Esta dissertação de mestrado versa sobre algumas questões acerca de participação, tais como estratégia na educação e para a cidadania, da conquista de espaços públicos em suas transformações físico-políticos e qualitativo na gestão ambiental. Trata-se da análise das experiências em assentamentos subnormais em que, apesar terem sido trabalhos contratados pelo poder público, o arquiteto/pesquisador procurou planejar, desenvolver e xecutar os projetos através da visão de quem estava recebendo os investimentos. Entendendo que participar é poder tomar decisão em algum processo que irá mudar o destino de uma determinada situação, de forma espontânea ou não, mirando um futuro que desde já no presente deve ser melhorado. Assim é preciso que os sujeitos sociais tomem de informações preciosas, e provoque discussões num espaço múltiplo, diversificado perceber e encarar as questões da paisagem relamente relevantes. Fruto da discussão, podem começar a aparecer soluções criativas, no processo de tomada de decisão que melhor atenda às necessidades e aos anseios da população em questão. Muitos foram os conflitos, principalmente, entre o arquiteto/pesquisador e o contratante/poder público, em virtude das diferenças de entendimento e abordagem, que se interpuseram na reconstrução de um espaço urbano em que, por lei, era obrigatório o envolvimento ou a participação do usuário para validar o próprio empréstimo. Entre essas diferenças estava a divergente concepção do que seria qualidade para a população, a que estariam destinadas os investimentos, constituídas de famílias de poucos recursos. Também apresenta uma síntese metodológica no aprimoramento para a elaboração de projetos e obras de urbanização de favelas, atendendo não apenas a administração pública como também a população que recebe o investimento tendo como desafio a dimensão de uma educação não-formal, potencializando uma maneira ativa de participação popular que aponta, partir da manifestação do coletivo, para uma qualidade de cidadania, que institui o cidadão como criador de direitos para abrir novos espaços, capaz de influenciar políticas públicas. / This masters degree dissertation addresses some issues regarding participation, such as education and citizenship strategies, in achieving public areas in their physical-political and qualitative transformation in the environment management. The dissertation is refering to the analysis of experiences in sub-normal settlements where the architect/researcher strived to plan, develop, and execute projects from the perspective of those receiving the investments, although Public Power contracted their jobs, by understanding that participating is being able to make decisions in some process that will change, either spontaneously or not, the destiny of a given situation, targeting a tomorrow which should be improved as of today. Thus, social individuals need to gather worthy information and stimulate discussions within a multiple environment that is diversified in away to perceive and cope with actually relevant issues of the scenario. Resulting from discussions, creative solutions may start to come up in the decision-making process that better meet the needs and wishes of the target population. Many conflicts ensued between the architect/researcher and the contracting party, Public Power, because of the differences of understanding and approach that interfered in the rebuilding of an urban area where the involvement or participation of users was mandatory by law to validate the loan itself. Among these differences, there was the divergent conception of what should be considered as quality for the population for whom investments were designated and what was constituted of low-income families. Also, what it is presents a methodological synthesis to improve project design and urbanization construction works in squatter settlements - favelas - by responding not only to public administration, but also to the population receiving the investment. The challenges include: the dimension of an informal education, and the empowerment of an active manner of popular participation that points to, from the populations manifestations, a citizenship quality, one which institutes the citizen as a rights designer to open new areas, enabled to influence public policies.

