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Nefropatia induzida por contraste em pacientes submetidos a angioplastia primÃria no infarto agudo do miocÃrdio / Contrast-induced nephropathy after primary angioplasty for acute myocardial infarctionJOAQUIM DAVID CARNEIRO NETO 24 June 2015 (has links)
IntroduÃÃo: A prevenÃÃo da nefropatia induzida por contraste (NIC) à difÃcil nas situaÃÃes de emergÃncia tornando essenciais estudos sobre NIC em pacientes submetidos à angioplastia de urgÃncia.
Objetivo: Determinar a incidÃncia e fatores associados à NIC em pacientes com infarto agudo do miocÃrdio (IAM) submetidos à angioplastia nas primeiras 12 horas apÃs inÃcio dos sintomas.
MÃtodos: Foram estudados 201 casos consecutivos de IAM com supradesnivelamento do segmento ST com menos de 12 horas de evoluÃÃo. Todos os pacientes foram submetidos ao mesmo protocolo de angioplastia. A NIC foi definida como elevaÃÃo absoluta da creatinina de pelo menos 0,5 mg/dL e/ou aumento relativo da creatinina de 25% em relaÃÃo ao valor basal no perÃodo entre 48 e 72 horas apÃs a administraÃÃo do contraste. As variÃveis que diferiram entre os pacientes com e sem NIC na anÃlise univariada foram analisadas por regressÃo logÃstica.
Resultados: A amostra foi formada por 135 (67,2%) homens e 66 (32,8%) mulheres com idade mÃdia de 66,6 Â 11,7 anos. A incidÃncia de NIC foi de 23,8%. Na anÃlise univariada os pacientes com NIC eram mais idosos e com maior frequÃncia de fraÃÃo de ejeÃÃo do ventrÃculo esquerdo ≤ 40% e da classificaÃÃo Killip ≥ 2. Na anÃlise multivariada nÃo foram encontrados preditores independentes de NIC.
ConclusÃo: A NIC acomete  dos pacientes com IAM submetidos à angioplastia sem variÃveis preditoras. Esse resultado ressalta a necessidade de medidas preventivas para NIC apÃs uso de contraste em angioplastia de urgÃncia. / Introduction: The prevention of contrast-induced nephropathy (CIN) is difficult in emergency situations, making it essential to study CIN in patients submitted to urgent angioplasty.
Objective: To determine the incidence and associated factors to CIN in patients with myocardial infarction (MI) submitted to primary angioplasty in the first 12 hours after onset of symptoms.
Methods: We studied 201 consecutive cases of MI with ST-segment elevation with less than 12 hours of evolution. All patients were submitted to the same angioplasty protocol. CIN was defined as an absolute increase of creatinine of at least 0.5 mg/dL and/or a relative increase of creatinine of 25% in relation to baseline in a period between 48 and 72 hours after contrast administration. The variables that differed between patients with and without CIN in univariate analysis were analyzed by logistic regression.
Results: The sample was formed by 135 (67.2%) men and 66 (32.8%) women, with mean age of 66.6 Â 11.7 years. The incidence of CIN was 23.8%. In univariate analysis the patients with CIN were older and had higher frequency of left ventricular ejection fraction ≤ 40% and Killip classification ≥ 2. In multivariate analysis, we did not find independent predictors of CIN.
Conclusion: CIN occurred in  of the patients with MI submitted to angioplasty without predictor variables. This finding highlights the need for CIN preventive measures after contrast use in emergency angioplasty.
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Ácidos graxos de cadeia curta, produtos do metabolismo da microbiota intestinal, protegem da lesão renal aguda. / Short chain fatty acid, a metabolism product from gut microbiota, protect from acute kidney injury.Vinicius de Andrade Oliveira 05 December 2014 (has links)
Os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) são produzidos pela microbiota intestinal e possuem papéis anti-inflamatórios e ação inibitória sobre histona deacetilases. A lesão renal aguda (LRA) é caracterizada por uma inflamação renal que influencia a função do rim. Este projeto avaliou se o tratamento com os AGCC impactaria nos desfechos inflamatórios da LRA em camundongos. Foi observado que o tratamento com AGCC, protege da LRA. Esta melhora foi associada a uma menor inflamação e menor taxa de apoptose. Além disso, o tratamento com acetato diminuiu a atividade de histona deacetilase. Administrando bactérias produtoras de acetato, também foi possível observar uma proteção da LRA, junto de uma menor inflamação sistêmica. Esta proteção do AGCC na LRA foi também observada em modelo de LRA secundária à sepse In vitro, o tratamento com AGCC modularam tanto células imunes como células renais sob estímulos inflamatórios e de hipóxia. AGCC modulam processos inflamatórios no rim via ações epigenéticas ou não, podendo ser uma promissora ferramenta na proteção da LRA. / Short-Chain Fatty Acids (SCFA) are produced by the intestinal microbiota and have anti-inflammatory and histone deacetylases inhibitors properties. Acute kidney injury (AKI) is characterized by renal inflammation that may impair kidney function. This project evaluated whether treatment with SCFA inflammatory impacts the outcomes of AKI in mice. It was observed that treatment with SCFA protected the AKI. This improvement was associated with less inflammation and lower apoptosis rate. In addition, treatment with acetate decreased the activity of histone deacetylase. Giving bacteria producing acetate, was also observed protection from AKI, along with a lower systemic inflammation. This protection of the AGCC in AKI was also observed in sepsis model. In vitro, SCFA treatment modulated both immune cells and renal cells under hypoxia and inflammatory stimuli. SCFA modulate inflammatory processes in the kidney via epigenetic actions or not, may be a promising tool in the protection of the AKI.
