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Estudo de associação de genes candidatos no transtorno obsessivo-compulsivo: investigação dos loci SLC6A4, HTR1B, HTR2A, SLC6A3, COMT e SLC6A2 / Candidate genes association study in obsessive-compulsive disorder: investigation of loci SLC6A4, HTR1B, HTR2A, SLC6A3, COMT e SLC6A2Karen Miguita 14 August 2007 (has links)
O Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno psiquiátrico comum e heterogêneo caracterizado por obsessões (pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos e recorrentes) e compulsões (comportamentos ou atos mentais repetitivos realizados para aliviar as obsessões). O TOC tem uma prevalência de 2 a 3% na população geral e apresenta distribuição aproximadamente igual entre os sexos, porém os homens tendem a apresentar os sintomas obsessivo-compulsivos mais precocemente quando comparado com as mulheres. Os estudos de genética epidemiológica têm demonstrado que o fator genético é um importante componente na etiologia do TOC. O principal objetivo desta dissertação foi investigar a influência de alguns genes candidatos na susceptibilidade para o TOC (estudo de genes candidatos) e também qual a influência destes mesmos genes na resposta terapêutica à clomipramina (estudo de farmacogenética). Realizamos o estudo de genes candidatos num total de 215 pacientes e 872 controles. Os loci investigados foram: SLC6A4, HTR1B, HTR2A, SLC6A3, COMT e SLC6A2. Os mesmos polimorfismos foram investigados em uma sub-amostra de 41 pacientes tratados com clomipramina e analisados de acordo com a resposta terapêutica. Foram classificados como respondedores ao tratamento, os pacientes que tiveram uma redução de 40% ou mais na escala YBOCS. Assim, 27 pacientes foram considerados respondedores e 14 nãorespondedores. Diferenças genotípicas e alélicas foram observadas em alguns resultados nos pacientes e controles. Entretanto, nenhuma associação foi observada nas análises para resposta à clomipramina. Os resultados sugerem que alguns polimorfismos estudados podem estar relacionados ao aumento do risco para o TOC, porém, nenhum polimorfismo foi associado à resposta terapêutica à clomipramina. / Obsessive-compulsive disorder (OCD) is a common and heterogeneous psychiatric disorder characterized by obsessions (intrusive and recurrent thoughts, images or impulses) and compulsions (repetitive behaviors or mental acts performed to relive obsessions). OCD prevalence range from 2 to 3% in general population and has approximately equal sex distributions, however men tend to have an earlier age at onset of obsessive-compulsive symptoms comparing to women. Epidemiologic studies have demonstrated that genetic factor is an important component in the etiology of OCD. The aim of this study was to investigate participation of some candidate genes in the susceptibility to OCD and also their effects on clomipramine treatment. We performed a candidate gene study in a total of 215 OCD patients and 865 controls. The loci investigated were: SLC6A4, HTR1B, HTR2A, SLC6A3, COMT and SLC6A2. The same polymorphisms were investigated in a sub-sample of 41 patients treated with clomipramine, and analyzed according to therapeutic response. There were considered good responders to the drug those patients who presented a reduction of 40% or more in Y-BOCS scale. According to this, 27 patients were good responders and 14 poor responders. Genotypic and allelic differences were observed in some results for patients and controls. However, no association was observed in the analyses for clomipramine response. Our results suggest that some polymorphisms investigated may be related to the increase of risk to develop OCD, but they are not associated to therapeutic response to clomipramine.
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Fatores associados ao c?ncer de boca: um estudo de caso-controle em uma popula??o do Nordeste do BrasilAndrade, Jarielle Oliveira Mascarenhas 14 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-14 / INTRODUCTION: Oral cancer is a public health problem in Brazil and around the world. Its etiology is multifactorial, tobacco and alcohol are the most important risk factors; in addition, solar radiation, HPV, diet and social conditions has been listed as risk factors for the development of this neoplasm. OBJECTIVE: This research aims to know the association between factors such as: age, sex, skin color, occupation, marital status, level of education, place of residence, use of tobacco, alcohol consumption and oral cancer in subjects attended in Reference Center for Oral Lesions, of the Brazil?s Northeast since 2002 to 2012. METHODOLOGY: This study is a case control study. The cases were formed by all population of subjects attended in this Center, with histopatologycal diagnose of oral squamous cell carcinoma, that it corresponds 127 individuals. The control group was consisted of 254 individuals from the same reference center where cases were recruited with other diseases, but without oral cancer