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Avaliação da expressão imuno-histoquímica de proteínas transportadoras biliares em carcinoma hepatocelular e em colangiocarcinoma / Evaluation of immunohistochemical expression of bile transporter proteins in hepatocellular carcinoma and in cholangiocarcinoma

Borges, Cinthya dos Santos Cirqueira 12 July 2017 (has links)
A análise das proteínas transportadoras de compostos biliares, antes restrita à fisiologia e à fisiopatologia de colestases, recentemente passou a incluir neoplasias hepato-biliares. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a expressão das proteínas ABC de transporte biliar BSEP, MDR3, MRP2 e MRP3 em amostras retrospectivamente colecionadas de 80 casos de autópsias de carcinoma hepatocelular (CHC) e 56 casos de ressecção cirúrgica de colangiocarcinoma (CC). Áreas representativas das neoplasias foram organizadas em tissue microarrays e submetidas à pesquisa imuno-histoquímica (IHQ) com o anticorpo policlonal anti-BSEP (HPA019035) e os anticorpos monoclonais anti-BSEP (F6), anti-MDR3 (P3 II-26), anti-MRP2 (M2 III-6) e anti-MRP3 (DTX-1) com amplificação de sinal mediante uso de sistema de polímeros curtos conjugados à peroxidase. A comparação entre a positividade das reações imuno-histoquímicas para cada anticorpo e as variáveis anatomopatológicas foi realizada através dos testes de qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. A positividade das reações IHQ cujos anticorpos propiciaram melhor distinção do sinal positivo vs coloração inespecífica de fundo e detecção de casos positivos e/ou melhor capacidade de discriminar as duas neoplasias hepáticas foi comparada com a positividade observada para as reações IHQ com os anticorpos anti-CEA policlonal, anti-Hep-par-1 e anti-Arginase-1. A expressão canalicular de BSEP nos CHC foi observada em 77,3% (58/75) com o anticorpo monoclonal e 75,9% (60/79) com o anticorpo policlonal. Não foi detectada associação significativa da expressão de BSEP em relação ao tamanho, número dos nódulos e grau de diferenciação de CHC, tendo apenas sido significativamente reduzida (P < 0,05) tal reação nos casos de padrão arquitetural mais complexo. A reatividade dos CHC para o anticorpo monoclonal anti-BSEP foi aparentemente menor que a obtida com a expressão canalicular de CEA, Hep-par-1 e Arginase-1 no CHC, mas esses valores não atingiram significância estatística. Todos os casos de colangiocarcinoma foram negativos para reações IHQ para pesquisa de BSEP, resultado significativamente diferente (P=0,0001) do obtido com uso do Ac policlonal anti-CEA (padrão circunferencial) e Hep-par-1, não tendo sido demonstrada diferença significativa (P=0,222) da expressão de BSEP e de Arginase-1. A expressão canalicular de MDR3 foi observada em 56,4% (44/78) dos casos de CHC, não tendo sido detectada associação significativa quanto ao tamanho e número de nódulos. Foi observada expressão significativamente menor de MDR3 nos casos de CHC de padrão mais complexo (P=0,009), e nos casos de maior grau histológico (P=0,005). A expressão de MDR3 em CHC foi significativamente menor que a de CEA, Hep-par-1 e Arginase-1 (P < 0,05). Todos os casos de colangiocarcinoma foram negativos para a avaliação da expressão de MDR3, diferindo significativamente em relação a expressão de CEA (P=0,001), mas não em comparação a Hep-par-1 e Arginase-1 (P > 0,05). As reações IHQ para detecção de MRP2 exibiram positividade canalicular em 92,3% dos casos de CHC e em 96,3% nos casos de CC. A detecção da alta expressão de MRP2 no CHC foi constante (P > 0,05) em comparação ao tamanho, número dos nódulos, padrão arquitetural e grau histológico de diferenciação de CHC assim como, também não apresentou associação (P > 0,05) com a localização, padrão de crescimento e grau de diferenciação do CC. A reação IHQ para MRP3 resultou positiva em 15/80 casos de CH (18,8%). A reatividade IHQ para MRP foi detectada em 24/54 (44,5%) de CC. Diferente dos transportadores descritos acima, a expressão de MRP3 foi preferencialmente basolateral. A positividade para MRP3 não variou (P > 0,05) em relação ao número, tamanho dos nódulos, padrão arquitetural (inclusive os sólidos), e grau de diferenciação (inclusive os menos diferenciados). A proteína MRP3 esteve expressa regularmente (P > 0,05) em todos os casos de CC, apresentando-se reduzida apenas no subtipo histológico ductular (P=0,023). Em conclusão, o excelente contraste de reação, a frequência razoavelmente alta de positividade de CHC e a plena negatividade de CC para BSEP levam-nos a recomendar a introdução do anticorpo monoclonal anti-BSEP no painel adotado para o diagnóstico diferencial dessas duas neoplasias. A alta expressão de MRP2 no CHC e no CC é conservada independentemente dos parâmetros anatomopatológicos avaliados. A expressão do transportador MRP3 mostrou variação dentre os subtipos histológicos de CC, aspecto que torna promissoras pesquisas futuras para avaliação mais detalhada da expressão deste marcador nos colangiocarcinomas / The assessment of biliary transporters, previously restricted to the physiology and pathophysiology of cholestasis, has recently included hepato-biliary neoplasms. The present study aimed to characterize the expression of BSEP, MDR3, MRP2 and MRP3 biliary transport proteins in retrospectively collected samples from 80 cases of autopsy of hepatocellular carcinoma (HCC) and 56 cases of surgical resection of cholangiocarcinoma (CC). Representative areas of the neoplasms were organized into tissue microarrays and submitted to immunohistochemical (IHC) reaction with polyclonal antibody anti-BSEP (HPA019035) and monoclonal antibodies anti-BSEP (F6), MDR3 (P3 II-26), MRP2 (M2 III-6) and MRP3 (DTX-1). Signal amplification was achieved with a short polymer system conjugated to peroxidase. The comparison between the positivity of the immunohistochemical reactions for each antibody and the pathological variables was performed using the Pearson chi-square test or the Fisher\'s exact test. The performance of antibodies which provided a better distinction of the positive signal vs nonspecific background staining and yield better discrimination between the two hepatic neoplasms was compared with that achieved with the already accepted HCC markers polyclonal anti-CEA, Hep-par-1 and Arginase-1. The canalicular expression of BSEP in HCC was observed in 77.3% (58/75) with the monoclonal antibody and 75.9% (60/79) with the polyclonal antibody. BSEP expression levels were not significantly different according to tumor size, number of nodules and degree of differentiation. The frequency of positive reaction of HCC cases with the monoclonal anti-BSEP was apparently lower than that achieved with the canalicular expression of CEA, Hep-par-1 and Arginase-1, but these values did not reach statistical significance. All cases of cholangiocarcinoma were negative for IHC reactions to BSEP, which was significantly different (P=0.0001) from the results obtained with polyclonal anti-CEA (circumferential pattern) and Hep-par-1, but not from the resultas achieved with Arginase-1 (P=0.222). The canalicular expression of MDR3 was observed in 56.4% (44/78) of HCC cases. Among histological variables, only the finding of more complex architecture (P=0.009) and higher histological grade (P=0.005) of HCC yielded, significantly lower expression of MDR3. The expression of MDR3 in HCC was significantly lower than that of CEA, Hep-par-1 and Arginase-1 (P < 0.05). All cases of cholangiocarcinoma were negative for the evaluation of MDR3 expression, differing significantly with that achieved with polyclonal anti-CEA (P=0.001) but not with that achieved with Hep-par-1 or with Arginase-1 (P > 0.05). The IHC reactions with the MRP2 antibody exhibited canalicular positivity in 92.3% of HCC cases and 96.3% in CC cases. High expression of MRP2 in HCC was constant (P > 0.05) despite changes in size, number of nodules, architectural pattern and histological degree of HCC differentiation, as well as no association (P > 0.05) with the location, pattern of growth and degree of differentiation of CC. The IHC reaction for MRP3 was positive in 15/80 cases of HCC (18.8%) and in 24/54 (44.5%) of CC. Unlike the carriers described above, the hepatocellular expression of MRP3 was preferentially basolateral. Positivity for MRP3 did not vary (P > 0.05) in relation to number, nodule size, architectural standard (including solids), and degree of differentiation. The MRP3 protein was expressed regularly (P > 0.05) in different presentations of CC, but significant lower frequency of positivity was found in the ductular histological subtype (P=0.023). In conclusion, the excellent signal-to-noise ratio, reasonably high frequency of HCC positivity and full negativity of CC to BSEP lead us to recommend the introduction of the anti-BSEP monoclonal antibody in the panel adopted for the differential diagnosis of these two neoplasms. The high expression of MRP2 in HCC and in CC is conserved independently of the pathological parameters evaluated herein. The frequency of expression of the MRP3 transporter varied among the histological subtypes of CC, which makes promising future research for a more detailed assessment of the expression of this marker in the cholangiocarcinomas
