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Diagnóstico de HIV e fatores associados à sua positividade e vulnerabilidade social entre pacientes com tuberculose de centros de referência de um município prioritário no Brasil

Almeida, Rodrigo de Martin 26 February 2015 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-04-18T10:56:17Z No. of bitstreams: 1 rodrigodemartinalmeida.pdf: 1545092 bytes, checksum: 867683f208ae95160982b0697b1b73c3 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-04-20T12:47:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 rodrigodemartinalmeida.pdf: 1545092 bytes, checksum: 867683f208ae95160982b0697b1b73c3 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-20T12:47:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 rodrigodemartinalmeida.pdf: 1545092 bytes, checksum: 867683f208ae95160982b0697b1b73c3 (MD5) Previous issue date: 2015-02-26 / A tuberculose (TB) é uma doença existente há milhares de anos e estima-se que um terço da humanidade esteja infectada pelo bacilo da doença, com mais de oito milhões de casos novos ao ano. O aumento do número de casos de TB se deve a fatores diversos, como as condições de moradia e outros Determinantes Sociais da Saúde, mas nada modificou tanto sua evolução como a pandemia do vírus da imunodeficiência humana (HIV). A associação desta co-infecção é sinérgica, interativa e recíproca, impactando no curso das duas patologias. A taxa média global de co-infeccção está entre 9 e 18%, embora encontrem-se taxas de até 80% na África. Percebe-se, todavia, baixa cobertura do exame anti-HIV no Brasil, entre outros fatores, porque o exame só é realizado mediante autorização do paciente. Este estudo transversal objetivou descrever a população de pacientes (n=231) com TB, no período de março de 2008 a fevereiro de 2010, atendidos em centros de referência em Juiz de Fora, município com a segunda maior prevalência de TB do estado de Minas Gerais, além de estimar a prevalência de HIV nesses pacientes, estratificando-os de acordo com 3 blocos de variáveis: uso de drogas, de comportamento sexual e socioeconômicas, avaliando os possíveis fatores associados à co-infecção e maior vulnerabilidade, através de dados de um questionário estruturado. Mais de dois terços dos pacientes do estudo eram do sexo masculino, a maior parte da amostra era negra ou parda e mais de 90% da amostra estava na faixa etária economicamente produtiva. A sorologia para HIV detectou 13,0% de co-infecção para o total do estudo e 18,1% quando se descartam os dados ignorados (28,1% dos pacientes sem resultado de HIV por diferentes motivos). As variáveis que mostraram associação com HIV positivo (p≤0,10) na análise bivariada foram o tipo de moradia, condição de ocupação, estado civil, número de parceiros sexuais ao longo da vida, orientação sexual, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas e uso de drogas injetáveis. Essas variáveis foram incluídas no modelo de regressão logística binária hierarquizado por blocos- uso de drogas, comportamento sexual e socioeconômicas, nessa ordem. No modelo final, mostraram-se significativas o uso de drogas injetáveis, o número de parceiros sexuais ao longo da vida e a condição de ocupação (p≤0,05). Pacientes que nunca trabalharam ou não estavam trabalhando apresentaram risco aumentado para HIV, (OR= 7,49 IC 95% 1,17- 47,9) em relação aos que trabalhavam. Pacientes que tiveram entre 4 e 9 parceiros apresentaram maiores riscos quando comparados aos que tiveram entre nenhum e 3 parceiros (OR= 26,7 IC95% 1,95 - 365,4), e, quanto ao uso de drogas injetáveis, os usuários apresentaram maiores riscos que os não usuários (OR= 26,0 IC95% 1,43- 472,4). O modelo final apresentou uma variável de cada bloco, reforçando a interconexão entre os fatores que geram a associação HIV/TB. Portanto, o processo de co-infecção deve e precisa ser visto de forma multifatorial e abranger ações sociais e políticas, especialmente quanto à realização da sorologia para HIV, tanto para evitar o crescimento das taxas de incidência e prevalência, quanto para o cuidado dos pacientes já co-infectados, trazendo melhorias à Saúde Coletiva. / Tuberculosis (TB) is a disease existing for thousands of years and it is estimated that one third of humanity is infected with the bacillus of the disease, with more than eight million new cases a year. The increase in the number of TB cases is due to several factors, such as quality of housing and other social determinants of health, but nothing changed its evolution as the pandemic of human immunodeficiency virus (HIV). The co-infection is synergic, interactive and has a reciprocal impact on the course of both diseases. The overall average rate of co-infection is between 9 and 18%, rates of up to 80% are found in Africa. It is well-known, however, the reality of low coverage of HIV testing in Brazil, among other factors, because the examination is carried out only after the authorization of the patient. This cross-sectional study aimed to describe the patient population (n = 231) with TB, from March 2008 to February 2010, seen at referral centers in Juiz de Fora, a city with the second highest prevalence of TB in the state of Minas Gerais, and estimate the prevalence of HIV in these patients, stratifying them according to three blocks of variables: drug use, sexual behavior and socioeconomic status, evaluating the possible factors associated with co-infection and increased vulnerability through data obtained from a structured questionnaire. More than two thirds of the study patients were male, the majority of the sample was black or brown and more than 90% of the sample was in the economically productive age group. The HIV test detected 13.0% of co-infection for the total study (28.1% of patients without the HIV test result, were considered) and 18.1% when missing data were discarded. The variables associated with HIV (p≤0,10) in the bivariate analysis were the type of housing, employment status, marital status, number of sexual partners over a lifetime, sexual orientation, smoking, alcoholism, illicit drug use and injection drug use. These variables were included in the regression model, a multiple covariates dichotomous logistic model with hierarchical blocks - by drug use, sexual behavior and socioeconomic status, in that order. In the final model, the following variables were significant: use of injectable drugs, the number of sexual partners over a lifetime and the occupation (p ≤ 0.05). Patients who have never worked or were not working presented an increased risk for HIV (OR = 7.49 95% CI 1.17- 47.9) than those who worked. Patients who had between 4 to 9 partners had higher risk compared to those who had none and between 3 partners (OR = 26.7 95% CI 1.95 to 365.4) and on the use of injectiable drug users had higher risk than nonusers (OR = 26.0 95% CI 1.43- 472.4). The final model showed a variable of each block, reinforcing the interconnection between the factors that generate the HIV / TB association. Therefore, the co-infection should and must be seen in a multidisciplinary way and address social and political actions, especially the performance of HIV serology, both to prevent the growth of the incidence and prevalence rates, as for patient care already co-infected, bringing improvements to Public Health.
