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A estratégia de kant para a fundamentação da metafísica dos costumes e o fato da razãoSantos, Melissa Regina Lentz dos January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-22T10:15:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
232765.pdf: 591258 bytes, checksum: 896637d39ea6b2ffb2066b4b90f5552b (MD5) / A presente pesquisa tem como proposta fundamental a investigação do argumento de Immanuel Kant (1724 # 1804) para a Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785), obra na qual, vemos o esforço do filósofo em explicitar e fundamentar o princípio ético por ele adotado, a saber, o imperativo categórico. Temos nas duas primeiras seções uma apresentação do critério (da lei moral) utilizado por Kant para a caracterização do correto agir moral, enquanto a última seção procura uma fundamentação para este critério. Investigados os passos dados pelo filósofo de Königsberg na Fundamentação e constatada a impossibilidade de uma dedução do princípio moral nesta obra, o foco do presente trabalho passa a ser a doutrina do Fato da Razão. Abordamos a exposição do Fato da Razão com o intuito de evidenciar os aspectos em que o método kantiano de fundamentar a moralidade sofreu alterações desde 1785 até a publicação da Crítica da Razão Prática (1788). Partindo de uma análise que entende o Fato da Razão como a consciência da lei moral procuramos apontar o papel desempenhado por ele na argumentação da Crítica da Razão prática. Isto para, finalmente, avaliarmos os pontos fortes e fracos da estratégia kantiana que tem início para nós, na Fundamentação da metafísica dos Costumes e se estende até a segunda crítica com a apresentação do Fato da Razão.
This work had as main purpose to examine Immanuel Kant#s argumentation in the Groundwork of the Metaphysics of Morals (1785). In this work, Kant intended to identify and to justify the supreme principle of morality, that is to say, the categorical imperative. The purpose of the two first sections of Groundwork is to explain the moral criterion (moral law), while the third section looks for justifying the moral criterion previously identified. After identifying the main steps Kongsberg#s philosopher argumentation in the Groundwork and noted that is impossible a deduction of moral principle, the next step was examining the Kantian doctrine of Fact of Reason (Faktum der Vernunft). In dealing with the exposition of Fact of Reason, our aims are making clear the difference of Kantian methods from the Groundwork (1985) until Critique of the Practical Reason (1988). Starting from an analysis that assume the meaning of Fact of Reason as a consciousness of the moral law we looked for point to the hole taken for this Fact in the argumentation of the Critique of the Practical Reason. Finally, we evaluated the strong and weak aspects of Kantian argumentation strategy from the Groundwork to Critique of the Practical Reason.
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A ética como ciência em Thomas HobbesSecco, Márcio January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-10-27T03:07:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Thomas Hobbes apresenta em seu Leviatã a ética como um ramo da Filosofia Natural. Ela é concebida com uma investigação das ?consequências das paixões?. A classificação da investigação moral como uma ciência que é parte da física foi tomada por alguns comentadores como um sinal do caráter descritivo da teoria moral hobbesiana. Algumas interpretações que propuseram uma teoria moral com conteúdo prescritivo viram a necessidade de tomarem a moralidade como uma investigação independente da filosofia natural. Alguns intérpretes tentaram tomar a sério a ideia de que a ética está vinculada às ciências naturais e defenderam a teoria moral hobbesiana como sendo uma vertente do naturalismo moral. A presente tese parte da possibilidade de se afirmar a ética como uma investigação que segue um padrão científico na perspectiva hobbesiana, e ao mesmo tempo tenta mostrar que ela é uma teoria prescritiva com uma normatividade moral em sentido forte. A ética é tomada neste trabalho não como uma descrição das paixões e suas consequências como podem ser vistas na realidade e nas condutas particulares, mas como a construção de um modelo racional de ação que toma a natureza humana de um ponto de vista universal. Ciência é o trabalho da razão. A razão articula nomes e proposições em teorias. Nomes e proposições assim articulados podem causar em nossa mente um arranjo diferente de nossas ideias. A razão é capaz de corrigir nossas concepções de várias maneiras. Estas correções são feitas através da linguagem, concebida como ?signos? ou ?marcas sensíveis? de nossos pensamentos. Nomes e proposições articulados em uma teoria ética compõem o que podemos tomar como a forma racional de conceber a ação humana. Todas as ações ou paixões que aparecem sem uma organização racional ou não são racionalmente justificáveis não podem ser aceitas como ?boas? e nem ?corretas?. Assim, a ética não apenas uma tentativa de compreender quais são as paixões e quais são as ações que os homens empreendem normalmente, mas quais são as conexões necessárias de nossas crenças. O modelo racional da natureza humana e da ação humana não pode engendrar contradições. A investigação das consequências das paixões humanas é a investigação do modelo coerente da natureza humana, das paixões não contraditórias e das contradições que devem ser evitadas. Uma teoria coerentista daverdade é apresentada como a melhor interpretação do conceito de ciência verdadeira na teoria hobbesiana.