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Um olhar sobre o outro: a perspectiva sobre outras culturas na obra de Robert Flaherty / Um olhar sobre o outro: a perspectiva sobre outras culturas na obra de Robert Flaherty

Ortiz, Joana Montero 06 June 2007 (has links)
Este trabalho procura compreender como as obras de Flaherty elaboram um olhar sobre as populações nativas representadas em seus filmes. Através de uma análise da composição das imagens e dos recursos narrativos utilizados pelas obras, procuramos desvendar a perspectiva específica do autor sobre a alteridade, e o modo como ela é por ele representada. Com efeito, os filmes de Flaherty organizam uma noção geral de cultura, subjacente e não revelada, que orienta sua descrição. Para desenvolver este trabalho, foram escolhidas as duas primeiras obras de sua filmografia: Nanook of the North (1922); e Moana: A Romance of the Golden Age (1926). Ao trazer alguns conceitos e referências do campo da Antropologia para a análise fílmica, espero contribuir para enriquecer significativamente o debate que há muito já vem sendo realizado sobre as obras deste conhecido diretor. / This work intent to understand how Flahertys films elaborate a sight about the native populations represented in his works. Analyzing his composition style and the narrative resources used in his works, we search to reveal his specific perspective about alterity and the ways by which it is represented. Flahertys films organize a general notion of culture, that remains underlying and undisclosed, but which guides his description. To develop this work, two of his films had been chosen: Nanook of the North (1922); e Moana: A Romance of the Golden Age (1926). Borrowing some concepts and references from the anthropological field to the filmic analysis, will allow me to contribute, as I expect, to enrich the debate that is still being carried on about the works of this well known director.
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A construção da realidade - o estudo do processo criativo de Eduardo Coutinho na elaboração do documentário Santo Forte

Dias, Verônica Ferreira 14 May 2010 (has links)
A tese visa a comparar e analisar o material bruto de Santo forte com o filme lançado comercialmente para - por meio do estudo do processo de realização do documentário, das seleções e articulações de imagens e depoimentos - identificar o traço autoral de Eduardo Coutinho, sua metodologia (baseada na entrevista) e sua ética (voltada tanto para o \"ator social\", no sentido de preservar a imagem da pessoa e do personagem criado, quanto para o espectador, no sentido de explicitar no próprio filme sua forma de construção). Coutinho, ao escolher os participantes de seus filmes, leva em consideração a capacidade que a pessoa tem de contar bem suas histórias - capacidade essa que lhe permitirá criar personagens interessantes para seus filmes. Se por um lado, os participantes devem \"atuar com propriedade\" para a câmera, por outro, cabe a Coutinho estimular essa atuação. Para isso, o cineasta se vale de algumas estratégias para a realização das entrevistas: começa a entrevista naturalmente, tratando de temas gerais ou partindo de assuntos que possa ter em comum com o participante; fisicamente, fica próximo de seu interlocutor; não se prende a um roteiro de perguntas e, com isso, deixa o participante falar à vontade; procura os momentos apropriados para retomar os assuntos que julga ser mais interessantes; conta com pessoas na equipe que já tiveram contato com o participante; não deixa de responder um questionamento feito pelo personagem e nem entra em confronto com ele. / The aim of this thesis is to compare and analyze the unedited material with the commercial movie Santo forte to identify - by means of studying the documentary completion process, the selections and articulations of images and testimonials - the authorial trace of Eduardo Coutinho, his methodology (interview based) and his ethics (both directed to the \"social actor\", in order to preserve a person\'s image and the image of the character created, and to the \"spectator\", in order to explain in the movie itself the way it has been constructed). When selecting the participants for his movies, Coutinho takes into account the ability one has to fairly tell their stories - ability that will allow him to create interesting characters. On the one hand, if participants should \"act fittingly\" for the camera, on the other, it is Coutinho´s responsibility to stimulate this performance. To accomplish this, the movie maker uses some strategies for the interviews: starts the interview naturally, dealing with general themes or talking about subjects that he may have in common with the participant; he stays physically close to the interlocutor, he does not follow a script of questions, thus allowing the participant to speak freely; he looks for the appropriate time to resume the issues that he thinks are most interesting; he has the support of people on the staff who have had previous contact with the participant; he does not skip a question asked by the interviewed person and does not enter into confrontation with him.
