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Educação em direitos reprodutivos : uma análise de materiais didáticos audiovisuais /Torres, Taluana Laiz Martins. January 2014 (has links)
Orientador: Maria de Fátima Salum Moreira / Banca: Ana Cristina Teodoro da Silva / Banca: Maria de Lourdes Zizi Trevisan Peres / Banca: Martha Celia Ramirez-Galvez / Banca: Arilda Ines Miranda Ribeiro / Resumo: Esta Tese de Doutorado se insere na Linha de Pesquisa "Processos Formativos, Diferenças e Valores", do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista - UNESP. A pesquisa teve como objeto o estudo das produções didáticas audiovisuais sobre o tema da sexualidade e dos direitos reprodutivos, elaboradas por Organizações Não-Governamentais (ONGs), no Estado de São Paulo, as quais são destinadas aos docentes para o uso no trabalho pedagógico com os jovens. O objetivo foi analisar como os marcos dos direitos reprodutivos são abordados nos materiais didáticos audiovisuais criados pelas ONGs, voltados tanto para os docentes como para o trabalho pedagógico com os jovens; visou também a investigar como é apresentada e problematizada a dimensão educacional, teórica e política da sexualidade e dos direitos reprodutivos. Quatro vídeos formaram o principal corpus documental da pesquisa: Minha vida de João, Era uma vez outra Maria e Bonezinho Vermelho (produzidos pela ONG ECOS - Comunicação em sexualidade), além do Você soube da Márcia? (feito pelo GTPOS - Grupo de Trabalho e Pesquisa sobre Orientação Sexual). Realizamos o levantamento, descrição e análise dos seguintes aspectos: 1) conjunto de enunciados constituintes das narrativas imagéticas e textuais dos vídeos; 2) suportes técnicos e recursos utilizados na produção de imagens apresentadas nos vídeos; 3) manifestações dos autores ou responsáveis pela elaboração dos vídeos, colhidas através de entrevistas. A pesquisa, de natureza qualitativa, utilizou o referencial teórico dos estudos sócio-históricos e culturais de Bakhtin (1990)... / Abstract: This thesis is part of the research "Formative processes, differences and values" of the Postgraduate Education program of the Faculdade de Ciências e Tecnologia of Universidade Estadual Paulista - UNESP. Research studied the audiovisual educational productions on sexuality and reproductive rights, produced by Non-Govermmental Organizations (NGO) in the state of São Paulo, which are done to teachers to use in teaching processes with young. The aim was to analyze how issues related to human reprodution are presented, which kind of understanding and meaning ways and, specifically, when these issues are related to the following issues: pregnancy, maternity, paternity, family, sex, contraception and abortion. Four videos have formed the corpus of documentary research, which are: Minha vida de João, Era uma vez outra Maria e Bonezinho Vermelho (produced by the ONG ECOS - Comunicação em sexualidade) and Você soube da Márcia? (produced by GTPOS - Grupo de Trabalho e Pesquisa sobre Orientação Sexual). We conducte a collection, description and analysis of the following aspects: 1) the set of statements that constitute images and textual narratives; 2) technical support and resources used in the production of images; 3) the statement of their authors gathered through interviews. The research is qualitative and uses the theoretical framework of socio-historical and cultural studies of Bakhtin (1990).... / Doutor
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Matrizes e matizes das estratégias de inserção dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos engendrados por feministas acadêmicas brasileiras Salvador 2010Teixeira, Simone 03 July 2012 (has links)
Submitted by Rangel Sousa Jamile Kelly (jamile.kelly@ufba.br) on 2012-07-03T20:08:37Z
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Tese Final.pdf: 1014333 bytes, checksum: 8480afc78e7ff00393848410ed759ac9 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-03T20:08:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese Final.pdf: 1014333 bytes, checksum: 8480afc78e7ff00393848410ed759ac9 (MD5) / As acadêmicas feministas brasileiras souberam perseguir o desenvolvimento de
estudos científicos sobre mulher/mulheres, constituíram núcleos de estudo e
pesquisas interdisciplinares, consolidaram o campo dos estudos feministas e de
gênero no país e vêm inserindo, de forma gradativa, os estudos feministas e de
gênero em disciplinas e cursos nas universidades. Seus estudos e discursos
contribuíram e vêm contribuindo para a elaboração, planejamento, implementação,
execução e avaliação de políticas públicas para as mulheres, especialmente no
campo dos direitos sexuais e reprodutivos. Entretanto, a visibilidade desses estudos
nas universidades não corresponde à sua importância, uma vez que ainda são
poucas as instituições que vêm buscando inserir em matrizes curriculares de cursos
de graduação e de pós-graduação, disciplinas, temas e projetos que desencadeiem
um movimento reflexivo sobre os direitos sexuais e os direitos reprodutivos sob o
enfoque do feminismo e de gênero. Esta tese buscou identificar e analisar as
estratégias utilizadas por acadêmicas feministas do campo da saúde coletiva para
incorporar a temática dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos em suas
atividades de docência. Para tal foram realizadas entrevistas cujos resultados foram
analisados pelo método da análise de conteúdo baseada em Bardin. Dentre os
resultados, identificou-se que: a pesquisa vem sendo a principal estratégia através
da qual a referida temática é inserida nas atividades de ensino e extensão; a
identidade feminista das pesquisadoras é reconhecida como facilitadora para a
abordagem dos DSDR; não existe uma disciplina específica sobre os DSDR no
universo pesquisado; os estudantes de pós-graduação são os principais alvos das
atividades das professoras entrevistadas; gênero é o principal tema desencadeador
das discussões sobre os DSDR; o aborto é o tema mais trabalhado pelas
entrevistadas nas atividades de pesquisa e ensino, seguido pela diversidade sexual
e pela violência contra a mulher; os DR são mais inseridos que os DS; embora a
sexualidade seja abordada por todas as entrevistadas, apenas duas delas produzem
pesquisas específicas sobre os direitos sexuais; a utilização de estratégias
metodológicas com vistas à produção do conhecimento baseadas em
epistemologias feministas, tais como oficinas e vivências, são pouco utilizadas no
universo investigado; existe uma retroalimentação entre pesquisa, ensino e extensão
no universo pesquisado; o planejamento reprodutivo e a violência contra a mulher
são os temas mais solicitados pela comunidade externa nas atividades de extensão.
