• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 1375
  • 48
  • 26
  • 25
  • 17
  • 16
  • 13
  • 10
  • 6
  • 4
  • 4
  • 3
  • 3
  • 3
  • 2
  • Tagged with
  • 1467
  • 806
  • 171
  • 141
  • 139
  • 137
  • 111
  • 85
  • 84
  • 70
  • 67
  • 66
  • 63
  • 63
  • 63
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
381

Citogenética comparativa em espécies de Hypostomus (Siluriformes, Loricariidae, Hypostominae) : contribuição da fração repetitiva do genoma para a diversidade cromossômica do grupo

Traldi, Josiane Baccarin 14 November 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:21:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4726.pdf: 2657387 bytes, checksum: 8eed76974b8c641630d713f0348477c3 (MD5) Previous issue date: 2012-11-14 / Universidade Federal de Minas Gerais / Hypostomus is the widest genus of the armored catfishes in South America. This group presents a great diversity in color pattern and morphology, and shows not conservative chromosomal features. Different classes of repetitive DNAs have distinct evolutionary dynamics in the genome of eukaryotes. Therefore, analyses and distribution of these sequences in chromosomes may provide important data about karyotype evolution and diversification. Given the large chromosomal variability of species of the genus Hypostomus, coupled with the valuable role of repetitive DNAs to elucidate evolutionary questions, this study aimed at contributing to the knowledge of the karyotype evolution of the genus Hypostomus, trying to understand the role of repetitive DNAs in this scenario. Classical cytogenetic analyses of Hypostomus ancistroides, Hypostomus iheringii, Hypostomus nigromaculatus e Hypostomus tapijara show that the diploid number, karyotype formula, heterochromatic distribution and location of ribosomic DNAs are widely variable in this group. In H. iheringii, it was identified a hetechromatic polymorphism, which is possibly related to the process of heterochromatinization. The present chromosomic characterization of H. iheringii and H. tapijara comprise the first cytogenetic studies in these species, which indicates the existence of a great unexplored diversity in this genus. In Hypostomus, few data concerning the location and characterization of repetitive sequences are available. The fluorescence in situ hybridization with rDNAs 18S and 5S probes showed different results for the four species, occurring simple, multiple and syntenic markings. The sites of (TTAGGG)n were restricted to the terminal portion of the arms of all chromosomes in H. ancistroides, H. nigromaculatus and H. tapijara, which corroborates the evolution pattern based on centric fissions proposed to Hypostomus. However, in H. iheringii, it was evidenced ITS sites (Interstitial Telomeric Site) on a chromosome pair, suggesting the presence of other chromosomal rearrangements in the evolution of the group, in addition to centric fissions. The sequence (GATA)n, the largest component of the Bkm satellite DNA, and the retrotransposons Rex1, vi Rex3 and Rex6 showed a dispersed pattern in all species, indicating the possible relationship of these sequences with the great diversity of Hypostomus karyotype. / Hypostomus é o gênero de cascudos mais amplamente distribuído na América do Sul. Apresenta grande diversidade interespecífica quanto ao padrão de coloração e morfologia, e mostra-se não conservado do ponto de vista cromossômico. Diferentes classes de DNAs repetitivos apresentam dinâmicas evolutivas distintas no genoma dos eucariotos. Assim sendo, a análise e distribuição dessas sequências nos cromossomos podem fornecer dados resolutivos sobre a diversificação e evolução cariotípica. Considerando a grande variabilidade cromossômica encontrada em espécies do gênero Hypostomus, aliada ao papel dos DNAs repetitivos para a elucidação de questões de natureza evolutiva, este trabalho teve como objetivo contribuir para o conhecimento da evolução cariotípica do gênero Hypostomus, buscando compreender o papel dos DNAs repetitivos neste cenário. Com a análise citogenética clássica de Hypostomus ancistroides, Hypostomus iheringii, Hypostomus nigromaculatus e Hypostomus tapijara foi observado que o número diploide, fórmula cariotípica, distribuição heterocromática e localização dos DNAs ribossômicos são amplamente variáveis no grupo. Em H. iheringii, foi identificado um polimorfismo heterocromático populacional possivelmente relacionado ao processo de heterocromatinização. A presente descrição cromossômica de H. iheringii e H. tapijara compreendem os primeiros estudos citogenéticos nestas espécies, indicando a existência de uma grande diversidade neste gênero ainda inexplorada. Em Hypostomus, poucos dados encontram-se disponíveis quanto à localização e caracterização de sequências repetitivas. A hibridização in situ fluorescente com sondas de rDNA 18S e 5S evidenciaram resultados distintos para as quatro espécies, ocorrendo marcações simples, múltiplas e sintênicas. Os sítios (TTAGGG)n mostraram-se restritos à porção terminal de todos os cromossomos de H. nigromaculatus, H. ancistroides e H. tapijara, corroborando o padrão evolutivo baseado em fissões cêntricas proposto para Hypostomus. Contudo, em H. iheringii foi evidenciada a ocorrência de sítios ITS (Interstitial Telomeric Site) em um par cromossômico, sugerindo a ocorrência de outros rearranjos cromossômicos na evolução do grupo, além das fissões cêntricas. A sequência (GATA)n, iv maior componente do DNA satélite Bkm, e os retroelementos Rex1, Rex3 e Rex6 evidenciaram padrão de distribuição disperso nas quatro espécies, indicando a possível relação destas sequências com a grande diversidade cariotípica encontrada em Hypostomus.
382

Kant e a epigênese

Rodrigues, Niege Pavani [UNESP] 05 December 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-05-14T16:52:58Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2014-12-05Bitstream added on 2015-05-14T16:59:37Z : No. of bitstreams: 1 000824005.pdf: 381171 bytes, checksum: 29d3068896a14608ee190188983157a8 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A proposta desta dissertação é investigar a filosofia de Kant e sua relação com a teoria da epigênese. Considerando-se as declarações do próprio filósofo feitas no § 81 da Crítica da Faculdade do Juízo, no qual ele defende a teoria da epigênese, considerou-se como valiosa ferramenta analítica avaliar as fontes, relevância e significado que esta relação pode ou deve ter em seu sistema filosófico. / The goal of this dissertation is investigate Kant’s philosophy and his relationship beside the epigenesis theory. Considering his own declarations stand in the § 81 of the Critique of the Power of Judgment, which he defend the epigenesis theory, was considered as a value analytic tool for survey the sources, the relevance and the meaning what this relation can might fill in his philosophical system.
383

Dinâmica evolutiva dos clusters de pequenos RNAs nucleares (RNAsn) nos cariótipos de espécies de gafanhotos com ênfase em Acrididae

