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Papel dos receptores β-adrenérgicos no reparo cutâneo de lesões crônicas em camundongos: modelo não invasivo de lesão por isquemia e reperfusão / Role of β-adrenergic in mice chronic wound repair: non invasive model induced by ischemia and reperfusionThatiana Luiza Assis de Brito Carvalho 24 February 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os receptores β1- e β2-adrenérgicos estão presentes em inúmeras células que participam do processo de reparo como fibroblastos, queratinócitos, células inflamatórias e células endoteliais. Diversos trabalhos demonstram que estes receptores modulam o processo de reparo tecidual. Entretanto, nenhum trabalho demonstrou se o bloqueio destes receptores compromete o reparo de úlceras de pressão. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos no reparo de úlceras de pressão em camundongos, para isto utilizamos um modelo não invasivo de lesão por isquemia e reperfusão. No presente estudo, utilizamos animais que foram tratados por gavagem com propranolol (um antagonista não seletivo dos receptores β1- e β2-adrenérgicos). A administração do antagonista teve início um dia antes do início dos ciclos de isquemia e reperfusão e se manteve diariamente até a eutanásia. Para desenvolver a úlcera de pressão, um par de magnetos foi aplicado no dorso dos animais previamente depilado. O período de permanência do magneto é caracterizado como período de isquemia, enquanto sua retirada é caracterizada como período de reperfusão. Os ciclos de isquemia e reperfusão foram repetidos duas vezes, e ao final do último ciclo, duas úlceras circulares foram criadas no dorso dos animais. Os animais foram mortos 3, 7, 14 e 21 dias após a lesão. Após o último ciclo de isquemia, o fluxo sanguíneo da área comprimida foi nulo, 7 horas após a compressão o fluxo sanguíneo estava elevado, com níveis superiores ao da pele normal. Após 24 e 48 horas, o fluxo sanguíneo estava reduzido e abaixo dos níveis da pele normal. O bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos aumentou os níveis de peróxidos lipídicos 3 dias após a lesão, comprometeu a migração dos queratinócitos, levando a um aumento da proliferação epitelial, resultando em uma re-epitelização atrasada. O retardo na formação da neo-epiderme induzido pelo bloqueio destes receptores prejudicou a remoção do tecido necrótico. O bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos aumentou o número de células inflamatórias (neutrófilos e macrófagos), os níveis proteicos de elastase neutrofílica 3 dias após a lesão e reduziu os níveis proteicos de MCP-1 3 dias após a lesão e os níveis proteicos de MMP-12 7 dias após a lesão. O bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos aumentou a proliferação celular e apoptose no tecido conjuntivo 7 dias após a lesão e aumentou a densidade de vasos sanguíneos 14 e 21 dias após a lesão. O bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos retardou a diferenciação miofibroblástica e reduziu os níveis proteicos de TGF-β 1/2/3 3 dias após a lesão e a contração da lesão. Vinte e um dias após a lesão, o bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos aumentou a espessura da neo-epiderme e a expressão de tenascina-C em fibroblastos e reduziu a deposição de colágeno. Em conclusão, o bloqueio dos receptores β1- e β2-adrenérgicos atrasa o reparo tecidual em úlceras de pressão. / β1- and β2-adrenergic receptors are present in several cells that participate in tissue repair such as fibroblasts, keratinocytes, inflammatory cells and endothelial cells. Several studies demonstrate that these receptors modulate cutaneous wound healing. However, neither study demonstrated if the blockade of theses receptors compromises the cutaneous wound healing of pressure ulcers. Thus, the aim of this study was to evaluate the effect of blockade of β1- and β2-adrenergic receptors in wound healing of pressure ulcer in mice using a noninvasive model of lesion induced by ischemia and reperfusion. In this study, animals were also treated with propranolol (a nonselective antagonist of β1- and β2-adrenergic receptors). Antagonism administration began one day before ischemia-reperfusion cycles and daily maintained until euthanasia. In order to develop a pressure ulcer, a shaved skin was placed between a pair of magnet disks. The period of magnet placement is characterized as ischemia period, whereas release period as reperfusion period. Two cycles of ischemia and reperfusion were performed, and after last cycle, two circular ulcers per animal were created in the animal dorsum. Animals were killed 3, 7, 14 and 21 days after wounding. After last ischemia cycle, blood flow of compressed area was nulled, 7 hours after compressed area underwent reperfusion during subsequent hours reaching blood flow 98% superior of normal skin. After 24 and 48 hours, blood flow of compressed area was again reduced when compared with normal skin. Blockade of β1- and β2-adrenergic receptors increased the levels of lipid peroxydes 3 days after wounding, compromised keratinocyte migration leading to an increase epithelial proliferation and impairment in the re-epithelialization. The impairment in the neo-epidermis formation induced by β1- and β2-adrenergic receptor blockade delayed the necrotic tissue loss. Blockade of β1- and β2-adrenergic receptors increased the inflammatory cell number (macrophages and neutrophils), protein levels of neutrophil elastase 3 days after wounding and reduced protein levels of MCP-1 3 days after wounding and protein levels of MMP-12 7 days after wounding. Blockade of β1- and β2-adrenergic receptors increased cell proliferation and apoptosis in connective tissue 7 days after wounding and blood vessel density 14 and 21 days after wounding. Blockade of β1- and β2-adrenergic receptors impaired myofibroblastic differentiation and reduced protein levels of TGF-β 1/2/3 3 days after wounding and lesion contraction. Twenty-one days after wounding, β1- and β2-adrenergic receptor blockade increased neo-epidermis thickness and tenascin-C-positive fibroblast number and reduced collagen deposition. In conclusion, blockade of β1- and β2-adrenergic receptors delays cutaneous wound healing of pressure ulcers.
