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Características miofuncionais orofaciais e vocais das crianças do município de Monte Negro/ROLuciana Biral Mendes Merighi 08 December 2006 (has links)
É de grande importância à realização adequada das funções orais - as quais influenciam e sofrem influência dos aspectos morfológicos e miofuncionais orofaciais - para possibilitar o equilíbrio e desenvolvimento do complexo craniofacial. Assim, distúrbios miofuncionais orais podem interferir de forma negativa no desenvolvimento craniofacial, refletindo se também no desenvolvimento psicossocial da criança. O trabalho visou caracterizar os aspectos miofuncionais orofaciais e vocais crianças do município de Monte Negro/RO. Respeitando-se os aspectos éticos, dois grupos de escolares do município de Monte Negro/RO, de ambos os gêneros, foram formados de acordo com a faixa etária: grupo I (GI) composto por 47 crianças entre 6 e 8 anos e grupo II (GII) formado por 36 crianças entre 9 e 11 anos. A partir da avaliação miofuncional orofacial convencional, as crianças foram avaliadas quanto aos aspectos estruturas como: tipo facial e relação dentária, postura habitual dos lábios e da língua; estado de contração muscular dos lábios, língua, bochechas, masseteres e mentual; mobilidade e motricidade dos lábios, língua, mandíbula e véu palatino; além das funções de respiração, mastigação, deglutição, fala e voz. Foram utilizadas filmagens e gravação em MD para a coleta dos dados, e posterior análise, necessários à pesquisa. Os resultados demonstram para os dois grupos, alterações nas relações dentárias, bem como nos aspectos miofuncionais orofaciais no que se refere ao estado de contração muscular, mobilidade e motricidade, bem como para as funções respiratórias, especificamente quanto ao modo; a função mastigatória, principalmente, quanto a formação do bolo alimentar, conseqüentemente, alterações quanto a deglutição, e no que se refere a fala e a voz, as alterações apresentaram -se em menor porcentagem. Portanto a promoção de ações que viabilizem o trabalho de adequação das funções orofaciais e da voz, bem como o desenvolvimento de programas de prevenção na área de Motricidade Oral, tornam-se essenciais para o desenvolvimento das crianças do município de Monte Negro/RO. / The accomplishment of the orofacial functions is fundamental to promote craniofacial\'s balance and development, when accomplished correctly. Thus, myofunctional disturbs can intervene negative with the craniofacial development, also reflecting in the psychosocial development of the child. The objective of this work was to characterize the orofacial and vocal myofunctional aspects of the children of the city of Monte Negro/RO. Respecting the ethical aspects, 83 school children were evaluated and divided in groups in accordance with the age: GI (47 children between 6 and 8 years) and GII (36 children between 9 and 11 years). We verified in the orofacial myofunctional evaluation the following aspects: face type and dental habits; habitual position of lip and language; state of muscular contraction of masseter, cheek, lip, language and mentual; mobility/motricity of lips, tong, jaw and palatal veil; beyond breathing, chew, deglutition, speech and voice. We used movie recordings and recording in MD for the collection of the data. Mesofacial and dolichofacial types were observed; alteration in the dental relation, with bigger occurrence in the GI, characterized mainly for horizontal alteration; great occurrence of alteration in the lip and tong position, as well as in the state of muscular contraction, being diminished for cheek, lip and language and increased to masseter and mentual; difficulty in the lip and tong mobility, and little alteration in the mandible mobility; more than the half of the GI showed modified respiratory way and less of the half in the GII, with little alteration in the respiratory type in the two groups; little occurrence of alteration in the chew, except in the formation of the alimentary bolus, observed in more than the half of the sample; great occurrence of alteration in the deglutition, but a little bigger in the GI; phonetic alteration of speech was also present in more than the half of the GI and less in the GII, with little speech alteration in the articulator type; e, little occurrence of vocal alterations. Thus, in view of the occurrence of myofunctional alterations in the studied sample, the promotion of action for the adequacy of the modified functions becomes necessary for the good development of the children of the city of Monte Negro/RO.
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Anatomofisiologia da sucção e deglutição do bebê em computação gráfica 3D como instrumento educacional / Anatomy and physiology of sucking and swallowing of the baby in computer graphics 3D as an educational toolFlávia Rebelo Silva Puccini 29 February 2016 (has links)
A eficiência da amamentação exige uma complexa coordenação entre sucção, deglutição e respiração, sendo que a tecnologia tem possibilitado importantes avanços na compreensão desse processo. Porém, não foram encontrados vídeos disponíveis na internet que demonstrassem a anatomia e fisiologia da amamentação, de modo didático e fidedigno à ciência atual. Este trabalho teve por objetivo descrever o desenvolvimento de uma sequência em computação gráfica sobre a sucção e a deglutição, resultante da produção digital do Bebê Virtual, bem como validar tal produção quanto ao conteúdo e prover adequações necessárias ao material educacional. Para a produção das iconografias em 3D da sucção e deglutição no Bebê Virtual, inicialmente foi elaborado um mapa conceitual e uma matriz de conteúdos, objetivos e competências voltadas ao material educacional. Posteriormente foi elaborado um roteiro científico que abordou a anatomia do crânio, face, cavidade oral, faringe, laringe e esôfago do recém-nascido, bem como, a descrição dos mecanismos fisiológicos relacionados à sucção e às fases oral e faríngea da deglutição no bebê. Para isso foram utilizadas 14 publicações do período de 1998 a 2008, que continham informações relevantes para demonstrar a amamentação. Os conteúdos teóricos foram organizados em cenas principais, possibilitando a criação de previews das sequências dinâmicas, as quais foram avaliadas por profissionais de anatomia, fonoaudiologia e medicina, possibilitando os ajustes necessários e a construção das imagens em computação gráfica 3D. Para análise da validade de conteúdo dessas imagens foi verificada a representatividade dos itens que o compõe, por meio de consulta à literatura. Foram incluídos estudos que utilizaram auxílio tecnológico e abordaram o tema proposto em bebês a termo e saudáveis, sem alterações neurológicas ou anomalias craniofaciais. Foram excluídas as publicações realizadas com bebês pré-termo, sindrômicos, com anomalias, doenças neurológicas ou qualquer alteração que pudesse interferir na amamentação, revisões de literatura e relatos de caso. Os artigos selecionados foram analisados e classificados quanto ao nível de evidência científica, predominando o nível três de evidência. A análise de conteúdo demonstrou a necessidade de adequações nas iconografias 3D, para que o processo de sucção e deglutição demonstrado no bebê virtual pudesse corresponder ao conhecimento científico atual. Tais adequações foram propostas a partir dos achados de 9 estudos, publicados entre 2008 e 2014, que utilizaram ultrassonografia para demonstrar como ocorre o processo de amamentação. Desta forma, foram modificados os aspectos da pega, da movimentação de língua, mandíbula, palato mole e laringe, além da sincronização da sucção/deglutição/respiração e deslocamento do mamilo, num processo desenvolvido em cinco etapas. Assim, o presente estudo descreveu o processo de desenvolvimento das iconografias em 3D sobre a anatomia e fisiologia da sucção e deglutição no recém-nascido a termo, sendo que a validade de conteúdo permitiu atualizar vários aspectos da