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Avaliação tomográfica da formação óssea após técnica Collares de gengivoperiosteoplastia em pacientes com fissura labiopalatinaTovo, Aline Hanke Stern January 2012 (has links)
literatura carece de parâmetros de avaliação do sucesso de neoformação óssea nas fissuras labiopalatinas submetidas ao procedimento de gengivoperiosteoplastia utilizando tomografia de feixe cônico. O objetivo deste estudo foi avaliar transversalmente uma coorte de 25 pacientes submetidos à Técnica Collares de gengivoperiosteoplastia primária, quanto ao desfecho de irrupção dentária funcional e formação óssea na região da fenda, na faixa etária de seis a onze anos. Foram incluídos neste estudo pacientes com fissura unilateral completa, não-sindrômicos, livres de comorbidades, com caninos permanentes ainda não-irrompidos, operados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Realizou-se um delineamento intragrupo de série temporal onde o próprio paciente serviu como seu controle no momento da avaliação dos efeitos do tratamento. Por meio de uma metodologia inovadora, utilizou-se um software capaz de reconstruir dois blocos tridimensionais – um do lado fissurado e outro do lado não-fissurado – o que possibilitou a comparação da quantidade de osso presente na área do defeito alveolar. Dos 25 pacientes submetidos à técnica, 24 obtiveram formação de ponte óssea. O lado fissurado apresentou 75,1% (67,9-82,3) do volume ósseo do lado não-fissurado, 70,5% (53,1-87,9) da altura do lado não-fissurado e 63,3% (44,1-82,5) da espessura do lado não-fissurado. Foi constatada uma formação óssea 17,28% menor nos pacientes com agenesia de incisivo lateral permanente. Conclui-se que a Técnica Collares de gengivoperiosteoplastia apresenta um bom desempenho quanto à reabilitação óssea alveolar, permitindo a irrupção espontânea dos incisivos laterais decíduos e permanentes na ponte óssea formada.
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THAAS informatizado em crianças de sete anos com fissura labiopalatina: estudo comparativo / SAAAT Computerized in seven-years-old children with cleft lip and palate: comparative studyKarina Krähembühl Salvador 29 June 2011 (has links)
As fissuras labiopalatinas congênitas são malformações faciais que ocorrem durante o período fetal e embrionário. A otite média com efusão (OME) é amplamente citada na literatura como de grande ocorrência na população com e sem esta anomalia craniofacial. Repetidos episódios de OME, que ocasionam períodos de perda auditiva e consequente privação sensorial, podem afetar várias funções cognitivas, dentre elas, a atenção. O Teste de Habilidade de Atenção Auditiva Sustentada Informatizado (THAAS-I) é um método de informação objetivo para descrever o comportamento de atenção auditiva em crianças. É uma tarefa de vigilância auditiva para medir a atenção da criança, indicada pelas respostas corretas para as pistas linguísticas específicas e para medir a atenção sustentada, indicada pela habilidade da criança em manter a atenção e a concentração na tarefa por um período de tempo prolongado. Objetivou-se verificar e comparar o desempenho de crianças de sete anos com e sem fissura labiopalatina no THAAS I. O grupo com fissura (GF) é constituído de 21 pacientes com fissura labiopalatina e o grupo controle (GC), de 22 escolares sem esta malformação. Os pacientes estavam na faixa etária de sete anos, possuíam audição dentro dos padrões de normalidade, ausência de dificuldade para compreender o teste, ausência de queixa e/ou afecção das vias aéreas superiores e inexistência de histórico de queixa de desatenção. O THAAS-I foi aplicado em cabina acústica apresentando de forma diótica, uma lista de 100 palavras monossilábicas, incluindo 20 ocorrências da palavra alvo \"não\", apresentadas seis vezes sem interrupção. A criança deveria pressionar o botão esquerdo do mouse (clicar) toda vez que ouvisse a palavra não. Foi considerado como erro de desatenção quando a criança não pressionou o botão do mouse em resposta à palavra alvo e como erro de impulsividade quando a criança pressionou o botão do mouse para outra palavra ao invés da palavra não. A soma do número de erros de desatenção e impulsividade resulta na pontuação total. O