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Efeito do tratamento com benazepril e carvedilol administrado de forma isolada e em associação com treinamento físico supervisionado sobre a evolução clínica de cães com insuficiência mitral crônica naturalmente adquirida / Effect of benazepril and carvedilol treatment alone and in association with a supervised physical training in the development of naturally acquired chronic mitral valve regurgitation in dogsMario Marcondes dos Santos 21 November 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes com insuficiência mitral crônica apresentam aumento da atividade simpática mesmo quando assintomáticos. Contudo, pouco se sabe sobre o efeito de drogas beta bloqueadoras ou de um programa de treinamento físico supervisionado como moduladores desta atividade simpática durante a evolução da doença. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do carvedilol e de um programa de treinamento físico aeróbico regular sobre a evolução da insuficiência mitral crônica num modelo da doença em cães. Além disso, objetivou-se analisar as principais variáveis que atuam como preditoras de óbito. MÉTODOS: Foram selecionados 10 cães hígidos para padronização dos parâmetros normais. Outros 36 cães com diagnóstico de insuficiência mitral crônica foram divididos em 3 subgrupos (I, II e III). Do início do estudo (T0) até os 6 meses (T2), todos receberam tratamento clínico convencional (benazepril e digoxina, codeína, diurético quando necessário), sendo que no II (n=10) e III (n=13) associou-se o carvedilol durante todo o período, e no I (n=13) e II, após os 3 meses iniciais (T1), associou-se o treinamento físico supervisionado. As principais variáveis clínicas (número de intercorrências, peso, qualidade de vida avaliada pelo questionário FETCH, freqüência e ritmo cardíacos, classe funcional de insuficiência cardíaca e pressão arterial sistólica e diastólica); laboratoriais (norepinefrina, troponina I, sódio, uréia e creatinina) e ecodopplercardiográficas foram avaliadas. RESULTADOS: Não houve diferença de sobrevida entre os 3 subgrupos. Em relação às variáveis clínicas, observou-se melhora da qualidade de vida (FETCH) nos três subgrupos: I (T0= 5,56±4,67 vs T2=2,67±3,12; p<0,05), II (T0= 11,29±5,12 vs T2= 3± 3,32; p,0,05); III (T0= 15,50±9,94 vs T1=5 ±3,21 e T0 vs T2=4,25± 2,82; p<0,05). Quanto à freqüência cardíaca (em bpm) observaram-se diferenças (p=0,023) nos subgrupos: I (T0=139,44±22,97 vs T2=126,67±12,25), II (T0=128,57±31,32 vs T2=117,14± 25,63) e III (T0=142,50±53,39 vs T2=117,75±28,92). As demais variáveis clínicas, laboratoriais e ecodopplercardiográficas não apresentaram alterações. O grupo de animais que vieram a óbito apresentaram valores maiores para algumas variáveis em relação ao grupo não óbito, a saber: FETCH (23,67±9,66 vs 10,54±7,93; p<0,001), norepinefrina (684±378,12 vs 456,54±439,16 pg/ml; p=0,018) , troponina I (0,37 ±0,39 vs 0,09±0,14 ng/ml; p=0,007), freqüência cardíaca (158,33 ±22,5 vs 137,29 ±36,62 bpm; p=0,041), diâmetro diastólico (4,06±1,26 vs 3,06±0,78 cm; p=0,024) e sistólico (2,19± 0,84 vs 1,60±0,51 cm; p= 0,041) ventricular esquerdo e relação do diâmetro atrial esquerdo pela raiz da aorta (2,04± 0,39 vs 1,52±0,25; p<0,001) , além de ser composto majoritariamente por machos, em classe funcional III-IV e com ritmo cardíaco simpático. Foram selecionadas como preditores de óbito as variáveis: relação do diâmetro atrial esquerdo pela raiz da aorta, FETCH e ritmo cardíaco simpático. CONCLUSÕES: A associação do carvedilol e do programa de treinamento físico supervisionado ao tratamento convencional promoveu melhora da qualidade de vida e diminuição da FC mas não melhorou a sobrevida dos cães avaliados. As variáveis selecionadas como preditores de óbito foram: relação do diâmetro atrial esquerdo pela raiz da aorta, FETCH e ritmo cardíaco simpático. / INTRODUCTION: Sympathetic activation is present in patients having chronic mitral valve regurgitation even in asymptomatic ones. However, the effect of beta- blockers and a physical training program to modulate this sympathetic activation during this valve disease is unknown. The objective of this study has been to evaluate the effect of carvedilol and a physical aerobic training in the development of chronic mitral valve regurgitation in an experimental model of the disease in dogs. Moreover, the objective sought for some death predict variables in these dogs. METHODS: 10 healthy dogs were selected to evaluate the normal parameters. The other 36 chronic valve mitral regurgitation dogs were divided into 3 sub-groups (I, II e III). From the beginning of the study (T0) to 6 months (T2) all of them received the conventional treatment (Benazepril and Digoxine, codeine, diuretic when necessary). In the sub-group II (n=10) and III (n=13) the carvedilol was added to the treatment during all the study. In the