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Determinantes sociais do rastreamento mamográfico e do prognóstico de mulheres com câncer de mama / Social determinants of mammographic screening and prognosis of women with breast cancer

Nogueira, Mário Círio 25 June 2018 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-07-24T14:23:49Z No. of bitstreams: 0 / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-07-25T15:03:13Z (GMT) No. of bitstreams: 0 / Made available in DSpace on 2018-07-25T15:03:13Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2018-06-25 / A neoplasia de mama é responsável pelo maior número de óbitos por câncer em mulheres. O Brasil tem diretrizes para o rastreamento do câncer de mama desde 2004, mas a cobertura populacional continua abaixo do recomendado. Os determinantes sociais que influenciam a cobertura do rastreamento e a sobrevivência ainda são pouco estudados. Propõe-se elaborar um modelo conceitual da determinação social da sobrevivência do câncer de mama em mulheres, baseado em evidências, e aplicar este modelo em estudos epidemiológicos. Propõe-se também investigar a distribuição espacial da cobertura de rastreamento mamográfico nas regiões de saúde do Brasil e os fatores associados. Para elaboração do modelo conceitual, fez-se uma revisão integrativa, com busca sistemática nas bases de dados LILACS e MEDLINE com os descritores de assunto "neoplasias da mama", "análise de sobrevivência" e termos relacionados aos determinantes sociais. Com base neste modelo, estudou-se a sobrevivência em 10 anos de uma coorte de mulheres com câncer de mama acompanhadas em serviço oncológico hospitalar de Juiz de Fora, com setores público e privado. Para investigar a cobertura do rastreamento, fez-se um estudo ecológico de análise espacial em saúde. Existem evidências na literatura de que a posição socioeconômica atual e em etapas anteriores da vida, a condição socioeconômica da área de residência, raça/cor/etnia, características dos serviços de saúde, estilo de vida e suporte psicossocial são determinantes sociais da sobrevivência no câncer de mama; e de que fatores biológicos, como o estadiamento da doença, e as intervenções terapêuticas, são mediadores desta relação. No estudo de sobrevivência, as mulheres de raça/cor negra (HR=2,08; IC95%: 1,48-2,91) e residentes em áreas de menor renda (HR=2,39; IC95%: 1,493,83; comparando o quartil de menor renda com o de maior renda) tiveram pior prognóstico. O principal mediador de raça/cor foi o diagnóstico em estágios mais avançados (proporção mediada=40%; IC95%: 37%-42%), provavelmente por menor acesso ao rastreamento. O estudo ecológico mostrou grandes desigualdades regionais na cobertura de rastreamento mamográfico, com valor mediano de 21,6% e intervalo interquartílico de 8,1% a 37,9%. Comparada com a região Sudeste, as regiões de saúde da região Centro-Oeste tiveram em média uma cobertura 24,0% menor, as da região Norte 13,9% menor e as do Nordeste 11,0% menor. Os fatores associados a uma maior cobertura mamográfica foram o tamanho e a proporção de urbanização da população, menor desigualdade de renda, maior disponibilidade de mamógrafos e radiologistas e maior eficiência no uso dos mamógrafos existentes. Nos modelos de regimes espaciais, a eficiência no uso dos mamógrafos foi o único fator significativo para todas as grandes regiões. O índice de Gini foi significativo no Sul e Sudeste, o tamanho da população no Sul, a razão de radiologistas no Centro-Oeste e a razão de mamógrafos no Norte. Foram evidenciadas iniquidades regionais na cobertura de rastreamento mamográfico e disparidades raciais e sociais na sobrevivência de mulheres com câncer de mama. A melhora do acesso a ações de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama pode contribuir de maneira importante para a redução das iniquidades em saúde. / Breast cancer accounts for the highest number of cancer deaths in women. Brazil has had guidelines for screening for breast cancer since 2004, but population coverage remains low and the survival of woman with the disease is lower than in high-income countries. The social determinants of screening coverage and survival from breast cancer are still poorly studied. It is proposed to elaborate a conceptual model of the social determination of the survival of breast cancer in women, based on scientific evidence, and to apply this model in epidemiological studies. It is also proposed to investigate the spatial distribution of mammographic screening coverage in Brazilian health regions and associated factors. For the elaboration of the conceptual model, an integrative review was carried out, with a systematic search in the LILACS and MEDLINE databases with the subject descriptors "breast neoplasms", "survival analysis" and terms related to social determinants. Based on this model, it was studied the survival in 10 years of a cohort of women with breast cancer accompanied at a hospital oncology service in Juiz de Fora, with public and private sectors. To investigate the mammographic screening coverage, an ecological study of spatial analysis in health was made. There is evidence in the literature that current socioeconomic status and in earlier life stages, the socioeconomic conditions of area of residence, race/color/ethnicity, characteristics of health services, lifestyle and psychosocial support are social determinants of survival in breast cancer; and that biological factors, such as staging of the disease, in addition to therapeutic interventions, are mediators of this relationship. In the survival study, women of black race/color (HR = 2.08, 95% CI: 1.48-2.91) and residents in lower income areas (HR = 2.39, 95% CI: 1, 49-3,83, comparing the lowest income quartile with the highest income quartile) had a worse prognosis. The main mediator of race/color was the diagnosis at more advanced stages (mediated proportion = 40%, 95% CI: 37%-42%), probably due to less access to screening. The ecological study showed