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Médicos e pacientes tem sexo e cor? A perspectiva de médicos e residentes sobre a relação médico-paciente na prática ambulatorialMafoane Odara Poli Santos 26 June 2012 (has links)
Embora sejam grandes os progressos com a promulgação da Constituição de 1988, que garante constitucionalmente a saúde como direito de todos e dever do Estado, esse direito não tem sido assegurado no mesmo nível e com a mesma qualidade de atenção, em especial, para a população negra. Depois de uma revisão sobre a história a influência das teorias racialistas e de gênero como categoria de análise na medicina, discute-se uma síntese da história recente das práticas médicas no Brasil e a reflexão critica sobre essas práticas centradas no tecnicismo. O objetivo deste estudo, parte da linha de pesquisa Pesquisa Psicossocial da Desigualdade: Relações Étnico-raciais, foi descrever que sentidos e significados médicos e médicas conferem aos temas médico-sociais na sua trajetória e formação, especialmente como concebem os determinantes sociais de gênero e raça Foram entrevistados 25 médicos (13 médicos e 12 médicas) que orientam e são preceptores de alunos da residência médica em um hospital universitário. O roteiro abordava o perfil sócio-demográfico e sua trajetória profissional; o seu nível de conhecimento e contato com os determinantes sociais (pobreza, gênero, cor/raça, nacionalidade, religião dos diferentes grupos populacionais) durante a formação acadêmica; que fatores consideravam relevantes para uma boa relação médico-paciente; seu conhecimento sobre Direitos Humanos e os princípios do Sistema Único de Saúde; as experiências na relação médico-paciente e de cuidado. Depois de um aquecimento propiciado pela situação da entrevista, entre os resultados, o estudo permitiu observar como os médicos entrevistados reconhecem alguns marcadores sociais da diferença que se transformam em desigualdade, os lugares sociais diferentes para homens e mulheres, brancos, amarelos e negros, lugares de maior ou menor privilégio e de obstáculo para o sucesso técnico. As diferenças e desigualdade de gênero foram mais fáceis de serem explicitadas e os entrevistados articulavam um repertório levemente maior para o tema. Todos os entrevistados, em algum momento, usaram o discurso sobre o instintivo e natural, e a maior parte deles compreende o masculino e o feminino de um modo muito conservador, com problemas para encontrar definições para perguntas supostamente simples. No caso da desigualdade racial, observamos que houve uma polarização: de um lado a negação das desigualdades entre brancos e não brancos, do outro temos a valorização da identidade branca, compondo bem com o racismo à brasileira. O contexto social foi associado à pobreza mais que qualquer outro indicador da desigualdade social. Cenas de racismo e sexismo institucional foram frequentes. Os poucos entrevistados que tinham uma noção mais sofisticada sobre gênero e raça eram aqueles que contaram com a oportunidade de desenvolver uma atividade de extensão, a iniciação científica ou que tiveram uma formação mais generalista, mais social. A trajetória trilhada na faculdade contribui, portanto, para a formação / Brazil\'s 1988 Constitution grants health as a human right to all and a duty of the State. Although great progress has been made since its enactment, this right has not been ensured at the same level and with the same service quality, particularly with regard to Afro-Brazilians. With close attention to history and the influence of racial and gendered theories, this article discusses the recent history of medical practices in Brazil and provides critical reflection on those practices that are centered on technique. The main purpose of this study, a part of the Psycho-social research on inequality: ethnic-racial relations research line, is to describe the meanings and significance that doctors give to medical social issues in their education. Special attention is given to their conception of the social determinants of gender and race. Twenty-five doctors (13 men and 12 women) were interviewed. All of them mentor medical students pursuing their residency at a University Hospital. The interviews script centered on their socio-demographic profile, their professional path and the degree of knowledge or contact with social determinants (poverty, gender, race/color, nationality, religion of the different population groups) during their academic formation, the factors they considered as relevant to a good doctor-patient relationship, their knowledge of Human Rights and the principles of the Sistema Único de Saúde (SUS) and their experiences in the care and doctor-patient relationships. Among its results, the study shows how the interviewed doctors recognize several social markers of difference that convert into inequity, the different social places for men and women, the white, the people of Asian descent and the black, places of greater or lower privilege and obstacle for technical success. The gender differences and inequalities were more easily explained and respondents articulated a slightly larger repertoire for the topic. All of the interviewees, at some moment, used the discourse on the instinctive and the natural, and most