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Comunidades remanescentes de quilombos, bem viver e a política de desenvolvimento territorial rural na zona sul do Rio Grande do Sul

Del Ré, Mégui Fernanda January 2014 (has links)
O desenvolvimento, como qualquer noção construída pela sociedade, carrega em si aspectos próprios de cada período histórico. Desde seu aparecimento, este conceito se caracteriza por um conjunto de ações que visa implantar determinado modo de vida em localidades específicas. Em meados dos anos 1940, a ideia de que países ricos deveriam prestar auxílio a países pobres, no sentido de incrementar sua produção industrial e níveis econômicos, proporcionando-lhes um estilo de vida semelhante ao seu, começou a ser difundida globalmente. Com o passar do tempo, porém, muitas premissas destas intervenções passaram a ser questionadas, principalmente no que tange ao incentivo de exploração do meio ambiente para fins industriais, pela negligencia a aspectos sociais e culturais próprios a diferentes povos e pela supremacia concedida a categorias estritamente econômicas. A partir de então, concepções como desenvolvimento sustentável, etnodesenvolvimento, desenvolvimento local, entre outras, começaram a surgir, no intuito de adaptar as ações a novas demandas sociais. É neste contexto que surge a abordagem de cunho territorial que, principalmente a partir de 2003, começa a marcar presença significativa na elaboração de políticas públicas brasileiras, notadamente no que se refere à busca pela erradicação da pobreza e ao desenvolvimento rural. A criação da Secretaria de Desenvolvimento Territorial no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário constituiu-se, assim, como um marco que inaugurou uma nova forma de conceber as intervenções estatais. Esta instância é responsável pelas ações do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais, caracterizado por uma série de projetos inovadores, no sentido de que procuram abarcar populações antes negligenciadas pelo Estado, como as comunidades quilombolas. Partindo do pressuposto de que mesmo as abordagens mais recentes do desenvolvimento buscam ancorar determinadas maneiras de viver, este trabalho objetivou comparar o conteúdo das iniciativas de desenvolvimento territorial rural com os modos de vida de três comunidades quilombolas situadas no território Zona Sul do Estado do Rio Grande do Sul. Com o amparo do uso do buen vivir/bem viver, conceito forjado por antropólogos juntamente com comunidades tradicionais andinas, procurou-se destacar as noções sociais mais caras aos grupos estudados e compará-las com as concepções que embasam as ações atualmente postas em prática pelas políticas de desenvolvimento territorial rural. Após três meses de vivências e experiências nos Quilombos, foi possível vislumbrar uma concepção de bem viver própria às comunidades, caracterizada por dimensões que não possuem o desenvolvimento como eixo explicativo norteador, o que pôde ser teoricamente abarcado pelo pós-desenvolvimento. A comparação entre esta forma particular de viver e o que vem sendo proposto pelas ações do desenvolvimento – ainda fortemente baseadas em aspectos produtivos e econômicos, apesar das inovações - mostrou-se permeada por contrastes. / The development, as any notion constructed by society, carries with it specific aspects of each historical period. Since its appearance, this concept is characterized by a set of actions that aims to deploy certain way of life in specific locations. In the mid-1940s, the idea that rich countries should provide aid to poor countries in order to increase its industrial production and economic levels, providing them with a particular lifestyle, began to be disseminated globally. Over time, however, many assumptions of these interventions became criticized, especially in regard to encouraging exploitation of the environment for industrial purposes, by neglecting social and cultural aspects of different people and to grant supremacy to strictly economic categories. Since then, concepts such as sustainable development, ethno-development, local development, among others, began to emerge in order to adapt the actions to new social demands. Is in this context that emerge the territorial approach that, especially from 2003, starts dialing significant presence in the development of Brazilian public policies, notably as regards the quest for poverty eradication and rural development. The creation of the Department of Territorial Development under the Ministry of Agrarian Development was constituted, as well, as a landmark that inaugurated a new way of conceiving social interventions. This instance is responsible for the actions of the Program for Sustainable Development of Rural Territories, characterized by a number of innovative projects, in the sense that cover people before neglected by the State, such as quilombolas communities. Assuming that even the most recent development approaches seek to anchor certain ways of living, this study aimed to compare the contents of rural territorial development initiatives with the lifestyles of three quilombolas communities located in the south zone of Rio Grande do Sul. With the support of the use of buen vivir / living well, wrought by anthropologists along with traditional Andean communities, the concept sought to highlight the most important social dimensions to the groups and compare them with the notions that underlie the actions currently implemented by the rural territorial development policies. After three months of experiences in the Quilombos, it was possible to discern a particular conception of the living well in the three groups, characterized by dimensions that don’t have development as a guiding explanatory axis, which could be spanned theoretically by the post-development. The comparison between this particular way of life and what has been proposed by the actions of development - still based on productive and economic aspects, despite innovations - proved to be permeated by contrasts.