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A cinescrita de "Agnès Varda": a subjetividade incorporada ao campo do documentário.

Levin, Tatiana 27 April 2011 (has links)
Submitted by Pós-Com Pós-Com (pos-com@ufba.br) on 2011-04-27T12:07:37Z No. of bitstreams: 1 Tatiana Levin Lopes da Silva.pdf: 4873170 bytes, checksum: 798e3988b2de1bcf81e3ac244937e31e (MD5) / Made available in DSpace on 2011-04-27T12:07:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tatiana Levin Lopes da Silva.pdf: 4873170 bytes, checksum: 798e3988b2de1bcf81e3ac244937e31e (MD5) / Esta dissertação examina o trabalho da cineasta francesa Agnès Varda numa tentativa de entender seus documentários do ponto de vista da manifestação da sua subjetividade quando gravada em filme. Os objetivos específicos são duplos. Primeiro identificar os traços autorais que deixam visível a expressão da sua subjetividade em alguns dos seus documentários, e segundo, investigar um filme em particular (Os Catadores e Eu) no qual ela se insere como uma personagem, representando um clímax quanto ao se retratar. As abordagens de dois diferentes autores são utilizadas, uma usando a linguagem do documentário, ou seja, modos de produção documental, e a outra a poética do filme examinando os mecanismos da apreciação. Em conclusão foi encontrado que o uso das duas abordagens na análise do filme em específico foi necessário para entender tanto como esse filme pode ser considerado um documentário quanto revelar o que faz dele um filme único. A subjetividade de Agnès Varda pôde ser averiguada por meio da construção dela como personagem, enquanto uma cineasta que interage com outras artes e pessoas assim como constrói abertamente sua criatividade em filme.
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O fruto proibido: imagens das fábricas recuperadas argentinas

Catalan, Lucas Barreto 04 1900 (has links)
Submitted by Lucas Catalan (lucatalan@hotmail.com) on 2017-07-24T13:24:03Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - VERSÃO FINAL Final.pdf: 2294395 bytes, checksum: 3f76cf0301a2cf7c9859e21b57ac11c6 (MD5) / Approved for entry into archive by Hozana Azevedo (hazevedo@ufba.br) on 2017-08-10T14:22:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - VERSÃO FINAL Final.pdf: 2294395 bytes, checksum: 3f76cf0301a2cf7c9859e21b57ac11c6 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-10T14:22:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação - VERSÃO FINAL Final.pdf: 2294395 bytes, checksum: 3f76cf0301a2cf7c9859e21b57ac11c6 (MD5) / Capes / Este trabalho tem como objetivo analisar a representação das lutas sociais no movimento das fábricas recuperadas argentinas, percebendo as dificuldades, resistência e conteúdos utópicos presentes nas películas. Esta experiência de resistência da classe trabalhadora se insere no contexto de forte crise econômica do país do final dos anos 1990 e inicio dos anos 2000, marcada por perdas bruscas de postos de trabalho. As fábricas recuperadas foram a saída encontrada por alguns para se manterem trabalhando e vivendo dignamente. São estudados, através da metodologia da decupagem, dois filmes documentários: Mate y Arcilla (2003), dos grupos Ak Kraak e Alavío, representando a luta dos trabalhadores da Zanon; e Brukman Bajo Control Obrero (2003), de Carlos Pronzato, representando o cotidiano das trabalhadoras da fábrica têxtil Brukman. Nestas obras percebemos a reconstrução dos períodos turbulentos das tomadas e ocupações das fábricas, em especial o cotidiano dos trabalhadores na construção de uma nova forma de organização do trabalho, pautada na autogestão. / This work aims to analyze the representation of social struggles in the Argentine movement of recovered factories, perceiving the difficulties, resistance, and utopian contents present in the films. This experience of resistance of the working class was inserted in the context of a strong economic crisis in the country with sudden losses of jobs.The recovered factories were the solution found by some of these workers to keep working and living in dignity. Two documentary films were studied through the methodology of decoupage: Mate y Arcilla (2003), made by the groups Ak Kraak and Alavío, representing the struggle of the workers at Zanon factory; and Brukman Bajo Controle Obrero (2003), by Carlos Pronzato, representing the daily life of the workers of the Brukman textile factory. In these documentaries we see the reconstruction of the turbulent periods of the factory occupations, especially the daily life of this workers, who seek the construction of a new form of work organization, based on selfmanagement.