or premalignant lesions. It considered two controls for each case. Cases and controls were adjusted by sex and age. After collecting the data it was performed univariate analysis, after the bivariate analysis (Chi Square test of Pearson) to determine the association between the dependent variable (oral cancer) and the independent variables; odds ratios (OR) and confidence interval of 95% were calculated. Finally, in the multivariate analysis was used hierarchical model with logistic regression to evaluate the interrelationships between the independent variables and oral cancer, considering the blocks of distal and proximal variables. RESULTS: The results showed that consuming more than 20 cigarettes per day [OR = 6.64; CI =2.07-21.32], high intake alcohol [OR= 3.25; CI =1.03-10.22] and the synergistic use of tobacco and alcohol [OR = 9.65; CI= 1.57-59.08] are the most important risk factors for oral cancer. CONCLUSION: The associated factors for oral cancer were smoking and drinking. Socio-demographic factors were not associated with oral cancer after adjustment for smoking and alcohol consumption. / INTRODU??O: O c?ncer de boca ? um problema de sa?de p?blica no Brasil e no mundo. Sua etiologia ? multifatorial, sendo o tabaco e o ?lcool os fatores de risco mais importantes; al?m destes, a radia??o solar, o HPV, a dieta e as condi??es sociais t?m sido elencados como fatores de risco para o desenvolvimento dessa neoplasia. OBJETIVO: Este estudo objetiva conhecer a associa??o entre fatores como: idade, sexo, cor da pele, ocupa??o, situa??o conjugal, n?vel de escolaridade, local de resid?ncia, tabagismo, etilismo e o c?ncer de boca em indiv?duos atendidos em um Centro de Refer?ncia de Les?es Bucais do Nordeste do Brasil de 2002 a 2012. METODOLOGIA: Esse ? um estudo de caso-controle. O grupo caso foi formado por toda a popula??o de indiv?duos com diagn?stico histopatol?gico de carcinoma de c?lulas escamosas de boca, que corresponde a 127 indiv?duos. O grupo controle foi composto por 254 indiv?duos do mesmo centro de refer?ncia em que os casos foram recrutados, com outras doen?as que n?o c?ncer de boca ou les?es potencialmente malignas. Considerou-se dois controles para cada caso. Casos e controles foram ajustados segundo sexo e idade. Ap?s a coleta dos dados, foram realizadas as an?lises univariada e bivariada (teste Qui Quadrado de Pearson) para verificar a associa??o entre a vari?vel dependente (c?ncer de boca) e as vari?veis independentes; foram calculadas a odds ratio (OR) e o intervalo de confian?a a 95%. Por fim, na an?lise multivariada, foi utilizado o modelo hierarquizado com regress?o log?stica para avaliar as inter-rela??es entre as vari?veis independentes e o c?ncer de boca, considerando-se os blocos de vari?veis distais e proximais. RESULTADOS: Os resultados mostraram que o consumo de mais de 20 cigarros por dia [OR= 6,64; IC= 2,07-21,32], a alta ingest?o de bebida alco?lica [OR= 3,25; IC= 1,03-10,22] e o consumo sin?rgico de tabaco e ?lcool [OR=9,65; IC= 1,57-59,08] s?o os fatores de risco mais importantes para o c?ncer de boca. CONCLUS?O: Os fatores associados para o c?ncer de boca foram tabagismo e etilismo. Fatores s?cio-demogr?ficos n?o apresentaram associa??o com o c?ncer de boca, ap?s ajuste para tabagismo e etilismo.
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Les facteurs de risque de cancer du sein chez les femmes marocaines dans la région Fès, Maroc / Breast cancer risk factors among Moroccan women in the Fez region, MoroccoKhalis, Mohamed 25 March 2019 (has links)
Le cancer du sein est le cancer le plus fréquent chez la femme dans le monde. Au Maroc, comme dans de nombreux pays en voie de développement, l'incidence du cancer du sein a considérablement augmenté ces dernières années. Le rôle des facteurs de risque reconnus et suspectés dans la survenue du cancer du sein est peu étudié au Maroc. L'objectif principal de cette thèse était de déterminer les principaux facteurs de risque du cancer du sein chez les femmes marocaines dans la région de Fès- Maroc. Méthodes : Ce travail porte sur les données de deux études cas-témoins réalisées dans la région de Fès- Maroc : l'étude "Fez Breast Cancer Study" (2014-2015) incluant 237 cas et 237 témoins appariés sur l'âge, et l'étude "BreCaFez Study " (2016-2017) incluant 300 cas et 300 témoins appariés sur l'âge et le milieu de résidence. Des informations détaillées sur les facteurs de risque du cancer du sein ont été recueillies au cours d'entretiens en face-à-face. Les odds ratios et leurs intervalles de confiance à 95% ont été estimés à partir de régressions logistiques, en ajustant sur les variables de confusion. Résultats : Nos résultats montrent que (1) l'âge précoce de la ménarche et la nulliparité étaient significativement associés à une augmentation de risque de cancer du sein, tandis que l'âge précoce à la première grossesse à terme est associé à une diminution de ce risque ; (2) un score de mode de vie sain élevé était associé significativement à une réduction du