A atenção à saúde para mulheres com orientações sexuais diversas não é abordada
pelo universo pesquisado. Dentre os temas pouco trabalhados destaca-se a saúde
materna. / Salvador
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Um pai trans, uma mãe transAngonese, Mônica January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2016 / Made available in DSpace on 2016-09-20T05:06:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
340498.pdf: 1253378 bytes, checksum: dc28cad404ce3fd20f715beb10485481 (MD5)
Previous issue date: 2016 / As experiências da população trans (travestis e transexuais) relacionadas à reprodução e à parentalidade são predominantemente invisibilizadas. Esta dissertação teve como objetivo central conhecer os discursos e experiências de pessoas trans sobre reprodução e parentalidades e como objetivos específicos: discutir os limites e possibilidades do atendimento à saúde reprodutiva nos serviços de saúde; analisar as (in)visibilidades da população trans no que tange à saúde e aos direitos reprodutivos em documentos públicos de saúde e direitos humanos; e problematizar a invisibilidade das experiências de parentalidades trans. Foi realizada pesquisa de inspiração etnográfica, utilizando observação participante, diários de campo e entrevistas. Verificou-se a ausência da população trans nos discursos e práticas relacionados a direitos e saúde reprodutiva em geral, bem como sua predominante invisibilidade em documentos públicos brasileiros relacionados aos direitos da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Problematizou-se o atendimento à saúde reprodutiva, ressaltando o uso do nome social nos serviços de saúde, o aborto e a questão hormonal relacionada à reprodução. Refletiu-se sobre a cisheteronormatividade reprodutiva, a qual cria uma situação que se propôs conceituar como esterilização simbólica da população trans, pois reprodução e parentalidades parecem noções impensáveis quando se trata de sujeitos constituídos pela ideia de abjeção. A partir da escuta das pessoas interlocutoras, enfatizou-se a performatividade da parentalidade e o desejo, as práticas de cuidado, a adoção, o valor da consanguinidade, o imperativo da maternidade e a problematização da noção de família. <br> / Abstract : The experiences of trans population (transvestites and transsexuals) related to reproduction and parenting are predominantly made invisible. This dissertation had as central objective to know the speeches and experiences of trans people on reproduction and parenthoods and the following objectives: discuss the limits and possibilities of reproductive health care in the health services; analyzing the (in)visibility of trans population with regard to health and reproductive rights in documents as public health and human rights; and discuss the invisibility of trans parenthoods experiences. Ethnographic inspired research was conducted using participant, daily field observation and interviews. A lack of trans population in the discourses and practices related to rights and reproductive health general as well as its predominant invisibility in Brazilian public documents related to the rights of the lesbian, gay, bisexual and transgender comunity (LGBT). It was Problematized the reproductive health care, highlighting the use of the social name in health care, abortion and hormonal issue related to reproduction. It was reflected on reproductive cisheteronormativity, which creates a situation that proposed conceptualize as symbolic sterilization of trans population, therefore reproduction and parenthoods seems inconceivable notions when it comes to reflect about subjects constituted by the idea of abjection. From listening to the people interlocutors, it was emphasized the performativity of parenthood, desire, care practices, the adoption, the value of consanguinity, the imperative of motherhood and the notion of family s questioning.