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Avaliação morfofuncional do rim de cães com e sem nefropatias submetidos a anestesia / Morfofunctional kidney evaluation in nephropathic and non-nephropatic dogs submitted to anesthesiaCastro, Luma Tatiana Silva 02 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-02 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Surgeries and anesthesia performed on dogs could cause kidney injury or worsen their renal
functions if they are already sick. There is a literature gap in studies discussing post-surgery
monitoring and its effects. This study aimed to evaluate dogs who undergone surgeries, in
animals considered healthy and in those who had any renal alterations before surgery to
evaluate if they developed any renal impairment due to surgery and anesthesia. Dogs were
monitored and evaluated before and after surgeries in order to detect if they had any renal
injury due to surgery or post-operative procedures. Evaluation took place right after the
surgery and after certain time range from the surgery (Two, Seven, 28 and 90 days). Blood
and Urine samples were drawn from the dogs to better classify them as healthy or having
kidney injury. Consequently, hematological, urinary and blood gases profiles were
proceeded. Few dogs with normal renal function that were submitted to surgery had
transitory renal injury (23%). Nephropatic dogs that received specific therapy for renal
protection did not presented tubular lesion due to surgery. Hypotension occurred in
nephropatic dogs despite the use of non-hypotensive drug therapy but in a low frequency
and had brief renal impairment. Anesthesia induced hypotension in non nephropatic dogs
(54%) for the usage of hypotensive drug therapy. / Procedimentos anestésicos podem contribuir para a disfunção renal no paciente hígido ou
mesmo agravar a injúria do nefropata. Na medicina veterinária, há um déficit de literatura
sobre a temática relacionando lesão renal decorrente da anestesia e monitorização destes
animais, uma vez que o acompanhamento no pós-operatório, na maioria das vezes, não é
realizado. O estudo objetivou avaliar a morfofuncionalidade do rim em 23 cães submetidos
a cirurgia atendidos no Hospital Veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia da
Universidade Federal de Goiás. Exames clínicos e laboratoriais foram feitos para
determinação do perfil renal dos pacientes e, posteriormente, determinar se os mesmos
seriam incluídos no grupo nefropata ou no grupo não nefropata. Exames de bioquímica
sérica e urinária, exame de urina, razão PU/CU, hemogasometria, hemograma e excreção
fracionada de sódio e potássio foram procedidos. Os pacientes foram monitorizados com
mensurações dos parâmetros clínicos e laboratoriais anterior ao procedimento, ao final da
cirurgia, com dois dias, sete, 28 e 90 dias. Constatou-se que cães sem evidência clínica e
laboratorial de nefropatia e submetidos a condições adequadas de pré, trans e pós-operatório
houve lesão tubular secundária a anestesia foi transitória e em poucos pacientes (23%).
Cães nefropatas estabilizados e submetidos protocolos diferenciados no pré, trans e pósoperatório,
não apresentaram indicativo de lesão tubular secundária a anestesia. Na cirurgia,
os cães nefropatas (30%) submetidos a protocolos anestésicos sem acepromazina,
apresentam menor ocorrência de hipotensão que os não nefropatas (54%), submetidos a
protocolos anestésicos com acepromazina. Hipotensão anestésica afeta a integridade renal
de forma transitória.
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Balanço hídrico, injúria renal aguda e mortalidade de pacientes em unidade de terapia intensiva / Fluid balance, acute kidney injury and mortality of intensive care unit patientsMaria Olinda Nogueira Avila 03 November 2014 (has links)
Injúria renal aguda (IRA) é doença de elevada incidência, associada a altas taxas de morbimortalidade. Sepse, pós-operatório de grandes cirurgias e baixo débito cardíaco são as principais causas de IRA em todo o mundo. Na maioria destas situações, expansão volêmica é parte do manejo preventivo e terapêutico da IRA. Contudo, a manutenção de uma estratégia de infusão liberal de fluidos pode causar balanço hídrico positivo (BH+), que tem sido associado a desfechos desfavoráveis em pacientes criticamente enfermos. BH+ frequentemente ocorre nestes pacientes que recebem grandes infusões de volume, mesmo que apresentem volume urinário considerado satisfatório ou acima de 0,5ml/kg/h. Nesta situação, se não houver elevação da creatinina sérica, não será feito o diagnóstico de IRA pelos critérios do Kidney Disease Improving Global Outcome (KDIGO), ainda que haja claro déficit na eliminação da sobrecarga hidrossalina. Este estudo observacional prospectivo, com controle pareado por dias de exposição ao BH+ avaliou a associação entre BH+ e diagnóstico subsequente de IRA (pelos critérios do KDIGO) e mortalidade em 233 pacientes admitidos em uma unidade de terapia intensiva (UTI) geral. Observamos por análise de regressão logística que cada 100 ml de aumento no BH se associou a elevação de 4% na chance de desenvolver IRA (OR 1,04; IC 95% 1,01 a 1,08). Comparado ao primeiro quartil de BH médio, o quarto quartil de BH médio (BH > +1793 ml/dia) se associou a chance 3,12 vezes maior de desenvolver IRA (OR 3,12; IC 95% 1,13 a 8,65). Comparado ao BH de zero até +1500 ml/dia, o BH médio > +1500 ml/dia se associou a chance 3,4 vezes maior de desenvolver IRA, (OR 3,4; IC 95% 1,56 a 7,48). Um modelo de efeito fixo mostrou que BH+ estava presente pelo menos seis dias antes do diagnóstico de IRA pelos critérios do KDIGO. Para avaliar o desfecho óbito, consideramos o BH durante toda internação na UTI. Observamos que cada 100 ml de aumento no BH se associou a incremento de 7% na mortalidade (OR 1,07; IC 95% 1,02 a 1,12). Comparado ao primeiro quartil, o quarto quartil de BH médio (BH > +1652 ml/dia) se associou a chance 2,8 vezes maior de evoluir para óbito (OR 2,8; IC 95% 1,04 a 7,66). Comparado aos pacientes com BH de zero a +1500 ml/dia, os pacientes com média de BH > +1500 ml/dia apresentavam chance 3,8 vezes maior de evolução para óbito (OR 3,8; IC 95% 1,55 a 9,16). Em conclusão, BH+ como variável contínua, em quartis ou utilizando ponto de corte maior do que +1500 ml/dia se associou de maneira independente a maior chance de desenvolvimento subsequente de IRA e evolução para óbito em pacientes criticamente enfermos. No presente trabalho, o BH + foi biomarcador precoce de IRA. Estes achados sugerem que BH+ deve ser incluído nos critérios de definição de IRA, ao lado da creatinina e diurese / Acute kidney injury (AKI) is a disease with high incidence, which is associated with high morbidity and mortality rates. Sepsis, major surgery and low cardiac output are the main causes of AKI worldwide. In the majority of these situations, volume expansion is part of both prevention and therapeutic management of AKI. However, maintaining liberal fluid infusion strategy can cause fluid overload and it is associated to poor outcomes in critically ill patients. Positive fluids balance (FB) frequently occurs in these patients receiving high volume infusion, even if the urinary output is adequate (above 