Anjos, Allison Kleiton dos [UNESP] 17 February 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-08-13T14:50:50Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2014-02-17Bitstream added on 2014-08-13T18:00:20Z : No. of bitstreams: 1 000762069_20150217.pdf: 450546 bytes, checksum: 0784ba228e0e51ebdd609a43adbacb31 (MD5) Bitstreams deleted on 2015-02-18T15:02:18Z: 000762069_20150217.pdf,Bitstream added on 2015-02-18T15:02:50Z : No. of bitstreams: 1 000762069.pdf: 1471964 bytes, checksum: f182902cc34259e8ab4c0e9f6b0f7aee (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / O spliceossomo é responsável pela maturação do RNAm através da remoção dos íntrons. Essa maquinaria é formada por um conjunto de proteínas associadas aos pequenos RNAs nucleares (RNAsn). Entre os genes de RNAsn, o U1 RNAsn é uma sequência conservada de 165 pb repetidas em tandem. A fim de contribuir para o entendimento da dinâmica cromossômica e genômica das famílias multigênicas em gafanhotos os genes de RNAsn U1 foram mapeados através da hibridização in situ fluorescente (FISH) em 71 espécies de gafanhotos pertencentes as famílias Proscopiidae, Pyrgomorphidae, Ommexechidae, Romaleidae e Acrididae. Além disso, a organização genômica dessa sequencia foi analisada usando como referência o genoma de Eyprepocnemis plorans sequenciado através do método 454. Foi observada uma grande conservação de clusters de DNAsn U1 localizados principalmente em pares de autossomos (nº 3 ou 4) nas primeiras quatro famílias. Em contraste, extensiva variação foi observada nas espécies de Acrididae, com um único par de cromossomos carregando DNAsn U1 a todos os pares de cromossomos portando a sequência, com a ocorrência de dois ou múltiplos clusters no mesmo cromossomo. No genoma de E. plorans cinco distintas linhagens foram observadas com distintos padrões de variação além da associação de DNAsn U1 com elementos de transposição e DNAr 5S. Esses resultados são discutidos focando os possíveis mecanismos de dispersão dos clusters desse gene, que aparentemente seguiu distintos caminhos de dispersão nas várias famílias e subfamílias analisadas. Este é o estudo mais abrangente sobe mapeamento por FISH até então realizado em gafanhotos e outros organismos, estudando 71 espécies pertencentes a cinco famílias, fornecendo assim importantes informações lançando luz na evolução cromossômica/genômica dessa família gênica pelo uso combinado de dados cromossômicos e genômicos / The spliceosome is responsible for mRNA maturation through intron removal. This machinery is formed by a protein set associated to small nuclear RNA (snRNA). Among the snRNA genes, the U1 snRNA is, in general, a conserved 165 bp tandemly arrayed repetitive sequence. Aiming to contribute to the understanding of chromosome and genome dynamics of multigene families in grasshoppers we mapped the U1 snRNA genes by Fluorescent in situ Hybridization (FISH) in 71 grasshopper species belonging to the families Proscopiidae, Pyrgomorphidae, Ommexechidae, Romaleidae and Acrididae. Moreover we analyzed the genomic organization for this sequence using as reference the sequenced genome through 454 of Eyprepocnemis plorans. High conservation of snDNA clusters mainly located on autosome pairs (no. 3 or 4) was observed in the first four families. In contrast, extensive variation was observed in Acrididae species, from a single chromosome pair carrying U1 snDNA to all chromosome pairs carrying them, with occurrence of two or multiple clusters in the same chromosomes. In the genome of E. plorans five distinct lineages were observed with distinct patterns of variability and association of U1 snDNA with transposable elements and 5S rDNA was also noticed. These results are discussed focusing the possible mechanisms of spread of this gene cluster, which apparently seems to have followed different ways of dispersion in the several families and subfamilies analyzed in here. This is the most comprehensive study on FISH mapping hitherto performed in grasshoppers and other organisms by studying 71 species from five families and has thus provided valuable information shedding light in the chromosomal/genomic evolution of this gene family by combined use of chromosomal and genomic data
384

Análise do segmento de fast food em Campo Grande, MS : estrutura competitiva e evolução

Tognini, Maurício Pedra January 2000 (has links)
O segmento de fast food está em expansão e, ao mesmo tempo, sofrendo alterações em seus processos operacionais. Para o estudo do segmento em Campo Grande, MS, é necessária a análise da dimensão nacional do segmento. Essa dissertação investiga a estrutura competitiva atual do segmento de fast food nesta cidade, sob a ótica dos conceitos de Michael E. Porter (1980), com o complemento da identificação dos recursos e competências necessários para uma operação de sucesso no segmento. Além disso, são descritos os possíveis desdobramentos na evolução do setor, na visão de especialistas do segmento.
385

Estudos crustais nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil / Crustal studies in the North and Central-West regions of Brazil

Albuquerque, Diogo Farrapo 20 February 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-04-17T14:50:56Z No. of bitstreams: 1 2017_DiogoFarrapoAlbuquerque.pdf: 37421758 bytes, checksum: dc05b068f45a16ed7c0faefb928028e8 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2017-04-17T17:22:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_DiogoFarrapoAlbuquerque.pdf: 37421758 bytes, checksum: dc05b068f45a16ed7c0faefb928028e8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-17T17:22:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_DiogoFarrapoAlbuquerque.pdf: 37421758 bytes, checksum: dc05b068f45a16ed7c0faefb928028e8 (MD5) / O estudo da crosta utilizando a Função do Receptor pode fornecer valiosas informações geológicas, como composição crustal média, dinâmica de formação e evolução tectônica de uma região, além de servir como referência inicial para a geração de modelos de velocidade das ondas sísmicas a fim de melhorar a localização de terremotos. Com o objetivo de preencher as lacunas de informação crustal das regiões Norte e Centro-Oeste, foram aplicados os métodos da Função do Receptor e do empilhamento H-k para estimar a espessura da crosta e a razão VP/VS a partir de dados sismológicos. Os resultados indicam que crosta da região de estudo é, predominantemente, félsica, com VP/VS em torno de 1,72, e espessura média de 38,7 km, variando de 27,4 a 55,3 km. A interpolação por mínima curvatura dos valores de espessura crustal tornou possível a delimitação do Cráton Amazônico, que corresponde à área com espessura média igual ou maior que 39 km. Além disso, foi possível identificar seus possíveis blocos cratônicos, assim como o da Bacia do Paraná, conhecido como Bloco Paranapanema. A geometria do cráton, definida por sua espessura crustal, é corroborada pela distribuição da sismicidade natural que acompanha suas bordas. Estas, por sua vez, estão relacionadas à zona de sutura entre os paleocontinentes Amazônico, São Francisco/Congo e Paranapanema. Já as bacias sedimentares que passaram por algum processo de estiramento possuem crosta mais fina, geralmente inferior a 37 km. Devido à grande variabilidade dos resultados, não foi possível estipular um valor característico de espessura crustal ou razão VP/VS quando se considera o contexto das províncias estruturais. / The study of the crust using Receiver Functions can provide valuable geological information, such as average crustal composition, formation dynamics and tectonic evolution of a region, as well as serve as an initial reference for the generation of seismic wave velocity models in order to improve earthquakes location. In order to fill in the crustal information gaps in the North and Central-West regions, the Receiver Function and H-k stacking methods were used to estimate the crustal thickness and the VP/VS ratio from seismic data. The results indicate that the crust of the study region is predominantly felsic, with VP/VS around 1.72 and an average thickness of 38.7 km, ranging from 27.4 to 55.3 km. The interpolation by minimum curvature of the crustal thickness values made possible the delimitation of the Amazon Craton, which corresponds to the area with a average thickness equal to or greater than 39 km. In addition, it was possible to identify its possible cratonic blocks, as well as that of the Paraná Basin, known as the Paranapanema Block. The geometry of the craton, defined by its crustal thickness, is corroborated by the distribution of the natural seismicity that accompanies its edges. These, in turn, are related to the suture zone between the Amazonian, São Francisco/Congo and Paranapanema paleocontinents. The sedimentary basins that undergo some stretching process have a thinner crust, usually less than 37 km. Due to the great variability of the results, it was not possible to stipulate a characteristic value of crustal thickness or VP/VS ratio when considering the context of the structural provinces.
386

