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Estudo farmacobotânico de seis espécies de uso medicinal no nordeste brasileiro.

Malheiros, Sarah Guimarães de Lima 10 February 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:59:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Arquivototal.pdf: 9152844 bytes, checksum: 69f8038e5d051487e0ebade769dd78d9 (MD5) Previous issue date: 2012-02-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Medicinal plant is any plant that has, in one or more organs, substances that can be used for therapeutic purposes or which are precursor of semi-synthetic drugs. Natural products and their derivatives represent more than 50% of all drugs in clinical use worldwide, being higher plants supplying at least 25% of the total. Although the growing use of medicinal plants has been very large in recent decades, there is still a significant lack of research data in this area, especially with regard to quality control of herbal drugs. This work aimed the pharmacobotanical study of six angiosperms medicinal species commonly used in northeastern Brazil, in order to support the quality control of their herbal drugs, since the morphological and anatomical data for these species are scarce, although the pharmacological importance of each is well-defined. For this purpose, we performed morphological and anatomical studies of roots, stems and leaves and ultra-structural study of leaves surfaces of Ageratum conyzoides, Justicia pectoralis, Cnidoscolus urens, Cnidoscolus infestus, Aristolochia papillaris e Aristolochia birostris. The results showed, especially the anatomical data, such as contour epidermal cell wall, types of stomata, trichome type and distribution and organization of vascular bundles, showed particular and distinctive characters of each species. The morphoanatomic analysis of the species in study allowed the characterization of each one, providing basis for their correct identification and distinction of closely related and morphologically similar species. / Planta medicinal é todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos. Os produtos naturais e seus derivados representam mais de 50% de todas as drogas de utilização clínica em todo o mundo, sendo as plantas superiores fornecedoras de pelo menos 25% desse total. Embora o crescimento do uso de plantas medicinais tenha sido evidente nas últimas décadas, há ainda uma significante carência de dados de pesquisas nesta área, especialmente no que diz respeito ao controle de qualidade de drogas vegetais. Este trabalho teve por objetivo o estudo farmacobotânico de seis espécies de angiospermas medicinais de uso comum no nordeste brasileiro, de forma a subsidiar o controle de qualidade de suas drogas vegetais, uma vez que os dados morfoanatômicos para essas espécies são escassos, embora a importância farmacológica de cada uma esteja bem definida. Para tanto, foram realizados estudos morfológicos e anatômicos de raízes, caules e folhas, e estudo ultraestrutural das superfícies foliares de Ageratum conyzoides, Justicia pectoralis, Cnidoscolus urens, Cnidoscolus infestus, Aristolochia papillaris e Aristolochia birostris. Os resultados encontrados, especialmente os dados anatômicos, como contorno da parede celular epidérmica, tipos de estômatos, tipo e distribuição de tricomas e organização dos feixes vasculares, evidenciaram caracteres particulares e distintivos de cada espécie. As análises morfoanatômicas das espécies em estudo possibilitaram a caracterização de cada uma delas, fornecendo subsídio para sua correta identificação e distinção das espécies próximas e morfologicamente semelhantes.
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Contribuição química para os voláteis de Aristolochia trilobata e obtenção do acetato de 6-metil-5-hepten-2-ila por biotransformação

Santos, Darlisson de Alexandria 08 February 2013 (has links)
Aristolochia genus consists of about 400 species, among which is the Aristolochia trilobata L. This species is commonly used as medicinal plant by Central and South American people against snakes and scorpions bites in the treatment of stomach pains, cramps and diabetes and for the removal of placental among others. However, there are not studies that reports the chemical components of this plant, therefore, this study intended to identify the volatile chemicals in the oil, and the full characterization of the majority constituent of essential oil and offer a way to obtain it via biotransformation. It was observed that the major component of the essential oil is the (R)-sulcatyl acetate (23.31%), while in the hydrolate the major component is linalool (29.51%). The antinociceptive activity of A. trilobata essential oil and (R)-sulcatyl acetate was evaluated, which showed a strong analgesic activity and did not show any significant motor performance alterations. Two routes were proposed to obtain sulcatyl acetate: one by conventional chemical synthesis and another by biotransformation. For the chemical synthesis sulcatona was used how starting material that was reduced and yielded sulcatol (98%), which was acetylated (83% yield). The route by biotransformation had hao starting material geraniol, being evaluated the ability of the fungus Penicillium oxallicum in the biotransformation from geraniol to sulcatona. It was also evaluated the ability of the fungi Aspergillus niger, Aspergillus sp. P. oxallicum, fungus isolated from Spondias tuberous (umbu) and Passiflora edulis (passion fruit) peel, to reduce sulcatona, resulting in a reduction of different percentage for each medium tested. It was also tested A. niger, Aspergillus sp., P. oxallicum and the fungus isolated from umbu , for sulcatol acetylation with stereoselectivity. The region-/stereoselectivity of the reactions was evaluated by GC/FID chiral, obtaining sulcatone reduction with A. niger, and the stereoselectivity in the racemic sulcatol acetylation catalyzed by Aspergillus sp. was obtained (S)-sulcatyl acetate with isomeric purity, and also obtaining pure (R)-sulcatyl acetate with P. oxallicum. It was possible to observe a mixture of isomers from the reaction catalyzed by the isolated fungus from umbu. / O gênero Aristolochia é constituído por aproximadamente 400 espécies, dentre as quais encontra-se a Aristolochia trilobata L. Essa espécie é utilizada na medicina popular nas Américas Central e do Sul contra picadas de cobras e escorpiões, no tratamento de dores estomacais, cólicas e diabetes e para a remoção de placentas, entre outras. No entanto, nenhum trabalho relata os componentes químicos dessa planta e, portanto, o presente trabalho visou a identificação química dos voláteis existentes na mesma, bem como o isolamento, a caracterização e a identificação do constituinte majoritário, R(+)-2-acetil 6-metil-5-hepteno (acetato de sulcatila), com 23,31% presente no óleo essencial. O linalol (29,51%) foi identificado no hidrolato como constituinte majoritário. O óleo essencial e o (R)-acetato de sulcatila tiveram suas atividades antinociceptivas avaliadas em camundongos, os quais apresentaram capacidade de analgesia sem interferir na capacidade motora. Foram realizadas duas propostas para a síntese do acetato sulcatila, uma por síntese convencional e outra por biotransformação. Para a proposta sintética utilizou-se a sulcatona como material de partida, obtendo-se sulcatol (98% de rendimento) a partir da redução, o qual foi acetilado (83% de rendimento). A rota por biotransformação partiu da conversão do geraniol em sulcatona pelo fungo Penicillium oxallicum, sendo avaliado, posteriormente, a capacidade dos fungos Aspergillus niger, Aspergillus sp., P. oxallicum, fungos isolados de Spondias tuberosa (umbu) e das cascas de Passiflora edulis (maracujá) para a redução da sulcatona, obtendo-se a redução com percentuais diferentes para cada meio testado. Foram também realizadas reações de acetilação do sulcatol utilizando os fungos A. niger, Aspergillus sp., P. oxallicum e o fungo isolado do umbu. A régio/estereosseletividade das reações foi avaliada por CG/DIC quiral, sendo possível observar uma regiosseletividade na redução da sulcatona por A. niger e a estereosseletividade na acetilação do sulcatol racêmico catalisada pelo fungo Aspergillus sp., sendo obtido o (S)-acetato de sulcatila com pureza isomérica, e obteve-se o (R)-acetato de sulcatila puro com P. oxallicum, sendo possível também observar uma mistura de isômeros a partir da reação catalisada pelo fungo isolado do umbu.