sub-group I (n=13) and II, after the first 3 months (T1) the physical supervised training was added. The main clinical variables (number of interoccurrences, body weight, quality of life estimated by FETCH questionnaire, heart rate, cardiac rhythm, functional classification of heart failure, systolic and diastolic blood pressure), laboratory variables (norepinephrine, troponin I, sodium, urea, creatinine) and echodopplercardiographic variables were evaluated. RESULTS: The analyzes of the clinic variables showed an improvement in the quality of life (FETCH) in all the sub-groups: (T0= 5,56±4,67 vs T2=2,67±3,12; p<0,05), II (T0= 11,29±5,12 vs T2= 3± 3,32; p,0,05); III (T0= 15,50±9,94 vs T1=5 ±3,21 e T0 vs T2=4,25± 2,82; p<0,05). The heart rate (beats/min) results showed differences (p=0,023) in the sub-groups I (T0=139,44±22,97 vs T2=126,67±12,25), II (T0=128,57±31,32 vs T2=117,14± 25,63) and III (T0=142,50±53,39 vs T2=117,75±28,92). However, the other clinic, laboratory and echodopplercardiographic variables did not show any differences. The group of animals that died in comparison with the survivor group showed high values in some variables, as follows: FETCH (23,67±9,66 vs 10,54±7,93; p<0,001), norepinephrine (684±378,12 vs 456,54±439,16 pg/ml; p=0,018) , troponin I (0,37 ±0,39 vs 0,09±0,14 ng/ml; p=0,007), heart rate (158,33 ±22,5 vs 137,29 ±36,62 beats/min; p=0,041), diastolic left ventricular dimension (4,06±1,26 vs 3,06±0,78 cm; p=0,024), systolic left ventricular dimension (2,19± 0,84 vs 1,60±0,51 cm; p= 0,041) and left atrium to aortic root ratio (2,04± 0,39 vs 1,52±0,25; p<0,001). The death group in its majority comprehended male dogs in functional classification III-IV having sympathetic cardiac rhythm. The selected death predict variables were: left atrium to aortic root ratio, FETCH and sympathetic cardiac rhythm. CONCLUSION: The association of carvedilol as well as supervised physical training with the conventional treatment in dogs having chronic mitral valve regurgitation provided the improvement in quality of life but not in survival time and a decrease in the heart rate. The selected death predict variables were: left atrium to aortic root ratio, FETCH and sympathetic cardiac rhythm.
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Quantificação digital da imunoexpressão de receptores adrenérgicos e terminações nervosas no detrusor de portadores da síndrome de prune belly / Digital quantification of the imunoexpression of adrenergic receptors and nervous terminations in the detrusor of patients with prune belly syndromeEdison Daniel Schneider Monteiro 19 March 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A síndrome de prune belly (PBS) é caracterizada por uma tríade com flacidez da parede abdominal, criptorquidia bilateral e malformações do trato urinário que compreende bexiga de capacidade aumentada, com complacência elevada, hipossensibilidade, hipocontratilidade, com divertículo ou fístula uracal e resíduo pós-miccional elevado. Alguns autores recomendam tratamento clínico, porém outros propõe correção cirúrgica, com reconstrução da via urinária incluindo ureteroplastia e cistoplastia redutoras, orquidopexia e abdominoplastia. Mesmo após a cirurgia, alguns doentes necessitam de cateterismo limpo intermitente. A inervação vesical determina seu funcionamento, mediado por neuroreceptores na junção neuromuscular. Os adrenoreceptores a1 estão relacionados à contratilidade detrusora e o b3 ao seu relaxamento, e certas condições como obstrução infravesical levam à hiperexpressão de receptores a1. O objetivo da presente pesquisa é verificar se no detrusor de doentes com PBS há alteração na densidade de terminações nervosas, hiper ou hipoexpressão de receptores adrenérgicos a1a, a1b, a1d e b3 e proporção anormal dos tecidos muscular e conectivo. MÉTODO Trata-se de estudo retrospectivo de caso-controle que envolveu 14 espécimes de detrusor de doentes com PBS operados entre 1985 a 2005 no Hospital das Clínicas da FMUSP. Dois grupos foram constituídos como controle: 13 fragmentos de bexiga de doentes submetidos à prostatectomia radical no Departamento de Urologia da Universidade de Mainz, com urodinâmica pré-operatória normal (GC1), e cinco fragmentos de bexiga de crianças submetidas à necrópsia no SVOC-USP, sem anomalias neurológicas e de trato urinário. A coloração de van Gieson foi realizada para análise da proporção músculo/tecido conectivo, e a reação imunohistoquímica para os anticorpos policlonais anti-proteína S100 e antiadrenoreceptores a1a, a1b, a1d e b3. A coloração castanho foi considerada evidência da expressão do adrenoreceptor na célula. Cinco a dez imagens digitais foram tomadas por meio de câmara digital e microscopia óptica. Estas foram analisadas pelo programa Adobe Photoshop CS2Ò. A quantidade relativa de receptores foi calculada e a análise estatística realizada pelos