large regional inequalities in mammographic screening coverage, with a median value of 21.6% and an interquartile range of 8.1% to 37.9%. Compared to the Southeast, the health regions of the Central-West had a 24.4% lower coverage, the North region 13,9% lower and the Northeast 11.0% lower. Factors associated with a greater mammographic coverage were the size and proportion of urbanization of the population, lower income inequality, greater availability of mammography machines and radiologists, and greater efficiency in the use of existing mammography machines. In spatial regime models, efficiency in the use of mammography was the only significant factor for all regions. The Gini index was significant in the South and Southeast, the population size in the South, the ratio of radiologists in the Central-West ant the ratio of mammography machines in the North. Regional iniquities in the coverage of mammographic screening and racial and social disparities in the survival of women with breast cancer were evidenced. Improved access to screening and early diagnosis of breast cancer can contribute significantly to reducing health inequities
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AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE DOIS PROGRAMAS DO GOVERNO BRASILEIRO NA SAÚDE BUCAL DE USUARIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: ESTUDO TRANSVERSAL DE BASE POPULACIONAL

Recchi, Andrea Fontoura 30 September 2013 (has links)
Background: The health status of a population is directly associated with the social conditions of the place where they live. Likewise, oral health is also linked to social determinants, especially the individual and family income, access to health services and social interaction. Methods: It is a cross-sectional population-based survey whose target population comprises adults above 18 years, of both sexes, users of the Brazilian Public Health System (BPHS). It aims to evaluate the impact of the Family Health Strategy (FHS) and Bolsa Familia (BF) in oral health of this population, carried in Porto Alegre, in units of the Family Health and Traditional ones. Participants answered a structured interview and had their mouth examined for investigation of oral health. The association between variables was calculated using negative binomial, using the statistical package R 3.0.1.t. Results: A sample of 187 adults was studied, which comprised 127 (68, 2%) women and 59 men (31, 7%). The mean DMFT (decayed, missed and filled teeth) increase according with age, being 1.6 for the age 18-19 years and 23.5 for older than 74 years. DMFT was equal to zero in only 12 participants (6,4%). The number of missed teeth increase with age and brushing frequency and decrease with income and flossing. The number of decayed teeth decrease with age (RR=0.98; 95% CI 0.97-0.98) and in subjects that receive the cash transfer BF (RR=0.89; 95% CI 0.79-0.98). The presence of filled teeth decreased in subjects who live in áreas covered by FHS (rr=0.74; 95% CI 0.52-0.95) area and increase according with age (RR=1.02; 95% CI 1.01-1.03) and in people with frequency of flossing less than once a day (RR=1.47, 95% CI 1.09-1.99). The presence of sound teeth decrease with age (RR 0.98, 95% CI 0.97-0.98) and in areas with FHS (RR=0.89, 95% CI 0.80-0.98). Conclusions: The oral health measured by the DMFT index and its components is associated with both, type of primary healthcare model and income (family income and Bolsa Familia access). In general, the oral health of the studied sample is better than the nationwide mean, translated in the higher number of sound teeth. / Introdução: O estado de saúde de uma população é diretamente associado as condições sociais do local onde ela vive. Da mesma forma, a saúde bucal também é associada a determinantes sociais, especialmente a renda familiar e individual, acesso aos serviços de saúde e convívio social. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, de base populacional cuja população alvo compreende adultos acima de 18 anos, de ambos os sexos, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Tem como objetivo geral avaliar o impacto dos Programas Saúde da Família e Bolsa Família na Saúde Bucal dessa população e foi realizado no município de Porto Alegre, em Unidades de Saúde da Família e em Unidades Básicas de Saúde. Os participantes responderam a uma entrevista estruturada e tiveram sua boca examinada, após serem informados sobre a natureza do estudo e assinarem um termo de consentimento livre e esclarecido. A associação entre as variáveis foi calculada através de binomial negativa, usando o pacote estatístico R 3.0.1. Resultados: O estudo foi realizado com uma amostra de 187 adultos, que compreendeu 127 (68, 2%) mulheres e 59 homens (31,7%). O CPOD aumentou na amostra de acordo com a idade, sendo 1,6 para a idade 18-19 anos e 23,5 para maiores de 74 anos. O CPOD foi igual a zero para apenas 12 participantes (6,4%). Dentes perdidos estão associados positivamente com a idade e freqüência de escovação e inversamente associados com renda e fio dental. O número de dentes cariados deminuiu com a idade (RR = 0,98, IC,97-,98 95%) e em indivíduos que pertencem ao Bolsa Família (RR = 0,89, IC 95% 0,79-0,98). A presença de dentes obturados é menor em pessoas que pertencem as áreas de ESF (RR = 0,74, IC 95% 0,52-0,95) e aumenta de acordo com a idade (RR = 1,02, IC 95% 1,01-1,03) e em pessoas que usam de fio dental menos de uma vez por dia (RR = 1,47, 95% CI 1,09-1,99). O número de dentes hígidos diminui com a idade (RR de 0,98, IC de 95% 0,97-0,98) e é menor em moradores de áreas adscritas a ESF (RR = 0,89, IC de 95% 0,80-0,98). Conclusão: A saúde bucal medida pelo índice CPO-D e seus componentes está associada tanto ao tipo de modelo de cuidados de saúde primários quanto renda (renda familiar eo Bolsa Família acesso). Em geral, a saúde bucal da amostra estudada é melhor do que a média nacional, demonstrado pelo maior número de dentes hígidos.
