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Perfil proteômico da lesão renal aguda induzida por isquemia e reperfusão / Proteomic profile of acute kidney disease induced by ischemia and reperfusionMalagrino, Pamella Araujo 05 June 2019 (has links)
principal dificuldade na identificação de novos biomarcadores para doenças renais consiste em encontrar marcadores que são específicos do rim ou do processo patológico em que se encontra, além de conseguir caracterizar a doença renal independente de outras doenças pré-existentes. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar novos candidatos a biomarcadores, predominantemente renais, de lesão renal em um modelo suíno controlado unilateral de lesão renal aguda (LRA) por isquemia/reperfusão (I/R) renal percutânea. Para isto, foram feitas análises do proteoma e do nitroproteoma de amostras de urina e soro nos períodos pré-isquemia, isquemia (60min) e pós-reperfusão (4 ou 6h, 11 e 16h), e das de amostras do córtex renal após 24h de reperfusão, todas no Q-ExactiveTM. Os resultados foram analisados no MaxQuant seguidos da análise de biologia de sistemas. A seleção das proteínas candidatas a biomarcadores de lesão renal foi baseada na predominância de expressão dessas proteínas no rim através do banco TiGER e/ou Atlas Human Protein. Foram identificadas 1365 proteínas no proteoma total dos córtices renais, das quais 535 estavam presentes em pelo menos 3 animais e mais expressas no rim isquêmico, com excessão da Xaa-pró aminopeptidase 2. Estas proteínas participam dos processos de transcrição, tradução, adesão celular, proliferação e reparo, importantes para a recuperação da lesão renal após 24h. A intersecção das proteínas sub ou superexpressas no rim isquêmico com os proteomas do soro ou da urina resultou em seis proteínas séricas (VIM, HPSA8, HSPD1, COL1A1, LCP1e TPI1) entre as 170 identificadas capazes de fornecer um painel para LRA ou processo degenerativo. Enquanto na urina, foram identificadas 49 de 501 proteínas presentes na intersecção, sendo 4 predominantemente renais (BHMT2, GBA3, DDC e DPPIV). A atividade da DPPIV na urina aumentou após 4h de reperfusão retornando aos níveis basais após este período validando o nosso candidato a biomarcador. A DPPIV também foi validada em uma coorte de pacientes com nefropatia diabética que apresentou uma moderada correlação com os parâmetros ligados a disfunção renal: MDRD, proteinúria, hemoglobina glicada, PTH e renina. Apesar de não haver diferença na concentração de proteínas nitradas no rim contralateral e isquêmico houve uma diferença no perfil de proteínas encontradas. Foram identificadas 843 proteínas no nitroproteoma dos córtices renais das quais 53 estavam superexpressas no rim isquêmico e 2 no rim contralateral. Das 55 proteínas, 38% eram mitocondriais e relacionadas com as vias energéticas. Foi possível validar a nitração de duas destas proteínas, a DPPIV e a BHMT2. No nitroproteoma da urina identificou-se 126 proteínas das quais 27 se agruparam de forma diferente para cada período do experimento baseado no comportamento da expressão proteica. A excreção de proteínas nitradas também foi observada no tempo basal, supondo um papel fisiológico da nitração. Além disso, o perfil de excreção de proteínas nitradas ao longo da I/R foi independente das mudanças ocorridas no perfil proteico total. Por fim, duas proteínas se destacaram como candidatas a biomarcador, a UMOD e a ALDOB. Já, o nitroproteoma sérico resultou em 55 proteínas, das quais as 33 mais representativas dos animais foram capazes de separar o período antes e após a reperfusão renal. Duas destas proteínas foram consideradas candidatas a biomarcadores de lesão renal, a SEMG2 e a DMGDH, esta última foi validada. A partir dos resultados gerados, foi possível identificar alterações proteicas ao longo da I/R renal, novas proteínas nitradas e novos candidatos a biomarcador de lesão renal. Novos estudos com uma abordagem mais direcionada e aprofundada devem ser desenvolvidos, tanto para confirmar os candidatos a biomarcadores e seu potencial uso clínico, quanto para analisar o comportamento fisiopatológico e bioquímico das proteínas com e sem nitração na LRA por I/R renal em rins morfo-fisiologicamente semelhantes aos encontrados em humanos / The main bottleneck in studies aiming to identify novel biomarkers in kidney disease has been the identification of markers that are organ and process specific and characterize the kidney disease regarding other other pre-existing diseases. The aim of this study was to identify new candidates, predominantly renal, that could be used as systemic biomarkes for acute kidney disease (AKI) in a unilateral percutaneous controlled porcine renal ischemia/reperfusion (I/R) model. The nitroproteome and proteome of urine and serum samples were analyzed in Q-ExactiveTM on the period pre-ischemia, ischemia (60 min) and 4, 11 and 16 h post-reperfusion. The renal cortex samples were analyzed only after 24 h of reperfusion. The results were analyzed in the MaxQuant followed by systems biology analysis. The selection of candidate proteins for renal injury was based on the predominance of expression of these proteins in the kidney through TiGER and Atlas Human Protein. In renal cortex proteome, it was identified 1365 proteins which 535 were present at least 3 animals and more expressed in ischemic kidney, with exception of Xaa-pro aminopeptidase 2. These proteins participate of transcription, translational, cellular adhesion, proliferation and repair, important for the recovery of renal injury after 24h. Intersecting the set of proteins up- or down-regulated in the ischemic tissue with both serum and urine proteomes, 6 serum proteins from 170 identified proteins (VIM, HPSA8, HSPD1, COL1A1, LCP1 and TPI1) were identified that may provide a set of targets for AKI or degenerative process. Additionally, 49 from 501 urinary proteins were identified in the intersection, being 4 predominantly renal (BHMT2, GBA3, DDC and DPPIV). As a proof of concept, the activity of DPPIV in the urine increased after 4h of