testes Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. RESULTADOS A média de idade foi de 1,28 ± 1,14 ano no grupo caso (PBS), e de 64 ± 5,22 anos e 1,41 ± 1,11 ano, nos grupos GC1 e GC2, respectivamente. A mediana da relação músculo/tecido conectivo foi de 1,08 para o grupo PBS, 1,59 para o GC1 e para o GC2 de 1,28 (p=0,173). A mediana da proporção S100/tecido muscular foi de 0,21 para o grupo caso (PBS), de 0,20 para o GC1 e para o grupo GC2 de 0,01 (p=0,003). A mediana da relação a1a/tecido muscular foi de 0,06 para o grupo PBS, de 0,16 para o GC1 e para o grupo GC2 de 0,14 (p=0,026). Para a1b, as medianas foram 0,06 no grupo PBS, 0,006 no GC1 e 0,007 no GC2 (p=0,781). No a1d, as medianas foram 0,04 (PBS), 0,04 (GC1) e 0,05 (GC2) (p=0,618). Com relação ao b3, as medianas foram 0,07 no grupo PBS, 0,14 no GC1 e 0,10 no GC2 (p=0,378). CONCLUSÕES Comparando-se fragmentos de detrusor de doentes com PBS e bexigas normais não se observou alteração na densidade de terminações nervosas. Observou-se hipoexpressão do adrenoreceptor a1a, e não houve alteração dos adrenoreceptores a1b, a1d e b3. Também não se observou alteração entre a proporção de tecido muscular e conectivo no detrusor destes doentes. Investigações adicionais, com diferentes métodos e incluindo outros receptores, são necessárias antes de se aplicar esses conhecimentos na prática clínica. / INTRODUCTION: Prune belly syndrome (PBS) is charactherized by a triad of abdominal wall flaccidity, bilateral criptorchidism and urinary tract malformation, that includes a large-capacity bladder, with high detrusor compliance, low sensibility and contractility, associated to urachal diverticulum or fistula and elevated post void residual volumes. Some autors recommend clinical treatment, but others propose surgery correction, with urinary tract reconstruction, including reductive ureteroplasty and cystoplasty, orchidopexy and abdominoplasty. Even after surgery, some patients need intermittent catheterism. The detrusor innervation determines its function, mediated by neuroceptors at the neuromuscular junction. The a1 adrenoceptors are related to detrusor contractility and b3 to relaxation, and some conditions, like infravesical obstruction, lead to a1 adrenoceptor up-regulation. The objective of this work is to verify whether, in the detrusor from patients with PBS, there is altered nerve density, up or down-regulation of a1a, a1b, a1d and b3 adrenergic receptors and if there is an abnormal proportion between muscle and connective tissue. MATERIALS AND METHODS A retrospective case-control study was performed involving 14 detrusor specimens from patients with PBS, who underwent surgical treatment between 1985 an 2005 at University of São Paulo, Medical School Hospital. Two groups were taken as control: 13 bladder fragments from patients who underwent radical prostatectomy at Department of Urology of Mainz University, with normal urodynamic study prior to the surgery (GC1) and 5 bladder fragments from children submitted to autopsy at SVOC-USP, with no neurological or urinary tract malformation (GC2). Staining was performed using the van Gieson dye to analyse the proportion between muscle and connective tissue, and immunohistochemical reaction was employed, with polyclonal antibodies against S100 protein, as well as a1a, a1b, a1d and b3 adrenoceptors. Brown colour was considered as evidence of adrenoceptor cell expression. Five to ten digital images were captured on an optic microscope with a digital camera. These images were analysed with Adobe Photoshop CS2Ò software. The relative quantity of receptors was calculated and the statistic analysis was done with the Kruskal-Wallis and Mann-Whitney tests. RESULTS Mean age was 1.28 ± 1.14 year in PBS patients, and 64 ± 5.22 yrs. and 1.41 ± 1.11 yrs. in GC1 and GC2, respectively. The median proportion between muscle and connective tissue was 1.08 in PBS, 1.59 in GC1 and in GC2 of 1.28 (p=0.173). The median proportion of S100/muscle area was 0.21 in PBS, 0.20 in GC1 and in GC2 of 0.01 (p=0.003). The median relative quantity of receptors of a1a was 0.06 in PBS, 0.16 in GC1 and 0.14 in GC2 (p=0.026). In a1b, the median values were 0.06 in PBS group, 0.006 in GC1 and 0.007 in GC2 (p=0.781). In a1d, the median values were 0.04 (PBS), 0.04 (GC1) and 0.05 (GC2) (p=0.618). Regarding b3, the median values were 0.07 in PBS, 0.14 in GC1 and 0.10 in GC2 (p=0.378). CONCLUSION Comparing detrusor fragments from patients with PBS and normal bladders, there was no alteration in the density of nerve endings. We observed downregulation of a1a adrenoceptors, but no alteration in the a1b, a1d and b3 receptors. Furthermore, there was no alteration of the proportion between muscle and connective tissue areas. Further investigations, with different methods and including other receptors, are necessary to transfer this knowledge to clinical use.
