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Avaliação da prevalência e das repercussões clínicas da associação entre doença pulmonar obstrutiva crônica e doença coronariana crônica

Coelho, Liana Sousa January 2016 (has links)
Orientador: Irma de Godoy / Resumo: A associação entre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Doença Arterial Coronariana (DAC) é importante causa de morbidade e mortalidade em pacientes com DPOC. Dados da literatura mostram que essa associação ocorre independente de fatores de risco comuns – tabagismo, idade e gênero e que o processo inflamatório pode ser o elo entre essas doenças. Além disso, a presença de comorbidades pode alterar de forma significativa a gravidade da DPOC e/ou DAC. O presente estudo tem como objetivos avaliar a prevalência da associação entre DPOC e DAC em pacientes com diagnóstico primário de uma das doenças e avaliar as características gerais dos pacientes com DPOC, DAC e ambas as doenças. Além disso, avaliar intensidade da dispneia, tolerância ao exercício, qualidade de vida, estado inflamatório e achados ecocardiográficos em cada grupo de pacientes. Foram avaliados 95 pacientes, de ambos os gêneros e idade ≥ 40 anos. Destes, 43 foram diagnosticados com DPOC, 47 com DAC e 5 com ambas as doenças. Todos foram submetidos a avaliação clínica, eletrocardiograma, ecocardiograma, radiograma de tórax, avaliação da composição corporal, teste de caminhada de 6 minutos (DP6), exames laboratoriais, espirometria e responderam aos questionários de qualidade de vida. A prevalência de DAC em DPOC foi de 10,4%, enquanto que no grupo de pacientes com DAC a prevalência de DPOC foi de 9,6% e, quando avaliados DAC tabagistas, foi de 17,2%. O grupo DPOC apresentou maior percepção de dispneia (p<0,001), m... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The association between Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) and coronary artery disease (CAD) is an important cause of morbidity and mortality in patients with COPD. Published data show that this association is independent of common risk factors - smoking, age and gender, and that the inflammatory process may be a link between these diseases. Furthermore, the comorbidities can significantly alter the severity of COPD and/or CAD. This study aims to evaluate the prevalence of the association between COPD and CAD in patients with a primary diagnosis of a disease and assessing the general characteristics of patients with COPD, CAD and both diseases. Also, to assess the severity of dyspnea, exercise tolerance, health status, inflammatory status, echocardiographic findings in each group of patients. We evaluated 95 patients of both genders and age ≥ 40 years-old. Of these, 43 were diagnosed with COPD, 47 with CAD and 5 with both diseases. All patients underwent clinical evaluation, electrocardiogram, echocardiogram, chest X-ray, assessment of body composition, 6-minute walk test, laboratory tests, spirometry and answered all health status’ questionnaires. The prevalence of CAD in COPD was 10.4% while in patients with CAD, the prevalence of COPD was 9.6%, and in DAC with smoking history, the prevalence was 17.2%. The COPD group had a higher perception of dyspnea (p<0.001), lower 6-minute walking distance (6MWD) (p=0.037), worse health status assessed by the SF-36 (p<0.001) ... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Sobrevida de indivíduos com HIV/AIDS e associação com fatores prognósticos

AMARAL, Josefina Cláudia Zirpoli 28 February 2013 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-04-27T13:14:58Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE SOBREVIDA HIVAIDS Dra Josefina Cláudia Zirpoli (1).pdf: 4262333 bytes, checksum: 008823511dfd2b3edb2da710499cd03b (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-27T13:14:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE SOBREVIDA HIVAIDS Dra Josefina Cláudia Zirpoli (1).pdf: 4262333 bytes, checksum: 008823511dfd2b3edb2da710499cd03b (MD5) Previous issue date: 2013-02-28 / Introdução: A doença cardiovascular, especialmente a doença arterial coronariana,nos últimos tempos, tem sido marcadamente descrita, como associadas às mortes de indivíduos com HIV/AIDS, transformando-se em mais um grande desafio para a Saúde Pública. A presença de alguns hábitos de vida como fumar, fazer uso de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas; antecedentes familiares de doença arterial coronariana; um perfil aterogênico determinado pelos efeitos adversos das drogas antirretrovirais (dislipidemia, resistência à insulina); e,um processo de inflamação crônica e, persistente, induzida pelo próprio HIV,acelerando o processo de aterosclerose, são indicados como fatores preditivos de morte nesses indivíduos . Metodologia: Esta tese é apresentada em formato de três artigos, que tratam dos resultados de trêsgrandes estudos desenvolvidos ao longo de cinco anos,abordando a participação de diferentes fatores de risco, no desenvolvimento de doença arterial coronariana e, dessas com maior probabilidade de morte, em indivíduos com AIDS, participantes de uma grande coorte “Doença Cardiovascular em Pacientes com AIDS” em desenvolvimento em Pernambuco, objetivando contribuir para um maior conhecimento e avaliação dessa dinâmica e, possibilitar o planejamento de políticas adequadas e eficazes de intervenção. No primeiro artigo, constam os resultados do estudo caso-controle “Angina de peito e fatores de risco para doença arterial coronariana em indivíduos com AIDS em Pernambuco, Brasil”. Com o universo de 2279 indivíduos comAIDS foram encontradas, uma frequência deangina de peito, identificada pelo questionário de Rose, de 21,10% (10,8% angina definida e, 10,3% angina possível) e, associações independentes de diferentes fatores de risco, com o desenvolvimento da doença cardiocoronariana nesses indivíduos dos quais: baixa renda (OR= 2,06 IC 1,34 – 3,17), habito de fumar (OR=1,57 IC 1,09 – 2,26) antecedentes familiares de infarto do miocárdio ou morte súbita (OR=1,49 IC 1,06 – 2,08). No segundo artigo, constam os resultados da coorte desenvolvida entre junho de 2007 e abril de 2012, envolvendo 2273 indivíduos com o objetivo de conhecer a“Sobrevida de indivíduos com AIDS e angina de peito em Pernambuco, Brasil”. A análise de regressão multivariada de riscos proporcionais de Cox indicaram que os níveis de linfócitos TCD4 (+)<200 células/mm3 foi o principal fator prognóstico para a morte, em indivíduos expostos (Rose+) e, não expostos (Rose -) com uma taxa de risco de 5,22 (p=0,000) para o primeiro e, 6,31 ( p=0,000) para o segundo. O terceiro artigo trata dos resultados alcançados com o estudo exploratóriorealizado com o objetivo de identificar a participação da ”Doença cardiovascular como causa básica ou associada às mortes de indivíduos com HIV/AIDS em Pernambuco, Brasil” utilizando-se para tal os registros contidos no Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde do Brasil.Foram identificados que a AIDS ou doenças associadas a ela, foram a primeiras causas de óbitos na população estudada, com 47,07% de todas às menções de diagnóstico e, que a doença cardiovascular foi a 7ª causa com 34 menções. Foi encontrada ainda, uma taxa de mortalidade de 29/1.000/ano. Cerca de 70% dos óbitos ocorreram em homens, nas faixas de 30-49anos, com níveis de CD4 ≤ 200 cel/mm3. Conclusão: Os resultados dos diferentes estudos apontam no sentido de que a AIDS e as doenças ligadas a ela ainda são as maiores responsáveis pela morte de indivíduos infectados, sugerindo como principais responsáveis a busca tardia pelo tratamento e, a falta de aderência a terapia antirretroviral. Com isso, busca-se contribuir para o estabelecimento de estratégias para melhoria da assistência. / Introduction:Cardiovascular disease especially coronary artery disease has been described in a more pointed way, as linked to the deaths of individuals with HIV/AIDS, in recent times, becoming major challenges for the health system. The presence of some life habits as smoking, use of alcohol or illicit drugs, the presence of a family history of coronary artery disease, an atherogenic profile determined by the adverse effects of antiretroviral drugs (dyslipidemia, insulin resistance), and a chronic and persistent inflammatory process, accelerating the process of atherosclerosis induced by HIV virus itself, are indicated as predictors of death in these individuals. Methodology: This thesis is presented in the format of four articles, which deal with the results of four studies developed over five years, addressing the participation of different risk factors in the development of disease, and greater likelihood of death by arterial coronary disease in patients with AIDS, a large cohort of participants "Cardiovascular Disease in Patients with AIDS" developing in Pernambuco, aiming to contribute to a better understanding and evaluation of this dynamic and allow planning of appropriate policies and effective intervention. The first article presents the results of case-control study involving 2273 individuals with HIV / AIDS where we propose to meet the " Angina Pectoris and its association with risk factors in individuals with AIDS in Pernambuco, Brazil." Was found a frequency of angina identified by Rose questionnaire of 21.10% (10.8% and definite angina, 10.3% possible angina) and pointed to independent associations of various risk factors with the development of cardiocoronary disease of these individuals: low income (OR = 2.06 CI 1.34 to 3.17), smoking habit (OR = 1.57 CI 1.09 to 2.26) a family history of myocardial infarction or sudden death (OR = 1.49 CI 1.06 to 2.08). The second article presents the results of a cohort developed between June 2007 and April 2012, with 2273 participants, in order to meet the "survival of people with AIDS and angina pectoris in Pernambuco, Brazil" in which the multivariate regression analysis of Cox proportional hazards indicated that the levels of TCD4 (+) <200 cells/mm3 was the main prognostic factor for death in exposed individuals (Rose +) and unexposed (Rose - ) with a hazard ratio of 5 , 22 (p = 0.000) for the first, and 6.31 (p = 0.000) for the second. The third article deals with the results of an exploratory study with the objective of identifying the participation of "Cardiovascular disease as underlying or associated cause to the deaths of individuals with HIV/AIDS in Pernambuco, Brazil. A cutout of 5 years" using the records contained in the Mortality Information System of the Ministry of Health of Brazil. We identified that AIDS or associated diseases were the leading causes of deaths in this population; accounting for 47.07% of all the mentions of diagnostic and cardiovascular disease was the 7th cause with 34 mentions. We also found a mortality rate of 29/1.000/year. About 70% of deaths occurred in men aged 30-49 years, and levels of CD4 ≤ 200 cells/mm3. Conclusion: The results of the different studies point towards AIDS and diseases linked to it are still mainly responsible for the death of the infected individuals, pointing towards delayed treatment and lack of adherence. We seek to contribute to the establishment of strategies for improving health care.
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Análise transcriptômica de miRNAs em pacientes sob dupla terapia de antiagregação / Transcriptomic analysis of miRNAs on patients in dual antiplatelet therapy

Juliana de Freitas Germano 24 February 2016 (has links)
A terapia antiagregante é comumente indicada na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares. A dupla antiagregação com clopidrogrel e ácido acetilsalicílico (AAS) tem sido frequentemente adotada em pacientes com Doença Arterial Coronariana (DAC), mas apresenta ineficácia em uma parcela significativa da população com genótipo de respondedores. Essa falha terapêutica nos leva a questionar se outros mecanismos moleculares podem estar influenciando na resposta a esses fármacos. Recentes estudos sugerem que pequenas sequências de RNA não codificantes denominadas microRNAs (miRNAs) podem estar fortemente relacionadas com resposta ao tratamento fármaco-terapêutico, controlando as proteínas envolvidas na farmacocinética e farmacodinâmica. Entretanto, os principais miRNAs que atuam na dinâmica da resposta medicamentosa ainda não foram bem definidos. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de miRNAs no sangue total periférico, procurando melhor esclarecer os mecanismos envolvidos na resposta aos antiagregantes plaquetários AAS e clopidogrel. Para isso, selecionou-se pacientes com DAC, os quais apresentavam diferentes respostas à dupla terapia de antiagregação determinadas pelo teste de agregação plaquetária. Baseados nos fenótipos, os perfis de expressão de miRNAs foram comparados entre os valores da taxa de agregação categorizados em tercis (T) de resposta. O grupo T1 foi constituído de pacientes respondedores, o T2 de respondedores intermediários e o T3 de não respondedores. Os perfis de miRNAs foram obtidos após sequenciamento de última geração e os dados obtidos foram analisados pelo pacote Deseq2. Os resultados mostraram 18 miRNAs diferentemente expressos entre os dois tercis extremos. Dentre esses miRNAs, 10 deles apresentaram importantes alvos relacionados com vias de ativação e agregação plaquetária quando analisados pelo software Ingenuity®. Dos 10 miRNAs, 4 deles, os quais apresentaram-se menos expressos no sequenciamento, demonstraram os mesmos perfis de expressão quando analisados pela reação em cadeia pela polimerase quantitativa (qPCR): hsa-miR-423-3p, hsa-miR-744-5p, hsa-miR- 30a-5p e hsa-let-7g-5p. A partir das análises de predição de alvos, pôde-se observar que os quatro miRNAs, quando menos expressos simultaneamente, predizem ativação da agregação plaquetária. Além disso, os miRNAs hsa-miR- 423-5p, hsa-miR-744-5p e hsa-let-7g-5p mostraram correlação com o perfil lipídico dos pacientes que, por sua vez, apresentou influência nos valores de agregação compreendidos no T3 de resposta a ambos os medicamentos. Sendo assim, conclui-se que maiores taxas de agregação plaquetária podem estar indiretamente relacionadas com os padrões de expressão de hsa-miR- 423-3p, hsa-miR-744-5p e hsa-let-7g-5p. Sugere-se que a avaliação do perfil de expressão destes 3 miRNAs no sangue periférico de pacientes com DAC possa predizer resposta terapêutica inadequada ao AAS e ao clopidogrel / The antiplatelet therapy is often indicated for the prevention and treatment of cardiovascular diseases. Dual antiplatelet therapy with clopidogrel and acetylsalicylic acid (ASA) has often been adopted in patients with coronary artery disease (CAD), but it has been ineffective in a significant portion of