decréscimo de vigilância é obtido pela diferença entre o número de respostas corretas para a palavra não na 1ª e na 6ª apresentação. Como resultados, foram encontradas as médias de 60,2 e 51,8 de erros de desatenção para os grupos GF e GC respectivamente, assim como médias de 55,5 e 46,3 para erros de impulsividade, 115,7 e 97,9 para a pontuação total e médias de 3,9 e 4,0 para o decréscimo de vigilância desses grupos, de forma respectiva. Houve correlação forte e estatisticamente significante para os parâmetros desatenção/impulsividade, desatenção/pontuação total e impulsividade/pontuação total, para ambos os grupos. Foi encontrada correlação fraca e sem diferença estatisticamente significante para os parâmetros desatenção/decréscimo de vigilância, impulsividade/decréscimo de vigilância e pontuação total/decréscimo de vigilância para os dois grupos. Concluiu-se que o grupo com fissura labiopalatina apresentou maior número de erros que o grupo controle em relação à desatenção, impulsividade e pontuação total, porém sem diferença estatisticamente significante entre eles. O desempenho quanto ao decréscimo de vigilância foi semelhante entre os dois grupos estudados. / Congenital cleft lip and palate are facial malformations that occur during embryonic and fetal period. Otitis media with effusion (OME) is widely cited in the literature as being frequent in this population with and without craniofacial anomalies. Repeated episodes of OME, which cause periods of hearing loss and consequent sensory deprivation, can affect various cognitive functions, among them the attention. The Test of Sustained Auditory Attention Ability Computerized (SAAAT-C) is an objective method of information for describing the behavior of auditory attention in children. It is an auditory vigilance task to measure the child\'s attention, given the correct answers to the specific linguistic cues and to measure sustained attention as shown by the child\'s ability to maintain attention and concentration on the task for an extended period of time. This study aimed to examine and compare the performance of children of seven years with or without cleft lip and palate in SAAAT - C. The group with cleft (GF) is composed of 21 patients with cleft lip and palate, and the control group (CG) of 22 students without this malformation. Patients were aged seven years, had hearing within normal limits, no difficulty understanding the test, abuse and / or upper airways disease and a history of complaints of inattention. The SAAAT-C was administered in a soundproof booth, presenting in diotic a list of 100 monosyllabic words, including 20 occurrences of the target word \"no\", presented six times without interruption. The child should press the left mouse button (click) every time they heard the word \"no. Was considered as an error of inattention when the child did not press the mouse button in response to the target word, and as impulsiveness error when the child pressed the button on the mouse to another word instead of the word \"no\". The total of the number of errors of inattention and impulsivity results in the total score. The decrease in vigilance is obtained by the difference between the number of correct answers to the word \"no\" on the 1st and 6th presentation. As results were found averages of 60.2 and 51.8 errors of inattention to the SG and CG groups, respectively, as averages of 55.5 and 46.3 for errors of impulsiveness, 115.7 and 97.9 for the total score and averages of 3.9 and 4.0 for the decrease of surveillance of these groups. There was a strong and statistically significant correlation to the parameters inattention-impulsivity, inattention-total score and impulsivity-total score for both groups. A correlation was found weak, and without a statistically significant difference for the parameters: inattention and decreased surveillance, impulsivity and decreased surveillance, and total score and decreased surveillance for both groups. It was concluded that the CLP group had a higher number of errors than the control group regarding the Inattention, Impulsivity, and Total Score, but without statistically significant difference between them. The performance as to the Vigilance Decrement was similar between the two studied groups.
