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Determinantes das propriedades funcionais e estruturais das grandes artérias e as relações com lesões de órgãos-alvo em hipertensos estágio 3 / Determinants of functional and structural properties of large arteries and the correlations with end-organ damage in stage 3 hypertensive patients

Márcio Gonçalves de Sousa 09 October 2012 (has links)
As propriedades funcionais e estruturais das grandes artérias tem sido foco de atenção nos últimos anos para o melhor entendimento das alterações fisiopatológicas associadas à hipertensão arterial e ao envelhecimento. Muitas destas alterações como a rigidez arterial, tem sido consideradas marcadores independentes de risco cardiovascular. A avaliação destas propriedades não foi estudada em hipertensos mais graves, onde o risco de complicações é maior. O objetivo do estudo foi avaliar, em pacientes com hipertensão estágio 3, as alterações vasculares estruturais e funcionais em grandes artérias, seus principais determinantes e suas correlações com lesões de órgãos-alvo. Foram avaliados 48 pacientes (idade média 53,6 ± 8 anos; 75% brancos; 71% mulheres), com hipertensão arterial estágio 3, recebendo o mesmo tratamento anti-hipertensivo por um mês. A avaliação dos parâmetros carotídeos (diâmetro, espessura e distensão) foi realizada pelo ultrassom de radiofrequência e a rigidez arterial pela medida da velocidade de onda de pulso (VOP) e pelo Índice Ambulatorial de Rigidez Arterial (IARA). Realizamos ecocardiograma e perfil bioquímico para análise das variáveis e avaliação de lesão de órgãos-alvo. Foram realizadas correlações das variáveis bioquímicas, antropométricas e de lesões em órgãos-alvo com os métodos de avaliação vascular, além da correlação entre os métodos. Observamos uma elevada rigidez arterial tanto pela medida da VOP (12,4 m/s) quanto pelo IARA (0,39), e metade dos pacientes apresentou valores de VOP considerados de pior prognóstico (> 12 m/s). Houve correlação significativa do IARA com a medida da VOP. A distensão da carótida foi menor nos pacientes com diabetes. O principal determinante independente da VOP foi a idade e do IARA os níveis de glicemia. Observou-se correlação significativa e positiva entre a distensão de carótida e o índice de massa de ventrículo esquerdo. Em conclusão, pacientes com hipertensão estágio 3 apresentam alterações importantes das propriedades funcionais de grandes artérias, que são agravadas pelo envelhecimento e pela associação de diabetes, e uma delas está associada à hipertrofia ventricular esquerda presente nestes pacientes. / Functional and structural properties of large arteries have been matter of attention for the better understanding of physiopathological modifications associated to arterial hypertension and aging. Most of these alterations, as arterial stiffness, have been considered independent markers of cardiovascular risk. The evaluation of these properties has not yet been studied in severe hypertensives where the risk for complications is high. The aim of our study was to evaluate, in patients with stage 3 arterial hypertension, vascular changes of large arteries, its major determinants and the correlations with end-organ damage. We evaluated 48 patients (mean age 53,6 ± 8 years; 75% white; 71% women), with stage 3 arterial hypertension, under the same antihypertensive treatment for one month. Carotid parameters (diameter, wall thickness, distension) were evaluated by radiofrequency ultrasound and arterial stiffness by measurement of pulse wave velocity (PWV) and ambulatory arterial stiffness index (AASI). It was performed echocardiogram and biochemical profile to evaluation of other variables and end-organ damage. We did correlations among biochemical, anthropometrical variables and end-organ damage with vascular parameters. We observed increased arterial stiffness measured either by PWV values (12,4 m/s) or AASI (0,39), and half of patients had PWV values considered as a poor prognostic marker (> 12 m/s). It was observed a significant correlation between PWV and AASI. Carotid distension was lower in diabetic patients. The main independent determinant of PWV was age while glycemia was the main determinant of AASI. It was noticed a positive and significative correlation between carotid distension and left ventricle mass index. In conclusion, patients with stage 3 hypertension had important modifications of functional properties of large arteries that are impaired by aging and association of diabetes, and one of them is associated to left ventricle hypertrophy present in these patients
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Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) no controle da pressão arterial de pacientes em hemodiálise / Home blood pressure monitoring (HBPM) in the blood pressure control in hemodialysis patients

Giovanio Vieira da Silva 25 August 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Não se sabe se o ajuste da terapia anti-hipertensiva baseado na Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) pode melhorar o controle da pressão arterial em pacientes em hemodiálise. OBJETIVOS: Comparar a redução da pressão arterial (PA) e do índice de massa ventricular esquerda (IMVE) obtido com o uso da MRPA em relação às medidas da PA pré-diálise em pacientes em hemodiálise. MÉTODOS: Pacientes hipertensos em hemodiálise foram randomizados para ter a terapia anti-hipertensiva ajustada em dois grupos: controle, baseado na PA pré-diálise, e intervenção, baseada na MRPA. Antes e após 06 meses de acompanhamento, os pacientes realizaram Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) por 24 horas, MRPA durante uma semana e ecocardiograma transtorácico. RESULTADOS: 34 e 31 pacientes completaram o estudo no grupo intervenção e controle, respectivamente. As pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD) no período interdialítico pela MAPA foram significativamente menores no grupo intervenção em relação ao grupo controle no final do estudo (média 24 horas: 135 ± 13mmHg / 76 ± 7mmHg versus 147 ± 15mmHg / 79 ± 8mmHg, respectivamente - p<0,05). Na análise da MRPA, o grupo intervenção apresentou redução significativa somente para a PAS em comparação ao grupo controle (média semanal: 144 ± 21mmHg versus 154 ± 22 mmHg, respectivamente - p<0,05). Não houve diferenças entre os grupos intervenção e controle em relação ao IMVE ao final do estudo (108 ± 35 g/m2 versus 110 ±33 g/m2, respectivamente - p>0,05). CONCLUSÕES: O uso sistemático da MRPA no ajuste da terapia anti-hipertensiva em pacientes em hemodiálise propiciou maior controle da PA no período interdialítico