amamentação do Bebê Virtual, quebrando velhos paradigmas e possibilitando ilustrar didaticamente as evidências científicas relacionadas. / The efficiency of breastfeeding requires a complex coordination amongst the suctioning, the swallowing and the breathing. And technology has been an important part of the understanding of this process. However, based on the current science, it was not possible to find any videos on the internet that could demonstrate the anatomy and physiology of breastfeeding in a didactical way. The objective of this study was to describe the development within a sequence of computer graphics regarding the suctioning and the swallowing processes, as a result of the Virtual Baby digital creation, as well as to validate such a creation with regards to its content and to provide necessary adjustments to the educational material. The production of the suction and swallowing 3D images on the Virtual Baby, firstly, left from the preparation of a scientific roadmap and of a list of contents, objectives and competences related to the educational material and literature. Later, the second step was to create a scientific script, considering the skull anatomy, face, oral cavity, pharynx, larynx and esophagus of the newborn, as well as the description of the physiological mechanisms related to suction, oral and pharyngeal phases of the swallowing in the baby. In order to do so, 14 publications from 1998 to 2008 that contained substantial information on demonstrating breastfeeding were used. The theoretical contents were organized into key scenes, allowing the creation of previews of the dynamic sequences. Those were evaluated by anatomy, speech therapy and medicine professors, evaluation from which were made the necessary adjustments and the construction of 3D computer graphics images. The analysis of the content validation of those images was based on the representativity of the items that compose them so as found in literature consultation. Studies which used technological assistance and approached the theme in healthy full-term, without neurological alterations or skull-face anomalies babies, were included. As for the publications that went over preterm, syndromic newborns or newborns that showed anomalies, neurological diseases or any alteration that could interfere in breastfeeding, literature review or case studies, those were excluded from the research. So, the selected articles were analyzed and classified in the level of scientific evidence, prevailing level three. The analysis of content showed the need to adequate some of the 3D images, so that the suctioning and swallowing process in the Virtual Baby corresponded to the up to date scientific knowledge. These adjustments were proposed based on the findings of 9 studies published between 2008 and 2014, which used ultrasonography to demonstrate the process of breastfeeding. This way, in a five step process, the aspects of the handle, the movement of the tongue, jaw, soft palate and larynx, as well as the synchronization of sucking/swallowing/breathing and the nipple displacement were modified. Therefore, this study was able to describe the process of the 3D iconographies development on the anatomy, physiology of the suction and the swallowing in the full-term newborn, whereas the validity of content allowed updating various aspects of breastfeeding virtual baby, breaking old paradigms and enabling the didactical illustration of related scientific evidences.
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Estudo da deglutição em pacientes com distonia laríngea antes e após o tratamento com toxina botulínica / Study of swallowing in patients with laryngeal dystonia before and after treatment with botulinum toxin.Leda Maria Tavares Alves 18 November 2013 (has links)
A distonia é uma síndrome que consiste de contrações musculares involuntárias que resultam em movimentos distorcidos e repetitivos e/ou posturas anormais. O tratamento pode ser por farmacoterapia, com drogas anticolinérgicas ou com a injeção de toxina botulínica no grupo de músculos afetados. O objetivo do trabalho foi avaliar a deglutição nos pacientes com distonia laríngea, antes e após o tratamento com a toxina botulínica. Nossa hipótese foi que a toxina botulínica modificaria a deglutição dos pacientes com distonia laríngea. Foram avaliados 17 indivíduos adultos, acima de 18 anos de idade, com diagnóstico clínico de distonia laríngea antes e após o tratamento com o uso de toxina botulínica do tipo A, e 20 indivíduos adultos saudáveis como controles. Os participantes foram submetidos à anamnese fonoaudiológica e avaliação videofluoroscópica da deglutição. Os pacientes com distonia foram avaliados antes e 30 dias após a injeção de toxina botulínica, guiada por eletromiografia. Na videofluoroscopia foram avaliadas 6 deglutições de 5mL, sendo 3 na consistência líquida (sulfato de bário 100%, e 3 na consistência pastosa (3g do espessante alimentar ThickenUp Clear, em 50 mL de sulfato de bário (100%) oferecidas em uma colher. A ordem das deglutições foi aleatória. Foram estudadas as fases oral e faríngea da deglutição, com registro de 30 quadros por segundo. Os pacientes com distonia laríngea apresentaram aumento de resíduos na região oral e em valécula e maior número de deglutições. Os pacientes apresentaram tempo de trânsito faríngeo (TTF) menor do que os controles (p<0,01), para os bolos nas consistências líquida e pastosa. O TTF foi menor após aplicação do que antes da aplicação da toxina botulínica, quando da deglutição do bolo pastoso. Portanto, concluiu-se que os pacientes com distonia laríngea, comparado a controles, têm trânsito mais rápido pela faringe, aumento de resíduos na região oral e em valécula e maior número de deglutições para o mesmo volume.Trinta dias após a aplicação da toxina botulínica foi observado diminuição da duração do trânsito pela faringe, com o bolo pastoso, e resposta tardia do movimento do osso hióide em relação à chegada do bolo na faringe. / Dystonia is a syndrome consisting of involuntary muscle contractions that result in distorted and repetitive movements and/or abnormal postures. Treatment may be by pharmacotherapy with anticholinergic drugs or with the injection of botulinum toxin in the affected muscle group. The aim of this study was to evaluate swallowing in patients with dystonia before and after treatment with botulinum toxin. Our hypothesis was that botulinum toxin modify the swallowing of patients with spastic dystonia. Seventeen adult subjects over the age of 18 years with clinically diagnosed dystonia were evaluated before and after treatment with botulinum toxin type A and compared to 20 healthy adults as controls. Participants underwent phonologic anamnesis and videofluoroscopy assessment of swallowing. Patients with dystonia were assessed before and 30 days after injection of botulinum toxin, guided by electromyography. In fluoroscopy, 6 swallows were evaluated of 5ml: 3 in a liquid consistency (100% barium sulfate) and 3 in a pasty consistency (3g of food thickener, ThickenUp Clear) in 50 mL of 100% barium sulfate, offered on a spoon. The oral and pharyngeal phases of swallowing were studied from swallows of random order, with registration of 30 frames per second. Patients with dystonia showed an increase of residue in the oral region and vallecula and greater number of multiple swallows. Patients had less pharyngeal transit time (PTT) than controls (p<0.01) for boluses of liquid and pasty consistencies. PTT was lower after the application of botulinum toxin than before with the swallowing of a pasty bolus. It was concluded that patients with dystonia, compared to controls, have more rapid transit through the pharynx, increased residues in the oral region and vallecula and a greater number of swallows for the same volume. Thirty days after the botulinum toxin, it was observed a shorter pharyngeal transit time with paste bolus, and delayed hyoid movement response to bolus presence in pharynx.