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Avaliação dos efeitos do betabloqueador nebivolol sobre o peritônio em modelo experimental murino de diálise peritoneal / Assessment of the effects of beta-blocker nebivolol on the peritoneum in an experimental murine model of peritoneal dialysisAnna Rita Moraes de Souza Aguirre Mazo 20 October 2011 (has links)
A falência de ultrafiltração (UFF) é uma causa importante de interrupção da diálise peritoneal (DP) enquanto terapia renal substitutiva. Além da inflamação crônica e aguda causadas à membrana peritoneal (MP) pelos produtos de degradação da glicose, produtos avançados da glicosilação, pH ácido das soluções e infecções, -bloqueadores (BB) também foram implicados na gênese da UFF. A vasoconstrição arteriolar esplâncnica é considerada a causa provável da UFF por BB. O nebivolol (NV), um bloqueador 1-adrenérgico altamente seletivo que, diferente de outros BB, possui efeito vasodilatador por aumento de óxido nítrico (NO) por ativar a via L-arginina-NO, foi testado em pacientes idosos com ICC e levou à redução na mortalidade. O objetivo desse estudo é analisar os efeitos do NV sobre a ultrafiltração (UF), MP e características do efluente em um modelo animal de DP, através do estudo de fenômenos envolvidos na degeneração da MP e UFF, como transição epitélio mesenquimal (EMT) e fibrose, além de parâmetros humorais e celulares de inflamação. 21 camundongos C57BL/6 fêmeas, não urêmicos, com 12 a 14 semanas, foram submetidos à colocação de cateter peritoneal. Após uma semana, foram divididos em 3 grupos de 7 animais: grupo controle (observação 30 dias), grupo SDP (2 mL/ dia de solução glicosada de diálise peritoneal a 4,25% através do cateter, por 30 dias) e grupo NV (além da infusão, receberam 8 mg/kg/dia de NV por gavagem, por 30 dias). Após 30 dias, comparou-se espessura submesotelial, volume de UF, velocidades de transporte de pequenos solutos, marcação submesotelial de pan-citoqueratina, para quantificar EMT, contagem de vasos, linfangiogênese diafragmática e concentração de IL-6 e IL-10 no efluente. A espessura da MP foi de 23,14 m no grupo controle, no grupo SDP foi de 102,4 m e no grupo NV, 29,04 m, com p<0,05. O volume de UF foi 1,94mL para o grupo controle, para o grupo SDP, 1,56 mL e, para o grupo NV, 2,05 mL, também com p<0,05. Houve menor EMT, menor angiogênese e tendência a transporte mais lento de solutos no grupo tratado, assim como menor concentração de IL-6 e proporções de populações de linfócitos semelhantes às do grupo controle. Concluímos que a droga impediu o desenvolvimento de UFF, através do bloqueio de fenômenos como EMT, espessamento da MP e neoangiogênese, além de preservar características de imunidade celular e humoral locais, merecendo ser estudada em pacientes submetidos à DP / Ultrafiltration failure (UFF) is a major cause of peritoneal dialysis (PD) discontinuation. Besides peritoneal membrane (PM) acute and chronic inflammation caused by glucose degradation products, advanced glycation end-products, acidic pH of the solutions and peritoneal infections, also -blockers (BBs) have been implicated in UFF genesis. Splanchnic arteriolar vasoconstriction has been considered the probable cause of UFF induced by BBs. Nebivolol (NV), a highly selective 1-adrenergic blocker, unlike other BBs, has a vasodilatory effect caused by its ability to increase nitric oxide (NO) through L-arginine-NO pathway activation. NV has been tested in elderly patients with congestive heart failure and led to mortality reduction. The aim of this work is to analyze the effects of NV over ultrafiltration (UF), PM and effluent characteristics in an animal model of PD. For that end, phenomena known to be involved in PM degeneration and UFF, such as epithelial-to-mesenchymal transition (EMT), fibrosis, as well as cellular and humoral parameters of inflammation have been studied. 21 C57BL/ 6 female non uremic mice, ageing 12 to 14 weeks, underwent peritoneal catheter placement. One week later, they were divided into 3 groups of 7 animals: control group (observation for 30 day), PDF group (2 mL/ day of 4.25% dextrose peritoneal dialysis fluid injected through the catheter for 30 days) and NV group (besides the PDF infusion, this group received 8 mg/ kg/ day of NV by gavage, for 30 days). After 30 days, submesotelial thickness, UF volume, small solute transport speed, submesotelial pan-cytokeratin staining (EMT quantification), vessel count, diaphragmatic lymphangiogenesis and IL-6 and IL-10 concentrations in the effluent were compared. PM thickness was 23.14 m in the control group, 102.4 m in the PDF group and 29.04 m in the NV group, p <0.05. UF volume was 1.94 mL in the control group, 1.56 mL in the SDP group, and in the NV group, 2.05 mL, p <0.05. There was less EMT, less angiogenesis and a tendency to a slower solute transport in the treated group. Lower levels of IL-6 and similar lymphocyte populations proportions to the control group were also found. We conclude that the drug can prevent UFF development, through blockade of phenomena such as EMT, PM thickening and neoangiogenesis, while characteristics of local cellular and humoral immunity were preserved. These results warrant a clinical study of the drug in PD patients
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A clonidina reduz a pressão arterial pulmonar em portadores de estenose mitralGarcia, Maria Helena Domingues 29 September 2005 (has links)
Pulmonary circulation is a high flow, low resistance, and low pressure system. Several pathologies, including mitral stenosis, may elevate the impedance of this blood circuit and
lead to a pulmonary arterial hypertension. Such syndrome is usually related to a high morbity and patient s death may occur because of the ischemic failure of right ventricle. The use of
systemic vasodilating drugs to treat this syndrome is limited by the simultaneous systemic arterial hypotension they often produce. More selective agents to the pulmonary vasculature,
such as synthetic analogs of prostacyclin, endothelin receptor inhibitors, and phosphodiesterase III inhibitors, have been choosen for medium and long-term treatment.