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Associação terapêutica dos quimioterápicos gencitabina e doxorrubicina e células-troco mesenquimais no modelo ortotópico de carcinoma hepatocelular / Therapeutic association of chemotherapics gemcitabine, doxorubicin and mesenchymal stem cells therapy in an orthotopic model of carcinoma hepatocellular

D\'Agostino, Leandro Guariglia 03 May 2016 (has links)
O carcinoma hepatocelular (CHC) é a neoplasia maligna primária mais comum do fígado, sendo a quinta mais frequente e a terceira causa de morte por câncer no mundo. Atualmente, nenhum protocolo com resultados satisfatórios no tratamento de CHC foi preconizado. Neste estudo foi determinado o potencial regenerativo e imunomodulador das células-tronco mesenquimais (CTM) associadas ou não aos quimioterápicos doxorrubicina e gencitabina, no modelo ortotópico de CHC em camundongos C57BL/6J. Foi realizado in vitro a determinação da atividade citotóxica dos quimioterápicos doxorrubicina e gencitabina em células de CHC murino (Hepa1c1c7), quantificação da peroxidação de lipídeos da membrana celular (TBARS) e análise das fases do ciclo celular e a expressão de marcadores por citometria de fluxo. A IC50% em células de carcinoma hepatocelular murino (Hepa1c1c7) foi de 1,85 uM para doxorrubicina e 20,8 ?M para gencitabina. A quantificação de TBARS na linhagem celular de CHC murino (Hepa1c1c7) tratados com os quimioterápicos doxorrubicina e gencitabina demonstrou efeito deletério apenas quando tratados nas concentrações (55 a 250 uM) com a doxorrubicina e (1,75 a 7 uM) com gencitabina. Após tratamento com os quimioterápicos, ocorreram modificações nas populações celulares, com o aumento da fase sub-G1 e G0/G1 e diminuição fases S e G2/M. As CTM, apresentaram-se aderentes aos frascos de cultura com morfologia semelhante a fibroblastos e expressão positiva para marcadores CD44, CD73, CD90 e CD105 e negativa para células-tronco hematopoiéticas da medula óssea: CD11b, CD45 e CD117. O modelo experimental tumoral ortotópico de CHC foi estabelecido no 21° dia após a inoculação das células tumorais. Os efeitos da terapêutica com a CTM mostraram aspectos significativos na redução da massa tumoral (30,5%), os demais grupos experimentais tratados com quimioterapia sistêmica associada à terapia celular também evidenciaram resultados significativos na redução da massa tumoral e atenuação dos efeitos de toxicidade sistêmica. As células tumorais extraídas dos tumores hepáticos encontram-se preferencialmente na fase sub-G1 nos grupos de animais tratados com CTM em associação aos quimioterápicos gencitabina (29%) e doxorrubicina (21%), enquanto o tratamento isolado com a doxorrubicina foi de 22% e de 15% para a gencitabina, além de induzir significativamente diminuição das fases S e G2/M. No grupo de animais tratado com CTM em associação ao quimioterápico gencitabina há um aumento da expressão das caspases 3 e 8, e dos marcadores CD44 e IL-1R. O grupo de animais tratados com CTM apresentou aumento na expressão dos marcadores CD90 e CD14. Os resultados obtidos no tratamento do modelo ortotópico de CHC com CTM associadas aos quimioterápicos doxorrubicina e gencitabina apresentaram eficácia na redução da massa tumoral e atenuação dos efeitos colaterais causados pelo tratamento quimioterápico sistêmico, além do seu potencial efeito imunomodulador / Hepatocellular carcinoma (HCC) is the most common primary malignancy of the liver, the most frequent fifth and the third leading cause of cancer death in the world. Currently, no protocol with satisfactory results in the treatment of CHC was recommended. In this study we determined the regenerative potential immunomodulatory and mesenchymal stem cells (MSCs) associated or not to chemotherapy doxorubicin and gemcitabine, in the orthotopic model of CHC in C57BL / 6J mice. Was determined in vitro the cytotoxic activity of doxorubicin and gemcitabine chemotherapy in a murine cells (Hepa1c1c7), quantification of cell membrane lipid peroxidation (TBARS) and analysis of the phases of the cell cycle and expression of markers by flow cytometry. IC50% in murine carcinoma cells (Hepa1c1c7) was 1.85 uM and 20.8 uM for doxorubicin to gemcitabine. The quantification of TBARS in cell line (Hepa1c1c7) treated with the chemotherapeutic doxorubicin and gemcitabine showed a deleterious effect only when treated at concentrations (55-250 uM) doxorubicin and (1.75 to 7 uM) with gemcitabine. After treatment with chemotherapeutic agents, there were changes in the cell population, with increased phase sub-G1 and G0 / G1 phase and reduced S and G2 / M. MSC presented to adhere to culture flasks with morphology similar to fibroblasts and positive expression of markes: CD44, CD73, CD90 and CD105 and negative hematopoietic stem cells from bone marrow: CD11b, CD45 and CD117. The tumor orthotopic experimental model of HCC was established on day 21 after tumor cell inoculation. The effects of therapy CTM showed significant aspects in reducing the tumor mass (30.5%), the other experimental groups treated with systemic chemotherapy associated with cell therapy also showed significant results in reducing the tumor mass and mitigation of systemic toxicity effects. The extracted tumor cells of liver tumors are preferably in the sub-G1 phase in groups of animals treated with MSC in association with gemcitabine (29%) and doxorubicin (21%) chemotherapy, whereas the single treatment with was 22% doxorubicin and 15% for gemcitabine in addition to significantly induce reduction of phases S and G2 / M. In the group of animals treated with MTC in combination with gemcitabine chemotherapy there is an increased expression of caspase 3 and 8 and IL-1R and CD44. The group of animals treated with MSCs showed increased markers expression of CD90 and CD14. The results obtained in the treatment of orthotopic HCC model with MSC associated with the chemotherapeutic doxorubicin and gemcitabine showed efficacy in reducing tumor burden and attenuation of the side effects caused by systemic chemotherapy, as well its potential immunomodulatory effect
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Elastografia hepática em pacientes com carcinoma hepatocelular em triagem para transplante de fígado / Liver elastography in patients with hepatocellular carcinoma in screening for liver transplantation

Nacif, Lucas Souto 15 December 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: A cirrose é a oitava causa de mortalidade no mundo, e sua progressão e estadiamento são de extrema importância nos pacientes com doença terminal do fígado. A presença de cirrose é reconhecida como risco aumentado de carcinoma hepatocelular (CHC) e o seu aparecimento está diretamente relacionado ao grau de fibrose do fígado. Na última década, notou-se o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos métodos de predição do grau de fibrose e cirrose, através de métodos não-invasivos, com o objetivo de substituir a biópsia hepática. A população em lista de espera para transplante de fígado apresenta graus diferentes de fibrose hepática, que pode não estar diretamente relacionada ao MELD. Além disso, esses pacientes apresentam CHC no momento da triagem para transplante de fígado. Não existe avaliação desta população por elastografia. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi avaliar os pacientes em triagem para transplante de fígado, com e sem carcinoma hepatocelular, pela elastografia hepática com Fibroscan® e ARFI. MÉTODO: Foram estudados 103 pacientes adultos do ambulatório de triagem da Disciplina de Transplante de Órgãos do Aparelho Digestivo HC/FMUSP, no período de outubro de 2012 à dezembro de 2013. A amostragem foi por conveniência e foram avaliados dados clínicos, epidemiográficos, laboratoriais, imagem, elastográficos e o desfecho. Análise de elastografia transitória (ET) foi feita pelo Fibroscan® TM (Echosens, França) e força impulso por radiação acústica (ARFI) (Siemens Acuson S2000, Alemanha) nos grupos com e sem CHC comprovados de acordo com orientação de diagnóstico pelas diretrizes européias (EASL) e americanas (AASLD). Para a análise estatística foi realizado o teste de Mann-Whitney, teste não paramétrico aplicado para duas amostras independentes; o teste de Fisher e o método ANOVA através do teste de Kruskal-Wallis ou teste de Tukey para comparações múltiplas. Foi realizado também a curva ROC para avaliação dos testes diagnósticos e ponto de corte. O valor considerado de p significativo foi <0,05. RESULTADOS: Entre os pacientes avaliados, a maioria foi de homens (68%), com idade média de 53 ± 11,5 anos. A etiologia mais comum foi o vírus da hepatite C (VHC) em 34,9%. A classificação pelo escore Child-Turcotte-Pugh (CTP) mostrou: pacientes classe A em 38,4%, classe B em 47,2% e classe C em 14,2%. O valor do MELD médio dos pacientes foi de 14,75 (± 6,45) e a mediana de 14 (variando, 6 - 32). Na população estudada de 103 pacientes, a ET (Fibroscan®) foi realizada com sucesso em 75 de 103 pacientes e ARFI em 78 de 78 pacientes. A etiologia VHC e elevados valores de alfa-feto proteína foram fatores de risco para a presença de CHC. Os valores de MELD mais elevados foram significativos nos pacientes que evoluíram a óbito. A curva ROC mostrou respectivamente sensibilidade e especificidade para a AFP de 50% e 86% (valor de corte 9,1); ET (valor de corte 9 kPa) 92% e 17%; e ARFI 21% e 92% (valor de corte 2,56 m/s). O valor médio da ET nos pacientes com CHC foi de 30,4 ± 21,0 kPa, do ARFI do parênquima hepático foi de 1,97 ± 0,64 e ARFI do nódulo hepático foi de 1,89 ± 0,74. CONCLUSÃO: Os pacientes em triagem para transplante de fígado com carcinoma hepatocelular apresentam valores elevados de elastografia tanto pelo Fibroscan® quanto pelo ARFI®. A elastografia apresenta-se como uma importante ferramenta não invasiva para o acompanhamento de cirróticos graves podendo ajudar no manejo do carcinoma hepatocelular / INTRODUCTION: Cirrhosis is the eighth leading cause of mortality worldwide and its progression and staging are extremely important in patients with end liver disease. The presence of cirrhosis is recognized as an increased risk of hepatocellular carcinoma (HCC) and its incidence is directly related to the degree of liver fibrosis. In the last decade, was noted the development and improvement of methods for predicting the degree of fibrosis and cirrhosis using non-invasive methods, aiming to replace the liver biopsy. The population on the liver transplant waiting list presents different degrees of liver fibrosis, which may not be directly related to MELD. In addition, these patients have HCC at the time of screening for liver transplantation. There is no evaluation of this population by elastography. OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate patients on screened to the list for liver transplantation, with and without hepatocellular carcinoma, by liver elastography with Fibroscan and ARFI. METHOD: Were studied 103 adult patients from the screening for liver transplantation waiting list on the Liver and Gastrointestinal Transplant Division HC/FMUSP from October 2012 to December 2013. Sampling for convenience and evaluation clinical data, epidemiological, laboratory, imaging, elastography findings and outcome. Analysis of transient elastography (TE) by Fibroscan TM (Echosens, France) and Acoustic Radiation Force Impulse (ARFI) by (Siemens Acuson S2000, Germany) in patients with and without HCC proven in accordance with guidelines of diagnosis EASL/AASLD. Fisher\'s ANOVA or Kruskal-Wallis tests Whitney-Mann Test were performed. Tukey and define cut-of for examinations with ROC curves. The p value considered was < 0.05. RESULTS: Among the patients, the majority were men (68%), mean age 53 ± 11.5 years. This is the most common cause of hepatitis C virus (HCV) 34.9%. The classification by Child-Turcotte-Pugh score (CTP) showed: class A patients in 38.4%, 47.2% in class B and class C in 14.2%. The average value of MELD patients was 14.75 (± 6.45) and a median of 14 (range, 6-32). In the study population of 103 patients, the ET (Fibroscan) was successfully performed in 75 of 103 patients and ARFI in 78 of 78 patients. The HCV etiology and high levels of alpha-fetoprotein were risk factors for the presence of HCC. MELD values were significant higher in patients who died. The ROC curve shown respectively sensitivity and specificity for AFP of 50% and 86% (cutoff 9.1); ET (9 cutoff kPa) 92% to 17%; and ARFI 21% and 92% (cut-off 2.56 m / s). The average value of ET in HCC patients was 30.4 ± 21.0 kPa, the ARFI parenchymal liver was 1.97 ± 0.64 and ARFI liver nodules was 1.89 ± 0.74. CONCLUSION: Patients in screening for liver transplantation with hepatocellular carcinoma have elevated values of both elastography by Fibroscan as the ARFI®. Elastography is presented as an important non-invasive tool for monitoring severe cirrhosis may help in management of hepatocellular carcinoma
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Caracterização das mutações da região core do vírus da hepatite C associadas ao carcinoma hepatocelular / Characterization of mutations in Hepatitis C virus core region associated with hepatocellular carcinoma

Moreira, João Paulo 01 December 2015 (has links)
A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) pode evoluir gradualmente para hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC) ao longo de 20 a 30 anos [1-3]. O carcinoma hepatocelular é a quinta neoplasia mais comum em todo o mundo, sendo responsável por mais de 600.000 mortes por ano. Atualmente, cerca de 170 milhões de indivíduos estão infectados pelo HCV, o que corresponde a aproximadamente 3% da população do mundo. A hepatocarcinogênese é um processo complexo, com várias etapas que envolvem alterações genéticas e epigenéticas. Estudos relatam que substituições de aminoácidos (aa) na posição 70 e 91 da região core do HCV podem estar relacionados ao desenvolvimento de CHC. O conhecimento sobre os mecanismos da carcinogênese que envolvem o HCV são importantes para a descoberta de biomarcadores e potenciais alvos terapêuticos do CHC. Neste estudo, foram analisados os genótipos virais e a presença de mutações na região core do HCV, em 94 pacientes com CHC e em 79 pacientes cirróticos (sem CHC). As sequências da região core do HCV foram obtidas pelo método de sequenciamento populacional baseado na metodologia de Sanger. Características demográficas, bioquímicas e sorológicas também foram avaliadas. A idade dos pacientes com CHC foi significativamente maior do que a dos pacientes sem CHC (63 vs 60,5 anos, P=0,025). Uma proporção maior de homens foi observada no grupo CHC (64,4% vs 54%, P=0,329), qual apresentou nível de alfafetoproteína significativamente mais elevado (P=0,003) e menores níveis de albumina em relação ao grupo sem CHC (P=0,012). Elevada variabilidade genética do HCV foi observada. Ao todo, quatro genótipos e sete subtipos foram encontrados. O subtipo 1 b foi o mais frequente em ambos os grupos. Os subtipos encontrados no grupo CHC e cirróticos foram, 1a (13,6%), 1 b (45,7%), 3a (28,8%), 2b (6,8%), 2a (1,7%), 2c (1,7%), 5a (1,7%); e 1a (30%), 1 b (44%), 3a (22%), 2b (2%) e 5a (2%). As mutações R70Q e UC91 M foram observadas principalmente no HCV genótipo 1 b. Não houve associação entre mutações nas posições 70 e 91 na região core do HCV e o desenvolvimento de CHC / Hepatitis C virus (HCV) infection is often persistent and gradually advances from chronic hepatitis (CH) to liver cirrhosis, and hepatocellular carcinoma (HCC) over 20 to 30 years [1-3]. Worldwide, hepatocellular carcinoma is the fifth most common neoplasm and is responsible for more than 600,000 deaths annually due to very poor prognosis. There are about 170 million individuais infected with HCV, corresponding to approximately 3% of world population. Hepatocarcinogenesis is a complex process involving genetic and epigenetic modifications. Studies have reported that amino acid substitutions (a a) at position 70 and 91 of HCV core region may be related to development of HCC. Understanding the pathogenesis of HCV-induced hepatocarcinogenesis is important to identify novel biomarkers and potential therapeutic targets. In this study, the viral genotypes and the presence of mutations in HCV core region were analyzed in 94 patients with HCC, and also in 79 cirrhotic patients (without HCC). HCV core sequences were obtained using population sequencing based on Sanger method. Demographic, biochemical and serological characteristics were also evaluated. The age of patients with HCC were significantly higher than in patients without HCC (63 vs. 60.5 years, P=0.025). High proportion of men was observed in HCC group (64.4% vs 54%, P=0.329). Alpha-fetoprotein levei was significantly higher in HCC group compared to cirrhotic group (P=0.003), and low rates of albumin was observed in cirrhotic group (P=0.012). High genetic variability of HCV was observed, in HCC group, however genotype 1 b was the most common in both groups. Other genotypes were found in HCC group: 1a (13.6%), 1 b (45.7%), 3a (28.8%) 2b (6.8%), 2a (1.7%), 2c (1.7%) and 5a (1.7%). In cirrhotic group was found genotypes 1 a (30%), 1 b (44%), 3a (22%), 2b (2%) and 5a (2%). Mutations R70Q and LlC91 M were mainly observed in individuais infected with HCV genotype 1 b. In the present study, no association between mutations at positions 70 and 91 of HCV