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Cinética dos anticorpos anti-HLA no pós-transplante renal - impacto na rejeição aguda do enxerto / Clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagiaErick Acerb Barbosa 06 November 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: São poucos os estudos que descrevem e comparam as avaliações clínicas fonoaudiológica e videofluoroscópica da deglutição em crianças com suspeita de disfagia. Neste estudo, descrevemos os sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea observados na avaliação clínica e os achados videofluoroscópicos das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição; identificamos os sinais e sintomas clínicos associados à presença de alteração na fase faríngea; identificamos os fatores clínicos associados aos sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea e aos achados videofluoroscópicos das fases oral e faríngea; e verificamos a influência da idade na presença dessas alterações. MÉTODOS: Análise retrospectiva de dados de avaliações clínicas fonoaudiológicas e videofluoroscópicas da deglutição realizadas em 55 crianças de 1 mês a 7 anos e 11 meses de idade. Na avaliação clínica, utilizou-se o Protocolo para Avaliação Clínica da Disfagia Pediátrica. Na videofluoroscopia, analisaram-se alterações nas fases oral, faríngea e esofágica da deglutição. Para a análise estatística, foram utilizados os Testes de Qui-quadrado e Exato de Fisher. RESULTADOS: A alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio foram os sinais clínicos mais observados. As alterações de fase oral foram menos frequentes com líquido fino e mais frequentes com pastoso homogêneo. As alterações na fase faríngea foram mais frequentes com líquido fino e menos frequentes com líquido engrossado e pastoso homogêneo. Na fase esofágica, aproximadamente metade das crianças apresentou refluxo gastroesofágico. O engasgo associou-se à penetração laríngea isolada com líquido fino. A prematuridade e os problemas neurológicos associaram-se à dessaturação de oxigênio. Houve associação significativa entre problemas neurológicos e alteração de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição. O refluxo gastroesofágico associou-se ao desconforto respiratório. Na avaliação clínica, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alteração na ausculta cervical e na qualidade vocal e mais desconforto respiratório; as de 7-14 meses mais alteração na ausculta cervical; as maiores do que 1 ano mais alteração na qualidade vocal. Na videofluoroscopia, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alterações na fase oral e resíduo faríngeo; as de 7-14 meses mais alterações na fase faríngea com líquido fino; as de 15-36 meses mais alterações na fase oral; as maiores do que 37 meses mais alterações na fase faríngea com pastoso homogêneo; as maiores do que 1 ano mais alterações na fase oral e resíduo faríngeo. CONCLUSÕES: Os sinais e sintomas clínicos mais observados foram alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio. As alterações na fase oral e faríngea relacionaram-se à diferentes consistências alimentares. O engasgo foi o único sinal clínico associado à penetração laríngea isolada com líquido fino. A dessaturação de oxigênio associou-se à prematuridade e aos problemas neurológicos e o desconforto respiratório ao refluxo gastroesofágico. As alterações de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição associaram-se aos problemas neurológicos. Constataram-se diferenças para os sinais clínicos relacionadas à idade. Observaram-se alterações nas fases oral e faríngea não esperadas para a idade na população estudada / INTRODUCTION: Studies which report and compare clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagia are scarce. In the present study, we reported clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase, noticed during the clinical assessment and videofluoroscopic findings of oral, pharyngeal and esophageal phases of swallowing; we identified clinical signs and symptoms associated with alterations in the pharyngeal phase; we identified clinical factors associated with clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase and with videofluoroscopic findings of oral and pharyngeal phases; and we also verified the influence of age on such alterations. METHODS: Retrospective analysis of data from clinical and videofluoroscopic swallowing assessment performed in 55 children with ages between 1 month and 7 years and 11 months. For the clinical assessment, the \"Protocol for Clinical Assessment of Pediatric Dysphagia\" was used. In the videofluoroscopy, alterations in oral, pharyngeal and esophageal phases were analyzed. For the statistical analysis, Chi-square Test and Fisher\'s Exact Test were used. RESULTS: Cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation were the most common clinical signs observed. Alterations in the oral phase were less frequent with thin liquid and more frequent with smooth puree consistency. Alterations in the pharyngeal phase were more frequent with thin liquid and less frequent with thickened liquid and smooth puree consistency. In esophageal phase, approximately half sample presented gastroesophageal reflux. Choking was associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Prematurity and neurological disorders were associated with oxygen desaturation. Significant association between neurological disorders and alterations in oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were found. Gastroesophageal reflux was associated with respiratory distress. In the clinical assessment, children aged between 1-6 months showed less cervical auscultation and vocal quality alterations and more respiratory distress; those between 7-14 months presented more cervical auscultation alteration; those older than 1 year showed more vocal quality alteration. In the videofluoroscopy, children aged between 1-6 months showed less alterations in the oral phase and pharyngeal residue; those between 7-14 months showed more alterations in the pharyngeal phase with thin liquid; those between 15-36 months presented more alterations in the oral phase; those older than 37 months showed more alterations in the pharyngeal phase with smooth puree consistency; those older than 1 year presented more alterations in the oral phase and pharyngeal residue. CONCLUSIONS: The most common clinical signs and symptoms were cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation. Alterations in the oral and pharyngeal phases were related to different food consistencies. Choking was the only clinical sign associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Oxygen desaturation was associated with prematurity and neurological disorders. Respiratory distress was associated with gastroesophageal reflux. Alterations in the oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were associated with neurological disorders. Differences for clinical signs related to age were verified. Alterations in the oral and pharyngeal phases which were not expected for age of the population studied were noticed
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Avaliação prognóstica funcional de nervos cranianos de pacientes submetidos à exérese de schwannoma vestibular / Functional prognostic analysis of cranial nerves in patients submitted to excision of vestibular schwannomaRaiene Telassin Barbosa Abbas 26 May 2017 (has links)