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Comunidades remanescentes de quilombos, bem viver e a política de desenvolvimento territorial rural na zona sul do Rio Grande do Sul

Del Ré, Mégui Fernanda January 2014 (has links)
O desenvolvimento, como qualquer noção construída pela sociedade, carrega em si aspectos próprios de cada período histórico. Desde seu aparecimento, este conceito se caracteriza por um conjunto de ações que visa implantar determinado modo de vida em localidades específicas. Em meados dos anos 1940, a ideia de que países ricos deveriam prestar auxílio a países pobres, no sentido de incrementar sua produção industrial e níveis econômicos, proporcionando-lhes um estilo de vida semelhante ao seu, começou a ser difundida globalmente. Com o passar do tempo, porém, muitas premissas destas intervenções passaram a ser questionadas, principalmente no que tange ao incentivo de exploração do meio ambiente para fins industriais, pela negligencia a aspectos sociais e culturais próprios a diferentes povos e pela supremacia concedida a categorias estritamente econômicas. A partir de então, concepções como desenvolvimento sustentável, etnodesenvolvimento, desenvolvimento local, entre outras, começaram a surgir, no intuito de adaptar as ações a novas demandas sociais. É neste contexto que surge a abordagem de cunho territorial que, principalmente a partir de 2003, começa a marcar presença significativa na elaboração de políticas públicas brasileiras, notadamente no que se refere à busca pela erradicação da pobreza e ao desenvolvimento rural. A criação da Secretaria de Desenvolvimento Territorial no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário constituiu-se, assim, como um marco que inaugurou uma nova forma de conceber as intervenções estatais. Esta instância é responsável pelas ações do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais, caracterizado por uma série de projetos inovadores, no sentido de que procuram abarcar populações antes negligenciadas pelo Estado, como as comunidades quilombolas. Partindo do pressuposto de que mesmo as abordagens mais recentes do desenvolvimento buscam ancorar determinadas maneiras de viver, este trabalho objetivou comparar o conteúdo das iniciativas de desenvolvimento territorial rural com os modos de vida de três comunidades quilombolas situadas no território Zona Sul do Estado do Rio Grande do Sul. Com o amparo do uso do buen vivir/bem viver, conceito forjado por antropólogos juntamente com comunidades tradicionais andinas, procurou-se destacar as noções sociais mais caras aos grupos estudados e compará-las com as concepções que embasam as ações atualmente postas em prática pelas políticas de desenvolvimento territorial rural. Após três meses de vivências e experiências nos Quilombos, foi possível vislumbrar uma concepção de bem viver própria às comunidades, caracterizada por dimensões que não possuem o desenvolvimento como eixo explicativo norteador, o que pôde ser teoricamente abarcado pelo pós-desenvolvimento. A comparação entre esta forma particular de viver e o que vem sendo proposto pelas ações do desenvolvimento – ainda fortemente baseadas em aspectos produtivos e econômicos, apesar das inovações - mostrou-se permeada por contrastes. / The development, as any notion constructed by society, carries with it specific aspects of each historical period. Since its appearance, this concept is characterized by a set of actions that aims to deploy certain way of life in specific locations. In the mid-1940s, the idea that rich countries should provide aid to poor countries in order to increase its industrial production and economic levels, providing them with a particular lifestyle, began to be disseminated globally. Over time, however, many assumptions of these interventions became criticized, especially in regard to encouraging exploitation of the environment for industrial purposes, by neglecting social and cultural aspects of different people and to grant supremacy to strictly economic categories. Since then, concepts such as sustainable development, ethno-development, local development, among others, began to emerge in order to adapt the actions to new social demands. Is in this context that emerge the territorial approach that, especially from 2003, starts dialing significant presence in the development of Brazilian public policies, notably as regards the quest for poverty eradication and rural development. The creation of the Department of Territorial Development under the Ministry of Agrarian Development was constituted, as well, as a landmark that inaugurated a new way of conceiving social interventions. This instance is responsible for the actions of the Program for Sustainable Development of Rural Territories, characterized by a number of innovative projects, in the sense that cover people before neglected by the State, such as quilombolas communities. Assuming that even the most recent development approaches seek to anchor certain ways of living, this study aimed to compare the contents of rural territorial development initiatives with the lifestyles of three quilombolas communities located in the south zone of Rio Grande do Sul. With the support of the use of buen vivir / living well, wrought by anthropologists along with traditional Andean communities, the concept sought to highlight the most important social dimensions to the groups and compare them with the notions that underlie the actions currently implemented by the rural territorial development policies. After three months of experiences in the Quilombos, it was possible to discern a particular conception of the living well in the three groups, characterized by dimensions that don’t have development as a guiding explanatory axis, which could be spanned theoretically by the post-development. The comparison between this particular way of life and what has been proposed by the actions of development - still based on productive and economic aspects, despite innovations - proved to be permeated by contrasts.