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Justiça distributiva e saúde: uma abordagem igualitária / Distributive justice and health: an egalitarian approach

Marcos Paulo de Lucca-Silveira 16 August 2017 (has links)
Esta tese tem o propósito de desenvolver uma argumentação normativa sobre justiça distributiva e saúde. São duas as questões que pautam a pesquisa: o que devemos uns aos outros, enquanto cidadãos de uma sociedade democrática, na promoção e proteção da saúde de nossos concidadãos? Quais obrigações e deveres de justiça que um Estado democrático possui perante a saúde de seus cidadãos? Para respondermos essas questões, inicialmente, buscamos apresentar um entendimento objetivo e publicamente acessível de necessidades de saúde. Essas necessidades estão relacionadas ao funcionamento normal das espécies e impactam o leque de oportunidades disponíveis ao longo de nossas vidas. Dialogando com a teoria da justiça como equidade, de Rawls, e com a extensão dessa teoria proposta por Daniels, defendemos que o conjunto das instituições, dos serviços, dos bens e dos recursos necessários à manutenção, ao reestabelecimento e à provisão de equivalentes funcionais ao funcionamento normal dos cidadãos devem ser distribuído de modo a respeitar o princípio de igualdade equitativa de oportunidades. Em sequência, desenvolvemos uma argumentação sobre o debate contemporâneo dedicado à definição e à defesa do princípio fundamental que deve balizar a justa distribuição dos mais variados distribuenda. Argumentamos que embora a justiça exija uma noção de igualdade (como a de igualdade democrática que defendemos) e não um patamar de suficiência ou um princípio de prioridade, esses critérios normativos podem auxiliar na formulação e na avaliação de políticas públicas e recomendações institucionais. Questionamos os ataques direcionados às teorias igualitárias, defendendo que essas teorias não podem ser reduzidas, nem obrigatoriamente exigem, a aplicação de princípios distributivos igualitários simples. Por fim, nos dedicamos a desenvolver uma argumentação sobre justiça e saúde centrada nas questões dos determinantes sociais da saúde e do gradiente social em saúde. Defenderemos, em diálogo com a literatura empírica sobre a questão, que políticas públicas de saúde devem ser baseadas em um ideal de igualdade democrática e devem assumir como uma pauta central a eliminação de iniquidades de saúde existentes entre grupos sociais, assim como combater injustiças estruturais presentes nas sociedades contemporâneas. / This thesis aims to develop a normative argument about distributive justice and health. Two questions underpin the study: what do we owe each other, as citizens of a democratic society, in the promotion and protection of the health of our fellow citizens? What justice obligations and duties does a democratic State have vis-à-vis the health of its citizens? Firstly, to answer these questions, we seek to present an objective and publicly accessible understanding of health needs. These needs are related to the normal functioning of species and impact the range of opportunities available throughout our lives. Drawing on Rawls\'s theory of justice as fairness, and on the extension to this theory, proposed by Daniels, we argue that the set of institutions, services, goods and resources necessary for the maintenance, reestablishment, and provision of functional equivalents to normal functioning, should be distributed in a way that respects the principle of fair equality of opportunity. Secondly, we develop an argument about the contemporary debate dedicated to the definition and defense of the fundamental principle that should mark the fair allocation of the most varied distribuenda. We argue that although justice requires a notion of equality (such as that the democratic equality we defend) rather than a threshold of sufficiency or a principle of priority, these normative criteria can aid in the formulation and evaluation of public policies and institutional recommendations. We question the attacks directed at egalitarian theories, arguing that these theories can not be reduced, nor do they necessarily require, the application of simple egalitarian distributive principles. Finally, we are dedicated to developing an argument about justice and health centred on the issues of social determinants of health and the social gradient in health. We shall argue, drawing on the empirical literature on the issue, that public health policies should be based on an ideal of democratic equality and should take the elimination of existing health inequities between social groups as a central guideline, as well as combatting present structural injustices in contemporary societies.
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Análise do indicador de internações por condições sensíveis à atenção básica : fatores correlacionados no estado do Rio Grande do Sul

Canto, Raíssa Barbieri Ballejo January 2017 (has links)
Justificativa: As Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica são um conjunto de problemas de saúde, para os quais o acesso aos serviços de AB e ações efetivas poderiam reduzir a ocorrência destas internações, tornando-as um indicador de resultado para avaliação da qualidade e do acesso nesse nível de atenção. Assim, analisou-se o indicador de ICSAB, buscando fatores associados à sua ocorrência, a fim de avaliar a sua capacidade de verificar a resolutividade da atenção básica. Métodos: Realizou-se uma análise exploratória descritiva do ICSAB nas sete macrorregiões de saúde e 30 regiões de saúde do Rio Grande do Sul, com base na Cobertura de Saúde da Família, seguida de uma revisão da produção indexada sobre ICSAB, com o objetivo de verificar quais fatores estão correlacionados com o desfecho ICSAB. Por fim desenvolveu-se um estudo ecológico com medidas agregadas, testando o grau de correlação linear entre as variáveis selecionadas a partir da revisão, utilizando o coeficiente de correlação de Spearman Resultados: Foram encontrados na literatura diversos fatores correlacionados à ocorrência de ICSAB, tanto no âmbito da disponibilidade de serviços de saúde, como na perspectiva socioeconômica. Em relação a realidade do RS, encontrou-se correlação de ICSAB com quantidade de leitos (p=0.002), Proporção de pessoas com planos de saúde (p=0,001), IDH (p=0.004) e analfabetismo (p=0.001) e população menor de quatro anos (p=0,001). Considerações: O indicador ICSAB cumpre seu objetivo de tornar comparável de forma sintética a situação da Atenção Básica nas diversas possibilidades de recortes territoriais. Contudo, as variáveis que interferem nesse desfecho são diversas, operando de maneiras diferentes em cada contexto e necessitando de maior aprofundamento. Enquanto subsídio para políticas e ações de qualificação da Atenção Básica, a mudança desse indicador só ocorrerá quando esse dado servir como dispositivo inicial para entender processos complexos e locais, que ocorrerão através de processos de educação permanente. / Background: Hospitalizations for Sensitive Conditions to Primary Health Care (HSCPHC) are a group of health problems, for which access to Primary Health Care services and effective actions could reduce the occurrence of these hospitalizations, making them an outcome indicator for quality and access to this level of attention. Thus, the HSCPHC indicator was analyzed, looking for factors associated with its occurrence, in order to evaluate its capacity to verify the resolution of basic care. Methods: A descriptive exploratory analysis of the HSCPHC was carried out in the seven macro-regions of health and 30 health regions of Rio Grande do Sul, based on the Family Health Coverage, followed by a review of the indexed production on HSCBC, with the objective of verify which factors are correlated with the HSCPHC outcome. Finally, an ecological study with aggregate measures was developed, testing the degree of linear correlation between the variables selected from the review using Spearman's correlation coefficient Results: A number of factors correlated with the occurrence of HSCPHC were found in the literature, both in terms of the availability of health services and in the socioeconomic perspective. In relation to Rio Grande do Sul reality, we found a correlation of HSCBC with number of hospital beds (p = 0.002), Proportion of people with health plans (p = 0.001), HDI (p = 0.004) and illiteracy (p = 0.001) and population younger than four years (p = 0.001). Considerations: The HSCPHC indicator fulfills its objective of making the situation of Primary Health Care in the various possibilities of territorial cuts comparable in a synthetic way. However, the variables that interfere in this outcome are diverse, operating differently in each context and requiring further study. As a subsidy for policies and actions to qualify Primary Health Care, the change in this indicator will only occur when this data serves as an initial device to understand complex and local processes that will occur through processes of permanent education.