Introdução: O schwannoma vestibular (SV) é um tumor benigno que se origina na bainha de schwann de um dos nervos vestibulares. De acordo com sua topografia lesões nos nervos cranianos facial, trigêmeo, coclear e bulbares podem estar presentes. Apesar do conhecimento da possibilidade de lesão nos nervos cranianos bulbares, a condução de estudos com o intuito de identificar alterações funcionais relacionadas raramente é estudada. Objetivos: Analisar fatores prognósticos de resultados funcionais relacionados aos nervos cranianos facial, trigêmeo, coclear e bulbares e correlacionar o prognóstico fonoaudiológico com os resultados de escalas funcionais finais dos nervos cranianos avaliados. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte com coleta de dados parcialmente retrospectiva que analisa a incidência de déficits funcionais de nervos cranianos em pacientes submetidos à exérese de SV, por meio de um protocolo de avaliação clínica estruturado (PAEC) especificamente para este estudo. O PAEC foi constituído de 2 sessões, sendo a primeira referente aos fatores prognósticos de sequelas e a segunda com dados funcionais referentes à deficiência auditiva (DA), comprometimento neurológico global (CNG), paralisia facial periférica (PFP), disfagia (DG) e fonação (DF). A coleta de dados foi realizada durante os meses de janeiro a junho do ano de 2016 no ambulatório de tumores da divisão de neurologia funcional do instituto de psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A análise dos dados foi realizada por meio do software SPSS de modo inferencial univariado e multivariado adotando um p valor inferior a 0.05. Resultados: A amostra foi composta por 101 sujeitos, sendo 77,2% do sexo feminino e 22,8% do sexo masculino. A média de idade correspondeu à 47,1 anos. Foram identificados 20,8% pacientes portadores de neurofibromatose do tipo 2 (NTFII). A via de acesso cirúrgico preferencial foi a retrossigmoidea (92,1%) com média tumoral igual a 3,4cm.70% dos pacientes apresentaram ressecção total do tumor com uma única abordagem. Na análise univariada foram identificados os fatores preditivos de sequela por desfecho estatisticamente significantes tamanho tumoral, presença de neurofibromatose e ressecção total respectivamente- CNG ( < 0,001; 0,023; 0,010), DG (pvalor < 0,001; pvalor 0,007; pvalor < 0,001), DF (pvalor 0,013; pvalor 0,002), confirmados pela análise multivariada respectiva - CNG (Odds Ratio (OD) 1,5 - pvalor 0,07; OR 3,5 - pvalor 0,036; OR 2,4- pvalor 0,08), DG (OR 2,3 - pvalor 0,006; OR 5,7 - pvalor 0,015; OR 3,9 - pvalor 0,018) e DF (OR 1,6 -pvalor 0,062; OR 5,5 - pvalor 0,006). Para o desfecho PFP a análise univariada foi estatisticamente significante para NTFII (pvalor 0,009) e PFP prévia (pvalor < 0,001) confirmados pela análise multivariada (OR 24,6 - pvalor 0,009; OR 0,3 - pvalor < 0,001), neste desfecho foi realizado estudo correlacional entre as escalas funcionais de DG (pvalor < 0,001) e CNG (pvalor < 0,001) com resultados estatisticamente significantes para a correlação entre os desfechos. Os sinais clínicos da deglutição estatisticamente relevantes corresponderam em 44,4% fase preparatória oral e oral e 66,6% fase faríngea. Conclusões: Os fatores prognósticos significativos relacionados aos déficits funcionais encontrados neste trabalho foram o tamanho do tumor e presença de NFT II em todos os desfechos estudados. Para CNG e DG foi evidenciado ainda o fator preditor de tipo de ressecção estatisticamente significante. Os déficits funcionais de paralisia facial periférica se correlacionaram aos déficits da deglutição em fase oral e fase faríngea e de incapacidade funcional / Introduction: Vestibular schwannoma (VS) is a benign tumor that originates in the schwann sheath of one of the vestibular nerves. According to their topography lesions in the cranial, facial, trigeminal, cochlear and bulbar pairs may be present. Although knowledge of the possibility of injury in the lower cranial nerves, the conduction of studies with the purpose of identifying related functional alterations are rarely studied. Objectives: To analyze prognostic factors of functional results related to facial, trigeminal, cochlear and bulbary cranial nerves and to correlate the final functional prognosis of the cranial nerves with each other. Methodology: This is a cohort study with partial retrospective data collection that analyzes the incidence of functional deficits of cranial nerves in patients submitted to SV excision, using a structured clinical evaluation protocol (PAEC) specifically for this study . The PAEC consisted of 2 sessions, the first one referring to prognostic factors of sequelae and the second with functional data regarding hearing loss (DA), global neurological impairment (CNG), peripheral facial paralysis (PFP), dysphagia (DG) and Phonation (DF). The data collection was performed during the months of January to June of the year 2016 in the ambulatory of acoustic neurinoma of the Hospital das Clínicas of the Faculty of Medicine of the University of São Paulo. Data analysis was performed using univariate and multivariate inferential mode SPSS software, adopting a value of less than 0.05. Results: The sample consisted of 101 subjects, being 77.2% female and 22.8% male. The mean age was 47.1 years. 20.8% of patients with neurofibromatosis type 2 (NTFII) were identified. The preferred surgical access route was retrossigmoid (92.1%) with a mean tumor equal to 3.4cm.70% of the patients presented total tumor resection with a single approach. In the univariate analysis, the predictive sequelae factors were identified by statistically significant tumor size, presence of neurofibromatosis and total resection, respectively - CNG ( < 0.001; 0.023; 0.010), DG (pvalor < 0.001, pvalor 0.007, pvalor < 0.001), DF (Odds ratio 0.05, pvalor 0.013, pvalor 0.002), confirmed by the respective multivariate analysis - CNG (Odds Ratio (OD) 1.5 - pvalor 0.07, OR 3.5 - pvalor 0.036, OR 2.4 - pvalor 0.08), DG (OR 2.3 - pvalor 0.006; OR 5.7 - Pvalor 0.015, OR 3.9 - pvalor 0.018) and DF (OR 1.6 -value 0.062, OR 5.5 - pvalor 0.006). For the PFP endpoint, the univariate analysis was statistically significant for NTFII (pvalor 0.009) and previous PFP (pvalor < 0.001) confirmed by the multivariate analysis (OR 24.6 - pvalor 0.009; OR 0.3 - pvalor < 0.001). The functional scales of DG (pvalor < 0.001) and CNG (pvalor < 0.001) with statistically significant results for the correlation between the outcomes. Significant clinical signs of swallowing corresponded in 44.4% oral and oral preparatory phase and 66.6% pharyngeal phase. Conclusions: The significant prognostic factors related to the functional deficits found in this study were tumor size, NFT II presence and resection type in all the outcomes studied. Functional deficits of peripheral facial paralysis were correlated with oral and pharyngeal deglutition deficits and functional disability
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Detecção de disfagia na fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico. Proposição de conduta baseada na caracterização dos fatores de risco / Detection of dysphagia during the acute phase of ischemic cerebrovascular accident. Proposition of behavior based on the characterization of risk factorsPaula de Carvalho Macedo Issa Okubo 03 April 2008 (has links)
A disfagia orofaríngea é uma manifestação comum apresentada na fase aguda do acidente vascular cerebral (AVC). A aspiração decorrente das dificuldades de deglutição é um sintoma que deve ser considerado devido à freqüente presença de pneumonias aspirativas que podem influenciar na recuperação do paciente trazendo complicações ao seu quadro clínico em geral e até mesmo risco de morte. A caracterização clínica precoce das alterações de deglutição pode auxiliar na definição de condutas e evitar a administração de dieta por via oral oferecendo riscos ao paciente. O presente estudo teve por objetivo, propor a via mais segura de alimentação na fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) com o intuito de minimizar complicações, utilizando a escala de AVC proposta pelo \"National Institutes of Health\", o NIHSS e considerando alguns fatores de risco para disfagia na clínica apresentada por estes pacientes, com a formulação de um algoritmo. Para tanto, foram avaliados 50 pacientes internados na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo com diagnóstico de AVCI confirmado, clinicamente, por um médico neurologista, dentro de, no máximo, 48 horas entre o início dos sintomas e a avaliação. Os pacientes foram avaliados