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Comunidades remanescentes de quilombos, bem viver e a política de desenvolvimento territorial rural na zona sul do Rio Grande do Sul

Del Ré, Mégui Fernanda January 2014 (has links)
O desenvolvimento, como qualquer noção construída pela sociedade, carrega em si aspectos próprios de cada período histórico. Desde seu aparecimento, este conceito se caracteriza por um conjunto de ações que visa implantar determinado modo de vida em localidades específicas. Em meados dos anos 1940, a ideia de que países ricos deveriam prestar auxílio a países pobres, no sentido de incrementar sua produção industrial e níveis econômicos, proporcionando-lhes um estilo de vida semelhante ao seu, começou a ser difundida globalmente. Com o passar do tempo, porém, muitas premissas destas intervenções passaram a ser questionadas, principalmente no que tange ao incentivo de exploração do meio ambiente para fins industriais, pela negligencia a aspectos sociais e culturais próprios a diferentes povos e pela supremacia concedida a categorias estritamente econômicas. A partir de então, concepções como desenvolvimento sustentável, etnodesenvolvimento, desenvolvimento local, entre outras, começaram a surgir, no intuito de adaptar as ações a novas demandas sociais. É neste contexto que surge a abordagem de cunho territorial que, principalmente a partir de 2003, começa a marcar presença significativa na elaboração de políticas públicas brasileiras, notadamente no que se refere à busca pela erradicação da pobreza e ao desenvolvimento rural. A criação da Secretaria de Desenvolvimento Territorial no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário constituiu-se, assim, como um marco que inaugurou uma nova forma de conceber as intervenções estatais. Esta instância é responsável pelas ações do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais, caracterizado por uma série de projetos inovadores, no sentido de que procuram abarcar populações antes negligenciadas pelo Estado, como as comunidades quilombolas. Partindo do pressuposto de que mesmo as abordagens mais recentes do desenvolvimento buscam ancorar determinadas maneiras de viver, este trabalho objetivou comparar o conteúdo das iniciativas de desenvolvimento territorial rural com os modos de vida de três comunidades quilombolas situadas no território Zona Sul do Estado do Rio Grande do Sul. Com o amparo do uso do buen vivir/bem viver, conceito forjado por antropólogos juntamente com comunidades tradicionais andinas, procurou-se destacar as noções sociais mais caras aos grupos estudados e compará-las com as concepções que embasam as ações atualmente postas em prática pelas políticas de desenvolvimento territorial rural. Após três meses de vivências e experiências nos Quilombos, foi possível vislumbrar uma concepção de bem viver própria às comunidades, caracterizada por dimensões que não possuem o desenvolvimento como eixo explicativo norteador, o que pôde ser teoricamente abarcado pelo pós-desenvolvimento. A comparação entre esta forma particular de viver e o que vem sendo proposto pelas ações do desenvolvimento – ainda fortemente baseadas em aspectos produtivos e econômicos, apesar das inovações - mostrou-se permeada por contrastes. / The development, as any notion constructed by society, carries with it specific aspects of each historical period. Since its appearance, this concept is characterized by a set of actions that aims to deploy certain way of life in specific locations. In the mid-1940s, the idea that rich countries should provide aid to poor countries in order to increase its industrial production and economic levels, providing them with a particular lifestyle, began to be disseminated globally. Over time, however, many assumptions of these interventions became criticized, especially in regard to encouraging exploitation of the environment for industrial purposes, by neglecting social and cultural aspects of different people and to grant supremacy to strictly economic categories. Since then, concepts such as sustainable development, ethno-development, local development, among others, began to emerge in order to adapt the actions to new social demands. Is in this context that emerge the territorial approach that, especially from 2003, starts dialing significant presence in the development of Brazilian public policies, notably as regards the quest for poverty eradication and rural development. The creation of the Department of Territorial Development under the Ministry of Agrarian Development was constituted, as well, as a landmark that inaugurated a new way of conceiving social interventions. This instance is responsible for the actions of the Program for Sustainable Development of Rural Territories, characterized by a number of innovative projects, in the sense that cover people before neglected by the State, such as quilombolas communities. Assuming that even the most recent development approaches seek to anchor certain ways of living, this study aimed to compare the contents of rural territorial development initiatives with the lifestyles of three quilombolas communities located in the south zone of Rio Grande do Sul. With the support of the use of buen vivir / living well, wrought by anthropologists along with traditional Andean communities, the concept sought to highlight the most important social dimensions to the groups and compare them with the notions that underlie the actions currently implemented by the rural territorial development policies. After three months of experiences in the Quilombos, it was possible to discern a particular conception of the living well in the three groups, characterized by dimensions that don’t have development as a guiding explanatory axis, which could be spanned theoretically by the post-development. The comparison between this particular way of life and what has been proposed by the actions of development - still based on productive and economic aspects, despite innovations - proved to be permeated by contrasts.