em comparação às medidas da PA pré-diálise. A MRPA pode ser usada como um instrumento adjuvante útil no controle da pressão arterial em pacientes em hemodiálise / INTRODUCTION: It is not known whether the adjustment of the antihypertensive therapy based on Home Blood Pressure Monitoring (HBPM) can improve blood pressure (BP) control in hemodialysis patients. OBJECTIVES: To compare the reduction in BP and in the left ventricular mass index (LVMI) obtained with the use of HBPM in relation to that achieved with predialysis BP measurements in hemodialysis patients. METHODS: Hypertensive patients on hemodialysis were randomized to have the antihypertensive therapy adjusted according two groups: control, based on the predialysis BP measurements, and intervention, based on HBPM. Before and after 06 months of follow-up, patients were submitted to Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) for 24 hours, HBPM during one week and transthoracic echocardiogram. RESULTS: 34 and 31 patients completed the study in the intervention and control groups, respectively. The systolic (SBP) and diastolic (DBP) blood pressure in the interdialytic period by ABPM were significantly lower in the intervention group compared with the control group at the end of the study (mean 24-hours BP: 135 ± 13 mm Hg / 76 ± 7 mmHg versus 147 ± 15 mm Hg / 79 ± 8 mmHg, respectively - p <0.05). When the interdialytic BP was analysed by HBPM, the intervention group showed significant reduction only for the PAS in comparison with control group (mean weekly BP: 144 ± 21 mm Hg versus 154 ± 22 mm Hg, respectively - p <0.05). There were no differences between intervention and control groups in relation to LVMI at the end of the study (108 ± 36 g/m2 versus 110 ± 33 g/m2, respectively - p> 0.05). CONCLUSIONS: The systematic use of HBPM in the adjustment of antihypertensive therapy in patients on hemodialysis has led to better control of BP during interdialytic period compared to that achieved with the predialysis BP measurements. The HBPM can be used as a useful adjunct instrument to control blood pressure in hemodialysis patients
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"Monitorização ambulatorial da pressão arterial de pacientes com oclusão do ramo da veia central da retina" / Blood pressure monitoring of branch retinal vein occlusion patients

Alexandre Antonio Marques Rosa 24 November 2005 (has links)
Avaliou-se a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a variação circadiana da pressão arterial (PA), através da Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), em pacientes com oclusão do ramo da veia central da retina (ORVCR). Foram avaliados, prospectivamente, 93 casos/olhos de 83 pacientes. A ausência do descenso fisiológico da PA durante o sono ("non-dipper") foi definida como diminuição da pressão sistólica = 10% e a presença de descenso quando este valor fosse maior ("dipper"). Há uma prevalência extremamente alta (94%) de HAS em pacientes com ORVCR. Entre os hipertensos, uma grande parcela dos indivíduos "non-dipper" (n=34; 44,2%). Estas evidências sugerem que um nível mais sustentado de PA nas 24 horas possa ser um fator de risco para o desenvolvimento da ORVCR / Objective: Identifying with Blood pressure monitoring (BPM) in patients with branch retinal vein occlusion (BRVO): high blood pressure (HBP) prevalence, possible cases of white-coat normotension (WCNT) and variation of circadian blood pressure (BP). Methods: Prospectively, 93 cases/eyes of 83 patients with BRVO were evaluated at Ophthalmological Clinic of "Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo" (HCFMUSP). After that, patients were taken to Hypertension League of Nephrology Chair of HCFMUSP (LH-HCFMUSP) for clinical evaluation and blood pressure monitoring. Non-dipper was defined as a fall in systolic blood pressure = 10%, and dipper when this value was higher
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Avaliação da pressão arterial antes e após paratireoidectomia por hiperparatireoidismo primário / Arterial blood pressure monitoring before and after parathyroidectomy for primary hyperaparathyroidism

Ledo Mazzei Massoni Neto 13 March 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: O hiperparatireoidismo primário (HPTP) é uma doença endócrina cuja prevalência aumentou muito nas últimas décadas. Descobriu-se grande contingente de portadores de formas leves e assintomáticos. Foi observado que esses pacientes apresentam alta morbidade e mortalidade por causas cardiovasculares. O estudo da pressão arterial revelou alta incidência de hipertensão arterial e descenso atenuado. A reversibilidade destes efeitos após a paratireoidectomia, entretanto é controversa. MÉTODO: Estudo prospectivo observacional com pacientes portadores de HPTP esporádico submetidos a paratireoidectomia para verificar as alterações dos parâmetros relativos à pressão arterial após a resolução do HPTP. Os pacientes realizaram monitorização ambulatorial de 24 horas da pressão arterial antes e após cirurgia curativa para HPTP, no 3º pós-operatório, 3 meses, 6 meses e 12 meses. RESULTADOS: Em 7 casos (6 mulheres, idade média 65,7 anos), houve aumento do descenso da pressão arterial sistólica e diastólica. As médias (desvio padrão) da pressão arterial sistólica (PAS) e da pressão arterial diastólica (PAD) foram 124,0mmHg (10,6) e 78,7mmHg (10,4). Não foi observada alteração significativa após a operação. As médias de PAS foram 129,4 mmHg (3 PO), 130,4 mmHg (3 meses) 125,4 mmHg(6 meses) e 131,1 mmHg (12 meses). As médias de PAD foram 73,7 mmHg (3 PO), 78,6 mmHg 75,4 mmHg (6 meses) e 78,0 MMhg (12 meses). Por outro lado, o descenso noturno sistólico e diastólico da pressão arterial apresentaram melhora significativa aos 6 meses e sustentada aos 12 meses. As médias do descenso da PAS foram de 4,3% no pré-operatório; 1,2% no 3o pós-operatório; 10,7% após 6 meses (p=0,002) e de 10,5% 12 meses depois da operação (p=0,008). As médias do descenso da PAD foram de 7,1% no pré-operatório, 4,0% no 3o pós-operatório, 13,3%; aos 6 meses (p=0,02) e de 14,7% depois de 12 meses da paratireoidectomia (p=0,03). CONCLUSÃO: A paratireoidectomia melhora o descenso noturno da pressão arterial em pacientes com HPTP esporádico / INTRODUCTION: Primary hyperparathyroidism is an endocrine disease and its prevalence has increased dramatically in the last decades. There is a great number of individuals with mild or asymptomatic forms of the disease. There is evidence of cardiovascular complications and mortality in these patients. The study of blood pressure showed high prevalence of hypertension and decreased dipping. The