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571

O realismo modal de David K. Lewis e suas implicações epistêmicas

Arantes, Manuela Bastos January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-21T11:08:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 250910.pdf: 431273 bytes, checksum: a4dff3089e66f7c379585e3b0706e96b (MD5) / Uma das dificuldades encontradas na lógica modal diz respeito à semântica. Geralmente, não é possível calcular o valor de 9" a partir do valor de ", ou seja, se " é falsa parece claro que 9" também o é, uma vez que 9" significa que " é necessariamente verdadeira. Se pelo contrario, " é verdadeira, como saber se é contingente ou necessária? O mesmo se dá com "". Se " é verdadeira, "" é verdadeira. Mas qual será o valor de "" se " é falsa? Mesmo falsa, " poderia ser possível. Posta esta dificuldade, foi criada por Saul Kripke a semântica dos mundos possíveis. Enquanto na lógica proposicional clássica uma interpretação consiste na atribuição de valores {V,F} às letras sentenciais e, por extensão, uma atribuição de valores a todas as fórmulas, em lógica modal uma interpretação consiste em um conjunto de mundos possíveis com uma atribuição de valores às fórmulas em cada um deles. Chamamos esta interpretação de modelo de mundos possíveis ou modelo de Kripke. A posição realista de David K. Lewis quanto à semântica de Mundos Possíveis para lógicas modais acarreta muitas objeções entre as quais uma epistemológica. Podemos afirmar nosso conhecimento sobre questões modais, uma vez que tal teoria afirma que não há relações espaço-temporais e causais entre os mundos? É possível conhecer algo que não está acessível à inspeção direta? Lewis faz sua defesa utilizando-se de argumentos a favor do realismo matemático. Alguns dos opositores de Lewis fazem objeção a essa estratégia e contra-argumentam de muitas formas. O objetivo geral do trabalho, além de expor da maneira mais clara possível a discussão em torno do tema, é mostrar que, mesmo que uma defesa cabal do realismo modal seja muito complicada, pelo menos no caso das objeções epistemológicas formuladas por Tom Richards, Willian Lycan e Brian Skyrms, Lewis se sai bem na defesa de sua teoria. Por outro lado, o objetivo específico e principal desta dissertação é fazer uma defesa à objeção epistemológica de Charles Chihara, uma vez que a defesa apresentada por Lewis a seus críticos não o satisfez e a resposta à objeção de Chihara deixou de ser dada por Lewis.
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Uma crítica ao pragmatismo a partir de uma reflexão sobre o papel da ciência no projeto filosófico de John Dewey

Pinto, Humberto Pessoa January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-21T14:01:13Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O pensamento de John Dewey é centrado em problemas ético-sociais. Preocupa-o a grave crise moral em que a sociedade mergulhou em decorrência do progresso científico e tecnológico, que, ao provocar mudanças rápidas e profundas nas condições sob as quais vivemos, confundiu nossos valores e desorganizou nossa conduta. Dewey pensa que tal crise pode ser resolvida por meio da própria ciência, cujo método crítico e experimental poderia servir de inspiração e guia para a reconstrução racional das instituições, dos hábitos e dos fins sociais. Tal reconstrução, entretanto, encontraria forte resistência nos meios intelectuais, em virtude da noção tradicional segundo a qual o conhecimento é uma representação estática da realidade, um processo separado de e superior à ação. Para viabilizar seu projeto reconstrutivo, pois, Dewey tem de reformular a teoria do conhecimento, de modo a reinserir este no domínio prático. A nova concepção de conhecimento por ele proposta vem intimamente ligada à noção de valor. Em contraste com a teoria tradicional, que, ao identificar de modo exclusivo os objetos do conhecimento com o real, implicitamente atribuía valor intrínseco a tais objetos, Dewey considera intrinsecamente valiosas apenas as qualidades particulares imediatamente percebidas e desfrutadas na experiência não-cognitiva. Os objetos do conhecimento, por sua vez, são reduzidos a nada mais que conseqüências antecipadas de eventos presentes, usadas como guia para o controle e a conexão dos fenômenos, de modo que passam a ter valor apenas instrumental. Assim, o conhecimento, quer na forma ordinária, quer na científica, torna-se uma mera forma de ação, de prática.
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Observações sobre matemática e comprometimento ontológico

Gelowate, Geraldo January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-21T14:47:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 207438.pdf: 800391 bytes, checksum: e8abcd765ed8ce1383be2ef874af041a (MD5) / Análise de um possível comprometimento ontológico da matemática padrão (construída numa teoria de conjuntos como ZFC) com uma noção de indivíduo. A validade da Lei de Leibniz neste contexto faz com que o tratamento de entidades indistinguíveis seja possível somente se relativizado a determinadas estruturas, erigidas em ZFC. Desse modo, se partículas elementares forem absolutamente indiscerníveis, então um tratamento 'conjuntista' (filosoficamente adequado) de coleções de tais entidades se afigura como uma questão relevante.
574