0.5ml/kg/h). In this situation, if there is no serum creatinine (SCr) increase, AKI will not be diagnosed by current Kidney Disease Improving Global Outcome (KDIGO) criteria, even with a clear kidney inability to eliminate the body excess of fluid. This prospective, paired control, cohort study aimed to evaluate the association between positive FB and subsequent development of AKI by KDIGO criteria and mortality in 233 critically ill adults. By multiple logistic regression, we showed that each 100 ml increase in FB was independently associated to a 4% increase in the chances for developing subsequent AKI (OR 1.04; 95% CI 1.01 to 1.08). When compared to the first quartile, the fourth FB quartile (FB > +1793ml/day) was associated with a 3.12 times greater chance of developing AKI (OR 3.12; 95% CI 1.13 to 8.65). Compared to FB zero to 1,500ml/24h, the mean FB above +1,500 ml/24h was associated with an OR of 3.4 for AKI (OR 3.4; 95% CI 1.56 to 7.48). A mixed effect model demonstrated that a positive FB predicted AKI development defined by KDIGO criteria within 6 days. To assess the outcome mortality, we evaluated the mean FB during the whole ICU hospitalization. Each 100 ml increase in FB was associated to a 7% increase in the chances for death (OR 1.07; 95% CI 1.02 to 1.12). Compared to the first quartile, patients in the fourth FB quartile (FB > +1652 ml/day) showed an OR of 2.8 for death (OR 2.8; 95% CI 1.04 to 7.66). Mean FB above +1,500 ml/24h was associated with an OR of 3.8 for death, as compared to FB zero to 1,500ml/24h (OR 3.8; 95% CI 1.55 to 9.16). In conclusion, positive FB, as continuum variable, as quartiles and as absolute thresholds, was independently associated with subsequent AKI development and death in critically ill patients. In this study, the positive FB was early biomarker of AKI. These findings suggest that positive FB should be included in the criteria for AKI in addition to serum creatinine and urine output
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Fatores de risco associados à nefrotoxicidade em pacientes Tratados com polimixina B / Risk factors associated with nephrotoxicity in patients treated with polymyxin BMoresco, Isabel Cristina 08 March 2018 (has links)
Submitted by Rosangela Silva (rosangela.silva3@unioeste.br) on 2018-05-24T17:46:38Z
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Previous issue date: 2018-03-08 / In the last 20 years, with the emergence of multiresistant gram-negative
bacteria, polymyxins, which had fallen into disuse due to their high toxicity, were
once again used as an alternative for the treatment of these infections. This antibiotic
group is active against most enterobacteria and non-fermenting gram-negative
bacteria, ocular, urinary tract, meninges, and bloodstream infections. The
recommended dose of polymyxin B (PMB) in patients with normal renal function is
1.5 to 2.5 mg.kg-1.day-1 and the dose can be divided twice. For patients with impaired
renal function, it is recommended to adjust the dose according to creatinine
clearance. Because nephrotoxicity is the major limiting factor in the use of this class
of antibiotics, a retrospective observational study was conducted to identify possible
risk factors for the development of acute renal injury (ARF) in patients using the
antibiotic PMB. The necessary information was collected to perform the study in
medical records, medical prescriptions and results of laboratory tests from the
patients who used PMB in a period of 5 years in a Brazilian hospital. Inclusion criteria
for the study were: patients over 18 years of age who used intravenous PMB for
more than 72 hours. To classify ARI levels, baseline creatinine was calculated by the
average of the last five serum creatinine tests before the first dose of the antibiotic.
This calculated value and the highest level of serum creatinine during treatment were
used to identify and classify renal damage according to the criteria of the RIFLE
(Risk, Injury and Failure and Loss and End-stage renal disease) filtration rate. The
study included 120 patients, most of them male (89; 74.2%) with an average age of
50 years. The most frequent pre-existing comorbidities were systemic hypertension
(50; 41.7%), diabetes mellitus (21; 17.5%), nephropathies (14; 11.7%) and obesity
(13; 10.8%). The main infection was pneumonia (35.8%) and the most frequently
identified infectious agent was Acinetobacter baumannii (67.9%). PMB treatments
were performed for 13 days and the average daily dose was 191.5 mg. The high
incidence of mortality in the studied population (46.7%) may be related to the critical
clinical status of the patients, because at some point of hospitalization, 111 patients
(92.5%) needed intensive care. In the population studied to evaluate risk factors, 12
patients (13.5%) presented risk, 22 (25.0%) injury, 30 (34.1%) renal failure,
according to RIFLE criteria. In addition, in the group that patients developed ARF,
51.9% died, whereas in the group that did not present, only 12.5% died. There was a
statistically significant difference between the groups that developed or not ARF, for
the following variables: treatment time greater than 10 days, accumulated PMB dose,
hypoalbuminemia and concomitant use of furosemide. However, the variables that
remained in the final multivariate logistic regression model were treatment time
greater than 10 days and hypoalbuminemia. Several factors inherent to the patient
and the drug are related to ARF and strategies should be created in order to
minimize these effects. The monitoring of renal function in all patients, especially
those at risk, and the follow-up of the infection to reduce the time of treatment are
highlighted. / Nos últimos 20 anos, com o surgimento de bactérias gram-negativas
multirresistentes, as polimixinas, que tinham caído em desuso pela elevada
toxicidade, voltaram a ser utilizadas como uma alternativa para tratamento dessas
infecções. Esse grupo de antibiótico é ativo contra a maioria das enterobactérias e
das bactérias gram-negativas não fermentadoras, em infecções oculares, do trato
urinário, das meninges e da corrente sanguínea. A dose recomendada de polimixina
B (PMB), em pacientes com função renal normal, é de 1,5 a 2,5 mg Kg-1 dia-1 e a
dose pode ser dividida em duas vezes. Para os pacientes com alteração da função
renal, recomenda-se ajustar a dose de acordo com a depuração de creatinina. Como
a nefrotoxicidade é o maior limitante do uso dessa classe de antibióticos, um estudo
observacional retrospectivo foi realizado com o objetivo de identificar os possíveis
fatores de risco para o desenvolvimento de injúria renal aguda (IRA) em pacientes
que utilizaram o antibiótico PMB. Foram coletadas as informações necessárias para
realizar o estudo em prontuários, prescrições médicas e resultados de exames
laboratoriais dos pacientes que utilizaram PMB em um período de 5 anos em um
hospital brasileiro. Os critérios de inclusão para o estudo foram: pacientes maiores
de 18 anos que utilizaram PMB por via endovenosa por mais de 72 horas. Para
classificar os níveis de IRA, a creatinina basal foi calculada pela média entre os
cinco últimos exames de creatinina sérica antes da primeira dose do antibiótico.