Caracterização e metalogênese do depósito de elementos do grupo da platina do complexo luanga, província mineral do Carajás

Mansur, Eduardo Teixeira 23 February 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2017. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2017-05-08T18:07:47Z No. of bitstreams: 1 2017_EduardoTeixeiraMansur.pdf: 8548948 bytes, checksum: 23f4e942dccd94ae71c7a49afcd92943 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2017-05-09T17:53:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_EduardoTeixeiraMansur.pdf: 8548948 bytes, checksum: 23f4e942dccd94ae71c7a49afcd92943 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-09T17:53:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_EduardoTeixeiraMansur.pdf: 8548948 bytes, checksum: 23f4e942dccd94ae71c7a49afcd92943 (MD5) Previous issue date: 2017-05-09 / Os primeiros trabalhos de pesquisa mineral no Complexo Luanga datam de 1983 e desde então, ao longo de mais de 20 anos de pesquisa mineral, a área foi estuda por diversas empresas, com foco exploratório em diferentes bens minerais. Em 2001, a VALE S.A. deu início a um projeto de exploração com foco em Elementos do Grupo da Platina (EGP) na região da Serra Leste, Carajás. Este trabalho apresenta a primeira descrição sistemática do Complexo Luanga e seu depósito de EGP, desenvolvida com o auxílio das extensiva base de dados gerada pela VALE. Neste cenário, esta dissertação objetiva entender a gênese e evolução geológica do Complexo Luanga e seus diferentes estilos de mineralização de EGP. Para isso foram realizados trabalhos de campo, mapeamento geológico, descrição e amostragem de testemunhos de sondagem, interpretação de seção de sondagem, interpretação de dados de geoquímica, petrografia óptica, química de minério, química mineral, imageamento em microscópio eletrônico de varredura (MEV) e análises químicas isotópicas de isótopos de Sm, Nd e S. O Complexo Luanga é parte da suíte magmática Serra Leste, localizada na porção nordeste da Província Mineral de Carajás. O Complexo Luanga é uma intrusão de médio porte, que pode ser dividida em três zonas principais: i. Zona Ultramáfica, localizada na porção inferior da intrusão, composta por cumulados ultramáficos (peridotitos), ii. Zona de Transição, localizada na porção central da intrusão, composta por uma intercalação de cumulados ultramáficos e máficos (harzburgito, piroxenito, norito) e iii. Zona Máfica, localizada na porção superior da intrusão, composta por uma sequência monótona de cumulados máficos (noritos) com intercalações pontuais de ortopiroxenito. A Zona Ultramáfica sobrepõe a Zona de Transição, que sobrepõe a Zona Máfica, sugerindo assim que o complexo está tectonicamente invertido. A mineralogia primária dos cumulados citados é frequentemente substituída em resposta a uma transformação metamórfica heterogênea sobreposta. Apesar da recristalização mineralógica, a transformação metamórfica preserva as texturas e domínios composicionais das rochas magmáticas. Diferentes estilos de mineralização de EGP ocorrem ao longo do Complexo Luanga, com o destaque para ocorrências associadas a sulfetos disseminados e ocorrências sem associação clara com sulfetos e/ou cromititos. O primeiro caso é ilustrado por um horizonte de 10-50 metros de espessura, localizado na passagem entre as Zonas Ultramáfica e de Transição, com uma disseminação de sulfetos (i.e. 3% vol.) denominado Sulfide Zone. A mineralogia dos sulfetos é tipicamente pentlandita > pirrotita >>> calcopirita, o que resulta em um elevado tenor de Ni (i.e. 16-18%) e alta razão Ni/Cu (i.e. 10-12). A Sulfide Zone hospeda a maior parte dos recursos de EGP do depósito de Luanga (i.e. 142 Mt@ 1.24g/t EGP+Au e 0.11% Ni). O segundo estilo de mineralização é definido por horizontes de 2-10 metros de espessura, estratigraficamente acima da Sulfide Zone, que apresentam concentrações anômalas de EGP, denominados silicate-related PGE. As rochas observadas nestes horizontes não possuem nenhuma característica textural ou mineralógica que as distinga dos cumulados supracitados. Os dois estilos citados apresentam características geoquímicas distintas, quanto às concentrações de EGP. A Sulfide Zone possui razões Pt/Pd de aproximadamente 0.5 e um padrão de EGP, normalizados ao manto primitivo, típico de depósitos de sulfetos magmáticos hospedados em intrusões máfica-ultramáficas. O silicate-related PGE possui razões Pt/Pd de aproximadamente 1.2-1.3 e forte depleção em Ir e Os. Outra característica importante é a ocorrência de cristais de olivina com até 7500 ppm de Ni em alguns harzburgitos que hospedam a mineralização do tipo silicate- related PGE. Tais características sugerem que os dois estilos são formados por processos geológicos distintos. Cromititos estratiformes, com textura variada e espessura de até 60 centímetros, ocorrem ao longo do Complexo Luanga, hospedados no topo da Zona de Transição e base da Zona Máfica. Em função do extensivo processo de metamorfismo que afeta as rochas do Complexo Luanga, as composições dos cristais de cromita são modificadas. A alteração da composição primária é marcada em cristais zonados, com Mg# (Mg/Mg+Fe2+) progressivamente menor do núcleo para a borda. Estas alterações na composição primária de cristais de cromita comprometem sua aplicabilidade em estudos petrogenéticos. Nossos resultados sugerem que estas feições são comuns em cromititos hospedados em rochas alteradas em outros locais no mundo. A composição do magma parental do Complexo Luanga não pode ser obtida por métodos diretos, aplicados a intrusões bem expostas e preservadas (i.e. diques correlatos, margens de resfriamento, equivalentes extrusivos). Desta forma, a composição do