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Análise da expressão de EGFR e de proteínas relacionadas em carcinoma hepatocelular, tecido hepático circunjacente e metástase: estudo clínico-patológico em autópsias / Analysis of the expression of EGFR and related proteins in hepatocellular carcinoma, surrounding liver tissue and metastases : a clinicopathological study in autopsies

Silva, Aloísio Souza Felipe da 04 June 2013 (has links)
OBJETIVOS: Analisar a expressão de EGFR, proteínas da via de sinalização ou relacionadas aos seus efeitos em carcinoma hepatocelular (CHC) primários, metastáticos e em tecido hepático não tumoral em autópsias. Correlacionar os achados a dados clínico-patológicos e marcadores de classes moleculares. Avaliar a heterogeneidade de expressão em CHC metastáticos e fatores de disseminação extra-hepática. MÉTODOS: Oitenta autópsias de pacientes com CHC ao exame foram incluídas em estudo retrospectivo transversal. Foram analisados sexo, idade, raça, etilismo, infecção por vírus da hepatite B (VHB) e C (VHC), infecção pelo HIV, tratamento prévio, causas básica e imediata de óbito, peso do fígado, cirrose, número e tamanho dos nódulos, padrão macroscópico, grau histológico, variantes histológicas, padrão arquitetural, invasão de grandes veias e metástases extra-hepáticas. Imuno-histoquímica foi realizada em micromatrizes teciduais para pesquisa de EGFR, pEGFR(Tyr 1173), HER2, ERK1/2, MAPKAPK-2, pMAPK, Ag Ki67, caspase 3, citoqueratina 19 (CK19), mTOR, ciclina D1, Met, vimentina, p53 e beta-catenina. A expressão de EGFR foi avaliada em intensidade (0-3+) e distribuição (0-100%) em um sistema de escores de 0 a 300. Hiperexpressão foi definida para escores >= 200. Amostras de fígado normal foram incluídas como controles. Amostras de CHC primário foram pareadas às suas metástases e consideradas concordantes quando na mesma categoria de expressão. No tecido não tumoral foram semi-quantificadas a reação ductular expressando CK19 e a densidade da população de células estromais perissinusoidais pela vimentina. Estatística foi realizada através dos testes do qui-quadrado ou exato de Fisher ao nível de significância de 0,05. Para as correlações de escores e variáveis categóricas foi utilizado o coeficiente de Spearman. RESULTADOS: Foram incluídos 62 casos do sexo masculino e 18 do sexo feminino (58,1 ± 10,9 anos). Infecção pelo VHC foi a principal causa em 49% (39/80), seguida por etilismo em 30% (24/80) e infecção por VHB em 19% (15/80). Cirrose foi identificada em 90% (72/80) dos casos. Os tumores mostraram-se avançados em 95% (76/80). Invasão de grandes veias foi detectada em 19% (15/80) e metástases extra-hepáticas em 38% (30/80). MAPKAPK2, pEGFR (Tyr1173) e HER2 tiveram expressão fraca ou ausente. A expressão de EGFR foi mais frequente no fígado não neoplásico (26/26) (P < 0,05) - e nos controles normais (8/8) do que nas amostras tumorais primárias (60/75) e nas metástases (12/17). Nenhuma amostra dos controles apresentou hiperexpressão de EGFR, a qual foi mais frequente na cirrose (65% - 17/26) do que nos tumores avançados (36% - 26/72) (P < 0,05). EGFR hiperexpresso foi mais frequente nos tumores de grau 1/2 (P < 0,01) e nos casos com menos de quatro nódulos hepáticos (P = 0,014). A expressão de EGFR correlacionou-se à expressão de caspase 3 (P < 0,01). A expressão das quinases ERK1 e ERK2 foi correlacionada à proliferação celular pelo Ag Ki67 (P < 0,01), porém não ao escore de expressão de EGFR. CK19, p53 e beta-catenina nuclear foram correlacionaram-se às lesões de maior grau e a maiores taxas de proliferação celular (P<0,01). Met, EGFR e caspase 3 foram correlacionados a lesões mais diferenciadas. Vimentina teve forte correlação com CK19 (P < 0,01). A concordância de expressão entre tumores hepáticos e respectivas metástases variou de 50 a 85%. Para o EGFR foi de 61%. A expressão endotelial 2-3+ de pMAPK foi mais frequente nas metástases (P = 0,09). A disseminação extra-hepática foi mais frequente nos casos com baixa densidade de células perissinusoidais positivas para vimentina (P = 0,054) e nos casos sem reação ductular no tecido não neoplásico (P = 0,095). CONCLUSÕES: O EGFR tem papel relevante nas etapas iniciais e intermediárias do CHC, sendo sua expressão reduzida nas formas avançadas. Diferentes classes de CHC podem estar associadas a ativação da via do EGFR. A presente análise imuno-histoquímica ampla parece validar pelo menos dois grupos de CHC que nesta série de autópsias parecem ter sido separados pelo grau histológico. Confirma-se a hiperexpressão das quinases como evento importante na progressão tumoral, porém não necessariamente associada à hiperexpressão de EGFR. A heterogeneidade de expressão entre o CHC primário e suas metástases variou de 15 a 45% / OBJECTIVES: To analyze the expression of EGFR and proteins related to its signaling pathway or to its effects in hepatocellular carcinoma (HCC), metastases and surrounding liver tissue in a series of autopsies. To correlate expression patterns to clinicopathological data and other markers of molecular classification. To assess the heterogeneity of expression in metastatic HCC and factors related to extrahepatic spread. METHODS: Eighty autopsies of patients with HCC were included in a cross-sectional retrospective study. We analyzed gender, age, race, alcohol intake, infection with hepatitis B (HBV) and C virus (HCV), HIV infection, prior treatment, basic and immediate causes of death, the weight of the liver, cirrhosis, number and size of nodules, gross pattern, histological grade, histological variants, architectural pattern, invasion of large veins and extrahepatic metastases. Immunohistochemistry was performed on tissue microarrays to survey EGFR, pEGFR(Tyr 1173), HER2, ERK1/2, MAPKAPK-2, pMAPK, Ag Ki67, caspase 3, cytokeratin 19 (CK19), mTOR, cyclin D1, Met, vimentin, p53 and beta-catenin. EGFR expression was evaluated in intensity (0-3+) and distribution of membrane staining (0-100%) in a 0 - 300 score. Overexpression was defined for scores >= 200. Normal liver samples were included as controls. Intra-hepatic HCC samples were matched to their respective metastases and expression was considered concordant when they were assigned to the same category. Ductular reaction expressing CK19 and the density of perisinusoidal vimentin positive stromal cells were semi-quantified in non-tumor tissue. Statistics was performed using the chi- square or Fisher exact test at a significance level of 0.05. For the correlations of scores and categorical data we used the Spearman coefficient. RESULTS: Sixty-two males and eighteen females were included (age 58.1 ± 10.9). HCV was the major cause in 49% (39/80), followed by alcoholism in 30% (24/80) and HBV infection in 19% (15/80). Cirrhosis was identified in 90% (72/80) and advanced tumors in 95% (76/80). Large vein invasion was detected in 19% (15/80) and extra-hepatic metastases in 38% (30/80). MAPKAPK2, pEGFR (Tyr1173) and HER2 expression were weak or absent. The EGFR expression was more frequent in non-tumoral liver (26/26) (P <.05) and in normal controls (8/8) than in primary HCC tumor samples (60/75) and in metastatic HCC (12/17). No samples taken from the controls showed overexpression of EGFR, which was more common in cirrhotic tissue (65% - 17/26) than in advanced tumors (36% - 26/72) (P <0.05). EGFR overexpression was more frequent in grade 1/2 tumors (P <0.01) and in cases with less than four hepatic nodules (P = 0.014). EGFR expression was correlated to the expression of caspase 3 (P <0.01). The expression of the kinases ERK1 and ERK2 was correlated to Ag Ki67 cell proliferation index (P <0.01), but not to the EGFR expression score. CK19, p53 and nuclear beta- catenin were correlated to high grade lesions and to higher rates of cell proliferation (P <0.01). Met, EGFR and caspase 3 were correlated with more differentiated lesions. Vimentin was strongly correlated with CK19 (P <0.01). The concordance of expression between liver tumors and their metastases ranged from 50 to 85% (61% for EGFR). The 2-3+ expression of pMAPK in tumor endothelial cells was more common in metastases (P = 0.09). Extrahepatic dissemination was more frequent in cases with low density of vimentin positive perisinusoidal cells (P = 0.054) and in cases with no detectable ductular reaction in non-neoplastic tissue (P = 0.095). CONCLUSIONS: EGFR plays an important role in the early and intermediate stages of HCC progression, with lower expression in advanced tumors. Different classes of HCC may be associated with activation of EGFR. The present comprehensive immunohistochemical approach seems to validate at least two molecular classes of HCC, and histological grade seems to be able to discriminate these groups. We herein confirmed overexpression of kinases as a key event in tumor progression, but not necessarily associated with overexpression of EGFR. The heterogeneity of expression between primary HCC and its metastases ranged from 15 to 45%