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Mortalidade e comportamento de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) resistente a piretróides exposto ao óleo essencial de Aristolochia trilobata L. (Piperales: Aristolochiaceae) / Mortality and behavior of Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) resistant to pyrethroids exposed to the essential oil of Aristolochia trilobata l. (Piperales: Aristolochiaceae)

Silva, Indira Morgana de Araújo 27 February 2017 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The Aedes aegypti is a vector of severe arboviruses such as dengue, february yellow, Zika and chikungunya, and other examples of resistance to pyrethroids have been identified in vector populations in several countries. In this work, we aim to analyze the effects of lethal and subtleties of the essential oil of Aristolochia trilobata and its major compounds on A. aegypti. The essential oil of A. trilobata was obtained by hydrodistillation in Clevenger apparatus and chemically analyzed by gas chromatography coupled to mass spectrometry and a flame ionization detector (GC / MS / DIC). They populations of A. aegypti susceptible PPCampos and resistant to pyrethroids Oiapoque were used. The bioassays were developed with larvae and adults to obtain concentrations/doses and lethal times, and only with larvae to evaluate the swimming behavior of these individuals. Twenty-five compounds were identified and quantified in the essential oil of A. trilobata, which represented 98.72% of the total composition. Among the bio-insecticides, the most toxic compound was limonene, for larvae, and the essential oil of A. trilobata, for adults, of the susceptible population. However, as larvae and adults of the resistant population showed approximately 100% mortality when treated with the ρ-cymene compound. This compound also caused a reduction in the survival of individuals in the resistant population, with a lethal time of 9.54 h and 0.08 h to kill 50% of larvae and adult females, respectively. The treatments modified the larval swimming behavior of the both populations and, in general, reduced their rates of displacement and velocity, as well caused greater disorientation of swimming. Thus, our results show possible alternatives to control larval and adult of A. aegytpi, including resistant to pyrethroids, and clarify the effects of insecticides on the behavior of larvae of this mosquito and its possible consequences on fitness of natural populations. / O Aedes aegypti é vetor de graves arboviroses como dengue, febre amarela, Zika e Chikungunya, porém inúmeros casos de resistência à piretróides tem sido identificados em populações desse vetor em vários países. Nesse trabalho, objetivamos analisar os efeitos letais e subletais do óleo essencial de Aristolochia trilobata e seus compostos majoritários sobre A. aegypti. O óleo essencial de A. trilobata foi obtido por hidrodestilação em aparelho Clevenger e analisado quimicamente por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa e a um detector de ionização de chamas (CG/EM/DIC). Foram utilizadas as populações de A. aegypti PPCampos e Oiapoque, susceptível e resistente a piretróides, respectivamente. Os bioensaios foram desenvolvidos com larvas e adultos para obtenção das concentrações/doses e tempos letais, e apenas com larvas para avaliação do comportamento de natação desses indivíduos. Foram identificados e quantificados 25 compostos no óleo essencial de A. trilobata, os quais representaram 98,72% da composição total. Dentre os bioinseticidas, o composto mais tóxico foi o limoneno, para as larvas, e o óleo essencial de A. trilobata, para os adultos, da população susceptível. Já as larvas e adultos da população resistente apresentaram mortalidade de aproximadamente 100% quando tratadas com o composto ρ-cimeno. Esse composto também causou rápida redução da sobrevivência dos indivíduos da população resistente, com tempo letal de 9,54 h e 0,08 h para matar 50% das larvas-pupas e fêmeas adultas, respectivamente. Os tratamentos modificaram o comportamento de natação de larvas das duas populações e, de forma geral, reduziram suas taxas de deslocamento e velocidade, assim como causaram maior desorientação de natação. Dessa forma, nossos resultados apontam possíveis alternativas ao controle de larvas e adultos de A. aegytpi, inclusive resistente a piretóides, e esclarece sobre os efeitos de inseticidas sobre o comportamento de larvas deste mosquito e suas possíveis consequências no fitness de populações naturais. / São Cristóvão, SE
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The evolution of the Aristolochia pallida complex (Aristolochiaceae) challenges traditional taxonomy and reflects large-scale glacial refugia in the Mediterranean

Krause, Cornelia, Oelschlägel, Birgit, Mahfoud, Hafez, Frank, Dominik, Lecocq, Gérard, Shuka, Lulëzim, Neinhuis, Christoph, Vargas, Pablo, Tosunoglu, Aycan, Thiv, Mike, Wanke, Stefan 30 May 2024 (has links)
The taxonomy of the Mediterranean Aristolochia pallida complex has been under debate since several decades with the following species currently recognized: A. pallida, A. lutea, A. nardiana, A. microstoma, A. merxmuelleri, A. croatica, and A. castellana. These taxa are distributed from Iberia to Turkey. To reconstruct phylogenetic and biogeographic patterns, we employed cpDNA sequence variation using both noncoding (intron and spacer) and protein-coding regions (i.e., trnK intron, matK gene, and trnK-psbA spacer). Our results show that the morphology-based traditional taxonomy was not corroborated by our phylogenetic analyses. Aristolochia pallida, A. lutea, A. nardiana, and A. microstoma were not monophyletic. Instead, strong geographic signals were detected. Two major clades, one exclusively occurring in Greece and a second one of pan-Mediterranean distribution, were found. Several subclades distributed in Greece, NW Turkey, Italy, as well as amphi-Adriatic subclades, and a subgroup of southern France and Spain, were revealed. The distribution areas of these groups are in close vicinity to hypothesized glacial refugia areas in the Mediterranean. According to molecular clock analyses the diversification of this complex started around 3–3.3 my, before the onset of glaciation cycles, and the further evolution of and within major lineages falls into the Pleistocene. Based on these data, we conclude that the Aristolochia pallida alliance survived in different Mediterranean refugia rarely with low, but often with a high potential for range extension, and a high degree of morphological diversity.
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Atividade alelopática de extratos aquosos de Aristolochia esperanzae O. Ktze e Ocotea odorifera (Vell) Rohwer na germinação e crescimento de Lactuca sativa L. e Raphanus sativus L. / Allelopathic activity of aqueous extracts of Aristolochia esperanzae O. Ktze in the germination and growth of Lactuca sativa L. and Raphanus sativus L.