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Pré-competências para a aprendizagem de leitura e escrita de crianças com fissura labiopalatina / Pre- skills for learning reading and writing skills of children with cleft lip and palate.Shaday Mastrangelo Prudenciatti Ikehara 19 June 2015 (has links)
Objetivo: Identificar as pré-competências para a aprendizagem da leitura e da escrita de crianças com fissura labiopalatina, caracterizando as funções perceptivas, do esquema corporal, da orientação espaço temporal, do desenvolvimento motor, da linguagem compreensiva e expressiva, e da consciência fonológica e comparar os desempenhos quanto aos tipos de fissura. Método: Participaram 120 crianças, ambos os sexos, de 05 e 06 anos, cursando o Jardim II e o 1º anos do ensino fundamental, compondo dois grupos: G1, como grupo alvo, formado por 60 crianças com fissura labiopalatina; e G2, como grupo controle, formado por 60 crianças. coleta de dados foram utilizados os instrumentos: Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, Bateria de Avaliação de Competências Iniciais para a Leitura e Escrita, Perfil de Habilidades Fonológicas, Boston Naming Test e as Figuras Complexas de Rey. Resultados: Quando comparados os desempenhos dos participantes do G1 segundo os tipos de fissura, não houve diferença estatística nas modalidades avaliadas. Porém, quando comparados os desempenhos do G1 e G2, verificou-se diferença estatística nas funções intelectuais (p=0,019), do esquema corporal (p=0,036) e dos domínios lexicais (p=0,036), indicando prejuízos nas habilidades cognitivas do grupo alvo. A análise do aproveitamento das atividades quanto às funções avaliadas, houve associação da BACLE com relação à pré-competência do esquema corporal e as Figuras Complexas de Rey, tanto na cópia (p=0,008) quanto na memória (p=0,036). Outra associação estatística constatada foi relacionada às Matrizes Progressivas Coloridas e Figuras Complexas de Rey, com relação à cópia (p=0,019). Discussão: A incidência dos déficits no G1 corroboraram dados da literatura. Participantes com fissura pré-forame tiveram desempenhos mais rebaixos, indicando diferencial fenotípico dessa população. A ausência de desempenhos por excelência no G2 foi sugestivo de interferências ambientais cujos alunos eram de região de baixo poder aquisitivo e cultural. Conclusão: O estudo concluiu que a amostra estratificada de participantes com fissura labiopalatina, comparada ao grupo sem a mesma condição, evidenciou déficits nas habilidades cognitivas e principalmente no domínio de competências necessárias à aquisição da leitura e escrita, indicativo de maior vulnerabilidade para as dificuldades na aprendizagem. / Objective: To identify the pre-skills for learning reading and writing of children with cleft lip and palate, featuring the perceptual functions of body schema, guidance between time and space, motor development, receptive and expressive language, phonological awareness and compare the performances with the kinds of fissure. Method:In the research, 120 children participated, from both genders, with 5 and 6 years, frequenting Garden II and the 1st year of primary school, composing two groups: G1, as a target group, consisting of 60 children with cleft lip and palate; and G2, as a control group, consisting of 60 children. In the data collection several instruments were used: Colored Progressive Matrices of Raven, Initial Skills Assessment Battery for Reading and Writing, Phonological Abilities Profile, Boston Naming Test and the ComplexRey Figures. Results: When comparing the performances of G1 participants according to kinds of fissure, there was no statistical difference in the assessed modalities. However, when compared the performances of G1 and G2, was founda significantstatistically difference in intellectual function (p = 0.019), body regimen (p = 0.036) and lexical areas (p = 0.036), indicating loss in cognitive abilities from the target group. The analysis of the use of activities as the assessed functions, there was an association of BACLE in relation with the pre-competence of the body schema and the Complex Rey Figures, both in copy (p = 0.008) and in memory (p = 0.036). Another significant statistical association was related to the Colored Progressive Matrices and Complex Rey Figures, encompassing the copy (p = 0.019). Discussion: The incidence of deficits in G1 corroborated literature data. Participants with pre-foramen fissure had more recesses of performance, indicatinga phenotypic populational difference. The absence of performance for excellence in G2 was suggestive of an environmental interference whose students were from regions of short acquisitive power and low cultural level. Conclusion: The study concluded that the stratified sample of participants with cleft lip and palate, compared to those without the same condition, showed deficits in cognitive abilities, mainly in the area of required skills for the acquisition of reading and writing, indicating greater vulnerability to difficulties in learning.