magma responsável pela geração de olivinas extremamente ricas em Ni e horizontes ricos em EGP na intrusão estudada, não é óbvia. De fato, diferentes modelos podem explicar a origem de magmas ricos em Ni e a existência ou não de magmas férteis para a geração de depósitos de EGP. Os resultados apresentados suportam a geração de um magma rico em Ni que dá origem ao Complexo Luanga e a existência de uma suíte magmática fértil para a geração de depósitos de EGP na porção leste da Província Mineral de Carajás. / Since 1983 the area of the Luanga Complex has been studied by different mining companies, aiming different commodities. In 2001, Vale S.A. started an exploration program for PGE in the Serra Leste region. This project resulted in a great volume of geological data upon the layered intrusions and related mineralizations of the region. This study provides the first systematic study of the Luanga Complex and its PGE mineralization supported by the extensive database provided by VALE. Based on this scenario, the present dissertation aims the genesis and geological evolution of the Luanga Complex and its associated PGE mineralization. To achieve this objective we performed field work, geological mapping and sampling, drill core description and sampling, reinterpretation of geological sections, detailed petrography, mineral chemistry, interpretation of lithogeochemical data, scanning electron microscope images (SEM) and isotopic analyses for Sm-Nd and S systematics. The Luanga Complex is part of the Serra Leste Magmatic Suite, located in the northeastern portion of the Carajás Mineral Province. The Luanga Complex is a medium-sized layered intrusion consisting of three main zones: i. the lower Ultramafic Zone, comprising ultramafic cumulates (peridotite), ii. the Transition Zone comprising interlayered ultramafic and mafic cumulates (harzburgite, orthopyroxenite and norite) and iii. the upper Mafic Zone comprising a monotonous sequence of mafic cumulates (norite) with minor orthopyroxenite layers. The Ultramafic Zone overlies the Transition Zone, which overlies the Mafic Zone, suggesting thus that the layered sequence is tectonically overturned. Metamorphic assemblages commonly replace primary igneous minerals of the Luanga Complex. This metamorphic alteration is heterogeneous and characterized by an extensive hydration that largely preserves primary textures, bulk rock compositions and the compositional domains of igneous minerals. Different styles of PGE mineralization occur along the Luanga Complex, with occurrences associated with disseminated sulfides and occurrences with no clear association with sulfides and/or chromites. The first, ascribed as Sulfide Zone, consists of a 10 – 50 m thick interval with disseminated sulfides located along the contact of the Ultramafic and Transition Zones of the intrusion. The mineralogy of the Sulfide Zone consists of base metal sulfides with pentlandite > pyrrhotite > >> chalcopyrite, resulting in high Ni tenors (i.e. 16-18) and high Ni/Cu ratios (i.e. 10-12). The Sulfide Zone hosts the bulk of PGE resources of the Luanga Complex (i.e., 142 Mt at 1.24 ppm Pt+Pd+Au and 0.11% Ni). The other PGE mineralization, ascribed as silicate-related PGE, consists of 2-10 m thick stratabound zones across the Transition Zone. These sulfide- and chromite-free rocks, mainly harzburgite and orthopyroxenite, do not show any distinctive texture or change in modal composition that characterize the PGE enrichment. The Sulfide Zone and silicate-related PGE show differences in geochemistry behavior of PGE. The Sulfide Zone has Pt/Pd ratios of 0.5 and mantle-normalized PGE patterns typical of magmatic sulfide deposits hosted in layered intrusions. The silicate-related PGE has Pt/Pd ratios of 1.2-1.3 and a strong depletion in Ir and Os. A remarkable feature is the occurrence of anomalously Ni-rich olivines (up to 7400 ppm Ni) in harzburgites closely associated with silicate-related PGE mineralization. The geochemical and textural differences between these mineralization styles suggest that they were formed by distinct geological processes. Several variable textured stratiform chromitites, up to 60 centimeters thick, occur in the upper portion of the Transition Zone and the lower portion of the Mafic Zone. Due to the extensive metamorphic transformation overprinted over the Luanga Complex, the primary compositions of chromite crystal are extensively modified. Alteration of primary magmatic composition is indicated by zoned crystals with progressively lower Mg# (Mg/Mg+Fe2+) from core to rim. Significant changes on primary compositions of chromite identified in the Luanga Complex compromise their application for petrogenetic studies. Our results suggest that these features should be common in chromitites hosted in altered rocks worldwide. The composition of the parental magma of the Luanga Complex cannot be constrained by common approaches used to define their composition in well-exposed and well-preserved intrusions (e.g., chilled margin, bulk composition, extrusive equivalents, related dykes). Hence, the composition of the parental magma that leads the formation of Ni-rich olivines and PGE-rich horizons is not straightforward. Actually, different models have been proposed to explain the origin of Ni-rich magmas and the existence or not of PGE-fertile suites. The results of this study support the generation of a Ni-rich magma that originates the Luanga Complex and the existence of a PGE-fertile suite at the eastern portion of the Carajás Mineral Province.
387

A natureza teleológica do princípio darwiniano de seleção natural : a articulação do metafísico e do epistemológico na origem das espécies