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"O fruto proibido: imagens das fábricas recuperadas argentinas"

Catalan, Lucas Barreto 20 April 2017 (has links)
Submitted by Biblioteca Isaías Alves (reposiufbat@hotmail.com) on 2017-07-31T18:22:48Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Lucas catalan.pdf: 2018112 bytes, checksum: cc0d3288af550b6c546832f9e040f346 (MD5) / Approved for entry into archive by Biblioteca Isaías Alves (reposiufbat@hotmail.com) on 2017-07-31T18:28:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Lucas catalan.pdf: 2018112 bytes, checksum: cc0d3288af550b6c546832f9e040f346 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-31T18:28:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação - Lucas catalan.pdf: 2018112 bytes, checksum: cc0d3288af550b6c546832f9e040f346 (MD5) / Este trabalho tem como objetivo analisar a representação das lutas sociais no movimento das fábricas recuperadas argentinas, percebendo as dificuldades, resistência e conteúdos utópicos presentes nas películas. Esta experiência de resistência da classe trabalhada se insere no contexto de forte crise econômica do país, perdas bruscas de postos de trabalho. As fábricas recuperadas foram a saída encontrada por alguns para se manterem trabalhando e vivendo dignamente. São estudados, através da metodologia da decupagem, dois filmes documentários: Mate y Arcilla (2003), dos grupos Ak Kraak e Alavío, representando a luta dos trabalhadores da Zanon; e Brukman Bajo Control Obrero (2003), de Carlos Pronzato, representando o cotidiano das trabalhadoras da fábrica têxtil Brukman. Nestas obras percebemos a reconstrução dos períodos turbulentos das tomadas e ocupações das fábricas, em especial o cotidiano dos trabalhadores na construção de uma nova forma de organização do trabalho, pautada na autogestão. / This work aims to analyze the representation of social struggles in the Argentine movement of recovered factories, perceiving the difficulties, resistance, and utopian contents present in the films. This experience of resistance of the working class was inserted in the context of a strong economic crisis in the country with sudden losses of jobs.The recovered factories were the solution found by some of these workers to keep working and living in dignity. Two documentary films were studied through the methodology of decoupage: Mate y Arcilla (2003), made by the groups Ak Kraak and Alavío, representing the struggle of the workers at Zanon factory; and Brukman Bajo Controle Obrero (2003), by Carlos Pronzato, representing the daily life of the workers of the Brukman textile factory. In these documentaries we see the reconstruction of the turbulent periods of the factory occupations, especially the daily life of this workers, who seek the construction of a new form of work organization, based on selfmanagement.
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Imagens da quebecidade, identidades em construção : a idéia de país no cinema documentário de Jacques Godbout.