the population with genotype of responders. This fact leads us to question whether other molecular mechanisms may be influencing the response to these drugs. Recent studies suggest that small non-coding RNA sequences known as microRNAs (miRNAs) may be closely related to response to drug-therapeutic treatment, controlling proteins involved in pharmacokinetics and pharmacodynamics. The aim of this study was to evaluate the profile of miRNAs in whole blood, looking to better clarify mechanisms involved in ASA and clopidogrel response. For this purpose, we selected CAD patients who showed different responses to dual antiplatelet therapy determined by aggregation test. Based on the phenotypes, the miRNA expression profiles were compared between the platelet aggregation values categorized into tertiles (T) of response. The T1 group consisted of responding patients, the T2 consisted of intermediate responders and the T3 consisted of non-responders. The miRNA profiles were obtained after next-generation sequencing and data were analyzed by Deseq2 package. Results showed that 18 miRNAs were differentially expressed between the two extreme tertiles. By Ingenuity® software prediction analysis, 10 miRNAs showed important targets related with activation and aggregation of blood platelets. Of the 10 miRNAs, 4 of them, which were down-expressed on sequencing, showed the same fold-regulation when expression profiles were analyzed by quantitative polymerase chain reaction (qPCR): hsa-miR-423-3p, hsa-miR-744-5p, hsa-miR-30a-5p and has-hsa- let-7g-5p. By target prediction analysis, it was observed that, when the four miRNAs are simultaneously down-expressed, they predict activation of platelet aggregation. Furthermore, hsa-miR-423-5p, hsa-miR-744-5p, and hsa-let-7g-5p showed correlation with the lipid profile of patients which, in turn, demonstrated influence in aggregation values reaching T3 of response to both drugs. Therefore, we concluded that increased platelet aggregation rates may be indirectly related to the expression profiles of hsa-miR-423-3p, hsa-miR-744-5p and hsa-let-7g-5p. It is suggested that the evaluation of the expression profile of these three miRNAs in the peripheral blood of patients with CAD may predict inadequate therapeutic response to aspirin and clopidogrel.
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Reclassificação do risco cardiovascular estimado pelo Escore de Framingham utilizando o conceito dos critérios agravantes / ESTIMATED RISK OF CARDIOVASCULAR REGRADING BY THE FRAMINGHAM SCORE USING THE CONCEPT OF CRITERIA AGGRAVATING

Nascimento, Thiago Augusto Silva 20 August 2009 (has links)
Coronary heart disease (CHD) is one of the main causes of death in the world and Framingham Risk Score (FRS) is the most used tool to assess the risk of CHD in asymptomatic patients. However, it underestimates the cardiovascular (CDV) risk in some individuals. To address this problem, Brazilian Society of Cardiology proposes further risk stratification tests, using emerging risk factors - known as aggravating risk factors - that, when present, reclassify the risk category to a higher one than that initially estimated by the FRS. One does not know which of these aggravating risk factors have more influence in this reclassification, nor the frequency of each CDV risk category after their use and its financial cost. In an observational, descriptive study, 66 patients (54,8 ± 13,9 years, 33 men and 33 women) from a private clinic at Aracaju, Sergipe, had been evaluated during their routine medical exams. Forty three (65.2%) patients were at low-risk category and 23 (34.8%) at the intermediate risk. All of them had been submitted to the screening of the following aggravating risk factors: familiar history of premature CHD (FHCHD), metabolic syndrome (MS), left ventricular hypertrophy (LVH), high sensitivity C reactive protein (CPRus), chronic renal failure (CHF) and subclinical carotid atherosclerosis (SCA). Fifty seven individuals (86.4%) had presented some aggravating risk factors, and MS was the most frequent (68.2%), followed by LVH (34.9%), high CPRus (27.3%), SCA (25.8%), FHCHD (16.7%) and CHF (15.2%). After the reclassification, eight patients (12.1%) were of low risk, 36 (54.6%) of intermediate risk and 22 (33.3%) of high CDV risk. The combined diagnosis of MS and FHCHD was the less expensive strategy of reclassification, changing the risk of 48 patients (72.2%) with a cost of US$ 4,60 per each reclassified individual. The most expensive (US$ 327,52 each patient) was the isolated diagnostic of SCA, that changed the risk of only 17 patients (25.8%). Therefore, FRS underestimated CDV risk in the majority of the evaluated patients, because the frequency of risk enhancers was high, especially metabolic syndrome. Combined screening of the aggravating risk factors seems to be the better strategy. However, this screening must be individualized so as not to have unnecessary expenses. / A doença arterial coronariana (DAC) é uma das principais causas de morte no mundo e o Escore de Risco de Framingham (ERF) é uma das ferramentas mais utilizada para identificar indivíduos assintomáticos predispostos a essa patologia. Entretanto, ele subestima o risco cardiovascular (CDV) em determinados pacientes. Para contornar esse problema, a Sociedade Brasileira de Cardiologia preconiza a pesquisa de algumas variáveis clínicas e laboratoriais - conhecidas como critérios agravantes de risco que, quando presentes, reclassificam os pacientes numa categoria de risco superior aquela inicialmente estimada pelo ERF. Não se sabe quais dos critérios agravantes propostos têm maior influência nessa reclassificação, a freqüência de cada faixa de risco CDV nem o custo financeiro após a utilização desses agravantes. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, foram avaliados 66 indivíduos com idade média de 54,8 ± 13,9 anos, atendidos em um serviço privado de Aracaju, Sergipe, para check-up cardiológico rotineiro. Eram 43 (65,2%) pacientes de baixo e 23 (34,8%) de médio risco pelo ERF, sendo 33 homens e 33 mulheres. Todos foram submetidos à pesquisa dos seguintes critérios agravantes: história familiar de DAC precoce (HFDAC), síndrome metabólica (SM), hipertrofia ventricular esquerda (HVE), proteína C reativa de alta sensibilidade elevada (PCRas), insuficiência renal crônica (IRC) e aterosclerose subclínica de carótidas (ATCL). Cinqüenta e sete indivíduos (86,4%) apresentaram algum agravante de risco, sendo a SM o mais frequente (68,2%), seguida pela HVE (34,9%), PCRas elevada (27,3%), ATCL (25,8%), HFDAC (16,7%) e IRC (15,2%). Após a reclassificação, oito pacientes (12,1%) eram de baixo risco, 36 (54,6%) de médio risco e 22 (33,3%) de alto risco CDV. A pesquisa combinada de SM e HFDAC foi a estratégia mais barata de reestratificação, mudando o risco de 48 pacientes (72,2%) a um custo de US$ 4,60 por indivíduo reclassificado. A mais cara (US$ 327,52 por paciente) foi a investigação isolada de ATCL, que mudou a categoria do risco em apenas 17 pessoas (25,8%). Em suma, o ERF subestimou o risco CDV na maioria dos pacientes estudados devido à elevada freqüência de critérios agravantes. Todavia, a solicitação de exames deve ser criteriosa para que não haja gastos desnecessários. A pesquisa combinada de SM e HFDAC foi a estratégia com melhor relação custo benefício.