Regner, Anna Carolina Krebs Pereira January 1995 (has links)
A presente tese tem por objetivo o exame da natureza explicativa do princípio de seleção natural (PSN) na Origem das Espécies de Charles Darwin, enquanto tal princípio exibe uma natureza teleológica, como ponto de articulação entre suas dimensões metafísica e epistemológica. A motivação inicial para este estudo encontrou-se num interesse mais profundo pela questão da "racionalidade", através do exame das relações entre ciência e nÃo-ciência provocada pelo reacender-se das discussões sobre evolucionismo versus criacionismo, nas escolas norte-americanas na década de 80. Todavia, uma detida leitura da Origem e o rastreamento de seu questionamento na trajetória intelectual de Darwin buscando empreender uma análise cuidadosa da teoria darwiniana como exigência prévia àquele exame mostrou-se, por si só, filosoficamente tão rica e absorvente, que direcionou a essa análise todos os esforços da presente tese. De imediato, o caráter multifacético dos padrões explicativos e das estratégias argumentativas encontradas na elaboração e defesa da teoria apresentada por Darwin na Origem das Espécies indicava a relevância de uma análise de PSN para a história e filosofia da ciência. De sua leitura igualmente aflorava uma nova abordagem para a questão teleológica, tema instigante nos questionamentos contemporâneos. O exame então empreendido teve, entre seus pressupostos orientadores, quatro pontos-chave: (1) a percepção do mútuo remetimento da História e da Filosofia da Ciência para a elucidaçÃo da natureza da produçÃo científica, partilhando certas idéias básicas das análises feitas por Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Imre Lakatos, entre outros, e, sobretudo, seu reconhecimento do papel do núcleo metafísico presente no questionamento científico; (2) a busca de uma compreensão contextualizadora da estrutura lógico-conceitual em que se insere a função e sentido do princípio a ser investigado, (a) privilegiando o contexto "interno" da obra e do desenvolvimento do pensamento de Darwin, mas buscando o contraponto esclarecedor em seu contexto "externo" e (b) construindo um referencial de análise emergente da estrutura contextual; (3) a visualização de uma relação todo-parte de mútuo suporte na estruturação da integridade contextual, constituindo uma tessitura tipo rede, em que a clarificação das partes, considerada sua posição no todo, faz avançar a inteligibilidade desse e confere-lhe sustentação, a qual, em troca, reverte em clarificação e fortalecimento das partes; (4) a busca de um novo enfoque da teleologia, numa nova perspectiva das relações explicativas e causais, pelo exame das bases metafísicas e epistemológicas da questão à época de Darwin e de tematizações e ambigüidades que permeiam o seu tratamento contemporaneamente. À luz de tais pressupostos, o fio condutor de trabalho é a análise da Origem das Espécies, em sua 6ª. ediçÃo inglesa (a última revisada pelo próprio Darwin), buscando complementar as requeridas elucidações, sobretudo no que concerne a certos pressupostos do pensamento de Darwin, nas obras e textos que perfazem sua trajetória intelectual (diário da viagem a bordo do Beagle, Notebooks 1836-1844, Ensaios de 1842 e 1844, o longo manuscrito de 1856-1858, correspondência) até a exposição madura de seu pensamento na Origem. Assim procedendo, o exame da natureza explicativa de PSN parte (I Parte) de uma leitura da Origem das Espécies como uma história da Natureza, constituindo o contexto no qual cabe dimensionar a função e sentido de PSN como a parte privilegiada da argumentação/narrativa da Origem como um todo (capítulo 1). Desse modo, a clarificação de PSN, encerrando a idéia mestra de que as espécies na Natureza originamse umas de outras por seleção natural, demanda a inteligibilidade e integração provida por esse princípio ao contexto da obra, ao "um longo argumento" em sua integridade, e essa inteligibilidade reverte em clarificação do próprio princípio. Nesse sentido, a atenção à estrutura argumentativa/narrativa da Origem permite ver como as partes desse argumento/os capítulos da narrativa estruturam-se, fugindo às rotulações usuais de um modelo "indutivo" ou "dedutivo", e constituindo, antes, uma rede argumentativa, em que os avanços, a seqüência dos capítulos, leva a retomadas, a uma nova inteligibilidade das etapas/capítulos anteriores, fortalecendo, na integridade desse movimento, as bases para novos avanços e crescentes explicitações e fortalecimento de sua sustentaçÃo. A atençÃo a esse movimento argumentativo leva igualmente a uma análise conceitual de "PSN" e "Natureza", ao longo da obra. Para tanto, procede-se a uma cuidadosa análise lógicosemântica da ocorrência desses conceitos no texto (capítulos 2 e 3, respectivamente), encontrando na visão de Natureza como "luta pela existência" um ponto privilegiado para a exploração de sua articulação. A análise realizada na primeira parte revela a natureza epistemológica e metafísica de PSN em sua condição explicativa e permite colocar a peculiar relação que se estabelece entre PSN (parte) e Natureza (todo) em termos de uma visão teleológica. No entanto, um aprofundamento desse ponto pede, antes (II parte), um exame mais detido dos conceitos de "explicação" e de "causa" na perspectiva darwiniana. Buscando uma compreensão contextualizadora, o contraponto "externo" ao contexto da Origem é balizado pelo enfoque dos padrões de cientificidade encontrados nas filosofias da ciência de John Herschel, William Whewell e Stuart Mill (capítulo 4). A construção de um referencial "interno", ponto a ser enfatizado, parte da análise lógico-conceitual do uso de "explicaçÃo", "causa" e cognatos feito no texto, levando, através de sucessivos refinamentos de análise, a uma ampliação e aprofundamento do elenco inicial de significações, de modo a determinar compreensivos focos orientadores de análise e identificar dimensões fundamentais do esforço explicativo darwiniano (capítulos 5, 6, 7, 8, 9). A exploraçÃo epistemológica conduzida na segunda parte fornece o instrumento analítico que permite retomar a colocação inicial da função e sentido de PSN em suas relações com o conceito de Natureza, projetando a indagação epistemológica no âmbito da especulação metafísica. Essa dupla dimensão de PSN pode então ser focalizada, tratando-se agora da articulação do epistemológico e do metafísico, presente na natureza explicativa de PSN - e o fazendo enquanto PSN exibe uma natureza teleológica (III Parte). Cabe, inicialmente, estabelecer, face ao exame realizado na segunda parte, os alcances e limites dos níveis e padrões explicativos e das estratégias argumentativas darwinianas, mostrando sua "novidade" e seu caráter multifacético (capítulo 10), a fim de compreender o escopo explicativo de PSN. Esse escopo, por sua vez, cabe vê-lo concretizado em sua função explicativa, através da reconstrução de argumentos-chave da Origem e representativos de seus diferentes níveis explicativos (capítulo 11). Assim visto, o poder explicativo de PSN pode ser compreendido como sendo estabelecido em duas grandes e mutuamente remissivas etapas: em sua fundamentação, como um princípio da Natureza, e em sua justificação, pelo seu poder explicativo operando em diferentes níveis e assim viabilizando empiricamente a visão de Natureza que lhe serve de fundamento (capítulo 12). Desse modo, a dimensão epistemológica de PSN, tornando o que ocorre na Natureza inteligível como objeto de conhecimento, operacionaliza a dimensão metafísica, ou seja, a visão do próprio "ser" da Natureza que lhe serve de fundamento - PSN é a Natureza no exercício de seu poder, é a Natureza (concebida como sistema que recebe suas cores em termos de "luta pela existência") atualizada. Em ambas dimensões explicativas, PSN exibe uma natureza teleológica, enquanto dá lugar a explicações telelógicas e apresenta-se como princípio teleologicamente fundado, abrindo o caminho a um novo enfoque da questão teleológica, redimensionando o tratamento de muitas das ambiguidades encontradas na problematização contemporânea dessa questão.
388