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Educação em direitos reprodutivos : uma análise de materiais didáticos audiovisuaisTorres, Taluana Laiz Martins [UNESP] 30 October 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-10-06T13:03:40Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2014-10-30. Added 1 bitstream(s) on 2015-10-06T13:18:14Z : No. of bitstreams: 1
000849210.pdf: 1993087 bytes, checksum: aee971d6002b68f82f99dcee586d1e1f (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Universidade de Barcelona (Bolsa BEPE) / Esta Tese de Doutorado se insere na Linha de Pesquisa Processos Formativos, Diferenças e Valores, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista - UNESP. A pesquisa teve como objeto o estudo das produções didáticas audiovisuais sobre o tema da sexualidade e dos direitos reprodutivos, elaboradas por Organizações Não-Governamentais (ONGs), no Estado de São Paulo, as quais são destinadas aos docentes para o uso no trabalho pedagógico com os jovens. O objetivo foi analisar como os marcos dos direitos reprodutivos são abordados nos materiais didáticos audiovisuais criados pelas ONGs, voltados tanto para os docentes como para o trabalho pedagógico com os jovens; visou também a investigar como é apresentada e problematizada a dimensão educacional, teórica e política da sexualidade e dos direitos reprodutivos. Quatro vídeos formaram o principal corpus documental da pesquisa: Minha vida de João, Era uma vez outra Maria e Bonezinho Vermelho (produzidos pela ONG ECOS - Comunicação em sexualidade), além do Você soube da Márcia? (feito pelo GTPOS - Grupo de Trabalho e Pesquisa sobre Orientação Sexual). Realizamos o levantamento, descrição e análise dos seguintes aspectos: 1) conjunto de enunciados constituintes das narrativas imagéticas e textuais dos vídeos; 2) suportes técnicos e recursos utilizados na produção de imagens apresentadas nos vídeos; 3) manifestações dos autores ou responsáveis pela elaboração dos vídeos, colhidas através de entrevistas. A pesquisa, de natureza qualitativa, utilizou o referencial teórico dos estudos sócio-históricos e culturais de Bakhtin (1990)... / This thesis is part of the research Formative processes, differences and values of the Postgraduate Education program of the Faculdade de Ciências e Tecnologia of Universidade Estadual Paulista - UNESP. Research studied the audiovisual educational productions on sexuality and reproductive rights, produced by Non-Govermmental Organizations (NGO) in the state of São Paulo, which are done to teachers to use in teaching processes with young. The aim was to analyze how issues related to human reprodution are presented, which kind of understanding and meaning ways and, specifically, when these issues are related to the following issues: pregnancy, maternity, paternity, family, sex, contraception and abortion. Four videos have formed the corpus of documentary research, which are: Minha vida de João, Era uma vez outra Maria e Bonezinho Vermelho (produced by the ONG ECOS - Comunicação em sexualidade) and Você soube da Márcia? (produced by GTPOS - Grupo de Trabalho e Pesquisa sobre Orientação Sexual). We conducte a collection, description and analysis of the following aspects: 1) the set of statements that constitute images and textual narratives; 2) technical support and resources used in the production of images; 3) the statement of their authors gathered through interviews. The research is qualitative and uses the theoretical framework of socio-historical and cultural studies of Bakhtin (1990)....
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Na zona selvagem : relatos de mulheres sobre a experiência do aborto clandestinoRibeiro, Jullyane Carvalho 26 March 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2014. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2014-07-07T15:38:56Z
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2014_JullyaneCarvalhoRibeiro.pdf: 968761 bytes, checksum: 3b7409c6fe9ec6689a073c5611eed37a (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-07-09T11:15:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2014_JullyaneCarvalhoRibeiro.pdf: 968761 bytes, checksum: 3b7409c6fe9ec6689a073c5611eed37a (MD5) / Made available in DSpace on 2014-07-09T11:15:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2014_JullyaneCarvalhoRibeiro.pdf: 968761 bytes, checksum: 3b7409c6fe9ec6689a073c5611eed37a (MD5) / A necessidade de conhecer os relatos das mulheres que passaram pela experiência do aborto clandestinamente é o ponto de partida desta pesquisa. Busquei aqui verificar como as mulheres que realizaram o procedimento articulam seus relatos sobre a experiência vivida do aborto, as suas motivações e suas justificativas para a prática. Pretendi ainda observar como, e se, a ilegalidade do aborto atinge diferencialmente essas mulheres em suas especificidades de classe, raça, estado civil e geração, além de averiguar como se dá a relação dessas mulheres com seus corpos e com sua autonomia reprodutiva após o procedimento.
Para tanto, realizei um total de onze entrevistas em profundidade com mulheres que induziram o aborto, no Distrito Federal e na região do entorno de Brasília, as quais tiveram como fio condutor a vivência de sua sexualidade e suas trajetórias reprodutivas. Busquei ainda promover uma interação entre as formulações teóricas relativas à temática do aborto e dos direitos reprodutivos, as pesquisas empíricas já realizadas na área e o material resultante do trabalho de campo.