reversibility of these effects on blood pressure after curative parathyroidectomy is debatable. METHODS: Prospective study to evaluate the changes in blood pressure measurements of patients undergoing curative parathyroidectomy for sporadic PHPT with 24-hour ambulatory blood pressure monitoring before (PRE) and after curative surgery, during hospital stay (PO3), three months (3 mo), six months (6 mo) and at 12 months (12 mo). RESULTS: In 7 cases (6 female, mean age 65.7 years), there was an improvement of the nocturnal dipping of the systolic and diastolic arterial pressure. Mean (standard deviation) preoperative Systolic Blood Pressure (SBP) and Diastolic Blood Pressure (DBP) were 124.0 mmHg (10.6) and 78.7 mmHg (10.4). No significant change in blood pressure was observed after the operation. Mean SBP values were 129.4 mmHg (PO 3), 130.4 mmHg (3 mo), 125.4 mmHg (6 mo) and 131.1 mmHg (12 mo). Mean DBP measures were 73.7 mmHg (PO 3), 78.6 mmHg (3 mo), 75.4 mmHg (6 mo) and 78.0 mmHg (12 mo). Conversely, nocturnal systolic and diastolic dipping presented a small nonsignificant decrease immediately after the operation, but a statistically significant and sustained improvement at 6 months and 12 months. Mean systolic nocturnal dipping was 4.3% (PRE), 1.2% (PO 3); 10.7% (6 mo) (p=0,002) and 10.5% (12 mo) (p=0.008). Mean diastolic nocturnal dipping was 7.1% (PRE), 4.0% (PO 3), 13.3% (6 mo) (p=0,01) and 14.7% (12 mo) (p=0.03). Conclusions: In sporadic PHPT, parathyroidectomy improves nocturnal dipping of blood pressure
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Associação entre as variáveis da monitorização ambulatorial da pressão arterial e a ocorrência de eventos cardiovasculares em octogenários com hipertensão arterial controlada / Association between ambulatory monitoring blood pressure variables and occurrence of cardiovascular events among octogenarians with controlled arterial hypertension

Solange de Sousa Andrade 13 August 2009 (has links)
Introdução: Nos estudos sobre hipertensão em idosos, a população participante é predominantemente da faixa etária entre 60 e 79 anos enquanto aqueles mais de 80 anos pouco participam destes estudos. Nos ensaios clínicos, a monitorização ambulatorial da pressão arterial tem-se mostrado útil no acompanhamento clínico da hipertensão arterial, porém foi empregada indivíduos relativamente jovens e suas variáveis mostram valor preditivo maior para eventos cardiovasculares que a medida da pressão arterial no consultório Objetivo: avaliar hipertensos octogenários tratados com valores de pressão arterial no consultório iguais e inferiores à 140x90 mmHg e as variáveis obtidas pela MAPA e associá-las com a ocorrência de eventos cardiovasculares e cerebrovasculares. Métodos: participaram 126 octogenários hipertensos em tratamento nos últimos 3 meses e idade mediana de 83 anos. A pressão arterial no consultório foi verificada na posição sentada, supina e ortostática como também foram obtidos informações sobre comorbidades, fatores de risco cardiovasculares e medicações. Em seguida, os pacientes foram submetidos à MAPA. Esses idosos foram acompanhados no período de 23 ±5,6 meses em média e uma consulta a cada 6 meses a fim de obter informações da ocorrência de eventos cardiovasculares. Resultados: A população foi composta de 62,7% de mulheres e as doenças mais prevalentes foram a doença arterial coronariana (33,3%), o diabete melito (23,8%) e a insuficiência cardíaca (22,2%). Dentre os anti-hipertensivos, os mais utilizados foram o inibidores da enzima de conversão de angiotensina (62,7%), os diuréticos (57,9%) e os bloqueadores beta -adrenérgicos (41,3%). No consultório e na posição sentada, a média da pressão arterial foi de 130,9±9,2 mmHg x 73,3±8,9 mmHg. A hipotensão ortostática esteve presente em 31,7% dos idosos estudados. Na MAPA, a média da pressão arterial na vigília foi de 127,1±6,5 x 69,1±8,5 mmHg e durante o sono 122,8 ± 17,3 x 62,9 ± 10,4 mmHg. Para analisar as variáveis obtidas no consultório na MAPA associadas à eventos cardiovasculares, a amostra foi dividida em um grupo com e sem eventos. Durante o seguimento, ocorreram doze eventos cardiovasculares (6 coronarianos e 6 cerebrovasculares). No grupo com eventos, é significativamente maior a prevalência de AVC prévio (33.3% vs. 7.0%, p=0.016). Os fatores de risco cardiovasculares foram similares em ambos os grupos. Também, não houve diferença entre os grupos quanto às classes de anti-hipertensivos. Na análise multivariada, a carga pressórica sistólica diurna e acidente vascular cerebral prévio foram as variáveis independentes para a ocorrência de eventos cardiovasculares. Realizado um modelo de regressão logística ajustado com as variáveis AVC e carga pressórica sistólica na vigília com ponto de corte em 35% obteve-se as seguintes razão de chances (OR) e intervalos de confiança : AVC (OR: 7,669; IC: 1,629-36,098; p = 0,009) e carga pressórica sistólica na vigília (OR: 6,752; IC: 1,750; IC: 26,051; p = 0,005), sensibilidade de 66,7%, especificidade de 75,4%, valor preditivo negativo de 95,6% e acurácia de 74,6%. Conclusão: A carga pressórica sistólica diurna maior que 35% foi forte preditor de eventos cardiovasculares em octogenários hipertensos controlados, principalmente quando associado a AVC prévio / Introduction: In studies on hypertension among the elderly, the participating population is predominantly in the 60-79 year age group, while those over 80 account for an insignificant number in these studies. The evaluation of antihypertensive treatment effect has been based mainly on office BP. However, several studies have indicated that 24-hour ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) is a better predictor of cardiovascular events than office blood pressure (BP). The objective of this study was to evaluate the variables obtained by AMBP and associate them with the occurrence of cardiovascular and cerebrovascular events among treated hypertensive octogenarians patients with blood pressure values in the office equal to or lower than 140x90 mmHg. Methods: We included 126 hypertensive elderly octogenarian (age 83.8±3.4 years) outpatients with stable antihypertensive drug treatment for at least 3 months in the office. Values of blood pressure were measured with the patient in the seated, supine and orthostatic positions as well as data about cardiovascular risk factors, comorbidities, and medications were collected. The patients were submitted to AMBP and were followed-up for an average period of 23 ±5.6 months to obtain information on the occurrence of cardiovascular events. Results: The population consisted of 62.7% women and the