desde que se enquadrassem nos critérios propostos, sendo 25 do gênero feminino e 25 do masculino, com idade média de 64,90 anos (variação de 26 a 91 anos). Uma anamnese foi realizada antes da participação do paciente no estudo, para que fosse assegurada a ausência de história de dificuldades de deglutição anteriores ao quadro atual. A avaliação clínica fonoaudiológica foi realizada à beira do leito através de um protocolo constituído por dados de identificação do paciente, data do início dos sintomas, data de entrada no hospital, escore da escala de coma de Glasgow (ECG) e do NIHSS obtidos na avaliação neurológica inicial e no dia da avaliação, fatores de risco para AVC, achados clínicos obtidos na avaliação neurológica do paciente, resultado do exame de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética). A segunda parte foi destinada à escala do NIHSS e, por fim, a terceira parte constou da avaliação da deglutição, sendo subdividida em estrutural e funcional. Para a avaliação funcional da deglutição foram utilizadas as consistências alimentares pastosa, líquida e sólida (quando possível, dependendo das condições apresentadas pelo paciente). O volume da oferta também dependeu das possibilidades apresentadas: aqueles pacientes que não ofereciam condições clínicas para a realização da avaliação, como os que se encontravam com intubação orotraqueal, estado de sonolência profunda ou em estado de coma, esta foi contra-indicada. Após a avaliação clínica, com a obtenção dos dados estruturais e funcionais, concluiu-se se a avaliação clínica da deglutição apresentava-se normal ou alterada. A partir de então, era concluído sobre a possibilidade de introdução de dieta por via oral. Para a análise estatística foi utilizado o teste exato de Fisher, verificando a associação entre as variáveis. Para avaliar se o escore do NIHSS caracterizaria um indicador de fator de risco para a disfagia, foi construída a curva ROC visando obter características quanto à sensibilidade e especificidade da escala para este propósito. Os resultados demonstraram que a disfagia é uma manifestação freqüente na fase aguda do AVCI, presente em 32% dos pacientes analisados. A avaliação clínica da deglutição é um método confiável de detecção das dificuldades de deglutição. Entretanto, os fatores preditivos de risco para a função devem ser ponderados, devendo ser considerada a gravidade do quadro, o nível de consciência e a presença de comorbidades pré-existentes. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) demonstrou ser o principal fator de risco para o AVC apresentada por 72% dos pacientes, seguida do tabagismo (36%), etilismo (20%) e diabete melito (20%). Gênero e hemisfério cerebral acometido não tiveram associação estatisticamente significante com a presença de disfagia. Idade, NIHSS, ECG, alterações de fala e linguagem e topografia da lesão são fatores preditivos de disfagia apresentando diferenças estatisticamente significantes. Pacientes com lesões em território carotídeo apresentaram maior prevalência quanto à presença de disfagia (58,88%). O NIHSS apresenta alta sensibilidade (88%) e especificidade (85%) para detecção de disfagia considerando 12 como valor de corte para sua existência. A formulação de um algoritmo para detecção de disfagia na fase aguda do AVCI poderá auxiliar na definição de condutas quanto à melhor via de administração da dieta enquanto se aguarda uma avaliação fonoaudiológica especializada. / Oropharyngeal Dysphagia is a common manifestation presented in the acute phase of cerebrovascular accident (CVA). The aspiration resulting from the difficulties of deglutition is a symptom that should be considered due to the frequent occurrence of aspirative pneumonia that could influence the patient\'s recovery, causing complications to the general clinical and even the risk of death. The early clinical characterization of deglutition alterations can help to specify the proper behavior and to avoid the prescription of a diet that could offer the patients risks. The present study had as objective to propose the most secure feeding for the patient in the acute phase of the ischemic cerebrovascular accident (ICVA) with the aim to minimize complications, using the CVA scale proposed by the National Institutes of Health (NIHSS) and considering some risk factors of dysphagia in the practice presented by these patients, with the creation of an algorithm. Thus, 50 inpatients were evaluated at the Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo with clinically confirmed ICVA diagnosis by a neurologist, within, at most, 48 hours from the onset of the symptoms and the evaluation. The patients were assessed randomly as long as, in which 25 were women and 25 were men, and 64,90 years old were the average ages (variation from 26 to 91 years old). An anamnesis was carried out before the patient\'s participation in the study, so that the previously absence of the history of deglutition difficulties was ensured. The clinical phonoaudiological assessment was carried out on bed side through a protocol constituted by patients identification data, symptoms onset date, admission date in the hospital, Glasgow Coma Scale (GCS) and NIHSS score obtained in the initial neurological evaluation and in the evaluation\'s day, risk factors for CVA, clinical findings obtained from the patient\'s neurological evaluation, result of the screenings (computed tomography or magnetic resonance imaging). The second part was designed to the NIHSS scale and, the third part was constituted by the clinical deglutition evaluation, subdivided in structural and functional. For the functional deglutition evaluation the pasty, liquid and solid feeding consistencies were used (when possible, depending on the conditions presented by the patient). The volume of the offer also depended on the presented possibilities: those patients who did not present clinical conditions for the evaluation, such as the ones who were with orotraqueal intubation, deep sleep state or coma; it was counter-indicated. After the clinical evaluation, with the structural and functional data obtained, it was concluded whether the clinical deglutition evaluation was normal or altered. Since then, it was concluded the possibility of a diet prescription. For the statistical analysis the Fisher exact test was used to verify the association between variables. To evaluate if the NIHSS score would characterize a risk factor indicator for dysphagia, the curve ROC was built aiming to obtain characteristics related to the sensitivity and specificity of the scale for this purpose. The study allowed us to conclude that dysphagia is a frequent manifestation in the acute phase of ICVA, present in 32% of the analyzed patients. The clinical deglutition evaluation is a reliable method of difficulties deglutition detection. However, the predicting risk factors for the function should be balanced and the severity of the clinical picture, the consciousness level and the presence of preexistent comorbidities should be considered. The systemic arterial hypertension (SAH) demonstrated to be the main risk factor for the CVA presented by 72% of the patients, followed by tabagism (36%), alcoholism (20%) e diabetes mellitus (20%). Gender and damaged cerebral hemisphere did not have a statistically significant association to the presence of dysphagia. Age, NIHSS, GCS, speaking and language alterations and lesion topography are predicting factors of dysphagia presenting statistically significant differences. Patients with lesions in the carotid territory presented more prevalence regards the presence of dysphagia (58,88%). NIHSS presents high sensitivity (88%) and specificity (85%) to the detection of dysphagia considering 12 as the cutoff value for its existence. The creation of an algorithm to detect dysphagia in the acute phase of ICVA will be able to help the definition of the proper behavior regards the prescription of a diet while a specialized speech pathological evaluation is awaited.