As particularidades de raça, condição socioeconômica e geração são marcadores importantes na maneira como é vivenciado o aborto, influindo em suas condições materiais e emocionais de realização. As particularidades dos casos apontam para inúmeras possibilidades de vivência, as quais terão forte influência no momento de narrar a experiência vivida. Inúmeras relações de poder e conflito se articulam nesse contexto, em que são decisivas para as mulheres as possibilidades materiais e emocionais, as expectativas com relação aos seus relacionamentos, os seus projetos de vida e perspectivas futuras. A experiência do aborto, desta forma, solidariza e aproxima essas mulheres ao mesmo tempo em que as afasta em suas especificidades. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The urge to know the stories of women who have experienced abortion clandestinely is the starting point for this research. I seek here to identify how women who underwent the procedure articulate their reports on the experience of abortion, their motivations and their justifications for the practice. I also intended to see how, and if, the illegality of abortion affects differentially these women in their specificities of race , socio economical status, and generation and to verify how is the relationship of these women with their bodies and their reproductive autonomy after the procedure.
To do so, I conducted a total of eleven in-depth interviews with women who had induced abortion in the Distrito Federal of Brasilia and surrounding areas, especially on the experience of their sexuality and their reproductive trajectories. Sought further to promote interaction between theoretical formulations relating to the topic of abortion and reproductive rights, empirical research already conducted in the area and the material resulting from fieldwork .
The particularities of race, socioeconomic status and generation are important markers on the way abortion is experienced, influencing the physical and emotional conditions of its realization. The particularities of the cases point to numerous possibilities of living the situation, which have strong influence when narrating the experience. Numerous power relations and conflict are articulated in this context, in which are decisive the material and emotional possibilities, expectations regarding their relationships, their life projects and future prospects. The experience of abortion, at the same time, brings solidarity and moves these women apart on their specificities.
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Cuidado pré-natal a mulheres negras e brancas no brasil: Indicador de adequação e fatores associadosMillani, Souza de Almeida 27 January 2017 (has links)
Submitted by Mendes Márcia (marciinhamendes@gmail.com) on 2017-07-07T14:14:49Z
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millani_souza_de_almeida.pdf: 2245549 bytes, checksum: ba48eac314db7d977f688663210a1872 (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2017-07-27T15:02:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1
millani_souza_de_almeida.pdf: 2245549 bytes, checksum: ba48eac314db7d977f688663210a1872 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-27T15:02:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
millani_souza_de_almeida.pdf: 2245549 bytes, checksum: ba48eac314db7d977f688663210a1872 (MD5) / A despeito da alta cobertura do pré-natal no Brasil, análises sobre o cuidado adequado
identificam baixos percentuais de acesso das mulheres a esse tipo de serviço. Fatores de
ordem socioeconômica e demográfica, com destaque para a raça/cor, têm caracterizado as
desigualdades de acesso das mulheres ao cuidado pré-natal adequado, embora não haja
consenso na literatura de que as mulheres negras têm o pior acesso ao cuidado adequado.
Tem-se como objetivo geral comparar a utilização do cuidado pré-natal adequado entre
mulheres negras e brancas no Brasil, e como objetivos específicos caracterizar as mulheres
usuárias do cuidado pré-natal segundo a raça/cor e outros fatores sociodemográficos; estimar
a magnitude da adequação global do cuidado pré-natal; verificar a associação entre o índice
padronizado de adequação do cuidado pré-natal e a raça/cor e verificar associação entre os
indicadores de processo do cuidado pré-natal adequado e a raça/cor. Estudo de abordagem
quantitativa, do tipo transversal, de base populacional, realizado com dados da Pesquisa
Nacional de Saúde. A amostra foi constituída por 1851 mulheres com 18 anos ou mais de
idade, residentes no Brasil. Construiu-se um índice de adequação do cuidado pré-natal com
base nas mensurações do escore Z, classificados em três níveis: adequado, intermediário e
inadequado. O pré-natal adequado foi definido tomando como referência as recomendações
mínimas propostas pelo Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento e pelo Manual
técnico de atenção ao pré-natal de alto risco, sendo que os índices de adequação do pré-natal
compuseram as variáveis dependentes. A variável raça/cor foi constituída pelos grupos negra e
branca e considerada como variável independente principal e as características
sociodemográficas das mulheres como covariáveis. A análise estatística foi realizada mediante
obtenção das medidas de tendência central (média e mediana), desvio- padrão, frequência
(absolutas e percentuais), prevalência e odds ratio. A verificação da associação entre as
variáveis dependentes e independentes foi realizada mediante a análise bivariada tabular e por
meio da regressão logística multinível, estimando-se, desta forma, o odds ratio (OR) e seu