reperfusion returning to baseline levels after this period and with subsequent translational validation in a cohort of patients with diabetic nephropathy who presented a moderate correlation with the parameters related to renal dysfunction: MDRD, proteinuria, glycated hemoglobin, PTH and renin Althought there was no diference between nitrated proteins levels in contralateral and ischemic kidneys, there was difference in the protein profile found. In niroproteome from cortex were identified 843 proteins, of which 53 were up-regulated in the ischemic kidney and 2 in the contralateral kidney. Of the 55 proteins, 38% were mitochondrial and related to the energy pathways. It was possible to validate the nitration of two of these proteins, DPPIV and BHMT2. In the urine nitroproteome, 126 proteins were identified, 27 of which were grouped differently for each period of the experiment based on the behavior of protein expression. The nitrated protein excretion was also observed at baseline, assuming a physiological role of nitration. In adition, the profile of urine proteins along I/R was independent of changes in the total protein profile. Finally, two proteins stood out as candidates for biomarker, UMOD and ALDOB. The serum nitroproteome resulted in 55 identified proteins, 33 were more representative from animals and they able to distinguish the periods before and after renal reperfusion. Two predominantly renal proteins, SEMG2 and DMGDH, were described as candidates to renal injury biomarkers and the last protein was validated. From these results, proteins changes were observed along the renal I/R, new nitrated proteins and new candidates for biomarkers of kidney injury were identified. New studies with a more focused and in-depth approach should be developed both to confirm the candidates for biomarkers and their potential clinical use and to analyze the pathophysiological and biochemical behavior of the proteins with and without nitration in AKI by I/R renal in kidneys morphologically and physiologically similar to those found in humans
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Iohexol et fonction rénale en réanimation : contribution diagnostique et toxicité / Iohexol and kidney function in intensive care unit : contribution for diagnosis and toxicitySalmon Gandonniere, Charlotte 10 December 2018 (has links)
En réanimation, il n’existe pas de gold standard pour estimer le débit de filtration glomérulaire (DFG). Nous avons mesuré la clairance du iohexol chez 20 patients en insuffisance circulatoire aiguë (injection de 5 mL de iohexol et cinétique riche sur 24h). Les clairances urinaire et plasmatique étaient équivalentes ; la clairance plasmatique n’était pas influencée par le remplissage. Nous avons étudié la distribution de la clairance du iohexol chez 85 patients en insuffisance circulatoire aiguë. Quarante-et-un patients (48%) avaient un DFG < 30 mL.min-1, 29 (34%) entre 30 et 60mL.min-1, 10 (12%) entre 60 et 90mL.min-1, 4 (5%) entre 90 et 130 mL.min-1 et 1 (1%) > 130 mL.min-1. Nous avons mesuré les biomarqueurs lésionnels [TIMP-2].[IGFBP-7] juste avant, 6h et 24 h après un scanner injecté en réanimation; il n’y a pas eu d’augmentation significative des biomarqueurs, confortant l’hypothèse d’une toxicité négligeable des produits de contraste iodés en réanimation. En conclusion, le iohexol peut être considéré comme un gold standard pour l’estimation du DFG chez des patients en insuffisance circulatoire aiguë en termes de faisabilité, fiabilité et sécurité. / There is no gold standard for glomerular filtration rate (GFR) estimation in intensive care unit. We measured iohexol clearance in 20 patients experiencing acute circulatory failure (5 mL iohexol bolus, urine and blood-sample collections over 24h). Urinary and plasma clearances were equivalent; rapid fluid infusion did not influence plasma clearance. We studied iohexol clearance repartition in 85 patients experiencing acute circulatory failure. Forty-one (48%) had a GFR < 30 mL.min-1, 29 (34%) between 30 and 60mL.min-1, 10 (12%) between 60 and 90mL.min-1, 4 (5%) between 90 and 130 mL.min-1 and 1 (1%) > 130 mL.min-1. We measured lesion biomarkers [TIMP-2].[IGFBP-7], before, 6h and 24h after an injected computed tomography scan; there was no significant raise in the biomarkers. This result supports the hypothesis that contrast media are armless in intensive care units. To conclude, iohexol can be considered as a gold standard for GFR estimation in acute-circulatory-failure patients regarding feasibility, reliability and safety.
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Exercício resistido intervalado de alta intensidade (HIIRT) causa danos musculares e renais em indivíduos saudáveis / High intensity interval resistance training causes acute muscle and renal damage in healthy individualsSpada, Tania de Carvalho 11 December 2017 (has links)
O treinamento resistido intervalado de alta intensidade (high intensity interval resistance training-HIIRT) tem se tornado cada vez mais popular nos últimos anos poispromoveresultados positivos com curtas sessões de treinamento. No entanto, sua alta intensidade pode causar efeitos adversos. O objetivo deste estudo foi avaliar se uma sessão de HIIRT causa dano muscular agudo e alterações nos biomarcadores de lesão renal. Cinquenta e oito voluntários saudáveis, divididos igualmente entre homens e mulheres com 24 anos de idade (mediana), participaram deste estudo. Nenhum deles usou suplementos dietéticos ou medicamentos. Eles foram submetidos a cinco minutos de aquecimento seguido de quatro minutos de HIIRT. Uma escala numérica de Borg para dor (CR10P), amostras de sangue e urina foram coletadas antes (basal), 2 e 24h após a sessão HIIRT. As amostras de sangue foram analisadas e dosadocreatinina sérica (CrS),lipocalina associada a gelatinase de neutrófilos (NGALS), creatinofosfoquinase (CPK) e mioglobina (Mio). As amostras urinárias foram analisadas e dosadoscreatinina (CrU),lipocalina associada a gelatinase de neutrófilos (NGALU), interleucina 18 (IL-18), calbindina, microalbuminúria (?albumina), trefoil factor-3(TFF3) e beta-2microglobulina (ß2M). O CR10 e CPK tiveramum aumento significativo e crescente após2 e 24h. Mioaumentou significativamente em 2h e continuouelevadaapós24h. CrSaumentou significativamente após24h e em três homens,o aumento atingiu os critérios para o diagnóstico de injúria renal aguda (IRA). Todos os biomarcadores urinários aumentaram significativamente 2 horas após o exercício e retornaram aos valores basais24h após HIIRT. Concluindo, uma única sessão de HIIRT em indivíduos jovens e saudáveis causou elevações precocese significativas em CPK, mioglobina, CrS,microalbuminúria e biomarcadores urinários, indicando lesão tubularrenal, sugerindo a ocorrência de rabdomiólise e danos funcionais eestruturais aos rins / High intensity interval resistance training (HIIRT) emerged as one of the fastest growing exercise programs in recent years because provides positive results with short training sessions. However, its high intensity might cause adverse effects. The aim of this study was to evaluate if a session of HIIRT causes acute muscle damage and changes in kidney injury biomarkers. Fifty-eight healthy volunteers, divided equally among men and women (median age 24 years), participated in this study. None of them used dietary supplements or medications. They were submitted to five minutes of warm-up followed by four minutes of HIIRT. A Borg CR10 Scale for pain (CR10P), and blood and urinary samples were collected before (baseline), 2 and 24h after HIIRT session. Blood samples were analyzed for serum creatinine (SCr), neutrophil gelatinase-associated lipocalin (SNGAL), creatine kinase(CK) and myoglobin (Myo). Urinary samples were assessed for creatinine (UCr), neutrophil gelatinase-associated lipocalin (UNGAL), interleukin 18 (IL-18), calbindin, microalbuminuria (ualbumin), trefoil factor-3 (TFF3) and beta-2 microglobulin (beta2M). CR10 had a significantly and crescent increase on 2 and 24h. CK increased significantly on 2h and further in 24h. Myo increased significantly on 2h and stayed elevated at 24h. SCr increased significantly on 24h and inthree men the increase met criteria for acute kidney injury diagnosis. All the other serum and urinary kidney injury biomarkers increased significantly at 2 hours and returned to basal values at 24h after HIIRT. In conclusion, a single session of HIIRT inyoung, healthy individuals caused early and significant elevations in CK, myoglobin, SCr, microalbuminuria and urinary biomarkers indicative of kidney tubular injury, suggesting the occurrence of rhabdomyolysis and functional and structural kidney damage
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Avaliação dos MicroRNAs na apneia obstrutiva do sono: implicações para a criação de biomarcadores e para o risco cardiovascular / Acute kidney injury induced by diet sodium overload: N-acetylcysteine treatment and its effects on bone metabolismFreitas, Lunara da Silva 10 May 2018 (has links)
Estudos tem demonstrado que a injúria renal aguda (IRA) pode evoluir para doença renal aguda ou crônica, principalmente quando associada à comorbidades como a hipertensão sal-dependente. Além disso, o desenvolvimento da perda de função renal é comumente associado a distúrbios mineral e ósseo. O uso de antioxidantes como a N-acetilcisteína (NAC) tem sido utilizado para prevenir a lesão da IRA, no entanto pouco se sabe sobre o uso deste medicamente em um período prolongado e os seus efeitos no metabolismo mineral e ósseo. Sendo assim os objetivos do presente estudo foram avaliar a repercussão da sobrecarga de sódio na dieta em modelo de IRA com ou sem tratamento com NAC, e observar a influência da IRA, dieta hipersódica e tratamento no metabolismo mineral e ósseo após 10 semanas de protocolo. Para isto foram utilizados ratos machos Wistar alimentados com dieta normossódica (0,5% Na - NS) ou hipersódica (3,2% Na - HS), tratados com ou sem NAC (IR NAC) (600mg/L) e submetidos à cirurgia de isquemia (45 minutos) e reperfusão renal bilateral (IR) ou Sham. Os animais foram acompanhados por 10 semanas após a cirurgia. Foram avaliadas pressão arterial caudal, função renal, metabolismo mineral e histomorfometria óssea. Os animais que sofreram IR e foram alimentados com dieta HS apresentaram maior excreção de sódio, cálcio e fósforo e albuminúria. A albuminúria correlacionou-se com o aumento do PTH induzindo a um maior tecido osteoide e superfície de osteoblastos nestes animais. A NAC diminuiu excreção de sódio, cálcio, fósforo, albuminúria e PTH, mas causou a diminuição do volume ósseo e aumento da separação trabecular. A ingestão do sódio influenciou nos níveis séricos altos de 1-25(OH)2D e baixos de FGF-23. Estes resultados sugerem que a sobrecarga de sal na dieta causou evolução da IRA após 10 semanas. Essa perda de função renal aumentou o PTH, volume osteoide e osteoblastos. Em contrapartida, o tratamento com a NAC preveniu a progressão da disfunção renal, mas levou à perda de massa óssea / Studies have shown that acute kidney injury (AKI) can progress to acute or chronic kidney disease especially when associated with co-morbidities such as salt-dependent hypertension. In addition to impairment of renal function there is association with mineral and bone disorders. The antioxidants such as N-acetylcysteine (NAC) has been used to prevent the AKI; however; the prolonged use and its effects in mineral and bone metabolism is not well studied. The aim of the study was to evaluate dietary sodium overload repercussion on the AKI associated to NAC treatment and to observe its effects on bone metabolism after 10 weeks. Were used Wistar rats were fed with normal sodium (0.5% NaCl - NS) or high sodium (3.2% NaCl - HS) diet and treated or not with NAC (600 mg/L) and submitted to renal ischemia (45 minutes) and reperfusion (IR) or Sham surgery. The animals were followed up for 10 weeks after surgery. We evaluated caudal blood pressure, renal function, mineral metabolism and bone histomorphometry. In our results urinary sodium, calcium, phosphorus excretion and albuminuria were higher in HS IR animals. There was a positive correlation between albuminuria and PTH leading to osteoid tissue and surface of osteoblasts augmentation in these animals. In other hand, NAC decreased sodium, calcium, phosphorus excretion, albuminuria and PTH; however, it was observed lower bone volume and higher trabecular separation. Sodium intake had an isolated effect on 1-25(OH)2D and FGF-23. These results suggest that overload salt diet caused AKI development. Loss of renal function increased PTH, osteoid volume and osteoblasts Treatment with NAC prevented renal function impairment, however it induced to bone mass loss