risque de cancer du sein chez les femmes de notre population ; (3) un excès d'adiposité abdominale et une forte évolution de trajectoire de la silhouette étaient associés à une augmentation de risque du cancer de sein chez les femmes en pré- et en postménopause. En revanche, une large silhouette à l'enfance (6–11 ans) était associée à une diminution significative de risque de cancer du sein chez les femmes en préménopause et à la limite de la signification statistique chez les femmes en postménopause ; (4) les femmes ayant travaillées dans certaines professions du secteur de l'agriculture, en particulier celles employées comme ouvrière agricole, avaient un risque élevé de cancer du sein, une augmentation significative de ce risque en fonction de la durée de l'emploi a été également observée. Conclusion : Ce travail suggère l'existence d'associations entre certains facteurs de risque et la survenue de cancer du sein chez les femmes de notre région. Les résultats de nos études peuvent orienter les mesures et les activités de prévention de cancer du sein dans notre pays. Par ailleurs, des études à plus grande échelle sont nécessaires pour confirmer et compléter nos résultats / Introduction Breast cancer is the most common cancer among women worldwide. In Morocco, as in many countries that are either developing or in epidemiological transition, breast cancer incidence rates have clearly risen. Numerous risk factors for female breast cancer have been identified in the literature, but their role in breast cancer among Moroccan women remains poorly documented. The purpose of this doctoral work was to investigate the association between several risk factors and breast cancer among Moroccan women in the Fez region, Morocco. Methods Our analyses were based on data from two case controls studies conducted in the Fez region, Morocco: "Fez Breast Cancer Study" (2014-2015) including 237 cases and 237 age-matched controls, and the "BreCaFez Study" (2016-2017) including 300 cases and 300 controls matched by age and area of residence. Detailed information on various risk factors of breast cancer were collected through face-to face interviews. Odds ratios and 95% confidence intervals, adjusted for potential confounders were estimated by using logistic regression models. Results Our findings suggest that (1) Early menarche and nulliparity were significantly associated with an increased risk of breast cancer among women of our population, whereas an early age at first full-term pregnancy was associated with a significantly decreased risk of breast cancer. (2) High healthy lifestyle index scores were associated with decreased risk of breast cancer in Moroccan women included in our study. (3) Central adiposity and body shape trajectory were positively associated with breast cancer risk in both pre- and post-menopausal women; whereas, a significant inverse association was observed between silhouette at young ages (6- 11 years) and BC risk for premenopausal women and a borderline significant inverse association for postmenopausal women. (4) Women employed in specific agricultural occupations, particularly those who worked as crop farm laborers, had an elevated risk of breast cancer compared to those who never worked in these occupations and the risk increased with duration of employment. Conclusion Our results showed the association between some risk factors and breast cancer among women in our region. It identified some susceptible groups at high risk of breast cancer. Preventive interventions and screening should focus on these groups as a priority. However, our findings should be confirmed in larger, multicenter studies
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A case-control study of tea/coffee consumption and lung cancer risk.Fujiwara, Atsuko. Roberts, Robert E., Forman, Michele R. Felknor, Sarah Anne. January 2008 (has links)
Thesis (M.P.H.)--University of Texas Health Science Center at Houston, School of Public Health, 2008. / Source: Masters Abstracts International, Volume: 47-01, page: . Advisers: Robert E. Roberts; Michele Forman. Includes bibliographical references.
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FATORES DE RISCO EM PACIENTES COM INFECÇÕES HOSPITALARES CAUSADAS POR Klebsiella pneumoniae PRODUTORA DE CARBAPENEMASE / RISK FACTORS IN PATIENTS ACQUIRING HOSPITAL INFECTIONS CAUSED BY CARBAPENEMASE PRODUCING Klebsiella pneumoniaeFranchini, Fernanda Paula 28 January 2016 (has links)