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La escuela como lugar de buen vivir: magia y traducción

Quiroz, Maria Milena 04 March 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-05-25T14:05:57Z No. of bitstreams: 1 mariamilenaquiroz.pdf: 691378 bytes, checksum: 5c0714c037f19c7c1cb5a6e4e9612f40 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-07-02T11:51:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 mariamilenaquiroz.pdf: 691378 bytes, checksum: 5c0714c037f19c7c1cb5a6e4e9612f40 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-07-02T11:52:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 mariamilenaquiroz.pdf: 691378 bytes, checksum: 5c0714c037f19c7c1cb5a6e4e9612f40 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-02T11:52:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 mariamilenaquiroz.pdf: 691378 bytes, checksum: 5c0714c037f19c7c1cb5a6e4e9612f40 (MD5) Previous issue date: 2016-03-04 / No presente trabalho, utilizaremos o conceito de “habitar” para pensar uma maneira particular de estar no mundo. Este modo de estar, supõe uma maneira diferente de experimentar o tempo e o espaço e um modo particular de estar presente na vida. Neste sentido, o conceito de habitar é fundamental para a nossa investigação e a partir dele nos perguntamos: Como habitar a escola hoje? Tal pergunta aparece no trabalho a partir da imagem de uma lembrança de infância a caminho da escola e abre a possibilidade para considerar a escola desde o Bem Viver, conceito ancestral andino que tende à convivência e ao equilíbrio do homem com a terra. Para abordar esta inquietude, primeiro aprofunda-se o desejo de vida nos espaços da escola. Segundo, expande-se a relação entre a vida, o tempo e as palavras, para compreender como a linguagem nos permite dizer sobre a vida, nomear a vida e o tempo que nos habita. Terceiro, desenvolve-se o conceito sobre o estar na terra, como existência, como condição de possibilidade, como cuidado da terra. Quarto, aprofunda-se o Bem Viver como conceito moderno pluricultural, para pensar, finalmente, a escola como um lugar de magia, de fecundidade e de tradução. Assim, o habitar, para este trabalho, está vinculado a outro modo de vida. Em vista disso, explora-se a alternativa de habitar a escola de uma maneira diferente ao modelo moderno conhecido e propõe-se abrir as perspectivas para estar nela e não apenas passar por ela. / En el presente trabajo utilizaremos el concepto de “habitar” para pensar un modo particular de estar en el mundo. Este modo de estar, supone una manera diferente de experimentar el tiempo y el espacio y una manera particular de estar presente en la vida. En este sentido, el concepto de habitar es central para nuestra indagación y a partir de él, nos interrogamos: ¿Cómo habitar la escuela hoy? Esta indagación aparece en el trabajo a través de una imagen de recuerdo de infancia camino a la escuela y abre la posibilidad a considerar la escuela desde el Buen Vivir, concepto ancestral andino que tiende a la convivencia y el equilibrio del hombre con la tierra. Para abordar tal inquietud, primero se explora el deseo de vida en los espacios escolares. Segundo, se amplía la relación entre vida, tiempo y palabras, en función de cómo el lenguaje nos permite decir la vida, nombrar la vida y el tiempo que nos habita. Tercero, se desarrolla el concepto de estar en la tierra, como existencia, como condición de posibilidad, como cuidado de la tierra. Cuarto, se profundiza el Buen Vivir como concepto moderno pluricultural, para pensar, finalmente, la escuela como espacio de magia, de fecundidad y de traducción. Así, el habitar, para este trabajo, está vinculado a otro modo de vivir. En vista de ello, se explora la alternativa del habitar la escuela de una forma diferente al modelo moderno conocido y se propone abrir las perspectivas a fin de estar en ella y no, simplemente, pasar por ella.
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Desde la Amazonía peruana: aportes para la formación docente en la especialidad de educación inicial intercultural bilingüe

Trapnell, Lucy 10 April 2018 (has links)
From the Peruvian Amazon: Contributions for teacher training in intercultural bilingual early childhood educationThe promotion of universal access to early childhood education should be accompanied by a serious analysis and reflection on the impact it can have on the primary socialization of native children. In this context it is essential to guarantee the existence of teacher training programs conscious of the relation between apprenticeship and culture which offer their students inputs that allow them to value, complement and enrich the educational processes which occur at home and in community settings. This paper presents some core issues of two curricula developed by and for Amazonian indigenous peoples. Even though both guidelines have been designed in Amazonian contexts, and respond to the needs and demands of Amazonian indigenous organizations, the topics included in this document may be used as referents for the critical examination of the way in which early childhood teacher training in intercultural bilingual education is being approached in other contexts. / La política de universalización de la educación inicial debe ir acompañada de un serio análisis y reflexión sobre el impacto que puede tener en los procesos de socialización primaria de niños y niñas de pueblos originarios. En este contexto es indispensable garantizar la existencia de programas de formación docente conscientes de la relación entre cultura y aprendizaje que ofrezcan a sus estudiantes insumos para valorar, complementar y enriquecer la formación que se da en el hogar y en la comunidad. Este artículo presenta algunos temas medulares de dos lineamientos curriculares diseñados «desde y para pueblos indígenas Amazónicos».Si bien ambos lineamientos han sido pensados desde la Amazonía, y responden a las necesidades y demandas de organizaciones indígenas de esta región, los temas incluidos en este documento podrían ser utilizados como referentes para examinarla manera cómo se está abordando la formación de docentes en la especialidad de educación inicial intercultural bilingüe en otros contextos.