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Médicos e pacientes tem sexo e cor? A perspectiva de médicos e residentes sobre a relação médico-paciente na prática ambulatorial

Santos, Mafoane Odara Poli 26 June 2012 (has links)
Embora sejam grandes os progressos com a promulgação da Constituição de 1988, que garante constitucionalmente a saúde como direito de todos e dever do Estado, esse direito não tem sido assegurado no mesmo nível e com a mesma qualidade de atenção, em especial, para a população negra. Depois de uma revisão sobre a história a influência das teorias racialistas e de gênero como categoria de análise na medicina, discute-se uma síntese da história recente das práticas médicas no Brasil e a reflexão critica sobre essas práticas centradas no tecnicismo. O objetivo deste estudo, parte da linha de pesquisa Pesquisa Psicossocial da Desigualdade: Relações Étnico-raciais, foi descrever que sentidos e significados médicos e médicas conferem aos temas médico-sociais na sua trajetória e formação, especialmente como concebem os determinantes sociais de gênero e raça Foram entrevistados 25 médicos (13 médicos e 12 médicas) que orientam e são preceptores de alunos da residência médica em um hospital universitário. O roteiro abordava o perfil sócio-demográfico e sua trajetória profissional; o seu nível de conhecimento e contato com os determinantes sociais (pobreza, gênero, cor/raça, nacionalidade, religião dos diferentes grupos populacionais) durante a formação acadêmica; que fatores consideravam relevantes para uma boa relação médico-paciente; seu conhecimento sobre Direitos Humanos e os princípios do Sistema Único de Saúde; as experiências na relação médico-paciente e de cuidado. Depois de um aquecimento propiciado pela situação da entrevista, entre os resultados, o estudo permitiu observar como os médicos entrevistados reconhecem alguns marcadores sociais da diferença que se transformam em desigualdade, os lugares sociais diferentes para homens e mulheres, brancos, amarelos e negros, lugares de maior ou menor privilégio e de obstáculo para o sucesso técnico. As diferenças e desigualdade de gênero foram mais fáceis de serem explicitadas e os entrevistados articulavam um repertório levemente maior para o tema. Todos os entrevistados, em algum momento, usaram o discurso sobre o instintivo e natural, e a maior parte deles compreende o masculino e o feminino de um modo muito conservador, com problemas para encontrar definições para perguntas supostamente simples. No caso da desigualdade racial, observamos que houve uma polarização: de um lado a negação das desigualdades entre brancos e não brancos, do outro temos a valorização da identidade branca, compondo bem com o racismo à brasileira. O contexto social foi associado à pobreza mais que qualquer outro indicador da desigualdade social. Cenas de racismo e sexismo institucional foram frequentes. Os poucos entrevistados que tinham uma noção mais sofisticada sobre gênero e raça eram aqueles que contaram com a oportunidade de desenvolver uma atividade de extensão, a iniciação científica ou que tiveram uma formação mais generalista, mais social. A trajetória trilhada na faculdade contribui, portanto, para a formação / Brazil\'s 1988 Constitution grants health as a human right to all and a duty of the State. Although great progress has been made since its enactment, this right has not been ensured at the same level and with the same service quality, particularly with regard to Afro-Brazilians. With close attention to history and the influence of racial and gendered theories, this article discusses the recent history of medical practices in Brazil and provides critical reflection on those practices that are centered on technique. The main purpose of this study, a part of the Psycho-social research on inequality: ethnic-racial relations research line, is to describe the meanings and significance that doctors give to medical social issues in their education. Special attention is given to their conception of the social determinants of gender and race. Twenty-five doctors (13 men and 12 women) were interviewed. All of them mentor medical students pursuing their residency at a University Hospital. The interviews script centered on their socio-demographic profile, their professional path and the degree of knowledge or contact with social determinants (poverty, gender, race/color, nationality, religion of the different population groups) during their academic formation, the factors they considered as relevant to a good doctor-patient relationship, their knowledge of Human Rights and the principles of the Sistema Único de Saúde (SUS) and their experiences in the care and doctor-patient relationships. Among its results, the study shows how the interviewed doctors recognize several social markers of difference that convert into inequity, the different social places for men and women, the white, the people of Asian descent and the black, places of greater or lower privilege and obstacle for technical success. The gender differences and inequalities were more easily explained and respondents articulated a slightly larger repertoire for the topic. All of the interviewees, at some moment, used the discourse on the instinctive and the natural, and most of them have a very conservative comprehension of the feminine and the masculine, and encountered problems in finding definitions for apparently simple questions. With regards to racial inequality, there was a polarization: on the one hand, the denial of inequalities among the white and the non white, on the other, a consistent evaluation of white identity, linked to the Brazilian racism. The social context was associated with poverty rather than any other indicator of social inequality. Evidence of racism and sexism were frequently observed in the interviews. The few interviewees that had a more sophisticated notion of gender and race were those who had had the chance to develop an extracurricular activity, the scientific initiation, or those who had had a more generalist and social education. Thus, the experience acquired during university contributes to the formation of their notions of social determinants in health