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Avaliação da recidiva do carcinoma hepatocelular em pacientes submetidos a transplante de fígado no Brasil / Recurrence of hepatocellular carcinoma assessment in patients submitted to liver transplantation in Brazil

Aline Lopes Chagas 01 December 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O transplante (TX) de fígado corresponde ao tratamento de escolha em pacientes com cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC) precoce irressecável. A recidiva do CHC pós-transplante, entretanto, ainda apresenta impacto na sobrevida dos pacientes transplantados com este tumor. As taxas de recidiva, nos estudos mais recentes, variam de 8 a 20%. O tamanho e número de nódulos, a presença de invasão vascular e de nódulos satélites no explante, são fatores de risco relacionados à recidiva tumoral pós-transplante. No Brasil, observamos um crescimento importante do número de transplantes de fígado, inclusive por CHC. Entretanto, existem poucos estudos nacionais analisando os resultados do transplante hepático por CHC. Os objetivos do nosso estudo foram analisar as características demográficas, clínicas e a evolução dos pacientes submetidos a transplante hepático com CHC no Brasil, avaliando os fatores prognósticos relacionados com a recidiva do CHC pós-transplante e sobrevida e estudar o desempenho dos critérios de seleção para transplante utilizados no nosso país, os \"Critérios de Milão Brasil\" (CMB). MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo, multicêntrico, para analisar os resultados do transplante de fígado em pacientes com CHC, após a implantação do sistema MELD. Foram incluídos 1.119 pacientes transplantados com CHC, de 07/2006 até 07/2015, em 13 centros de transplante, no Brasil. Características clínicas, demográficas, exames laboratoriais e de imagem e dados anatomopatológicos, foram retrospectivamente analisados e correlacionados com a sobrevida e recidiva do CHC pós-transplante. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (81%), com uma idade média no TX de 58 anos. A etiologia mais associada ao tumor foi a Hepatite C (VHC), presente em 60% dos casos. O tempo médio de espera em lista foi de 9,8 meses. Setenta e oito pacientes (8%) foram incluídos por \"Down-staging\". Nos exames de imagem do diagnóstico, a maioria dos casos (67%) apresentava um nódulo, com tamanho médio de 30 mm; 85% estavam dentro dos Critérios de Milão (CM), 8% fora dos CM, mas dentro dos \"Critérios de Milão Brasil\" (CMB) e 7% fora de ambos os critérios. O tratamento do CHC em lista foi realizado em 67% dos pacientes. Na análise do explante, 44% apresentavam tumor uninodular, com tamanho médio de 26 mm e a maioria (71%) tinha CHC moderadamente diferenciado. A invasão vascular foi observada em 26% dos casos e nódulos satélites em 22%. No explante, 70% dos pacientes estavam dentro dos CM, 20,5% fora dos CM, mas dentro dos CMB e 9,5%fora de ambos os critérios. A sobrevida global foi de 79% em 1 ano, 72,5% em 3 anos e 63%, em 5 anos, com um tempo médio de seguimento de 28 meses. Excluindo os pacientes que foram a óbito no pós-operatório ( < 30 dias pós-transplante), a sobrevida global foi de 89% em 1 ano e 75%, em 5 anos. A recidiva do CHC pós-TX ocorreu em 8% (86/1.119) dos casos, em um tempo médio de 12 meses. A sobrevida livre de recidiva (SLR) foi de 94,4% em 1 ano e 88,3%, em 5 anos. A recidiva do CHC foi extra-hepática em 55% dos casos, hepática em 27% e hepática e extra-hepática em 18%. Os pacientes transplantados que evoluíram com recidiva tumoral apresentaram alta mortalidade, com uma sobrevida em 1 ano de 34% e em 5 anos de 13%. Em relação aos fatores prognósticos, os pacientes transplantados dentro dos Critérios de Milão apresentaram melhor sobrevida e SLR quando comparados aos pacientes transplantados fora dos CM, mas dentro dos CMB, tanto quando analisamos os dados do diagnóstico, quanto através da análise do explante. Os pacientes transplantados após realização de \"Down-staging\" apresentaram taxas de recidiva e sobrevida semelhantes aos pacientes transplantados sem \"Down-staging\". Os níveis séricos elevados de alfa-fetoproteína (AFP) foram um fator prognóstico importante de sobrevida e recidiva tumoral. Os melhores pontos de corte de AFP encontrados para avaliação do risco de recidiva e sobrevida foram: AFP > 400 ng/ml, no momento do diagnóstico e AFP > 200 ng/ml pré-transplante. Realizamos, também, uma comparação dos \"Critérios de Milão Brasil\" com os Critérios de Milão, através do índice IDI (Integrated Discrimination Index) e os CMB apresentaram performance inferior aos CM, na capacidade de classificar corretamente os pacientes em relação ao risco de recidiva tumoral. Os níveis séricos elevados de AFP, o estádio fora dos Critérios de Milão no momento do diagnóstico e no explante e a presença e invasão vascular no explante, foram fatores de risco independentes de recidiva do CHC pós-transplante e pior sobrevida. A idade > 60 anos e a etiologia da hepatopatia (VHC), também foram fatores prognósticos negativos de sobrevida. CONCLUSÕES: A presença de recidiva tumoral teve grande impacto na sobrevida do paciente transplantado com CHC. O estadiamento tumoral no diagnóstico e no explante, avaliado através dos Critérios de Milão, os níveis séricos elevados de AFP e a presença de invasão vascular no explante foram fatores prognósticos importantes de recidiva do CHC pós-transplante e sobrevida. Os pacientes transplantados após \"Down-staging\" apresentaram evolução pós-transplante semelhante a dos pacientes transplantados sem \"Down-staging\". Os pacientes transplantados fora dos CM, mas dentro dos CMB, apresentaram pior sobrevida, quando comparados aos pacientes dentro dos CM. Os CMB apresentaram desempenho inferior aos CM na capacidade de classificar corretamente os pacientes em relação ao risco de recidiva tumoral / INTRODUCTION: Liver transplantation (LT) is the treatment of choice for patients with cirrhosis and unresectable early hepatocellular carcinoma (HCC). HCC post-transplant recurrence, however, still has an impact on survival. In recent studies, the incidence of HCC recurrence after transplantation ranged from 8% to 20%. Tumor number, size, vascular invasion and satellite nodules have emerged as risk factors for HCC recurrence. In Brazil, in the last decade, we observed a significant increase in the number of liver transplants performed, including in patients with HCC. However, there are few national studies analyzing the results of liver transplantation for HCC. The aim of this multicentric study was to analyze the demographic characteristics, clinical features and outcomes of patients submitted to liver transplantation with HCC in Brazil, evaluate prognostic factors related to HCC post-transplant recurrence and survival, and study the performance of the national selection criteria for liver transplantation, the \"Brazilian Milan Criteria\" (BMC). METHODS: We conducted a national, multicentric, retrospective study to analyze the results of liver transplantation in patients with HCC, in \"MELD era\". Medical records of 1,119 transplanted patients with HCC between 07/2006 and 07/2015, from 13 transplant centers in Brazil, were collected. Patient and tumor characteristics, radiologic and pathologic data were retrospectively analyzed and correlated with post-transplant HCC recurrence and survival. RESULTS: Of the 1,119 HCC transplanted patients, median age was 57 years and 81% were male. Etiology of liver disease was HCV in 60%. Median time on transplant list was 9.8 months. Seventy-eight patients (8%) were included after \"Down-staging\". At diagnosis, most patients had uninodular HCC (67%) and median tumor burden was 30 mm. At diagnosis, in imaging studies, 85% of patients were within the Milan criteria (MC), 8% out of the MC but within the \"Brazilian Milan Criteria\" (BMC) and 6% out of both criteria. During the waiting list period, HCC treatment was performed in 67%. In explant analysis, tumor was uninodular in 46% and moderately differentiated in the majority of cases (71%). Median HCC size was 26 mm. Vascular invasion and satellite nodules were observed in 26% and 22% of patients, respectively. In explant, 70% of patients were within Milan Criteria, 20.5% outside MC but within BMC and 9.5% out of both criteria. Mean follow-up was 28 months, an overall survival was 79% in 1 year, 72.5% in 3 years and 63% in 5 years. Excluding patients who died within 30 days after surgery, overall survival was 89% in 1 year and 75% in 5 years. HCC post-transplant recurrence occurred in 86/1,119 (8%) cases, at a mean time of 12 months. Recurrence-free survival (RFS) was 94.4% in 1 year and 88.3% in 5 years. Sites of recurrence were extrahepatic in 55%, hepatic in 27% and both hepatic and extrahepatic in 18%. Transplanted patients with tumor recurrence presented high mortality, with 1-year survival rate of 34% and 5-year survival rate of 13%. Analyzing the prognostic factors, patients transplanted under Milan Criteria, in