Esse valor calculado e o maior nível de creatinina sérica durante o tratamento foram
usados para identificar e classificar o dano renal segundo os critérios da taxa de
filtração glomerular de RIFLE (Risk, Injury and Failure and Loss, and End-stage renal
disease). Foram inclusos no estudo 120 pacientes, a maioria do sexo masculino (89;
74,2%) com média de idade de 50 anos. As comorbidades pré-existentes presentes
com maior frequência foram hipertensão arterial sistêmica (50; 41,7%), diabetes
mellitus (21; 17,5%) nefropatias (14; 11,7%) e obesidade (13; 10,8%). A principal
infecção tratada foi pneumonia (35,8%) e o agente infeccioso mais identificado foi o
Acinetobacter baumannii (67,9%). Os tratamentos com a PMB foram realizados
durante 13 dias e a dose média diária de 191,5 mg. A alta incidência de mortalidade
da população estudada (46,7%) pode estar relacionada ao estado clínico crítico dos
pacientes, pois, em algum momento do internamento, 111 pacientes (92,5%)
precisaram de cuidados intensivos. Na população estudada para avaliar os fatores
de risco, 12 pacientes (13,5%) apresentam risco, 22 (25,0%) injúria, 30 (34,1%)
falência renal, segundo os critérios de RIFLE. Além disso, no grupo que os pacientes
desenvolveram IRA, 51,9% foram a óbito, enquanto que no grupo que não
apresentou foram apenas 12,5%. Houve diferença estatisticamente significativa
entre os grupos que desenvolveram, ou não, IRA, para as seguintes variáveis:
tempo de tratamento superior a 10 dias, dose acumulada de PMB, hipoalbuminemia
e uso concomitante de furosemida. Porém, as variáveis que permaneceram no
modelo final de regressão logística multivariável foram o tempo de tratamento
superior a 10 dias e a hipoalbuminemia. Vários fatores inerentes ao paciente e à
droga estão relacionados à IRA e estratégias devem ser criadas com o intuito de
minimizar esses efeitos. Destacam-se a monitorização da função renal em todos os
pacientes, principalmente os de risco, e o acompanhamento da infecção para
diminuir o tempo de tratamento.
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Associação entre função endotelial, agregabilidade plaquetária, injúria renal aguda e eventos cardiovasculares em pacientes submetidos a cirurgias vasculares / Association between endothelial function, platelet aggregability, acute kidney injury and cardiovascular events in patients submitted to vascular surgeriesMauricio Brito Teixeira 15 September 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A Injúria Renal Agurda (IRA) é uma síndrome com morbidade e mortalidade elevadas. O desenvolvimento de IRA e disfunção cardíaca aguda (DCA) no período pós-operatório de cirurgias vasculares compartilham fatores de risco e mecanismos fisiopatológicos. Neste estudo, levantamos a hipótese que o desenvolvimento de IRA em pacientes submetidos a cirurgias vasculares aumentaria o risco de DCA. Também avaliamos a Dilatação mediada pelo Fluxo (FMD), como medida de disfunção endotelial e testes de agregabilidade plaquetária com o intuito de identificar características relacionadas ao mecanismo fisiopatológico que levam a estes eventos em pacientes submetidos a cirurgias vasculares. MÉTODOS: Utilizamos dados coletados prospectivamente de uma coorte de pacientes submetidos a revascularização periférica, aórtica ou carotídea. A injúria renal aguda e eventos cardiovasculares foram avaliados nos primeiros sete dias após a cirurgia. Em um subgrupo de pacientes, o Doppler da artéria braquial foi realizado antes do procedimento cirúrgico para acessar a Dilatação mediada pelo Fluxo (FMD). Em outro subgrupo, foram realizados testes de agregabilidade plaquetária. RESULTADOS: Dos 287 pacientes incluídos na análise, 102 apresentaram IRA e 59 tiveram eventos cardiovasculares (EvCv). O número de pacientes com EvCv foi progressivamente maior conforme a gravidade da IRA com base no KDIGO; 15% no grupo sem IRA, 22% no KDIGO 1, 42,8% no KDIGO 2 e 55% no KDIGO 3, p < 0,001. Os pacientes com IRA apresentaram maior permanência na UTI (2,5 vs. 6 dias) e uma maior taxa de mortalidade (6,6 versus 23,5%), p < 0,001. A taxa de mortalidade em pacientes com IRA e EvCv foi duas vezes a mortalidade de pacientes com EvCv apenas (47,1 vs 19,4%). A mediana de FMD foi de 5,7%, sem diferença entre os grupos IRA e não IRA, p = 0,6. Uma maior agregabilidade plaquetária foi associada ao desenvolvimento de IRA (5 vs 6,9 ?). Na análise multivariada, a presença de IRC (clearance de creatinina < 60 ml / min / 1,73m²), instabilidade hemodinâmica, evento cardiovascular e agregabilidade plaquetária foram preditores independentes de IRA. CONCLUSÃO: Este estudo confirmou que o desenvolvimento de injúria renal aguda e eventos cardiovasculares aumenta significativamente a morbidade e mortalidade de pacientes submetidos a cirurgia vascular eletiva. Nossos dados sugerem que a realização de testes de agregabilidadade plaquetária antes da cirurgia pode ser usada para avaliar a eficácia da terapia antiplaquetária e estratificar o risco de IRA e EvCv após a cirurgia vascular / BACKGROUND: Acute Kidney Injury (AKI) is a common syndrome with increased morbidity and mortality. The development of AKI and acute cardiac dysfunction (ACD) in the post-operative period of vascular surgery share risk factors and pathophysiological mechanisms. In this study, we hypothesized that the development of AKI in patients submitted to vascular surgeries would increase the risk of ACD. We also assessed the Flow-mediated Dilation (FMD), as a measure of endothelial dysfunction, and Platelet Aggregability tests to predict AKI and cardiovascular events in the early post-operative period of vascular surgeries. METHODS: We utilized a prospectively collected data from a cohort of patients undergoing peripheral, aortic or carotid revascularization. Acute kidney injury and cardiovascular events were assessed during the first seven days after surgery. In a subgroup of patients, brachial artery Doppler was performed prior to the surgery to access the Flow-Mediated Dilation (FMD). In another subgroup, platelet aggregability tests were performed. RESULTS: Of 287 patients included in the analysis, 102 had AKI and 59 developed cardiovascular events (CvEv). Number of patients with CvEv was progressively higher by maximum KDIGO stage during first week of surgery; 15% in the non-AKI group, 22% in KDIGO 1, 42.8% in KDIGO 2 and 55% in