Magmatismo e evolução metamórfica do complexo Anápolis-Itauçu na região de Damolândia, GO

Maia, Stephanie Karen Ward 12 September 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2016. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-06-23T17:49:30Z No. of bitstreams: 1 2016_StephanieKarenWardMaia.pdf: 4612911 bytes, checksum: 78c7196afb3686b06b6a4d164d1b86ca (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2017-08-17T12:57:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_StephanieKarenWardMaia.pdf: 4612911 bytes, checksum: 78c7196afb3686b06b6a4d164d1b86ca (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-17T12:57:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_StephanieKarenWardMaia.pdf: 4612911 bytes, checksum: 78c7196afb3686b06b6a4d164d1b86ca (MD5) Previous issue date: 2017-08-17 / O Complexo de Damolândia (CD) está inserido no contexto geológico do extensivo magmatismo máficoultramáfico observado no Complexo Anápolis-Itauçu (CAI). O CD já foi anteriormente descrito e o presente trabalho tem como objetivo principal a descrição e caracterização ígnea e metamórfica detalhada do CD. O CD ocorre como um corpo máfico-ultramáfico acamadado pobremente exposto, com cerca de 15 km2 e trend EW. Amostras obtidas em furo de sondagem (FSDM07) revelam tanto textura quanto mineralogia ígnea primária preservadas no CD e metamorfismo heterogêneo superimposto, mais evidente nos protólitos máficos. A estratigrafia do CD consiste na Zona Ultramáfica ocupando posição central encapsulada pela Zona Máfica de Base e de Topo. As rochas ultramáficas são compostas predominantemente por intercalação de olivina ortopiroxenito (cumulatos de Ol + Opx), ortopiroxenito (cumulatos de Opx + Cpx + Ol) e harzburgito (cumulatos de Ol + Chr ± Opx). As rochas máficas são compostas principalmente por gabro (cumulatos de Opx + Cpx e Plg intresticial), norito (cumulatos de Opx ± Cpx e Plg intersticial) e gabronorito tardio (Opx + Cpx + Bt + Plg granoblásticos). O gabronorito tardio representa a rocha mais fracionada do CD no qual o metamorfismo superimposto do CD é mais evidente e contém ilmenita e zircão como importantes fases acessórias. Sulfetos disseminados são observados ao longo de todo o CD, tanto nas porções com as texturas e mineralogias ígneas primárias preservadas quanto nas porções recristalizadas e apresentam mineralogia consistente com cristalização a partir de solução sólida sulfetada homogênea (Monosulfide Solid Solution - MSS) típica. A principal fase sulfetada é pirrotita e de maneira secundária calcopirita e pirita, ocorrendo principalmente como inclusões e pentlandita como exsoluções em pirrotita. Poucos grãos isolados de calcopirita e pirita são observados, normalmente anédricos e nas porções recristalizadas, enquanto que pentlandita ocorre exclusivamente como exsoluções (flames) em pirrotita, não tendo sido observados grãos bem formados. A pirita é interpretada como sendo produto da recristalização, já que não é fase sulfetada comum à mineralogia MSS típica observada. Os sulfetos são mais notavelmente observados no piroxenito e norito transicional entre a Zona Ultramáfica e a Zona Máfica. Óxidos, cromita e ilmenita, também ocorrem disseminados ao longo do CD. Cromita é mais restrita ao harzburgito da Zona Ultramáfica enquanto que ilmenita é mais abundante no gabronorito tardio da Zona Máfica. Variação nos teores composicionais dos cúmulus de Ol nas rochas ultramáficas (Fo82-89) suporta a interpretação de magma parental primitivo para o CD. O modelamento geotermobarométrico feito para um granulito regional observado em contato com o CD revela que o metamorfismo alcançou condições de temperatura ultra-alta (UHT) pontualmente em relação ao CD, o que já havia sido descrito anteriormente para outras regiões do CAI. O granada-hedembergita granulito, descrito e modelado no presente estudo, com temperatura e pressão de ~940 °C e 9,6 kbar, respectivamente, é interpretado como sendo resultado de metamorfismo UHT, provalvelmente em função de acréscimo de calor fornecido pela intrusão máfico-ultramáfica do magma que gerou o CD. Datações anteriores revelam idades de, ~670 Ma, interpretadas como sendo referente à cristalização dessas rochas. Tais idades revelamse mais antigas do que previamente estabelecido para a Suíte Americano do Brasil (~630 Ma) e, consequentemente, o CD representa um episódio magmático anterior na Faixa Brasília, associado no espaço e no tempo ao metamorfismo de alto grau do CAI. / The Damolândia Complex (DC) occurs within the geological context of the extensive mafic ultramafic magmatism observed in the Anápolis-Itauçu Complex (AIC). The DC has already been previously described and the goal of the present work is the detailed igneous and metamorphic description and characterization of the DC. The DC is as a layered mafic ultramafic poorly exposed body with aproximately 15 km2 and a EW trend. A drill hole (FSDM07) reveals that the primary igneous texture and mineralogy are preserved in the DC with a heterogeneous superimposed metamorphism, significantly more evident in the recristalized portions of the rocks and in the late gabronorite. The DC stratigraphy consists of a Ultramafic Zone in the center rocks encapculated by the Mafic Zone. The ultramafic rocks are composed predominantly by interlayered olivine orthopyroxenite (Ol + Opx cumulates), orthpyroxenite (Opx + Cpx + Ol cumulates) and harzburgite (Ol + Chr ± Opx cumulates). The mafic rocks are composed predominantly by gabro (Opx + Cpx cumulates + Plg intercumulates), norite (Opx + Cpx cumulates + Plg intercumulates) and late stage gabronorite (granoblastic Opx + Cpx + Bt + Plg). The late stage gabronorite represents the most fraccionated rocks in the DC where the superimposed metamorphism in the DC is more pronounced and contain ilmenite and zircon as important acessory phases. Sulfides occur disseminated throughout the DC and are characterized by a typical Monosulfide Solid Solution (MSS) mineral association. The main sulfide phase observed is pirrotite with calcopirite, pentlandite and pirite ocurring mainly as exsolutions and inclusions in the pirrotite grains. Few isolated grains of calcopyrite and pyrite are observed throughout the Complex and occur generally as small rounded grains in the recrystalized portion of the rocks, while pentlandite occurs exclusively as exsolutions (flames) in pirrotites and no well formed isolated grains were observed. The pyrite is interpreted as being a product of recrystalization, since it is not a common sulfide phase observed in MSS. The sulfides are more notably observed in transitional ortopyrxenite and norite from the Ultramafic Zone to the Mafic Zone. Oxides also occur disseminated throughout the DC, more noticeably chromite and ilmenite. Chromite is more abundante in harzburgite from the Ultramafic Zone while ilmenite is more abundant in the late stage gabronorite from the Mafic Zone. Variation in the compositional values of cumulus Ol in the ultramafic rocks (Fo82-89) supports the interpretation of a primitive parental magma for the DC. The geothermobarometric modeling conducted for one of the regional granulites in contact with the DC reveals that the superimposed metamorphism reached ultahigh temperature (UHT) conditions in certain portions of the AIC, which has already been previously described for the AIC. The garnet-hedembergite granulite, described in the present study, yelded temperature and pressures of ~940 °C and 9,6 kbar, respectively and is interpreted as resulting from metamorphism that reached UHT conditions, probably as a result from the ascension of the magma that generated the DC. Ages of ~670 Ma previously published for the DC were interpreted as the cristalization age for these rocks and when it is compared to the age published for the Americano do Brasil Complex, it is possible to imagine that the DC was generated during a previous/concomitant moment to the third magmatic episode described for the Arenóplis Magmatic Arc, during the final stages of generation of the Brasília Belt.
389