most prevalent diseases were coronary arterial disease (33.3%), diabetes mellitus (23.8%) and cardiac insufficiency (22.2%). Of the antihypertensive drugs, the most commonly used were angiotensin-converting enzyme inhibitors (62.7%), diuretics (57.9%) and beta-adrenergic blockers (41.3%). In the office, the average blood pressure in the seated position was 130.9±9.2 mmHg x 73.3±8.9 mmHg. Orthostatic hypotension was present in 31.7% of the elderly patients studied. In the AMBP, the average awake blood pressure was 127.1±6.5 x 69.1±8.5 mmHg, while the average during sleep was 122.8 ± 17.3 x 62.9 ± 10.4 mmHg. Twelve cardiovascular events occurred (6 coronary and 6 cerebrovascular). To analyze the variables obtained in the office and the AMBP variables associated with cardiovascular events, the sample was divided into one group with events and a group without. In the group with events, the prevalence of previous stroke was significantly higher (33.3% vs. 7.0%, p=0.016). The cardiovascular risk factors were similar in both groups. Also, there was no difference between the groups in relation to the classes of antihypertensive drugs. In the multivariate analysis, daytime systolic pressure load and previous stroke were the independent variables for the occurrence of cardiovascular events. A logistical regression model was carried out, adjusted with the stroke variables and daytime systolic pressure load and a cut-off point of 35%, the following odds ratios and confidence intervals were obtained: stroke (OR: 7.669; IC: 1.629-36.098; p = 0.009) and daytime systolic pressure load (OR: 6.752; IC: 1.750; IC: 26.051; p = 0.005), sensitivity 66.7%, specificity 75.4%, negative predictive value 95.6% and accuracy 74.6%. Conclusion: Daytime systolic pressure load higher than 35% was a strong predictor of cardiovascular events in controlled hypertensive octogenarians, particularly when associated with previous stroke
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eHälsa som stöd för att förbättra kostvanor hos patienter med hypertoni : En digital interventionsstudie med DASH-kost / The use of eHealth to improve dietary habits of patients with hypertension : A digital DASH-diet intervention

Medhammar, Elinor January 2021 (has links)
Bakgrund: Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) är en väletablerad icke-farmakologisk behandling vid hypertoni men används sällan inom traditionell hälso-och sjukvård på grund av tids- och resursbrist. Digitala metoder kan vara bättre lämpade för att ge långsiktigt stöd. Denna studie är den första digitala kostinterventionen med DASH-kost i en total digital vårdmiljö. Syfte: Syftet med studien är att undersöka följsamhet till DASH-kost samt upplevelse av digital kostbehandling vid hypertoni. Material och metod: Studien har en experimentell design och utgick från den digitala vårdgivaren Blodtrycksdoktorns plattform. Nitton patienter med lätt förhöjt blodtryck fick digital kostbehandling utifrån DASH-kost under 8 veckor utöver standardbehandling. Videosamtal i kombination med asynkron textkommunikation användes som kommunikationsverktyg. Kostförändring mättes via livsmedelsfrekvensformulär (FFQ) före och efter behandling och sammanställdes i ett DASH-index. Patientupplevelse mättes via enkät efter behandling. Studien undersökte även förändring av vikt, BMI, midjemått och blodtryck. Statistisk analys genomfördes med Parat t-test samt Wilcoxons ranksummetest. Resultat: DASH-index förbättrades med 1,4 poäng (p = &lt;0,001). Patienterna hade i genomsnitt haft diagnosen hypertoni under 6 år ± 8 SD (median 2 år) där endast 2 av 19 tidigare fått kostråd för hypertoni. Patienterna hade överlag en positiv upplevelse av digital kostbehandling. Vikt och BMI minskade med 1,9 kg (p = &lt;0,001) respektive 0,7 kg/m2 ( p = &lt;0,001). Midjemåttet minskade med 3,2 cm för manliga patienter (p = 0,007) och 4 cm för kvinnliga patienter (p = 0,027). Systoliskt blodtryck (SBT) minskade med 8,7 mmHg (p = &lt;0,001) och diastoliskt blodtryck (DBT) med 4,6 mmHg (p = 0,004). Slutsats: Den 8 veckor långa digitala kostinterventionen förbättrade kostvanor hos patienter med hypertoni samt ledde till minskad vikt, BMI, midjemått och blodtryck. Patientupplevelse av behandlingen var god. Digital kostbehandling kan utgöra ett alternativ till traditionell kostbehandling för patienter med hypertoni. / Background: Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) is a well-established non-pharmacological treatment for hypertension but is rarely used in traditional health care due to lack of time and resources. Digital methods may be better suited to provide long-term support. This study is the first digital nutrition intervention with DASH diet in a total digital health care environment. Aim: The purpose of the current study is to investigate adherence to DASH diet and self-reported experience of a digital nutrition intervention for patients with hypertension. Material and methods: The study has an experimental design and was based on the platform of the digital healthcare provider “Blood Pressure Doctor”. Nineteen patients with primary hypertension received digital nutrition therapy based on the DASH diet for 8 weeks in addition to standard care. Video calls in combination with asynchronous text communication were used as communication tools. Dietary change was measured by food frequency questionnaire (FFQ) at baseline and after treatment and compiled in a DASH index. A questionnaire was used to assess patient experience. Secondary outcomes were changes in body weight, BMI, waist measurement and blood pressure. Statistical analysis was performed with Pared t-test and Wilcoxon signed rank test. Results: DASH index improved by 1,4 points (p = &lt;0,001). The patients had on average been diagnosed with hypertension for 6 years ± 8 SD (median 2 years) where only 2 of 19 had previously received dietary advice for hypertension. The patients generally had a positive experience of the digital nutrition intervention. Body weight and BMI decreased by 1,9 kg (p = &lt;0,001) and 0,7 kg / m2 (&lt;0,001), respectively. Waist decreased by 3,2 cm for male patients (p = 0,007) and 4 cm for female patients (p = 0,027). Systolic blood pressure (SBP) decreased by 8,7 mmHg (p = &lt;0,001) and diastolic blood pressure (DBT) by 4,6 mmHg (p = 0,004). Conclusion: The 8-week digital nutrition intervention improved dietary habits, body weight, BMI, waist and blood pressure of patients with hypertension. Patients were overall satisfied with the treatment. Digital nutritional therapy can be an alternative to traditional nutritional therapy for patients with hypertension.