KDIGO 3, p < 0.001. Patients with AKI had a longer ICU stay (2.5 vs. 6 days) and a higher mortality rate (6.6 vs. 23.5%), p < 0.001. Mortality rate in patients with AKI and CvEv was two-fold the mortality of patients with CvEv only (47,1 vs 19.4%). The median FMD was 5.7%, with no difference between the AKI and non-AKI groups, p = 0.6. Higher platelet aggregability was associated with AKI development (5 vs 6,9 ?). In the multivariate analysis, presence of CKD (creatinine clearance < 60 ml/min/1,73m²), hemodynamic instability, cardiovascular event and platelet aggregability were independent predictors of AKI. CONCLUSION: This study confirmed that the development of acute kidney injury and cardiovascular events significantly increase morbidity and mortality of patients undergoing elective vascular surgery. Our data suggests that Platelet Aggregability before surgery can be used to evaluate efficacy of antiplatelet therapy and stratify risk for AKI and CvEv after vascular surgery
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Insuficiência renal aguda relacionada à correção de aneurisma da aorta: análise retrospectiva dos fatores de risco e estudo prospectivo para sua prevenção / Acute kidney injury in aortic surgery: retrospective analysis of risk factors and prospective study for its preventionEtienne Maria Vasconcellos de Macedo 14 December 2006 (has links)
Pequenas alterações da função renal durante a internação hospitalar e mais especificamente no período pós-operatório determinam significativo aumento na morbi-mortalidade hospitalar. A fim de determinar a incidência de insuficiência renal aguda (IRA) e os fatores de risco para seu desenvolvimento no pós-operatório de cirurgia para correção de aneurismas da aorta tóraco-abdominal e abdominal, foi realizado estudo retrospectivo das operações eletivas no ano de 2000. Foi encontrada alta incidência de IRA, tanto IRA leve, descrita como elevação de 25% da creatinina basal, em 57% dos pacientes, como uma forma mais grave, descrita como elevação de 50% e encontrada em 33% dos pacientes. Os fatores de risco independentes para IRA leve foram a presença de clampeamento acima do óstio das artérias renais (OR 6,9, IC 95% 1,32-36,12) e o tempo total de anestesia maior que 339 min (OR 1,00 para cada min acima de 339min, IC 95% 1,003-1,016). Para lesão mais grave, a instabilidade hemodinâmica, representada pela necessidade do uso de droga vasoativa no pós-operatório, também foi fator independente para o desenvolvimento de IRA (OR 7,4, IC 95% 1,84-30,16). A mortalidade hospitalar encontrada no estudo foi de 42,8% nos pacientes que tiveram clampeamento supra-renal, e 21,4% nos pacientes com clampeamento apenas infra-renal. Neste estudo, os fatores de risco independentes para óbito foram a filtração glomerular (FG) menor que 49 mL/min (OR 17,07, IC 95% 2,00-145,23), a necessidade de clampeamento acima das artérias renais (OR 9,6, IC 95% 1,37-67,88), desenvolvimento de IRA considerada como aumento da creatinina de 50% em relação a basal (OR 8,8, IC 95% 1,31-59,39) e a hiperglicemia no pós-operatório (OR 19,99, IC 2,32-172,28). Conhecendo a incidência de IRA, os fatores de risco para o seu desenvolvimento e a morbi-mortalidade associada ao seu desenvolvimento, foi testada N-acetilcisteína (NAC) como medida protetora, através de estudo randomizado, placebo-controlado e duplo-cego com os pacientes elegíveis para correção cirúrgica eletiva de aneurismas da aorta tóraco-abdominal e abdominal. NAC foi administrado por via oral 1200mg duas vezes ao dia 24 horas antes da operação, e após esta por 48 horas de forma endovenosa, 600mg de 12 em 12horas. Quarenta e dois pacientes foram incluídos no estudo, 18 no grupo NAC e 24 no grupo controle. A creatinina e FG basal foram semelhantes entre os grupos (1,19±0,33 vs 1,37±0,49 mg/dL; e 64,6±26,22 vs 65,7±28,32 ml/min, NAC vs controle, respectivamente, p=0,17 e p=0,90). A incidência de IRA leve, definida como aumento de 25% da creatinina basal, foi de 36% (13/36), mas não foi estatisticamente diferente entre os dois grupos (7/14, 50% no grupo NAC e 6/22, 27,3% no grupo controle, p=0,16). A mortalidade hospitalar foi de 23% (10/42) e também não foi diferente (p=0,209) entre os grupos, 33,3% no NAC e 16,7% no controle, o mesmo ocorrendo com o tempo de internação na UTI (2,93±1,53 vs 2,52±1,36 dias, p=0,40). Dessa forma, esse estudo sugere que embora possa haver algum efeito biológico da NAC, o seu uso na prevenção da IRA associada à operação eletiva de aneurisma da aorta abdominal não é justificável / Small alterations of the renal function during hospital stay and more specifically in the postoperative period determine significant increase in hospital mortality. In order to determine the incidence of AKI (acute kidney injury) and the risk factors for its development in the postoperative period of elective surgical open repair of thoracoabdominal and abdominal aortic aneurisms, it was carried out a retrospective study through the year of 2000. It was found high incidence of AKI, defined as a 25% increase in baseline serum creatinine (SCr), which occurred in 57% of the patients, and in a more strict definition, 50% increase in SCr, which occurred in 33%. The independent risk factors for AKI 25% was the presence of supra-renal clamping (OR 6,9, IC 95% 1,32-36,12) and the total anesthesia duration greater than 339 min (OR 1,00 for each min above 339 min, IC 95% 1,003-1,016). For more serious AKI (50%), the hemodynamic instability, represented for the need of vasoactive drugs in the postoperative period, also was an independent risk factor (OR 7,4, IC 95% 1,84-30,16). The mortality rate found in the study was 42,8% in patients who had supra-renal aortic clamping, and 21,4% in those with only infra-renal aortic clamping. In this study, the independent risk factors for death was baseline glomerular filtration rate (GFR) less than 49mL/min (OR 17,07, IC 95% 2,00-145,23), the need of supra-renal aortic clamping (OR 9,6, IC 95% 1,37-67,88), AKI defined as an increase of 50% in baseline SCr (OR 8,8, IC 95% 1.31-59,39) and the hyperglycemia in the postoperative period (OR 19,99, IC 2,32-172,28). Thereafter, we tested the protective effect of NAC through a randomized, placebo-controlled, double-blind study with patients eligible for elective open surgical repair of thoracoabdominal e abdominal aortic