O problema da origem e do fundamento do mal em Kant

Araujo, Mauro Farias de January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-21T18:52:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 214388.pdf: 878948 bytes, checksum: bbcdeacc6f101f24eb296e9f453e7944 (MD5)
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Liberdade e imputação

Feldhaus, Charles January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosfia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-21T22:20:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 221337.pdf: 485967 bytes, checksum: 9ca939efa62aa3c539af73a8bed88a43 (MD5) / O presente trabalho ocupa-se com o problema da imputabilidade. Analisa a proposta kantiana de fundamentação e realização de juízos de imputabilidade moral. O tratamento do tema a ser adotado aqui pretende tanto ressaltar os pontos principais quanto os possíveis problemas relacionados com algumas posições assumidas pelo filósofo, sem querer esgotar o tema. Entre os principais problemas ou possíveis problemas com o tratamento do tema da imputabilidade moral, que nos remete ao tema da liberdade e da necessidade natural e da vontade livre na obra do referido autor encontra-se a terminologia. Talvez, seja melhor dizer, a maneira ambígua como o filósofo a utiliza sua terminologia. Esta tem ocasionado várias críticas acerca da impossibilidade de atribuir responsabilidade moral às pessoas imorais. Dado que pode dar a entender que a pessoa imoral não é livre. Este trabalho defende que Kant não teria sido cuidadoso em distinguir dois sentidos de liberdade em seus textos e foi ambíguo no uso de termos como 'autonomia', 'liberdade' e 'heteronomia'. O que teriam levado-lhe a estar sujeito a críticas, a saber, que é difícil pensar como um agente uma vez tendo agido de modo imoral poderia tornar-se moral, desde que uma vontade livre é ás vezes identificada com uma vontade moral. A concepção de liberdade moralmente neutra presente em textos tardios de Kant assim como a distinção entre Wille e Willkür ressalta a presença da liberdade neutra nos atos imorais e pode servir como um primeiro passo na tentativa de explicar a relação entre estas duas liberdades. A concepção de liberdade moralmente neutra encontra um obstáculo em nossa fenomenologia do comportamento humano, qual seja, a fraqueza da vontade. A fraqueza da vontade parece impor o dilema: ou negar a concepção de liberdade como espontaneidade, melhor explicitada apenas em textos tardios, já de algum modo presente em textos como a Grundlegung, ou defender que a fraqueza não existe. Algumas propostas de resolução deste dilema são analisadas examinas. As possíveis colaborações da distinção Wille-Willkür também recebem escrutínio cuidadoso. A sugestão de Sidwick de distinguir dois sentidos de liberdade em Kant a fim de isentar-lhe de problemas de imputabilidade leva a discussão da relação entre estas duas liberdades no opus kantiano. É preciso tentar entender qual é a relação entre liberdade moral e neutra. A distinção entre imputabilidade moral e jurídica é analisada a fim de melhor avaliar a importância tanto de elemento empíricos quanto das inclinações na realização e justificação dos juízos de imputação.
576

A noção de obra de arte em Maurice Merleau-Ponty

Essenburg, Aline Sabbi January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-22T04:57:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 208101.pdf: 1718960 bytes, checksum: 7c7f5e415c88201c57f6d0eda1440362 (MD5) / O que levou Merleau-Ponty a mudar sua linha de pesquisa para saber do mundo perceptivo. Este novo caminho nos faz entender o ponto de ligação entre o mundo da percepção e a cultura. Primeiro tenta mostrar que devemos levar em conta a nossa inserção corporal no mundo para podermos perceber as coisas a nossa volta. Nos textos tardios pensa sobre a natureza desta inserção corporal, reconhecendo, na espontaneidade de nossa inserção mundana, a mesma estrutura espontânea que caracteriza a nossa vivência do tempo. A questão agora seria pensar não o que é a espontaneidade do mundo ou a espontaneidade do sujeito, mas como, junto às construções da cultura, algo de espontâneo pode se exprimir. Neste caminho é a arte que ensina a Merleau-Ponty como interrogar a espontaneidade do mundo da percepção, levando-nos à uma noção de obra de arte.
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O liberalismo em Dworkin