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Biomarcadores de injúria renal aguda: diagnóstico e aplicabilidade no período perioperatório de transplante de fígado / Biomakers of acute kidney injury: diagnosis and applicability in the periopetrative period of liver transplantationLima, Camila 05 July 2017 (has links)
Introdução: A injúria renal aguda (IRA) é uma complicação comum em pacientes submetidos a transplante hepático, sendo associada a altas taxas de morbidade e mortalidade. O desenvolvimento de IRA após transplante hepático é influenciado por vários fatores do período perioperatório. As limitações para o uso da creatinina sérica (Scr) impulsionaram pesquisas para descoberta de biomarcadores mais sensíveis, específicos e precoces no diagnóstico da IRA, como a Lipocalina Associada à Gelatinases de Neutrófilos (NGAL). Objetivo: Avaliar se o padrão de elevação de NGAL urinário (UNGAL) e plasmático (PNGAL), no perioperatório do transplante hepático, pode predizer diagnóstico e gravidade da IRA; necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) na primeira semana; e mortalidade até 60 dias pós-cirurgia. Metodologia: Foram coletadas amostras de urina e sangue no perioperatório de transplante hepático dos pacientes elegíveis que concordaram em participar do estudo e assinaram o TCLE. Nesses pacientes, foram avaliados: microscopia, bioquímica urinária, PNGAL, UNGAL e Scr antes da anestesia, após a reperfusão portal, 6, 18, 24 e 48 horas após a cirurgia. O diagnóstico de IRA foi baseado no critério da creatinina pelo KDIGO. O NGAL foi medido utilizando NGAL Test (TM) PETIA (Bioporto). O critério de injúria pelo NGAL foi baseado no ponto de corte determinado pela melhor sensibilidade versus especificidade (ponto J Younden\'s Index) na curva de característica de operação de receptor convencional (ROC). Foram analisados tempo para diagnóstico por NGAL e creatinina e gravidade da IRA entre os grupos IRA por biomarcador e Scr. Foram avaliados desfechos: tempo de internação, necessidade de diálise e mortalidade durante a internação hospitalar. Resultados: Foram incluídos 100 pacientes > 18 anos submetidos a transplante hepático de junho de 2013 a junho de 2015. A média de idade foi de 58 anos (+/-12,25), 64 pacientes masculinos, 14 não caucasianos. Cinquenta e nove desenvolveram IRA moderada a severa (estádio 2 e 3) nos primeiros 7 dias após o transplante e 38 pacientes necessitaram de TRS durante a internação. A taxa de mortalidade foi de 26% no primeiro ano. O grupo com IRA foi significativamente mais jovem (53 versus 57 anos), com maior MELD funcional (16 versus 14,p=0,01) e gravidade pelo SOFA (14 versus 12, p=0,0001). Necessidades de uso de droga vasoativa, ventilação mecânica, tempo de internação na UTI e hospital foram significativamente maiores no grupo IRA. O PNGAL, após 18 horas do transplante, foi capaz de predizer o diagnóstico de IRA pela creatinina com área sob a curva (AUC) de 0,74 (IC95% 0,60 -0,88), sensibilidade 87%, especificidade 71% e valor preditivo positivo (VPP) 79%. O UNGAL teve padrão de elevação mais precoce do que o PNGAL no diagnóstico da IRA, com seu melhor desempenho, 6 horas após o transplante, apresentando AUC de 0,76 (IC 95% 0,67 -0,86), sensibilidade 68%, especificidade 76% e VPP 80%. Na avaliação do tempo para diagnóstico da IRA, o PNGAL e UNGAL, apresentaram uma elevação respectivamente, 28 e 23 horas antes da creatinina sérica. Na avaliação do padrão de elevação para outros desfechos (gravidade da IRA, necessidade de TRS e mortalidade), o UNGAL foi significativamente maior nos períodos intra e pré-operatório e teve o melhor desempenho 6 horas após a cirurgia, com AUC para TRS e mortalidade, respectivamente, de: 0,85 (0,77 -0,93) e 0,87 (IC 95%0,73 -0,99). O PNGAL apresentou elevação do padrão um pouco mais tarde, com melhor desempenho 18 horas após a cirurgia, com AUC de 0,84 (IC95% 0,67-0,94) para TRS e 0,81 (IC95% 0,74-0,93) para não sobreviventes. Conclusão: A análise do padrão de elevação do PNGAL e do UNGAL no perioperatório do transplante hepático permitiu o diagnóstico precoce da IRA, em média 1 dia antes do diagnóstico pela creatinina. O UNGAL demonstrou ser biomarcador mais precoce e bom preditor para: desenvolvimento de IRA, gravidade IRA, necessidade de TRS e mortalidade. Estudos futuros devem avaliar se o uso clínico destes biomarcadores poderia melhorar os desfechos destes pacientes. / Introduction: Acute kidney injury (AKI) is a common complication in patients undergoing liver transplantation, associated a high rate of morbidity and mortality. The development of AKI after liver transplantation (LT) is affected by several factors existing in the perioperative period. The limitations to the use of serum creatinine (Scr), advanced the search for more sensitive, specific and early biomarkers to diagnose AKI, such as the Neutrophil Gelatinase-Associated Lipocalin (NGAL). Objective: To evaluate if the pattern elevation of urinary (UNGAL) and plasma (PNGAL) NGAL, in the perioperative of the LT, can predict the diagnosis and severity of AKI, need replacement renal therapy (RRT) in the first week and mortality until 60 days after surgery. Methods: Urine and blood samples were collected in the perioperative period of liver transplantation of patients who signed the informed consent. Urine microscopy, biochemistry, PNGAL, UNGAL and Scr were assessed before anesthesia, after portal reperfusion, 06, 18, 24 