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Proteção social: contextos, vozes e a dimensão social da saúde a partir do sujeito de direito / Social protection: contexts, voices and the social dimension of health from the legal subject

Barbosa, Hindira Alana de Souza 04 October 2016 (has links)
Introdução: As dimensões de justiça social, de democracia, de cidadania, do ser sujeito de direito e do direito à saúde que a proteção social congrega tornam este campo revelador de todas estas questões. O campo das políticas sociais foi e ainda permanece um campo de discordâncias motivadas sobretudo por assuntos que dizem respeito a financiamento das políticas, ao significado de ser protegido socialmente e de proteger alguém socialmente. As necessidades que predispõem uma pessoa a ser beneficiário da proteção social são resultado de várias forças que estão colocadas na sociedade e vão desde as apostas e do que produz o sistema econômico vigente até o significado que cada pessoa pode atribuir aos próprios direitos. Neste percurso há as disputas sociais; a repercussão dos direitos na vida de cada um. Objetivos: desvelar sentidos atribuídos pelos sujeitos da pesquisa à proteção social nos diferentes contextos social e regional; identificar relações estabelecidas pelos sujeitos da pesquisa entre os diversos planos relacionados à proteção social e a própria proteção social; identificar o que os sujeitos da pesquisa identificam como relação entre proteção social e saúde. Métodos: entrevista em profundidade com o apoio de tópicos de interesse. A análise e discussão das narrativas resultantes será feita sob a perspectiva da hermenêutica-dialética. Resultados: Vê-se a necessidade de avançar, defender e divulgar questões referentes aos direitos sociais, à proteção social e direito à saúde. O entendimento sobre a proteção social pode ser melhorado no sentido de refletir na defesa dos próprios direitos e nos direitos da sociedade. Evidencia-se que o contexto de vida dos sujeitos de pesquisa reflete todo o panorama histórico em que se vê acolhida a proteção. Foram encontradas desde narrativas que elaboram a lógica da proteção social e seu campo até elaborações que não expressam esta lógica. A percepção dos próprios direitos surge limitada em alguns aspectos como se não fosse possível elaborar o próprio lugar na sociedade. Essa realidade também aparece na discussão sobre os determinantes sociais da saúde e o direito à saúde. Considerações finais: Considera-se a partir dos resultados que estratégias podem ser elaboradas para que a defesa da proteção social possa ser mantida socialmente, seja no local de estudo ou em locais para onde o debate possa ser portado. O modo como as pessoas têm vivido e a forma como se identificam com a questão dos próprios direitos sinaliza que há um campo a ser trabalhado no sentido de avançar questões que vão alicerçar o 11 Estado de Bem-Estar Social que se pretende no Brasil. A arquitetura da necessidade de proteção social ainda é evidente no local de estudo. Perpassam esse debate as questões atuais sobre a situação política do Brasil (2016) e o projeto social no qual queremos apostar para garantir os direitos sociais e, principalmente o direito à saúde que ampara a qualidade de vida e os modos de vivenciá-la. / Introduction: The dimensions of social justice, democracy, citizenship, be subject to law and the right to health that social protection brings together make this field shows all of these issues. The field of social policies was and still remains a field of disagreements motivated mainly by matters that concern the financing of policies, the meaning of being socially protected and protect someone socially. The needs which predispose a person to be beneficiaries of social protection are the result of various forces that are placed in society, ranging from the bets and that produces the economic system in force until the meaning that each person can assign their own rights. In this way there is the social struggles; the impact of human in the life of each one. Objectives: to reveal meanings attributed by the research subjects to social protection in the various contexts of social and regional; identify relations established by the research subjects between the various plans related to social protection and the social protection; identify what the research subjects identified as relation between social protection and health. Methods: indepth interview with the support of topics of interest. The analysis and discussion of the resultant narratives will be done under the perspective of the hermeneutic-dialectic. Results: One sees the need to move forward, defend and promote matters relating to social rights, social protection and the right to health. The understanding of the social protection can be improved in order to reflect on the defense of their rights and the rights of society. It is evident that the life context of research subjects reflects the landscape history in which we see safe haven to protect. Have been found since narratives that elaborate the logic of social protection and their field until elaborations that do not express this logic. The perception of their rights is limited in some respects as if it were possible to draw up their own place in society. This fact also appears in the discussion on the social determinants of health and the right to health. Final considerations: It is from the results that strategies can be developed to ensure that the defense of social protection can be maintained socially, either in place of or in places where the debate can be ported. The way people have lived and how they identify with the issue of own rights indicates that there is a field to be worked in order to move forward issues that will underpin the Welfare State that if you want to in Brazil. The architecture of the need for social protection is still evident in the study site. Pervades this debate current issues on the political situation in 13 Brazil (2016) and the social project in which we bet to guarantee social rights, and especially the right to health that sustains the quality of life and the modes of experience it.