of them have a very conservative comprehension of the feminine and the masculine, and encountered problems in finding definitions for apparently simple questions. With regards to racial inequality, there was a polarization: on the one hand, the denial of inequalities among the white and the non white, on the other, a consistent evaluation of white identity, linked to the Brazilian racism. The social context was associated with poverty rather than any other indicator of social inequality. Evidence of racism and sexism were frequently observed in the interviews. The few interviewees that had a more sophisticated notion of gender and race were those who had had the chance to develop an extracurricular activity, the scientific initiation, or those who had had a more generalist and social education. Thus, the experience acquired during university contributes to the formation of their notions of social determinants in health
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Análise do indicador de internações por condições sensíveis à atenção básica : fatores correlacionados no estado do Rio Grande do SulCanto, Raíssa Barbieri Ballejo January 2017 (has links)
Justificativa: As Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica são um conjunto de problemas de saúde, para os quais o acesso aos serviços de AB e ações efetivas poderiam reduzir a ocorrência destas internações, tornando-as um indicador de resultado para avaliação da qualidade e do acesso nesse nível de atenção. Assim, analisou-se o indicador de ICSAB, buscando fatores associados à sua ocorrência, a fim de avaliar a sua capacidade de verificar a resolutividade da atenção básica. Métodos: Realizou-se uma análise exploratória descritiva do ICSAB nas sete macrorregiões de saúde e 30 regiões de saúde do Rio Grande do Sul, com base na Cobertura de Saúde da Família, seguida de uma revisão da produção indexada sobre ICSAB, com o objetivo de verificar quais fatores estão correlacionados com o desfecho ICSAB. Por fim desenvolveu-se um estudo ecológico com medidas agregadas, testando o grau de correlação linear entre as variáveis selecionadas a partir da revisão, utilizando o coeficiente de correlação de Spearman Resultados: Foram encontrados na literatura diversos fatores correlacionados à ocorrência de ICSAB, tanto no âmbito da disponibilidade de serviços de saúde, como na perspectiva socioeconômica. Em relação a realidade do RS, encontrou-se correlação de ICSAB com quantidade de leitos (p=0.002), Proporção de pessoas com planos de saúde (p=0,001), IDH (p=0.004) e analfabetismo (p=0.001) e população menor de quatro anos (p=0,001). Considerações: O indicador ICSAB cumpre seu objetivo de tornar comparável de forma sintética a situação da Atenção Básica nas diversas possibilidades de recortes territoriais. Contudo, as variáveis que interferem nesse desfecho são diversas, operando de maneiras diferentes em cada contexto e necessitando de maior aprofundamento. Enquanto subsídio para políticas e ações de qualificação da Atenção Básica, a mudança desse indicador só ocorrerá quando esse dado servir como dispositivo inicial para entender processos complexos e locais, que ocorrerão através de processos de educação permanente. / Background: Hospitalizations for Sensitive Conditions to Primary Health Care (HSCPHC) are a group of health problems, for which access to Primary Health Care services and effective actions could reduce the occurrence of these hospitalizations, making them an outcome indicator for quality and access to this level of attention. Thus, the HSCPHC indicator was analyzed, looking for factors associated with its occurrence, in order to evaluate its capacity to verify the resolution of basic care. Methods: A descriptive exploratory analysis of the HSCPHC was carried out in the seven macro-regions of health and 30 health regions of Rio Grande do Sul, based on the Family Health Coverage, followed by a review of the indexed production on HSCBC, with the objective of verify which factors are correlated with the HSCPHC outcome. Finally, an ecological study with aggregate measures was developed, testing the degree of linear correlation between the variables selected from the review using Spearman's correlation coefficient Results: A number of factors correlated with the occurrence of HSCPHC were found in the literature, both in terms of the availability of health services and in the socioeconomic perspective. In relation to Rio Grande do Sul reality, we found a correlation of HSCBC with number of hospital beds (p = 0.002), Proportion of people with health plans (p = 0.001), HDI (p = 0.004) and illiteracy (p = 0.001) and population younger than four years (p = 0.001). Considerations: The HSCPHC indicator fulfills its objective of making the situation of Primary Health Care in the various possibilities of territorial cuts comparable in a synthetic way. However, the variables that interfere in this outcome are diverse, operating differently in each context and requiring further study. As a subsidy for policies and actions to qualify Primary Health Care, the change in this indicator will only occur when this data serves as an initial device to understand complex and local processes that will occur through processes of permanent education.