Evolução tectônica das bacias Araí, Traíras e Paranoá na Faixa Brasília Norte

Ferreira, Marco Antônio Caçador Martins 15 September 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-12-04T19:45:24Z No. of bitstreams: 1 2017_MarcosAntônioCaçadorMartinsFerreira.pdf: 78545614 bytes, checksum: bfda8562c2d2ba0e87f7988933a06168 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-02-07T19:21:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_MarcosAntônioCaçadorMartinsFerreira.pdf: 78545614 bytes, checksum: bfda8562c2d2ba0e87f7988933a06168 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-07T19:21:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_MarcosAntônioCaçadorMartinsFerreira.pdf: 78545614 bytes, checksum: bfda8562c2d2ba0e87f7988933a06168 (MD5) Previous issue date: 2018-02-07 / A evolução tectônica de bacias proterozóicas desenvolvidas na margem oeste do Cráton São Francisco é investigada por meio de estudo multidisciplinar envolvendo mapeamento geológico e estrutural de detalhe, levantamentos gravimétricos e geocronologia pelos sistemas U-Pb e Lu-Hf em zircão detrítico. Estudos de reconhecimento preliminar da área foram realizados por meio da análise de mapas de relevo, drenagem, solos e geologia, resultando no desenvolvimento de método específico de análise de lineamentos e compartimentação geomorfológica como suporte para os estudos de evolução tectônica. Novos dados de idades U-Pb de 1.54 Ga. obtidas nos zircões mais jovens da Formação Traíras, aliados ao mapeamento de discordância erosiva estre esta e a Formação Arraias, permitiram estabelecer um lapso temporal entre essas formações de, no mínimo 228 Ma. Interpretada como uma nova sequência, propõe-se que a Formação Traíras seja elevada à categoria de grupo e seus membros à categoria de formações, ficando o Grupo Araí, restrito à bacia do tipo rifte Estateriana e o Grupo Traíras restrito à bacia do tipo sag Calimiana. A distinção dessas duas fases extensionais, somadas à fase Esteniana que gerou a sequência Paranoá, permitiu correlação mais precisa com as fases extensionais registradas na margem leste do Cráton, representadas pelo Supergrupo Espinhaço, o que levou à proposição do Supergrupo Veadeiros, que engloba os três pulsos extensionais registrados na margem oeste, representados pelas sequências de primeira ordem Araí (Veadeiros Inferior), Traíras (Veadeiros Médio) e Paranoá (Veadeiros Superior). Valores εHf(t) positivos obtidos em zircões Riacianos sugerem proveniência do Maciço de Goiás. Este indício, aliado ao fato da Suíte Serra da Mesa intrudir tanto o Maciço de Goiás quanto o embasamento da sequência Traíras, indica que o maciço já havia sido acrescionado ao Cráton São Francisco antes do período Calimiano. Um novo limite para o paleocontinente São Francisco a partir do período Estateriano é proposto. As principais feições como falhas, grabens, horsts e centro vulcânico do rifte intracontinental Araí, foram mapeadas com o auxílio de estudos gravimétricos. Também com o auxílio da gravimetria, foram analisadas as profundidades dos corpos plutônicos anorogênicos e das falhas geradas durante o rifteamento. Os resultados permitiram caracterizar o paleorifte Araí, na região estudada, como do tipo passivo, estreito a divergente, composto por três segmentos principais, que produziu magmas anorogênicos tipo rapakivi ainda hoje alojados na crosta desde a superfície até no mínimo 19 km de profundidade. O paleorifte Araí é parte de um sistema de riftes estaterianos que contornam o Cráton São Francisco. Variações abruptas na sequência estratigráfica do Grupo Paranoá foram investigados com o auxílio de perfis gravimétricos terrestres. Constatou-se que o rifte Araí tem continuidade sob a cobertura sedimentar do Grupo Paranoá e que a instalação da sequência Paranoá foi controlada por reativações das estruturas do rifte, gerando altos epirogênicos que atuaram como barreiras de isolamento de parte da bacia. A sequência Paranoá foi caracterizada como bacia do tipo Margem Cratônica interligada a bacias intracratônicas e possivelmente de margem passiva em fases de nível eustático elevado. A inversão das bacias estudadas se deu ao final do Neoproterozóico, durante o Ciclo Orogenético Brasiliano. Na área estudada um dos produtos dessa inversão é a Saliência do Moquém, feição regional localizada em zona de antepaís, formada por sistema de dobras e empurrões apresentando forma geral arqueada com concavidade voltada para o orógeno. A feição foi estudada por meio de mapeamento geológico-estrutural de detalhe nos seus diferentes domínios (norte, central e sul) e caracterizada como produto de descolamento horizontal raso tardio no Ciclo Brasiliano. Questões como a influência da arquitetura do embasamento na propagação do empurrão e no padrão deformacional gerado foram investigadas com o auxílio de dados gravimétricos residuais. De acordo com o estudo, os modelos de propagação de saliências que mais se adequam à Saliência do Moquém são o mecanismo de Transporte Divergente com controle de Barreiras formadas por rampas laterais ou oblíquas. Concluiu-se que, durante o desenvolvimento da Saliência do Moquém, o embasamento já se encontrava alto a norte e a Falha da Serra do Cristal já representava uma descontinuidade significativa. Essas duas feições exerceram importante controle na evolução da saliência como rampas laterais e o relevo do embasamento ocorre diretamente associado ao desenvolvimento de braqui-anticlinais e braqui-sinclinais. Propõem-se que a tensão diferencial pontual responsável pelo transporte divergente que gerou a saliência pode ter sido produzida pela exumação do corpo denso do complexo máfico-ultramáfico de Niquelândia. As conclusões do estudo indicam que a arquitetura do embasamento, marcada por falhas e blocos do paleorifte Araí e bacias subsequentes, exerceu papel fundamental no controle da deformação da Faixa Brasília durante o Ciclo Orogenético Brasiliano, de modo que estudos de análise estrutural relativos a essa fase devem considerar as anisotropias herdadas como controles importantes da deformação. / The tectonic evolution of Proterozoic basins developed on the São Francisco Craton western margin is investigated by means of a multidisciplinary study involving geological and structural detailed mapping, gravimetric surveys, U-Pb and Lu-Hf geochronology in detrital zircon. Preliminary reconnaissance studies of the area were carried out through the analysis of relief, drainage, soil and geological maps, resulting in the development of a specific method of lineament analysis and geomorphological compartmentation as support for tectonic evolution studies and is presented in the first article of this thesis. U-Pb ages ca. 1.54 Ga., obtained in the younger zircons of the Traíras Formation, together with the mapping of an erosional unconformity between this and the Arraias Formation, allowed to establish a temporal gap between these formations of at least 228 Ma. According to the new data, it is proposed to raise the Traíras Formation to group status and its members to formation status, being the Araí Group restricted to the Sthaterian rift basin and the Traíras Group restricted to the Calymmian sag basin. The distinction of these two extensional pulses, together with the Stenian pulse that generated the Paranoá basin, allowed a more precise correlation with the extensional pulses recorded on the eastern margin of the Craton, represented by the Espinhaço Supergroup, which led to the proposition of the Veadeiros Supergroup, encompassing the three pulses and represented by the first-order sequences Araí (Lower Veadeiros), Traíras (Middle Veadeiros) and Paranoá (Upper Veadeiros). Positive εHf (t) values obtained in Rhyacian zircons suggest sediment provenance from the Goiás Massif. That new evidence, coupled with the fact that the Serra da Mesa Suite intrudes both the Goiás Massif and the basement of the Traíras sequence, indicates that the massif had already been accreted to the São Francisco Craton before the Calymmian period. A new limit for the São Francisco paleocontinent after the Statherian period is proposed. The main features such as faults, grabens, horsts and volcanic center of the Araí intracontinental rift were mapped with the aid of gravimetric studies. Also with the aid of gravimetry, the depths of anorogenic plutonic bodies and rift faults were analyzed. The results allowed to characterize the Araí paleorift, in the studied region, as a passive, narrow to divergent type, composed of three main segments, that produced anorogenic rapakivi-type magmas still hosted in the crust from the surface to at least 19 km deep. The Araí paleorift is part of a system of Statherian rifts that surround the São Francisco Craton. Abrupt stratigraphic variations in the Paranoá Group are investigated with the aid of terrestrial gravimetric profiles. It is verified that the Araí rift continues under the Paranoá Group sedimentary cover and that the installation of the Paranoá sequence was controlled by reactivation of the rift structures, generating epirogenic highs that acted as barriers, isolating parts of the basin. The Paranoá sequence is characterized as Cratonic Margin type connected to intracratonic basins and possibly connected to a passive margin basin in phases of high eustatic level. The inversion of the studied basins occurred at the end of the Neoproterozoic era, during the Brasiliano Orogeny. In the studied area one of the products of this inversion is Moquém Salient, a regional scale foreland feature, formed by a concave-to-the-orogen thrust and fold system. The feature was studied through detailed geological and structural mapping in its different domains (north, central and south) and was characterized as a late Brasiliano thrust. The influence of basement architecture over thrust propagation and deformational pattern was investigated with the aid of residual gravimetric data. According to the study, the thrust propagation models that best fit the Moquém Salient evolution are the Divergent Transport mechanism with controls by Lateral or Oblique Ramp Barriers. The analysis led to the conclusion that during the development of the Moquém Salient, the basement was already high to the north and the Serra do Cristal Fault already represented a significant discontinuity. These two features exerted important control in the Salient evolution as lateral ramps and the basement relief was shown to be directly associated to the development of brachi-anticlines and brachi-synclines. It was proposed that the localized differential stress, responsible for the divergent transport that generated the Moquém Salient may have been produced by the exhumation of the Niquelândia mafic-ultramafic complex dense body. The conclusions of this study indicate that basement architecture, marked by faults and blocks developed during the evolution of the Araí paleorift and subsequent basins, played a fundamental role in controlling the deformation during the Brasiliano Orogeny, so that structural analysis studies related to this phase, should consider these anisotropies as important controls for deformation.
390