radiologic or explant analysis, presented better survival and RFS when compared to patients transplanted outside MC, but within BMC. Patients submitted to liver transplantation after \"Down-staging\" present long-term survival and RFS similar to patients transplanted without \"Down-staging\". Alpha-fetoprotein (AFP) levels were an important pre-transplant prognostic factor for tumor survival and recurrence. The best AFP cut off points found for relapse risk and survival assessment were: AFP at diagnosis > 400 ng / ml and AFP pre-transplant > 200 ng / ml. We also performed a comparison of the \"Brazilian Milan Criteria\" with the Milan Criteria through the Integrated Discrimination Index (IDI). The BMC presented a lower performance than the MC, in the ability to correctly classify patients in relation to the risk of relapse. Elevated AFP levels before liver transplantation, tumor outside Milan Criteria at diagnosis and in explant, and vascular invasion, were independent risk factors for post-transplant HCC recurrence and worse survival. Age > 60 years and etiology of liver disease (HCV), were also negative prognostic factors for survival. CONCLUSIONS: The presence of tumor recurrence had a major impact on survival of transplanted patients with HCC. Tumor staging, evaluated by Milan Criteria on imaging studies or explant analysis, high serum AFP levels and presence of vascular invasion in explant were important prognostic factors for post-transplant HCC recurrence and survival. Patients transplanted after Down-staging presented long-term outcomes similar to patients transplanted under conventional criteria. Patients transplanted outside Milan Criteria, but within \"Brazilian Milan Criteria\" presented worse survival, when compared to patients within MC. The BMC showed lower performance than MC in the ability to correctly classify patients in relation to the risk of tumor recurrence
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Elastografia hepática em pacientes com carcinoma hepatocelular em triagem para transplante de fígado / Liver elastography in patients with hepatocellular carcinoma in screening for liver transplantation

Lucas Souto Nacif 15 December 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: A cirrose é a oitava causa de mortalidade no mundo, e sua progressão e estadiamento são de extrema importância nos pacientes com doença terminal do fígado. A presença de cirrose é reconhecida como risco aumentado de carcinoma hepatocelular (CHC) e o seu aparecimento está diretamente relacionado ao grau de fibrose do fígado. Na última década, notou-se o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos métodos de predição do grau de fibrose e cirrose, através de métodos não-invasivos, com o objetivo de substituir a biópsia hepática. A população em lista de espera para transplante de fígado apresenta graus diferentes de fibrose hepática, que pode não estar diretamente relacionada ao MELD. Além disso, esses pacientes apresentam CHC no momento da triagem para transplante de fígado. Não existe avaliação desta população por elastografia. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi avaliar os pacientes em triagem para transplante de fígado, com e sem carcinoma hepatocelular, pela elastografia hepática com Fibroscan® e ARFI. MÉTODO: Foram estudados 103 pacientes adultos do ambulatório de triagem da Disciplina de Transplante de Órgãos do Aparelho Digestivo HC/FMUSP, no período de outubro de 2012 à dezembro de 2013. A amostragem foi por conveniência e foram avaliados dados clínicos, epidemiográficos, laboratoriais, imagem, elastográficos e o desfecho. Análise de elastografia transitória (ET) foi feita pelo Fibroscan® TM (Echosens, França) e força impulso por radiação acústica (ARFI) (Siemens Acuson S2000, Alemanha) nos grupos com e sem CHC comprovados de acordo com orientação de diagnóstico pelas diretrizes européias (EASL) e americanas (AASLD). Para a análise estatística foi realizado o teste de Mann-Whitney, teste não paramétrico aplicado para duas amostras independentes; o teste de Fisher e o método ANOVA através do teste de Kruskal-Wallis ou teste de Tukey para comparações múltiplas. Foi realizado também a curva ROC para avaliação dos testes diagnósticos e ponto de corte. O valor considerado de p significativo foi <0,05. RESULTADOS: Entre os pacientes avaliados, a maioria foi de homens (68%), com idade média de 53 ± 11,5 anos. A etiologia mais comum foi o vírus da hepatite C (VHC) em 34,9%. A classificação pelo escore Child-Turcotte-Pugh (CTP) mostrou: pacientes classe A em 38,4%, classe B em 47,2% e classe C em 14,2%. O valor do MELD médio dos pacientes foi de 14,75 (± 6,45) e a mediana de 14 (variando, 6 - 32). Na população estudada de 103 pacientes, a ET (Fibroscan®) foi realizada com sucesso em 75 de 103 pacientes e ARFI em 78 de 78 pacientes. A etiologia VHC e elevados valores de alfa-feto proteína foram fatores de risco para a presença de CHC. Os valores de MELD mais elevados foram significativos nos pacientes que evoluíram a óbito. A curva ROC mostrou respectivamente sensibilidade e especificidade para a AFP de 50% e 86% (valor de corte 9,1); ET (valor de corte 9 kPa) 92% e 17%; e ARFI 21% e 92% (valor de corte 2,56 m/s). O valor médio da ET nos pacientes com CHC foi de 30,4 ± 21,0 kPa, do ARFI do parênquima hepático foi de 1,97 ± 0,64 e ARFI do nódulo hepático foi de 1,89 ± 0,74. CONCLUSÃO: Os pacientes em triagem para transplante de fígado com carcinoma hepatocelular apresentam valores elevados de elastografia tanto pelo Fibroscan® quanto pelo ARFI®. A elastografia apresenta-se como uma importante ferramenta não invasiva para o acompanhamento de cirróticos graves podendo ajudar no manejo do carcinoma hepatocelular / INTRODUCTION: Cirrhosis is the eighth leading cause of mortality worldwide and its progression and staging are extremely important in patients with end liver disease. The presence of cirrhosis is recognized as an increased risk of hepatocellular carcinoma (HCC) and its incidence is directly related to the degree of liver fibrosis. In the last decade, was noted the development and improvement of methods for predicting the degree of fibrosis and cirrhosis using non-invasive methods, aiming to replace the liver biopsy. The population on the liver transplant waiting list presents different degrees of liver fibrosis, which may not be directly related to MELD. In addition, these patients have HCC at the time of screening for liver transplantation. There is no evaluation of this population by elastography. OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate patients on screened to the list for liver transplantation, with and without hepatocellular carcinoma, by liver elastography with Fibroscan and ARFI. METHOD: Were studied 103 adult patients from the screening for liver transplantation waiting list on the Liver and Gastrointestinal Transplant Division HC/FMUSP from October 2012 to December 2013. Sampling for convenience and evaluation clinical data, epidemiological, laboratory, imaging, elastography findings and outcome. Analysis of transient elastography (TE) by Fibroscan TM (Echosens, France) and Acoustic Radiation Force Impulse (ARFI) by (Siemens Acuson S2000, Germany) in patients with and without HCC proven in accordance with guidelines of diagnosis EASL/AASLD. Fisher\'s ANOVA or Kruskal-Wallis tests Whitney-Mann Test were performed. Tukey and define cut-of for examinations with ROC curves. The p value considered was < 0.05. RESULTS: Among the patients, the majority were men (68%), mean age 53 ± 11.5 years. This is the most common cause of hepatitis C virus (HCV) 34.9%. The classification by Child-Turcotte-Pugh score (CTP) showed: class A patients in 38.4%, 47.2% in class B and class C in 14.2%. The average value of MELD patients was 14.75 (± 6.45) and a median of 14 (range, 6-32). In the study population of 103 patients, the ET (Fibroscan) was successfully performed in 75 of 103 patients and ARFI in 78 of 78 patients. The HCV etiology and high levels of alpha-fetoprotein were risk factors for the presence of HCC. MELD values were significant higher in patients who died. The ROC curve shown respectively sensitivity and specificity for AFP of 50% and 86% (cutoff 9.1); ET (9 cutoff kPa) 92% to 17%; and ARFI 21% and 92% (cut-off 2.56 m / s). The average value of ET in HCC patients was 30.4 ± 21.0 kPa, the ARFI parenchymal liver was 1.97 ± 0.64 and ARFI liver nodules was 1.89 ± 0.74. CONCLUSION: Patients in screening for liver transplantation with hepatocellular carcinoma have elevated values of both elastography by Fibroscan as the ARFI®. Elastography is presented as an important non-invasive tool for monitoring severe cirrhosis may help in management of hepatocellular carcinoma
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Caracterização das mutações da região core do vírus da hepatite C associadas ao carcinoma hepatocelular / Characterization of mutations in Hepatitis C virus core region associated with hepatocellular carcinoma