Klebsiella pneumoniae carbapenemase producing Klebsiella pneumoniae (KPC-Kp) is an emerging pathogen with acquired resistance to several antimicrobial classes and produces infections associated with considerable mortality. This study aims to identify risk factors for acquisition of hospital infections caused by KPC-Kp and to identify the clinical outcomes of these patients. This is a case-control study performed at a tertiary teaching hospital with 365 beds. The cases with hospital infection caused by KPC-Kp were compared with controls admitted to the same hospital paired by gender, age group and admission entry in a proportion of 2:1. During the period from February 2013 to August 2014, 22 patients were included in the study as cases and 44 as controls. The following independent risk factors for acquisition of hospital infections caused by KPC-Kp were identified: presence of a central venous catheter (OR 21.89; 95% CI 3.7 129.0); admission in an intensive care unit (OR 8.05; 95% CI 1.5 43.2); use of beta-lactams associated with or without beta-lactamase inhibitors (OR 6.02; 95% CI 1.1 32.6); use of carbapenems (OR 11.01; 95% CI 2.1 58.0) and the use of polymyxin B (OR 15.74; 95% CI 1.3 194.2). The crude case mortality rate was 36.8% (P=0.004). Infections caused by KPC-Kp are severe with an elevated mortality. To avoid unnecessary usage of antimicrobials, mainly beta-lactams, carbapenems and polymyxin B appear to be an essential way to control these infections. / Klebsiella pneumoniae produtora de klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC-Kp) é um patógeno emergente, com resistência a várias classes de antibióticos, sendo que suas infecções são associadas a considerável mortalidade. Este estudo tem como objetivo identificar fatores de risco para aquisição de infecções hospitalares causadas por KPC-Kp e identificar o desfecho clínico dos pacientes que adquirem essas infecções. Este é um estudo de caso-controle realizado em um hospital-escola terciário de 365 leitos. Os casos com infecção hospitalar por KPC-Kp foram comparados com controles internados no mesmo hospital, pareados por sexo, faixa etária e data de internação, na proporção de 2:1. Durante o período de fevereiro de 2013 a agosto de 2014, 22 pacientes foram incluídos no estudo como casos e 44 como controles. Foram identificados, como fatores de risco independentes para infecções hospitalares causadas por KPC-Kp, o uso de cateter venoso central (OR 21.89; 95% CI 3.7 129.0); a internação em unidade de tratamento intensivo (OR 8.05; 95% CI 1.5 43.2); o uso de b-lactâmicos associados ou não a inibidores de b-lactamase (OR 6.02; 95% CI 1.1 32.6); o uso de carbapenêmicos (OR 11.01; 95% CI 2.1 58.0); e o uso de polimixina B (OR 15.74; 95% CI 1.3 194.2). A mortalidade por qualquer causa nos casos considerados foi de 36,8% (p=0,004). Infecções por KPC-Kp são infecções graves com elevada mortalidade. Evitar o uso desnecessário de antibióticos, principalmente de b-lactâmicos, carbapenêmicos e polimixina B, parece ser caminho essencial para que se atinja o controle dessas infecções.
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Abordagem hierarquizada para a identificação de fatores associados à hospitalização por pneumonia, em menores de cinco anos de idade: estudo caso-controle / A hierarchized approach to the identification of the factors associated with hospitalization due to pneumonia in children under five years of age: a case-control studyJuliana Coelho Pina 11 February 2014 (has links)
Objetivos: Investigar os fatores associados à hospitalização por pneumonia, em crianças menores de cinco anos de idade, no município de Ribeirão Preto - SP. Métodos: Estudo epidemiológico com delineamento do tipo caso-controle de base hospitalar, com alocação de 345 casos e 345 controles. Fatores socioeconômicos, reprodutivos, ambientais, perinatais, nutricionais, relativos ao cuidado à criança e à morbidade prévia foram considerados variáveis explanatórias. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário pré-codificado que contemplou o elenco de variáveis do estudo, incluindo-se o Instrumento de Avaliação da APS - PCATool. Odds ratios (OR) brutos e ajustados, com respectivos intervalos de confiança (95%) foram calculados, aplicando-se a regressão logística multivariada e seguindo-se os pressupostos da abordagem hierarquizada, buscando-se um modelo explicativo que contemplasse as relações hierárquicas existentes entre as exposições e o desfecho, sendo as análises desenvolvidas no software STATA, versão 12.0. Resultados: Renda familiar superior a R$700,00 foi responsável por uma redução de 32% na chance de hospitalização das crianças por pneumonia (OR=0,68; IC95%=0,47-0,98). Paridade >=2 representou um expressivo aumento na chance de hospitalização (categoria 2 partos: OR=4,60, IC95%=2,18-9,72; categoria >=3 partos: OR=3,25, IC95%=1,55-6,81), enquanto o intervalo interpartal >=48 meses e o ganho de peso na gestação de 10 Kg ou mais apresentaram efeito protetor para o desfecho (OR=0,28, IC95%=0,14-0,56 e OR=0,68, IC95%=0,47-0,97, respectivamente). Frequência à creche foi responsável por um aumento de 67% na chance de hospitalização por pneumonia (OR=1,67, IC95%=1,16-2,41). As crianças desnutridas apresentam uma chance duas vezes maior de serem hospitalizadas pela doença (OR=2,53; IC=1,06-6,05) enquanto aquelas com excesso de peso apresentam uma redução de 63% nessa chance (OR=0,37; IC=0,14-0,99); no entanto, questiona-se a plausibilidade biológica desse efeito protetor. A situação vacinal não atualizada foi responsável por um