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G?nero, trabalho e sa?de mental entre trabalhadoras rurais assentadas na regi?o do Mato Grande Potiguar

Costa, Maria da Gra?a Silveira Gomes da 14 March 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:39:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MariaGSGC_DISSERT.pdf: 2555739 bytes, checksum: 0efa18c9d47df1166ff7932c946b8297 (MD5) Previous issue date: 2014-03-14 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico / The lack of studies aimed at the mental health of the rural population, the social, economic, familial and emotional impact that mental disorders produce and the vulnerability that women have in this context, lead us to believe in the need to investigate the mental health demands of female rural workers, in order to subsidize the development of more effective and culturally sensitive public health programs and policies that take into account the specificities of this population. The present study aims to investigate the prevalence of common mental disorders (CMD) and the possible factors associated with the emergence of such disorders among women living in a rural settlement in Rio Grande do Norte. This survey has a quantitative and qualitative character with an ethnographic approach. As methodological strategies, we made use of an adapted version of the socio-demographic and environmental questionnaire prepared by The Department of Geology/UFRN s Strategic Analysis Laboratory to evaluate the quality of life of the families from the rural settlement and the mental health screening test Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) to identify the prevalence of CMD in adult women from the community. Complementing the role of methodological tools, we use the participant observation and semi-structured interviews with women who presented positive hypothesis of CMD attempting to comprehend the crossings that build the subjective experience of being a woman in this context. The results point to the high prevalence of CMD (43.6%) and suggest the link between poverty, lack of social support, unequal gender relations and the occurrence of CMD. We also verified that the settled women do not access the health network to address issues relating to mental health and that the only recourse of care offered by primary health care is the prescription of anxiolytic medication. In this context, the religiosity and the work are the most important strategies for mental health support among women / A car?ncia de estudos voltados ? sa?de mental da popula??o rural, o impacto socioecon?mico, familiar e afetivo que os transtornos mentais produzem e o lugar de vulnerabilidade que as mulheres ocupam nas ?reas rurais, imp?em a necessidade de investigar a realidade de mulheres assentadas e trabalhadoras rurais, visando subsidiar a elabora??o de programas e pol?ticas p?blicas de sa?de mais eficazes e culturalmente sens?veis que levem em conta as especificidades dessa popula??o. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo investigar a preval?ncia de transtornos mentais comuns (TMC) e os poss?veis fatores associados ? emerg?ncia de tais transtornos entre mulheres residentes de um assentamento rural do RN. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa que parte de uma abordagem quantitativa e qualitativa de inspira??o etnogr?fica. Inicialmente aplicamos uma vers?o adaptada do question?rio s?cio-demogr?fico-ambiental elaborado pelo Laborat?rio de An?lises Estrat?gicas da UFRN/Departamento de Geologia para avaliar a qualidade de vida das fam?lias do assentamento e o instrumento de rastreamento em sa?de mental Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) para identificar a preval?ncia de TMC nas mulheres adultas da comunidade. Complementando o rol de ferramentas, nos valemos da observa??o participante do cotidiano do assentamento e entrevistas semiestruturadas com as mulheres que apresentaram hip?tese positiva de TMC buscando apreender os atravessamentos que constroem a experi?ncia subjetiva de ser mulher nesse contexto. Os resultados apontam a alta preval?ncia de TMC (43,6%) e sugerem a articula??o entre pobreza, falta de redes de apoio social e comunit?ria, rela??es desiguais de g?nero e a ocorr?ncia de TMC. Constatamos ainda que as assentadas n?o acessam a rede de sa?de para tratar de quest?es relativas ? sa?de mental e que o ?nico recurso de cuidado ofertado pela aten??o prim?ria ? prescri??o de medica??o ansiol?tica, destacando-se a religiosidade e o trabalho como os mais importantes fatores de suporte ? sa?de mental entre as mulheres no contexto do assentamento rural
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Proteção social: contextos, vozes e a dimensão social da saúde a partir do sujeito de direito / Social protection: contexts, voices and the social dimension of health from the legal subject

Hindira Alana de Souza Barbosa 04 October 2016 (has links)
Introdução: As dimensões de justiça social, de democracia, de cidadania, do ser sujeito de direito e do direito à saúde que a proteção social congrega tornam este campo revelador de todas estas questões. O campo das políticas sociais foi e ainda permanece um campo de discordâncias motivadas sobretudo por assuntos que dizem respeito a financiamento das políticas, ao significado de ser protegido socialmente e de proteger alguém socialmente. As necessidades que predispõem uma pessoa a ser beneficiário da proteção social são resultado de várias forças que estão colocadas na sociedade e vão desde as apostas e do que produz o sistema econômico vigente até o significado que cada pessoa pode atribuir aos próprios direitos. Neste percurso há as disputas sociais; a repercussão dos direitos na vida de cada um. Objetivos: desvelar sentidos atribuídos pelos sujeitos da pesquisa à proteção social nos diferentes contextos social e regional; identificar relações estabelecidas pelos sujeitos da pesquisa entre os diversos planos relacionados à proteção social e a própria proteção social; identificar o que os sujeitos da pesquisa identificam como relação entre proteção social e saúde. Métodos: entrevista em profundidade com o apoio de tópicos de interesse. A análise e discussão das narrativas resultantes será feita sob a perspectiva da hermenêutica-dialética. Resultados: Vê-se a necessidade de avançar, defender e divulgar questões referentes aos direitos sociais, à proteção social e direito à saúde. O entendimento sobre a proteção social pode ser melhorado no sentido de refletir na defesa dos próprios direitos e nos direitos da sociedade. Evidencia-se que o contexto de vida dos sujeitos de pesquisa reflete todo o panorama histórico em que se vê acolhida a proteção. Foram encontradas desde narrativas que elaboram a lógica da proteção social e seu campo até elaborações que não expressam esta lógica. A percepção dos próprios direitos surge limitada em alguns aspectos como se não fosse possível elaborar o próprio lugar na sociedade. Essa realidade também aparece na discussão sobre os determinantes sociais da saúde e o direito à saúde. Considerações finais: Considera-se a partir dos resultados que estratégias podem ser elaboradas para que a defesa da proteção social possa ser mantida socialmente, seja no local de estudo ou em locais para onde o debate possa ser portado. O modo como as pessoas têm vivido e a forma como se identificam com a questão