a religiÃo cristà e com a natureza, podendo tratar dos desdobramentos do assunto com os argumentos oferecidos por Feuerbach. Trata-se de relacionar o papel da religiÃo na vida humana questionando suas consequÃncias (positivas e negativas) para o homem e para a natureza. Trazendo à luz o problema religioso, poderemos entender como Feuerbach engendra o projeto de uma nova filosofia, que terà sua prioridade no homem que valoriza sua sensibilidade (Sinnlichkeit) e està em consonÃncia com a sua comunidade e com a natureza. Destarte, poderemos realizar uma reflexÃo sobre a relevÃncia desse pensamento na atualidade.

CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A presente dissertaÃÃo margeia em torno da discussÃo sobre a maneira pela qual Gramsci debate com os autores de seu tempo, principalmente com Nicolai BukhÃrin, defensor, segundo Gramsci, de um marxismo vulgar, devido sua compreensÃo mecanicista (economicista), fatalista, pelo uso do positivismo na filosofia da prÃxis, marxismo, (materialismo vulgar) e Benedetto Croce, a partir de sua ideia revisionista da filosofia da prÃxis (neo-idealismo: historicismo idealista, conforme Gramsci), como sendo apenas uma metodologia de interpretaÃÃo como outra qualquer, tendo, assim, no marxismo, nada de extraordinÃrio em relaÃÃo a outras filosofias. Utilizamos para o desenvolvimento desse trabalho a leitura dos Cadernos do cÃrcere nas suas versÃes italiana e brasileira; os principais textos dos autores com os quais Gramsci trava o debate, dando destaque para dois, a saber: com BukhÃrin, o Tratado de materialismo histÃrico; com Croce, o Materialismo storico ed economia marxistica. Ademais, utilizamos tambÃm os principais comentadores sobre a obra do italiano da Sardenha, os que o defendem e os que o criticam. Em suma, mostramos que Gramsci busca inadiavelmente recolocar o marxismo no territÃrio da histÃria concreta, isto Ã, pela via do materialismo histÃrico, operado pela dialÃtica, mostrando, assim, sua originalidade, autonomia em relaÃÃo a outros quadros filosÃficos e desse modo asseverando que somente pelo territÃrio da filosofia da prÃxis, as massas, as classes âsubalternasâ, os operÃrios, poderiam tomar consciÃncia crÃtica sobre as suas respectivas situaÃÃes e, assim teriam a possibilidade de forjar uma nova sociedade, um novo mundo, sempre novo, sob o viÃs de um humanismo e de um historicismo absoluto. AÃ, portanto, està centrada a ideia que Gramsci tem da filosofia da prÃxis enquanto marxismo e do que ela à capaz enquanto suscitadora de uma nova cultura.

O presente trabalho tem como objetivo analisar o filme À procura de Eric(2009), do cineasta inglês Ken Loach. A análise procura fundamentar de que forma a narrativa do filme apresenta aspectos formais e conceituais que permitam aproximar os elementos constitutivos do jogo de futebol com possibilidades de explicações do mundo da pós-modernidade pautadas pelo materialismo histórico. Para tal, será necessário compreender a noção de Mapeamento Cognitivo, de Fredric Jameson, visando delimitar de que forma é possível situar os vínculos históricos do sujeito inserido na pós-modernidade. Não obstante, será necessário compreender como as práticas culturais da classe operária podem ser um bom indicativo para a aplicação desse mesmo conceito, retomando noções importantes como a manifestação de práticas Dominantes, Residuais e Emergentes, de Raymond Williams, bem como a possibilidade de mudanças sociais a partir da noção de Utopia de Ernst Bloch. Tais ideias estão dispostas na obra em questão a partir da manifestação de valores históricos em objetos culturais da indústria cultural. A narrativa busca estabelecer como esses elementos podem constituir aquilo que Pierre Nora conceitua como Lugares de Memória os quais, se ressignificados, podem ser a ponte para reestabelecer as conexões históricas entre o indivíduo e a sociedade. / This paper aims to analyze Ken Loachs movie Looking for Eric (2009). The analysis seeks to establish how the movie narrative presents formal and conceptual aspects that enable us to compare the constitutive elements of a football match with possibilities of explanations for Postmodernity oriented by the framework of Historical Materialism. In order to do so, it will be necessary to understand Fredric Jamesons notion of Cognitive Mapping, to depict how it is possible to situate a subjects historical connections in the context of Postmodernity. Nonetheless, it will be necessary to comprehend how the working class cultural practices can be an interesting sign for the application of that same concept, doing so by the assessment of important notions such as the existence of Dominant, Residual and Emergent cultural practices, as established by Raymond Williams, as well as the possibility of social change through Ernst Blochs idea of Utopia. These ideas are depicted in the work being analyzed through the manifestation of historic value in cultural objects that come from the Cultural Industry. The narrative seeks to establish how these elements can constitute what Pierrre Nora repute as Places of Memory and, if signified through a diferent perspective, could be a bridge for the establishment of historical connections between the individual and society.

