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"Astúcia da mímese"Fumaneri, Maria Luísa Carneiro, 1984- 08 March 2012 (has links)
Resumo: A obra de José Guilherme Merquior (1944-1991), composta entre as décadas de 1960 e 1990, faz constante uso da ideia de mímese não como recurso exclusivo do drama ou da narrativa, mas como categoria fundamental para o entendimento da natureza do texto literário e, consequentemente, da lírica. Essa escolha teórica, que escapa à tradição dos comentaristas da Poética aristotélica, é o ponto alto da censura a certa tendência formalista em boa parte da crítica do século XX, que ignora as relações entre arte e realidade. Para Merquior, a rejeição da mímese nos estudos literários poderia ser explicada por uma negação do mundo moderno aliada à tendência da estética modernista a voltar-se para a linguagem. Entretanto, a rejeição do real e consequente exaltação da linguagem não devem ser, para o autor, consideradas como a essência da lírica. Este trabalho procura esclarecer o significado da mímese para a obra crítica de Merquior, bem como extrair, de sua crítica da crítica, sugestões teóricas para tratar a questão da dinâmica entre poesia e realidade nos estudos literários.
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Los girasoles ciegos de Alberto Méndez: diálogo con la memoria colectiva y textos referenciales como recurso de verosimilitudSánchez Ardiles, María Eugenia January 2012 (has links)
Tesis para optar al grado de Magíster en Literatura / La siguiente tesis se centra en el análisis de la obra publicada en España, el año 2004: ―Los Girasoles Ciegos‖ de Alberto Méndez; con la que se le galardona a título póstumo con el Premio Nacional de Narrativa en España en el año 2005.
Los girasoles ciegos es un libro que une sutilmente cuatro narraciones sobre la Guerra Civil Española y sus consecuencias políticas y sociales, encarnadas en personajes contradictorios que caminan al borde de la locura, encontrando en la derrota un factor común.
Planteamos, como hipótesis, que el discurso testimonial se manifiesta en la novela a través de los géneros referenciales: carta, confesión, diario íntimo, como un recurso que otorga verosimilitud al texto narrativo, ficcionalizando estos géneros.
En segunda instancia, se compararán las teorías de la memoria y sus diversos tipos, con las ofrecidas por la obra literaria, para finalizar con las características literarias de la obra.
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The democratic construction of gender in Virginia Woolf’s The WavesValenzuela Ponce, Karinnette January 2009 (has links)
I will particularly examine the work of Virginia Woolf, the 20th century novelist and critic, principally because her work exposes a very rich and extensive evidence of her awareness of the dichotomy women/men, putting special emphasis on female psychology. Her conviction was that an artist should never pervade the writing with judgements based upon sex distinctions or opinions full of resentment. Hence, the author’s inclination for the androgynous was used as a writing fashion, which in turn gave room to discussions on the topic of phallocentrism, taking subsequently the form of an embryonic feminist mode. Just as one wave does not really reflect the completeness and beauty of the sea, neither a single person reflects the splendour of mankind. I focus my attention on The Waves, since this novel has plenty of data that encourages an autonomous way of looking at humans, their gender, and the relations between them. The objective of this paper is to associate the author’s considerations about human distinctiveness and gender in The Waves. For this purpose I shall determine the feminist features presented in the novel as well as I shall establish the importance of characterisation and symbolism; these aspects communicate strong ideas concerning the fragmentation of reality with no hierarchic allusions related to gender, which as a result, comes to be a ground-braking conceptual reaction against phallocentrism.
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Das andanças do pensar : cenas infantisSardi, Rosana Aparecida Fernandes January 2005 (has links)
Na estrada, pegadas sugerem passos e descompassos de andarilhos de diferentes tribos. Por toda parte, pisadas: rastejantes, superficiais, firmes, a-fundadas, dançarinas, crianceiras e até rasuradas. A diagramação é a máquina que captura as relações de forças e ressalta, no percurso e no percorrido, linhas, fluxos e composições. Da vida, lampejos de pensamentos desgarram-se. Dos pensamentos, possibilidades de vida desprendem-se. É nesse ponto que a experimentação suscita outros modos de pensamento e desencadeia novas maneiras de viver. É por essa conjugação com a vida que os signos se dão à sensibilidade e coagem-na a sentir. A agressão inicial repercute: leva a memória a aprender um imemorial, a fabular um por vir e a resistir ao presente; introduz o tempo no pensamento e o desafia a pensar o impensado. À vista disso, a aprendizagem conduz as faculdades ao exercício transcendente e requer uma educação voltada para a emissão e a exploração dos signos. Da conexão entre educação, crianceiria e filosofia, forças são duplicadas e devires precipitados.