aumento de quase 3 vezes na chance de hospitalização por pneumonia (OR=2,81; IC=1,76-4,49). As crianças que fizeram uso pregresso de medicamentos apresentaram uma chance 67% maior de serem hospitalizadas por pneumonia (OR=1,67; IC=1,00-2,78; p=0,049). Crianças com sibilância prévia apresentaram o dobro de chance de serem hospitalizadas pela doença (OR categoria 1 episódio = 2,13; IC95%=1,31-3,47; OR categoria >=3 episódios = 2,37; IC95%=1,35-4,15). A exclusão de pneumonias aspirativas dentre os casos pode ter contribuído para uma maior proporção de crianças com refluxo referido entre os controles, levando a uma associação inversa à esperada (efeito de proteção) entre refluxo gastroesofágico e hospitalização por pneumonia (OR=0,55; IC=0,31-0,99). Escores Essenciais da APS acima de 3,17 foram responsáveis por um efeito protetor em relação à hospitalização por pneumonia, reduzindo as chances de hospitalização em 43% (OR para a categoria >3,41 = 0,57; IC=0,32-0,99) a 50% (OR para a categoria >3,17 e <=3,41 = 0,50; IC=0,28-0,88). Conclusões: O modelo explicativo obtido pelo presente estudo é composto, em grande parte, por variáveis relacionadas ao cuidado à criança ou às características da mãe e da família. Considerando-se os procedimentos referentes ao planejamento do estudo, à execução da coleta de dados e às análises estatísticas empregadas, reitera-se a consecução de validade interna para o estudo, sendo possível afirmar que o modelo obtido é explicativo do fenômeno da hospitalização por pneumonia, na população estudada. / Objectives: To investigate the factors associated with hospitalization due to pneumonia in children under five years of age in the city of Ribeirão Preto - SP, Brazil. Methods: Epidemiological study with a hospital-based case-control design, including 345 cases and 345 controls. Socioeconomic, reproductive, environmental, perinatal, nutritional, childcare and previous morbidity factors were considered as explanatory variables. The data were collected through the application of a pre-coded questionnaire that addressed the study variables and included the Primary Care Assessment Tool - PCATool. Gross and adjusted odds ratios (OR) were calculated with their respective confidence intervals (95%), applying multivariate logistic regression in accordance with the premises of the hierarchized approach, looking for an explanatory model that considered the existing hierarchical relations between the exposures and the outcome. The analyses were developed in STATA software, version 12.0. Results: A family income superior to R$700 was responsible for a 32% reduction in children\'s chance of hospitalization due to pneumonia (OR=0.68; 95%CI=0.47-0.98). Parity>=2 represented a considerable increase in the chance of hospitalization (category 2 births: OR=4.60, 95%CI=2.18-9.72; category >=3 births: OR=3.25, 95%CI=1.55-6.81), while the inter-birth interval >=48 months and the weight gain of 10 Kg or more during pregnancy represented a protective effect against the outcome (OR=0.28, 95%CI=0.14-0.56 and OR=0.68, 95%CI=0.47-0.97, respectively). Attending kindergarten was responsible for a 67% increase in the chance of hospitalization due to pneumonia (OR=1.67, 95%CI=1.16-2.41). Malnourished children present twice as many chances of being hospitalized due to the disease (OR=2.53; CI=1.06-6.05), while children with overweight present a 63% reduction in that chance (OR=0.37; CI=0.14-0.99); the biological plausibility of this protective effect is questioned though. An outdated vaccine situation was responsible for almost three times as many chances of hospitalization due to pneumonia (OR=2.81; CI=1.76-4.49). Children with earlier medication use revealed a 67% higher chance of being hospitalized due to pneumonia (OR=1.67; CI=1.00-2.78; p=0.049). Children with earlier wheezing presented twice as many chances of being hospitalized due to the disease (OR category 1 episode = 2.13; 95%CI=1.31-3.47; OR category >=3 episodes = 2.37; 95%CI=1.35-4.15). The exclusion of aspiration pneumonias from the cases may have contributed to a greater proportion of children with reflux among the control, leading to an inverse association (protective effect) between gastroesophageal reflux and hospitalization due to pneumonia (OR=0.55; CI=0.31-0.99). Essencial Scores of PHC superior to 3.17 were responsible for a protective effect with regard to hospitalization due to pneumonia, reducing the chances of hospitalization by 43% (OR for the category >3.41 = 0.57; CI=0.32-0.99) to 50% (OR for the category >3.17 and <=3.41 = 0.50; CI=0.28-0.88). Conclusions: The explanatory model obtained in this study largely includes variables related to childcare or the mother\'s and family\'s characteristics. In view of the study planning and data collection procedures and the statistical analyses applied, the internal validity of the study is highlighted, based on which it can be affirmed that the obtained model explains the phenomenon of hospitalization due to pneumonia in the study population.