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A Formação do Enfermeiro do Trabalho: uma discussão à luz da Determinação Social da Saúde / The Formation of Occupational Health Nurse: a discussion in the light of Social Health DeterminationPatrícia Rodrigues da Rocha 17 December 2014 (has links)
As condições de saúde do trabalhador resultam de um conjunto de determinantes de natureza individual, como a herança genética e a biologia humana, e de condicionantes econômicos, socioculturais, políticos, tecnológicos e organizacionais. Estes se expressam no modo de viver dos indivíduos e dos grupos sociais. Assim, a determinação social da saúde se verifica pelo caráter histórico-social e pelo aspecto biopsicológico dos indivíduos. Diante disso despertaram algumas inquietações: a formação em enfermagem do trabalho continua pautada no modelo hegemônico, biologicista? Será que aborda conteúdos sobre o processo de produção social da saúde-doença? Delineou-se como objetivo geral do estudo: Analisar a formação do enfermeiro do trabalho, tomando como referência a discussão da determinação social da saúde. E como objetivos específicos: a) Caracterizar o perfil acadêmico e o Projeto Político-Pedagógico (PPP) dos cursos presenciais lato sensu em enfermagem do trabalho do Rio de Janeiro; b) Analisar a formação do enfermeiro do trabalho à luz da discussão sobre a determinação social da saúde; e c) Discutir a formação do enfermeiro do trabalho e as influências do contexto social na conformação dos currículos e na prática social deste. Constitui-se um estudo de cunho qualitativo, não experimental, transversal e descritivo. Foi realizada entrevistas semi-estruturadas com coordenadores (N = 03) e discentes (N = 15) de três cursos de especialização em enfermagem do trabalho, sendo dois de instituição pública e um de instituição privada de ensino. Aplicou-se a análise de conteúdo de Bardin. Também foi realizada a análise dos PPP dos cursos, uma vez que delineiam os objetivos e/ou missão do curso, o ementário e a grade curricular. A maioria dos alunos entrevistados e um coordenador não tinham ouvido falar sobre a determinação social da saúde. Todos os cursos abordam direta ou indiretamente conteúdos relacionados a este tema. Dentro da perspectiva da Saúde Coletiva, em que se insere a Saúde do Trabalhador, a formação do enfermeiro do trabalho deve considerar a história de vida e a forma de inserção do trabalhador na sociedade, bem como suas relações de reprodução social. Contudo, verifica-se que o ensino em enfermagem do trabalho continua pautado no enfoque positivista do processo saúde-doença, estabelecendo relações entre indicadores de saúde, desconsiderando o caráter histórico-social deste processo. Dentro de uma perspectiva social ordenada pelas relações capitalistas em que vivemos, é sem dúvida difícil pensar numa outra forma de abordar o ensino das diversas profissões da saúde. Todavia, é necessário repensar a formação e atuação dos profissionais de saúde, dentro de uma ótica inter, multi e transdisciplinar apontada pelo campo Saúde Coletiva, a fim de ampliar o olhar sobre o sujeito para além da visão centrada na doença, considerando os aspectos subjetivos envolvidos na determinação social da saúde. Logo, demandam-se mudanças nas formas de pensar os currículos e de conduzir o processo ensino-aprendizagem desses profissionais de saúde. / Workers' health conditions result from many determinants of individual nature, such as genetic inheritance and human biology, and of economic, socio-cultural, political, technological and organizational conditioning factors. These factors are expressed in the way of life of individuals and social groups. Thus, the social determination of health is verified through the social-historical character and the bio-psychological aspect of individuals. In the light of that some concerns were raised: Is the occupational health nursing formation still guided by the biologicist hegemonic model? Does it handles contents on the health-disease social production process? We delineated as a general objective of the study: Analyze the formation of the occupational health nurse, with reference to the discussion of social determination of health. And as specific objectives: a) To characterize the academic profile and the political-pedagogical project (PPP) from presential lato sensu occupational health nursing