Né au début des années 2000, le militantisme pour la décroissance est une forme d'engagement revendiquée par celles et ceux qui cherchent à rompre avec les logiques de la croissance économique. Partant du principe qu'une croissance infinie n'est pas possible dans un monde fini, les militants décroissantistes se positionnent en rupture vis-à-vis des injonctions à consommer formulées par l'ensemble des promoteurs de la « société de consommation ». Prenant ses racines dans la production intellectuelle émise par les anticonformistes des années 1930 et à leur suite les écologistes de la « première heure » et autres opposants à la « société de consommation », l'engagement pour la décroissance trouve aujourd'hui à s'exprimer au travers de groupements militants variés, du parti politique labellisé au collectif local le plus informel. Mais, quand bien même ces espaces sont à appréhender comme des lieux où il devient possible de militer, c'est davantage dans l'incarnation d'un mode de vie spécifique que cet engagement trouve à s'exprimer. Dès lors, vivre selon ses convictions afin de favoriser un haut niveau de cohérence susceptible de maintenir les contours de son identité devient un enjeu fondamental pour les militants.Aussi, cet engagement à plusieurs niveaux (idéologique, politique, pratique) doit être appréhendé dans sa globalité. C'est pourquoi, la construction d'une généalogie des idées décroissantistes se révèle tout aussi indispensable que l'analyse des pratiques militantes, l'une permettant alors d'éclairer l'autre et vice versa. / Born in the early 2000s, activism for degrowth is a form of commitment demanded by those who seek to break with the logics of economic growth. Assuming that infinite growth is not possible in a finite world, the degrowth activists are in opposition with the injunctions to consumption formulated by all the promoters of the "consumer society".Taking root in the intellectual production formulated by the anti-conformists of the 1930s and then by the ecologists of the "first hour" and other opponents of the "consumer society", the commitment to degrowth is being expressed nowadays through various activist groups, from the labeled political party to the most informal local collective. But even if these spaces are to be understood as places where it becomes possible to militate, it is more in the embodiment of a specific way of life that this commitment finds expression. From then on, living according to one's convictions in order to promote a high level of coherence likely to maintain the contours of one's identity becomes a fundamental issue for activists.This commitment at several levels (ideological, political, practical) must be understood in its entirety. Therefore, the construction of a genealogy of the ideas for degrowth is just as indispensable as the analysis of activists practices, the one enlightening the other and vice versa.

Esta pesquisa investigou a prática clínica de Supervisão de Supervisão, espaço de discussão entre supervisores clínicos de diferentes projetos de atenção psicológica em instituições e comunidades. Utilizando uma abordagem fenomenológica, a investigação se baseou numa cartografia clínica desta prática, abrangendo a historicidade de sua constituição e o contexto no qual se mostra seu desenrolar, apresentado em cenas de supervisão de supervisão relativas a diferentes cenários sociais em que se desenvolveram modalidades de prática psicológica. O diálogo dos supervisores desvelou alguns eixos teóricos de discussão atinentes à práxis desenvolvida, que foram abordados por meio de ensaios, buscando dialogar com o modo como tais temas emergentes foram apresentados nas supervisões de supervisão e refletir sobre seu sentido. O primeiro eixo abordado foi a cartografia, em relação à qual se buscou contemplar aproximações e diferenças entre a prática realizada e outros autores que discutem o tema, em especial aqueles utilizados como referência pelos supervisores na compreensão de suas práticas, delineando-se uma cartografia clínica de orientação fenomenológica. O segundo tema apresentado refere-se às relações entre psicologia e fenomenologia, quanto ao qual o ensaio procura demonstrar a pertinência do olhar fenomenológico na psicologia a partir da historicidade destes campos. Em relação ao terceiro eixo temático a práxis psicológica realizada nos contextos institucionais e comunitários o ensaio aborda duas vertentes interligadas. Discute-se, por um lado, a origem de um entrelaçamento entre sujeito e contexto social a partir das interdisciplinaridades, pluridisciplinaridades e transdisciplinaridades originadas no questionamento do papel da ciência e da universidade a partir do pós-guerra. Por outro lado, o ensaio trata da inserção da clínica em cenários externos ao consultório particular enquanto articulada à falência do modelo de clínica liberal e aos movimentos políticos pela construção de direitos de cidadania, no panorama brasileiro ocorridos em especial na saúde pública e na saúde mental. No tocante ao quarto tema, o lugar do aconselhamento psicológico a partir da fenomenologia existencial, o ensaio versa sobre a compreensão da atenção psicológica como possibilidade de designação pertinente à práxis, abrangendo o olhar sobre a experiência enquanto modo de habitar o mundo. Finalmente, quanto ao quinto tema, as relações entre clínica e política são discutidas no intuito de designar o espaço clínico enquanto pré-político. A partir destas discussões, a supervisão de supervisão é compreendida como uma grande angular, em que se interpenetram cinco dimensões: investigativo-cartográfica (relacionada à compreensão/interpretação dos espaços internos e externos em que ocorre a prática), prático-teórica (movimento