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Orientações fonoaudiológicas para cuidadores e/ou familiares de pacientes adultos com demência / Guidelines phonoaudiologicals for caregivers and / or relatives of adult patients with dementiaIsabel Cristina Sabatini Perez 18 April 2011 (has links)
A demência é uma síndrome caracterizada pelo declínio de memória e déficit cognitivo que influenciam no desempenho social do indivíduo. É uma junção de sinais e sintomas que culminam em uma deterioração crônica, e em geral progressiva do funcionamento do intelecto, da personalidade e da comunicação. Entre os principais tipos de demência encontra-se a demência do tipo Alzheimer, a demência vascular, a demência com corpos de Lewy e a demência frontotemporal. Independentemente do tipo de demência, um dos seus primeiros indícios é o comprometimento da memória, maior dificuldade de atenção e concentração, perda de habilidades intelectivas, desorientação espaço-temporal, mudanças no comportamento, no humor e na personalidade. Além destas alterações, conforme a doença evolui, o paciente pode apresentar dificuldades para se alimentar e deglutir, e é função do fonoaudiólogo intervir nos distúrbios de memória, fala e deglutição. O presente trabalho teve por objetivo confeccionar uma cartilha de orientações fonoaudiológicas, relacionadas à linguagem e à deglutição, aos cuidadores e/ou familiares de pacientes com demência. Teve como base as dúvidas mais frequentemente encontradas sobre as manifestações fonoaudiológicas apresentadas no questionário que foi aplicado aos cuidadores e/ou familiares dos pacientes com problemas neurológicos, assim como a contribuição de achados teóricos. / Dementia is a syndrome that is characterized by the decline in memory and cognitive deficits that influence the social performance of an individual. It is a combination of signs and symptoms that culminate in a chronic deterioration, and generally progressive operation of intellect, personality and the communication of an individual. Among the main types of dementia is the dementia of Alzheimer, vascular dementia, dementia with Lewy bodies and frontotemporal dementia. Whatever the type of dementia, the first signs are memory impairment, increased difficulty of attention and concentration, loss of skills intellect, spatial-temporal disorientation, changes in behavior, mood and in personality. In addition to these changes, as the disease progresses, patients may find it difficult to get food and swallow. This is a function of the speech pathologist involved in the disturbances of memory, speech and swallowing. The study aimed was to manufacture a book of guidelines that speech therapists, related to language and swallowing, to caregivers and / or relatives of patients with dementia. It was based on the questions most frequently found on the demonstrations phonoaudiologicals presented in the questionnaire that was applied to caregivers and / or relatives of patients with neurological problems, as well as the contribution of theoretical findings.
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Características da deglutição em idosos submetidos a diferentes estratégias de reabilitação oral protética / Characteristics of swallowing in elderly individuals submitted to different strategies for prosthetic oral rehabilitationTatiane Totta 29 August 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi verificar se diferentes estratégias de reabilitação oral protética acarretam modificações nos achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição em idosos. Métodos: participaram da pesquisa 42 idosos saudáveis com desempenho cognitivo adequado (26 mulheres e 16 homens, 60-82 anos), desdentados totais ou parciais, separados em três grupos segundo avaliação odontológica prévia: próteses parciais fixas ou removíveis (PP) (n = 15); próteses totais removíveis superior e inferior (PTR) (n = 15); e próteses totais removíveis superior e próteses totais fixas implanto-suportadas inferior (PTFIS) (n = 12). O grupo controle foi constituído de 15 idosos dentados totais (DT) (6 homens e 9 mulheres, 60-80 anos) que atenderam aos critérios de inclusão na amostra. Avaliaram-se as consistências sólida (pão), pastosa (10 ml) e líquida (10 ml). Para a avaliação clínica propôs-se uma classificação da gravidade da disfunção da deglutição orofaríngea, distribuída em cinco níveis. Na avaliação instrumental, da qual participaram 37 idosos, realizou-se teste de sensibilidade laringofaríngea, e classificou-se a gravidade do distúrbio de deglutição, de acordo com a escala de comprometimento funcional (gravidade) da deglutição após a VED, ordenada em graus de 0 à III. Para a análise comparativa entre os grupos em ambas as avaliações, e para comparação entre os níveis de comprometimento da deglutição, utilizou-se o Teste de Kruskal-Wallis, adotando-se o nível de significância inferior a 5%. Resultados: Os achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição demonstraram não haver diferenças estatisticamente significantes (p>0,05) entre os grupos estudados, nas três consistências ofertadas. Especificamente na avaliação clínica, para a consistência pastosa o grupo DT apresentou maior prevalência de deglutição funcional, enquanto a disfagia orofaríngea moderada foi o padrão de maior ocorrência no grupo PTR (p<0,01). Para o sólido, os grupos de reabilitação oral demonstraram predomínio das disfagias (p<0,01) em relação à deglutição normal e funcional, sendo predominante a disfagia orofaríngea moderada para o grupo PTR (p<0,01). A VED demonstrou, para todos os grupos, que na deglutição de líquido houve distribuição semelhante entre os níveis, enquanto nas consistências sólida e pastosa encontrou-se predomínio de disfagia (p<0,01), havendo maior ocorrência da disfagia orofaríngea moderada (p<0,01) para o grupo PTR na consistência pastosa. O teste de sensibilidade laringofaríngea demonstrou que 19 (51,35%) indivíduos apresentaram alteração da sensibilidade, sendo 6 (40%) do grupo PP, 7 (63,63%) do grupo PTR e 6 (54,54%) do grupo PTFIS. Conclusão: Idosos saudáveis podem apresentar diferentes níveis de deglutição, havendo maior ocorrência de disfagia orofaríngea para as consistências pastosa e sólida, sendo que diferentes estratégias de reabilitação oral não resultam em modificações no padrão de deglutição desses sujeitos. / This study investigated if different strategies of prosthetic oral rehabilitation cause changes in the clinical and videoendoscopic findings of swallowing in elderly individuals. Methods: The study was conducted on 42 healthy elderly subjects with adequate cognitive performance (26 women and 16 men, 60-82 years), completely or partially edentulous, divided in three groups according to the previous dental evaluation: wearing fixed or removable partial dentures (RPD) (n = 15); wearing maxillary and mandibular removable complete dentures (RCD) (n =15); and wearing maxillary removable complete dentures and mandibular implant-supported fixed complete dentures (ISFCD) (n = 12). The control group was composed of 15 completely dentate elderly individuals (DT) (6 men and 9 women, 60-80 years) who met the inclusion criteria. Solid (bread), paste (10 ml) and liquid (10 ml) food textures were analyzed. Clinical evaluation was performed by classification of the severity of dysfunction of oropharyngeal swallowing, divided in five scores. The instrumental evaluation was applied to 37 elderly individuals, comprising the laryngopharyngeal sensitivity test for classification of the severity of the swallowing disorder according to the scale of functional impairment (severity) of swallowing after the VED, divided in scores 0 to III. Comparison between groups in both evaluations and between the scores of impairment of swallowing was performed using the Kruskal-Wallis test, at a significance level below 5%. Results: The clinical and videoendoscopic findings of swallowing revealed no statistically significant differences (p>0.05) between the study groups, for the three textures. Specifically with regard to the clinical evaluation for the paste texture, the DT group exhibited higher prevalence of functional swallowing, while the RCD group presented higher occurrence of moderate oropharyngeal dysphagia (p<0.01). With regard to the solid texture, the groups of oral rehabilitation presented predominance of dysphagia (p<0.01) in relation to normal and functional swallowing, with predominance of moderate oropharyngeal dysphagia for the RCD group (p<0.01). The VED demonstrated, for all groups, that the swallowing of liquid had a similar distribution between scores, while for the solid and paste textures there was predominance of dysphagia (p<0.01), with higher occurrence of moderate oropharyngeal dysphagia (p<0.01) for the RCD group for the paste texture. The laryngopharyngeal sensitivity test demonstrated that 19 (51.35%) individuals presented alterations in sensitivity, being 6 (40%) in the RPD group, 7 (63.63%) in the RCD group and 6 (54.54%) in the ISFCD group. Conclusion: Healthy elderly individuals may present different scores of swallowing, with higher occurrence of oropharyngeal dysphagia for the paste and solid textures; different strategies of oral rehabilitation did not cause changes in the pattern of swallowing of these individuals.