<br> / Abstract : Thomas Hobbes presents, in his Leviathan, Ethics as a branch of Natural Philosophy. It is conceived as an investigation of the ?consequences of the passions?. The classification of the moral investigation as a science that is part of physics was taken by some commentators as a sign of the descriptive character of Hobbes?s moral theory. Some interpretations that tried to defend a prescriptive content in Hobbes?s ethics saw the necessity of taking the morality as an independent investigation. There are others that tried to make sense of the relation between natural science and ethics and defended Hobbes?s moral theory as a kind of naturalism. The present thesis investigates the possibility of affirming ethics as an investigation that has a scientific pattern in Hobbes?s view, and at the same time tries to show that it is a prescriptive theory with a very strong sense of moral normativity. Ethics is taken in this work not as a description of the passions and the consequences as they are seen in reality, but as the construction of a rational model of action that takes human nature in a universal sense. Science is the work of reason. Reason articulates names and propositions in theories. Names and propositions so articulated are able to cause in our mind a different composition of ideas. Reason is able to correct our senses in many ways. These corrections are made through language, conceived as the ?signs? or ?sensible marks? of our thoughts. Names and propositions articulated in an ethical theory compound what we could take as the rational way of conceiving human action. All the actions or passions that arise without a rational organization or is not rational justifiable cannot be accepted as good or right. So, ethics is not just the attempt to understand what are the passions and what are the actions human beings currently perform, but what are the necessary rational connections of our believes. The rational model of human nature and of human action cannot bear contradictions. The investigation of the consequences of the human passions is the investigation of the coherent model of human nature, of the non contradictory passions and the contradictions that need to beavoided. A coherence theory of truth is presented as the best interpretation of the concept of true science in Hobbes?s theory.
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Linguagem, ética e relativismo em WittgensteinOliveira, Vinícius Arion Aliende Palongan de January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-05-23T04:13:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / O objetivo deste trabalho é apresentar um debate atual sobre o pensamento de Ludwig Wittgenstein, que gira em torno da hipótese de que o filósofo austríaco haveria se tornado um relativista em sua fase tardia. Entretanto, essa é uma discussão que requer o conhecimento prévio de muitos conceitos desenvolvidos por Wittgenstein ao longo de toda sua trajetória filosófica. A fim de esclarecer alguns desses conceitos, o desenvolvimento deste trabalho consistirá, primeiramente, na revisão bibliográfica de duas grandes obras de Wittgenstein: o Tractatus logico-philosophicus e as Investigações Filosóficas, para que seja possível compreender as concepções de linguagem e de ética que estão presentes em cada uma delas, além de analisar os aspectos divergentes e convergentes entre ambas, que são de grande importância para a compreensão do debate acerca do relativismo. Em segundo lugar, será feita uma distinção entre tipos de relativismo e uma análise do texto de Wittgenstein intitulado Conferência sobre Ética para, enfim, ser apresentado o debate entre intérpretes relativistas e não relativistas e avaliar em que ponto é possível situar as ideias de Wittgenstein nesse debate.<br> / Abstract : The aim of this dissertation is to present a current debate about Ludwig Wittgenstein?s thought which revolves around the hypothesis that the Austrian philosopher had become in his late stage a relativistic. However, this is a discussion that requires prior knowledge of many concepts developed by Wittgenstein throughout his philosophical career. In order to clarify some of these concepts, the development of this dissertation firstly will consist of a bibliographical review of Wittgenstein?s two great works: Tractatus Logico-Philosophicus and Philosophical Investigations, in order to comprehend both language and ethics conceptions that are present in each one of them, as well as analyzing the divergent and convergent aspects between both, which are quite important for the understanding the debate about relativism. Secondly, it will be made a distinction between types of relativism and an analysis of Wittgenstein?s text titled Lecture on Ethics to, finally, present the debate between relativistic and nonrelativistic interpreters, and evaluate to what extent it is possible put Wittgenstein?s ideas in this debate.