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Fatores de risco associados a óbito em crianças brasileiras com dengue grave: um estudo caso-controle / Risk factors associated with death in Brazilian children with severe dengue: a case-control studyMaria dos Remédios Freitas Carvalho Branco 22 November 2012 (has links)
A dengue é um importante problema de saúde pública, responsável por cerca de 25.000 mortes anuais em áreas subtropicais do mundo. Desde 2001, há uma tendência de aumento da incidência de formas fatais de febre hemorrágica da dengue (FHD) no Brasil, com aumento dramático de casos graves em menores de 15 anos de idade a partir de 2007, especialmente na região nordeste do país. O objetivo deste estudo caso-controle foi avaliar fatores de risco associados a óbito em crianças com dengue grave. Avaliamos a condição clínica de pacientes internados que morreram de dengue (n=18) e comparamos com pacientes internados com dengue grave que sobreviveram (controles, n=77). Os pacientes incluídos no estudo foram menores de 13 anos de idade internados em hospitais de São Luís, nordeste do Brasil, com diagnóstico laboratorial confirmado de dengue. O diagnóstico de infecção aguda de dengue foi confirmado pela detecção de anticorpos IgM específicos de dengue através do MAC-ELISA (IgM Antibody Capture Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) ou pela detecção do DENV em soro, sangue ou víscera pela técnica de Transcrição Reversa - Reação em Cadeia de Polimerase (RT-PCR). Sinais de choque descompensado (extremidades frias, cianose e letargia) e hemoptise foram fortemente associados a óbito, o que está de acordo com a mais recente classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para dengue grave. Epistaxe e vômitos persistentes também foram fortemente associados a óbito. Embora incluídos na mais recente classificação de dengue da OMS como sinais de alarme, epistaxe e vômitos incoercíveis não estão incluídos na definição da OMS para dengue grave. Estes achados necessitam ser explorados em estudos posteriores. Como unidades de terapia intensiva são frequentemente limitadas em cenários com poucos recursos, qualquer informação que possa distinguir, dentre os pacientes com dengue grave, aqueles com maior risco de evolução a óbito, pode ser crucial. / Dengue is a major public health problem, responsible for about 25,000 deaths in subtropical areas every year. In Brazil, the incidence of fatal forms of dengue hemorrhagic fever has increased since 2001. In particular, there has been a dramatic increase in severe cases in patients younger than 15 years of age since 2007, especially in the Northeastern region of the country. The purpose of this case-control study was to evaluate risk factors associated with death in children with severe dengue. The clinical condition of hospitalized patients with severe dengue who died (cases, n=18) was compared with that of hospitalized patients with severe dengue who survived (controls, n=77). Inclusion criteria for this study were: age under 13 years; hospital admission in São Luis, Northeastern Brazil; and laboratory-confirmed diagnosis of dengue. The diagnosis of acute dengue infection was confirmed by detection of dengue-specific IgM antibodies using an IgM Antibody Capture Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (MAC-ELISA) or by DENV detection in serum, blood, or viscera by a Reverse Transcription - Polymerase Chain Reaction (RT-PCR). Death was strongly associated with signals of hypotensive shock (cold extremities, cyanosis and lethargy) and hemoptysis. These associations are in accordance with the most recent World Health Organization (WHO) case classification for severe dengue. We also found that epistaxis and persistent vomiting were strongly associated with death, both are included as warning signs in the WHO classification of dengue, but they are not included in the most recent WHO definition of severe dengue. These findings should be explored in further studies. Because intensive care units are often limited in resource-poor settings, any information that can help to distinguish patients with severe dengue with higher risk to progress to death may be crucial.
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Diabetes mellitus e câncer de cabeça e pescoço / Diabetes mellitus and head and neck cancerRejane Augusta de Oliveira Figueiredo 04 February 2016 (has links)
O diabetes mellitus (DM) está associado com alguns tipos de câncer. No entanto, estudos realizados sobre a associação entre DM e câncer de cabeça e pescoço (CCP) apresentaram resultados controversos. Na avaliação da associação entre DM e câncer, destaque deve ser dado à metformina, medicamento utilizado no DM tipo 2, que se mostra inversamente associado a alguns tumores. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre DM e CCP, bem como o impacto do uso de metformina no risco de CCP. Este estudo caso-controle incluiu 1021 casos de CCP com confirmação histológica de carcinoma espino celular selecionados em cinco hospitais de grande porte no estado de São Paulo entre 2011 e 2014. Os 1063 controles foram recrutados nos mesmos hospitais, pareados por frequência com os casos por sexo e idade (em grupos de 5 anos). Para avaliar o risco de CCP associado ao DM, odds ratios (OR) e intervalos com 95 por cento de confiança (IC 95 por cento ) foram estimados por meio de regressão logística não condicional. Os participantes diabéticos tiveram associação inversa com o CCP (OR = 0,68; IC 95 por cento : 0,49-0,95), e a proteção foi maior entre diabéticos usuários metformina (OR = 0,54; IC 95 por cento : 0,29-0,99). Diabéticos usuários de metformina que eram fumantes (OR = 0,13; IC 95 por cento : 0,04-0,44), ou consumidores de álcool acima de 40 g/ dia (OR = 0,31; IC 95 por cento : 0,11-0,88) apresentaram proteção ainda maior com relação ao CCP, comparado aos não diabéticos. Em conclusão, os indivíduos diabéticos apresentaram risco inverso de CCP e o uso de metformina pode explicar, ao menos parcialmente, esta associação. / Diabetes mellitus (DM) is directly associated with some cancers. However, studies on the association between DM and head and neck cancer (HNC) have rendered controversial results. Assessing DM and cancer, emphasis should be given to metformin, a medication used for DM type 2, which is shown to be inversely associated with some cancers. The objective of this study was to evaluate the association between DM and HNC, as well as the impact of metformin use on the risk of HNC. This case-control study included 1021 HNC cases with squamous cell carcinoma, histologically confirmed, and admitted in five large hospitals in the state of São Paulo, from 2011 to 2014. A total of 1063 controls were selected in the same hospitals and were frequency-matched to cases by sex and age (in 5-year groups). In order to assess the risk of CCP associated with DM, odds ratios (OR) and 95 per cent confidence intervals (CI 95 per cent ) were estimated using unconditional logistic regression. Diabetic participants had an inverse risk of HNC (OR=0.68; 95 per cent CI: 0.49 0.95), and this inverse association was more intense among diabetic metformin users (OR=0.54; 95 per cent CI: 0.29-0.99). Diabetic metformin users that were current smokers (OR=0.13; 95 per cent CI: 0.04-0.44) or had an alcohol consumption of >40 g/day (OR=0.31; 95 per cent CI: 0.11-0.88) had lower risk of HNC than non-diabetic participants. In conclusion, DM patients have um inverse risk of HNC and the use of metformin may at least partially explain this association.