aneurisms. NAC was give po 1200mg twice daily 24 hours before the operation, and for 48 hours after surgery 600mg twice daily iv. Forty-two patients were enrolled in the study, 18 in group NAC and 24 in the control group. The baseline SCr and baseline GFR did not differ between groups (1,19±0,33 vs 1,37±0,49 mg/dL; and 64,6±26,22 vs 65,7±28,32 ml/min), NAC vs control, respectively, p=0,17 e p=0,90. The incidence of AKI defined as 25% increase in baseline SCr was 36% (13/36), but it was not statistically different between groups (7/14, 50% in NAC and 6/22, 27.3% in the control group, p=0,16). Hospital mortality was 23% (10/42) and was not different (p=0,209) in NAC group (33,3%) when compared with control (16,7% ). Likewise, the length of ICU stay did not differ (2,93±1,53 vs 2,52±1,36 days, p=0,40). This study suggests that although a biological effect of NAC cannot be excluded, its use in the prevention of AKI associated with elective aortic aneurysms cannot be justified
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Estudo do perfil de coagulação em pacientes oncológicos com injúria renal aguda / Study of coagulation profile in cancer patients with acute kidney injuryJames Hung 04 March 2015 (has links)
Introdução: Pacientes com câncer frequentemente apresentam distúrbios de coagulação, que podem se manifestar clinicamente na forma de trombose ou simples alterações nos exames de hemostasia. A injúria renal aguda (IRA) é comum em pacientes oncológicos e pode ocorrer como consequência do próprio câncer; do tratamento; ou sepse secundária à imunossupressão causada pela quimioterapia. A IRA é encontrada em até 67% dos pacientes em UTI e está associada à alta mortalidade, além de resultar em maior custo e tempo na internação hospitalar. O sangramento causado pela uremia é uma complicação que pode ocorrer em pacientes com falência renal. O efeito da interação da IRA na coagulação dos pacientes com câncer ainda não está elucidado. Objetivo: Estudar o perfil de coagulação dos pacientes oncológicos com sepse grave ou choque séptico e avaliar o efeito da IRA na coagulação destes pacientes. Critérios de inclusão: pacientes maiores de 18 anos, portadores de tumores sólidos ou hematológicos, admitidos na UTI do ICESP com diagnóstico de sepse grave ou choque séptico. Critérios de exclusão: pacientes com insuficiência renal crônica em programa regular de diálise e pacientes com coagulopatia prévia ou história familiar de coagulopatia. Métodos: Foram estudados pacientes admitidos no período de agosto de 2012 a janeiro de 2014. A coleta de exames de sangue foi realizada no momento da admissão na UTI e ao apresentar IRA, pelo critério AKIN. O perfil de coagulação estudado compreendeu: TP, TTPa, D-dímero, fibrinogênio, fator VIII, avaliação de adesão e agregação plaquetária com Impact-R®, tromboelastografia e avaliação da geração de trombina. Dados clínicos e epidemiológicos foram obtidos a partir dos prontuários. Resultados: foram incluídos 144 pacientes na análise final. As características foram semelhantes nos grupos em relação à idade, IMC, sexo, e comorbidades tais como, hipertensão arterial e diabetes mellitus. Os testes convencionais de coagulação (TP, TT, TTPa) estavam alterados no grupo com IRA. Entretanto, a análise da coagulação pela tromboelastografia não demonstrou diferença entre os grupos com IRA comparados com o grupo que não apresentou IRA. A análise da função plaquetária pelo Impact-R® revelou que a uremia não piorou a adesão e agregação plaquetária. Observou-se que houve menor geração de trombina e nível de Ddímero mais elevado no grupo com IRA AKIN3. Regressão logística multivariada demonstrou que a necessidade de ventilação mecânica, nível de proteína C reativa mais elevada, e IRA estavam associados à maior mortalidade. Maior geração de trombina estava associada à menor mortalidade. Conclusão: a IRA em pacientes críticos oncológicos com sepse ou choque séptico está associada ao alargamento dos testes de coagulação convencionais (TP, TT, TTPa), devido à deficiência de alguns fatores de coagulação. Entretanto, a tromboelastografia, que analisa a hemostasia global do paciente, apresentou resultado normal devido à hiperativação da função plaquetária. O acúmulo de toxinas urêmicas, devido à injúria renal aguda, não levou à piora da função plaquetária. Pelo contrário, houve até um aumento na agregação e adesão plaquetária nos pacientes oncológicos. / Introduction: Patients with cancer often have coagulation disorders, which may manifest clinically as thrombosis or simple changes in hemostasis tests. Acute kidney injury (AKI) is frequent in cancer patients and may occur as a consequence of the cancer itself or due to the treatment or sepsis secondary to immunosuppression caused by chemotherapy. AKI is found in up to 67% of ICU (Intensive Care Unit) patients, associated with high mortality, and resulting in increased cost and stay in the hospital. Bleeding caused by uremia is a complication that can occur in patients with renal failure. The effect of the interaction between AKI and coagulation in cancer patients has not been yet elucidated. Objectives: To analyse the coagulation profile in cancer patients with severe sepsis or septic shock and evaluate the effect of AKI in the coagulation profile. Inclusion criteria: patients older than 18 years old with solid or hematological tumors admitted to the ICU, diagnosed with severe sepsis or septic shock. Exclusion criteria: patients with chronic renal failure undergoing regular dialysis program and patients with previous coagulopathy or family history of coagulopathy. Methods: We studied patients admitted to the ICU between August 2012 and January 2014. The collection of blood samples was performed at the time of ICU admission and at the time of AKI, according to the AKIN criteria. The coagulation profile included: PT, aPTT, D-dimer, fibrinogen, factor VIII, platelet adhesion and aggregation, thromboelastography and evaluation of thrombin generation. Clinical and epidemiological data were obtained from medical records. Results: A total of 144 patients was included in the final analysis. The following characteristics were similar between groups: age, BMI, gender, and comorbidities such as hypertension and diabetes mellitus. Conventional coagulation tests results (PT, TT, aPTT) were altered in the group with AKI. However, analysis