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Sobre a genealogia da moral de NietzscheSilva, Mayara Annanda Samarine Nunes da January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:31:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Na presente dissertação, dedicamo-nos à análise do trabalho realizado por Friedrich Nietzsche em sua Genealogia da Moral - Uma Polêmica, destacando a ideia de transvaloração de todos os valores apresentada em tal obra. Acompanhamos o percurso do filósofo neste escrito, desde sua investigação a respeito da origem dos pares de conceitos "bom e ruim" e "bom e mau", até sua conclusão sobre a preferência do homem por "querer o nada a nada querer". Inicialmente analisamos os conceitos morais colocados em questão por Nietzsche, até alcançarmos os ideais que os fundamentam e constatarmos que eles estão a serviço de uma saúde fraca que luta agonicamente pela vida. Em seguida, elucidamos osmotivos e os perigos de uma disseminação de tal fraqueza entre oshomens que compõem o substrato cultural analisado na obra emquestão. Por fim, refletimos sobre duas ocorrências que emergem apartir deste movimento cultural, tornando possível uma transvaloraçãodos valores que pautam a moral investigada: a autoconscientização davontade de verdade e o niilismo.<br> / Abstract : In the thesis we dedicate the analysis of the work made by Friedrich Nietzsche in his On Genealogy of Morals - A Polemic, showing the idea of transvaluation of values emphasized in the composition. Followingthe philosopher's way in this thesis, since his investigations about thebeginning of pair conceptions "good and evil" and "good and bad", untilhis conclusions about the men preferences "to want nothing instead ofnothing to want". At first we studied the moral concepts as is shown byNietzsche until we reach the ideals that substantiate them and we noticethey are in service of a weak health that struggles for life. Then, we elucidate the reasons and the dangers of the dissemination of such weakness among men who compose the cultural substratum analyzed in the composition. Finally, we realize that two occurrences emerge from this cultural movement, they make a transvaluation of values (thatcompose the investigated moral) possible: the self-awareness of a will to truth and the nihilism.