Unfortunately, the most selective pulmonary hypotensive agent, the inhaled nitric oxide, which is used for short-term treatment, requires special and costly equipment for its administration, making it inaccessible to many hospitals. Furthermore, some degree of toxicity was associated with that substance. The lack of an ideal substance that simultaneously shows pulmonary selectivity, atoxicity, easy handling, accessibility and low cost, motivated the present study to test the effects of clonidine on pulmonary circulation. Clonidine is an alfa-2 adrenergic agonist. It promotes a systemic cardiocirculatory balance by modulating the adrenergic discharge at both central and peripheral levels. When used in clinical doses it presents no toxicity. Furthermore, it is easy to handle, accessible, and inexpensive. However,
little has been reported about its pulmonary effect. Therefore, this work aimed to evaluate the effects of clonidine on the pulmonary arterial pressure, on the hemodynamics parameters
concerned to the pulmonary circulatory system, as well as on the right ventricular function. At the same time, the action of clonidine on the systemic hemodynamics, cardiac rate, cardiac
index and stroke index was also evaluated. This investigation took into account the degree of selectivity of this agent to the pulmonary vessels as well as the presence of a biphasic effect
on the pulmonary arterial pressure. This effect has been largely reported on the vascular periferal system. The present research was performed as a prospective clinical trial developed
on a group of 16 patients with pulmonary hypertension caused by mitral stenosis of rheumatic origin. Data were obtained before the anesthetic induction, but under the patient sedation.
During the control phase, the variations of hemodynamic parameters under the action of a placebo were evaluated. During the test phase, the behavior of these parameters was evaluated under the clonidine effect. The time schedule for data measurements was the following: T0 (initial control); T1 (10 minutes after placebo administration); T2 (20 minutes after placebo administration); T3 (10 minutes after clonidine administration); T4 (20 minutes after clonidine administration). T2 was used as the control time to study the clonidine effects.
Statistical analysis showed that during the control phase the variables remained unchanged, but under the effect of clonidine there was a significant reduction of the mean values
concerned to the following parameters: pulmonary arterial mean pressure (27.1%) and systemic arterial mean pressure (20%), pulmonary vascular resistance index (34%) and
systemic vascular resistance index (14.6%), right and left ventricular systolic work indexes (19.9% and 10%, respectively), right atrium pressure (11.5%), pulmonary arterial wedge pressure (21.5%), heart rate and cardiac index (15.8% and 7.9%, respectively). Besides that, a significant increase of the stroke index (10.2%) occured. The biphasic effect on the sistemic arterial pressure occured in 50% of the studied patients, whereas the same effect on the pulmonary arterial pressure was observed in 20% of the same sample. Clonidine also exerted a moderately selective action on the pulmonary circulation, demonstrated through the reduction of the relationship between mean value of the pulmonary vascular resistance index and mean value of the systemic vascular resistance index evaluated at the times T2 and T3. / A circulação pulmonar é um sistema de alto fluxo, baixa resistência e baixa pressão. Patologias diversas, dentre elas a estenose mitral, podem elevar a impedância desse circuito,
desencadeando a síndrome de hipertensão arterial pulmonar. Esta cursa com elevada morbidade, podendo levar ao óbito pela falência isquêmica do ventrículo direito. A utilização
de drogas vasodilatadoras periféricas no tratamento dessa síndrome ficou limitada pela simultânea hipotensão arterial sistêmica que provoca. Agentes mais seletivos sobre a
vasculatura pulmonar, como os análogos sintéticos da prostaciclina, os inibidores dos receptores de endotelina e os inibidores da fosfodiesterase III, têm sido as drogas de eleição
para o tratamento de médio e de longo prazo. O mais seletivo dos agentes hipotensores pulmonares, o óxido nítrico inalado, aplicado ao tratamento de curto prazo, exige equipamento
especial e oneroso para a sua administração, tornando-o inacessível a muitos nosocômios. Paralelamente, possui potencial toxicidade. A inexistência de um fármaco ideal que apresente, simultaneamente, seletividade sobre a pequena circulação, atoxicidade, fácil manuseio e disponibilidade, além de ser pouco oneroso, conduziu ao estudo da clonidina sobre a árvore circulatória pulmonar. Este agente terapêutico é um agonista alfa-2 adrenérgico, com efeitos favoráveis reconhecidos sobre o equilíbrio circulatório sistêmico por modular a descarga adrenérgica em níveis central e periférico. É atóxico quando utilizado em doses clínicas. Além disso, oferece fácil manuseio, boa acessibilidade e baixo custo. Os estudos a respeito da sua ação pulmonar são escassos. Assim, a presente investigação teve como objetivo avaliar os efeitos da clonidina sobre a pressão arterial pulmonar, sobre os demais parâmetros