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Escre(ver) Ulysses : a escritura de Joyce atravessada pela visãoOtero, Ana Flávia Ribeiro 01 June 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literatura, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-07-14T14:03:39Z
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2016_AnaFláviaRibeiroOtero.pdf: 791973 bytes, checksum: 99d36e58599d68569bed4676371b6a2d (MD5) / Esta dissertação aborda as questões que envolvem o sentido visual a partir de uma análise do texto de Ulysses. Dessa forma, busca-se observar essa obra a partir da linguagem articulada e de como esse movimento pode proporcionar um pensamento acerca desse sentido. Para tanto, será necessário debruçar-se sobre as questões que envolvem a linguagem e como esse romance pode se aproximar de elementos ligados à poesia. Assim, busca-se expandir a visão a partir das relações linguísticas construídas pelo texto joyceano. A partir disso, um diálogo com o pensamento derridiano será desencadeado, de maneira a repensar os vínculos articulados em Ulysses a partir de Derrida. Assim, esse diálogo permitirá que se reflita sobre algumas ideias do filósofo, tais como a cegueira, a escuridão, as lágrimas, a ética, o animal e a escritura. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation intends to discuss the issues concerning to the visual sense from an examination of Ulysses’s text. Thus, it seeks to observe this work from the language articulation and how this movement can provide a thought about this sense. For this purpose, it will be necessary to study the issues that concern the linguistic constructions and how this novel can get closer to elements linked to poetry. So it seeks to extend the vision through the linguistic relations built from Joyce’s text. Then, a discussion with Derrida’s thought will be articulate in order to rethink the established links between Joyce and Derrida. Therefore, this dialogue will allow to think about some ideas of the philosopher such as blindness, darkness, tears, ethics, animal and writing.
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Entre a ação e a especulação : o papel do corpo em matéria e memóriaFernandes, Diôgo Costa 01 December 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília,Instituto de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-02-24T11:27:55Z
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2015_DiôgoCostaFernandes.pdf: 1011533 bytes, checksum: b13f3d9564472d7b201ba86a30728a30 (MD5) / Esta dissertação trata do papel do corpo no primeiro capítulo de Matéria e Memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito, de Henri Bergson. O estudo da relação entre o corporal e o mental adquiriu importância decisiva na Metafísica e na Teoria do Conhecimento, seja por sua relevância nas principais doutrinas da Filosofia Moderna, seja pela crença atualmente difundida nas Ciências Cognitivas de que haveria um paralelismo estrito ou uma redução ontológica entre os estados cerebrais e os estados mentais. Bergson concordou que há uma relação entre o corpo e a mente, mas não concedeu que esta implique em uma correspondência estrita entre o físico e o mental - antes, os estados mentais ultrapassariam os estados cerebrais. Para repensar a relação entre o corpo e a mente, Bergson adotou uma nova teoria da percepção segundo a qual o corpo vivo é um centro de ação e não de representação. Pretende-se aqui investigar as implicações ontoepistemológicas dessa peculiar teoria da percepção para a relação entre a mente e o corpo em contraste à posição com a qual esta polemiza diretamente, a da Psicofisiologia do século XIX. Para tanto, abordaremos os acordos e desacordos entre Bergson e a Psicofisiologia quanto às principais características do corpo humano que nos permitem um contato com o mundo material, a saber, a estrutura do sistema nervoso, a percepção e a sensação. Pela análise do sistema nervoso, veremos as principais características que o compõe e como se dá a relação entre um estímulo externo e sua repercussão no corpo humano, do ponto de vista biológico. Em se tratando da percepção, abordaremos suas principais características, acentuando seu papel de dispor o corpo para agir no mundo. Por fim, no que toca a sensação, veremos em que esta se diferencia da percepção e qual seria seu lugar no corpo humano. Nossa estratégia hermenêutica se baseia em um estudo conceptual e bibliográfico do primeiro capítulo de Matéria e Memória e outros textos bergsonianos complementares à obra em questão. Nossa hipótese, enfim, é de que uma reconstrução da filosofia da percepção de Bergson permite reorientar a nossa concepção sobre a aquisição e o alcance do nosso conhecimento do real. / This thesis deals with the role of the body in the first chapter