respectivo intervalo de confiança de 95%. Em todas as análises estatísticas adotou-se o nível
de significância de 5% (p ≤ 0,05). Os resultados apontaram que mulheres negras possuem
menor chance de iniciar o pré-natal antes da 12ª semana, realizar mais de 6 consultas, realizar
teste HIV, realizar VDRL, realizar exame das mamas e receber orientações quanto à gestação,
parto e aleitamento materno. Os achados também evidenciaram associação entre a raça/cor e a
idade, escolaridade, renda, ocupação, paridade e utilização do serviço público. Encontramos
10,8% de adequação global do cuidado pré-natal e associação estatisticamente significante
entre a raça/cor das mulheres e o índice de adequação pré-natal (OR= 0,45; IC95%:0,30-
0,67). Conhecer os grupos vulneráveis e seu perfil de utilização dos serviços de saúde é
ferramenta fundamental para o planejamento de ações direcionadas à eliminação das
desigualdades. Este estudo poderá contribuir para formulação de políticas de atenção às
mulheres com base nas reais condições do acesso ao cuidado adequado, segundo a raça/cor,
assim como elucidar quais os fatores que concorrem para a baixa cobertura do pré-natal
adequado. / Despite the wide coverage of prenatal care in Brazil, analyses on adequate care have
identified low percentages of women’s access to this type of service. Socio-economic and
demographic aspects, with emphasis to race/color, have characterized the inequalities of
women’s access to adequate prenatal care, although there is not a consensus in literature that
black women have poorer access to adequate prenatal care. The general objective is to
compare the use of adequate prenatal care among black and white women in Brazil, and as
specific objectives to characterize women users of prenatal care according to race/color and
other socio-demographic factors; estimate the magnitude of the global adequacy of prenatal
care; verify the association between the standardized index for prenatal care adequacy and
race/color and verify the association between the indicators of adequate prenatal care process
and race/color. A population based study with a quantitative cross-sectional approach,
performed with data from the National Health Survey. The sample was formed by 1851
women, ages 18 and above, resident in Brazil. An index of prenatal care adequacy was
established based on score Z measurements, classified in three levels: adequate, intermediate
and inadequate. Adequate prenatal care was defined taking as reference the minimum
recommendations proposed by the Prenatal and Birth Humanization Program and the
technical manual for high risk prenatal care, whereby the prenatal care adequacy indexes
formed the dependent variables. The race/color variable was established by groups of black
and white women and considered as the main independent variable and the sociodemographic
characteristics of the women as co-variables. The statistical analysis was
performed by obtaining the Measures of Central Tendency (mean and median), standard
deviation, frequency (absolute and percentages), prevalence and odds ratio. The verification
of the association between dependent and independent variables was performed using tabular
bivariate analysis and through multilevel logistic regression, estimating, in this manner, the
odds ratio (OR) and respective confidence interval of 95%. For all the statistical analysis, the
level of significance of 5% (p ≤ 0.05) was used. The results point out that black women have
less chance of beginning prenatal care before 12 weeks of gestation, have 6 or more
consultations, carry out the HIV test, perform VDRL exam, breast exams or receive guidance
in relation to gestation, childbirth or breast-feeding. The findings also evidence the
association between race/color and age, schooling, income, occupation, parity and the use of
public service. A 10.8% of global adequacy of prenatal care was observed and statistically
significant association between race/color of women and the prenatal care adequacy index
(OR=0.45; CI 95%: 0.30-0.67). To understand the vulnerable groups and their profile in the
use of the health services is a fundamental tool for planning actions guided towards the
elimination of inequalities. The present study can contribute towards formulating policies for
attention to women based on actual conditions of access to adequate care, according to
race/color, as well as clarifying which factors contribute towards the low coverage of
adequate prenatal care.
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Cuidado pré-natal a mulheres negras e brancas no brasil: indicador de adequação e fatores associadosMillani, Souza de Almeida 27 January 2017 (has links)
Submitted by Mendes Márcia (marciinhamendes@gmail.com) on 2017-07-11T12:57:13Z
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millani_souza_de_almeida (1).pdf: 2245549 bytes, checksum: ba48eac314db7d977f688663210a1872 (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2017-07-27T15:10:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1
millani_souza_de_almeida (1).pdf: 2245549 bytes, checksum: ba48eac314db7d977f688663210a1872 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-27T15:10:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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identificam baixos percentuais de acesso das mulheres a esse tipo de serviço. Fatores de
ordem socioeconômica e demográfica, com destaque para a raça/cor, têm caracterizado as
desigualdades de acesso das mulheres ao cuidado pré-natal adequado, embora não haja
consenso na literatura de que as mulheres negras têm o pior acesso ao cuidado adequado.