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O uso do escore de cálcio, ultrassom de carótidas e teste ergométrico no rastreamento da doença arterial coronária em portadores de diabetes mellitus tipo 2 / The use of coronary artery calcium score, carotid ultrasound and exercise treadmill test in the screening of coronary artery disease in patients with type 2 diabetes mellitus

Rassi, Carlos Henrique Reis Esselin 18 June 2019 (has links)
Introdução: nos últimos anos, foi observado um aumento significativo da incidência do diabetes e, consequentemente, o aumento de sua prevalência. As doenças cardiovasculares, sobretudo o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC), são as principais responsáveis pela mortalidade nesses pacientes, sendo, muitas vezes, a primeira manifestação da doença. A ruptura da placa aterosclerótica coronariana é o mecanismo fisiopatológico de dois em cada três casos de IAM, e as características dessas placas já foram objeto de diversos estudos no campo da angiotomografia computadorizada das artérias coronárias (CCTA). Objetivo: avaliar a frequência de doença arterial coronariana e as principais características clínicas, laboratoriais, funcionais e anatômicas dos exames complementares em diabéticos tipo 2 (DM2) sem queixas cardiovasculares. Métodos: foram incluídos 98 pacientes diabéticos do tipo 2, avaliados entre junho de 2011 a janeiro de 2013, com idades entre 40 e 65 anos, cuja duração do diabetes tenha sido inferior a 10 anos, para serem submetidos às avaliações clínica e laboratorial, ao teste ergométrico, à ultrassonografia (USG) com Doppler de carótidas e vertebrais e à CCTA. Resultados: dos 98 pacientes, 44% (n = 43) apresentaram doença arterial coronária (DAC) na CCTA e 38 (39%), escore de cálcio coronário (CAC) maior do que zero. Além disso, 16 indivíduos apresentaram doença arterial coronariana significativa (obstrução luminal maior do que 50%), incluindo três com escore de cálcio coronário igual a zero. Pacientes com placas ateroscleróticas nas artérias coronárias apresentaram uma incidência maior de placas ateroscleróticas nas carótidas (58% x 38%, p = 0,01). Dos 55 pacientes com CCTA normal, 18 tinham placas nas carótidas. Dos 98 pacientes do estudo, oito pacientes tiveram o teste ergométrico positivo para isquemia miocárdica, e desses, cinco tinham estenose maior que 50%, dois tinham estenose menor que 50% e um não tinha aterosclerose coronariana. Conclusão: o paciente diabético sem sintomas cardiovasculares apresenta uma elevada frequência de doença arterial coronariana. O escore de cálcio coronário é, entre os testes estudados e em comparação com a CCTA, aquele que possui a maior sensibilidade e especificidade para predizer a DAC / Introduction: in the last years, there has been a significant increase in the incidence of diabetes and, thus, an increase in its prevalence. Cardiovascular diseases, especially acute myocardial infarction (AMI) and cerebrovascular accident (CVA), are the main causes of death in these patients, often being the first manifestation of the disease. Coronary atherosclerotic plaque rupture is the pathophysiological mechanism of two out of three cases of AMI and the characteristics of these plaques have already been the subject of several studies in the field of coronary computed tomography angiography (CCTA). Objective: to evaluate the frequency of coronary artery disease and the main clinical, laboratory, functional and anatomical characteristics of the complementary exams in type 2 diabetics without cardiovascular symptoms. Methods: we enrolled 98 type 2 diabetic patients, evaluated between June 2011 and January 2013, aged 40-65 years, duration of diabetes less than 10 years, submitted to clinical evaluation, laboratorial test, exercise treadmill test, Doppler ultrasonography of the carotid and vertebral arteries and CCTA. Results: out of the 98 patients, 44% (n = 43) had coronary artery disease (CAD) in CCTA, and 38 (39%) had a coronary artery calcium (CAC) score greater than zero. In addition, 16 subjects had significant coronary artery disease (luminal obstruction greater than 50%), including three with coronary artery calcium scores equal to zero. Patients with atherosclerotic plaques in the coronary arteries had a higher incidence of atherosclerotic plaques in the carotid arteries (58% x 38%, p = 0.01). From the 55 patients with normal CCTA, 18 had plaques in the carotid arteries. Out of the 98 patients, eight had a positive exercise treadmill test for myocardial ischemia, of whom five had stenosis greater than 50%, two had stenosis less than 50% and one had no coronary atherosclerosis. Conclusion: the diabetic patient without cardiovascular symptoms presents a high frequency of coronary artery disease. The coronary artery calcium score is, among the tests studied and in comparison to CCTA, the one that has the highest sensitivity and specificity to predict CAD
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Associação entre escores CHADS2 e CHA2DS2VASc e alterações ecocardiográficas em indivíduos com doença arterial coronariana na ausência de fibrilação atrial / Association between CHADS2 and CHA2DS2VASc scores and echocardiographic abnormalities in patients with coronary artery disease in the absence of atrial fibrillation

Costa, Paulo Alexandre da 04 August 2016 (has links)