de compreensão da experiência e sua interpretação pela palavra), clínica (diálogo que permite o entrelaçamento de significações e experiências), pedagógica (a aprendizagem que se realiza no nomear a experiência, na atribuição de sentido, na multiplicação dos sentidos possíveis e na compreensão do processo de aprendizagem clínica) e ético-política (na construção de referenciais a partir dos quais é possível compreender o mundo e agir sobre ele) / This work intended to investigate Supervision of Supervision as a clinical practice for discussion between clinical supervisors from psychological attention institutions and communities different projects. By using a existential phenomenological approach, the investigation was based upon a clinical cartography that shows the history of its constitution and contexts where it happens: Supervision of Supervisions different scenes concerning to different social scenarios where the psychological practice took place. The supervisors conversation allowed disclosing five theoretical axes for reflexions about the praxis. Such axes were explored by essays that dialogue with the mode by which they were presented at the supervisions. The first axe presents the cartography, relating it to the practice developed and some thoughts by authors reffered by the supervisors to comprehend their action in supervision: a clinical cartography in a existential phenomenological perspective was revealed. The second theme refers to relations between psychology and phenomenology, to demonstrate the property of the phenomenological optics for psychology when the historicity of those practical fields is taken into account. The third axe deals with the psychological practice in institutional and communitarian contexts, approaching to interconnected trends. By one side, it discusses the original interconnection between subject and social context, concerning interdisciplinary, multidisciplinary and transdisciplinary and their post-war role as in science as at the university. On the other hand, the third essay deals with the clinics insertion in scenarios, others than the traditional private practice, model inspired by the Brazilian political liberal movements for citizens rights specially for Public Health and Mental Health. Yet, the fourth axe explores counseling psychology by the existential phenomenology, in respect to the comprehension of psychological attention as a proper designation for that kind of praxis, encompassing experience as a human mode to dwell in the world. Finally, the fifth theme discusses the relations between clinic and politics in other to designate the clinical context as pre-political. The conclusion points to supervision of supervision as a great angular lens, where five dimensions interrelate themselves: the investigative-cartographic one (comprehension/interpretation of internal and external practice spaces); the practicaltheoretical one (movement for experience comprehension and interpretation by the speech); the clinical one (dialogue that propitiates interrelations between experience and meaning); the pedagogic one (learning by sense attribution while nominating experience, expanding possible meanings to the clinical learning); and the ethical-political dimension (referential construction that provides the comprehension of the world and to act upon it)

This research refers to a socio-anthropological study of contemporary therapeutic spiritualities. After defining a specific circuit composed by the group Meditation Sahaja Yoga, Worshiping place Peregrinos da Luz Divina Pai Benedito and Reiki therapy (Espaço Plenitude and Instituto Seva) it was observed from the sayings and practices that therapeutic spiritualities are part of the New Age phenomenon. Thus, the work has as one of the objectives to list the common elements which are present in the circuit that are consistent with the phenomenon, namely: holistic and vitalistic fundamentals, transcultural and hybrid nature, occidental orientation, psychological, experimentalist and idiosyncratic language, new religious consciousness. Supported by a hermeneutic and phenomenological perspective we attempted to demonstrate how therapeutic spiritualities foster the construction of an integrative corporeality as well as a set of gentle techniques of integrative character. Both integrative corporeality and the study of spiritual techniques were placed in opposition to dualistic corporeality that emerges with modern conceptions of body and instrumental rational perspective of biomedicine, and, to some extent, with the hegemonic representations in official religious circles. We conclude that the phenomenon of therapeutic spiritualities that emerge amid a crisis of institutions that produce meaning collaborate to build new patterns of behavior, new symbolic codes, new sensibilities conforming another somatic culture grounded in holistic and vitalist principles with contra-modern and post-traditional traits. / Este trabalho refere-se a um estudo sócio-antropológico sobre as espiritualidades terapêuticas contemporâneas. Após definir um circuito particular composto pelo grupo Meditação Sahaja Yoga, a casa de oração Peregrinos da Luz Divina Pai Benedito e a terapêutica Reiki (Espaço Plenitude e Instituto Seva) observou-se a partir das falas e das práticas, que as espiritualidades terapêuticas fazem parte do chamado fenômeno Nova Era. A partir dessa constatação procurou-se, como um dos objetivos, levantar os elementos comuns presentes no interior do circuito que condizem com o fenômeno, a saber: fundamentos holistas e vitalistas, caráter transcultural e híbrido, orientalização do ocidente, linguagem psicológica, experimentalista e idiossincrática, nova consciência