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Ethnicity and differences between clinic and ambulatory blood pressure measurements

Martin, U., Haque, M.S., Wood, S., Greenfield, S.M., Gill, P.S., Mant, J., Mohammed, Mohammed A., Heer, G., Johal, A., Kaur, R., Schwartz, C.L., McManus, R.J. January 2015 (has links)
Yes / This study investigated the relationship of ethnicity to the differences between blood pressure (BP) measured in a clinic setting and by ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) in individuals with a previous diagnosis of hypertension (HT) and without a previous diagnosis of hypertension (NHT). A cross-sectional comparison of BP measurement was performed in 770 participants (white British (WB, 39%), South Asian (SA, 31%), and African Caribbean (AC, 30%)) in 28 primary care clinics in West Midlands, United Kingdom. Mean differences between daytime ABPM, standardized clinic (mean of 3 occasions), casual clinic (first reading on first occasion), and last routine BP taken at the general practitioner practice were compared in HT and NHT individuals. Daytime systolic and diastolic ABPM readings were similar to standardized clinic BP (systolic: 128 (SE 0.9) vs. 125 (SE 0.9) mm Hg (NHT) and 132 (SE 0.7) vs. 131 (SE 0.7) mm Hg (HT)) and were not associated with ethnicity to a clinically important extent. When BP was taken less carefully, differences emerged: casual clinic readings were higher than ABPM, particularly in the HT group where the systolic differences approached clinical relevance (131 (SE 1.2) vs. 129 (SE 1.0) mm Hg (NHT) and 139 (SE 0.9) vs. 133 (SE 0.7) mm Hg (HT)) and were larger in SA and AC hypertensive individuals (136 (SE 1.5) vs. 133 (SE 1.2) mm Hg (WB), 141 (SE 1.7) vs. 133 (SE 1.4) mm Hg (SA), and 142 (SE 1.6) vs. 134 (SE 1.3) mm Hg (AC); mean differences: 3 (0-7), P = 0.03 and 4 (1-7), P = 0.01, respectively). Differences were also observed for the last practice reading in SA and ACs. BP differences between ethnic groups where BP is carefully measured on multiple occasions are small and unlikely to alter clinical management. When BP is measured casually on a single occasion or in routine care, differences appear that could approach clinical relevance.
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Sensibilidade barorreflexa e resposta inotrópica ao exercício e nas 24 horas em indivíduos com síndrome metabólica conforme classificação da pressão arterial / Baroreflex sensitivity and inotropic response to exercise and at 24 hours in subjects with metabolic syndrome according to blood pressure classification

Marques, Akothirene Cristhina Dutra Brisolla 18 August 2017 (has links)
Introdução. A progressão da síndrome metabólica (SMet) para a doença cardiovascular é complexa, multifatorial e pode estar associada, em parte, com a hiperativação simpática e com a diminuição da sensibilidade barorreflexa (SBR), mecanismos fortemente associados à hipertensão arterial (HAS). Adicionalmente, na hipertensão a resposta da pressão arterial (PA) durante o teste de esforço cardiopulmonar máximo (TECP) e na pressão arterial de 24h (MAPA) está prejudicada. Não é conhecido se pacientes com SMet mas sem hipertensão, apresentam estes prejuízos. Hipóteses. Pacientes com SMet com nível normal de PA clínica apresentam:(1) Resposta aumentada da PA pico e da PA de recuperação em resposta ao exercício máximo; (2) Prejuízo na PA de 24 horas Além disso, analisamos se estas alterações se correlacionam com a atividade nervosa simpática muscular (ANSM) e com a SBR. Métodos. Foram selecionados 72 pacientes recém-diagnosticados com SMet (ATP III), alocados em 3 grupos conforme a classificação da PA (segundo as Diretrizes 2013 ESH/ESC):, SMet hipertensos (HT, n=16, 51±9 anos, 33±4 kg/m2), SMet pré-hipertensos (PHT, n=29, 47±10 anos, 31±3 kg/m2) e SMet normotensos (NT, n=27, 46±7 anos, 32±4 kg/m2). Um grupo controle (C, n=19, 48±2 anos, 25±2 kg/m2) pareado por gênero e idade foi envolvido no estudo. Foram avaliados: a ANSM (microneurografia); a SBR (análise das flutuações espontâneas da PA sistólica e FC) para aumentos (SBR+) e diminuições da PA (SBR-); medidas auscultatórias da PA no pré-teste, pico, 1°, 2° e 4° min de recuperação (TECP); e PAS e PAD de 24 horas, vigília, sono e despertar (MAPA de 24h). O estudo foi dividido em duas partes: Parte 1 - todos os grupos com SMet (HT, PHT e NT) e C foram estudados; e Parte 2 - somente o grupo SMet NT foi comparado ao C. Resultados - Parte 1. Os grupos SMet (HT, PHT e NT) foram semelhantes entre si e apresentaram prejuízo quando comparado ao grupo C nas características físicas, na capacidade física e nos fatores de risco da SMet. Na PAS pico atingida no TECP, o grupo SMet HT apresentou valores superiores quando comparado com SMet PHT, NT, e C (217±23 vs. 202±22; 195±17; 177±24 mmHg; respectivamente; P=0,03). Apresentaram resposta da PAS exagerada (PAS >190 mmHg para mulheres e > 210 mmHg para homens) 81% no grupo HT, 55% no PHT, 37% no NT e 21% no C. Na MAPA, SMet HT apresentou maior PA de 24h que os outros 3 grupos. (P < 0,001). A ANSM foi maior nos grupos SMet HT, PHT e NT quando comparados ao C (33±7; 30±7; 