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A filosofia acadêmica: estudo histórico-crítico do ensino de filosofia na Universidade Federal do Rio de JaneiroMartins, Angela Maria Souza January 1985 (has links)
Submitted by Estagiário SPT BMHS (spt@fgv.br) on 2012-03-13T13:43:28Z
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Previous issue date: 1985 / The course of philosophy at the Institute of Philosophy and Social Sciences of the Federal University of Rio de Janeiro was characterized, in the early seventies, mainly by a traditional, dogmatic and unhistorical approach, giving origin to bewilderment and lack of interest for the course among the student body. This approach, according to the opinion of teachers and students from former periods, was not peculiar to the seventies, but remained unchanged for some years of the course at that educational , establishment, bringing about, at some historic periods, the conflict between the official position of the course and the wishes and interests of the students. Taking the point of view that philosophy is not a theoretical, 'eternal', 'immutable' and unhistorical discourse, but rather mirrors changes and contradictions, what is sought through a historical approach - beginning with the colonial period through ta the sixties in the seventieth-century - is to find the causes that deter mine such dogmatism, such stanch opposition ta change and to historicism which are the characteristics of the course of philosophy at the Federal University of Rio de Janeiro. The background that was always born in mind was the historic course of the conflict between the official proposition for the tearing of philosophy and the wishes and interests of students, that is, their perspective for the study of philosophy. This conflict bears out the dichotomy being/thinking perpetuated by the approach to the study of philosophy within the Brazilian educational context. / A graduação de filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro caracterizava-se, principalmente nos primórdios da década de 70, por uma orientação tradicional, dogmática e a-histórica, gerando no corpo discente a perplexidade e o desinteresse pelo curso. Orientação que, segundo os depoimentos de professores e alunos de períodos anteriores, não era específica da década de 70, mas que perpetuava-se a alguns anos no curso dessa instituição, 'gerando, em alguns momentos históricos, o conflito entre a proposta oficial do curso e os anseios e interesses de seu corpo discente. Considerando a filosofia, não como um discurso teórico 'perene', 'imutável' e 'a-histórico', mas como parte inerente à história, refletindo, assim, suas mudanças e contradições, buscam-se através de um estudo histórico que inicia-se no período colonial e vai até a década de 60 no século XX -as causas determinantes do imobilismo, do dogmatismo e da a-historicidade que caracterizaram a graduação de filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Manteve-se sempre como pano de fundo dessa trajetória histórica o conflito entre a proposta oficial da graduação de filosofia e os anseios e interesses, enfim, a perspectiva dos alunos no que se refere ao ensino de filosofia. Conflito que evidencia a dicotomia ser/pensar perpetuada pelo ensino de filosofia no contexto educacional brasileiro.
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A fundamentação da desobediência civil em uma teoria da justiça de John RawlsFrizon, Nelson 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T11:34:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
272501.pdf: 577299 bytes, checksum: 531488d0a3a643638a3bb2ef8212ad80 (MD5) / O caminho trilhado pelo autor, inicialmente, é uma reconstrução da concepção ideal de justiça, com breve aporte sobre o objeto e a ideia da justiça, apresentando breves comentários sobre a posição original, véu da ignorância e racionalidade das partes. Na parte que trata do dever e da obrigação analisa os princípios do dever natural, discute o dever de obedecer à lei injusta e conceitua a regra da maioria tão necessária para a justificação da desobediência civil. A desobediência civil é concebida apenas para o caso especial de uma sociedade quase justa, bem ordenada e que tenha o regime democrático. A desobediência civil é um ato político, público, não violento que tem o objetivo de provocar mudanças nas leis ou políticas do governo, que não estão respeitando o senso de justiça. Entende-se que a desobediência civil é o mecanismo de ultimo recurso para que se mantenha a estabilidade de uma Constituição justa. Embora ilegal, é altamente moral. Reconhecendo a aplicação da regra da maioria tem-se que o tribunal de última instância não é o judiciário, nem o executivo, nem o legislativo, mas sim o eleitorado como um todo. A desobediência civil é a via especial para convencer esse tribunal. / The path taken by the author, initially, is a reconstruction of the ideal conception of justice, with a brief contribution on the object and the idea of justice, with brief comments on the original position, veil of ignorance and rationality of the parts. The part that treats the duty and obligation examines the principles of natural duty, discusses the duty to obey the unjust law and conceptualizes the majority rule so necessary for the justification of civil disobedience. Civil disobedience is conceived only for the special case of a society almost fair, well-ordained and having a democratic regime. Civil disobedience is a political, public, non-violent act to bring about changes in laws or government policies, which are not respecting the sense of justice. It is understood that civil disobedience is the mechanism of last resort in order to maintain the stability of a just constitution. Although illegal, it is highly moral. Recognizing the application of majority rule is that the court of last resort is not the judiciary or the executive or the legislative, but the electorate as a whole. Civil disobedience is the special way to convince this court.