Este trabalho tem como objetivo principal analisar as atividades experimentais como recurso de ensino-aprendizagem, com base na Teoria da atividade. As atividades experimentais têm sido apontadas por muitos professores e pesquisadores como responsável por diminuir as dificuldades e proporcionar uma aprendizagem mais prazerosa. Porém, pesquisas ainda não mostraram de maneira clara qual a relação entre a realização de atividades deste tipo e a aprendizagem. Diante da diversidade de sentidos atribuídos à atividade experimental buscamos entender como este tipo de atividade tem sido concebida. Este panorama geral nos permite entender o grande número de abordagens que se pode conseguir com este recurso. Com isso, evidenciamos problemas que têm sido associados a realização de atividades experimentais, os quais exploramos, sob a perspectiva cultural-histórica, suas origens. Nesta perspectiva, entendemos que a Física é uma manifestação da atividade do homem no mundo, isto é, não pode ser compreendida de maneira descontextualizada, fora das práticas humanas. Dessa forma, a educação deve proporcionar aos sujeitos a imersão nas práticas culturais já estabelecidas e fornecer a ele instrumentos de mediação, inclusive os da ciência, para que atue no mundo de maneira consciente. A atividade experimental, como parte dessa produção cultural, só adquire sentidos quando mergulhada em uma práxis, onde sujeitos compreendem seu papel na atividade, quando compartilham certos instrumentos mediadores comuns que os farão ter acesso ao mesmo objeto, ou seja, participar de uma mesma atividade. Como fruto desta atividade, após um processo de significação e ressignificação, de reconhecimento dos contextos de validade dos instrumentos mediadores, os sujeitos, de posse destes instrumentos, tem chance de atuar em outros contextos dando novos significados a sua vivência. / The main objective of this work is to analyze the experimental activities as tools for teaching and learning based on Activity Theory. The experimental activities have been pointed out by many teachers and researchers as responsible for reducing the difficulties and provide a more enjoyable learning. However, researches do not show clearly what is the relationship between perform such activities and learning. Facing the diversity of meanings attributed to the experimental activity we initially review the literature about the ways this type of activity has been designed. This overview allows us to understand the numerous approaches that can be achieved with this resource. Then, we highlight problems that have been associated with the use of experiments and we explore them from the cultural-historical perspective. From this point of view, we understand that physics is a manifestation of human activity in the world, i.e. cannot be understood decontextualized from the human practices. Thus, education should provide subjects\' immersion in the cultural practices already established and providing mediation tools, including science, to act consciously in the world. The experimental activity, as part of cultural production, only acquires meaning when imbibed into a practice where subjects understand their role in the activity, they share common mediating tools that will provide access to the same object, or part of the same activity. As a result of this activity, after a process of meaning and reinterpretation, the recognition of the contexts of validity of the mediators\' instruments, the subjects in possession of these instruments have a chance to perform in other contexts, giving new meaning to their living situation.