Cerqueda, Sergio Barbosa de January 2006 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-05-16T12:34:12Z No. of bitstreams: 1 Sergio Barbosa de Cerqueda.pdf: 1274123 bytes, checksum: 6c62c141504ee7ba965dc4fa597b85fc (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-05-28T19:27:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Sergio Barbosa de Cerqueda.pdf: 1274123 bytes, checksum: 6c62c141504ee7ba965dc4fa597b85fc (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-28T19:27:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sergio Barbosa de Cerqueda.pdf: 1274123 bytes, checksum: 6c62c141504ee7ba965dc4fa597b85fc (MD5) Previous issue date: 2006 / O presente trabalho desenvolve um estudo das imagens da quebecidade, enquanto representações de identidades em construção, no cinema documentário mais recente do escritor/cineasta quebequense e canadense Jacques Godbout. O objetivo principal é o de compreender a forma como nos é apresentada a “idéia de país” presente nos documentários Le Mouton noir (1992), Le sort de l'Amérique (1996), Traître ou patriote (2000) e Les héritiers du mouton noir (2003). O nosso estudo prcurará, assim, como Godbout coloca em cena uma gama de atores sociais que expressam visões diferenciadas de sua relação, não apenas com o espaço quebequense, mas, sobretudo, e inclusive, com a sua herança cultural, através de novas significações, constituindo, assim, novos campos semânticos para se ler a idéia de país. Logo, diferentes concepções de país Quebec emergem nos documentários estudados, em que as focalizações temáticas incidirão, principalmente, sobre os fatos políticos e históricos. / Salvador
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Juventude em marcha: o desmonte da máquina-cinema / Jeunesse en mouvement: le démantèlement de la machine-cinéma

Aguiar, David Leitão January 2016 (has links)
AGUIAR, David Leitão. Juventude em marcha: o desmonte da máquina-cinema. 2016. 140f. - Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2016-10-10T16:41:42Z No. of bitstreams: 1 2016_dis_dlaguiar.pdf: 1533450 bytes, checksum: 4ebee6fbcae82a4ff2f333350d7088fd (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-10-11T14:45:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_dis_dlaguiar.pdf: 1533450 bytes, checksum: 4ebee6fbcae82a4ff2f333350d7088fd (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-11T14:45:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_dis_dlaguiar.pdf: 1533450 bytes, checksum: 4ebee6fbcae82a4ff2f333350d7088fd (MD5) Previous issue date: 2016 / No ano de 1997, Pedro Costa, realizador português, finaliza seu filme Ossos, que foi rodado em Fontainhas, bairro lisbonense de subproletariados e toxicodependentes provenientes sobretudo de Cabo Verde. Estes fatos interessam à Costa como fios condutores de um realismo e experiências perdidas no mundo de realidades roteirizadas (COMOLLI, 2008). Ele constrói sua obra com a máquina-cinema: uma equipe numerosa, numa grande linha de produção, dominada pelos aparatos técnicos e infraestrutura que, como propõe Vilém Flusser (2011a), está totalmente absorvida pelas programações de uma superestrutura hegemônica. Afetado pela sua experiência em Fontainhas, que não se concretiza plenamente na mise-en-scène de Ossos, Costa tenta nova estratégia: no filme No Quarto da Vanda (2000) ele reduz sua máquina-cinema a uma câmera de vídeo, um técnico de som e um montador, saindo do regime do industrial, tornando-se artesão, e passa praticamente a morar durante nove anos no bairro. Dessa maneira, apostamos na hipótese de que ele começa a decompor a máquina-cinema para criar uma nova escrita. No ano de 1997, Pedro Costa, realizador português, finaliza seu filme Ossos, que foi rodado em Fontainhas, bairro lisbonense de subproletariados e toxicodependentes provenientes sobretudo de Cabo Verde. Estes fatos interessam à Costa como fios condutores de um realismo e experiências perdidas no mundo de realidades roteirizadas (COMOLLI, 2008). Ele constrói sua obra com a máquina-cinema: uma equipe numerosa, numa grande linha de produção, dominada pelos aparatos técnicos e infraestrutura que, como propõe Vilém Flusser (2011a), está totalmente absorvida pelas programações de uma superestrutura hegemônica. Afetado pela sua experiência em Fontainhas, que não se concretiza plenamente na mise-en-scène de Ossos, Costa tenta nova estratégia: no filme No Quarto da Vanda (2000) ele reduz sua máquina-cinema a uma câmera de vídeo, um técnico de som e um montador, saindo do regime do industrial, tornando-se artesão, e passa praticamente a morar durante nove anos no bairro. Dessa maneira, apostamos na hipótese de que ele começa a decompor a máquina-cinema para criar uma nova escrita. Em Juventude em Marcha (2006), obra na qual este estudo se detém e que finaliza a Trilogia de Vanda, Costa, que estabeleceu vínculos com os excluídos de Fontainhas, foi atravessado pelas realidades de barbáries em pleno mundo civilizado. Suas personagens, dotadas de experiências únicas, num mundo de pobreza de experiências, como assevera Benjamim (1996), tornam-se matéria-prima para o cineasta-artesão, que dá corpo e voz a personagens que efetuam com ele uma sócio-mise-en-scène e acabam por realizar, em seu hibridismo, um filme mutante (COMOLLI, 2008). Dessa forma, acreditamos que o diretor passa a perceber o projeto de reificação intrínseca à cultura ocidental, na qual a máquina-cinema é uma infraestrutura e cuja programação produz resíduos; nesse caso específico, resíduos imagéticos que Costa tenta reconstituir, burlando o programa da ontologia biopolítica ocidental e confrontando-a existencial, poética e signicamente. Que potências possui o regime de filme mutante perante as realidades roteirizadas do mundo contemporâneo? Como é formada a mise-en-scène compartilhada na negociação entre o narrador (Ventura) e o artesão (Pedro Costa) e como isto os afeta? Como o realizador artesão reconstitui o residual do mundo capitalista ocidental, captando sua linguagem e quais forças tencionam esse processo?