of Matter and Memory: Essay on the relation of the body and spirit, by Henri Bergson. This study of the relation between bodily and mental aspects has acquired capital importance in Metaphysics and in Theory of Knowledge, or by its relevance in the main doctrines of Modern Philosophy, or by the actual belief that it has been spreading out in the cognitive sciences that would have a strict parallelism or an ontological reduction between brain and mental states. Bergson agreed that there was a relation between the body and the mind, but did not grant that relation implies a strict correspondence between physical and mental aspects – before, the mental states would exceed the brain states. For rethinking the relation between mind and body, Bergson adopted a new theory of perception whereby the living body is assumed as a center of action instead a representation. It is intended here to investigate the onto-epistemological implications of this peculiar theory of perception for the relation between mind and body in contrast the position with which this theory directly polemicizes: the Psychophysiology the nineteenth century. To demonstrate that, we will discuss the agreements and disagreements between Bergson and Psychophysiology about the main features of the human body which allow us a contact with the material world, namely, the structure of the nervous system, perception and sensation. For examining the nervous system, we will see the main features that constitute itself and how is the relation between an external stimulus and its effect to the human body, from the biological point of view. In the case of perception, we will approach its main characteristics, emphasizing its role to dispose the body to act in the world. Finally, with regard the sensation, we will see wherein sensation differs from perception and what would be its place in the human body. Our hermeneutical strategy is based on a conceptual and bibliographical study of the first chapter of Matter and Memory and other complementary Bergsonian texts to this work in question. Our hypothesis, in short, is that a reconstruction of the Bergson’s Philosophy of Perception allows reorienting our conception on the acquisition and scope of our real knowledge.
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A realidade do virtualBarbosa, Marcelo Marcos 24 August 2012 (has links)
Resumo: Trata-se de investigar a idéia de virtual presente no desenvolvimento da ontologia proposta por Bergson, mais precisamente a partir dos comentários de Deleuze a respeito do tema. Nesse sentido, diferente da idéia de possível que descreve apenas a natureza da multiplicidade espacial e, com isso, os processos do entendimento, a noção de virtual surge inicialmente para mostrar a especificidade da multiplicidade temporal que constitui a consciência humana, definida como duração. O tempo, assim concebido, alcançaria a sucessão real, a qual passará ao longo dessa filosofia a definir a realidade como um todo. Uma vez que a idéia de Ser é identificada com o próprio tempo, o virtual vem modificar a própria noção de existência, para revelar como real também aquilo que não é atual, ou seja, que não é dado como representação à consciência.
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Traces of a tyger: the literary archetype of madness in Virginia Woolf's Mrs. DallowayAlfaro Pumarino, Manuel Lautaro January 2010 (has links)
Virginia Woolf in Mrs Dalloway, through Clarissa Dalloway’s and other parallel stories,
presents us with the situation of Septimus Warren Smith, a war hero who suffers shell-shock
and that due to his apparent madness is victim of constant threats from two physicians who
want to put him away because of his mental crises. He, in an attempt to preserve his soul
from the terrible embrace of human nature, decides to kill himself before he is arrested.
Taking into account this information, the topic of this thesis will be the treatment of madness
in Mrs Dalloway, understanding the figure of the mad person as a literary archetype which is
repeated with some consistency in English Literature, from classical to contemporary texts.
The main focus will be the development of the figure of Septimus as a visionary poet,
a modernist figure analogous to William Blake who, with his visionary poetic/pictorial work,
drew the paths to the following romantic company. A comparison will be drawn between the
two poets taking into account the evolution of the visionary poet from its pre-romantic sphere
to the modernist shadow of a mad person, showing that madness suffers transformations
from the ancient Greece to modernist times. One of the sub-topics will be the conception of
nature in contrast to human nature, and how they seem to be components of a dichotomy
that cannot be dissolved.