abstract: This dissertation is an examination of a modernist desire to construct future materiality via material language, which represents a desire to overcome biology and the biological body. As such, modernist discourses of material language must be understood within their broader historical context, as these textual constructs developed against a cultural backdrop replete with eugenicist ideologies. Modernists wielded discourses of material language to determine via cultural reproduction which futures might materialize, as well as which bodies could occupy those futures and in what capacities. This dissertation argues that these modernist constructs contain their own failure in their antibiologism and their refusal to acknowledge the agency of corporeal materiality before them. Unlike language, the body expresses biopower through its material (re)productivity—its corpo-reality—which, though it can be shaped and repressed by discourse, persistently ruptures through the restraints of eugenicist ideologies and the autonomous liberal model of white masculine embodiment they uphold. This work analyses sexually marginalized bodies in texts by Mina Loy, Djuna Barnes, Nathanael West, and Ernest Hemingway that, through their insistently persistent biological materiality, disrupt modernist discourses of material language that offer no future for feminine, queer, and disabled corporeality. By exploring how intersecting issues of gender, sexuality, and disability complicate theories of language’s materiality in modern American literature, this dissertation brings attention to writers and texts that challenge broader attempts in the early decades of the twentieth century to subvert the biological body through eugenicist projects of cultural reproduction. / Dissertation/Thesis / Doctoral Dissertation English 2019

Vladimir Aleksandrovich Fock est un physicien largement reconnu par la communauté scientifique pour ses contributions de premier plan aux théories de la mécanique quantique et de la relativité générale. Il est aussi un acteur majeur du débat sur l'interprétation de ces deux théories du XXe siècle, selon une approche qui se revendique clairement du matérialisme dialectique, une idéologie alors largement imposée par les autorités soviétiques en URSS. Notre étude porte principalement sur cet aspect de sa carrière, exploré jusqu'alors de façon trop partielle en histoire des sciences. Plus spécifiquement, nous nous penchons sur les racines scientifiques et philosophiques des interprétations non-orthodoxes des théories de la mécanique quantique et de la relativité générale que développe Fock. En reconstruisant son approche épistémologique nous mettons en évidence que le physicien est guidé par une vision antiréductionniste et réaliste scientifique de sa discipline. Cette base nous donne alors l'assise pour discuter des raisons pour lesquelles le matérialisme dialectique est une véritable influence pour la pensée du physicien soviétique. Par la suite, partant du constat de la sincère adoption par Fock de cette idéologie, nous replaçons la question de l'interprétation des théories de la physique moderne dans son contexte socio-culturel. Il est y notamment question d'observer le parcours du physicien en tant que défenseur des théories de la mécanique quantique et de la relativité face aux différentes attaques politiques et idéologiques qu'elles peuvent subir en Union soviétique, mais aussi d'étudier l'influence du contexte sur la formulation à proprement parler de leurs interprétations et dans un dernier temps de développer les questions relatives à la diffusion des idées de Fock dans la communauté locale et internationale des physiciens. En somme, cette thèse permet de reconsidérer l'intérêt que présente la pensée de Vladimir Aleksandrovich Fock dans l'histoire des théories de la physique moderne / Vladimir Aleksandrovich Fock is a physicist well-known by the scientific community for his important contributions to the theories of quantum mechanics and general relativity. He is also a major actor in the debate on the interpretation of these two major theories of the XXth century, following an approach that clearly claims dialectical materialism ñ an ideology then largely imposed by the Soviet authorities in the USSR - as fundamental. Our work mostly focuses on this aspect of Fock's career, explored too partially in the history of science. More specifically, we reconsider the scientific and philosophical roots of the non-orthodox interpretations of quantum mechanics and general relativity developed by Fock. By reconstructing his epistemological approach we put forward that the physicist was guided by an antireductionist and a scientific realist conception of his discipline. This basis gives us the possibility to discuss the reasons why dialectical materialism was a real influence on the scientist thought. Thus, by following the observation of the sincere adoption by Fock of the Soviet ideology, we put back the question of the interpretation of the theories of modern physics in its socio-cultural context. We observe Fock's trajectory as a defender of quantum mechanics and relativity theory against the different ideological and political attacks they may undergo in Soviet Union. We also study the influence of context on the actual wording of their interpretations and finally we develop the issues related to their diffusion in the local and worldwide community of physicists. To summarize, this thesis helps to reconsider the interest of Fock's thought in the history of modern physics