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Características supraglóticas de idosos: relações com a função de deglutição / Supraglottic characteristics of the elderly: relations with the swallowing functionLeticia de Lemos Freixo 26 January 2018 (has links)
O envelhecimento implica em modificações na função vocal e de deglutição do idoso, causando impacto na sua qualidade de vida. Dentre as características laríngeas do idoso, destaca-se que o movimento da constrição supraglótica é, frequentemente, considerada prejudicial durante a fonação, enquanto que durante a deglutição, compõe o mecanismo de defesa do trato aéreo. O objetivo do presente estudo é descrever as características supraglóticas da laringe do idoso durante as funções de respiração e fala, as características orofaríngeas de deglutição e investigar as relações entre estas características supraglóticas e de deglutição. Neste estudo retrospectivo, foram analisados dados de prontuários e exames de nasofibroscopia da fonação e da deglutição de 60 idosos saudáveis com média de 68,8 anos. Como características laríngeas foram investigados a presença e os graus de aumento de volume das pregas vestibulares, de constrição mediana na emissão de vogal e na fala encadeada e de constrição anteroposterior na emissão de vogal. Como características de deglutição foram analisados a presença e os graus de resíduos em seios piriformes, valéculas, orofaringe e laringofaringe, a ocorrência e os graus de penetração/aspiração laringotraqueal, escape posterior prematuro e atraso do início da fase faríngea nas consistências líquida pudim e sólida. Foram considerados como dados as análises realizadas por dois juízes com índice confiabilidade intra-avaliador ótima (teste Kappa). Os resultados foram analisados descritivamente e para verificar a associação entre características supraglóticas e a presença de escape posterior prematuro e atraso do início da fase faríngea de deglutição foi utilizado o teste Qui-quadrado (p<0,05). Foi verificado que o aumento de volume das pregas vestibulares e as constrições supraglóticas ocorreram para a maioria dos idosos, sendo que o aumento de volume das pregas vestibulares foi, quase sempre, bilateral e distribuído em graus discreto e evidente de forma semelhante; houve maior ocorrência de constrição mediana nos graus discreto e moderado; quase todos os casos de constrição anteroposterior foram produzidos com movimento apenas das aritenoides ou das aritenoides concomitantemente com a epiglote, além de haver mais casos no grau discreto; a maior parte dos idosos apresentou deglutição normal ou funcional; poucos idosos apresentaram resíduos em valéculas, seios piriformes, orofaringe e laringofaringe; ocorreram poucos casos de penetração laríngea de alimentos e apenas um de aspiração laringotraqueal; o escape posterior prematuro ocorreu em maior número para a consistência líquida, seguida das consistências sólida e pudim e o atraso da fase faríngea ocorreu para a minoria dos idosos; houve relação entre o escape posterior prematuro e: aumento do volume das pregas vestibulares na consistência líquida, constrição mediana durante emissão de vogal na consistência de pudim, constrição anteroposterior para a consistência de pudim e constrição mediana na fala na consistência sólida. Concluiu-se que os idosos saudáveis frequentemente apresentaram constrições supraglóticas e deglutição funcional e que os idosos com aumento de volume das pregas vestibulares manifestaram com maior frequência escape posterior prematuro de líquido, enquanto que os idosos que manifestaram constrição anteroposterior evidente e presença de constrição mediana na fala apresentaram, com maior frequência, escape posterior prematuro na consistência de pudim e sólido, respectivamente. / Aging implies changes in the vocal and swallowing functions of the elderly, causing an impact on their quality of life. Among the laryngeal characteristics of the elderly, it is noted that supraglottic constriction is usually considered a harmful factor during phonation, whereas, during swallowing, this behavior is an airway defense mechanism. The objective of the present study was to describe the supraglottic characteristics of the larynx of the elderly during the breathing and speech functions and the laryngopharyngeal characteristics of swallowing, besides investigating the relations between the supraglottic and swallowing characteristics. In this retrospective study, data from charts and nasopharyngoscopy examinations of phonation and deglutition of 60 healthy elderly subjects with an average of 68.8 years were analyzed. The presence and degrees of increase of the volume of vestibular folds, medial constriction in the emission of vowel and connected speech, and anteroposterior constriction in the vowel emission were investigated. The presence and degrees of the following parameters of food swallowing in liquid, pudding and solid consistencies: residues in pyriform sinuses, valleculae, oropharynx and laryngopharynx, laryngeal penetration/aspiration, premature spillage and delayed onset of pharyngeal phase, were analyzed as well. The results of analyses performed by two judges with optimal intra-rater reliability (Kappa test) were considered. The results were analyzed descriptively and the Chi-square test was used to verify the association between supraglottic characteristics and the presence of premature spillage and delayed onset of the pharyngeal swallowing phase (p<0.05). It was verified that the volume increase of vestibular folds and supraglottic constrictions occurred for the majority of the elderly. The volume increase of vestibular folds was almost always bilateral and distributed in discrete and evident degrees of similar form. There was greater occurrence of median constriction in the discrete and moderate degrees. Almost all cases of anteroposterior constriction were produced with movement only of the arytenoids or approximation of the arytenoids with the epiglottis, in addition to having a greater number of cases in a discrete degree; the majority of the elderly had normal or functional swallowing; there were few occurrences of residues in vallecules, pyriform sinuses, oropharynx and laryngopharynx, few cases of laryngeal penetration of food and only one of aspiration; the premature spillage occurred in greater number for the liquid, followed by the solid and pudding consistencies while the pharyngeal phase delay occurred for the minority of the elderly; there was a relationship between premature spillage and: increased volume of vestibular folds in liquid, medial and anteroposterior constriction in pudding and medial constriction in speech in solid consistency. It was concluded that the healthy elderly patients frequently had supraglottic constrictions and functional swallowing. The elderly with an increased volume of vestibular folds demonstrated less premature spillage in liquid, while the elderly who manifested evident anteroposterior constriction and presence of medial constriction in the speech presented greater premature spillage in pudding and solid consistencies, respectively.