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O Ovo da serpente, o mito do golpe de Estado positivo e a queda : do documentário histórico ao imaginário antropológico da ditadura militar brasileira

Fantinel, Danilo January 2015 (has links)
Com a aproximação dos 50 anos do golpe civil-militar que instaurou a ditadura no Brasil, em 1º de abril 1964, o país passou a acompanhar movimentos estatais, sociais, culturais e comunicacionais pela revisão do regime autoritário que se estendeu até 1985. Entre algumas destas ações, é marcante o aumento do número de documentários sobre o tema lançados a partir dos anos 2000. Inspirada pelos Estudos do Imaginário na vertente da Escola de Grenoble, esta dissertação de mestrado busca revelar o imaginário antropológico do regime militar brasileiro que movimenta seis filmes sobre este importante momento histórico nacional. Seguindo Durand, entendemos o imaginário como um antigo e complexo sistema de imagens pregnantes que se coloca como base da simbolização humana, enraizando socioculturalmente o indivíduo em seu percurso no mundo. De uma forma geral, o imaginário atua como um repositório de conteúdos simbólicos que possibilitam ao sujeito lidar com suas angústias essenciais, propondo assim explicações e sentidos sobre sua experiência de vida. Em retroalimentação constante devido ao que Bachelard classifica como imaginação criadora do homem, o imaginário tanto se expressa nas condutas pessoais quanto é espelhado por produtos culturais – como são as obras cinematográficas. A partir de dados textuais, visuais e sonoros apresentados pelos longas-metragens, os quais registram o trajeto do homem em seu meio e as narrativas históricas das quais são protagonistas, realizamos a mitocrítica das obras para evidenciar as imagens arquetípicas e simbólicas, os simbolismos, os mitos e as metáforas existentes sob camadas fílmicas documentais. A leitura simbólica realizada aponta para um imaginário polarizado entre duas estruturas ligadas ao regime durandiano das imagens. A Estrutura Heroica, de perfil cortante e virilizado, curiosamente volta-se tanto ao período do pré-golpe civil-militar quanto ao momento entre o recrudescimento do governo ditatorial e seu fim – quando há, por um lado, a edição do Ato Institucional nº 5 e o aumento da repressão social, e por outro seus movimentos contrários, como a luta armada e a campanha pela redemocratização do Brasil. Assim, a Estrutura Heroica emite imagens e sentidos de ascensão contra a queda provocada pela ditadura, de luz contra as trevas que a envolvem e de mobilização bélica contra inquietações e medos decorrentes do autoritarismo. Já os conteúdos da Estrutura Mística, basicamente acolhedora e uterina, transitam no ínterim da narrativa histórica detalhada anteriormente, ou seja, entre fins do governo João Goulart e os primeiros anos do regime militar, propondo sensos de intimidade e interioridade ativados pela inserção norte-americana no Brasil. Seus reflexos simbólicos projetam mitos de infiltração, golpe e tomada de poder sobre o governo Jango e também sobre políticos, civis e militares nacionais e estrangeiros. Nesta pesquisa, por um lado estabelecemos como as constelações simbólicas motivadas por indivíduos e por processos históricos registrados em película vêm a constituir o imaginário da ditadura militar brasileira. Por outro lado, procuramos tornar nítidos os sentidos propostos por estes mesmos conteúdos simbólicos ligando-os justamente às narrativas históricas documentadas e aos homens que delas fazem parte. Assim, procuramos observar o trânsito de componentes simbólicos no processo comunicacional. / The 50th anniversary of the military coup that resulted in the Brazilian dictatorship, which took place in April 1st, 1964, was marked by a vivid will of social, cultural, historical and communicational review of the authoritarian regime that lasted until 1985. Thus, is remarkable the increasing number of documentary films on that subject released after the year 2000. Inspired by the Imaginary Studies, this research aims to reveal the anthropological imaginary moved by six documentary films on the Brazilian dictatorship. According to Durand, the human imaginary is a complex system of polysemic images that holds the human symbolisation. It is able to establish oneself in the world and also to promote cultural development. The imaginary is a symbolic content repository that allows mankind to deal with its essential anguish, so that individuals are able to propose senses and explanations over life. In a constant act of bringing itself up to date by what Bachelard has called the human creative imagination, the imaginary is both expressed by personal behaviour and reflected by cultural products – including