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Factores socioeconómicos y culturales que explican el desarrollo comunitario en Ecuador. Incidencia de la cooperación internacional en comunidades de la parroquia de Cangahua, Cantón Cayambe, Provincia de Pichincha

García Serrano, Irma Galuth 29 November 2021 (has links)
La presente investigación tiene como objetivo identificar aquellos factores socioeconómicos y culturales, incluidos los aportes de la cooperación internacional, que influyen en el bienestar de las comunidades, para lo cual fue necesario indagar las percepciones que sobre el término “desarrollo” tiene un ser comunitario o (“achik runa”). En primer lugar, se expone la evolución de la construcción del Estado ecuatoriano hasta llegar a un Estado plurinacional e incluir el sumak kawsay/buen vivir en la Constitución como una manera de reivindicar los derechos de los pueblos indígenas. En el andamiaje teórico se pone en discusión las corrientes convencionales del desarrollo con otras alternativas posdesarrollistas como el propio desarrollo local y el sumak kawsay, como una forma de refutar la falsa universalidad del proceso de desarrollo. La metodología de la investigación se basa en un enfoque cuantitativo, cualitativo y comparativo que determina los factores que inciden en el desarrollo, se extrae las diferencias entre las variables y categorías que usa el estudio del desarrollo convencional y las dimensiones y variables construidas a partir de los principios del sumak kawsay. Para lo cual como un aporte al campo del estudio se propone la construcción de un “indicador sintético o compuesto” entendido desde la CEPAL como una representación simplificada que busca resumir un concepto multidimensional en función de una o más variables a fin de medir el desarrollo comunitario. El Índice del sumak kawsay construido con 4 dimensiones que son Comunidad, Familia, Chakra y Biodiversidad permite establecer que sus pobladores prefieren hablar de un sistema de vida armónico en equilibrio con la naturaleza y no de un modelo de desarrollo, la idea de desarrollo y subdesarrollo es inexistente en la cosmovisión indígena. Desde esta medición, los resultados arrojan que los factores determinantes del buen vivir por la dimensión comunidad son: el rol de la mujer, las vías de acceso a sus viviendas, la pertenencia a la agrupación social, el tipo de emprendimiento y el sentirse bien con respecto a su familia y su identidad cultural. Le sigue en importancia en la dimensión familia: los medios de transporte para llegar a su hogar, así como la provisión de servicios básicos y comunicacionales. En la tercera vinculada al medio ambiente y la biodiversidad valoran el lugar que viven, con el cuidado de la tierra, de los páramos de donde provienen las fuentes de agua. En la dimensión chakra los factores relevantes están relacionados con la siembra de sus cultivos, y el cuidado de sus animales los cuales utilizan para celebraciones, fiestas, ofrendas, donaciones y la producción agroecológica. A manera de conclusión se puede indicar que el sumak kawsay como alternativa frente al capitalismo enuncia la complementariedad y equilibrio que debe existir en la relación de hombres y mujeres con la biodiversidad, donde cada ser humano se debería sentir parte de la pachamama y verla como ser vital para su propia existencia. Finalmente, el estudio refleja que la contribución de la Cooperación Internacional es poco significativa en el territorio.
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Sumak Kawsay and Clashing Ontologies in theEcuadorian Struggle towards De-coloniality : Progressive mobilization, romanticized constitutional reforms and local conceptions of Sumak Kawsay / Alli Kawsay in Ecuador

Bengtsson, Joel January 2019 (has links)
This thesis analyzes and problematizes the challenges and dilemmas associated with the implementation in practice of the indigenous conceptualization Sumak Kawsay/Buen-Vivir that originally is a conceptualization of a lifestyle in indigenous communities in Ecuador. The concepts were included in the new Constitution of Ecuador in 2008 that was ratified during progressive constitutional reforms under the former president Rafael Correa and with the support of the indigenous movement. Methodologically, by focusing on the implementation in practice, this ethnographic field study also examines Sumak Kawsay/Buen-Vivir as a conception of a lifestyle on local community level among indigenous peoples in two different regions of the country. More specifically, in the provinces of Imbabura in the northern Andean highlands and the Amazonian Pastaza. By applying a comparative approach, the research objective of this thesis is to study how these conceptions are perceived, interpreted and practiced on local community level and how similarities and differences are shaped by connotations of territoriality. The central findings of the study illustrate how many challenges and dilemmas linked to the implementation in practice of the values and visions of Sumak Kawsay/Buen-Vivir are grounded in the country’s continuous reliance on extracting natural resources as an important revenue to finance social welfare. Another central finding is that different socio-political, cultural and spatial factors contribute in shaping local perceptions, interpretations and how Sumak Kawsay/Buen-Vivir is practiced on local community level among indigenous peoples.