Gatti, Ana Beatriz 11 September 2003 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:32:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissABG.pdf: 2489261 bytes, checksum: 65c0d87f1aabe3f9693bdb8719c132fb (MD5) Previous issue date: 2003-09-11 / Universidade Federal de Sao Carlos / The objective of this work was analyze the effects of aqueous extracts of Aristolochia esperanzae organs in the germination and early growth of lettuce and radish. All the prepared extracts obeyed the ratio of 100g of plant material + 300 mL of distilled water to produce an extract 100% concentrated. This extract was diluted with distilled water to produce final concentrations of 75, 50 and 25%. In the germination tests the extracts of leaf, stem, root, fruit and flower, with concentration of 100, 75, 50, 25% were evaluated. In the seedlings growth, extracts of leaf, stem and root were used in the concentration of 100 and 50%. In the germination tests, four replicates of 30 seeds were distributed in Petri dishes with two filter paper moistened with 5 mL of the extracts, dried during 12 hours and moistened again with 4,5 mL of distilled water. In the first test, the rate and germination percentage was evaluated. In the growth test, the seeds were previously germinated (2-4mm root length) and transferred to plastic boxes containing the filter paper or coconut fiber, moistened with the extracts. The aerial part height, root length, dry mass and the presence of abnormalities in the seedlings were evaluated. Both tests were maintained at constant temperature (27ºC). The obtained results showed that the leaf extracts affected strongly the germination percentage and all the extracts, in different concentrations, delayed the germination of lettuce and radish seeds. In the growth test could be verified that the stem and root extracts caused abnormalities in the seedlings. The seedlings grown in filter paper presented bigger growth inhibition in relation to seedlings from coconut fiber. The extract concentration was the main responsible for the incentive or inhibition caused on lettuce and radish seedlings growth. / O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos de extratos aquosos de diferentes órgãos de Aristolochia esperanzae na germinação e crescimento de alface e rabanete. Todos os extratos preparados obedeceram à proporção de 100g de material vegetal para 300 mL de água destilada, que produziu o extrato considerado 100% concentrado. A partir deste, foram feitas diluições com água destilada para 75, 50 e 25%. Nos testes de germinação foram avaliados os efeitos dos extratos obtidos de folha, caule, raiz, fruto e flor a 100, 75, 50 e 25% Para o teste de crescimento foram utilizados extratos de folha, caule e raiz na concentração de 100 e 50%. Nos testes de germinação foram utilizadas quatro repetições de 30 sementes distribuídas em placas de Petri forradas com duas folhas de papel de filtro umedecidas com 5 mL dos referidos extratos, secas durante 12 horas e reumedecidas com 4,5 mL de água destilada. No primeiro teste avaliou-se a porcentagem e velocidade de germinação das sementes. No teste de crescimento, as sementes foram previamente germinadas (2-4 mm de radícula) e depois transferidas para caixas plásticas contendo os substratos papel de filtro e fibra de coco umedecidos com os respectivos extratos. Avaliou-se a altura das plântulas, o comprimento radicular, a massa seca das plântulas, e a presença de anormalidades nas plântulas. Os testes foram mantidos a temperatura constante de 27ºC. Através dos resultados obtidos pode-se concluir que os extratos de folha foram os que mais afetaram a porcentagem de germinação e que todos os extratos e as diferentes concentrações retardaram a germinação de sementes de alface e de rabanete. Quanto ao teste de crescimento pode-se verificar que os extratos de caule e raiz causaram anormalidades nas plântulas. As plântulas crescidas no substrato papel de filtro apresentaram maior inibição do crescimento, em relação àquelas crescidas no substrato fibra de coco. A concentração dos extratos foi a principal responsável pelo estímulo ou inibição causada no crescimento das plântulas de alface e rabanete.
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Ecologia e Biologia da Polinização de Aristolochia gigantea (Aristolochiaceae) Mart. e Zucc.

Sousa, Juliana Hipólito 25 May 2016 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-07-18T11:09:58Z No. of bitstreams: 1 Juliana Hipólito dissertação.pdf: 2372033 bytes, checksum: c04375fe806a41cb5114510712bae578 (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva (sivalda@ufba.br) on 2016-05-25T20:01:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Juliana Hipólito dissertação.pdf: 2372033 bytes, checksum: c04375fe806a41cb5114510712bae578 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-25T20:01:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Juliana Hipólito dissertação.pdf: 2372033 bytes, checksum: c04375fe806a41cb5114510712bae578 (MD5) / Capes, Cnpq / A literatura clássica em ecologia da polinização baseia-se em uma visão adaptacionista, na qual os polinizadores teriam características especializadas às flores que visitam e essas aos seus polinizadores, sendo essas “adaptações” chamadas síndromes de polinização, onde a habilidade dos polinizadores em acessar as flores seria o foco central dos estudos (Faegri & van der Pijil 1979). Embora essa visão ainda perdure nos estudos atuais (e.g. Hingston & McQuillan 2000, Pérez et al. 2009), pelo fato das síndromes serem bons guias que provêem uma idéia inicial sobre a ecologia da polinização da planta, elas não devem ser utilizadas exclusivamente para desenhar conclusões sem estudos empíricos. As interações entre plantas e polinizadores são amplamente diversas e complexas para serem resumidas em alguns poucos termos, como características fenotípicas das espécies (Ollerton & Watts 2000). Mesmo nas espécies que parecem ter adaptações para tipos particulares de polinizadores, observações detalhadas demonstram a ocorrência de múltiplos visitantes nas flores (Ollerton 1996). Assim, caracteres específicos utilizados para previsão das síndromes, como caracteres florais nem sempre combinam perfeitamente com a morfologia dos polinizadores (Sakai et al. 1999). Complementarmente, a associação da morfologia floral e função das plantas aos caracteres energéticos, morfológicos e comportamentais dos polinizadores, pode não ter relação direta com a origem de adaptações, pois a polinização pode ser realizada relativamente com sucesso mesmo sem uma relação direta histórica com determinado grupo de polinizador, tratando-se muitas vezes de exaptações ao invés de adaptações senso stricto (Herrera 1996). Exaptações, assim, sugerem características que não foram “desenhadas” para determinada função propriamente, mas que existem por outras razões não relacionadas diretamente com pressões seletivas, sendo cooptadas para um novo uso (Gould & Vrba 1982, Sepúlveda 1 & El-Hani 2008). Além da atração por recursos oferecidos pelas plantas, a presença de polinizadores e flutuação destes nas comunidades, muitas vezes é influenciada pelo ambiente físico que age como filtro das comunidades (Sargent & Ackerly 2008), através de características abióticas (Andrieu et al. 2009) como por exemplo, características do micro habitat e/ou microclima (Herrera 1995, Torres et al. 2007) ou até mesmo por fatores em maior escala, decorrentes das mudanças climáticas