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Conhecer em grupoMoreira, Delvair Custódio January 2017 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2018-02-06T03:14:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Neste trabalho, ofereço uma análise do conceito de conhecimento coletivo que seja adequada aos pressupostos da epistemologia tradicional. Uma posição consolidada em epistemologia é a de que conhecimento implica em, pelo menos, crença verdadeira justificada. Quando consideramos, no entanto, atribuições de conhecimento a entidades coletivas, como grupos e instituições, a concepção de conhecimento, encontrada na epistemologia tradicional, nos coloca frente a um enigma: entidades coletivas não são, em princípio, entidades que têm crenças, pois crença parece ser um tipo de atitude instanciada apenas por entidades que têm estados mentais, como indivíduos. Nota-se uma clara tensão aqui. Por um lado, se a análise de conhecimento da epistemologia tradicional estiver correta, isto parece implicar que entidades coletivas não têm conhecimento. Por outro lado, atribuições de conhecimento, na linguagem natural, a entidades coletivas são tão frequentes quanto atribuições a indivíduos. Assim, se atribuições de conhecimento a entidades coletivas não são metafóricas, parece se seguir que a análise de conhecimento da epistemologia tradicional está errada. Minha proposta, portanto, é oferecer uma solução a esta tensão entre a análise de conhecimento da epistemologia tradicional e atribuições de conhecimento a entidades coletivas, através de um refinamento dos elementos envolvidos no conceito de conhecimento coletivo que permita reconciliar este com os pressupostos da epistemologia tradicional. / Abstract : In this work, I provide an analysis of the concept of collective knowledge, one which meshes nicely with some of the assumptions of traditional epistemology. A widely accepted view in epistemology is the one according to which knowledge implies, at least, justified true belief. However, when we consider knowledge ascriptions to collective entities, such as groups of people or institutions, the traditional conception of knowledge presents us with a riddle: for collective entities are not, in principle, the kind of thing that is able to have beliefs, once a belief seems to be the sort of attitude that may be exemplified only by the entities endowed with mental states. There is clearly a tension here. On the one hand, if the traditional analysis of knowledge is correct, this seems to entail that collective entities have no knowledge. On the other hand, knowledge ascriptions to collective entities are as customary as knowledge ascriptions to individual agents. Thus, if knowledge ascriptions to collective entities are not simply metaphorical, it seems to follow that the traditional analysis is wrong. My proposal is to soften up the that tension by refining the elements involved in the concept of collective knowledge, so as to reconcile it with the assumptions of traditional epistemology.
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A noção de "sentimento de vida" em escritos do sr. professor KantRocha, Leandro José January 2017 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2018-02-06T03:15:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Esta tese sustenta que, em Kant, há três modos de sentimento de vida: o animal, o humano e o espiritual. O sentimento de vida está relacionado com o prazer e o desprazer. A vida está relacionada com uma capacidade básica da alma de determinar suas forças. A alma sente uma representação, determinando suas forças para manter a presente representação ou dispersá-la. Na corporalidade do animal, tal efeito da alma é sentido como um prazer e como um desprazer. O prazer e o desprazer com uma representação são orientados pela concordância da representação com um plano oculto da natureza, o que remete a algo para além do mero animal que sente. Os três modos de se sentir vivo estão relacionados com os casos do agradável, dos juízos estéticos e do bom. / Abstract : According to this thesis, in Kant there are three modes of feeling of life: the animal, the human and the spiritual. The feeling of life is related to pleasure and displeasure. Life is related to a basic capacity of the soul to determine its forces. The soul feels a representation, determining its forces to maintain the present representation or to disperse it. In the corporeality of the animal, such effect of the soul is felt as a pleasure as well as a displeasure. Pleasure and displeasure towards a representation are oriented by the compliance of that representation with a hidden plan of nature, which refers to something beyond the mere animal that feels. The three modes of feeling alive are related to the cases of the agreeable, the aesthetic judgments and the good.