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La prestación del servicio público de agua potable en el municipalismo ecuatoriano durante la "Revolución Ciudadana" (2007-2013)

Martínez Moscoso, Andrés 25 May 2015 (has links)
La Tesis Doctoral estudia la importancia del servicio de agua potable en la construcción del Sumak Kawsay o Buen Vivir, para lo cual analiza los parámetros de calidad a través de los cuales los gobiernos locales cumplen con dicha competencia, excluyendo de la investigación la gestión comunitaria del agua. La principal hipótesis de partida de la investigación es que el agua al tratarse de un derecho humano fundamental, su garantía en la prestación del servicio es exclusiva del Estado, más allá que su gestión sea pública municipal o privada concesionada, siendo necesario eliminar la ocasional interferencia política clientelar por parte de los gobiernos locales. El ámbito geográfico de la Tesis son los municipios ecuatorianos de Quito, Guayaquil, y Cuenca. Siendo el marco temporal (2007-2013), que corresponde a los dos primeros períodos de gobierno de la Revolución Ciudadana. La Tesis utiliza el método mixto de investigación, enfoque cualitativo y cuantitativo, destacando la información primaria obtenida a través de encuestas estandarizadas, focus interview, y visitas de campo a las Empresas seleccionadas. El aporte doctrinal del trabajo es que por primera vez en un mismo documento se recopila, estudia y analiza información de las tres ciudades, desde un punto de vista académico y no como un mero modelo de evaluación de las instituciones crediticias internacionales y, por primera vez, se incluye a Cuenca, dejando de lado el análisis bicentralista clásico. Del análisis de los casos seleccionados, se concluye que es obligatorio que las Empresas prestadoras del servicio de agua potable y saneamiento mantengan una sostenibilidad financiera, que les permita ser socialmente rentables, para ello se recomienda replantear el modelo tarifario vigente. La investigación recomienda la reconfiguración de los Directorios (Consejos de Administración) de las Empresas Públicas Municipales estudiadas, para evitar el componente político clientelar. Además sugiere una reforma legal relacionada con la gestión del agua, que permita diferenciar a tres organismos: a) rector (Autoridad Única del Agua); b) regulador (ARCA); y, c) prestador del servicio.
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Análisis del discurso de Rafael Correa en relación al movimiento indígena ecuatoriano: elucidación del racismo y la discriminación

Samaniego Dumas, Diego Oswaldo 20 November 2020 (has links)
Rafael Correa llega al poder en el año 2006 como una alternativa a los gobiernos neoliberales y propone un proyecto revolucionario para construir una sociedad más igualitaria y equitativa. Para ello se alía con el movimiento indígena; recoge sus propuestas y se presenta como un gobierno de izquierda que representa a los intereses de los excluidos. Roto la alianza, al poco tiempo de haber iniciado su gobierno, el movimiento indígena le acusa de alentar una política extractivista y de ser discriminatorio y racista en contra de su organización. Esta investigación de corte netamente cualitativa, por un lado, analiza el discurso emanado desde el poder a través de las sabatinas (informe semanal a sus mandantes); y por otro, ausculta también el criterio de los propios dirigentes indígenas con el fin de comprobar si la declaratoria de país plurinacional e intercultural, incorporada en la Constitución reformada por Rafael Correa, que ofrece construir un país más igualitario, equitativo y libre de discriminación, se cumple o no. Para el efecto se analizan 500 enlaces ciudadanos, de los cuales se seleccionaron 50, relacionados todos a la temática del movimiento indígena. También se entrevistaron a 26 líderes y lideras indígenas, bajo el criterio de saturación de información, con el fin de conocer si la política pública implementada por el gobierno y sus principios epistemológicos como el Sumak Kausay que transversalizan la Constitución y que fue acogido por el gobierno como suyo ha mejorado su situación. Los resultados de la investigación revelaron que el discurso al estar en permanente conflicto político entre actores con intereses contrapuestos, éste se vuelve de confrontación, muy parecido a la “contienda”; y en ese marco se evidenció que si se vierten desde el poder calificativos negativos con una fuerte connotación racista y de discriminación en contra de los indígenas y sus dirigentes. Pero también más allá del discurso se constata que las diferencias son también programáticas, ontológicas y epistémicas. Tienen que ver con modelos y paradigmas diferentes en relación a la forma de concebir la naturaleza, la vida y el desarrollo. Por otro lado, se evidencia que la confrontación también se extiende a las acciones del ejercicio o del poder, lo que revela el carácter performativo que tiene el discurso. La decisión del gobierno de concesionar extensas áreas para la exploración y explotación minera y petrolera se topa con la oposición firme de los indígenas y sus dirigentes para frenar esas pretensiones, quienes convocan a paros y movilizaciones. Como consecuencia de esto el gobierno arremete en contra de sus dirigentes y se aplica la ley con mano dura, razón por la que termina criminalizando la protesta social, acusándoles de terrorismo y sabotaje. Todas estas expresiones son consideradas como discriminatorias y racistas por los dirigentes y sus bases. Primero, porque atenta a su hábitat con su política minera, una forma de cometer racismo ambiental. Segundo, porque da cuenta de la justicia que tiene a su alcance para perseguir y encarcelar a sus dirigentes, una acción de discriminación por su forma de abusar del poder. Tercero, porque a través de sus habituales sabatinas humilla a sus detractores descalificándoles e insultándoles. Por todo esto la declaratoria de país plurinacional e intercultural para los indígenas no les ha significado mayor aporte porque el gobierno no aplicó ni puso en práctica estas nociones, por el contrario, aducen que este acogió sus propuestas, pero lo acopló a su manera desvirtuándolas y vaciándolas de sentido. Para ellos estas categorías son verdaderamente revolucionarias que interpelan a la estructura colonial y dominante del Estado, lugar donde ubican al gobierno de Rafael Correa con su política de la Revolución Ciudadana o del “Socialismo del Siglo XXI”.