A relação do espaço na evolução morfodinâmica do Manguezal do Itacorubi, Florianópolis,SC.

Ayala, Lucia January 2004 (has links)
Este trabalho aborda o estudo de gerenciamento costeiro feito na área do Manguezal do Itacorubi, na Ilha de Santa Catarina, Estado de Santa Catarina, sul do Brasil. São apresentados dois enfoques, o primeiro discute o comportamento do ecossistema ao longo do século XX diante de diferentes fatores de estresse, concluindo que o manguezal, em 1998, havia perdido 13,32% de área em relação a 1938, porém, nesse mesmo período, progradou aproximadamente 80 m sobre a plataforma continental adjacente, o que indica que o manguezal, apesar de sitiado por uma vizinhança densamente povoada, tem capacidade regenerativa e de avançar em direção do oceano. O segundo enfoque aborda os aspectos geológicos, relacionando os depósitos sedimentares encontrados nesse embaiamento costeiro e as variações holocênicas do nível do mar, constatando que o mar já cobriu essa área em tempos recentes, deixando como testemunho espessos pacotes sedimentares que se apóiam diretamente sobre o embasamento cristalino da região. Dados de testemunhos de sondagem auxiliaram no mapeamento de subsuperfície, indicando a ocorrência de um vale inciso no embasamento, o qual teria servido de acesso preferencial durante o evento transgressivo, guardando os sedimentos de maior granulometria, associados a uma região de maior dinâmica, enquanto nas áreas adjacentes, mais rasas, as granulometrias tendem para as frações mais finas. Sobre esse pacote essencialmente clástico estabeleceu-se a sedimentação carbonosa do manguezal. As variações sedimentares laterais são muito notáveis mesmo naqueles furos relativamente próximos (menos de 20 m), evidenciando a dificuldade que seria a construção de um mapa defácies de uma área de pântano parálico. O bosque de mangue existe nessa área há pelo menos 4,5 Ka, afirmação apoiada sobre os resultados obtidos com a datação de 14C sobre amostra de sedimentos carbonosos.

Page generated in 0.0279 seconds