29±6; vs. 18±1 disparos/min, respectivamente, P < 0,001). Somente o grupo SMet HT apresentou menor SBR+ quando comparado ao grupo C (6±3; 8±3; 9±3; vs. 11±5 mmHg/ms; P=0,002). Os grupos SMet HT e PHT apresentaram menor SBR-, enquanto SMet NT foi semelhante ao C (7±2; 9±4; 10±3; vs. 12±5 mmHg/ms; P < 0,05). Houve correlação entre a SBR- e a PAS pico (r=-0,32, P=0,04) com todos os sujeitos dos grupos da SMet e C. Resultados Parte 2. Exceto na PAS no 4º min de recuperação, o grupo SMet NT apresentou maior PAS e PAD comparado ao C em todos os momentos do TECP. O comportamento da PAS e PAD pela área sob a curva (ASC) total foi maior no SMet NT comparado ao C. Na MAPA de 24h, SMet NT apresentou menor PAD no sono que C. Além disso, SMet NT apresentou menor SBR+ e SBR- e maior ANSM comparado ao C. Interessantemente, no subgrupo de pacientes com SMet NT (n=10, 37%) que apresentou PAS pico exagerada a SBR- se correlacionou fortemente com a PAS pico (r=-0,70, P=0,02) e com a PAS no 1º min de recuperação (r=-0,73, P=0,04). Conclusão: Pacientes com SMet, mesmo normotensos, já apresentam resposta exacerbada da PAS e da PAD durante o TECP, dos quais 40% com PAS pico exagerada. A disfunção autonômica pode explicar, pelo menos em parte, esta reposta exacerbada / Introduction. The progression of the metabolic syndrome (MetS) to cardiovascular disease is complex, multifactorial and may be associated in part with sympathetic hyperactivation and reduced baroreflex sensitivity (BRS), mechanisms strongly associated with arterial hypertension (AH). Additionally, in hypertension, the BP response during the maximal cardiopulmonary exercise test (CPET) and 24h BP (ABPM) is impaired. It is not known whether patients with MetS but without hypertension present those damages. Hypotheses. Patients with MetS with normal clinical BP level present: (1) Increased response of peak BP and recovery BP in response to maximal exercise; (2) Impaired 24 hour BP. In addition, we analyzed if those changes are associated with muscle sympathetic nerve activity (MSNA) and BRS. Methods. We selected 72 newly diagnosed patients with MetS (ATP III), subdivided in 3 groups according to the BP classification (according to the ESH/ESC Guidelines): hypertensive MetS (HT, n=16, 51±9 years, 33±4 kg/m2), pre-hypertensive MetS (PHT, n=29, 47± 10 years, 31±3 kg/m2) and normotensive MetS (NT, n= 27, 46±7 years, 32±4 kg/m2). A control group (C, n=19, 48±2 years, 25±2 kg/m2) paired by gender and age was involved in the study. The following were evaluated: the MSNA (microneurography); BRS (analysis of spontaneous fluctuations of systolic BP and HR) for increases to BP (SBR+) and for decreases to BP (SBR-); BP auscultatory measurements in the pre-test, peak, 1st, 2nd and 4th min of recovery (CPET); and SBP and DBP of 24 hours, wakefulness, sleep and awakening (24-hour ABPM). The study was divided into two parts: Part 1. All groups with MetS (HT, PHT and NT) were studied; and C group. Part 2. Only the NT MetS group was compared to the C. Results Part 1. The MetS groups (HT, PHT and NT) were similar and were impaired compared to group C in physical characteristics, physical capacity and risk factors of MetS. In the peak SBP reached at CPET, HT MetS group presented higher values when compared to PHT and NT MetS groups and C (217±23 vs. 202±22, 195±17, 177±-24 mmHg, respectively, P=0.03). There was an exaggerated SBP response (SBP > 190 mmHg for women and > 210 mmHg for men) in 81% of the HT group, 55% of the PHT, 37% of the NT and 21% of the C group. In the ABPM, HT MetS had a higher 24-hour BP than the other 3 groups (P < 0.001). The MSNA was higher in HT, PHT and NT MetS groups when compared to C (33±7, 30±7, 29±6, vs. 18±1 burst/min, respectively, P < 0.001). Only the HT MetS group showed lower SBR+ compared to C (6±3, 8±3, 9±3, vs. 11±5 mmHg/ms, P=0.002). The HT and PHT MetS groups presented lower SBR-, while NT MetS was similar to C (7±2; 9 ±4; 10±3, vs. 12±5 mmHg/ms; P < 0.05). There was a correlation between SBR- and peak SBP (r= -0.32, P=0.04) with all subjects from the MetS and C groups. Results Part 2. Except for SBP in the 4th min of recovery, NT MetS presented higher SBP and DBP compared to C at all moments of the CPET. The SBP and DBP responses by AUC analysis were higher in NT MetS compared to C. In 24h ABPM, NT MetS presented lower DBP in the sleep than in C. In addition, NT MetS presented decreased SBR+ and SBR- and increased MSNA compared with C. Interestingly, in the NT MetS subgroup of patients (n=10, 37%) who showed an exaggerated peak SBP, showed a negative correlation between BRS- and peak SBP (r=-.70; P=0.01) and SBP at 1st minute of recovery (r=.73; P=0.04). Conclusion. Patients with MetS, even normotensive, already present an exacerbated SBP and DBP response during CPET, of which 40% with exaggerated peak SBP. Autonomic dysfunction may explain, at least in part, this exacerbated response
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Efeitos da atividade física aeróbica sobre a pressão arterial sistêmica e rigidez arterial em pacientes submetidos a transplante cardíaco / Effects of aerobic physical activity on blood pressure and arterial stiffness in patients undergoing cardiac transplantation