globais (Torres et al. 2007). Além disso, a composição e a interação da fauna visitante também pode ser reflexo do contexto da paisagem na qual a população está inserida (Steffan-Dewenter et al. 2002, Devoto et al. 2005), revelando interações mais ou menos especializadas (Warren et al. 1988, Kearns 1992, Torres et al. 2007). Assim, mesmo quando muitos caracteres preditos pelas síndromes ocorrem, observam-se variações na fauna visitante, como por exemplo, espécies de plantas com síndrome de polinização noturna sendo mais eficientemente polinizadas por visitantes diurnos (Wolff et al. 2003, Giménez-Benavides et al. 2007), resultado da escassez de polinizadores por pressões ambientais (Wolff et al. 2003). Estudos têm demonstrado que espécies vegetais restritas a um único polinizador mais são exceções do que regra (Waser et al. 1996, Wolff et al. 2003, Sakai et al. 1999). Entretanto, apesar da maioria das espécies receber um espectro amplo de visitantes florais, nem todo visitante é um polinizador eficiente para garantir o mesmo sucesso reprodutivo (Lau & Galloway 2004, Carvalho & Machado 2006), consequentemente, para compreender a complexidade das interações entre flores e visitantes é fundamental avaliar a eficiência dos visitantes florais como polinizadores efetivos. A exploração de recursos florais muitas vezes requer habilidades comportamentais dos polinizadores para detectar sinais e associá-los aos recursos, além de habilidades morfológicas e fisiológicas para explorá-los (Waser et al. 1996), tais aspectos podem influenciar na eficiência do polinizador do ponto de vista da planta relacionado por exemplo, ao tamanho do polinizador (Boggs 1988), do seu aparato bucal (Svensson et al. 1998, Temeles et al. 2000), tempo gasto nas flores (Tepedino 1981, Keys et al.1995, Singh 2008), frequência de visitas (Tepedino 1981, Keys et al.1995), e forrageamento (Carvalho & Oliveira 2003). Essa associação de requerimentos do visitante com a sua capacidade de transporte dos grãos de pólen das plantas podem diferenciar um visitante floral de um polinizador efetivo, ou seja, aquele que realiza visitas legítimas, sem a retirada apenas do recurso, mas contatando as partes reprodutivas da planta possibilitando sua fecundação. Algumas espécies, realmente parecem ter estratégias especializadas que combinam suas estruturas reprodutivas com a capacidade dos visitantes em adquirir os recursos, restringindo a gama de visitantes que podem obter o recurso, e que podem de fato realizar a polinização, como por exemplo, plantas com anteras poricidas (Laporta 2005), grande parte das orquídeas com suas polínias (Weston et al. 2005), espécies do gênero Ficus e vespas (Chalcidoidea, Agaonidae) (Murray 1985), Yucca sp. (Agavaceae) e as larvas de lepidópteros que se desenvolvem em flores que serão polinizadas pelos adultos (Aker & Udovic 1981, Pellmyr & Huth 1994), e flores com mecanismos de armadilhas (Dafni 1984), dentre muitos outros. A especialização de uma planta a determinado grupo de polinizador, pode aumentar o seu sucesso reprodutivo, pois normalmente implica em uma menor perda de pólen (Dafni 1984, Wilcock & Neiland 2002). Por outro lado, morfologias florais mais especializadas, estariam mais sujeitas às variações nos “serviços” de polinização (Waser et al. 1996), ou seja, o seu sucesso reprodutivo correria maior risco decorrente da falha do transporte de pólen pela falta de vetores especializados (Wilcock & Neiland 2002). Variações nos “serviços” de polinização podem estar relacionadas à limitação de polinizadores, pólen e/ou polinização, muitas vezes fruto da pressão antrópica em ambientes naturais (Aizen & Feinsinger 1994, Kearns et al. 1998). Consequências como a diminuição significativa do número de frutos, podem ser observadas (Berjano et al. 2011), assim como influências na dinâmica populacional e viabilidade, com a limitação do recrutamento (Price et al. 2008). A limitação dos “serviços” de polinização, também pode ser consequência do isolamento de populações, decorrente de processos como a fragmentação (Kearns et al. 1998), ou de condições abióticas adversas como populações em locais de altitude na paisagem, que impedem o deslocamento de polinizadores (Eriksen et al. 1993, Arroyo et al. 2006, Pérez et al. 2009). Do ponto de vista do visitante floral, as implicações podem ocorrer em seu comportamento, que normalmente é afetado (Goverde et al. 2002), interferindo nas distâncias de forrageamento e densidades populacionais (Aizen & Feinsinger 1994). Para as plantas, as taxas de polinização são afetadas (Cunningham 2000), reduzindo a aptidão pelo decréscimo no número de óvulos fertilizados, de sementes maduras e de tubos polínicos (Aizen & Feinsinger 1994), aumentando as taxas de intercruzamento e reduzindo a variabilidade genética (Goverde et al. 2002), podendo levar inclusive a extinção de espécies (Lennartsson 2002). Sabe-se, entretanto, que as estratégias das plantas não se limitam apenas às interações com seus polinizadores, pois espécies podem se reproduzir sem a presença de vetores, através de estratégias de autofertilização, em que o pólen de uma mesma planta alcança seu estigma viável, ou através da apomixia, em que o fruto é formado sem a fusão de gametas, com o desenvolvimento do óvulo sem a recombinação de material genético. Muitas espécies combinam mecanismos associados à reprodução por vetores e sem eles, sendo as chamadas estratégias mistas de polinização (Kevan 1984, Goodwillie et al. 2005). Em populações de plantas isoladas, as frequências de polinização devem diminuir tanto pelas distâncias de forrageamento dos polinizadores, quanto pela atração destes que diminui pelas manchas populacionais menores (Kunin 1993, Mustajärvi 2001). Por outro lado, nessas espécies isoladas, com sistemas mistos de polinização, mecanismos de autofertilização são registrados em maior frequência (Eriksen et al. 1993, Arroyo et al. 2006, Pérez et al. 2009). Normalmente, a polinização cruzada, parece ser favorecida quando há a possibilidade desta ocorrer. Diversos são os exemplos de estudos com espécies economicamente importantes demonstrando um incremento da variabilidade genética pela polinização cruzada que resulta em aumento na produção de frutos e sementes (estudos citados em Free 1993, Maccagnani et al. 2003, Almeida et al. 2000) e/ou no maior vigor dos frutos (Alves & Freitas 2007, De Holanda-Neto et al. 2002, Nebel & Trump (1932). Em contraposição às vantagens da polinização cruzada, a auto-polinização, pode reduzir a formação de sementes, produzir sementes inviáveis (Torres & Galetto 2008) e levar a depressão genética (Mahy & Jacquemart 1999, Cheptou et al. 2001). No entanto, estudos têm revelado que em espécies com autogamia parcial ou completa o polimorfismo pode ser mantido (Marshall & Weir 1979), e que espécies com longo histórico de auto-cruzamentos parecem menos susceptíveis aos efeitos da depressão genética, demonstrando adaptabilidade a tal condição (Charlesworth & Charlesworth 1987). Já para plantas que se reproduzem por agamospermia, o polimorfismo genético não é mantido (Marshall & Weir 1979) e em espécies endêmicas ou de distribuição restrita os efeitos da baixa variabilidade genética parecem ser acentuados (Palacios & González-Candelas 1997). Por outro lado, essa estratégia, pode garantir a reprodução eliminando a dependência de polinizadores, aumentando também o potencial de colonização da espécie vegetal (Baker 1955). A ocorrência da polinização cruzada depende