hemodinâmicos da pequena circulação e sobre a função ventricular direita. Paralelamente, analisou as ações sobre a hemodinâmica sistêmica, a freqüência cardíaca, o índice cardíaco e o índice de ejeção. Foi também investigado o grau de seletividade pulmonar desse agente, bem como a presença de um efeito bifásico sobre a pressão arterial pulmonar, pois este efeito tem sido amplamente relatado no sistema vascular periférico. Para a execução dos objetivos propostos, um ensaio clínico prospectivo, realizado antes da indução anestésica, mas sob sedação, foi desenvolvido num grupo de 16 pacientes, todos portadores de hipertensão pulmonar resultante de estenose mitral de origem reumática. Durante a fase controle foram analisadas as variações dos parâmetros hemodinâmicos sob a ação de um placebo. Durante a fase teste foi avaliado o comportamento dos mesmos parâmetros sob a ação da clonidina. A padronização dos tempos nos quais se fez a coleta de dados foi a seguinte: T0 (controle inicial); T1 (10 min após a administração do placebo); T2 (20 min após o placebo); T3 (10 min após a administração da clonidina); T4 (20 min após a clonidina). A análise estatística dos resultados demonstrou não haver alteração das variáveis estudadas durante a fase controle.
Todavia, sob o efeito da clonidina houve variações estatisticamente significantes dos mesmos parâmetros nos seus valores médios: redução da pressão arterial pulmonar média (27,1%) e da pressão arterial sistêmica média (20%), dos índices de resistência vascular pulmonar (34%) e
sistêmica (14,6%), dos índices de trabalho sistólico dos ventrículos direito (19,9%) e esquerdo (10%), da pressão do átrio direito (11,5%), da pressão de oclusão da artéria pulmonar (21,5%), da freqüência cardíaca (15,8%) e do índice cardíaco (7,9%), ao lado de uma elevação significante do índice de ejeção (10,2%). O efeito bifásico sobre a pressão arterial sistêmica ficou evidente em 50% dos pacientes estudados, enquanto que o mesmo efeito sobre a pressão arterial pulmonar ocorreu em 20% da amostra estudada. A clonidina também exerceu uma ação moderadamente seletiva sobre a circulação pulmonar, demonstrada através da diminuição do quociente obtido entre o valor médio do índice de resistência vascular pulmonar e valor médio do índice de resistência vascular sistêmica, ambos avaliados nos tempos T2 e T3.
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Efeito da terapêutica com beta-bloqueador na resposta dos quimiorreflexos e ergorreflexo em pacientes com insuficiência cardíaca / Effect of beta-blocker therapeutics on the chemoreflex and ergoreflex response in heart failure patientsJuliana Fernanda Canhadas Belli-Marin 04 April 2014 (has links)
A intolerância ao exercício físico na insuficiência cardíaca (IC) está relacionada a alterações hemodinâmicas e neurohumorais pela complexa interação dos reflexos cardiovasculares. Os quimiorreflexos central e periférico e o ergorreflexo estão envolvidos na hiperventilação de repouso e durante o exercício, contribuindo para intolerância ao esforço. Os objetivos do estudo foram avaliar o efeito da terapêutica com beta-bloqueador (betab) na resposta dos quimiorreflexos central e periférico e do ergorreflexo por meio das alterações da resposta ventilatória durante o teste de caminhada de seis minutos (T6M); e avaliar o efeito da sua otimização também sobre as catecolaminas plasmáticas e peptídeo natriurético do tipo B (BNP). Foram estudados 15 pacientes masculinos, 49.5 ± 2.5 anos, com diagnóstico de IC há mais de 3 meses, sem histórico de tratamento com betab, com fração de ejeção (FEVE) 25.9 ± 2.5%, classe funcional I-III (NYHA). Estes pacientes poderiam estar em uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores do receptor da angiotensina II e antagonista do receptor da aldosterona. Todos os indivíduos realizaram testes: ergoespirométrico em esteira segundo o protocolo de Naughton, três T6M em esteira com controle de velocidade pelo paciente randomizados (um com sensibilização dos quimiorreceptores centrais, um com sensibilização dos quimiorreceptores periféricos e um controle em ar ambiente - AA). Também realizaram T6M com e sem oclusão circulatória regional em membro inferior. Em relação aos exames laboratoriais, foram feitas análises de catecolaminas plasmáticas em repouso e BNP. Os pacientes foram então submetidos a tratamento medicamentoso padrão da Instituição, com introdução e otimização da terapêutica com ßb e, após seis meses, foram reavaliados. Após otimização do betab, houve melhora significativa na FEVE, de 26 ± 2,5 para 33 ± 2,6 (p < 0,05); diminuição