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Linguagem e mente em Terrence DeaconFigueiredo, Suely Mara Ribeiro January 2017 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2018-02-06T03:16:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Esta tese apresenta as teorias do cientista cognitivo e antropólogo de Berkeley Terrence Deacon em relação à linguagem e à mente. Para tal, ela inicia caracterizando seu modelo de linguagem enquanto fenômeno originado concomitantemente à intencionalidade e à organização social. A seguir, descreve a associação deaconiana entre tal origem e a emergência de um insight simbólico num cérebro hominídeo, insight este que diz respeito à percepção da estrutura de representação icônica e indicial e a aplicação desta mesma estrutura a signos virtuais e compartilhados. São apresentados, na sequência, os processos de interpretação, da aprendizagem e os mecanismos cognitivos envolvidos na linguagem que o autor destaca, principalmente em relação às críticas que tece à gramática universal inata de Chomsky, ao instinto da linguagem de Pinker e ao não-representacionismo de Maturana, Varela e Gibson. Para apresentar o modelo mental de Deacon, esta tese discute, antes, seu conceito de emergência, com o qual o autor afirma ter resolvido o hard problem da filosofia da mente; a seguir, apresenta as principais considerações sobre os objetos entencionais que Deacon define e reivindica em suas explicações, e introduz sua teoria da informação, que trata a informação como uma restrição a ser locupletada por um significado cognitivamente inferido. A tese então, apresenta, a partir desses conceitos preliminares, a teoria da mente de Deacon que se caracteriza, primordialmente, pela compreensão de como restrições homeodinâmicas propiciam a emergência de restrições morfodinâmicas que, por sua vez, permitem a emergência de restrições teleodinâmicas que, em seu nível mais alto, configuram a subjetividade e a intencionalidade. Deacon dá à emoção um lugar de destaque por expressar teleodinamicamente a incompletude que nos move. Para construir suas teorias, Deacon penetra no debate filosófico sobre teleologia e apresenta seus argumentos sobre como os materialistas eliminativistas, entre os quais inclui Dennett, não conseguem explicar a origem da intencionalidade a partir de seus modelos computacionais do fenômeno mental. A tese conclui que os modelos de linguagem e mente em Deacon enriquecem o debate atual mas são suas teorias de emergência e informação, inéditas e potencialmente revolucionárias, as mais relevantes para a contribuição filosófica do autor. / Abstract : This thesis presents the theories of the cognitive scientist and Berkeley anthropologist Terrence Deacon in relation to language and mind. To this end, it begins by characterizing his language model as a phenomenon originated concomitantly with intentionality and social organization. It then describes the association between this origin and the emergence of a symbolic insight in a hominid brain, an insight that concerns the perception of the iconic and indicial representation structure and the application of this same structure to virtual and shared signs. Next, the processes of interpretation and learning and the cognitive mechanisms involved in the language, highlighted by the author, are presented, mainly in relation to the critics that weaves to Chomsky's innate universal grammar, Pinker's language instinct and non-representationalism of Maturana, Varela and Gibson. To present Deacon's mental model, this thesis first discusses his concept of emergency, with which he claims to have solved the hard problem of the philosophy of mind; then, introduces his theory of information, which treats information as a constraint to be locuted by a cognitively inferred meaning. The work then presents, from these preliminary concepts, Deacon's theory of mind that is characterized, primarily, by the understanding of how homeodynamic constraints foster the emergence of morphodynamic constraints that, in turn, allow the emergence of teleodynamic constraints that, at their highest level, configure subjectivity and intentionality. Deacon gives emotion a prominent place by teleodynamically expressing the incompleteness that moves us. To construct his theories, Deacon enters the philosophical debate on teleology and presents his arguments on how the eliminativist materialists, among them Dennett, can not explain the origin of intentionality from his computational models of the mental phenomenon. The thesis concludes that the models of language and mind in Deacon enrich the current debate, but its unprecedented and potentially revolutionary theories of emergence and information are the most relevant to the author's philosophical contribution.
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A revolução em finanças sob uma perspectiva metodológicaRamos, Eduardo Augusto de Andrade 20 December 1995 (has links)
Made available in DSpace on 2008-05-13T13:16:10Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 1995-12-20
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