of coagulation by thromboelastography showed no difference between groups with AKI compared with the group without AKI. Platelet function analysis by Impact-R® revealed that uremia has not worsened platelet adhesion and aggregation. It was observed that there was less thrombin generation and higher D-dimer level in the AKIN3 group. Multivariate logistic regression showed that the need for mechanical ventilation, higher level of C-reactive protein, and AKI were associated with higher mortality. Higher thrombin generation was associated with lower mortality. Conclusions: AKI in critically ill cancer patients with sepsis or septic shock is associated with abnormalities of conventional coagulation tests (PT, TT, aPTT) due to some coagulation factors deficiency. However, thromboelastography which analyzes the global hemostasis presented a normal result, probably due to platelet function hyperactivation. Furthermore, the accumulation of uremic toxins due to acute kidney injury did not worsen platelet function in cancer patients
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Comparação dos efeitos da ressuscitação com Ringer lactato ou terlipressina sobre função renal em modelo experimental de choque hemorrágico / Comparison of the effects of lactated Ringer\'s or terlipressin resuscitation on renal function in an experimental model of hemorrhagic shockLeticia Urbano Cardoso de Castro 18 September 2015 (has links)
As estratégias terapêuticas empregadas na ressuscitação do choque hemorrágico (CH) são capazes de evitar a morte, mas seus efeitos colaterais podem causar muitas alterações orgânicas, inclusive nos rins. Sabemos que a reposição volêmica feita com solução cristaloide restaura a hemodinâmica, diminui a mortalidade, mas pode levar a edema de órgãos e tecidos, entre outras alterações. Sendo assim, o objetivo do atual estudo foi comparar os efeitos da ressuscitação com Ringer lactato (RL) ou terlipressina (TLP) na função renal em modelo experimental de CH. Com este intuito, foi induzido o CH em suínos de 20-30 kg, por meio de sangramento pressão-controlada, até a obtenção e manutenção da pressão arterial média (PAM) em 40mmHg por 30 minutos. Os animais foram divididos em quatro grupos, sendo eles, o grupo Sham (feito apenas o procedimento anestésico), grupo Choque (indução de choque hemorrágico por 30 minutos) e os de instituição de estratégias de ressuscitação: grupo RL (indução de choque hemorrágico, e administração de RL de três vezes o volume de sangue retirado) e o grupo TLP (indução do choque e administração em bolus de 2 mg de TLP). Os parâmetros hemodinâmicos, de função renal e tubular foram avaliados nos momentos: basal; imediatamente após o CH; 30, 60, 90 e 120 minutos após tratamento. Ao final do estudo, os animais foram eutanasiados aos 60 ou aos 120 minutos. Foram coletadas amostras de tecido renal para avaliação de histologia e de western blott. Observamos uma melhora na microcirculação dos animais tratados com RL; entretanto, houve uma normalização da expressão da proteína NKCC2 e aquaporina 2 no grupo TLP. Observamos que o escore de lesão renal foi igual nos dois grupos de intervenção, mas a expressão de Bax estava mais diminuída no grupo TLP. Concluímos que a TLP mostrou ser uma estratégia tão eficaz quanto o RL no resgate do choque hemorrágico, com um provável potencial de maior proteção renal / Therapeutic strategies employed hemorrhagic shock (HS) resuscitation are able to prevent death, but its side effects can cause many organic dysfunction, including injury to the kidneys. It has been know that volume replacement with crystalloid solution can restore the hemodynamic status and decreases mortality; however, it can lead to organs and tissues edema, among other changes. Thus, the goal of this study was to compare the effects of resuscitation with lactated Ringer\'s (RL) or terlipressin (TLP) on renal function in an experimental model of HS. For this purpose, HS was induced in 20-30 kg swine, with pressure-controlled bleeding, to obtain and maintain the mean arterial pressure (MAP) of 40 mmHg for 30 minutes. The animals were divided into four groups, namely, the Sham group (made only the anesthetic procedure), Shock group (induction of hemorrhagic shock for 30 minutes) and the institution of resuscitation strategies: RL group (induction of hemorrhagic shock, and RL administration of three times the volume of removed blood) and TLP group (induction of shock and administration in bolus of 2 mg TLP). Hemodynamic parameters, renal and tubular function were evaluated at baseline; immediately after the HS; 30, 60, 90 and 120 minutes after treatment. At the end of the study, animals were euthanized after 60 or 120 minutes. Kidney tissue samples were collected for evaluation of histology and western blotting. We observed an improvement in microcirculation of animals treated with RL; however, there was a normalization of NKCC2 and aquaporin 2 protein expression in the TLP group. We observe that the kidney injury score was similar in both intervention groups, but Bax protein expression was more reduced than in the TLP group. We conclude that the TLP proved to be an effective strategy as RL in the rescue of hemorrhagic shock, with a likely potential for protect renal function
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Estudo da incidência e dos fatores de risco da nefrotoxicidade por vancomicina em um hospital terciário / Incidence and risk factors for vancomycin-associated nephrotoxicity in a tertiary hospitalMaria Fernanda Salomão de Azevedo 31 August 2015 (has links)