Orientadora: Claudia Aparecida Valderramas Gomes / Banca: Deivis Perez Bispo dos Santos / Banca: Solange Pereira Marques Rossato / Resumo: Desde o final do século XX no Brasil, observa-se um fluxo exacerbado de encaminhamentos de crianças que vivenciam dificuldades diversas no ambiente escolar, e são direcionadas aos serviços de saúde mental. Em panorama geral, estudos constatam que a demanda infantil por serviços especializados surge conforme a criação dos saberes técnicos pré-existentes, e que os encaminhamentos de demandas escolares aos serviços de saúde realizados desde meados da década de 1920, ampliam-se a outras instituições como as escolas públicas de educação especial na década de 1970, voltando-se de maneira acentuada aos serviços públicos de saúde e suas novas organizações no final da década de 1990 e início do século XXI, como consequência dos procedimentos institucionais medicalizantes cada vez mais frequentes. Assim, a presente pesquisa intentou verificar de que forma as práticas contemporâneas da Psicologia na saúde explicitam a função escolar mediante o recebimento de encaminhamentos das demandas provindas desse meio, sobretudo no que tange a concepção dos profissionais quanto à interposição da escola na constituição da subjetividade e desenvolvimento do indivíduo. Para tanto, foi proposta a análise de dados identificados em prontuários de atendimentos psicológicos à demanda escolar (crianças e adolescentes de quatro a dezessete anos), prestados em dois serviços públicos de saúde localizados em um município do interior do estado de São Paulo. Além disso, também foram realizadas entrevistas... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Since the end of the 20th century in Brazil, there has been an exacerbated flow of referrals from children who experience various difficulties in the school environment, and are directed to mental health services. In general, studies show that children's demand for specialized services arises from the creation of pre-existing technical knowledge, and that referrals of school demands to health services since the mid1920s extend to other institutions such as the public schools of special education in the 1970s, turning sharply to public health services and their new organizations in the late 1990s and early 21st century as a consequence of increasingly frequent medical institutional procedures. Thus, the present research sought to verify how the contemporary practices of health psychology explicit the school function by receiving referrals from the demands derived from this environment, especially regarding the conception of professionals regarding the interposition of the school in the constitution of subjectivity and development of the individual. It was proposed the analysis of data identified in medical records of psychological assistance to school demand (children and adolescents from four to seventeen years old), provided in two public health services located in a municipality in the interior of the state of São Paulo. In addition, semi-structured interviews were also carried out with the professionals who carried out psychological evaluations and / or follow-ups with this public. The considerations and analyzes of this study were based on HistoricalCultural Psychology, based on the theoretical-philosophical and methodological assumptions of Historical and Dialectical Materialism. Therefore, according to the propositions of such method, the study sought to weave an elaborate... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre

The forest is teeming with activity: fungi transform dead logs into nutrients, roots entangle themselves with the earth, and strong winds break resilient boughs. Like the forest, the human body functions according to a complex system of agents - from the micro bacteria in the gut to the pores of the skin. The built world has often been rendered in opposition to these processes of nature. As a vessel through which the world is experienced, the body is an intermediary between raw matter and fabricated things. The planet is suffused with human life, and there is a critical tension between human production and the well-being of the biosphere. Is there an ecological benefit to dissolving the division between the human-made and the organic? My exhibition, I Thought the Earth Remembered Me, integrates the ambiguous forms of the forest into mass-produced sheetrock walls in order to break down the boundary between the built and natural world. Through making, I hope the work unearths a way to be enchanted on a damaged planet.

This thesis presents and evaluates David Chalmers argument that the existence of phenomenal conscious experience constitutes a permanent barrier to the reductive aspirations of a purely materialistic neuroscience. My aim is to defend the possibility of a reductive explanation of consciousness, and argue that continued research in neuroscience and neurophysiology can result in a successful materialistic or reductive solution to the hard problem of consciousness. My argument against Chalmers is two-fold. First, I challenge Chalmers claim that consciousness does not logically supervene on the physical. And second, I argue that his conceivability argument is implausible.

This thesis presents and evaluates David Chalmers argument that the existence of phenomenal conscious experience constitutes a permanent barrier to the reductive aspirations of a purely materialistic neuroscience. My aim is to defend the possibility of a reductive explanation of consciousness, and argue that continued research in neuroscience and neurophysiology can result in a successful materialistic or reductive solution to the hard problem of consciousness. My argument against Chalmers is two-fold. First, I challenge Chalmers claim that consciousness does not logically supervene on the physical. And second, I argue that his conceivability argument is implausible.