religiosa. Procurou-se em um segundo momento demonstrar, apoiado em uma perspectiva hermenêutica e fenomenológica, como as espiritualidades terapêuticas fomentam a construção de uma corporeidade integrativa assim como de um conjunto de técnicas suaves também de caráter integrativo. Tanto a corporeidade integrativa como o estudo das técnicas espiritualistas foram colocados em oposição à corporeidade dualista que surge com as concepções modernas de corpo e à perspectiva racional instrumental da biomedicina e, em certa medida, com as representações hegemônicas nos círculos religiosos oficiais. Chegou-se a conclusão de que o fenômeno das espiritualidades terapêuticas que surgem em meio a uma crise das instituições produtoras de sentido colabora para a construção de novos padrões de comportamento, novos códigos simbólicos, novas sensibilidades conformando outra cultura somática pautada em princípios holistas e vitalistas de caráter contramoderno e pós-tradicionais. / Mestre em Ciências Sociais

Esta pesquisa investigou a prática clínica de Supervisão de Supervisão, espaço de discussão entre supervisores clínicos de diferentes projetos de atenção psicológica em instituições e comunidades. Utilizando uma abordagem fenomenológica, a investigação se baseou numa cartografia clínica desta prática, abrangendo a historicidade de sua constituição e o contexto no qual se mostra seu desenrolar, apresentado em cenas de supervisão de supervisão relativas a diferentes cenários sociais em que se desenvolveram modalidades de prática psicológica. O diálogo dos supervisores desvelou alguns eixos teóricos de discussão atinentes à práxis desenvolvida, que foram abordados por meio de ensaios, buscando dialogar com o modo como tais temas emergentes foram apresentados nas supervisões de supervisão e refletir sobre seu sentido. O primeiro eixo abordado foi a cartografia, em relação à qual se buscou contemplar aproximações e diferenças entre a prática realizada e outros autores que discutem o tema, em especial aqueles utilizados como referência pelos supervisores na compreensão de suas práticas, delineando-se uma cartografia clínica de orientação fenomenológica. O segundo tema apresentado refere-se às relações entre psicologia e fenomenologia, quanto ao qual o ensaio procura demonstrar a pertinência do olhar fenomenológico na psicologia a partir da historicidade destes campos. Em relação ao terceiro eixo temático a práxis psicológica realizada nos contextos institucionais e comunitários o ensaio aborda duas vertentes interligadas. Discute-se, por um lado, a origem de um entrelaçamento entre sujeito e contexto social a partir das interdisciplinaridades, pluridisciplinaridades e transdisciplinaridades originadas no questionamento do papel da ciência e da universidade a partir do pós-guerra. Por outro lado, o ensaio trata da inserção da clínica em cenários externos ao consultório particular enquanto articulada à falência do modelo de clínica liberal e aos movimentos políticos pela construção de direitos de cidadania, no panorama brasileiro ocorridos em especial na saúde pública e na saúde mental. No tocante ao quarto tema, o lugar do aconselhamento psicológico a partir da fenomenologia existencial, o ensaio versa sobre a compreensão da atenção psicológica como possibilidade de designação pertinente à práxis, abrangendo o olhar sobre a experiência enquanto modo de habitar o mundo. Finalmente, quanto ao quinto tema, as relações entre clínica e política são discutidas no intuito de designar o espaço clínico enquanto pré-político. A partir destas discussões, a supervisão de supervisão é compreendida como uma grande angular, em que se interpenetram cinco dimensões: investigativo-cartográfica (relacionada à compreensão/interpretação dos espaços internos e externos em que ocorre a prática), prático-teórica (movimento de compreensão da experiência e sua interpretação pela palavra), clínica (diálogo que permite o entrelaçamento de significações e experiências), pedagógica (a aprendizagem que se realiza no nomear a experiência, na atribuição de sentido, na multiplicação dos sentidos possíveis e na compreensão do processo de aprendizagem clínica) e ético-política (na construção de referenciais a partir dos quais é possível compreender o mundo e agir sobre ele) / This work intended to investigate Supervision of Supervision as a clinical practice for discussion between clinical supervisors from psychological attention institutions and communities different projects. By using a existential phenomenological approach, the investigation was based upon a clinical cartography that shows the history of its constitution and contexts where it happens: Supervision of Supervisions different scenes concerning to different social scenarios where the psychological practice took place. The supervisors conversation allowed disclosing five theoretical axes for reflexions about the praxis. Such axes were explored by essays that dialogue with the mode by which they were presented at the supervisions. The first axe presents the cartography, relating it to the practice developed and some thoughts by authors reffered by the supervisors to comprehend their action in supervision: a clinical cartography in a existential phenomenological perspective was revealed. The second theme refers to relations between psychology and phenomenology, to demonstrate the property of the phenomenological optics for psychology when the historicity of those practical fields is taken into account. The third axe deals with the psychological practice in institutional and communitarian contexts, approaching to interconnected trends. By one side, it discusses the original interconnection between subject and social context, concerning