Pascoalino, Lucas Nóbilo 19 October 2012 (has links)
O transplante cardíaco permanece sendo o procedimento de escolha para a insuficiência cardíaca refratária, apresentando resultados favoráveis em termos da sintomatologia, qualidade de vida e sobrevida desses pacientes. A hipertensão arterial sistêmica aparece como a comorbidade de maior incidência neste grupo de pacientes, chegando a 95% após cinco anos. O efeito do exercício físico sobre a dinâmica do comportamento tensional na monitorização da pressão arterial ambulatorial durante 24 horas (MAPA-24h) e da rigidez arterial não tem sido estudado neste grupo de pacientes. Nós avaliamos os efeitos da atividade física aeróbia sobre a dinâmica do comportamento tensional na MAPA-24h, rigidez arterial e as variáveis cardiovasculares em indivíduos após um ano de transplante cardíaco. Trinta e nove pacientes de ambos os sexos, randomizados para grupo treino (GT) (n = 29; 45 ± 13 anos) ou grupo controle (GC) (n = 9; 51 ± 11 anos) realizaram, antes e após o período de 12 semanas de seguimento, exames de MAPA-24h, velocidade de onda de pulso carótido-femoral (VOP) e teste de esforço cardiopulmonar, com coletas de amostras sangüíneas para dosagem de norepinefrina (Nor) (repouso e pico). Treinamento físico aeróbio foi realizado três vezes por semana, sendo duas supervisionadas e uma não supervisionada, durante 40 minutos inicialmente com a frequência cardíaca monitorada em 80% do ponto de compensação respiratória. O GT apresentou redução significativa da pressão arterial sistólica nos períodos da média das 24 horas (de 120 ± 11 para 116 ± 14mmHg, p<0,05) e vigília (de 123 ± 11 para 118 ± 13mmHg, p<0,05). A pressão arterial diastólica apresentou redução significativa para os três períodos sendo na média das 24 horas (de 81 ± 9 para 74 ± 9mmHg, p< 0,001), vigília (de 83 ± 9 para 75 ± 10mmHg, p<0,001) e noturno ( de 77 ± 10 para 71 ± 10mmHg, p<0,001). A VOP não apresentou redução significativa após o período de seguimento para ambos os grupos; GT (de 10,0 ± 1,9 para 9,7 ±1,9m/s, p = ns) e GC (de 10,3 ± 2,2 para 10,4 ± 2,8m/s, p = ns), porém os níveis da Nor tiveram aumento significativo no pico do exercício no grupo GT (de 2386 ± 1274 para 3292 ± 1410 pg/ml p<0,01) e também em relação ao grupo GC pós seguimento (3292 ± 1419 versus 2178 ± 659 pg/ml, p<0,05). O treinamento físico aeróbio reduziu a pressão arterial sistólica/diastólica em 4,7/7,5 mmHg durante a vigília e em 3,5/5,8 mmHg durante o sono após TX, além de melhorar o condicionamento cardiorrespiratório com aumento do VO2pico, FCmáx e do tempo de exercício. / Cardiac transplantation remains the procedure of choice for refractory heart failure, with favorable results in terms of symptoms, quality of life and patient survival. Hypertension appears as a higher incidence of comorbidity in this group of patients, reaching 95% after five years. However, the effect of exercise training in the behavior of 24-hour ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) and arterial stiffness has not been studied in this group of patients. We assessment the effects of aerobic physical activity in the behavior of ABPM, arterial stiffness and cardiovascular variables in patients being heart transplanted for a year or more. Thirty-nine patients of both genders were evaluated, then randomized to either training group (TG) (n = 29, 45 ± 13 years) or control group (CG) (n = 9, 51 ± 11 years) and reevaluated after 12 weeks of follow-up. Pre and post evaluations combined examinations of ABPM, carotidfemoral pulse wave velocity (PWV) and graded exercise test, with collections of blood samples for measurement of norepinephrine (Nor) (rest and peak). Aerobic exercise was performed in the TG three times-a-week, two supervised and one unsupervised for 40 minutes initially at an intensity of 80% of heart rate achieved at the respiratory compensation point. The TG showed a significant reduction in systolic blood pressure during average of 24 hours (from 120 ± 11 to 116 ± 14mmHg, p < 0.05) and diurnal cycle (from 123 ± 11 to 118 ± 13mmHg, p<0.05). Diastolic blood pressure decreased significantly for the three periods, the average of 24 hours (from 81 ± 9 to 74 ± 9mmHg, p<0.001), diurnal cycle (from 83 ± 9 to 75 ± 10mmHg, p < 0.001) and nighttime (from 77 ± 10 to 71 ± 10mmHg, p < 0.001). The PWV showed no significant reduction after the followup period for both groups; TG ( from 10.0 ± 1.9 to 9.7 ± 1.9m/s, p = ns) and CG (from10.3 ± 2.2 to 10.4 ± 2.8m/s, p = ns) and the levels of the Nor had a significantly higher peak exercise in TG (from 2386 ± 1274 to 3292 ± 1410 pg/ml p <0.01) and also in relation to the control group after follow-up (3292 ± 1419 versus 2178 ± 659 pg / ml, p <0.05). The exercise training reduced both systolic and diastolic blood pressure in 4.7 and in 7.5 mmHg during daytime, respectively. Reduction also happened during nighttime in 3.5 and in 5.8 mmHg for these variables, respectively. Exercise training improved VO2peak, HRmax and time of exercise (cardiorespiratory fitness) after follow-up, as well.