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Qualidade do sono de adultos jovens com fissura labiopalatina / Sleep quality assessment in young adults with repaired cleft lip and palateWalter da Silva Junior 01 October 2013 (has links)
Objetivo: Determinar a qualidade de sono de adultos jovens com fissura labiopalatina operada, aferida por meio de três modalidades de questionários validados na literatura, e sua correlação com as variáveis: sexo, índice de massa corpórea (IMC), circunferência abdominal (CA), circunferência cervical (CC), tipo de oclusão (classificação de Angle), cirurgia ortognática (CO), cirurgia nasal (CN), retalho faríngeo (RF) e tipo de fissura (TF). Método: Foram avaliados, prospectivamente, 90 pacientes, com fissura de palato±lábio reparada, com idade média de 24±3 anos (20 a 29), sendo 49 do sexo masculino e 41 do sexo feminino. Dados como raça, peso e altura (IMC), tipo de fissura e cirurgias realizadas (cirurgia nasal, ortognática e retalho faríngeo) foram coletados dos prontuários. Todos pacientes realizaram exame físico, com medidas de CA, CC e classificação de Angle. A qualidade do sono foi investigada pelos questionários: Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP), Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e Questionário de Berlin (QB). A associação entre as variáveis foi feita por meio do teste do qui-quadrado, sendo aceitos como significantes valores de p<0,05. Local de execução: Laboratório de Fisiologia e Setor de Prótese do HRAC/USP. Resultados: Com a aplicação dos questionários IQSP, ESE e QB observou-se que 62% dos pacientes estudados apresentaram qualidade do sono ruim, 26% apresentaram sonolência diurna excessiva e 33% apresentavam alto risco para síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). Observou-se correlação positiva entre alto risco para SAOS, avaliado pelo QB, e as variáveis IMC e RF. Para as demais, não se demonstrou correlação estatisticamente significante. Conclusão: Com base nos resultados obtidos, conclui-se que uma parcela importante dos indivíduos com fissura labiopalatina operada apresentam qualidade do sono ruim, sonolência diurna excessiva e alto risco para SAOS. Os questionários se mostraram instrumentos de fácil aplicação e permitiram obter um panorama geral da qualidade de sono na população estudada, a ser investigada em maior profundidade com o uso da polissonografia, o método padrão-ouro para o diagnóstico das desordens respiratórias do sono / Objectives: To investigate sleep quality in young adults with repaired cleft lip and palate, measured by three different types of validated questionnaires, and its correlation with gender, body mass index (BMI), waist circumference (WC), neck circumference (NC), type of occlusion (Angle classification), orthognathic surgery (OS), pharyngeal flap (PF), nasal surgery (NS) and cleft type (CT). Methods: Ninety patients were analyzed, aged 20-29 years, 49 male and 41 female. The assessment of sleep quality was performed by applying three questionnaires: Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Epworth Sleepiness Scale (ESS) and Berlin Questionnaire (BQ). Results were correlated with gender, BMI, WC, NC, previous OS, PF, NS, CT and type of occlusion (Angle classification). The association between variables was performed using the chi-square test and p<0.05 was considered significant. Setting: Laboratory of Physiology and Clinics of Oral Rehabilitation, HRAC/USP. Results: PSQI, ESS and BQ have shown that 62% of the patients analyzed exhibited poor sleep quality, 26% had excessive daytime sleepiness and 33% had high risk for obstructive sleep apnea (OAS). Statistical analysis showed a positive correlation between high risk for OAS and BMI and PF was observed. The other variables analyzed did not correlate with the results obtained in the questionnaires. Conclusion: Based on these results, it is possible to conclude that a significant number of young adults with repaired cleft palate presented poor sleep quality, excessive daytime sleepiness and high risk for OSA. Questionnaires are tools for easy application and allowed to get an overall view of the sleep quality of the cleft population, to be further investigated by using polysomnography, the gold-standard method for the diagnosis of sleep respiratory disorders