courses in Rio de Janeiro; b) Analyze the formation of the occupational health nurse in the light of the discussion on the social determination of health; and c) Discuss the formation of the occupational health nurse and the influences of social context in shaping their curriculum and social practice. This constitutes a study of qualitative nature, non-experimental, cross-sectional and descriptive. It was conducted semi-structured interviews with coordinators (N = 03) and students (N = 15), from three post graduation courses in occupational health nursing, being two from public institutions and one from a private educational institution. It was applied the Bardin content analysis. It was also carried out an analysis of the courses PPP, since they delineate the objectives and/or mission of the course, the program and the curriculum. Most of the students interviewed and a coordinator had not heard about the social determination of health. All courses cover, directly or indirectly, contents related to this subject. From the Public Health perspective, in which the Occupational Health is inserted, the occupational health nurses formation should consider the life history and the form of participation of workers in society and their relations of social reproduction. However, it appears that the occupational health nursing teaching is still guided by positivist approach of health-disease process, establishing health indicators relations, disregarding the social-historical character of this process. Within a social perspective ordered by capitalist relations in which we live in, is undoubtedly difficult to think of another way to approach the teaching of the various health professions. However, it is necessary to rethink the formation and performance of health professionals, within an inter, multi and interdisciplinary perspective appointed by the Public Health field in order to broaden the view on the subject beyond the sight focused on the disease, considering the subjective aspects involved in social determination of health. So it is required changes in the ways of thinking curriculum and of conducting the teaching-learning process of these health professionals.
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A Formação do Enfermeiro do Trabalho: uma discussão à luz da Determinação Social da Saúde / The Formation of Occupational Health Nurse: a discussion in the light of Social Health DeterminationPatrícia Rodrigues da Rocha 17 December 2014 (has links)
As condições de saúde do trabalhador resultam de um conjunto de determinantes de natureza individual, como a herança genética e a biologia humana, e de condicionantes econômicos, socioculturais, políticos, tecnológicos e organizacionais. Estes se expressam no modo de viver dos indivíduos e dos grupos sociais. Assim, a determinação social da saúde se verifica pelo caráter histórico-social e pelo aspecto biopsicológico dos indivíduos. Diante disso despertaram algumas inquietações: a formação em enfermagem do trabalho continua pautada no modelo hegemônico, biologicista? Será que aborda conteúdos sobre o processo de produção social da saúde-doença? Delineou-se como objetivo geral do estudo: Analisar a formação do enfermeiro do trabalho, tomando como referência a discussão da determinação social da saúde. E como objetivos específicos: a) Caracterizar o perfil acadêmico e o Projeto Político-Pedagógico (PPP) dos cursos presenciais lato sensu em enfermagem do trabalho do Rio de Janeiro; b) Analisar a formação do enfermeiro do trabalho à luz da discussão sobre a determinação social da saúde; e c) Discutir a formação do enfermeiro do trabalho e as influências do contexto social na conformação dos currículos e na prática social deste. Constitui-se um estudo de cunho qualitativo, não experimental, transversal e descritivo. Foi realizada entrevistas semi-estruturadas com coordenadores (N = 03) e discentes (N = 15) de três cursos de especialização em enfermagem do trabalho, sendo dois de instituição pública e um de instituição privada de ensino. Aplicou-se a análise de conteúdo de Bardin. Também foi realizada a análise dos PPP dos cursos, uma vez que delineiam os objetivos e/ou missão do curso, o ementário e a grade curricular. A maioria dos alunos entrevistados e um coordenador não tinham ouvido falar sobre a determinação social da saúde. Todos os cursos abordam direta ou