and 48 hours after surgery. AKI diagnosis was based on KDIGO serum creatinine criterion. The NGAL was measured using NGAL Test (TM) PETIA (Bioporto). The criterion of injury by NGAL was based in the value of cutoff determinate by best sensitive versus specificity (point J Younden\'s Index) of the conventional receiver operating characteristic curve (ROC). We analyzed the time to AKI diagnosis by NGAL and by creatinine. Time of hospitalization, need for dialysis and mortality during hospital were also analyzed within the groups. Results: A hundred patients aged 18 or older undergoing liver transplant from June 2013 to June 2015 were enrolled in the study. Mean age was 58 years (+/-12,25), 64 were male and 14 non-Caucasian. Fifty-nine developed moderate to severe AKI (stages 2 and 3) during the first 7 days after LT and 38 patients needed RRT during hospital stay. The mortality rate in the first year was 26%. The AKI group was significantly younger (53 versus 57 years, p=0,01), had a greater functional MELD before transplant (16 versus 14, p=0,0001) and more severe SOFA score at ICU admission. Need for vasoactive drug, mechanical ventilation, length of ICU and hospital stay were higher in the AKI group. Urinary NGAL had an earlier elevation pattern than the PNGAL. The best performance for UNGAL was 06 hours after transplantation, with an AUC of 0.76 (95% CI 0.67-0.86), sensitivity 68%, specificity 76% and PPV 80%. The PNGAL after 18 hours of transplantation was able to predict the diagnosis of AKI by creatinine with an AUC of 0.74 (95% CI 0.60-0.88), sensitivity 87%, specificity 71% and PPV 79%. In the analysis of time to AKI diagnosis, the PNGAL and UNGAL reached the cutoff for AKI diagnosis respectively 28 and 23 hours before serum creatinine. Urinary NGAL was significantly higher in the perioperative period in patients that needed dialysis or died. The best performance was six hours after LT with with with AUC of 0,85 (CI 95% 0,77 -0,93) to predict RRT need and 0,87 (CI 95%0,73 -0,99) for mortality. Plasma NGAL elevation presented the best performance 18 hours after surgery, with an AUC to predict RRT need of 0,84 (CI 95% 0,67-0,94) and of 0,81 (CI95% 0,74-0,93) to predict mortality. Conclusion: The analysis of the elevation pattern the PNGAL and the UNGAL in the perioperative of the liver transplantation allowed an early AKI diagnosis. The UNGAL was an earlier predictor of AKI, AKI severity, need RRT and mortality. Future studies should assess whether the clinical use of these biomarkers could improve the outcome of these patients
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Balanço hídrico, injúria renal aguda e mortalidade de pacientes em unidade de terapia intensiva / Fluid balance, acute kidney injury and mortality of intensive care unit patientsAvila, Maria Olinda Nogueira 03 November 2014 (has links)
Injúria renal aguda (IRA) é doença de elevada incidência, associada a altas taxas de morbimortalidade. Sepse, pós-operatório de grandes cirurgias e baixo débito cardíaco são as principais causas de IRA em todo o mundo. Na maioria destas situações, expansão volêmica é parte do manejo preventivo e terapêutico da IRA. Contudo, a manutenção de uma estratégia de infusão liberal de fluidos pode causar balanço hídrico positivo (BH+), que tem sido associado a desfechos desfavoráveis em pacientes criticamente enfermos. BH+ frequentemente ocorre nestes pacientes que recebem grandes infusões de volume, mesmo que apresentem volume urinário considerado satisfatório ou acima de 0,5ml/kg/h. Nesta situação, se não houver elevação da creatinina sérica, não será feito o diagnóstico de IRA pelos critérios do Kidney Disease Improving Global Outcome (KDIGO), ainda que haja claro déficit na eliminação da sobrecarga hidrossalina. Este estudo observacional prospectivo, com controle pareado por dias de exposição ao BH+ avaliou a associação entre BH+ e diagnóstico subsequente de IRA (pelos critérios do KDIGO) e mortalidade em 233 pacientes admitidos em uma unidade de terapia intensiva (UTI) geral. Observamos por análise de regressão logística que cada 100 ml de aumento no BH se associou a elevação de 4% na chance de desenvolver IRA (OR 1,04; IC 95% 1,01 a 1,08). Comparado ao primeiro quartil de BH médio, o quarto quartil de BH médio (BH > +1793 ml/dia) se associou a chance 3,12 vezes maior de desenvolver IRA (OR 3,12; IC 95% 1,13 a 8,65). Comparado ao BH de zero até +1500 ml/dia, o BH médio > +1500 ml/dia se associou a chance 3,4 vezes maior de desenvolver IRA, (OR 3,4; IC 95% 1,56 a 7,48). Um modelo de efeito fixo mostrou que BH+ estava presente pelo menos seis dias antes do diagnóstico de IRA pelos critérios do KDIGO. Para avaliar o desfecho óbito, consideramos o BH durante toda internação na UTI. Observamos que cada 100 ml de aumento no BH se associou a incremento de 7% na mortalidade (OR 1,07; IC 95% 1,02 a 1,12). Comparado ao primeiro quartil, o quarto quartil de BH médio (BH > +1652 ml/dia) se associou a chance 2,8 vezes maior de evoluir para óbito (OR 2,8; IC 95% 1,04 a 7,66). Comparado aos pacientes com BH de zero a +1500 ml/dia, os pacientes com média de BH > +1500 ml/dia apresentavam chance 3,8 vezes maior de evolução para óbito (OR 3,8; IC 95% 1,55 a 9,16). Em conclusão, BH+ como variável contínua, em quartis ou utilizando ponto de corte maior do que +1500 ml/dia se associou de maneira independente a maior chance de desenvolvimento subsequente de IRA e evolução para óbito em pacientes criticamente enfermos. No presente trabalho, o BH + foi biomarcador precoce de IRA. Estes achados sugerem que BH+ deve ser incluído nos critérios de definição de IRA, ao lado da creatinina e diurese / Acute kidney injury (AKI) is a disease with high incidence, which is associated with high morbidity and mortality rates. Sepsis, major surgery and low cardiac output are the main causes of AKI worldwide. In the majority of these situations, volume expansion is part of both prevention and therapeutic management of AKI. However, maintaining liberal fluid infusion strategy can cause fluid overload and it is