Tem-se como objetivo geral comparar a utilização do cuidado pré-natal adequado entre
mulheres negras e brancas no Brasil, e como objetivos específicos caracterizar as mulheres
usuárias do cuidado pré-natal segundo a raça/cor e outros fatores sociodemográficos; estimar
a magnitude da adequação global do cuidado pré-natal; verificar a associação entre o índice
padronizado de adequação do cuidado pré-natal e a raça/cor e verificar associação entre os
indicadores de processo do cuidado pré-natal adequado e a raça/cor. Estudo de abordagem
quantitativa, do tipo transversal, de base populacional, realizado com dados da Pesquisa
Nacional de Saúde. A amostra foi constituída por 1851 mulheres com 18 anos ou mais de
idade, residentes no Brasil. Construiu-se um índice de adequação do cuidado pré-natal com
base nas mensurações do escore Z, classificados em três níveis: adequado, intermediário e
inadequado. O pré-natal adequado foi definido tomando como referência as recomendações
mínimas propostas pelo Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento e pelo Manual
técnico de atenção ao pré-natal de alto risco, sendo que os índices de adequação do pré-natal
compuseram as variáveis dependentes. A variável raça/cor foi constituída pelos grupos negra e
branca e considerada como variável independente principal e as características
sociodemográficas das mulheres como covariáveis. A análise estatística foi realizada mediante
obtenção das medidas de tendência central (média e mediana), desvio- padrão, frequência
(absolutas e percentuais), prevalência e odds ratio. A verificação da associação entre as
variáveis dependentes e independentes foi realizada mediante a análise bivariada tabular e por
meio da regressão logística multinível, estimando-se, desta forma, o odds ratio (OR) e seu
respectivo intervalo de confiança de 95%. Em todas as análises estatísticas adotou-se o nível
de significância de 5% (p ≤ 0,05). Os resultados apontaram que mulheres negras possuem
menor chance de iniciar o pré-natal antes da 12ª semana, realizar mais de 6 consultas, realizar
teste HIV, realizar VDRL, realizar exame das mamas e receber orientações quanto à gestação,
parto e aleitamento materno. Os achados também evidenciaram associação entre a raça/cor e a
idade, escolaridade, renda, ocupação, paridade e utilização do serviço público. Encontramos
10,8% de adequação global do cuidado pré-natal e associação estatisticamente significante
entre a raça/cor das mulheres e o índice de adequação pré-natal (OR= 0,45; IC95%:0,30-
0,67). Conhecer os grupos vulneráveis e seu perfil de utilização dos serviços de saúde é
ferramenta fundamental para o planejamento de ações direcionadas à eliminação das
desigualdades. Este estudo poderá contribuir para formulação de políticas de atenção às
mulheres com base nas reais condições do acesso ao cuidado adequado, segundo a raça/cor,
assim como elucidar quais os fatores que concorrem para a baixa cobertura do pré-natal
adequado. / Despite the wide coverage of prenatal care in Brazil, analyses on adequate care have
identified low percentages of women’s access to this type of service. Socio-economic and
demographic aspects, with emphasis to race/color, have characterized the inequalities of
women’s access to adequate prenatal care, although there is not a consensus in literature that
black women have poorer access to adequate prenatal care. The general objective is to
compare the use of adequate prenatal care among black and white women in Brazil, and as
specific objectives to characterize women users of prenatal care according to race/color and
other socio-demographic factors; estimate the magnitude of the global adequacy of prenatal
care; verify the association between the standardized index for prenatal care adequacy and
race/color and verify the association between the indicators of adequate prenatal care process
and race/color. A population based study with a quantitative cross-sectional approach,
performed with data from the National Health Survey. The sample was formed by 1851
women, ages 18 and above, resident in Brazil. An index of prenatal care adequacy was
established based on score Z measurements, classified in three levels: adequate, intermediate
and inadequate. Adequate prenatal care was defined taking as reference the minimum
recommendations proposed by the Prenatal and Birth Humanization Program and the
technical manual for high risk prenatal care, whereby the prenatal care adequacy indexes
formed the dependent variables. The race/color variable was established by groups of black
and white women and considered as the main independent variable and the sociodemographic
characteristics of the women as co-variables. The statistical analysis was
performed by obtaining the Measures of Central Tendency (mean and median), standard
deviation, frequency (absolute and percentages), prevalence and odds ratio. The verification
of the association between dependent and independent variables was performed using tabular
bivariate analysis and through multilevel logistic regression, estimating, in this manner, the
odds ratio (OR) and respective confidence interval of 95%. For all the statistical analysis, the
level of significance of 5% (p ≤ 0.05) was used. The results point out that black women have
less chance of beginning prenatal care before 12 weeks of gestation, have 6 or more
consultations, carry out the HIV test, perform VDRL exam, breast exams or receive guidance
in relation to gestation, childbirth or breast-feeding. The findings also evidence the
association between race/color and age, schooling, income, occupation, parity and the use of
public service. A 10.8% of global adequacy of prenatal care was observed and statistically
significant association between race/color of women and the prenatal care adequacy index
(OR=0.45; CI 95%: 0.30-0.67). To understand the vulnerable groups and their profile in the
use of the health services is a fundamental tool for planning actions guided towards the
elimination of inequalities. The present study can contribute towards formulating policies for