de diversos fatores como comportamento e presença de polinizadores e das características estruturais das flores, como cor, recursos e forma, que podem exercer pressões sobre as interações (Ellstrand & Elam 1993). Caracteres como barreiras temporais e espaciais na maturação dos órgãos reprodutivos, parecem auxiliar no favorecimento da polinização cruzada e por vezes no impedimento da autofertilização, já que o depósito de pólen por auto-polinização pode ter custo negativo no sucesso reprodutivo da espécie (Galen et al.1989). Contudo, não ocorrendo a polinização cruzada as plantas têm o benefício da formação de sementes ou frutos que mesmo quando possuem menor vigor garantem sua sobrevivência. A existência de um sistema misto de polinização é, assim, uma importante estratégia, mesmo em plantas especialistas, que apresentam neste sistema um produto de compensação muitas vezes por pressões de um cenário evolutivo em ambientes caracterizados por “serviços” de polinização variáveis, ou seja, habitats imprevisíveis (Pérez et al. 2009). Para Darwin, a existência de flores com morfologias especializadas, como Ophrys apifera, que são auto-fertilizadas, era um grande paradoxo já que seria esperado a ausência de autopolinização espontânea em plantas especializadas, principalmente devido às restrições mecânicas e seu tipo de desenvolvimento, como relatado em seu livro, publicado em 1862 (The various contrivances by wich British and Foreign Orchids are Fertilized by Insects). Atualmente, mais exemplos são encontrados de plantas com morfologias elaboradas ou ditas especializadas, como as orquídeas ou espécies da família Solanaceae, mas que devido às condições ambientais adversas utilizam mecanismos de fertilização que não incluem visitantes florais, embora em alguns casos, como das Solanaceae com anteras poricidas, a taxa de autofertilização seja bastante baixa (Liu et al. 2006, Pérez et al. 2009). As mudanças, ou as explicações para a adaptabilidade, mesmo quando aparentes, contudo, nem sempre são simples, envolvendo em muitos casos questões históricas e evolutivas, associadas à ecologia e à genética das espécies, que nem sempre podem ser acessadas. Assim, questões relativas à aplicabilidade das síndromes de polinização, ao papel da limitação de pólen e/ou polinizadores e ao efeito do isolamento de populações e interferência nos sistemas reprodutivos são grandes paradigmas encontrados na literatura em ecologia da polinização, cujos esforços para entendimento explicam-se na tentativa de entender as relações dentro de diferentes escalas e possíveis rupturas das relações entre plantas e seus polinizadores. Diante disso, a espécie Aristolochia gigantea Mart e Zucc apresenta-se, aparentemente, como excelente modelo para investigações de tais paradigmas nos tempos atuais. Esta espécie pertence à família Aristolochiaceae, grupo de angiospermas basais, que compreende cerca de 500 espécies, a maioria (370 espécies) inclusas no gênero Aristolochia (Judd et al. 2009), de distribuição primaria em regiões tropicais, embora muitas espécies desse gênero também sejam encontradas em ambientes temperados (Lawrence & González 2003). Países particularmente ricos em espécies são México e Brasil que contêm inclusive muitas espécies endêmicas ou de distribuição restrita (González 1998). As flores desta família chamam atenção principalmente pelo seu grande tamanho, sendo consideradas as maiores do mundo, juntamente com as flores de Rafflesia (Endress 1994) e também pela coloração conspícua semelhante a cor de carne, normalmente uma coloração vermelha escura salpicada com manchas brancas. De maneira característica e bem conhecida as flores de Aristolochia são altamente derivadas funcionando como armadilhas para insetos que realizam sua polinização (Knoll 1929 apud Rulik et al. 2008). Embora o gênero seja bastante diverso possui um plano básico floral relativamente estável, formado por um perianto monossimétrico, de simetria zigomorfa com apenas três sépalas unidas em um tubo longo, formando uma armadilha (Endress 1994). Semelhante a ocorrência de um mesmo plano básico, a biologia floral das espécies parece apresentar muitos aspectos em comum. Segundo Bello et al. (2006), o estudo da biologia floral é registrado desde 1923 por Cammerloher, seguido pelos trabalhos de Petch (1924) e Daumann (1959), demonstrando a ocorrência de forte protoginia. Registros da biologia floral juntamente com os de polinização revelam que os insetos são atraídos pela emissão de odores no lobo do perianto no primeiro dia de abertura das flores e as papilas presentes, forçam o caminho para que os insetos não consigam sair e fiquem aprisionados onde o néctar é secretado, no segundo dia onde não mais existe a produção de odor, os estigmas se unem impossibilitando o recebimento de pólen e as anteras se abrem liberando o pólen aos prisioneiros que são libertados (Proctor et al. 1996). O odor nesta família tem papel importante na atração de polinizadores, sendo atribuído a grande parte das espécies estudadas a presença de essências com odor desagradável, semelhante à carne em putrefação (Endress 1994, Proctor et al. 1996). As espécies de Aristolochiaceae têm uma forte relação de polinização com moscas saprófitas, que buscam as flores para depositar seus ovos ou para encontrar um parceiro reprodutivo (Sakai 2002, Rullik et al. 2008, Nakonechnaya et al. 2008). A síndrome descrita para a família é a de sapromiofilia (Faegri & van der Pijil 1979) corroborada aparentemente pela maior parte dos estudos realizados, sendo os dípteros os visitantes predominantes, além de principais polinizadores, pela análise da carga polínica (Costa & Hime 1981, Sakai 2002, Trujillo & Sérsic 2006, Nakonechnaya et al. 2008, Rulik et al. 2008). Contudo, outros visitantes, mesmo que em menor número, são também reportados, pertencentes às famílias Coleoptera, Hymenoptera, Psocoptera, Hemiptera, Neuroptera, Thysanoptera, Lepidoptera (Costa & Hime 1981, Sakai 2002, Burgess et al. 2004, Rulik et al. 2008). A autopolinização dentro de uma mesma flor (autogamia) não ocorre nas flores desta família, já que a protoginia ocorre. No entanto há registros tanto de espécies autoincompatíveis (Burgess et al. 2004) quanto de espécies auto-compatíveis (Trujillo & Sérsic 2006). Para Aristolochia gigantea, estudos são escassos, o único trabalho publicado sobre a biologia da polinização desta espécie foi realizado por Costa & Hime (1981) em planta cultivada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ou seja, fora do ambiente natural. Previamente, no primeiro trabalho realizado com a espécie, na qual é feita sua descrição, infere-se como habitat natural o estado da Bahia, embora sem maiores informações sobre municípios e/ou locais (Martius & Zuccarini, 1824). Em trabalhos posteriores, confusões sobre as informações quanto a sua origem e distribuição parecem começar a ocorrer, pois em Barringer (1983) registra-se a ocorrência da planta para as florestas úmidas do Panamá e Brasil Amazônico, embora esse autor registre diferenças no material da América Central e América do Sul, sendo as flores deste último maiores. Já no trabalho de Masters (1869) a origem da planta é atribuída a locais “em montanhas” na Bahia e Minas Gerais. Trabalhos posteriores citam a origem da espécie apenas na Bahia (Bellair & Saint-Léger 1899) e na Bahia e em Minas Gerais (Rodigas 1893, Costa & Hime 1981, Capellari-Junior 1991). Segundo Capellari-Junior (1991) esta espécie ocorre em regiões