associated to poor outcomes in critically ill patients. Positive fluids balance (FB) frequently occurs in these patients receiving high volume infusion, even if the urinary output is adequate (above 0.5ml/kg/h). In this situation, if there is no serum creatinine (SCr) increase, AKI will not be diagnosed by current Kidney Disease Improving Global Outcome (KDIGO) criteria, even with a clear kidney inability to eliminate the body excess of fluid. This prospective, paired control, cohort study aimed to evaluate the association between positive FB and subsequent development of AKI by KDIGO criteria and mortality in 233 critically ill adults. By multiple logistic regression, we showed that each 100 ml increase in FB was independently associated to a 4% increase in the chances for developing subsequent AKI (OR 1.04; 95% CI 1.01 to 1.08). When compared to the first quartile, the fourth FB quartile (FB > +1793ml/day) was associated with a 3.12 times greater chance of developing AKI (OR 3.12; 95% CI 1.13 to 8.65). Compared to FB zero to 1,500ml/24h, the mean FB above +1,500 ml/24h was associated with an OR of 3.4 for AKI (OR 3.4; 95% CI 1.56 to 7.48). A mixed effect model demonstrated that a positive FB predicted AKI development defined by KDIGO criteria within 6 days. To assess the outcome mortality, we evaluated the mean FB during the whole ICU hospitalization. Each 100 ml increase in FB was associated to a 7% increase in the chances for death (OR 1.07; 95% CI 1.02 to 1.12). Compared to the first quartile, patients in the fourth FB quartile (FB > +1652 ml/day) showed an OR of 2.8 for death (OR 2.8; 95% CI 1.04 to 7.66). Mean FB above +1,500 ml/24h was associated with an OR of 3.8 for death, as compared to FB zero to 1,500ml/24h (OR 3.8; 95% CI 1.55 to 9.16). In conclusion, positive FB, as continuum variable, as quartiles and as absolute thresholds, was independently associated with subsequent AKI development and death in critically ill patients. In this study, the positive FB was early biomarker of AKI. These findings suggest that positive FB should be included in the criteria for AKI in addition to serum creatinine and urine output
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Efeitos da fitoterapia na injúria renal aguda induzida pela peçonha de Bothrops jararaca / Effects of Schizolobium parahyba extract on experimental Bothrops venom-induced acute kidney injuryMartines, Monique Silva 09 December 2013 (has links)
Introdução: Injúria renal aguda (IRA) é complicação frequente do acidente causado por serpentes do gênero Bothrops, acarretando morbidade e mortalidade significativas. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de Schizolobium parahyba (Sp), que é uma planta com efeito anti-botrópico presumido, em modelo experimental de IRA induzida pela peçonha de Bothrops jararaca (Bj). Métodos: Grupos de 8 a 10 ratos machos Wistar (250-300g) receberam infusões de solução salina a 0,9% (grupo controle, C), infusão de Sp 2 mg/kg (SpE), infusão de Bj 0,25 mg/kg (Pe) e infusão de Bj seguida imediatamente por Sp (tratamento, T) nas doses já descritas. Após as respectivas infusões os animais foram estudados quanto ao ritmo de filtração glomerular (RFG, depuração de inulina), fluxo sanguíneo renal (FSR, ultrassom Doppler), pressão arterial média (PAM, transdutor intraarterial), resistência vascular renal (RVR), osmolalidade urinaria (Uosm, ponto de congelamento), NGAL urinário (NGAL, ELISA), láctato desidrogenase (DHL, método cinético), hematócrito (Ht, microhematócrito), fibrinogênio (Fb, Klauss modificado) e histologia renal realizada por patologista que desconhecia o tratamento dos animais (escore de necrose tubular aguda). Resultados: Bj causou quedas estatisticamente significantes no RFG, FSR, Uosm, Ht e Fb, aumento estatisticamente significantes na RVR, NGAL, e DHL e necrose tubular aguda. Estas alterações não foram prevenidas por Sp, que na verdade causou queda estatisticamente significante no RFG quando usado isoladamente. Conclusões: Sp administrado simultaneamente com Bj, em dosagem de aproximadamente 10:1, não foi capaz de prevenir a IRA, nem a hemólise e consumo de fibrinogênio causados pela peçonha botrópica. Sp usado isoladamente causou queda do RFG / Effects of Schizolobium parahyba extract on experimental Bothrops venom-induced acute kidney injury Introduction: Venom-induced acute kidney injury (AKI) is a frequent complication of Bothrops snakebite, carrying relevant morbidity and mortality. Objectives: The aim of this study was to assess the effects of Schizolobium parahyba (SP) extract, a natural medicine with presumed anti Bothrops venom effects, in an experimental model of Bothrops jararaca venom (BV) - induced AKI. Methods: Groups of 8 to10 rats received infusions of 0.9% saline (control, C), SP 2 mg/kg, BV 0.25 mg/kg and BV immediately followed by SP (treatment, T) in the dosis previously described. After the respective infusions animals were assessed for glomerular filtration rate (GFR, inulin clearance), renal blood flow (RBF, Doppler), blood pressure (BP, intra-arterial transducer), renal vascular resistance (RVR), urinary osmolality (UO, freezing point), urinary NGAL (NGAL, ELISA), lactic dehydrogenase (LDH, kinetic method), hematocrit (Hct, microhematocrit), fibrinogen (Fi, Klauss modified) and blinded renal histology (acute tubular necrosis score). Results: BV caused significant decrease in GFR, RBF, UO, HcT and Fi, significant increase in RVR, NGAL, and LDH and acute tubular necrosis. These changes were not prevented by SP, which actually caused a significant GFR decrease when used alone. Conclusions: SP administered simultaneously with BV, in an approximate 10:1 concentration, was not able to prevent BV-induced AKI, hemolysis and fibrinogen consumption. SP used alone caused GFR decrease
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Ácidos graxos de cadeia curta, produtos do metabolismo da microbiota intestinal, protegem da lesão renal aguda. / Short chain fatty acid, a metabolism product from gut microbiota, protect from acute kidney injury.Oliveira, Vinicius de Andrade 05 December 2014 (has links)