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Freqüência de câncer de próstata em pacientes transplantados renais: estudo caso-controle / Frequency of prostate cancer in patients submitted to renal transplantation: a case-control studyGilberto Antunes Alvarez 03 September 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: Os pacientes submetidos a transplante renal estão sujeitos a um risco muito aumentado para câncer, porém inexistem dados concretos quanto a maior chance de tumor de próstata nesses pacientes. Neste estudo, avaliou-se a freqüência de câncer de próstata em transplantados renais comparada à de pacientes-controle, bem como a sua relação com etnia, antecedentes familiares, toque prostático, níveis de PSA e aos esquemas de imunossupressão nos pacientes transplantados renais. MÉTODOS: Neste estudo caso-controle realizado entre agosto de 2004 e junho de 2006 comparou-se a freqüência de câncer de próstata entre pacientes transplantados renais (n=119) há mais de um ano e pacientes do grupo-controle (n=184), bem como as variáveis: etnia, idade, presença de antecedentes familiares, escore internacional de sintomas prostáticos, toque retal, níveis de PSA e índice de massa corpórea (IMC). Os pacientes com PSA e/ou toque retal alterado foram submetidos à biópsias prostáticas guiadas por ultra-som transretal. As comparações das freqüências entre os dois grupos deram-se através das variáveis: idade, etnia, presença de antecedentes familiares, toque suspeito e valores de PSA>2,5ng/mL e >4,0ng/mL. Avaliou-se também a relação entre os tipos e doses de imunossupressor e presença de câncer. RESULTADOS: Não houve maior freqüência de tumor de próstata em transplantados (6,7%) em relação ao grupo-controle (7,6%). A mediana de idade dos transplantados com câncer foi menor em relação aos controles (p=0,012). Os dois grupos não variaram quanto à etnia (p=0,675), ao peso (p=0,202), ao IMC (p=0,637) e à presença de antecedentes familiares (p=0,515) para detecção de tumor. O toque alterado não foi determinante para detectar tumor em ambos (p=0,659). Os pacientes transplantados apresentaram mediana de PSA menor que os controles (p=0,029). Com exceção da rapamicina, não houve associação entre o uso de imunossupressores e câncer (p>0,05) e as doses médias utilizadas em transplantados com e sem tumor não variaram de maneira estatisticamente significante (p>0,05). CONCLUSÕES: A freqüência de câncer de próstata em transplantados renais há mais de um ano assemelhase a da população de homens normais, é significativa quando se consideram valores de PSA entre 2,5ng/mL e 4,0ng/mL e não se relaciona com a dose e o tipo de droga imunossupressora / INTRODUCTION: Patients submitted to renal transplantation are at a greater risk to develop cancer, but there is no valuable data about prostate cancer in these patients. In this research we compared the frequencies of prostate cancer between renal transplanted recipients and control patients, as well as its relations with race, family history, digital rectal examination, PSA levels and the immunosupressive protocols applied to renal transplanted recipients. METHODS: In this case-control study performed between August 2004 and June 2006, we compared the frequency of prostate cancer between patients submitted to renal transplantation more than a year before the beginning of our study (n=119) and control patients (n=184), as well as its relations with race, age, international prostate symptoms score, digital rectal examination, PSA levels and body mass index (BMI). The patients who had high PSA levels and/or altered digital rectal examination were submitted to transrectal ultrasound guided biopsy of the prostate. The frequencies of cancer in both groups were compared by age, race, family history, altered digital rectal examination and PSA levels higher than 2,5ng/mL and 4,0ng/mL. The relationship between types and dosis of immunosupressive drugs and cancer were also analysed. RESULTS: The frequency of prostate cancer in renal transplanted patients (6,7%) was not higher than the frequency in control patients (7,6%). The median age of renal transplanted patients with cancer were lower when compared to control group with cancer (p=0,012). Race (p=0,657), body weight (p=0,202), BMI (p=0,637) and family history (p=0515) weren´t statistically different between both groups to detect cancer. Altered digital rectal examination wasn´t statistically significant to detect cancer in both groups (p=0,659). The median of PSA levels in renal transplanted recipients with cancer was lower when compared to control patients with cancer (p=0,029). There was no correlation between the use of immunosupressive drugs and occurrence of cancer (p>0,05), with exception of rapamycin. The median dosis of these drugs used in the group with cancer wasn´t statistically different from that used in transplanted patients without cancer (p > 0,05). Conclusions: The frequency of prostate cancer in patients submitted to renal transplantation more than a year before the study was the same as in control patients, it was significant when the PSA values were between 2,5ng/mL and 4,0ng/mL and it was not related to the type and dosis of immunosupressive drugs