João Paulo Moreira 01 December 2015 (has links)
A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) pode evoluir gradualmente para hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC) ao longo de 20 a 30 anos [1-3]. O carcinoma hepatocelular é a quinta neoplasia mais comum em todo o mundo, sendo responsável por mais de 600.000 mortes por ano. Atualmente, cerca de 170 milhões de indivíduos estão infectados pelo HCV, o que corresponde a aproximadamente 3% da população do mundo. A hepatocarcinogênese é um processo complexo, com várias etapas que envolvem alterações genéticas e epigenéticas. Estudos relatam que substituições de aminoácidos (aa) na posição 70 e 91 da região core do HCV podem estar relacionados ao desenvolvimento de CHC. O conhecimento sobre os mecanismos da carcinogênese que envolvem o HCV são importantes para a descoberta de biomarcadores e potenciais alvos terapêuticos do CHC. Neste estudo, foram analisados os genótipos virais e a presença de mutações na região core do HCV, em 94 pacientes com CHC e em 79 pacientes cirróticos (sem CHC). As sequências da região core do HCV foram obtidas pelo método de sequenciamento populacional baseado na metodologia de Sanger. Características demográficas, bioquímicas e sorológicas também foram avaliadas. A idade dos pacientes com CHC foi significativamente maior do que a dos pacientes sem CHC (63 vs 60,5 anos, P=0,025). Uma proporção maior de homens foi observada no grupo CHC (64,4% vs 54%, P=0,329), qual apresentou nível de alfafetoproteína significativamente mais elevado (P=0,003) e menores níveis de albumina em relação ao grupo sem CHC (P=0,012). Elevada variabilidade genética do HCV foi observada. Ao todo, quatro genótipos e sete subtipos foram encontrados. O subtipo 1 b foi o mais frequente em ambos os grupos. Os subtipos encontrados no grupo CHC e cirróticos foram, 1a (13,6%), 1 b (45,7%), 3a (28,8%), 2b (6,8%), 2a (1,7%), 2c (1,7%), 5a (1,7%); e 1a (30%), 1 b (44%), 3a (22%), 2b (2%) e 5a (2%). As mutações R70Q e UC91 M foram observadas principalmente no HCV genótipo 1 b. Não houve associação entre mutações nas posições 70 e 91 na região core do HCV e o desenvolvimento de CHC / Hepatitis C virus (HCV) infection is often persistent and gradually advances from chronic hepatitis (CH) to liver cirrhosis, and hepatocellular carcinoma (HCC) over 20 to 30 years [1-3]. Worldwide, hepatocellular carcinoma is the fifth most common neoplasm and is responsible for more than 600,000 deaths annually due to very poor prognosis. There are about 170 million individuais infected with HCV, corresponding to approximately 3% of world population. Hepatocarcinogenesis is a complex process involving genetic and epigenetic modifications. Studies have reported that amino acid substitutions (a a) at position 70 and 91 of HCV core region may be related to development of HCC. Understanding the pathogenesis of HCV-induced hepatocarcinogenesis is important to identify novel biomarkers and potential therapeutic targets. In this study, the viral genotypes and the presence of mutations in HCV core region were analyzed in 94 patients with HCC, and also in 79 cirrhotic patients (without HCC). HCV core sequences were obtained using population sequencing based on Sanger method. Demographic, biochemical and serological characteristics were also evaluated. The age of patients with HCC were significantly higher than in patients without HCC (63 vs. 60.5 years, P=0.025). High proportion of men was observed in HCC group (64.4% vs 54%, P=0.329). Alpha-fetoprotein levei was significantly higher in HCC group compared to cirrhotic group (P=0.003), and low rates of albumin was observed in cirrhotic group (P=0.012). High genetic variability of HCV was observed, in HCC group, however genotype 1 b was the most common in both groups. Other genotypes were found in HCC group: 1a (13.6%), 1 b (45.7%), 3a (28.8%) 2b (6.8%), 2a (1.7%), 2c (1.7%) and 5a (1.7%). In cirrhotic group was found genotypes 1 a (30%), 1 b (44%), 3a (22%), 2b (2%) and 5a (2%). Mutations R70Q and LlC91 M were mainly observed in individuais infected with HCV genotype 1 b. In the present study, no association between mutations at positions 70 and 91 of HCV
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Avalia??o do efeito do ?cido g?lico no tratamento de c?lulas de hepatocarcinoma HEPG2

Lima, Kelly Goulart 18 February 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T14:51:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 459268.pdf: 1089012 bytes, checksum: 3e3bbefbe5c53d842c73d0dec81136ac (MD5) Previous issue date: 2014-02-18 / Hepatocellular Carcinoma is the most prevalent primary tiver tumor and is among the top ten cancers that affect the world population. lts development is related, in most cases, the existente of chronic tiver injury, such as occurs in cirrhosis. Current curative therapies are only surgical resection, transplantation and percutaneous ablation, however with the possibility of recurrence. In this context, the search for new therapies for the disease becomes an interesting field for research. The knowledge about the correlation between chronic inflammation and cancer has driven new researches with anti-inflammatory agents that have potential for the development of antitumor drugs. Gallic acid is a polyphenol found in many natural products and have shown anti-inflammatory activity, anti-tumor, antimutagenic and strong antioxidant action. The purpose of this study was to investigate the effect of gallic acid on cell proliferation and inflammatory parameters of tiver carcinoma cells (HepG2), as well as to investigated the mechanisms involved. Cell viability was evaluated through MTT colorimetric assay and Trypan blue exclusion. Results showed that the gallic acid decreased proliferation of HepG2 celis in a dose and time dependent manner, without causing necrosis (LDH assay). We observed significant induction of apoptosis by PE Annexin V and 7-AAD assay and no interferente with the cell cycle using the FITC BrdU Flow Kit. The leveis of inflammatory mediators were measured by Cytometric Bead Array Human Inflammation Assay and observed a significant reduction in the leveis of interleukin-8 (pro-inflammatory and related to angiogenesis, invasiveness and metastasis) and increased leveis of interleukin-10 (anti-inflammatory and related to the induction of programmed cell death) and interleukin-12 (antiangiogenic and antimetastatic). We also evaluated the leveis of TGF by ELISA (Enzyme-Linked lmmunosorbent Assay) and no significant differences. According to these results, we believe that gallic acid has a strong potential as an anti-tumor agent. / O Carcinoma Hepatocelular ? o tumor hep?tico prim?rio mais prevalente e est? entre as dez principais neoplasias que afetam a popula??o mundial. O seu desenvolvimento est? relacionado, na maioria das vezes, a uma les?o hep?tica cr?nica, como ocorre na cirrose. As terapias consideradas curativas atualmente s?o somente a ressec??o cir?rgica, o transplante e a abla??o percut?nea, ainda com possibilidade de recidiva. Nesse contexto, a busca por novas alternativas terap?uticas para a doen?a torna-se um campo de pesquisa em expans?o. O conhecimento sobre a correla??o entre a inflama??o cr?nica e c?ncer tem impulsionado novas pesquisas com agentes anti-inflamat?rios que apresentem potencial para o desenvolvimento de drogas antitumorais. O ?cido g?lico ? um polifenol encontrado em v?rios produtos naturais, o qual tem apresentado atividade anti-inflamat?ria, antitumoral, antimutag?nica e forte a??o antioxidante. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do ?cido g?lico sobre a prolifera??o celular e par?metros inflamat?rios das c?lulas de carcinoma hep?tico (HepG2), assim como investigar os mecanismos envolvidos. A viabilidade celular foi avaliada atrav?s do ensaio colorim?trico MTT e contagem celular por exclus?o com Azul de Trypan. Os resultados mostraram que o ?cido g?lico reduziu a prolifera??o celular de maneira dose e tempo dependente, sem causar necrose (ensaio LDH). Observamos indu??o significante da apoptose atrav?s do ensaio PE Annexin V and 7-AAD e nenhuma interfer?ncia no ciclo celular utilizando o kit FITC BrdU Flow. Os n?veis de mediadores inflamat?rios foram medidos utilizando o kit Cytometric Bead Array Human Inflammation. Observamos redu??o significante nos n?veis da interleucina 8 (pr?-inflamat?ria e relacionada ? angiog?nese, invasividade e met?stases), aumento dos n?veis de interleucina 10 (anti-inflamat?ria e relacionada ? morte celular programada) e aumento dos n?veis de interleucina 12 (antiangiog?nica e antimetast?tica). N?s tamb?m avaliamos os n?veis de TGF(3 por ELISA (Enzyme?Linked lmmunosorbent Assay) e n?o observamos diferen?as significativas. A partir desses resultados, acreditamos que o ?cido g?lico tem forte potencial como agente antitumoral.