Os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) são produzidos pela microbiota intestinal e possuem papéis anti-inflamatórios e ação inibitória sobre histona deacetilases. A lesão renal aguda (LRA) é caracterizada por uma inflamação renal que influencia a função do rim. Este projeto avaliou se o tratamento com os AGCC impactaria nos desfechos inflamatórios da LRA em camundongos. Foi observado que o tratamento com AGCC, protege da LRA. Esta melhora foi associada a uma menor inflamação e menor taxa de apoptose. Além disso, o tratamento com acetato diminuiu a atividade de histona deacetilase. Administrando bactérias produtoras de acetato, também foi possível observar uma proteção da LRA, junto de uma menor inflamação sistêmica. Esta proteção do AGCC na LRA foi também observada em modelo de LRA secundária à sepse In vitro, o tratamento com AGCC modularam tanto células imunes como células renais sob estímulos inflamatórios e de hipóxia. AGCC modulam processos inflamatórios no rim via ações epigenéticas ou não, podendo ser uma promissora ferramenta na proteção da LRA. / Short-Chain Fatty Acids (SCFA) are produced by the intestinal microbiota and have anti-inflammatory and histone deacetylases inhibitors properties. Acute kidney injury (AKI) is characterized by renal inflammation that may impair kidney function. This project evaluated whether treatment with SCFA inflammatory impacts the outcomes of AKI in mice. It was observed that treatment with SCFA protected the AKI. This improvement was associated with less inflammation and lower apoptosis rate. In addition, treatment with acetate decreased the activity of histone deacetylase. Giving bacteria producing acetate, was also observed protection from AKI, along with a lower systemic inflammation. This protection of the AGCC in AKI was also observed in sepsis model. In vitro, SCFA treatment modulated both immune cells and renal cells under hypoxia and inflammatory stimuli. SCFA modulate inflammatory processes in the kidney via epigenetic actions or not, may be a promising tool in the protection of the AKI.
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Evolução da injúria renal aguda causada pela sobrecarga de sódio na dieta: tratamento com N-acetilcisteína e os efeitos no metabolismo ósseo / Acute kidney injury induced by diet sodium overload: N-acetylcysteine treatment and its effects on bone metabolismRomão, Carolina Martinez 04 June 2018 (has links)
Estudos tem demonstrado que a injúria renal aguda (IRA) pode evoluir para doença renal aguda ou crônica, principalmente quando associada à comorbidades como a hipertensão sal-dependente. Além disso, o desenvolvimento da perda de função renal é comumente associado a distúrbios mineral e ósseo. O uso de antioxidantes como a N-acetilcisteína (NAC) tem sido utilizado para prevenir a lesão da IRA, no entanto pouco se sabe sobre o uso deste medicamente em um período prolongado e os seus efeitos no metabolismo mineral e ósseo. Sendo assim os objetivos do presente estudo foram avaliar a repercussão da sobrecarga de sódio na dieta em modelo de IRA com ou sem tratamento com NAC, e observar a influência da IRA, dieta hipersódica e tratamento no metabolismo mineral e ósseo após 10 semanas de protocolo. Para isto foram utilizados ratos machos Wistar alimentados com dieta normossódica (0,5% Na - NS) ou hipersódica (3,2% Na - HS), tratados com ou sem NAC (IR NAC) (600mg/L) e submetidos à cirurgia de isquemia (45 minutos) e reperfusão renal bilateral (IR) ou Sham. Os animais foram acompanhados por 10 semanas após a cirurgia. Foram avaliadas pressão arterial caudal, função renal, metabolismo mineral e histomorfometria óssea. Os animais que sofreram IR e foram alimentados com dieta HS apresentaram maior excreção de sódio, cálcio e fósforo e albuminúria. A albuminúria correlacionou-se com o aumento do PTH induzindo a um maior tecido osteoide e superfície de osteoblastos nestes animais. A NAC diminuiu excreção de sódio, cálcio, fósforo, albuminúria e PTH, mas causou a diminuição do volume ósseo e aumento da separação trabecular. A ingestão do sódio influenciou nos níveis séricos altos de 1-25(OH)2D e baixos de FGF-23. Estes resultados sugerem que a sobrecarga de sal na dieta causou evolução da IRA após 10 semanas. Essa perda de função renal aumentou o PTH, volume osteoide e osteoblastos. Em contrapartida, o tratamento com a NAC preveniu a progressão da disfunção renal, mas levou à perda de massa óssea / Studies have shown that acute kidney injury (AKI) can progress to acute or chronic kidney disease especially when associated with co-morbidities such as salt-dependent hypertension. In addition to impairment of renal function there is association with mineral and bone disorders. The antioxidants such as N-acetylcysteine (NAC) has been used to prevent the AKI; however; the prolonged use and its effects in mineral and bone metabolism is not well studied. The aim of the study was to evaluate dietary sodium overload repercussion on the AKI associated to NAC treatment and to observe its effects on bone metabolism after 10 weeks. Were used Wistar rats were fed with normal sodium (0.5% NaCl - NS) or high sodium (3.2% NaCl - HS) diet and treated or not with NAC (600 mg/L) and submitted to renal ischemia (45 minutes) and reperfusion (IR) or Sham surgery. The animals were followed up for 10 weeks after surgery. We evaluated caudal blood pressure, renal function, mineral metabolism and bone histomorphometry. In our results urinary sodium, calcium, phosphorus excretion and albuminuria were higher in HS IR animals. There was a positive correlation between albuminuria and PTH leading to osteoid tissue and surface of osteoblasts augmentation in these animals. In other hand, NAC decreased sodium, calcium, phosphorus excretion, albuminuria and PTH; however, it was observed lower bone volume and higher trabecular separation. Sodium intake had an isolated effect on 1-25(OH)2D and FGF-23. These results suggest that overload salt diet caused AKI development. Loss of renal function increased PTH, osteoid volume and osteoblasts Treatment with NAC prevented renal function impairment, however it induced to bone mass loss