My intention is to work on madness as a literary archetype, along with an examination
of the mad person within the context of a modernist novel where it is manifest in the figure
of the visionary poet. I will try to see how this has changed from the Platonic perspective
of divine madness to the segregation and punishment of the Classic Epoch, and finally to
our modern(ist) sensibility. Tentatively, the social apprehension towards the mad person
would affect its characterisation in Mrs Dalloway, in which a post-war fragmented society
is presented.
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Sargento Getúlio, capanga-da-leiRosa, Carlos José Garcia January 2015 (has links)
Sargento Getúlio, de João Ubaldo Ribeiro, foi publicado em 1971, no entanto é ambientado no sertão de Sergipe da década de 1950. Getúlio tem a missão de levar um prisioneiro do interior da Bahia até a capital de Sergipe, Aracaju. No entanto, no meio da travessia, recebe uma contraordem para abortar a missão. Ocupando papéis sociais distintos, e talvez antagônicos (capanga e policial militar), vê seu mundo sendo colocado em xeque: é a chegada da lógica do mundo moderno que irá desencadear uma série de transformações sociais, políticas e econômicas, no Brasil, objetivando retirá-lo da condição de subdesenvolvimento. Emparedado entre sua formação sertaneja e a chegada desta nova ordem que rechaça velhas práticas, como o uso da violência, acaba por descobrir sua real condição de dominado. Parte da literatura regionalista, bem como algumas produções do Cinema Novo, buscaram representar, cada um com suas estratégias narrativas e fins, esse período de transição e as problemáticas geradas a partir disso. / Sargento Getúlio, de João Ubaldo Ribeiro, fue publicado en 1971, sin embargo fue ambientado en el interior de Sergipe de la década de 1950. La misión de Getúlio es llevar un prisionero del interior de Bahia a la capital de Sergipe, Aracaju. Sin embargo, en el medio de la travesía, recibe una contraorden para abortar la misión. Ocupando diferentes roles sociales, y tal vez antagónicos (hombre de confianza y policía militar) ve su mundo ser puesto en tela de juicio: es la llegada de la lógica del mundo moderno que dará inicio a una serie de transformaciones sociales, políticas y económicas, en nuestro país, con el objetivo de sacarlo de su condición de subdesarrollo. Encerrado entre su formación de interior y la llegada de este nuevo orden que rechaza las viejas prácticas, como el uso de la violencia, con el tiempo descubre su verdadera condición de dominado. Parte de la literatura regionalista, así como algunas de las nuevas producciones del Cine Nuevo, trató de representar, cada un con sus estrategias narrativas y fines, ese periodo de transición y las problemáticas generadas a partir de eso.
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Virginia Woolf, apropriação e dramaturgia : um procedimento de escrita textual para o teatroSchabbach, Virgínia Maria January 2016 (has links)
Esta pesquisa investiga a construção do texto dramatúrgico Virginias, sobre a vida da escritora inglesa Virginia Woolf, que utilizou como metodologia de escrita o procedimento de apropriação, em que a obra e os diários pessoais da escritora foram fraturados pelo recorte e pela posterior colagem destes intertextos na nova criação. O trabalho articula os estudos sobre citação e apropriação de Antoine Compagnon, Affonso Romano de Sant’Anna, Kenneth Goldsmith e Marjorie Perloff, percebendo o procedimento como uma prática que tem a pós-modernidade como influência. A pesquisa utiliza como aportes teóricos sobre a condição pós-moderna, os autores Jean-François Lyotard e Linda Hutcheon e Cecília Salles sobre a gênese criativa. / This research investigates the construction of the play Virginias, about the life of English writer Virginia Woolf, which used as writing methodology the procedure of appropriation. This procedure consisted in fracturing the writer’s work and diaries by cutting them out and then pasting the pieces of intertext together in a new creation. The work articulates the studies about quotation and appropriation of Antoine Compagnon, Affonso Romano de Sant’Anna, Kenneth Goldsmith and Marjorie Perloff, and perceives the procedure as a practice that has postmodernity as influence. The research has as theoretical background about the postmodern condition the authors Jean-François Lyotard and Linda Hutcheon and Cecília Salles about creative genesis.
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