Introdução: Os escores CHADS2 e CHA2DS2VASc são, comumente, utilizados para a estratificação de risco para eventos tromboembólicos em pacientes com fibrilação atrial. Recentemente, demonstrou-se a utilidade desses escores em pacientes sem fibrilação atrial, particularmente naqueles portadores de doença coronariana, predizendo mortalidade e eventos tromboembólicos nessa população. A adição de alterações ecocardiográficas, por meio das técnicas transtorácica e transesofágica, a tais escores, na presença de fibrilação atrial, pode aumentar a acurácia dessa estratificação, identificando os indivíduos que estão sujeitos a maiores riscos. Objetivos: O objetivo primário desse estudo é demonstrar que indivíduos coronariopatas sem fibrilação atrial apresentam alterações ecocardiográficas que podem justificar maior risco de complicações tromboembólicas e que estas são mais frequentes quanto maiores os escores CHADS2. Como objetivo secundário, demonstrar que essas alterações são mais frequentes quanto maior o escore CHA2DS2VASc. Metodologia: Foram incluídos 111 pacientes com doença coronariana, em ritmo sinusal, os quais foram estratificados pelos escores CHADS2 e CHA2DS2VASc, e divididos em dois grupos de acordo com o risco de eventos tromboembólicos (escores CHADS2 < 2 vs CHADS2 >= 2 e CHA2DS2VASc < 3 vs CHA2DS2VASc >= 3). Após, foram submetidos à ecocardiografia transtorácica e transesofágica, sendo avaliadas: dimensões de átrio esquerdo (diâmetro e volume indexado), massa ventricular esquerda indexada pela superfície corpórea, funções sistólica e diastólica, e a contratilidade miocárdica de ventrículo esquerdo, velocidade de esvaziamento de apêndice atrial esquerdo, presença de contraste espontâneo em átrio esquerdo, presença de trombos em átrio e/ou ventrículo esquerdo. Análise estatística: Dimensões de átrio esquerdo, massa ventricular esquerda, fração de ejeção de ventrículo esquerdo e velocidade de esvaziamento de apêndice atrial esquerdo foram analisadas como variáveis contínuas e, também, como categóricas (normais e anormais). As variáveis contínuas foram comparadas por meio do teste de Mann-Whitney e as categóricas, pelo teste exato de Fisher. Modelos de regressão logística foram aplicados para determinar variáveis de risco independente e verificar quais componentes dos escores CHADS2 e CHA2DSVASc influenciam essas variáveis. Resultados: Da população estudada, 72,1% eram do sexo masculino, idade de 62,4±8,7 anos, 96 (86,5%) eram hipertensos, 44 (39,6%) diabéticos, 17 (15,3%) portadores de insuficiência cardíaca e 12 (10,8%) apresentavam AVC/AIT prévio. A avaliação multivariada demonstrou que pacientes com escore CHADS2 >= 2 (n = 57), mais frequentemente, apresentam maior volume indexado de átrio esquerdo, menor velocidade de esvaziamento de apêndice atrial esquerdo, maior massa ventricular esquerda indexada pela superfície corpórea, menor fração de ejeção de ventrículo esquerdo e, mais frequentemente, apresentavam disfunção diastólica de ventrículo esquerdo. Com relação ao escore CHA2DS2VASc, pacientes com risco elevado apresentam, mais frequentemente, maior volume indexado de átrio esquerdo, menor velocidade de esvaziamento de apêndice atrial esquerdo e maior massa ventricular esquerda indexada pela superfície corpórea. Conclusão: Pacientes com escores CHADS2 e CHA2DS2VASc elevados apresentam alterações ecocardiográficas que podem justificar maior risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral em indivíduos com doença arterial coronariana na presença de ritmo sinusal. / CHADS2 and CHA2DS2VASc score are commonly used to stratify risk for thromboembolic events in patients with atrial fibrillation. Recently, it has been demonstrated the usefulness of these scores in patients without atrial fibrillation, particularly in those patients with coronary disease, predicting mortality and thromboembolic events in this population. The addition of echocardiographic changes, through the transthoracic and transesophageal techniques, to those scores, in the presence of atrial fibrillation can increase the accuracy of this stratification, identifying individuals who are subject to greater risks. Objectives: The primary objective of this study is to demonstrate that coronary disease patients without atrial fibrillation have echocardiographic changes that may justify increased risk of thromboembolic complications and that these are more frequent the higher the CHADS2 scores. As a secondary objective, demonstrate that those changes are more frequent the higher the score CHA2DS2VASc. Methods: 111 patients with coronary artery disease in sinus rhythm were included, which were stratified by CHADS2 and CHA2DS2VASc scores and divided into two groups according to the risk of thromboembolic events (CHADS2 < 2 vs CHADS2 >= 2 and CHA2DS2VASc < 3 vs CHA2DS2VASc >= 3). After that, they were subjected to transthoracic and transesophageal echocardiography, being analyzed: left atrial size (diameter and volume index), left ventricular mass indexed by body surface, systolic and diastolic function and myocardial contractility of left ventricle, left atrial appendage emptying velocity, presence of spontaneous echo contrast in the left atrium, presence of thrombi in the atrium and / or left ventricle. Statistical analysis: left atrial size, left ventricular mass, left ventricular ejection fraction and left atrial appendage emptying velocity were analyzed as continuous variables and as categorical (normal and abnormal). Continuous variables were compared using the Mann-Whitney test, and the categorical, using Fisher\'s exact test. Logistic regression models were applied to determine independent risk variables and determine which components of CHADS2 and CHA2DSVASc scores influence these variables. Results: In the study population, 72.1% were male, age 62.4±8.7 years, 96 (86.5%) were hypertensive, 44 (39.6%) diabetic patients, 17 (15.3 %) heart failure patients and 12 (10.8%) had prior stroke / transient ischemic attack. Multivariate evaluation showed that patients with scores CHADS2 >= 2 (n = 57) most often have greater left atrial volume index, lower left atrial appendage emptying velocity, higher left ventricular mass indexed by body surface area, lower left ventricular ejection fraction and more often had diastolic dysfunction of the left ventricle. Regarding CHA2DS2VASc score, patients at high risk have more often greater left atrial volume index, lower left atrial appendage emptying velocity and greater left ventricular mass indexed by body surface area. Conclusion: Patients with high CHADS2 and CHA2DS2VASc scores present echocardiographic changes that could justify a higher risk for the occurrence of stroke in patients with coronary artery disease in the presence of sinus rhythm.