attention to women based on actual conditions of access to adequate care, according to
race/color, as well as clarifying which factors contribute towards the low coverage of
adequate prenatal care
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A influência de movimentos de mulheres nas políticas públicas para a saúde da mulher no Brasil - 1984Britto, Marcelo Andréas Faria de 12 September 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, 2014. / Submitted by Larissa Stefane Vieira Rodrigues (larissarodrigues@bce.unb.br) on 2014-12-17T19:08:15Z
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2014_MarceloAndréasFariaDeBritto.pdf: 1213288 bytes, checksum: 277d6624d3abd0613952d8022cf2f1c5 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2014-12-18T11:55:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2014_MarceloAndréasFariaDeBritto.pdf: 1213288 bytes, checksum: 277d6624d3abd0613952d8022cf2f1c5 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-12-18T11:55:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2014_MarceloAndréasFariaDeBritto.pdf: 1213288 bytes, checksum: 277d6624d3abd0613952d8022cf2f1c5 (MD5) / O presente estudo analisa o papel de movimentos de mulheres na área da saúde da mulher no Brasil durante a primeira metade da década de 1980, período em que havia, internacionalmente, um paradigma predominante do controle da natalidade e em que, internamente, lutava-se em busca dos direitos reprodutivos. Dois atores são destacados nesse processo: o governo federal, representado pelo Ministério da Saúde, e a sociedade civil, aqui representada pelo movimento de mulheres. A fim de entender, ainda que parcialmente, e mapear traços da dialética entre duas posições acerca da saúde da mulher foram selecionados dois textos: a Carta de Itapecerica, elaborada por mais de 70 grupos de mulheres, de 19 estados brasileiros, ligadas à área da saúde e que participaram do Primeiro Encontro Nacional de Saúde da Mulher, em outubro de1984, e o pronunciamento do Ministro de Estado da Saúde do Brasil, Waldyr Mendes Arcoverde, na Cidade do México, em 6 de agosto de 1984, durante a abertura da Conferência Internacional sobre População, que aconteceu de 6 a 13 de agosto de 1984. Com base nesses dois eventos e em dois dos textos que deles resultaram, um deles representando o governo e o outro a sociedade civil, é utilizada a análise lexical, mapeando trechos que poderiam ser vinculados a discursos particulares tendo como base o documento do movimento social e o documento oficial do governo, no intuito de investigar se há discursos que se materializam nos dois documentos analisados, ou se os dois documentos recorrem a discursos distintos sobre o tema em foco. Como resultados da pesquisa, observamos a influência que o ambiente internacional exerceu no plano doméstico e a importância do protagonismo dos movimentos de mulheres na definição de políticas públicas. __________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The present study examines the role of women’s movements in the area of women's health, during the first half of eithties, a period when there was a prevailing internationally paradigm of birth control and internally struggled in accessing reproductive rights. Two actors are featured in this process, the federal government represented by the Ministry of Health and the social society by the women's movement. In order to understand, even though partially, and map dialectic trace between two positions on women's health, two texts were selected Chart of Itapecerica prepared by more than 70 women's groups from 19 Brazilian states, related with health who participated in the First National Meeting of Women's Health, in October 1984; and the statement of the Minister of Health of Brazil, Waldyr Mendes Arcoverde, in Mexico City, on August 6, 1984, during the opening of the International Conference on Population, held from 6-13 August 1984. Based on these two events, and in two texts resulted from them: one of them representing the government and the other the civil society, it is used the lexical analysis, mapping stretches that could be linked to particular discourses based on the social movement document and the official government document, in order to investigate whether there are speeches that materialize in the two documents analyzed, or if the two documents resort to different discourses on the subject in focus. As a result of the research, we observed the influence of the international environment at the domestic level, and the importance of the role of the women's movement in the definition of public policies.
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Mulheres jovens e prática da dupla proteção em uma comunidade popular do RecifeXAVIER, Anna Karina Gonçalves 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo tem como objetivo compreender como é a abordagem das mulheres jovens
de uma comunidade popular do Recife-PE com seus parceiros sexuais do sexo masculino
sobre questões relacionadas aos métodos de prevenção e contracepção. Métodos esses que
levam as práticas de dupla proteção. Por dupla proteção entende-se a proteção contra gravidez
não planejada e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/AIDS, sendo uma forma de sexo
seguro para casais com relacionamentos heterossexuais e requer a concordância de ambos os
parceiros (BERER, 2006). Esta pesquisa localiza-se no campo da Psicologia na interface com
a saúde coletiva e a antropologia, mais especificamente no campo dos direitos sexuais e
direitos reprodutivos. Tem como referencial teórico a categoria gênero, enquanto
performatividade que constitui subjetividades entremeadas pelo poder nas relações, e, para
tanto debate a partir do lugar dos estudos feministas na interface com a Psicologia. Utiliza-se
da perspectiva qualitativa e de uma abordagem Etnográfica como metodologia. A Etnografia
privilegia o lugar da observação em processos sociais objetivando identificar e compreender
as práticas sociais. A revisão da literatura no Brasil, na última década traz para o debate que