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O uso do biofeedback eletromiográfico no treinamento para correta execução da manobra de Mendelsohn em portadores de doença de Machado-Joseph: estudo prospectivo randomizado / The use of electromyographic biofeedback for training of the Mendelsohn maneuver in carriers of Machado-Joseph disease: a random prospective studySabrina Mello Alves Correa 27 January 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: na reabilitação da disfagia faríngea, a manobra de Mendelsohn (MM) é a única descrita como efetiva para o trabalho de elevação da laringe e seqüente abertura do segmento faringo-esofágico, desde que executada corretamente. OBJETIVO: avaliar a eficácia do uso do biofeedback eletromiográfico no processo de treinamento para correta execução da manobra de Mendelsohn em portadores de Doença de Machado-Joseph (DMJ), com disfagia alta. CASUÍSTICA: participaram deste estudo 20 indivíduos sem queixas quanto à deglutição e 20 disfágicos, portadores de DMJ, que se equiparavam em termos de distribuição de sexos e média de idade, tinham cognitivo preservado, e foram separados em grupos: A e C, de disfágicos, e B e D, de controles. MÉTODOS: todos foram submetidos a anamnese dirigida, avaliação clínica da deglutição e a eletromiografia para verificação do tempo de sustentação da elevação da laringe, repetida depois de treinamento para correta execução da manobra de Mendelsohn, feito com (grupos A e B) ou sem (grupos C e D) a utilização do biofeedback eletromiográfico.Dificuldades relacionadas à realização da MM foram observadas diretamente e relatadas em resposta a questionário. RESULTADOS: a comparação dos disfágicos com os controles não evidenciou diferenças marcantes quanto à avaliação clínica da fase oral da deglutição, pois os doentes demonstravam apenas déficits quanto a protrusão, retração e tônus da língua. Entretanto, quanto à fase faríngea, mostraramse diferenças mais significativas, com os disfágicos apresentando, à deglutição de líquidos e sólidos, estase faríngea, acompanhada de tosse e/ou engasgo e penetração e/ou aspiração, alterações ausentes nos controles. Houve significante aumento do tempo de sustentação da elevação da laringe, de controles e pacientes, à deglutição de saliva, durante a realização da manobra de Mendelsohn, após o treinamento, principalmente se conduzido com suporte de biofeedback eletromiográfico. O mesmo ocorreu com a deglutição de iogurte, pastoso, consistência preferida pelos pacientes. Os pacientes do grupo A chegaram a atingir o mesmo desempenho que seus controles (grupo B), à realização da MM. À observação direta de dificuldades encontradas durante a realização da manobra, notou-se dificuldade para sustentar a elevação da laringe. Quando os indivíduos foram inquiridos a respeito, destacou-se dificuldade de entendimento da MM. De significante, extraiu-se, à observação direta e ao inquérito, que os pacientes têm mais expressivas dificuldades de controle respiratório durante a realização da MM do que os controles. CONCLUSÕES: 1. o treinamento orientado, verbal e gestual, para a correta execução da MM, é capaz, por si só, de aumentar o tempo de sustentação da elevação da laringe em portadores de DMJ e controles; 2. o biofeedback eletromiográfico agrega valor ao treinamento, promovendo ainda maior tempo de sustentação da elevação da laringe, à execução da MM, em portadores de DMJ, que atingem índices semelhantes aos dos controles, na deglutição de saliva e de pastoso; 3. os portadores de DMJ apresentam freqüentemente dificuldade de controle respiratório, sem repercussão clínica, durante a aplicação da MM. / Introduction: In the rehabilitation of pharyngeal dysphagia, the Mendelsohn maneuver (MM) is the only technique described as effective for elevating the larynx with subsequent opening of the esophageal-pharyngeal segment, provided it is correctly performed. Objective: To evaluate the efficacy of electromyographic biofeedback for training of the Mendelsohn maneuver in Machado-Joseph patients (MJD) with high dysphagia. Case Studies: Forty individuals participated in this study, including twenty with no complaints of deglutition and twenty MJD dysphagic patients , who were all similar in terms of gender distribution, average age, and cognitive function. Method: The medical history of each patient was reviewed. Each subject underwent a clinical evaluation of deglutition, as well as electromyography to determine the amount of time for which larynx elevation was sustained. Electromyography was repeated following achievement of the correct performance of MM. Training for MM was completed with (groups A and B) or without (groups C and D) electromyographic biofeedback. Difficulties related to performance of MM were observed directly and reported through the completion of a questionnaire. Results: Comparison between dysphagic patients and controls did not reveal significant differences with respect to the clinical evaluation of the oral phase of deglutition, since afflicted patients only demonstrated deficits related to the protrusion, retraction and tonus of the tongue. However, significant differences were observed with respect to the pharyngeal phase. Dysphagic patients presented with pharyngeal stasis during deglutition of liquids and solids, accompanied by coughing and/or choking as well as penetration and/or aspiration; these symptoms were absent in the controls. After training, there was a significant increase during MM in the time of larynx elevation as well as in the deglutition of saliva in both controls and patients. The time of larynx elevation was further increased when training was conducted with electromyographic biofeedback support. Similar results were found for the deglutition of yogurt, which has a pasty consistency preferred by the patients. Group A patients performed MM at the same level of competency as controls (group B). During direct observation, difficulties in sustaining the elevation of the larynx were noted. Questioning of the individuals experiencing difficulty revealed a lack of understanding with respect to MM. Specifically, it was determined that patients had more pronounced difficulty in respiratory control during MM as compared to normal controls. Conclusions: 1. Guided training, both verbal and gestural, for correct performance of the MM can increase the time of sustained larynx elevation in MJD patients and controls; 2. The use of electromyographic biofeedback during training further increases the time of sustained larynx elevation in MJD patients, allowing them to reach indexes similar to those of controls with respect to deglutition of saliva and semi-fluids; 3. Carriers of MJD frequently have difficulty in respiratory control, but without clinical repercussions, during the application of MM.
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