documentaries. Taking textual, visual and audio data collected from the movies, which document the human journey and also the historical narratives, we propose a myth criticism of the chosen titles in order to offer evidence of archetypal and symbolic images, symbolisms, myths and metaphors that are hidden under documental filmic layers. The result points to a polarized imaginary, each part conected to the durandian images regime. The Heroic Structure, mostly virile and sharped, dominates the historical period before the coup d’Etat and also during the first decade of the Brazilian dictatorship. At that historical moment, there was an increasing social repression in Brazil, which moves the fall symbolism provoked by the regime as much as the ascensional symbolism against it moved by the left-wing guerrilla and the re-democratization campaign. On the other hand, the Mystical Structure, basically uterine and protective, arranges symbolic contents in between those two moments. It proposes intimacy and interiority senses ruled both by the presence and the agenda of the United States in Brazil. This research aims to unveil the imaginary that moves six films on the Brazilian dictatorship and the circulation of symbolic elements in the communicational process.
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Produção de documentário : imagens e polifonias da desinstitucionalização da loucura na cidade

Oliveira, Rafael Wolski de January 2012 (has links)
As transformações que a Reforma Psiquiátrica possibilitou na relação entre a cidade e a loucura trouxe aos usuários de saúde mental, antes confinados nos manicômios, uma abertura para a diversidade de relações e acontecimentos no espaço urbano. Ao mesmo tempo, nessa relação, existe a possibilidade de que a presença antes interdita do louco no espaço urbano possa ser agente de novos modos de ser e habitar a cidade. O contato do louco com a polis e vice-versa permite que todos os habitantes possam estar em contato com o estranhamento, proporcionando um terreno fecundo para irrupção de novas formas de ser, de estar e habitar a cidade. Baseado nesta relação e nesta mudança de perspectiva desencadeada pela desinstitucionalização da loucura, surgiu a produção de um documentário que retrata justamente este cenário contemporâneo, este momento singular no processo da reforma psiquiátrica, em que pessoas deixam de ocupar o manicômio e habitam a vida comum da cidade. Esta produção, iniciada no ano de 2008, inspirada na itinerância de Abel, morador de um serviço substitutivo ao manicômio, e através do depoimento de algumas pessoas que o conheciam, é o balizador desta dissertação. A partir de pensadores sobre o cinema como Deleuze, Vertov, Benjamin, Comolli, Lins, Ramos, entre outros, aos quais se soma a análise da produção do documentário "Eu Conheço o Abel", procurouse elementos para analisar a produção de cinema documental como agente de transformação do real, e não como retratação do real, como sugerem algumas correntes da produção de documentários. A partir desta análise, puderam ser estabelecidas ressonâncias com a ética e a pesquisa em psicologia social. / The transformations that enabled the Psychiatric Reform in the relationship between the city and madness brought to users of mental health, before confined in asylums, an openness to the diversity of relationships and events around the city. At the same time, this relationship, the possibility exists that prohibits the presence before the mad in urban space can be an agent of new ways of being and living the city. The contact with the polis crazy and vice versa allows all residents can stay in contact with the strangeness, providing a fertile ground for emergence of new forms of being, living and inhabit the city. Based on this relationship and this change of perspective triggered by deinstitutionalization, appeared to produce a documentary that depicts precisely this contemporary setting, this unique moment in the process of psychiatric reform, in which people fail to take the asylum and live the common life of city. This production, which began in 2008, inspired by the roaming Abel, a resident of a substitute service to the asylum, and through the testimony of some people who knew of this dissertation is the yardstick. From thinkers as Deleuze on cinema, Vertov, Benjamin, Comolli, Lins, Ramos, among others, plus analysis of the production of the documentary "I know Abel," we tried to analyze the elements for production of documentary film as an agent transformation of the real, and not as a portrayal of reality, as suggested by some strands of documentary filmmaking. From this analysis, could be established resonances with the ethics and research in social psychology.