interdisciplinary, multidisciplinary and transdisciplinary and their post-war role as in science as at the university. On the other hand, the third essay deals with the clinics insertion in scenarios, others than the traditional private practice, model inspired by the Brazilian political liberal movements for citizens rights specially for Public Health and Mental Health. Yet, the fourth axe explores counseling psychology by the existential phenomenology, in respect to the comprehension of psychological attention as a proper designation for that kind of praxis, encompassing experience as a human mode to dwell in the world. Finally, the fifth theme discusses the relations between clinic and politics in other to designate the clinical context as pre-political. The conclusion points to supervision of supervision as a great angular lens, where five dimensions interrelate themselves: the investigative-cartographic one (comprehension/interpretation of internal and external practice spaces); the practicaltheoretical one (movement for experience comprehension and interpretation by the speech); the clinical one (dialogue that propitiates interrelations between experience and meaning); the pedagogic one (learning by sense attribution while nominating experience, expanding possible meanings to the clinical learning); and the ethical-political dimension (referential construction that provides the comprehension of the world and to act upon it)

Esta dissertação de mestrado versa sobre algumas questões acerca de participação, tais como estratégia na educação e para a cidadania, da conquista de espaços públicos em suas transformações físico-políticos e qualitativo na gestão ambiental. Trata-se da análise das experiências em assentamentos subnormais em que, apesar terem sido trabalhos contratados pelo poder público, o arquiteto/pesquisador procurou planejar, desenvolver e xecutar os projetos através da visão de quem estava recebendo os investimentos. Entendendo que participar é poder tomar decisão em algum processo que irá mudar o destino de uma determinada situação, de forma espontânea ou não, mirando um futuro que desde já no presente deve ser melhorado. Assim é preciso que os sujeitos sociais tomem de informações preciosas, e provoque discussões num espaço múltiplo, diversificado perceber e encarar as questões da paisagem relamente relevantes. Fruto da discussão, podem começar a aparecer soluções criativas, no processo de tomada de decisão que melhor atenda às necessidades e aos anseios da população em questão. Muitos foram os conflitos, principalmente, entre o arquiteto/pesquisador e o contratante/poder público, em virtude das diferenças de entendimento e abordagem, que se interpuseram na reconstrução de um espaço urbano em que, por lei, era obrigatório o envolvimento ou a participação do usuário para validar o próprio empréstimo. Entre essas diferenças estava a divergente concepção do que seria qualidade para a população, a que estariam destinadas os investimentos, constituídas de famílias de poucos recursos. Também apresenta uma síntese metodológica no aprimoramento para a elaboração de projetos e obras de urbanização de favelas, atendendo não apenas a administração pública como também a população que recebe o investimento tendo como desafio a dimensão de uma educação não-formal, potencializando uma maneira ativa de participação popular que aponta, partir da manifestação do coletivo, para uma qualidade de cidadania, que institui o cidadão como criador de direitos para abrir novos espaços, capaz de influenciar políticas públicas. / This masters degree dissertation addresses some issues regarding participation, such as education and citizenship strategies, in achieving public areas in their physical-political and qualitative transformation in the environment management. The dissertation is refering to the analysis of experiences in sub-normal settlements where the architect/researcher strived to plan, develop, and execute projects from the perspective of those receiving the investments, although Public Power contracted their jobs, by understanding that participating is being able to make decisions in some process that will change, either spontaneously or not, the destiny of a given situation, targeting a tomorrow which should be improved as of today. Thus, social individuals need to gather worthy information and stimulate discussions within a multiple environment that is diversified in away to perceive and cope with actually relevant issues of the scenario. Resulting from discussions, creative solutions may start to come up in the decision-making process that better meet the needs and wishes of the target population. Many conflicts ensued between the architect/researcher and the contracting party, Public Power, because of the differences of understanding and approach that interfered in the rebuilding of an urban area where the involvement or participation of users was mandatory by law to validate the loan itself. Among these differences, there was the divergent conception of what should be considered as quality for the population for whom investments were designated and what was constituted of low-income families. Also, what it is presents a methodological synthesis to improve project design and urbanization construction works in squatter settlements - favelas - by responding not only to public administration, but also to the population receiving the investment. The challenges include: the dimension of an informal education, and the empowerment of an active manner of popular participation that points to, from the populations manifestations, a citizenship quality, one which institutes the citizen as a rights designer to open new areas, enabled to influence public policies.