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Pesquisa de miRNAs circulantes, potenciais biomarcadores de aterosclerose subclínica em indivíduos euglicêmicos e pré-diabéticos / Search of circulating miRNAs, potential biomarkers of subclinical atherosclerosis in euglycemic and pre-diabetic subjects

Saldarriaga, Magda Elizabeth Graciano 24 May 2017 (has links)
As doenças cardiovasculares e o diabete melito fazem parte das DCNT prioritárias da OMS, devido às altas taxas de morbimortalidade e incapacidade que geram a cada ano. Estima-se que no mundo existam 387 milhões de diabéticos e outros 316 milhões de pessoas com características de risco, como pré-diabete. Cerca de 60% dos pacientes com DM2 desenvolvem doença cardiovascular, a qual inicia de forma concomitante aos distúrbios do metabolismo da glicose, podendo existir mecanismos fisiopatológicos comuns entre as doenças. Metade dos eventos coronarianos, inclusive a morte súbita, ocorrem em indivíduos assintomáticos, evidenciando a necessidade de novos marcadores precoces, já que em muitos deles a morte é a primeira manifestação. Recentemente, tem sido sugerido que os miRNAs envolvidos na regulação da expressão gênica podem ser caracterizados como biomarcadores em diversas doenças. Nosso objetivo é identificar alterações no perfil de miRNAs circulantes em indivíduos euglicêmicos e pré-diabéticos com e sem aterosclerose subclínica, utilizando a tecnologia de qPCR Arrays, com a finalidade de identificar candidatos a biomarcadores moleculares dessa condição. Encontrou-se que a aterosclerose subclínica esteve associada com o envelhecimento, a menopausa, etnia branca, dislipidemia, resistência à insulina, o aumento da adiposidade, leptina e do TNF-&#945;. O aumento do miR98-5p e a diminuição dos miRNAs miR-212-3p, miR-145-5p, miR-93-5p, miR15a-5p, miR-19a-3p, miR32-5p levaram a ativação da via de sinalização da aterosclerose. Os resultados sugerem que a inflamação foi o principal mecanismo associado com o desenvolvimento de aterosclerose subclínica neste estudo. / Cardiovascular Disease and Diabetes Mellitus are relevant NCDs for the WHO. It´s estimated that, worldwide, there are 387 millions of diabetics and 316 millions of people with risk characteristics like prediabetes. About 60% of patients with T2DM develops cardiovascular disease, which starts at the same time as disorders of glucose metabolism, there may be common pathophysiological mechanisms among diseases. Half of coronary events, including sudden death, occurs in asymptomatic individuals. This fact, highlights the need for new early markers of the disease, especially in asymptomatic patients, since in many of them, death is the first manifestation. It has been recently suggested that miRNAs involved in pos-transcriptional regulation of gene expression, could be characterized as biomarkers of diseases. Our goal is to identify changes in the profile of circulating microRNAs in euglycemic and prediabetic patients with or without subclinical atherosclerosis, by quantitative Polymerase Chain Reaction array (qPCR Array) in order to find molecular biomarkers of this condition. We found that subclinical atherosclerosis was associated with aging, menopause, white ethnicity, dyslipidemia, insulin resistance, increased adiposity, leptin and TNF-&#945;. The up-regulation of miR98-5p and the down-regulation miR-212-3p, miR-145-5p, miR-93-5p, miR15a-5p, miR-19a-3p, miR32-5p led to activation of the signaling pathway of atherosclerosis. The results suggest that inflammation was the main mechanism associated with the development of subclinical atherosclerosis in this study.
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Prevalência de Síndrome Metabólica em Diabetes Mellitus tipo 2 e associação com Doença Coronariana.

Miyamoto, Janine Hatsumi 25 January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-01-26T12:51:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 janinehatsumimiyamoto_dissert.pdf: 287223 bytes, checksum: 94be79897234bdddd89d8d839f550e34 (MD5) Previous issue date: 2012-01-25 / Diabetes mellitus is a group of metabolic diseases characterized by hyperglycemia resulting from insulin secretion defects, in its peripheral action, or both. Clinical manifestations of diabetes are broad and can range from asymptomatic glucose intolerance to acute complications as diabetic ketoacidosis or complications of slow evolution, such as neurological and vascular changes. Vascular changes affect virtually every body's blood vessels, large and small ones, constituting macro-and microangiopathy, respectively. The main clinical expressions of microangiopathy are diabetic nephropathy and retinopathy. The macroangiopathy is represented by early atherosclerosis, more severe and more frequent than that observed in non-diabetic population. The non-establishment or definition of a glycemic threshold in diabetic patients and the persistence of this relationship in non-diabetics suggest that glucose is a continuous variable risk, as well as other cardiovascular risk factors. The diabetic dyslipidemia is characterized by an increase in LDL small and dense particles, the reduction in HDL-cholesterol and high triglycerides levels. Diabetes or pre-diabetes, low HDL-cholesterol, high triglycerides and arterial hypertension are risk factors, when linked to central obesity, form the metabolic syndrome and 1.5-fold increase in overall mortality and 2.5 in cardiovascular mortality. Given the above, the purpose of the study was to assess the prevalence of metabolic syndrome according to the definition of the National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III in patients with type 2 diabetes mellitus, its association and components with coronary disease. A total of 610 patients with type 2 diabetes mellitus were retrospectively analyzed, concerning age, gender, clinical and metabolic characteristics. The prevalence of metabolic syndrome was 78.4%. The comparative analysis between the groups with and without metabolic syndrome was significantly associated with coronary artery disease (p=0.032). By means of logistic regression, waist circumference (p=0.79) and fasting glucose (p=0.13) were not significant. The arterial hypertension (p=0.01) and dyslipidemia (p=0.005) showed significant association with coronary artery disease. Therefore, we can conclude that the metabolic syndrome is highly prevalent in patients with type 2 diabetes mellitus; it has shown an association with coronary heart disease and among its components, arterial hypertension and dyslipidemia indicate a significant association. / Diabetes Mellitus constitui um grupo de doenças metabólicas caracterizado por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção de insulina, na sua ação periférica ou em ambas. As manifestações clínicas do diabetes são amplas e podem compreender desde intolerância assintomática à glicose até complicações agudas como a cetoacidose diabética ou complicações de evolução lenta, tais como alterações vasculares e neurológicas. As alterações vasculares atingem praticamente todos os vasos do organismo, pequenos e grandes, constituindo a micro e a macroangiopatia, respectivamente. As principais expressões clínicas da microangiopatia são a retinopatia e a nefropatia diabética. A macroangiopatia é representada pela aterosclerose mais precoce, mais grave e mais frequente que a observada na população não diabética. O não estabelecimento ou definição de um limiar glicêmico em diabéticos e a persistência desta relação em não-diabéticos sugerem que a glicemia é uma variável contínua de risco, da mesma forma que outros fatores de risco cardiovascular. A dislipidemia diabética caracteriza-se pelo aumento de partículas de LDL pequenas e densas, pela redução do HDL colesterol e valores elevados de triglicérides. Diabetes ou pré-diabetes, baixo valor de HDL colesterol, triglicérides elevado e hipertensão são fatores de risco que, ligados à obesidade central, formam a síndrome metabólica e aumentam em 1,5 vezes a mortalidade geral e em 2,5 vezes, a cardiovascular. Diante do exposto, o propósito do estudo foi avaliar a prevalência de síndrome metabólica de acordo com a definição do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e a sua associação e a dos seus componentes com a doença coronariana. Um total de 610 pacientes com diabetes mellitus tipo 2 foram analisados, retrospectivamente, quanto à idade, sexo e características clínicas e metabólicas. A prevalência de síndrome metabólica foi de 78,4%. A Análise comparativa entre os grupos com e sem síndrome metabólica mostrou associação significativa com a doença coronariana (p=0,032). Por meio de regressão logística, a circunferência abdominal (p=0,79) e a glicemia de jejum (p=0,13) não foram significativas. A hipertensão arterial (p=0,01) e a dislipidemia (p=0,005) evidenciaram associação significativa com a doença coronariana. Portanto, podemos concluir que a síndrome metabólica tem alta prevalência em pacientes com diabetes mellitus tipo 2; mostrou associação com doença coronariana e entre os seus componentes, a hipertensão arterial e a dislipidemia denotaram associação significativa.