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Deficiência de Klotho em disfunção de múltiplos órgãos relacionada à sepse em camundongos / Klotho deficiency aggravates sepsis-related multiple organ dysfunctionJorge, Lectícia Barbosa 07 July 2017 (has links)
A sepse relacionada à disfunção de múltiplos órgãos é caracterizada por uma intensa resposta inflamatória e um aumento do estresse oxidativo. A lesão renal aguda (LRA) é uma complicação grave e ocorre em aproximadamente metade dos pacientes com choque séptico. Apesar dos avanços no entendimento e tratamento da sepse, as taxas de mortalidade da LRA séptica chegam a 75%, valores ainda inaceitáveis. Mais de 60% dos casos de sepse ocorrem em idosos. A sepse, a lesão renal aguda e a idade avançada são em conjunto uma condição altamente fatal. O Klotho é uma proteína supressora do envelhecimento, com propriedades antioxidantes e que já demonstrou ser nefro-protetora no modelo de lesão renal aguda por iquemia e reperfusão. O papel do Klotho na sepse e na LRA da sepse permanece ainda desconhecido. O objetivo desse estudo foi avaliar se a redução da expressão de Klotho poderia piorar a evolução da sepse e das suas disfunções orgânicas, em especial a LRA. Para isso utilizamos camundongos heterozigotos haploinsuficientes para gene Klotho (Kl+/-) e seus irmãos de linhagem wild type (WT) divididos em 4 grupos: 1. Grupo Sham-WT: animais WT submetidos à cirurgia com apenas localização ceco; 2. Grupo LPC-WT: animais WT submetidos à cirurgia com ligação e punção do ceco (LPC); 3. Sham-Kl+/-: animais haploinsuficientes para o gene Klotho submetidos à cirurgia com apenas localização ceco; 4. LPC-Kl+/-: animais haploinsuficientes para o gene Klotho submetidos à cirurgia LPC. Inicialmente foi demonstrado que a sepse é um estado de deficiência de Klotho, já que a expressão renal de Klotho diminuiu após a realização da LPC tanto nos animais WT quanto nos Kl+/-comparados com seus respectivos grupos Sham. Os animais LPC-Kl+/- apresentaram uma significativa menor sobrevida quando comparados aos LPC-WT. O grupo LPC-Kl+/- evoluiu com uma LRA mais severa demonstrada por redução do débito urinário, aumento da ureia plasmática e um pior escore de dano tubular renal. Os animais LPC-Kl+/- apresentavam ainda uma piora da perfusão tecidual, evidenciada por um aumento mais significativo do lactato, e também uma maior lesão hepática. A deficiência de Klotho também esteve associada a um aumento do estresse oxidativo, um aumento das citocinas inflamatórias sistêmicas e no tecido renal, bem como a uma maior ativação do NF-kB. Na avaliação hemodinâmica, curiosamente, os camundongos LPC-Kl+/- também apresentaram uma menor variabilidade da frequência cardíaca com menor atividade simpática, um prejuízo na resposta barorreflexa e uma resposta deficiente da pressão arterial à droga vasopressora. Podemos concluir, com os achados desse estudo, que a baixa expressão de Klotho reduz a sobrevida, agrava a sepse e suas disfunções orgânicas por aumentar o estresse oxidativo e a resposta inflamatória. A utilização da proteína Klotho no tratamento da sepse e da lesão renal aguda pode constituir-se uma nova perspectiva terapêutica a ser tentada na prática clínica / Sepsis-related multiple organ dysfunction is characterized by an intense inflammatory response and increased oxidative stress. Acute renal injury (AKI) is a serious complication that occurs in approximately half of all patients with septic shock. Despite advances in treatment, sepsis mortality can still be unacceptably high (<= 75%). More than 60% of all cases of sepsis occur in the elderly. Sepsis, AKI, and advanced age appear to be closely related, making for a highly lethal combination. Klotho is an antioxidant-suppressing protein that is known to protect the kidneys in experimental ischemia. The role of Klotho in sepsis and sepsis-induced AKI remains unknown. The aim of this study was to determine whether reduced Klotho expression could worsen the evolution of sepsis and the associated organic dysfunction, especially AKI. To that end, we used Klotho gene (Kl+/-) haploinsufficient heterozygous mice and their wild-type (WT) littermates, divided into 4 groups: CLP-WT, WT mice submitted to cecal ligation and puncture (CLP) to induce sepsis; Sham-WT, WT mice submitted to surgery with cecum localization only (sham-operated); CLP-Kl+/-, Klotho haploinsufficient mice submitted to CLP; and Sham-Kl+/-, sham-operated Klotho haploinsufficient mice. Initially, sepsis was shown to be a Klotho deficient state, because post-procedure renal expression of Klotho was lower in the CLP-WT and CLP-Kl+/- groups than in the respective control groups. The CLP-Kl+/- group showed significantly lower survival than did the CLP-WT group. Sepsis-induced AKI was more severe in the CLP-Kl+/- group than in the CLP-WT group, the former showing lower urine output, higher plasma urea, and higher renal tubular damage scores. The CLP-Kl+/- mice also showed decreased tissue perfusion, as evidenced by a more significant increase in lactate, together with greater hepatic injury. Klotho deficiency was also associated with increased oxidative stress, increased systemic/renal tissue inflammatory cytokine production, and greater NF-?B activation. We find it curious that, in the hemodynamic evaluation, the CLP-Kl+/- mice had lower heart rate variability with lower sympathetic activity, a poorer baroreflex response, and a lower blood pressure response to vasopressor agents than did the CLP-WT mice. Our findings suggest that low Klotho expression reduces survival and aggravates sepsis, as well as the associated organic dysfunction, by increasing oxidative stress and the inflammatory response. The use of Klotho protein in the treatment of sepsis and sepsis-induced AKI might constitute a new therapeutic strategy to be evaluated in clinical practice
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