Pour appréhender l'économie circulaire spontanée à Bangangté, ville moyenne camerounaise, avec le cas des déchets solides ménagers, nous avons formulé une hypothèse principale montrant les liens forts des pratiques alternatives ou spontanées de cette gestion avec l’économie circulaire. Pour y parvenir, nous avons adopté une approche transversale, explicative et analytique. Des recherches documentaires nous ont permis d’obtenir des données relatives à notre problématique. Sur la base d’un échantillonnage aléatoire, nous avons enquêté 200 ménages dans 10 quartiers de la ville de Bangangté. De plus, nous avons réalisé 30 entretiens avec plusieurs acteurs : administration publique en charge de la gestion des déchets, entreprise Hygiène et Salubrité du Cameroun (HYSACAM), récupérateurs, emplois verts, associations, etc. Des observations empiriques, souvent illustrées, nous ont permis d’identifier et d’évaluer les facteurs de risques et les conséquences liés aux déchets solides ménagers. Nous avons pu suivre les activités de valorisation par les bangangtéens et la municipalité, pour une gestion efficace et rentable de ces déchets. Cette démarche nous a permis d’obtenir des résultats sur la caractérisation des déchets, les pratiques courantes, les filières de l’économie circulaire et la réalisation de la cartographie des gisements et composition des déchets, leur répartition par quantités et par quartiers, les sites de transformation et de vente des matières de récupération et de recyclage. A Bangangté, la pratique de l’économie circulaire de proximité a eu des conséquences socio-économiques positives et à plus de durabilité. / To understand the spontaneous circular economy of Bangangte, a Cameroonian medium-sized city, with the case of solid household waste, we formulate a main hypothesis showing the strongly linked that alternative or spontaneous practices for managing to the circular economy. To achieve this, we have adopted a transversal, explanatory and analytical approach. Documentary research permitted us to obtain data related to our topic. Based on a random sample, we surveyed 200 households in 10 neighbourhoods or quarters in Bangangte city. In addition, we conducted 30 interviews with several stakeholders : public administration in charge of waste management, Cameroon Sanitary and Hygene company (HYSACAM), reclaimers, green jobs, association, etc. Empirical observations, often illustrated, allowed us to identify and assess the risk factors and consequences related to household solid waste. We were able to monitor the recovery activities by the Bangangteans and the municipality, for the efficient and profitable waste management. This approach has enabled us to obtain results on waste characterization, current practices and the mapping of waste deposits and compostion, their distribution by quantity and neighbourhood, and the processing and sale sites for recovery and recycling materials. Knowledge of the different perceptions and ways of using waste is also important. In Bangangte, the practice of the local circular economy has had positive socio-economic and has generated more than a hundred local jobs in the field of recovery, recycling activities, composting, reuse,etc. to go further, the mutualization between several actors.