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A prevalência e impacto da síndrome da apneia obstrutiva do sono em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica / The prevalence and impact of obstructive sleep apnea syndrome in patients submitted to myocardial revascularization

Soares, Flavia de Souza Nunes 06 October 2010 (has links)
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é caracterizada por episódios recorrentes de colapso parcial ou completo da faringe responsáveis por roncos e eventos de hipopneia ou apneia, respectivamente, associados à queda de saturação de oxigênio e despertares frequentes durante o sono. A AOS está associada à doença arterial coronariana e é um fator de risco independente para complicações após cirurgia. Entretanto, a maioria dos pacientes com AOS submetidos à cirurgia não tem suspeita ou diagnóstico prévio de AOS. Objetivos: O principal objetivo do estudo foi determinar prevalência da AOS em candidatos à cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) e compará-la à prevalência da AOS em candidatos à cirurgia abdominal eletiva (ABD-cirurgia). Como objetivo secundário, avaliamos os preditores clínicos e o desempenho do questionário de Berlin, que estratifica os pacientes em alto risco e baixo risco de AOS, como teste de triagem no pré-operatório, assim como os preditores clínicos de AOS em ambos os grupos. Métodos: Foram incluídos 40 pacientes consecutivos no grupo RM [29 homens; idade: 56±7 anos; índice de massa corporal (IMC): 30±4 kg/m2], e 41 pacientes no grupo ABD-cirurgia, que foram pareados para sexo, idade e IMC (28 homens; idade: 56±8 anos; IMC: 29±5 11 kg/m2). Todos os pacientes foram submetidos à polissonografia completa noturna (PSG) e à avaliação clínica e laboratorial pré-operatória, incluindo avaliação da sonolência diurna com a escala de sonolência Epworth (ESS) e com o questionário de Berlin. Resultados: A prevalência de AOS (índice de apneia hipopneia na PSG 15 eventos/hora) no grupo RM e ABD-cirurgia foi alta e semelhante (52% e 41%, respectivamente, p=0,32). O grupo RM apresentou menor nível de sonolência (ESS: 6±3 e 9±5; RM vs. ABD-cirurgia, respectivamente, p=0,008). A sensibilidade e a especificidade do Berlin no grupo RM foi 67% e 26%, e no grupo ABD-cirurgia, 82 e 62%, respectivamente. O IMC, as circunferências abdominal e cervical, a pressão arterial sistólica, a pressão arterial diastólica, os triglicerídeos, a lipoproteína de alta densidade sérica (HDL-c), a Diabetes Mellitus e o risco alto de AOS (de acordo com questionário de Berlin) se correlacionaram com a AOS na análise univariada. No entanto, a circunferência abdominal foi o único preditor independente associado à presença de AOS após regressão logística múltipla. Conclusão: A AOS é extremamente comum entre pacientes candidatos à cirurgia cardíaca e cirurgia abdominal. O questionário de Berlin apresentou baixa sensibilidade para detecção AOS em pacientes do grupo RM, mas a sensibilidade e a especificidade no grupo ABD-cirurgia foram semelhantes aos valores encontrados na literatura. A sonolência diurna não está associada à presença de AOS entre portadores de doença arterial coronariana com indicação de tratamento cirúrgico e entre candidatos à cirurgia abdominal eletiva, o que pode ajudar a explicar o subdiagnóstico de AOS na nossa população / Background: The obstructive sleep apnea (OSA) is characterized by recurrent episodes of partial or complete collapse of the pharynx account for snoring and apnea or hypopnea events, respectively, associated with the decrease of oxygen saturation and frequent arousals during sleep. OSA is associated with coronary artery disease and is an independent risk factor for complications after surgery. However, most patients with OSA undergoing surgery is not suspected or previously diagnosed OSA. Objectives: The main objective of this study was to determine the prevalence of OSA in candidates for coronary arterial bypass grafting surgery (CABG) and compare it with the prevalence of OSA in candidates for elective abdominal surgery (ABD-surgery). As a secondary objective, we evaluated the clinical predictors and performance of the Berlin questionnaire, which stratifies patients into high risk and low risk for OSA, as a screening test in the preoperative as well as clinical predictors of OSA in both groups. Methods: We included 40 consecutive patients in the CABG group [29 men, age: 56 ± 7 years, body mass index (BMI): 30 ± 4 kg/m2] and 41 patients in the ABD-surgery, who were matched for gender, age and BMI (28 men, age: 56 ± 8 years, BMI: 29 ± 5 kg/m2 ¬). All patients underwent full nocturnal polysomnography (PSG) and clinical and laboratory pre-operative evaluation, 14 including assessment of daytime sleepiness with the Epworth Sleepiness Scale (ESS) and the Berlin questionnaire. Results: The prevalence of OSA (apnea hypopnea index in PSG 15 events/hour) in the RM group and ABD-surgery was high and similar (52% and 41% respectively, p = 0.32). Patients submitted to CABG presented lower levels of daytime somnolence than ABD-surgery patients (ESS: 6±3 vs. 9±5; p=0.008, respectively). The sensitivity and specificity of Berlin in the RM group was 67% and 26%, and ABD-surgery group, 82 and 62% respectively. The BMI, waist and neck circumference, systolic blood pressure, diastolic blood pressure, triglycerides, serum high density lipoprotein (HDL-C), Diabetes Mellitus and the high risk of OSA (according to questionnaire Berlin) correlated with OSA in univariate analysis. However, waist circumference was the only independent predictor associated with the presence of OSA after multiple logistic regression. Conclusion: OSA is extremely common among patients who are candidates for CABG and abdominal surgery. The Berlin questionnaire showed low sensitivity for detecting OSA in patients in the RM group, but the sensitivity and specificity in ABD-surgery group were similar to those found in the literature. Daytime sleepiness is not associated with the presence of OSA among patients with coronary artery disease with indication for surgical treatment and patients with indication for elective abdominal surgery, which may help explain the underdiagnosis of OSA in our population