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Influências do consumo de café em diferentes torras em variáveis cardiológicas de voluntários com doença coronariana crônica / Effects of two roasts of coffee consumption on cardiological parameters in volunteers with coronary artery disease

Mioto, Bruno Mahler 11 December 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: Os efeitos do consumo de café na frequência e ritmo cardíaco, na pressão arterial e risco cardiovascular permanecem um assunto controverso. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do consumo de café filtrado nas torra escura e média na frequência cardíaca (FC), na frequência de extrassístoles, na variabilidade de frequência cardíaca (VFC), na pressão arterial, na tolerância ao exercício e em isquemia e angina em voluntários com doença arterial coronariana (DAC). MÉTODOS: Em um ensaio clínico randomizado e com crossover, comparamos o efeito do consumo de 450 a 600 ml de café nas torras escura e média em 41 voluntários com DAC, com idade média de 64,5 ± 6,7 anos, sendo que 33 eram do sexo masculino (80,5%). Após período de washout (período basal) e após cada período de quatros semanas de consumo de café (em ambas torras), os voluntários foram submetidos a teste ergométrico (TE), monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e eletrocardiografia dinâmica (Holter). RESULTADOS: O consumo contínuo de café não exerceu nenhum efeito deletério na isquemia miocárdica desencadeada por esforço no teste ergométrico. O tempo total de exercício (deltaT Exercício) foi de 566,59 ± 192,40, 599,39 ± 205,60 e 602,22 ± 210,24 segundos (s), respectivamente para o momento basal (após washout), após consumo de café torra escura e após consumo de café torra média (média ± DP, p = 0,002). Na MAPA, as variáveis encontradas após período basal, após consumo de café torra escura e após consumo de café torra média foram, respectivamente: pressão arterial sistólica (PAS) de 110,59 ± 12,05, 111,83 ± 12,89 e 114,32 ± 11,89 mmHg (média ± DP, p = 0,065); e pressão arterial diastólica (PAD) de 64,10 ± 8,99, 64,85 ± 9,31 e 66,27 ± 9,59 mmHg (média ± DP, p = 0,143). Os valores a seguir foram obtidos através do Holter após período basal, após consumo de café torra escura e após consumo de café torra média, respectivamente: FC Média de 67,38 ± 8,44, 66,51 ± 8,11, e 67,44 ± 8,54 (média ± DP, p = 0,59); frequência de extrassístoles supraventriculares (ESV) de 21 (75), 22 (59), e 18 (85) [mediana (intervalo interquartil), p = 0,77]; frequência de extrassístoles ventriculares (EV) de 8 (426), 10 (123), e 8 (36) [mediana (intervalo interquartil), p = 0,17]; e desvio padrão de todos os intervalos RR normais (SDNN) de 129,87 ± 32,82, 134,74 ± 30,90, e 128,31 ± 28,12 (média ± DP, p = 0,16). CONCLUSÕES: Neste estudo, o consumo contínuo de café aumentou a tolerância ao exercício, não afetou de forma significativa a pressão arterial, o ritmo e a frequência cardíaca e não aumentou a frequência de extrassístoles ventriculares e supraventriculares. Com relação a presença de isquemia e/ou angina no TE, não ocorreram modificações relacionadas ao consumo de café em ambas torras / BACKGROUND: The effect of coffee on heart rate (HR), cardiac rhythm, blood pressure (BP) and cardiovascular risk has long been a controversial issue. The aim of this study was to compare the effects of dark roast (DR) and medium-dark roast (MDR) paper-filtered coffee on HR, premature complexes, heart rate variability (HRV), BP, total exercise time (deltaT Exercise) and exercise-induced angina pectoris in volunteers with coronary artery disease (CAD). METHODS: In a randomized crossover trial, we compared the effects of consuming three to four cups (150 mL) of DR and MDR coffee per day for 4 weeks in 41 volunteers with CAD, with 64.5 ± 6.7 years old, 33 men (80.5%). At baseline and after each 4-week period of drinking, the subjects were submitted to treadmill test, ambulatory blood pressure monitoring (24-h ABPM) and 24-hour Holter electrocardiograms (24-h Holter). RESULTS: The continuous coffee consumption had no deleterious effect on exercise-induced angina pectoris on treadmill test. The deltaT Exercise at baseline and after ingesting DR and MDR were 566.59 ± 192.40, 599.39 ± 205.60 and 602.22 ± 210.24 seconds, respectively (mean ± SD, p = 0.002). The analyzed parameters on 24-h ABPM at baseline and after 4 weeks of DR and MDR coffee consumption were, respectively: systolic BP of 110.59 ± 12.05, 111.83 ± 12.89 and 114.32 ± 11.89 mmHg (mean ± SD, p = 0.065); and diastolic BP of 64.10 ± 8.99, 64.85 ± 9.31 e 66.27 ± 9.59 mmHg (mean ± SD, p = 0,143). The following values were obtained on 24-h Holter at baseline and after 4 weeks of DR and MDR coffee consumption, respectively: average HRs of 67.38 ± 8.44, 66.51 ± 8.11, and 67.44 ± 8.54 (mean ± SD, p = 0.59); premature atrial complexes of 21 (75), 22 (59), and 18 (85) [median (IQR), p = 0.77]; premature ventricular complexes of 8 (426), 10 (123), and 8 (36) [median (IQR), p = 0.17]; and standard deviations of normal to normal R-R intervals (SDNNs) of 129.87 ± 32.82, 134.74 ± 30.90, and 128.31 ± 28.12 (mean ± SD, p = 0.16). CONCLUSIONS: In this study, continuous coffee consumption increased total exercise time, did not significantly affect blood pressure, HR or HRV and did not increase the frequency of premature complexes in volunteers with CAD. Furthermore, continuous coffee consumption had no deleterious effect on exercise-induced angina pectoris

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