Introdução: Vancomicina, considerada o antibiótico de primeira escolha para o tratamento de infecções estafilocócicas, é eliminada por filtração glomerular, e a sua administração deve ser individualizada de acordo com a função renal. As diretrizes atuais recomendam doses e níveis séricos maiores, para aumentar as chances de bons resultados clínicos. Questiona-se se esta estratégia causaria maior nefrotoxicidade. Objetivos: Comparar a frequência de injúria renal aguda (IRA) em pacientes com suspeita de infecção estafilocócica tratados com vancomicina ou com outros antimicrobianos com o mesmo perfil terapêutico em um hospital terciário. Analisar a associação do uso de vancomicina com o desenvolvimento de IRA nestes pacientes. Avaliar os fatores de risco associados ao desenvolvimento de IRA nos pacientes tratados com vancomicina. Identificar os fatores de risco associados à letalidade precoce e tardia nos pacientes com suspeita de infecção estafilocócica tratados com vancomicina ou outros antimicrobianos com o mesmo perfil terapêutico. Métodos: Foram analisados os prontuários dos pacientes com suspeita de infecção estafilocócica que receberam os antimicrobianos vancomicina, teicoplanina, oxacilina, daptomicina ou linezolida por pelo menos três dias nos anos de 2010 e 2011 em um hospital terciário. Analisou-se a frequência de IRA associada ao uso de vancomicina (critério KDIGO) e. por regressão logística, se o uso de vancomicina foi associado ao desenvolvimento de IRA. Avaliou-se por regressão logística os fatores de risco associados ao desenvolvimento de IRA no grupo de pacientes tratados com vancomicina. Analisou-se por regressão de Cox os fatores de risco para letalidades intra-hospitalar, seis meses e até um ano após a internação. Resultados: Foram incluídos 591 pacientes, dos quais 508 foram expostos à vancomicina e 83 foram expostos a teicoplanina, oxacilina, linezolida, ou daptomicina. IRA ocorreu em 28,5% dos pacientes que utilizaram vancomicina e em 14,5% dos que utilizaram outros antimicrobianos (p < 0,001). O grupo de pacientes tratados com vancomicina apresentou parâmetros sugestivos de maior gravidade, como maior frequência de culturas positivas para estafilococos, hipotensão grave, contagem de leucócitos em sangue periférico mais elevada e níveis séricos maiores de lactato, procalcitonina e PCR. Quando pacientes que desenvolveram IRA foram comparados com pacientes que mantiveram a função renal estável, observou-se que o uso de vancomicina, a duração do tratamento e nível sérico de vancomicina foram significativamente maiores entre os primeiros. Vancomicina foi identificada como fator independente para o desenvolvimento de IRA na regressão logística. Os fatores de riscos independentes para o desenvolvimento de IRA no grupo exposto à vancomicina foram uso de medicamentos nefrotóxicos ou que alteram a função renal, uso de medicamento vasopressor e concentração sérica de vancomicina >= 20 mg/L. Vancomicina não se associou a letalidade em nenhum dos períodos estudados, enquanto IRA se associou de forma independente à letalidade precoce e tardia. Conclusões: Estes resultados indicam que a vancomicina apresenta nefrotoxicidade significativa e que os seus níveis séricos devem ser obrigatoriamente avaliados. O uso de medicamentos nefrotóxicos ou que alteram a função renal deve ser, quando possível, evitado ou suspenso em pacientes tratados com vancomicina. O desenvolvimento de IRA, mas não o uso de vancomicina, foi fator independente para letalidade, reforçando que este antimicrobiano pode ser utilizado quando indicado, desde que se previna o desenvolvimento de IRA / Introduction: Vancomycin is considered the first choice antibiotic for treatment of staphylococcus infection. Vancomycin is eliminated through glomerular filtration, and so it is administration must be individualized according the renal function. Current treatment guidelines recommend higher doses and blood levels in order to increase the odds for an adequate clinical outcome. On the other hand, this strategy might cause higher vancomycin-associated nephrotoxicity. Objectives: To analyze the frequency of acute kidney injury (AKI) development in patients with suspicion of staphylococcus infection treated with vancomycin, or other antibiotics with the same therapeutic profile in a tertiary hospital. To analyze the association of vancomycin with AKI development in those patients. To analyze the risk factors for AKI development in vancomycin-treated patients. To identify the risk factors associated to early and late mortality in patients with suspicion of staphylococcus infection treated with vancomycin, or other antibiotics with the same therapeutic profile in a tertiary hospital.Methodology:We analyzed the files of all the patients with suspicion of staphylococcus infection treated with vancomycin, teicoplanin, oxacillin, daptomycin, or linezolid antibiotics for at least three days during the years of 2010 and 2011 in a tertiary hospital.The frequency of AKI development (KDIGO criteria) was assessed. Using logistic regression we assessed if vancomycin use was an independent risk factor for AKI development and the risk factors for AKI development in the group of patients treated with vancomycin. We assessed, using Cox regression, the risk factors for in-hospital, six months and one year after hospitalization mortality. Results: We included 591 patients in the final analysis, 508 using vancomycin and 83 using other antibiotics (teicoplanin, oxacillin, daptomycin, or linezolid). AKI developed in 28.5% of the vancomycin group compared with 14.5% in the other antibiotics group (p < 0.001). Patients treated with vancomycin showed parameters suggesting higher clinical severity, such as higher percent of staphylococcus positive cultures, severe hypotension, higher leukocytes blood count, higher serum levels of lactate, procalcitonin and CRP. When patients developing AKI were compared with patients maintaining preserved renal function, the first group showed a statistically significant higher frequency of vancomycin use, longer vancomycin treatment and higher vancomycin through levels. Using logistic regression vancomycin was identified as an independent risk factor for AKI development. The independent risk factors for AKI development in the vancomycin group were simultaneous use of vancomycin and other nephrotoxic drugs or drugs that influence renal function, vasopressor drugs use and blood levels of vancomycin >= 20 mg/L. Vancomycin was not associated with mortality in any studied time, whereas AKI was an independent risk factor for early and late mortality. Conclusions: These results indicate that vancomycin is associated with significative nephrotoxicity and that its blood levels must be mandatorily assessed. The use of drugs that are nephrotoxic or influence renal function must be, when feasible, avoided or halted in vancomycin-treated patients. AKI development, but not vancomycin use, was an independent risk factor for mortality, reinforcing the perception that vancomycin can be used when necessary, since AKI development is prevented
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