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Condições orais e câncer de boca em fumantes / Conditions of mouth status and oral cancer in smokersGabriela Furst Vaccarezza 18 February 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi verificar a hipótese que condições orais (uso de prótese dentária removível, machucados recorrentes devidos a prótese mal adaptada ou a dentes mal posicionados ou quebrados, consumo freqüente de bebidas quentes e escovação dentaria irregular ou pouco freqüente) poderiam interagir com tabaco, álcool, padrão alimentar e condição socioeconômica na carcinogênese oral. Foi realizado estudo de caso-controle de base hospitalar (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), com 124 pacientes (22 mulheres e 102 homens) com câncer de boca e igual número de controles sem experiência de câncer atendidos no mesmo hospital para condições não relacionadas à boca. Os pacientes do grupo caso apresentavam neoplasia em diferentes sítios da boca: mucosa jugal (5), área retromolar (6), lábio inferior, aspecto interno (10), gengiva (11), palato (17), assoalho bucal (27) e língua (48). A seleção dos pacientes do grupo controle observou pareamento individual por sexo e idade (± cinco anos) com o grupo caso; e pareamento por freqüência quanto à condição de fumantes ou ex-fumantes (não-fumantes não foram incluídos no estudo). Todos os participantes do estudo responderam um questionário detalhando características sócio-demográficas, padrão de consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, hábitos alimentares e informações sobre as condições orais de interesse do estudo. A análise estatística usou modelos multivariados de regressão logística condicional, com estrutura hierárquica dos níveis de determinação. Como resultado desse procedimento de análise, indicou-se que o uso de prótese dentária não associou com câncer de boca (p=0,090); no entanto, a lembrança de feridas recorrentes na mucosa oral devido ao uso de prótese mal adaptada teve associação positiva com a chance da doença (p=0,007). A lembrança de machucados por dentes quebrados ou fora de oclusão não associou com câncer de boca em fumantes (p=0,084). A associação entre câncer de boca e consumo de bebidas quentes ficou no limiar da significância estatística (p=0,050). Machucados recorrentes na mucosa oral, devido a próteses mal adaptadas pode ser um fator que contribui com a carcinogênese dos tumores da boca em fumantes; e esse resultado não seria devido à falta de controle pelos demais fatores relevantes na determinação do câncer bucal. / The aim of this study was to assess the hypothesis that conditions of mouth status (the use of dentures, recurrent sores by ill-fitting dentures or ill-positioned or broken teeth, frequent intake of hot beverages and irregular or infrequent tooth brushing) may interact with tobacco, alcohol, diet and socioeconomic status in the carcinogenesis of oral cancer. We performed a hospital-based (\"Hospital das Clínicas\", School of Medicine, University of São Paulo) case-control study comprising 124 patients (22 women and 102 men) with oral cancer, and the same number of controls without previous or current experience of cancer and with treatment needs unrelated to mouth status. Patients in the case group presented tumors at different sites of the mouth: cheek mucosa (5), retromolar area (6), lower lip, inner aspect (10), gum (11), palate (17), floor of mouth (27) and tongue (48). The selection of controls observed the concurrent pairing for gender and age (± five years) with cases, and matching by frequency by smoking status: current or former smokers (never-smokers were not included in the study). All participants responded a detailed questionnaire on socio-demographic characteristics, patterns of alcohol and tobacco consumption, dietary habits and information on conditions of mouth status. Data analysis used multivariate models of conditional logistic regression, observing a hierarchical structure of levels of determination. As a result of this analytical scheme, the use of dentures was reported as not associated with the adjusted odds of mouth cancer (p=0.090). When adjusted by covariates on smoking, alcohol drinking and diet, the association of recurrent sores caused by ill-fitting dentures with the odds of mouth cancer was significant (p=0.007). However, recurrent sores by defective teeth were not indicated as a significant contributing factor for the odds of oral cancer in smokers. The association between mouth cancer and the frequent intake of hot beverage was assessed at the threshold of significance (p=0.050). Recurrent oral sores due to ill-fitting dentures may be a contributing factor for the carcinogenesis of mouth neoplasms in smokers; and this result is unlikely to be due to insufficient control of covariates.
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