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Ressonância de fala e complicações cirúrgicas após palatoplastia primária com veloplastia intravelar em pacientes com fissura de lábio e palato / Speech resonance and surgical complications after primary palatoplasty with intravelar veloplasty in individuals with cleft lip and palate.Victor Zillo Bosi 14 July 2014 (has links)
Introdução: A correção cirúrgica primária do palato é de fundamental importância na reabilitação do indivíduo com fissura labiopalatina e visa tanto a restauração anatômica local, com o fechamento da comunicação existente entre a cavidade nasal e oral, como a restauração funcional do anel velofaríngeo por meio do reposicionamento dos músculos palatinos. Ao longo dos anos, as técnicas de fechamento de palato foram evoluindo progressivamente utilizando, cada vez mais, o procedimento de reposicionamento da musculatura responsável pelo fechamento do esfíncter velofaríngeo, denominado veloplastia intravelar. Tal procedimento favorece o funcionamento sinérgico da musculatura velar e faríngea evitando, assim, os sintomas decorrentes da insuficiência velofaríngea. No entanto, apesar de todos os esforços no sentido de conseguir o funcionamento velofaríngeo adequado, intercorrências intra-operatórias e complicações pós-operatórias imediatas e/ou tardias podem contribuir para o insucesso da palatoplastia primária e, consequentemente, levar ao aparecimento de hipernasalidade. Objetivos: Investigar o efeito da palatoplastia primária realizada com veloplastia intravelar sobre a ressonância da fala e o índice de intercorrências intra-operatórias e complicações pós-operatórias da cirurgia e, ainda, correlacionar as intercorrências e complicações pós-operatórias com os resultados de ressonância. Material e Métodos: Foram avaliados, prospectivamente, 60 pacientes com fissura labiopalatina, de ambos os sexos, submetidos à correção primária do palato aos 13 meses de idade, em média, por um único cirurgião plástico. Todos os pacientes foram submetidos à palatoplastia primária com veloplastia intravelar, utilizando amplo descolamento muscular da mucosa nasal e mínimo descolamento da mucosa oral e reposicionamento posterior do grupo muscular. Intercorrências intra-operatórias, tais como, sangramento excessivo, lasceração da mucosa, extubação e as complicações pós-operatórias imediatas e tardias, tais como febre, tosse, choro, vômito, infecção cirúrgica, infecção não cirúrgica e trauma local foram investigadas, por meio de anotações feitas no prontuário e pelo relato dos pais. A presença e localização de fístula ou deiscência do palato foi feita por meio de avaliação clínica realizada pelo mesmo cirurgião plástico, 14,8 meses, em média, após a cirurgia. Os pacientes foram submetidos, também, à gravação em áudio de amostra de fala, as quais foram analisadas por três fonoaudiólogas, que classificaram a hipernasalidade da fala em presente ou ausente. O escore final da hipernasalidade foi obtido pelo consenso entre as três avaliadoras. As intercorrências intra-operatórias e as complicações pós-operatórias foram analisadas de forma descritiva. A associação entre as intercorrências intra-operatórias e complicações imediatas e tardias com a formação de fístulas, bem como a associação entre a ocorrência de fístulas e deiscências com a presença e ausência de hipernasalidade foram analisadas por meio de Teste Exato de Fisher. Resultados: Verificou-se 5% de intercorrências intra-operatórias (sangramento excessivo e lasceração de mucosa), 20% de complicações imediatas (tosse, febre, choro, sangramento e vômito) e 13,3% de complicações tardias (tosse, sangramento e infecção não cirúrgica). O índice de ocorrência de fístulas foi de 16,67% e de deiscências foi de 5%. A proporção de hipernasalidade foi de 18,6%. Conclusão: A palatoplastia com veloplastia intravelar utilizada no presente estudo demonstrou ser uma técnica segura, de fácil execução, eficiente para a fala e com baixos índices de complicações. / Introduction: Primary surgical palate repair is fundamental for the rehabilitation of individuals with cleft lip and palate. This procedure aims at local anatomic restoration, closing the communication between nasal and oral cavities, but also at functional restoration of the velopharynx by repositioning of the palatal muscles. Along the years, the techniques for palate repair have been progressively improved, increasingly using the procedure for repositioning of velopharyngeal sphincter muscles, called intravelar veloplasty. This procedure favors the synergic functioning of the velar and pharyngeal musculature, thus avoiding the symptoms of velopharyngeal