do bioma caatinga, porém preferencialmente em áreas úmidas como margens de rios, matas secundárias, pastagens e bordas de estradas, e quando cultivada, desenvolve-se bem em qualquer tipo de solo. Talvez por isso haja certa confusão no registro de algumas espécies, como por exemplo, da espécie reportada por Barringer (1983) que deve ser cultivada na Amazônia (Capellari-Junior 1991). Registros de espécies são encontrados em herbários no Brasil como nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, e fora do país na Costa Rica, Panamá e Estados Unidos, embora tais registros sejam atribuídos a espécies cultivadas (Costa & Hime 1981, Capellari-Junior 1991). A contradição nas informações mostra a necessidade de estudos que visem esclarecer a distribuição e origem de Aristolochia gigantea. Uma importante e útil ferramenta para analisar os padrões de distribuição geográfica é a modelagem ecológica de distribuição de nicho. Nesta abordagem, um modelo de nicho ecológico é construído, baseado nos valores de variáveis ambientais (dimensões do nicho) de localidades conhecidas e projetado em um espaço geográfico para a identificação de regiões potenciais para a ocorrência das espécies (Scott et al.2002). A aplicação desta técnica é bastante útil em caracterizar distribuições geográficas baseadas em conjuntos de dados muitas vezes incompletos, como em espécies não estudadas e que podem apresentar erros quanto a sua distribuição (Siqueira et al. 2009). Complementarmente a confusão na distribuição, o odor em Aristolochia gigantea não parece algo bem estabelecido. Capellari-Junior (1991) reportou diferenças nos registros de herbários encontrados referentes ao odor das espécies, pois em notas de plantas na região de origem (áreas de caatinga) as flores desta espécie apresentam odor de carne em putrefação, mas quando cultivadas em São Paulo as flores apresentavam odor semelhante à erva-cidreira. O estudo de Costa & Hime (1981) com a espécie, embora tenha focado apenas em características das flores como morfologia, pigmentos e polinizadores, sem tratar do sistema reprodutivo da espécie registraram seu odor como forte e adocicado, semelhante a frutas em decomposição, mas sem chegar a ser tão desagradável. Poderíamos esperar assim por algumas informações contrastantes que ou há mais de uma espécie dita como Aristolochia gigantea, ou variações podem ocorrer naturalmente na espécie, inclusive no seu odor. Observações prévias realizadas em campo por P.G. Kevan, B. F. Viana e F. O. da Silva, na Bahia, apontaram a existência de odor de citronela nas flores e nenhum visitante floral foi encontrado. Os odores desta espécie são uma mistura bastante complexa, aparentemente o odor de carne em putrefação pode ocorrer dentro do utrículo, mas o odor de citronela é encontrado no perianto (Robert Raguso pers. com.). Seria esperada então, pelo odor de putrefação (não foi observado in situ), a atração por dípteros saprófitos, mas o odor de citronela é associado normalmente como repelente de moscas. Outros visitantes, como as abelhas euglossíneas (Euglossine, Hymenoptera, Apidae) podem ser atraídas por citronela (Dodson et al. 1969, Pearson & Dressler 1985), mas poderíamos também esperar encontrar outros dípteros não saprófitos (Howlett 1912 apud Jang et al. 1997). A distância entre os indivíduos de A. gigantea pode também ser crucial para identificar padrões relacionados à disponibilidade de polinizadores e as estratégias reprodutivas da planta, ou seja, se as espécies estiverem isoladas o bastante para impedir o deslocamento dos polinizadores elas podem estar com altas taxas de autofertilização. Todavia, para acessar a maior parte da variabilidade existente da espécie, além do uso de ferramentas ecológicas, é fundamental o uso de ferramentas genéticas, por proporcionarem mais elementos para análise da estrutura populacional. O uso da genética em trabalhos de ecologia da polinização permite que elementos da história das espécies possam ser reconstruídos, unindo aspectos evolutivos e de mudanças dos grupos de polinizadores ou estratégias de polinização (Reddy et al. 2002, Pérez et al. 2006, Pérez et al. 2009), além disso, estratégias de conservação podem ser suplementadas (Crema et al. 2009). Diante das questões levantadas, da ausência de estudos em ambientes naturais com Aristolochia gigantea e principalmente pela possibilidade da relação desta espécie com uma possível mudança na síndrome de polinização prevista, provavelmente por pressões ambientais como a limitação nos “serviços” de polinização, a presente dissertação tem como objetivo principal prover melhor entendimento da diversidade de mecanismos de polinização e distribuição geográfica no gênero Aristolochia e nas angiospermas basais em geral. Assim, no primeiro capitulo iremos apresentar os resultados das investigações relacionadas ao sistema de polinização de A. gigantea e no segundo o modelo preditivo da distribuição dessa espécie baseada nas características do seu nicho. / Salvador
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Atividade alelopática de espécies do cerrado

Gatti, Ana Beatriz 28 August 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:29:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2691.pdf: 2406197 bytes, checksum: e35017aafcf204e81755885d16dba4c7 (MD5) Previous issue date: 2008-08-28 / Universidade Federal de Sao Carlos / (sem resumo)
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Avaliação da atividade antiofídica de \"Aristolochia sprucei\": Isolamento e caracterização estrutural de composto bioativo / Assessment of antiophidic activity of Aristolochia sprucei: Isolation and structural characterization of composite bioactive

Rodriguez, Isela Iveth Gonzales 27 August 2010 (has links)
Muitas espécies do gênero Aristolochia (Familia Aristolochiaceae) têm sido usadas na medicina tradicional e folclórica como medicamentos e tônicos, as quais demonstravam atividades farmacológicas de interesse clínica e medica como anti-hemorrágica, anti-parasita, antibacteriano, antifúngico, analgésico, antitumoral entre outras. Visando a obtenção de mais informações sobre essas plantas e na procura por substâncias com efeitos antiofídicos, neste trabalho avaliou-se à ação de extratos aquoso, metanólico e de acetato de etila de folhas e caule contra as ações tóxicas da peçonha de Bothrops asper, ambos procedentes do Panamá e contra o efeito miotóxico da peçonha de Bothrops jararacussu e das miotoxinas BthTX-I (isolada de B. jararacussu) e Mtx-II (isolada de B. asper). O extrato das folhas em acetato de etila apresentou a melhor inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. asper, demonstrando inibição de 45%, 35% e 33% nas proporções de 1:5, 1:10 e 1:30 (m/m), respectivamente. Enquanto que, o extrato de caule em acetato de etila demonstrou maior eficácia na neutralização da atividade coagulante, e, além disso, inibiu 96%, 92% e 87% do edema, da miotoxicidade e hemorragia induzidas pela peçonha de B. asper, respectivamente. Os percentuais diferenciados na neutralização das ações tóxicas da peçonha de Bothrops asper, revelam diferentes perfis do potencial antiofídico de Aristolochia sprucei. Um dos componentes bioativos foi isolado do extrato de caule desta planta por CLAE, e a caracterização química, por ressonância magnética nuclear, demonstrou ser o ácido aristolóquio que inibiu a atividade miotóxica das peçonhas de B. jararacussu e de B. asper em 80% e 85% e assim como a atividade miotóxica