indiretamente conteúdos relacionados a este tema. Dentro da perspectiva da Saúde Coletiva, em que se insere a Saúde do Trabalhador, a formação do enfermeiro do trabalho deve considerar a história de vida e a forma de inserção do trabalhador na sociedade, bem como suas relações de reprodução social. Contudo, verifica-se que o ensino em enfermagem do trabalho continua pautado no enfoque positivista do processo saúde-doença, estabelecendo relações entre indicadores de saúde, desconsiderando o caráter histórico-social deste processo. Dentro de uma perspectiva social ordenada pelas relações capitalistas em que vivemos, é sem dúvida difícil pensar numa outra forma de abordar o ensino das diversas profissões da saúde. Todavia, é necessário repensar a formação e atuação dos profissionais de saúde, dentro de uma ótica inter, multi e transdisciplinar apontada pelo campo Saúde Coletiva, a fim de ampliar o olhar sobre o sujeito para além da visão centrada na doença, considerando os aspectos subjetivos envolvidos na determinação social da saúde. Logo, demandam-se mudanças nas formas de pensar os currículos e de conduzir o processo ensino-aprendizagem desses profissionais de saúde. / Workers' health conditions result from many determinants of individual nature, such as genetic inheritance and human biology, and of economic, socio-cultural, political, technological and organizational conditioning factors. These factors are expressed in the way of life of individuals and social groups. Thus, the social determination of health is verified through the social-historical character and the bio-psychological aspect of individuals. In the light of that some concerns were raised: Is the occupational health nursing formation still guided by the biologicist hegemonic model? Does it handles contents on the health-disease social production process? We delineated as a general objective of the study: Analyze the formation of the occupational health nurse, with reference to the discussion of social determination of health. And as specific objectives: a) To characterize the academic profile and the political-pedagogical project (PPP) from presential lato sensu occupational health nursing courses in Rio de Janeiro; b) Analyze the formation of the occupational health nurse in the light of the discussion on the social determination of health; and c) Discuss the formation of the occupational health nurse and the influences of social context in shaping their curriculum and social practice. This constitutes a study of qualitative nature, non-experimental, cross-sectional and descriptive. It was conducted semi-structured interviews with coordinators (N = 03) and students (N = 15), from three post graduation courses in occupational health nursing, being two from public institutions and one from a private educational institution. It was applied the Bardin content analysis. It was also carried out an analysis of the courses PPP, since they delineate the objectives and/or mission of the course, the program and the curriculum. Most of the students interviewed and a coordinator had not heard about the social determination of health. All courses cover, directly or indirectly, contents related to this subject. From the Public Health perspective, in which the Occupational Health is inserted, the occupational health nurses formation should consider the life history and the form of participation of workers in society and their relations of social reproduction. However, it appears that the occupational health nursing teaching is still guided by positivist approach of health-disease process, establishing health indicators relations, disregarding the social-historical character of this process. Within a social perspective ordered by capitalist relations in which we live in, is undoubtedly difficult to think of another way to approach the teaching of the various health professions. However, it is necessary to rethink the formation and performance of health professionals, within an inter, multi and interdisciplinary perspective appointed by the Public Health field in order to broaden the view on the subject beyond the sight focused on the disease, considering the subjective aspects involved in social determination of health. So it is required changes in the ways of thinking curriculum and of conducting the teaching-learning process of these health professionals.