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Análise da expressão de EGFR e de proteínas relacionadas em carcinoma hepatocelular, tecido hepático circunjacente e metástase: estudo clínico-patológico em autópsias / Analysis of the expression of EGFR and related proteins in hepatocellular carcinoma, surrounding liver tissue and metastases : a clinicopathological study in autopsies

Aloísio Souza Felipe da Silva 04 June 2013 (has links)
OBJETIVOS: Analisar a expressão de EGFR, proteínas da via de sinalização ou relacionadas aos seus efeitos em carcinoma hepatocelular (CHC) primários, metastáticos e em tecido hepático não tumoral em autópsias. Correlacionar os achados a dados clínico-patológicos e marcadores de classes moleculares. Avaliar a heterogeneidade de expressão em CHC metastáticos e fatores de disseminação extra-hepática. MÉTODOS: Oitenta autópsias de pacientes com CHC ao exame foram incluídas em estudo retrospectivo transversal. Foram analisados sexo, idade, raça, etilismo, infecção por vírus da hepatite B (VHB) e C (VHC), infecção pelo HIV, tratamento prévio, causas básica e imediata de óbito, peso do fígado, cirrose, número e tamanho dos nódulos, padrão macroscópico, grau histológico, variantes histológicas, padrão arquitetural, invasão de grandes veias e metástases extra-hepáticas. Imuno-histoquímica foi realizada em micromatrizes teciduais para pesquisa de EGFR, pEGFR(Tyr 1173), HER2, ERK1/2, MAPKAPK-2, pMAPK, Ag Ki67, caspase 3, citoqueratina 19 (CK19), mTOR, ciclina D1, Met, vimentina, p53 e beta-catenina. A expressão de EGFR foi avaliada em intensidade (0-3+) e distribuição (0-100%) em um sistema de escores de 0 a 300. Hiperexpressão foi definida para escores >= 200. Amostras de fígado normal foram incluídas como controles. Amostras de CHC primário foram pareadas às suas metástases e consideradas concordantes quando na mesma categoria de expressão. No tecido não tumoral foram semi-quantificadas a reação ductular expressando CK19 e a densidade da população de células estromais perissinusoidais pela vimentina. Estatística foi realizada através dos testes do qui-quadrado ou exato de Fisher ao nível de significância de 0,05. Para as correlações de escores e variáveis categóricas foi utilizado o coeficiente de Spearman. RESULTADOS: Foram incluídos 62 casos do sexo masculino e 18 do sexo feminino (58,1 ± 10,9 anos). Infecção pelo VHC foi a principal causa em 49% (39/80), seguida por etilismo em 30% (24/80) e infecção por VHB em 19% (15/80). Cirrose foi identificada em 90% (72/80) dos casos. Os tumores mostraram-se avançados em 95% (76/80). Invasão de grandes veias foi detectada em 19% (15/80) e metástases extra-hepáticas em 38% (30/80). MAPKAPK2, pEGFR (Tyr1173) e HER2 tiveram expressão fraca ou ausente. A expressão de EGFR foi mais frequente no fígado não neoplásico (26/26) (P < 0,05) - e nos controles normais (8/8) do que nas amostras tumorais primárias (60/75) e nas metástases (12/17). Nenhuma amostra dos controles apresentou hiperexpressão de EGFR, a qual foi mais frequente na cirrose (65% - 17/26) do que nos tumores avançados (36% - 26/72) (P < 0,05). EGFR hiperexpresso foi mais frequente nos tumores de grau 1/2 (P < 0,01) e nos casos com menos de quatro nódulos hepáticos (P = 0,014). A expressão de EGFR correlacionou-se à expressão de caspase 3 (P < 0,01). A expressão das quinases ERK1 e ERK2 foi correlacionada à proliferação celular pelo Ag Ki67 (P < 0,01), porém não ao escore de expressão de EGFR. CK19, p53 e beta-catenina nuclear foram correlacionaram-se às lesões de maior grau e a maiores taxas de proliferação celular (P<0,01). Met, EGFR e caspase 3 foram correlacionados a lesões mais diferenciadas. Vimentina teve forte correlação com CK19 (P < 0,01). A concordância de expressão entre tumores hepáticos e respectivas metástases variou de 50 a 85%. Para o EGFR foi de 61%. A expressão endotelial 2-3+ de pMAPK foi mais frequente nas metástases (P = 0,09). A disseminação extra-hepática foi mais frequente nos casos com baixa densidade de células perissinusoidais positivas para vimentina (P = 0,054) e nos casos sem reação ductular no tecido não neoplásico (P = 0,095). CONCLUSÕES: O EGFR tem papel relevante nas etapas iniciais e intermediárias do CHC, sendo sua expressão reduzida nas formas avançadas. Diferentes classes de CHC podem estar associadas a ativação da via do EGFR. A presente análise imuno-histoquímica ampla parece validar pelo menos dois grupos de CHC que nesta série de autópsias parecem ter sido separados pelo grau histológico. Confirma-se a hiperexpressão das quinases como evento importante na progressão tumoral, porém não necessariamente associada à hiperexpressão de EGFR. A heterogeneidade de expressão entre o CHC primário e suas metástases variou de 15 a 45% / OBJECTIVES: To analyze the expression of EGFR and proteins related to its signaling pathway or to its effects in hepatocellular carcinoma (HCC), metastases and surrounding liver tissue in a series of autopsies. To correlate expression patterns to clinicopathological data and other markers of molecular classification. To assess the heterogeneity of expression in metastatic HCC and factors related to extrahepatic spread. METHODS: Eighty autopsies of patients with HCC were included in a cross-sectional retrospective study. We analyzed gender, age, race, alcohol intake, infection with hepatitis B (HBV) and C virus (HCV), HIV infection, prior treatment, basic and immediate causes of death, the weight of the liver, cirrhosis, number and size of nodules, gross pattern, histological grade, histological variants, architectural pattern, invasion of large veins and extrahepatic metastases. Immunohistochemistry was performed on tissue microarrays to survey EGFR, pEGFR(Tyr 1173), HER2, ERK1/2, MAPKAPK-2, pMAPK, Ag Ki67, caspase 3, cytokeratin 19 (CK19), mTOR, cyclin D1, Met, vimentin, p53 and beta-catenin. EGFR expression was evaluated in intensity (0-3+) and distribution of membrane staining (0-100%) in a 0 - 300 score. Overexpression was defined for scores >= 200. Normal liver samples were included as controls. Intra-hepatic HCC samples were matched to their respective metastases and expression was considered concordant when they were assigned to the same category. Ductular reaction expressing CK19 and the density of perisinusoidal vimentin positive stromal cells were semi-quantified in non-tumor tissue. Statistics was performed using the chi- square or Fisher exact test at a significance level of 0.05. For the correlations of scores and categorical data we used the Spearman coefficient. RESULTS: Sixty-two males and eighteen females were included (age 58.1 ± 10.9). HCV was the major cause in 49% (39/80), followed by alcoholism in 30% (24/80) and HBV infection in 19% (15/80). Cirrhosis was identified in 90% (72/80) and advanced tumors in 95% (76/80). Large vein invasion was detected in 19% (15/80) and extra-hepatic metastases in 38% (30/80). MAPKAPK2, pEGFR (Tyr1173) and HER2 expression were weak or absent. The EGFR expression was more frequent in non-tumoral liver (26/26) (P <.05) and in normal controls (8/8) than in primary HCC tumor samples (60/75) and in metastatic HCC (12/17). No samples taken from the controls showed overexpression of EGFR, which was more common in cirrhotic tissue (65% - 17/26) than in advanced tumors (36% - 26/72) (P <0.05). EGFR overexpression was more frequent in grade 1/2 tumors (P <0.01) and in cases with less than four hepatic nodules (P = 0.014). EGFR expression was correlated to the expression of caspase 3 (P <0.01). The expression of the kinases ERK1 and ERK2 was correlated to Ag Ki67 cell proliferation index (P <0.01), but not to the EGFR expression score. CK19, p53 and nuclear beta- catenin were correlated to high grade lesions and to higher rates of cell proliferation (P <0.01). Met, EGFR and caspase 3 were correlated with more differentiated lesions. Vimentin was strongly correlated with CK19 (P <0.01). The concordance of expression between liver tumors and their metastases ranged from 50 to 85% (61% for EGFR). The 2-3+ expression of pMAPK in tumor endothelial cells was more common in metastases (P = 0.09). Extrahepatic dissemination was more frequent in cases with low density of vimentin positive perisinusoidal cells (P = 0.054) and in cases with no detectable ductular reaction in non-neoplastic tissue (P = 0.095). CONCLUSIONS: EGFR plays an important role in the early and intermediate stages of HCC progression, with lower expression in advanced tumors. Different classes of HCC may be associated with activation of EGFR. The present comprehensive immunohistochemical approach seems to validate at least two molecular classes of HCC, and histological grade seems to be able to discriminate these groups. We herein confirmed overexpression of kinases as a key event in tumor progression, but not necessarily associated with overexpression of EGFR. The heterogeneity of expression between primary HCC and its metastases ranged from 15 to 45%

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