as mulheres jovens, especialmente as pertencentes às classes populares, tem dificuldades de
praticar a prevenção e contracepção em seus relacionamentos afetivos sexuais. Dentre os
variados fatores, destacam-se as relações desiguais de gênero, falta de diálogo em casa sobre
o tema, algumas abordagens mal sucedidas pelos profissionais de saúde e falta de acesso aos
insumos, entre outros. Esses fenômenos têm proporcionado dificuldades quanto à prática de
dupla proteção para as mulheres jovens. Porém, mesmo diante das adversidades as mulheres
têm contornado a situação e agido em prol da sua saúde sexual e reprodutiva. A partir desse
panorama foram realizadas idas a campo por um período de dois meses consecutivos e
posterior escolha de seis mulheres jovens para realização de entrevistas em profundidade com
idades entre 17 e 24 anos, considerando a diversidade de seus relacionamentos afetivos
sexuais. Para a sistematização das informações construídas com as interlocutoras, foram
realizadas: transcrição na íntegra das entrevistas; leituras flutuantes e identificação das
categorias. Destacaram-se como categorias: família, sociabilidade, roteiros sexuais e dupla
proteção prevenção e contracepção. A análise das informações traz para reflexão que as
mulheres jovens estão realizando práticas de dupla proteção, mesmo que não nomeiem suas
ações com este rótulo , além de estarem ressignificando as suas relações no tocante as
questões de gênero. Percebeu-se também que há estratégias diferentes entre as jovens para a
realização da prática de dupla proteção. Não se pode pressupor que haverá um modelo ideal
para as estratégias de exercício da dupla proteção, uma vez que devem ser consideradas as
subjetividades e os contextos do cotidiano. Os discursos das interlocutoras revelam uma
convivência em suas práticas do que pode ser nomeado como tradicional quanto às relações
de gênero e algumas mudanças no posicionamento das mulheres jovens nos seus
relacionamentos afetivos sexuais quando tratam das práticas de dupla proteção
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Sentidos, limites e potencialidades da medicina fetal: a visão dos especialistasRodrigues, Cláudia Sampaio January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança de da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / O presente estudo teve como objetivo geral compreender visões e opiniões dos
especialistas sobre os sentidos, limites e potencialidades da medicina fetal. Como questões
específicas, investigamos como os médicos viam os benefícios e riscos das práticas da
medicina fetal para a saúde da mulher e do feto, o acesso segundo condições
socioeconômicas, a questão dos direitos reprodutivos e da autonomia das mulheres em face
da medicina fetal e o tema do aborto.
Trata-se de estudo qualitativo que utilizou duas fontes: apresentações em congresso
de medicina fetal e entrevistas individuais semiestruturadas com especialistas. Para análise
dos relatos orais utilizou-se o método hermenêutico-dialético.
A noção do feto como paciente impulsiona o desenvolvimento da medicina fetal
como especialidade diferenciada da obstetrícia e da perinatologia. Os especialistas
reconhecem que o acesso das mulheres à medicina fetal, no Brasil, se dá principalmente
através dos serviços privados e da saúde suplementar, com pouca problematização das
condições de acesso aos procedimentos no SUS.
Os direitos reprodutivos são muitas vezes interpretados como benefícios à saúde, e
questões relativas à autonomia decisória, integridade corporal e equidade de gênero são
pouco presentes nas reflexões. A possibilidade de iatrogenia e os custos sociais e
psicológicos das práticas em medicina fetal para as mulheres aparecem de forma superficial
e não suscitam um debate sobre limites éticos e técnicos das intervenções. A maioria dos
entrevistados defende a liberação e/ou descriminalização do aborto, como forma de
ampliação da atuação da especialidade, e um modo de dar sentido a essas práticas, que são
basicamente diagnósticas. O estudo sinaliza a necessidade de um amplo debate para que se
estabeleçam políticas públicas para a medicina fetal à luz dos princípios do SUS e dos
direitos reprodutivos. / This study aimed to understand views and opinions of experts about the meanings,
limits and potentiality of fetal medicine. As specific issues, we investigated how the doctors
saw the benefits and risks of the practice of fetal medicine for the health of the woman and
fetus, access according to socioeconomic status, the issue of reproductive rights and the
empowerment of women in the face of fetal medicine and theme abortion.
It is a qualitative study that used two sources: medical congress presentations on fetal
and semi-structured interviews with experts. For analysis of oral histories used the
hermeneutic-dialectic method.
The notion of the fetus as a patient drives the development of differentiated fetal
medicine as a specialty of obstetrics and perinatology. Experts acknowledge that women’s
access to the fetal medicine in Brazil is mainly through private services and the health
insurance, with little questioning of the conditions of access to procedures in the SUS.
Reproductive rights are often interpreted as health benefits, and issues related to
decision-making autonomy, bodily integrity and gender equity are not very present in the
reflections. The possibility of iatrogenic costs and social and psychological practices in
fetal medicine for women appear in a superficial manner and does not provoke a debate
about the limits of ethical and technical assistance. The majority of respondents supports
the release and / or decriminalization of abortion as a means of expanding the role of
specialty, and a way of giving meaning to those practices that are essentially diagnostic.
The study underscores the need for a broad debate on public policies that are established for
fetal medicine in the light of the principles of the SUS and reproductive rights.
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