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Análise do indicador de internações por condições sensíveis à atenção básica : fatores correlacionados no estado do Rio Grande do SulCanto, Raíssa Barbieri Ballejo January 2017 (has links)
Justificativa: As Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica são um conjunto de problemas de saúde, para os quais o acesso aos serviços de AB e ações efetivas poderiam reduzir a ocorrência destas internações, tornando-as um indicador de resultado para avaliação da qualidade e do acesso nesse nível de atenção. Assim, analisou-se o indicador de ICSAB, buscando fatores associados à sua ocorrência, a fim de avaliar a sua capacidade de verificar a resolutividade da atenção básica. Métodos: Realizou-se uma análise exploratória descritiva do ICSAB nas sete macrorregiões de saúde e 30 regiões de saúde do Rio Grande do Sul, com base na Cobertura de Saúde da Família, seguida de uma revisão da produção indexada sobre ICSAB, com o objetivo de verificar quais fatores estão correlacionados com o desfecho ICSAB. Por fim desenvolveu-se um estudo ecológico com medidas agregadas, testando o grau de correlação linear entre as variáveis selecionadas a partir da revisão, utilizando o coeficiente de correlação de Spearman Resultados: Foram encontrados na literatura diversos fatores correlacionados à ocorrência de ICSAB, tanto no âmbito da disponibilidade de serviços de saúde, como na perspectiva socioeconômica. Em relação a realidade do RS, encontrou-se correlação de ICSAB com quantidade de leitos (p=0.002), Proporção de pessoas com planos de saúde (p=0,001), IDH (p=0.004) e analfabetismo (p=0.001) e população menor de quatro anos (p=0,001). Considerações: O indicador ICSAB cumpre seu objetivo de tornar comparável de forma sintética a situação da Atenção Básica nas diversas possibilidades de recortes territoriais. Contudo, as variáveis que interferem nesse desfecho são diversas, operando de maneiras diferentes em cada contexto e necessitando de maior aprofundamento. Enquanto subsídio para políticas e ações de qualificação da Atenção Básica, a mudança desse indicador só ocorrerá quando esse dado servir como dispositivo inicial para entender processos complexos e locais, que ocorrerão através de processos de educação permanente. / Background: Hospitalizations for Sensitive Conditions to Primary Health Care (HSCPHC) are a group of health problems, for which access to Primary Health Care services and effective actions could reduce the occurrence of these hospitalizations, making them an outcome indicator for quality and access to this level of attention. Thus, the HSCPHC indicator was analyzed, looking for factors associated with its occurrence, in order to evaluate its capacity to verify the resolution of basic care. Methods: A descriptive exploratory analysis of the HSCPHC was carried out in the seven macro-regions of health and 30 health regions of Rio Grande do Sul, based on the Family Health Coverage, followed by a review of the indexed production on HSCBC, with the objective of verify which factors are correlated with the HSCPHC outcome. Finally, an ecological study with aggregate measures was developed, testing the degree of linear correlation between the variables selected from the review using Spearman's correlation coefficient Results: A number of factors correlated with the occurrence of HSCPHC were found in the literature, both in terms of the availability of health services and in the socioeconomic perspective. In relation to Rio Grande do Sul reality, we found a correlation of HSCBC with number of hospital beds (p = 0.002), Proportion of people with health plans (p = 0.001), HDI (p = 0.004) and illiteracy (p = 0.001) and population younger than four years (p = 0.001). Considerations: The HSCPHC indicator fulfills its objective of making the situation of Primary Health Care in the various possibilities of territorial cuts comparable in a synthetic way. However, the variables that interfere in this outcome are diverse, operating differently in each context and requiring further study. As a subsidy for policies and actions to qualify Primary Health Care, the change in this indicator will only occur when this data serves as an initial device to understand complex and local processes that will occur through processes of permanent education.
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