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Encontros possíveis : as relações de autoria entre instâncias diretivas no campo do making of

Iuva, Patrícia de Oliveira January 2016 (has links)
Esta tese propõe um estudo das relações entre as instâncias autorais no cinema a partir de um fenômeno cultural que circunda a produção fílmica cinematográfica: o making of documentário. Partindo de uma relação entre a teoria do autor no cinema, as noções de trajetória social e de campo bourdieusianas e a dialética do olhar proposta por Didi-Huberman (2010), a tese tem como objetivo geral compreender como se constrói uma dupla noção de autoria a partir da relação entre duas instâncias autorais instauradas pelo making of documentário: a do diretor do making of e a do diretor do filme. As relações analisadas dizem respeito aos seguintes diretores de making ofs e diretores dos filmes aos quais eles se referem, nos respectivos making ofs documentários selecionados: Les Blank e Werner Herzog, em Burden of Dreams (1982); a dupla Keith Fulton/Louis Peppe e Terry Gillian, em The Hamster Factor and other tales of Twelve Monkeys (1996); Laurent Bouzereau e Steven Spielberg, em The Making of Close Encounters of the Third Kind (2001); Charles de Lauzirika e Ridley Scott, em Dangerous Days: making Blade Runner (2007). A tese está estruturada em quatro partes: 1) Os extrafílmicos: do making of aos caminhos da autoria no cinema; 2) O campo do making of; 3) A trajetória social dos diretores; 4) Encontros possíveis: os autores construídos e os autores desvelados. Na primeira parte situo a configuração dos extrafílmicos enquanto paratextos, donde desponta a esfera da produção e circulação do making of. Evidencio a relevância deste contexto no que se configura enquanto questão-horizonte da tese: a dupla noção de autoria operada pelos making ofs documentários a partir de condições do campo e da dialética do olhar (DIDI-HUBERMAN, 2010) que se insere no espaço dos possíveis (BOURDIEU, 1996a, 1996b). Com base na contribuição teórica de Pierre Bourdieu, na segunda parte proponho a caracterização do campo do making of, demonstrando o espaço que se constitui a partir de disputas em que determinadas instâncias (realizadores, produtores, organizações, festivais e premiações, crítica especializada) pleiteiam reconhecimento no escopo da indústria cinematográfica. Trata-se de delimitar os mecanismos e contextos produtivos próprios, as escolhas e tomadas de posição que reverberam em estilos e formatos diferenciados de making ofs e os agentes e estruturas capazes de legitimar a autonomia do campo. A terceira parte elucida a trajetória social dos diretores implicados na relação making of – filme ficcional. Nesse sentido, demonstro a construção social da autoria referente a Steven Spielberg, Ridley Scott, Terry Gilliam e Werner Herzog, compreendendo o contexto das relações a que suas trajetórias estão submetidas, para, logo após, analisar a trajetória dos diretores dos making ofs Lauren Bouzereau, Charles de Lauzirika, Les Blank e a dupla Keith Fulton e Louis Peppe, estabelecendo as tomadas de posição e as particularidades do percurso de cada um que conduzem às (possíveis) posições autorais. Na quarta parte empreendo a análise da dupla noção de autoria através dos encontros e relações entre as instâncias diretivas nos making of documentários selecionados, operando as seguintes categorias analíticas: (1) agentes e processos produtivos, (2) memória do filme e (3) espaço da autoria. A incursão da análise se desdobra ainda, na percepção sobre as articulações que mobilizam a relação dialética do olhante e do olhado, a fim de compreender as manifestações do autor voyeur – auteur exibicionista e autor flâneur – auteur dândi. É entendimento desta pesquisa que o making of documentário se constitui enquanto uma forma de expressão audiovisual que dá a ver relações de alteridades – dos sujeitos envolvidos na realização cinematográfica a partir da dialética do olhar. De acordo com as maneiras como engendra esse olhar