insufficiency. However, despite all efforts to achieve an adequate velopharyngeal closure, intraoperative events and immediate and/or late postoperative complications may contribute to the failure of primary palatoplasty, consequently leading to the occurrence of hypernasality. Objectives: To investigate the effect of primary palatoplasty with intravelar veloplasty on the speech resonance, the rate of intraoperative events and postoperative complications of surgery, as well as to correlate the events and postoperative complications with resonance outcomes. Material and Methods: A total of 60 individuals with cleft lip and palate were prospectively evaluated, of both genders, underwent primary palate repair at 13 months of age in the average, by a single plastic surgeon. All individuals were submitted to primary palatoplasty with intravelar veloplasty, with wide muscular dissection of the nasal mucosa, minimum dissection of the oral mucosa and posterior muscle repositioning. Intraoperative events, such as excessive bleeding, mucosal laceration and extubation; and immediate and late postoperative complications, including fever, cough, crying, vomiting, surgical infection, non-surgical infection and local trauma were assessed from the patients records and parents reports. The presence and location of palatal fistula or dehiscence were clinically analyzed by the same plastic surgeon, at 14.8 months after surgery in the average. The individuals were also submitted to audio recording of speech samples, which were analyzed by three speech-language pathologists who scored the speech hypernasality as present or absent. The final score of hypernasality was obtained by consensus among the three examiners. The intraoperative events and postoperative complications were descriptively analyzed. The Fishers exact test was applied to investigate the association between intraoperative events, immediate and late complications and the occurrence of fistulas, as well as between the occurrence of fistulas and dehiscences and the presence or absence of hypernasality. Results: The findings revealed 5% of intraoperative events (excessive bleeding and mucosal laceration), 20% of immediate complications (cough, fever, crying, bleeding and vomiting) and 13.3% of late complications (cough, bleeding and non-surgical infection). The occurrence of fistulas was 16.67%, and dehiscences were observed in 5%. The proportion of hypernasality was 18.6%. Conclusion: Palatoplasty with intravelar veloplasty used in the present study presented to be a safe technique, with easy accomplishment, effective for speech and with low rates of complications.
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Influência do treinamento dos avaliadores no julgamento perceptivo da hipernasalidade / Influence of examiner training on the perceptual assessment of hypernasalityAdriana Cristina de Almeida Santos Furlan de Oliveira 18 July 2014 (has links)
Introdução: Um alto índice de concordância no julgamento perceptivo da hipernasalidade entre diferentes avaliadores é difícil de ser alcançado, devido à subjetividade deste tipo de avaliação. O treinamento prévio dos avaliadores e a padronização dos critérios de análise pode ser uma estratégia efetiva para minimizar o efeito da subjetividade do julgamento perceptivo e aumentar a concordância entre os avaliadores. Objetivo: Investigar a influência do treinamento prévio sobre a concordância entre diferentes avaliadores no julgamento perceptivo da hipernasalidade. Material e Método: Três fonoaudiólogas experientes analisaram, individualmente, em duas etapas, 77 amostras de fala gravadas em áudio, de indivíduos com fissura de palato reparada. Na primeira etapa, as avaliadoras classificaram a hipernasalidade utilizando seus próprios critérios, em uma escala de 4 pontos: 1=ausência de hipernasalidade, 2=hipernasalidade leve, 3=moderada e 4=grave. Setenta dias após, estas avaliadoras foram submetidas a um treinamento, onde foram definidas, por consenso, as amostras de fala representativas das 4 categorias da escala, as quais foram utilizadas como modelos de referência para o julgamento da hipernasalidade na etapa seguinte. Na segunda etapa, as avaliadoras, individualmente, analisaram as mesmas amostras e julgaram a hipernasalidade em escala de 4 pontos, utilizando como critério de classificação as referências definidas no treinamento. Foram estabelecidos os índices de concordância inter e intra-avaliadores nas duas etapas utilizando-se o Coeficiente Kappa. Estes