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¿Qué perspectiva cuenta? Conectando la visión indígena e institucional en el diseño de proyectos de electrificación rural impulsados por la cooperación al desarrollo. Experiencias en la Amazonía Ecuatoriana

Ten Palomares, Maria 23 January 2017 (has links)
[ES] Los sistemas descentralizados con energías renovables han sido ampliamente utilizados en el campo de la cooperación al desarrollo. Sin embargo, los potenciales de estas alternativas tecnológicas se sustentan desde visiones del desarrollo diversas y en ocasiones en conflicto. Los proyectos de electrificación rural impulsados por la cooperación están permeados por una multiplicidad de mecanismos de poder que favorecen la imposición de determinadas de estas visiones y limitan el acceso equitativo a las oportunidades que es capaz de ofrecer la electrificación. Ecuador se señala como un caso representativo en relación a las propuestas de transformación social que cuestionan la visión de desarrollo hegemónica y la de la cooperación. La Amazonía es uno de los escenarios donde emergen propuestas que reivindican nuevas maneras de concebir a los proyectos energéticos. Sin embargo, son escasas las referencias a la electrificación rural aislada y a cómo diseñar proyectos de electrificación que integren las nociones del desarrollo y/o Buen Vivir de las poblaciones amazónicas. Con la finalidad de arrojar luz sobre estas cuestiones, esta investigación tiene tres objetivos. Por un lado, explorar las visiones del desarrollo de los actores supralocales y los actores locales de la cooperación internacional y su visión de cómo la electrificación puede contribuir al desarrollo. Por otro, explorar cómo las dinámicas de poder determinan qué visiones del desarrollo y de la electrificación prevalecen, a través de qué mecanismos y en qué espacios y niveles. Y, finalmente, proponer estrategias para el diseño de proyectos de electrificación que enfrenten estas dinámicas. Para abordar estos objetivos, construimos un marco analítico sustentado en una aproximación multinivel y dinámica del Enfoque de las Capacidades para el Desarrollo Humano y utilizamos los aportes de los enfoques de poder como estrategia para la transformación social. Aplicamos este marco en el análisis de un proyecto de electrificación rural aislada en Ecuador donde trabajamos en cinco comunidades: tres comunidades Achuar, una comunidad Kichwa y otra Siona. Durante toda la investigación aplicamos un enfoque etnográfico como integrantes del equipo del proyecto. Seguimos una metodología de investigación cualitativa con un enfoque participativo. De los resultados se desprende cómo, desde los actores supralocales se defiende una visión de la energía como elemento indispensable para el logro de un desarrollo basado en el crecimiento sostenible. Por otro lado, cómo desde las comunidades indígenas amazónicas emergen algunas visiones encontradas que vienen moldeadas por dos factores: las propias visiones del desarrollo de los actores supralocales y la presencia de actividades extractivas. Se desvela así que, ante una misma visión del desarrollo dominante, el extractivismo es el factor clave que incide en dichas visiones, cooptándolas y arrastrándolas con mayor o menor velocidad hacia la visión hegemónica. Mientras que las comunidades ubicadas en zonas petroleras aspiran a contar con sistemas energéticos que puedan abastecer sus nuevas lógicas de consumo pero que a la vez sean medioambientalmente sostenibles, para las comunidades donde no existe todavía intervención petrolera, la electrificación puede suponer un mecanismo para enfrentar el extractivismo. El trabajo ilustra cómo son justamente los mecanismos de poder que operan en el proceso de diseño de las intervenciones de desarrollo de electrificación rural a través de los cuales se afianzan las visiones hegemónicas. La investigación pone de manifiesto la necesidad de conocer qué valoran las personas y los colectivos a la hora de diseñar intervenciones de electrificación adaptadas a sus distintas realidades y que, al mismo tiempo, enfrenten las desigualdades de poder que eclipsan la pluralidad de visiones que emergen desde los actores locales. Se desvela, sin embarg / [EN] Decentralized systems based on renewable energies have been widely used in the field of electrification projects for isolated rural communities. However, the possibilities of these technological alternatives are underpinned by diverse and sometimes conflicting visions of development. The projects are permeated with a myriad of power mechanisms that not only favour the imposition of certain visions over others, but also limit equal access to the opportunities that electrification is able to offer. Ecuador has been highlighted as a relevant case regarding social transformation approaches that question the hegemonic vision of development and the dynamics of the international cooperation system itself. The Ecuadorian Amazon is one of the scenarios where a large number of these proposals are being raised. Proposals founded on indigenous cosmovision revolving around the concept of 'Buen Vivir' (Good Living) call for new approaches to energy projects. However, there are few references regarding isolated rural electrification and how to design electrification projects that integrate the ideas of development and/or visions of Buen Vivir held by the indigenous peoples of the Amazon. With the aim of shedding light on these matters, this research has three objectives. Firstly, to explore the development visions of the supra-local actors and those of local actors, together with their views on how electrification can further the development of local actors. Secondly, to explore how power dynamics determine which perspectives of development and electrification prevail, through which mechanisms, in which spaces, and at what levels. And thirdly, to propose strategies for the design of rural electrification projects that confront these power dynamics. To address these objectives, an analytical framework was created based on a multilevel and dynamic perspective of the Human Development Capability Approach. Contributions from approaches which focus on power as a strategy of social transformation are