da BthTX-I e Mtx-II em 64% e 60%, respectivamente. A atividade hemolítica indireta da peçonha de B. asper foi inibida em 43% pelo o ácido aristolóquio. A análise dos espectros de dicroísmo circular e os estudos de interação por modelagem molecular sugerem que o ácido aristolóquio forma um complexo com a Mtx-II de B. asper inibindo sua atividade. A ligação do ácido aristoloquio com as miotoxinas (MjTX-1, BthTX-II) modificou a forma e a intensidade dos espectros de dicroísmo circular da miotoxina e induziu alterações na porcentagem dos diversos domínios que constituem a estrutura secundária desta miotoxina. Os resultados obtidos confirmam que os extratos de A. sprucei possuem propriedades antiofídicas e sugerem a necessidade de aprofundar estudos que permitam utilizar com segurança os extratos e o principio ativo isolado como suplementos dos antisoros para aumentar a eficácia na neutralização dos efeitos tóxicos locais da peçonha das serpentes. / A lot of species of genus Aristolochia (Familia Aristolochiacheae) have been used in traditional medicine and folk, such as medicaments and tonics, which show pharmacological activities of clinic and medical interest, like antihemorragic, antiparasitic, antibacterial, antifungic, analgesic, antitumoral between others. Expecting to get more information about these plants and in the search by substances with antiophidic effects, in this work was evaluated the action of aqueous, metanolic and ethyl acetate extracts from leaves and stems of Aristolochia sprucei against the toxic action of Bothrops asper venom, both native from Panamá and against the myotoxic effect of Bothrops jararacussu venom and BthTX1 (isolated from B. jararacussu) and Mtx-II (isolated from Bothorps asper). The leaves extracts in ethyl acetate showed the best inhibition registered of PLA2 activity of venom de B. asper showing inhibition of 45 %, 35 % and 33 %, in proportion (m/m) of 1:5, 1:10 and 1:30 respectively. As regards to stem extract in ethyl acetate, it showed high efficacy in neutralization of coagulant activity, besides It inhibited 96 %, 92 % and 87 % of edema, myotoxicity and hemorrhage induced by B. asper venom, respectively. One of bioactives components was isolated from stem extract of this plant by CLAE and the chemical characterization by nuclear magnetic resonance, this showed that the compound is the aristolochic acid. This compound inhibited the myotoxic activity of B. jararacussu and B. asper venom in 80 % and 85 %, so like myotoxic activity of BthTx-I and MTx-II in 64 % and 60 % respectively. The indirect hemolytic activity of B. asper venom was inhibited in 43 % by the aristolochic acid. The analyze of spectrum of circular dichroism and the studies of interaction by molecular modelagem suggest that the aristolochic acid forms a complex 1:1 with the miotoxin inhibiting their activity. The joint of aristolochic acid with the miotoxins (MjTX-1, BthTx-II) changes the way and the intensity of spectra from dichroism circular of miotoxin and It induced alteration in percentage of several domains that constitute a secondary structure from this toxin. The results obtained confirm that the extracts of A. sprucei have antiophidic properties and it suggest the necessity of deepen studies that allow to use with safety the extracts and the isolated active principle, like antiserum supplements to increase the efficacy in the neutralization of local toxics effects of snakes venoms.
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Apport de la chromatographie de partage centrifuge à l'étude phytochimique de 3 plantes utilisées en médecine traditionnelle soudanaise / The contribution of centrifugal partition chromatography to the phytochemical study of three plants used in traditional Sudanese medicine

Alamin, Abdelgadir 09 December 2016 (has links)
Ce travail de thèse est une contribution à l’étude phytochimique par Chromatographie de Partage Centrifuge (CPC), de trois plantes utilisées en médecine traditionnelle au Soudan : Aristolochia bracteolata (plante entière), Ziziphus spina-christi (feuilles) et Hydnora abyssinica (rhizomes). Ce travail a permis de mettre au point trois méthodologies de purification par CPC, applicables au fractionnement des acides aristolochiques, des flavonoïdes ou des proanthocyanidols (PAC). Dans ce contexte, la première partie de ce manuscrit est consacrée aux notions générales portant sur la CPC. La deuxième partie porte sur l’étude d’Aristolochia bracteolata. Cette plante est utilisée en médecine traditionnelle, malgré la présence d'acides aristolochiques qui confèrent une néphrotoxicité élevée. Ce travail a permis de mettre au point une méthode innovante pour l’isolement et la purification, avec un très haut niveau de pureté, des acides aristolochiques I, II et IIIa à partir d’un extrait brut, en une étape par CPC en mode d’échange d’ions forts (SIX-CPC). L’acide aristolochique IIIa n’avait jamais été décrit dans cette plante auparavant. Ces résultats ont fait l’objet d’une publication en 2015 dans Separation and Purification Technology. Dans la troisième partie de cette thèse, la CPC a été appliquée à l’isolement de flavonosides présents dans Z. spina-christi. Nous appuyant sur l’expérience du laboratoire dans l’extraction par CPC des flavonosides du Ginkgo biloba, nous proposons une méthodologie de purification utilisant les systèmes de solvant biphasiques EtOAc/n-BuOH/MeOH/H2O et EtOAc/n-BuOH/H2O à différents ratios en fonction de la polarité des flavonosides. Dans la dernière partie, l’étude phytochimique de Hydnora abyssinica a mis en évidence la présence de PACs, polymères de hauts poids moléculaires de flavanols. La méthodologie de fractionnement CPC, précédée d’un pré-fractionnement sur résine LH-20, a permis l’isolement pour la première fois dans cette plante de la katsumadine et du rhodioloside. / This work was a contribution to the phytochemical study of three Sudanese medicinal plants: Aristolochia bracteolata (Whole plant), Ziziphus spina-christi (Leaves) and Hydnora abyssinica (Rhizomes). The specificity of this research program was to emphasize the application of Centrifugal Partition Chromatography (CPC) for the fractionation of these plants. Three specific CPC methodologies were developed for the purification of either aristolochic acids, flavonoids or proanthocyanidins (PACs). In this context, the first part of this manuscript was devoted to the presentation of the CPC methodology. The second part focused on the fractionation of crude extract of Aristolochia bracteolata. This plant is used in traditional medicine, in spite of the presence of aristolochic acids that confer a high nephrotoxicity. In this work was developed an innovating procedure for the isolation and purification in high purity of aristolochic acids I, II and IIIa, in one step from crude extract, using Strong Ions eXchange CPC (SIX-CPC). These results were published in 2015 in Separation and Purification Technology. In the third part, the flavonosides present in Z. spina-christi were isolated using CPC, either in normal or reverse elution mode, using two phases solvent systems EtOAc/n-BuOH/MeOH/H2O or EtOAc/n-BuOH/H2O with different ratios. In the last part, the phytochemical study of Hydnora abyssinica led to the fractionation of PACs, polymers of high molecular weight of flavanols. The CPC fractionation methodology, preceded by LH-20 resin pre-fractionation, allowed the isolation of katsumadine and rhodioloside.