dos próprios direitos sinaliza que há um campo a ser trabalhado no sentido de avançar questões que vão alicerçar o 11 Estado de Bem-Estar Social que se pretende no Brasil. A arquitetura da necessidade de proteção social ainda é evidente no local de estudo. Perpassam esse debate as questões atuais sobre a situação política do Brasil (2016) e o projeto social no qual queremos apostar para garantir os direitos sociais e, principalmente o direito à saúde que ampara a qualidade de vida e os modos de vivenciá-la. / Introduction: The dimensions of social justice, democracy, citizenship, be subject to law and the right to health that social protection brings together make this field shows all of these issues. The field of social policies was and still remains a field of disagreements motivated mainly by matters that concern the financing of policies, the meaning of being socially protected and protect someone socially. The needs which predispose a person to be beneficiaries of social protection are the result of various forces that are placed in society, ranging from the bets and that produces the economic system in force until the meaning that each person can assign their own rights. In this way there is the social struggles; the impact of human in the life of each one. Objectives: to reveal meanings attributed by the research subjects to social protection in the various contexts of social and regional; identify relations established by the research subjects between the various plans related to social protection and the social protection; identify what the research subjects identified as relation between social protection and health. Methods: indepth interview with the support of topics of interest. The analysis and discussion of the resultant narratives will be done under the perspective of the hermeneutic-dialectic. Results: One sees the need to move forward, defend and promote matters relating to social rights, social protection and the right to health. The understanding of the social protection can be improved in order to reflect on the defense of their rights and the rights of society. It is evident that the life context of research subjects reflects the landscape history in which we see safe haven to protect. Have been found since narratives that elaborate the logic of social protection and their field until elaborations that do not express this logic. The perception of their rights is limited in some respects as if it were possible to draw up their own place in society. This fact also appears in the discussion on the social determinants of health and the right to health. Final considerations: It is from the results that strategies can be developed to ensure that the defense of social protection can be maintained socially, either in place of or in places where the debate can be ported. The way people have lived and how they identify with the issue of own rights indicates that there is a field to be worked in order to move forward issues that will underpin the Welfare State that if you want to in Brazil. The architecture of the need for social protection is still evident in the study site. Pervades this debate current issues on the political situation in 13 Brazil (2016) and the social project in which we bet to guarantee social rights, and especially the right to health that sustains the quality of life and the modes of experience it.
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Análise espaço-temporal de casos de dengue por distrito sanitário, São Luís, Maranhão, Brasil

Moreira, Emnielle Pinto Borges 23 June 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-19T17:47:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao-EmniellePintoBorgesMoreira.pdf: 2297829 bytes, checksum: a30e1d39006389163a9c6afaeca65f24 (MD5) Previous issue date: 2016-06-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Currently in Brazil the arboviruses - dengue, zika virus and chikungunya fever - pose serious public health problems, especially because there are not vaccines against these diseases, which, in turn, increases the importance of controlling the vector, Aedes aegypti. The identification of high risk areas for transmitting dengue assists the study of the vector dispersion process. The objective of this study was to analyze the spatial-temporal distribution of dengue cases in residents of São Luís, Maranhão, Brazil, reported in the Information System for Notifiable Diseases (SINAN), relating them to the seven health districts (DS) of the county. This is an ecological study of secondary data of cases and deaths from dengue in residents of São Luís, Maranhão, Brazil, reported and confirmed in SINAN from 2000 to 2011. Statistical analysis was performed using STATA, version 10.0 and for the preparation of maps we used the model of discrete spatial variation and QGIS 2.8.1 software. During the study period there were reported and confirmed 17,318 cases of dengue with highest absolute frequencies in 2005, 2007, 2010 and 2011. There was a predominance among the the mixed race people. The first half of the year had more frequent cases. There was recorded an increase of occurrence of the disease in children under 15 and increased hospital admissions from 2002. The four serotypes were identified during the study period. In all of the DS there were reports of dengue cases, with greater concentration in DS Bequimão. The use of the space-time analysis tool in dengue cases allowed us to visualize and understand more holistically the areas of risk and vulnerability to disease in São Luís, especially in the urban area. / Atualmente no Brasil as arboviroses dengue, zika vírus e febre de chikungunya representam sérios problemas de saúde pública, especialmente porque não se dispõe de vacinas contra essas doenças, o que, por sua vez, aumenta a importância do controle do vetor, o Aedes aegypti. A identificação de espaços de maior risco para a transmissão da dengue auxilia os estudos do processo de dispersão do vetor. O objetivo deste trabalho foi analisar a distribuição espaço-temporal de casos de dengue de residentes em São Luís, Maranhão, Brasil, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), relacionando-os com os sete distritos sanitários (DS) do Município. Trata-se de estudo ecológico de dados secundários dos casos e óbitos de dengue em residentes de São Luís, Maranhão, Brasil, notificados e confirmados no SINAN de 2000 a 2011. Na análise estatística foi utilizado o STATA®, versão 10.0 e na elaboração dos mapas utilizou-se o modelo de variação espacial discreta e o software QGIS 2.8.1®. No período estudado foram notificados e confirmados 17.318 casos de dengue com maiores frequências absolutas em 2005, 2007, 2010 e 2011. Houve predomínio do sexo feminino e da raça parda. O primeiro semestre concentrou maior frequência de casos. Registram-se aumento da ocorrência da doença em menores de 15 anos, aumento de internações hospitalares a partir de 2002, tendo sido identificados os quatro sorotipos no período estudado. Em todos os DS houve registros de casos de dengue, com maior concentração no DS Bequimão. O uso de ferramenta de análise espaço-temporal nos casos de dengue permitiu visualizar e compreender de forma mais holística, as áreas de risco e de vulnerabilidade à doença no município de São Luís, sobretudo no perímetro urbano.

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