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A prevalência e impacto da síndrome da apneia obstrutiva do sono em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica / The prevalence and impact of obstructive sleep apnea syndrome in patients submitted to myocardial revascularization

Flavia de Souza Nunes Soares 06 October 2010 (has links)
Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é caracterizada por episódios recorrentes de colapso parcial ou completo da faringe responsáveis por roncos e eventos de hipopneia ou apneia, respectivamente, associados à queda de saturação de oxigênio e despertares frequentes durante o sono. A AOS está associada à doença arterial coronariana e é um fator de risco independente para complicações após cirurgia. Entretanto, a maioria dos pacientes com AOS submetidos à cirurgia não tem suspeita ou diagnóstico prévio de AOS. Objetivos: O principal objetivo do estudo foi determinar prevalência da AOS em candidatos à cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) e compará-la à prevalência da AOS em candidatos à cirurgia abdominal eletiva (ABD-cirurgia). Como objetivo secundário, avaliamos os preditores clínicos e o desempenho do questionário de Berlin, que estratifica os pacientes em alto risco e baixo risco de AOS, como teste de triagem no pré-operatório, assim como os preditores clínicos de AOS em ambos os grupos. Métodos: Foram incluídos 40 pacientes consecutivos no grupo RM [29 homens; idade: 56±7 anos; índice de massa corporal (IMC): 30±4 kg/m2], e 41 pacientes no grupo ABD-cirurgia, que foram pareados para sexo, idade e IMC (28 homens; idade: 56±8 anos; IMC: 29±5 11 kg/m2). Todos os pacientes foram submetidos à polissonografia completa noturna (PSG) e à avaliação clínica e laboratorial pré-operatória, incluindo avaliação da sonolência diurna com a escala de sonolência Epworth (ESS) e com o questionário de Berlin. Resultados: A prevalência de AOS (índice de apneia hipopneia na PSG 15 eventos/hora) no grupo RM e ABD-cirurgia foi alta e semelhante (52% e 41%, respectivamente, p=0,32). O grupo RM apresentou menor nível de sonolência (ESS: 6±3 e 9±5; RM vs. ABD-cirurgia, respectivamente, p=0,008). A sensibilidade e a especificidade do Berlin no grupo RM foi 67% e 26%, e no grupo ABD-cirurgia, 82 e 62%, respectivamente. O IMC, as circunferências abdominal e cervical, a pressão arterial sistólica, a pressão arterial diastólica, os triglicerídeos, a lipoproteína de alta densidade sérica (HDL-c), a Diabetes Mellitus e o risco alto de AOS (de acordo com questionário de Berlin) se correlacionaram com a AOS na análise univariada. No entanto, a circunferência abdominal foi o único preditor independente associado à presença de AOS após regressão logística múltipla. Conclusão: A AOS é extremamente comum entre pacientes candidatos à cirurgia cardíaca e cirurgia abdominal. O questionário de Berlin apresentou baixa sensibilidade para detecção AOS em pacientes do grupo RM, mas a sensibilidade e a especificidade no grupo ABD-cirurgia foram semelhantes aos valores encontrados na literatura. A sonolência diurna não está associada à presença de AOS entre portadores de doença arterial coronariana com indicação de tratamento cirúrgico e entre candidatos à cirurgia abdominal eletiva, o que pode ajudar a explicar o subdiagnóstico de AOS na nossa população / Background: The obstructive sleep apnea (OSA) is characterized by recurrent episodes of partial or complete collapse of the pharynx account for snoring and apnea or hypopnea events, respectively, associated with the decrease of oxygen saturation and frequent arousals during sleep. OSA is associated with coronary artery disease and is an independent risk factor for complications after surgery. However, most patients with OSA undergoing surgery is not suspected or previously diagnosed OSA. Objectives: The main objective of this study was to determine the prevalence of OSA in candidates for coronary arterial bypass grafting surgery (CABG) and compare it with the prevalence of OSA in candidates for elective abdominal surgery (ABD-surgery). As a secondary objective, we evaluated the clinical predictors and performance of the Berlin questionnaire, which stratifies patients into high risk and low risk for OSA, as a screening test in the preoperative as well as clinical predictors of OSA in both groups. Methods: We included 40 consecutive patients in the CABG group [29 men, age: 56 ± 7 years, body mass index (BMI): 30 ± 4 kg/m2] and 41 patients in the ABD-surgery, who were matched for gender, age and BMI (28 men, age: 56 ± 8 years, BMI: 29 ± 5 kg/m2 ¬). All patients underwent full nocturnal polysomnography (PSG) and clinical and laboratory pre-operative evaluation, 14 including assessment of daytime sleepiness with the Epworth Sleepiness Scale (ESS) and the Berlin questionnaire. Results: The prevalence of OSA (apnea hypopnea index in PSG 15 events/hour) in the RM group and ABD-surgery was high and similar (52% and 41% respectively, p = 0.32). Patients submitted to CABG presented lower levels of daytime somnolence than ABD-surgery patients (ESS: 6±3 vs. 9±5; p=0.008, respectively). The sensitivity and specificity of Berlin in the RM group was 67% and 26%, and ABD-surgery group, 82 and 62% respectively. The BMI, waist and neck circumference, systolic blood pressure, diastolic blood pressure, triglycerides, serum high density lipoprotein (HDL-C), Diabetes Mellitus and the high risk of OSA (according to questionnaire Berlin) correlated with OSA in univariate analysis. However, waist circumference was the only independent predictor associated with the presence of OSA after multiple logistic regression. Conclusion: OSA is extremely common among patients who are candidates for CABG and abdominal surgery. The Berlin questionnaire showed low sensitivity for detecting OSA in patients in the RM group, but the sensitivity and specificity in ABD-surgery group were similar to those found in the literature. Daytime sleepiness is not associated with the presence of OSA among patients with coronary artery disease with indication for surgical treatment and patients with indication for elective abdominal surgery, which may help explain the underdiagnosis of OSA in our population

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