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Avaliação da atividade antiofídica de \"Aristolochia sprucei\": Isolamento e caracterização estrutural de composto bioativo / Assessment of antiophidic activity of Aristolochia sprucei: Isolation and structural characterization of composite bioactive

Isela Iveth Gonzales Rodriguez 27 August 2010 (has links)
Muitas espécies do gênero Aristolochia (Familia Aristolochiaceae) têm sido usadas na medicina tradicional e folclórica como medicamentos e tônicos, as quais demonstravam atividades farmacológicas de interesse clínica e medica como anti-hemorrágica, anti-parasita, antibacteriano, antifúngico, analgésico, antitumoral entre outras. Visando a obtenção de mais informações sobre essas plantas e na procura por substâncias com efeitos antiofídicos, neste trabalho avaliou-se à ação de extratos aquoso, metanólico e de acetato de etila de folhas e caule contra as ações tóxicas da peçonha de Bothrops asper, ambos procedentes do Panamá e contra o efeito miotóxico da peçonha de Bothrops jararacussu e das miotoxinas BthTX-I (isolada de B. jararacussu) e Mtx-II (isolada de B. asper). O extrato das folhas em acetato de etila apresentou a melhor inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de B. asper, demonstrando inibição de 45%, 35% e 33% nas proporções de 1:5, 1:10 e 1:30 (m/m), respectivamente. Enquanto que, o extrato de caule em acetato de etila demonstrou maior eficácia na neutralização da atividade coagulante, e, além disso, inibiu 96%, 92% e 87% do edema, da miotoxicidade e hemorragia induzidas pela peçonha de B. asper, respectivamente. Os percentuais diferenciados na neutralização das ações tóxicas da peçonha de Bothrops asper, revelam diferentes perfis do potencial antiofídico de Aristolochia sprucei. Um dos componentes bioativos foi isolado do extrato de caule desta planta por CLAE, e a caracterização química, por ressonância magnética nuclear, demonstrou ser o ácido aristolóquio que inibiu a atividade miotóxica das peçonhas de B. jararacussu e de B. asper em 80% e 85% e assim como a atividade miotóxica da BthTX-I e Mtx-II em 64% e 60%, respectivamente. A atividade hemolítica indireta da peçonha de B. asper foi inibida em 43% pelo o ácido aristolóquio. A análise dos espectros de dicroísmo circular e os estudos de interação por modelagem molecular sugerem que o ácido aristolóquio forma um complexo com a Mtx-II de B. asper inibindo sua atividade. A ligação do ácido aristoloquio com as miotoxinas (MjTX-1, BthTX-II) modificou a forma e a intensidade dos espectros de dicroísmo circular da miotoxina e induziu alterações na porcentagem dos diversos domínios que constituem a estrutura secundária desta miotoxina. Os resultados obtidos confirmam que os extratos de A. sprucei possuem propriedades antiofídicas e sugerem a necessidade de aprofundar estudos que permitam utilizar com segurança os extratos e o principio ativo isolado como suplementos dos antisoros para aumentar a eficácia na neutralização dos efeitos tóxicos locais da peçonha das serpentes. / A lot of species of genus Aristolochia (Familia Aristolochiacheae) have been used in traditional medicine and folk, such as medicaments and tonics, which show pharmacological activities of clinic and medical interest, like antihemorragic, antiparasitic, antibacterial, antifungic, analgesic, antitumoral between others. Expecting to get more information about these plants and in the search by substances with antiophidic effects, in this work was evaluated the action of aqueous, metanolic and ethyl acetate extracts from leaves and stems of Aristolochia sprucei against the toxic action of Bothrops asper venom, both native from Panamá and against the myotoxic effect of Bothrops jararacussu venom and BthTX1 (isolated from B. jararacussu) and Mtx-II (isolated from Bothorps asper). The leaves extracts in ethyl acetate showed the best inhibition registered of PLA2 activity of venom de B. asper showing inhibition of 45 %, 35 % and 33 %, in proportion (m/m) of 1:5, 1:10 and 1:30 respectively. As regards to stem extract in ethyl acetate, it showed high efficacy in neutralization of coagulant activity, besides It inhibited 96 %, 92 % and 87 % of edema, myotoxicity and hemorrhage induced by B. asper venom, respectively. One of bioactives components was isolated from stem extract of this plant by CLAE and the chemical characterization by nuclear magnetic resonance, this showed that the compound is the aristolochic acid. This compound inhibited the myotoxic activity of B. jararacussu and B. asper venom in 80 % and 85 %, so like myotoxic activity of BthTx-I and MTx-II in 64 % and 60 % respectively. The indirect hemolytic activity of B. asper venom was inhibited in 43 % by the aristolochic acid. The analyze of spectrum of circular dichroism and the studies of interaction by molecular modelagem suggest that the aristolochic acid forms a complex 1:1 with the miotoxin inhibiting their activity. The joint of aristolochic acid with the miotoxins (MjTX-1, BthTx-II) changes the way and the intensity of spectra from dichroism circular of miotoxin and It induced alteration in percentage of several domains that constitute a secondary structure from this toxin. The results obtained confirm that the extracts of A. sprucei have antiophidic properties and it suggest the necessity of deepen studies that allow to use with safety the extracts and the isolated active principle, like antiserum supplements to increase the efficacy in the neutralization of local toxics effects of snakes venoms.

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