de níveis de BNP (775 ± 163 para 257 ± 75; p < 0,01) e de catecolaminas plasmáticas (598 ± 104 para 343 ± 40; p < 0,05). Foi também observada diminuição significativa na frequência cardíaca de repouso, de 95.6 ± 4.5 para 69.0 ± 1.6 (p < 0,01), e aumento do pulso de O2 de repouso (3.7 ± 0.3 para 4.4 ± 0.3; p < 0,01) pós betab. Em relação ao pico do esforço, houve diminuição significativa da frequência cardíaca, de pico 144.0 ± 4.6 para 129.5 ± 4.2 (p < 0,05), aumento do pulso de O2 (11.9 ± 1.1 para 15.5 ± 0.8; p < 0,01), diminuição do VE/VCO2 slope 29.4(25.8-36.2) para 24.6 (22.5-27.5); p=0,03) e aumento do tempo de exercício (12.3 ± 1.3 para 16.1 ± 1.2; p=0,01), sem, entretanto, aumento do consumo de oxigênio. Houve diferença significativa em relação à distância percorrida no T6M entre os dois momentos (pré e pós) em todas as análises, tanto controle (AA) quanto para a sensibilização dos quimiorreceptores centrais e periféricos, além de diminuição da resposta ventilatória nas sensibilizações dos quimiorreflexos quando comparados com o controle. A otimização da terapêutica medicamentosa na IC, especialmente com betab, promove melhora hemodinâmica, metabólica e neurohormonal. O presente estudo, que examinou os efeitos da terapêutica com betab na resposta dos quimiorreflexos e ergorreflexo em pacientes com IC, documentou que o betab diminui a resposta dos quimiorreflexos durante o exercício em hipóxia e hipercapnia sem, entretanto, alterar a resposta dos ergorreflexos. Essa modulação reflexa pode ser responsável pelo aumento da tolerância ao esforço sem o aumento do consumo de oxigênio / In heart failure (HF), exercise intolerance is related to hemodynamic and neurohumoral alterations by the complex interaction of cardiovascular reflexes. The central and peripheral chemoreflex and the ergoreflex are involved in hyperventilation at rest and during exercise, contributing to exercise intolerance. The aims of the study were to assess the effect of beta-blocker (betab) therapy on the central and peripheral chemoreflexes and ergoreflex responses through ventilatory changes during the six-minute walk test (6MWT), and to assess the effect of betab optimized therapy on plasma catecholamines and B-type natriuretic peptide (BNP). We studied 15 male patients, 49.5 ± 2.5 years, diagnosed with HF for more than three months, never-treated with ßb, ejection fraction (LVEF) 25.9 ± 2.5%, functional class I-III (NYHA). These patients could be in use of angiotensin-converting enzyme inhibitors, angiotensin receptor blockers and aldosterone antagonists. All subjects underwent the following tests: cardiopulmonary exercise treadmill test according to the Naughton protocol, three randomized treadmill 6MWT with speed controlled by the patient (one with sensitization of central chemoreceptors, one with an awareness of peripheral chemoreceptors and another control in ambiental air - AA). Also all subjects underwent 6MWT with and without regional circulatory occlusion on the lower limb. Regarding laboratory tests, plasma catecholamines concentration at rest and BNP were also analyzed. Patients were then submitted to the institution standard drug therapy, with introduction and optimization of betab and were reassessed six months later. After optimization, there was a significant improvement in LVEF from 26 ± 2.5 to 33 ± 2.6 (p < 0.05); and a decrease in BNP levels (775 ± 163 to 257 ± 75, p < 0.01) and plasma catecholamines (598 ± 104 to 343 ± 40, p < 0.05). There was also a significant decrease in resting heart rate from 95.6 ± 4.5 to 69.0 ± 1.6 (p < 0.01) but O2 pulse at rest increased post optimization (3.7 ± 0.3 to 4.4 ± 0.3, p < 0.01). Regarding the peak exercise, there was a significant decrease in peak heart rate 144.0 ± 4.6 to 129.5 ± 4.2 (p < 0,05) and VE/VCO2 slope 29.4(25.8-36.2) to 24.6(22.5-27.5), p=0.03); and an increase in O2 pulse (11.9 ± 1.1 to 15.5 ± 0.8, p < 0.01), and exercise time (12.3 ± 1.3 to 16.1 ± 1.2, p=0.01), without, however, increasing oxygen consumption. There was significant difference in walked distance during the 6MWT between the two time points (before and after) in all analyzes, both control (AA) and for the sensitization of central and peripheral chemoreceptors. Also, there was a decreased ventilatory response in sensitization of chemoreflexes when compared with the control. The optimization of drug therapy in HF, especially with ßb, promotes hemodynamic, metabolic and neurohormonal improvements. This study, which examined the effect of therapy with betab on the response of the chemoreflexes and ergoreflex in HF patients, documented that ßb decreases the response of chemoreflexes during exercise in hypoxia and hypercapnia without, however, altering the ergoreflex response. This reflex modulation may be responsible for the increased exercise tolerance without increasing oxygen consumption
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