Cardoso, Ana Marcia Nunes January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. Programa de Pós-Graduação em Direito. / Made available in DSpace on 2012-10-22T05:55:02Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Esta dissertação busca analisar a versão de liberalismo proposto por Ronald Dworkin, denominado Liberalismo Igualitário, fundado na concepção da integração e na ética igualitária, assim, estabelecendo uma releitura dos princípios liberais, tendo em vista que elege a igualdade como núcleo. Para tanto, o autor rechaça as correntes utilitaristas e positivistas, sustentando o direito como interpretação e integração. Desenvolve sua teoria por meio da interdisciplinaridade, pois o exame do autor vai além de uma teoria do direito, almeja constituir uma concepção de comunidade política inovadora, sendo que seu pensamento é estruturado pela correlação entre o modelo judicial e o modelo político.A nova visão em relação aos princípios liberais se afasta das concepções clássicas do liberalismo que elege o indivíduo como o único núcleo, pois Dworkin ressalta o papel da comunidade, principalmente como ponto primordial para a constituição das identidades dos sujeitos. Desta forma, para esclarecer a importância de uma vida comunal política e seus limites, a teoria do autor se delineia por um processo dinâmico de auto-reconhecimento dos cidadãos e da composição de objetivos comuns, capaz de produzir um vínculo ético baseado na igualdade, com o intuito de promover uma integração entre a comunidade e o indivíduo.
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Enfermagem domicilial em correspondência

Erdtmann, Bernadette Kreutz January 2002 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. / Made available in DSpace on 2012-10-19T21:36:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 189289.pdf: 610607 bytes, checksum: c35f7f8f681d3b48ce074e84e55b7ce8 (MD5) / Esta prática assistencial e investigativa centra sua preocupação em como oferecer um cuidado de enfermagem apoiado na razão sensível e congruente com a cultura do cliente e pessoas de seu convívio familiar no domicílio. Para tanto, foi construída, implementada e avaliada uma metodologia de registro, buscando na compreensão o significado que essas pessoas atribuem à enfermeira, saúde/doença e enfermagem domicilial, utilizando-se para isso o método da pesquisa convergente-assistencial de Trentini e Paim. Este estudo fundamentou-se na Teoria Transcultural da Dr.ª M. Leininger, na sociologia compreensiva do Dr. Michel Maffesoli e nos estudos das professoras/pesquisadoras Dr.ª Alacoque L. Erdmann e Dr.ª Rosane G.Nitschke. O Processo de Enfermagem foi aplicado e validado no transcorrer dos atendimentos de enfermagem no domicílio, com a participação ativa de todos os envolvidos, tendo a interligação das etapas acontecido num processo dinâmico, ativo e criativo com feedback constante. Segundo o marco conceitual adotado, a interligação dos elementos, em um sistema de ritmos e ações variáveis, relativizou-se através da inteiração do sistema profissional com o sistema popular de cuidado. O processo desenvolvido possibilita um novo modo de cuidar, que se desenhará no contexto, conforme a decisão da enfermeira e do cliente. O desafio está sobretudo na valorização das crenças, valores, práticas e hábitos, através de uma sensibilidade intuitiva, projetando-se para uma enfermagem em correspondência com todos os elementos constitutivos daquele mundo real.
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A teoria humeana da identidade pessoal

Grolli, Marlei January 2002 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-20T09:50:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 190975.pdf: 263567 bytes, checksum: ec5c94742667a5fc15359a61fdb6bdf1 (MD5) / O objetivo desta dissertação é investigar o tratamento dado por Hume ao problema da identidade pessoal. Ao negar a existência de um "eu" ou "substância mental" como responsável pela identidade pessoal, Hume tem que encontrar outra forma de explicar esta identidade. Ele espera dar tal explicação afirmando que sentimos uma conexão entre nossas percepções, no entanto, tal conexão não se deve às impressões mas à forma como as sentimos. Deste modo, não há uma conexão real entre as percepções para que possamos atribuir unidade à nossa mente; contudo, sentimos esta conexão. Logo, Hume investiga que faculdade da nossa mente poderia nos dar tal sensação. Sua conclusão é que nossa imaginação tem uma facilidade maior de relacionar idéias que são contíguas, semelhantes ou que estão causalmente conectadas. Estas três relações - de causalidade, semelhança e contigüidade - são assumidas por Hume como princípios capazes de juntar nossas idéias de forma a sentirmos uma conexão forte entre elas. Tais princípios são também denominados por Hume como "legisladores no mundo das
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Reflexão habermasiana sobre o papel da razão a partir da modernidade

Ribeiro, Claudenei Eugênio January 2003 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-20T15:13:59Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Análise da compreensão que Habermas tem sobre o papel da razão a partir da modernidade, aproveitando a recepção que ele faz da obra de Max Weber e de Theodor Adorno e Max Horkheimer. Demonstra como Habermas pretende substituir a razão instrumental estabelecida na modernidade pela razão comunicativa. Análise dos elementos da razão comunicativa. Proposição de elementos comunicativos presentes no âmbito da modernidade. Apresentação da razão comunicativa como um grande instrumento a serviço do interesse emancipatório do homem.

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