Dans le cadre de ma thèse, je m’intéresse à Bioma, un collectif engagé dans des pratiques alternatives s’inscrivant dans une stratégie de « transition socio-écologique ». C’est là un collectif qui s’inscrit pleinement dans le mouvement environnemental mais qui en redéfinit en partie les revendications et les perspectives sans s’engager directement dans des actions contestataires. L’objectif de ma thèse est d’analyser précisément comment ces pratiques alternatives se construisent et s’articulent à d’autres actions collectives afin de comprendre de quelle(s) manière(s) l’alternatif participe à un type de changement social. Le modèle porté par l’alternatif, est un modèle de transition – qui se démarque ainsi des perspectives réformatrices et révolutionnaires de changement social. Cependant, le thème de la transition reste largement débattu, notamment concernant son contenu, sa forme, ses objectifs et sa potentielle radicalité. En étudiant précisément les tensions, contraintes et ambivalences qui sont vécues par Bioma, je reconstruis à la fois ce que peuvent être des pratiques alternatives, dans leur matérialité empirique, mais aussi la manière dont elles s’inscrivent dans un modèle spécifique de changement social par transition. L’alternatif est un type d’action qui, bien que s’inscrivant principalement dans un mouvement social – ici le mouvement environnemental –, soutient, participe et s’articule fortement à d’autres mouvements sociaux. En ce sens, il ne faut pas comprendre les stratégies et modèles de changements sociaux de manière exclusive : bien qu’inscrit avant tout dans une perspective de transition, l’alternatif participe ici en même temps à des stratégies plus contestataires d’un côté et à certaines stratégies institutionnelles de l’autre. Dans l’ordre de l’alternatif lui-même, les membres de Bioma expérimentent et préfigurent des pratiques matérielles et relationnelles qui visent à transformer les subjectivités des individus. Ces pratiques internes se déploient et sont projetées dans les relations dans lesquelles le collectif s’engage et participent ainsi à une diversification des modes – possibles comme réels – d’existence et d’engagement. Ces pratiques alternatives prennent place et construisent des espaces particuliers qui participent à une lutte d’occupation de l’espace. Finalement, la transition que Bioma propose est de type « ontologique »~: il s’agit de construire un « monde », différent bien qu’imbriqué dans le monde dominant. L’ensemble de ma thèse montre la manière dont ce monde, imparfait et toujours incomplet, est construit, expérimenté et engendre en même temps nombre de tensions et d’ambivalences que les membres de Bioma vivent au quotidien. Ma thèse s’appuie sur un terrain ethnographique de trois ans avec Bioma, un collectif engagé dans l’agriculture urbaine et la permaculture. Lors de ces trois années, je me suis engagé dans le collectif et j’ai participé à l’ensemble des activités et pratiques du groupe, j’ai effectué des entretiens, mené des conversations informelles et récolté et analysé l’ensemble des documents présents et produits par Bioma. C’est en tant que chercheur engagé que j’ai mené cette recherche. / In my thesis, I investigate Bioma, a self-managed collective involved in alternative practices that are part of a "socio-ecological transition" strategy within the environmental movement. Without engaging directly in contentious actions, Bioma contributes to a redefinition of the environmental movement's demands and perspectives. The aim of my thesis is to analyze precisely the ways alternative practices are constructed and articulated with other collective actions. This allows me to better understand how alternative initiatives can participate in a certain type of social change. Alternative practices carry a model of social transformation by transition. Thus, it is different from other perspectives of social change such as revolutionary or reformist ones. Transition, as a model of social transformation, is a highly debated topic. Its content, form, objectives and potential radicality are all subjected to controversies. By studying the tensions, constraints and ambivalences that are experienced by Bioma's activists, I explore what real alternative practices may be, in their empirical materiality, but also the ways in which they are involved in a specific model of social change by transition. In addition to being part of a main social movement, alternative practices usually support, participate and are articulated with other types of social movements. Hence, we shouldn't understand the strategies and models of social change in an exclusive manner. Alternative practices carry a perspective of transition while also participating in both contentious strategies and more institutional ones. The members of Bioma are experimenting and prefiguring material and relational practices that aim at transforming individuals' subjectivity. These internal practices unfold and are projected in the relationships that Bioma create. Therefore, this group participates to the diversification of possible and actually existing modes of existence and commitment. Through these alternative practices, Bioma builds specific spaces that are part of a spatial struggle. The type of transition for which Bioma fights is "ontological" as it aims at creating a "world" different from the dominant world, even though it is interwoven within it. My thesis shows how this always imperfect and unfinished alternative world is built and experimented. Through this analysis, we see how this world generates a number of tensions and ambivalences that the activists of Bioma live daily. My analysis draws from a three-year long ethnographic fieldwork during which I was immersed in projects of urban agriculture and permaculture. During this time, I became part of the group and I participated in every collective activities and practices. I also conducted interviews, had in-depth informal conversations and collected and analyzed the documents that were present in my fieldwork. For the whole of my fieldwork, my research posture was one of a militant ethnographer.