sobre um filme, o making of nos dá a ver diferentes modos de ocupação do espaço autoral. / This thesis proposes the study of the relations between authorials instances in cinema from a cultural phenomenon surrounding the cinematographic production: the making of documentary. Starting from a relationship between the author's theory in film, the notions of social trajectory and field by Pierre Bourdieu (1996a;1996b) and the dialectic of viewing proposed by Didi-Huberman (2010), the thesis has as a general objective to understand how a dual notion of authorship is constructed from the relationship between two authorial instances established by the making of documentary: the making of director and the film director. Relations analyzed concern the following making ofs directors and directors of the films to which they refer, in the respective making of documentaries selected: Les Blank and Werner Herzog, in Burden of Dreams (1982); the team Keith Fulton/Louis Peppe and Terry Gillian, in The Hamster Factor and other tales of Twelve Monkeys (1996); Laurent Bouzereau and Steven Spielberg, in The Making of Close Encounters of the Third Kind (2001); Charles de Lauzirika and Ridley Scott, in Dangerous Days: making Blade Runner (2007). The thesis is structured in four sections: 1) The extrafilmics: from making of to the paths of authorship in film; 2) The field of the making of; 3) The social trajectory of directors; 4) Possible encounters: the constructed authors and the authors unveiled. In the first section I place the configuration of the extrafilmic while paratexts, where dawns the sphere of production and circulation of the making of. I highlight the importance of this context which is configured as a matter-horizon of the thesis: the dual notion of authorship operated by making ofs documentaries from the field conditions and the dialectical view (DIDI-HUBERMAN, 2010) which fall within the space of possibles (BOURDIEU, 1996a, 1996b). Based in the theoretical contribution of Pierre Bourdieu, the second section proposes a carachterization of the making of field, demonstrating the space which constitutes trhoughout disputes in which certain instances (filmmakers, producers, organizations, festivals and awards, critics) claim acknowledgment in the scope of the cinematographic industry. It’s about defining the mechanisms and own production contexts, choices and position-takings reverberating in different styles and making of formats and agents and structures able to legitimize the autonomy of the field. In the third section, I demonstrate the social construction of authorship refering to Steven Spielberg, Ridley Scott, Terry Gilliam e Werner Herzog, understanding the context of the relationship that their trajectories are subject, for, soon after analyze the making of director’s Laurent Bouzereau, Charles de Lauzirika, Les Blank and the team Keith Fulton/Louis Peppe trajectory, establishing the position-takings and course particularities of each one leading to (possible) authorial positions. The fourth section undertakes the analysis of the dual notion of authorship through the encounters between directorial instances in making of documentaries selected, operating the following analytical categories: (1) agents and production process; (2) memory of the film and (3) space of authorship. The incursion of the analysis unfolds also in the perception over articulations that move the dialectical relationship of viewer and viewed, in order to comprehend the manifestations of the voyeur author – exhibitionist auteur and flâneur author – dandy auteur. It’s the understanding of this research that the making of documentary constitutes itself as an audiovisual expression form that displays otherness relations – from the subjects involved in the filmmaking process throughouth the dialectica of viewing. Accordingly to the ways that engender this look over a film, the making of gives us to see different occupation modes of authorship space.

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