also employed. We use this interpretative framework to analyse one case study; specifically, a rural electrification project in Ecuador. We worked with five communities: three Achuar communities; one Amazonian Kicwha community; and one Siona community. Throughout the research, an ethnographic approach was followed, employing a qualitative research strategy with a participatory approach. The results reveal how diverse views on development and electrification are arising in Ecuador. On one hand, supra-local actors who act in the global sphere defend energy as an essential element to achieve development based on sustainable growth. On the other hand, some differing opinions are emerging from Amazonian indigenous communities, which are shaped by two key factors: the development visions of supra-local actors and the existence of extractive activities in the region. It is demonstrated that, faced with a single dominant vision of development, extractivism is the key factor influencing these visions, co-opting them and drawing them, at greater or lesser speed, towards the hegemonic vision. While communities located in territories with oil exploitation aspire to having environmentally sustainable energy systems capable of satisfying their new habits of consumption, for communities where oil companies are not yet active, electrification can be a means of confronting extractivism. The research illustrates how it is the power mechanisms themselves that determine the design of isolated rural electrification projects promoted by international cooperation, and through which the hegemonic visions are strengthened. The study reveals, therefore, the importance of knowing what individuals and collectives value in order to design technological energy projects adapted to their different realities and, at the same time, able to face power inequalities. The research shows, however, that this is not without difficulties and contradictions. / [CA] Els sistemes descentralitzats amb energies renovables han estat àmpliament utilitzats en el camp de la cooperació al desenvolupament. No obstant, els potencials d'aquestes alternatives tecnològiques es sustenten des de visions del desenvolupament diverses i en ocasions en conflicte. Els projectes d'electrificació rural impulsats per la cooperació estan permeats per una multiplicitat de mecanismes de poder que afavoreixen la imposició de determinades d'aquestes visions i limiten l'accés equitatiu a les oportunitats que és capaç d'oferir l'electrificació. L'Equador s'assenyala com un cas representatiu pel que fa a les propostes de transformació social que qüestionen la visió de desenvolupament hegemònica i la de la cooperació. L'Amazònia és un dels escenaris des d'on s'estan plantejant propostes que reivindiquen noves maneres de concebre als projectes energètics. No obstant, són escasses les referències a l'electrificació rural aïllada i a com dissenyar projectes d'electrificació que integren les nocions del desenvolupament i/o Buen Vivir de les poblacions amazòniques. Per donar llum sobre aquestes qüestions, aquesta investigació té tres objectius. D'una banda, explorar les visions del desenvolupament dels actors supralocals i els actors locals de la cooperació i la seva visió de com l'electrificació pot contribuir al desenvolupament dels actors locals. De l'altra, explorar com les dinàmiques de poder determinen quines visions del desenvolupament i de l'electrificació s'imposen, a través de quins mecanismes i en quins espais i nivells. I, finalment, proposar estratègies per al disseny de projectes d'electrificació rural aïllada que s'enfronten a aquestes dinàmiques. Per abordar aquests objectius, hem construït un marc analític sustentat en una aproximació multinivell i dinàmica de l'Enfocament de les Capacitats per al Desenvolupament Humà combinat amb els enfocaments de poder com a estratègia per a la transformació social. Apliquem aquest marc a l'anàlisi d'un projecte d'electrificació rural aïllada a l'Equador on treballem amb cinc comunitats: tres comunitats Achuar i una comunitat Kichwa i una altra Siona. Durant tota la investigació apliquem un enfocament etnogràfic com a integrants de l'equip del projecte. Seguim una metodologia d'investigació qualitativa amb un enfocament participatiu. Dels resultats es desprèn com des dels actors supralocals es defensa una visió de l'energia com a element indispensable per a l'assoliment d'un desenvolupament basat en el creixement sostenible. D'altra banda, com des de les comunitats indígenes amazòniques, emergeixen algunes visions oposades que vénen modelades per dos factors: les pròpies visions del desenvolupament dels actors supralocals i la presència d'activitats extractives en el territori. Es revela així que, davant d'una mateixa visió del desenvolupament dominant, l'extractivisme és el factor clau que incideix en aquestes visions, cooptant-les i arrossegant-les amb més o menys velocitat cap a la visió hegemònica. Mentre que les comunitats ubicades en zones petrolieres aspiren a comptar amb sistemes energètics que poden proveir les seves noves lògiques de consum però que alhora siguin mediambientalment sostenibles, per a les comunitats on no existeix encara intervenció petroliera, l'electrificació pot suposar un mecanisme per enfrontar l'extractivisme. El treball il·lustra com són justament els mecanismes de poder que operen en el procés de disseny dels projectes d'electrificació impulsats per la cooperació a través dels quals es refermen les visions hegemòniques. La investigació posa de manifest la necessitat de conèixer què valoren les persones i els col·lectius a l'hora de dissenyar intervencions d'electrificació adaptades a les seves diferents realitats i que, al mateix temps, facen front a les desigualtats de poder que eclipsen la pluralitat de visions que emergeixen des dels actors locals. Es r / Ten Palomares, M. (2016). ¿Qué perspectiva cuenta? Conectando la visión indígena e institucional en el diseño de proyectos de electrificación rural impulsados por la cooperación al desarrollo. Experiencias en la Amazonía Ecuatoriana [Tesis doctoral]. Universitat Politècnica de València. https://doi.org/10.4995/Thesis/10251/77146

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