índices foram comparados estatisticamente por meio do teste Z. Resultados: Verificou-se que o coeficiente de concordância quanto ao grau de hipernasalidade obtido antes do treinamento entre as três avaliadoras foi de 0,37 (regular) e após o treinamento foi de 0,54 (moderado). A análise estatística mostrou que o índice de concordância após o treinamento foi significantemente maior do que o obtido antes do treinamento (p=0,044). A análise dos índices de concordância intra-avaliadores entre as duas etapas do estudo mostrou que, para a avaliadora 1 o índice aumentou de 0,38 (regular) para 0,61 (substancial); para a avaliadora 2, aumentou de 0,39 (regular) para 0,92 (quase perfeita) e, para a avaliadora 3, reduziu de 0,76 (substancial) para 0,50 (moderada). Diferença estatisticamente significante foi encontrada somente para a avaliadora 2 (p=0,004). Conclusão: O treinamento das avaliadoras e a definição de critérios para a classificação da hipernasalidade levaram ao aumento do índice de concordância inter e intra-avaliadores. Esses resultados reforçam a importância de se estabelecer critérios padronizados a fim de minimizar a influência de padrões internos individuais no julgamento perceptivo da fala. / Introduction: A high rate of agreement in the perceptual assessment of hypernasality is hardly achieved among different examiners, due to the subjectivity of this type of analysis. Previous training of examiners and the establishment of analysis criteria may be an effective strategy to minimize the effect of subjectivity on the perceptual assessment and increase the agreement among examiners. Objective: To investigate the influence of previous training on the agreement among different examiners in the perceptual assessment of hypernasality. Material and method: Three experienced speech therapists individually analyzed 77 audio-recorded speech samples of individuals with repaired cleft palate, in two stages. In the first stage, the examiners classified hypernasality according to their own criteria in a 4-point scale: 1=absence of hypernasality, 2=mild hypernasality, 3=moderate and 4=severe. After 70 days, the examiners were submitted to training, in which speech samples representing the four categories in the scale were defined by consensus, and were used as reference models for the assessment of hypernasality in the following stage. On the second stage, the examiners individually analyzed the same samples and classified hypernasality in a 4-point scale, using as criteria the references defined during training. The inter- and intraexaminer agreements in the two stages were calculated by the Kappa coefficient. These values were statistically compared by the Z test. Results: The agreement concerning the degree of hypernasality achieved among the three examiners was 0.37 (regular) before training and 0.54 (moderate) after training. Statistical analysis revealed that the agreement after training was significantly higher than the agreement achieved before training (p=0.044). Analysis of intraexaminer agreement between the two stages revealed that, for examiner 1, the agreement was increased from 0.38 (regular) to 0.61 (substantial); for examiner 2, it was increased from 0.39 (regular) to 0.92 (almost perfect), and for examiner 3, it was reduced from 0.76 (substantial) to 0.50 (moderate). Statistically significant difference was only observed for examiner 2 (p=0.004). Conclusion: Examiner training and the definition of criteria for classification of hypernasality increased the inter- and intraexaminer agreement. These outcomes reinforce the need to establish standardized criteria to minimize the influence of individual internal standards on the perceptual assessment of speech.
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Força de mordida em crianças com fissura labiopalatina unilateral e bilateral reparada / Bite force of children with repaired unilateral and bilateral cleft lip and palateMichele Alves Garcia 08 December 2015 (has links)
Objetivo: Avaliar a força de mordida (FM) em crianças com fissura labiopalatina (FLP) reparada. Material e Métodos: Cento e cinquenta crianças, com idade entre 6-12 anos, com e sem FLP, foram divididos em 5 grupos: 1) grupo controle (CON) : 34 crianças sem FLP; 2) grupo com fissura pré-forame incisivo (FPré): 31 crianças com fissura envolvendo o pré-maxila; 3) grupo FLP transforame incisivo unilateral (FTU): 36 crianças com FLP transforame incisivo unilateral completa; 4) grupo FLP transforame incisivo bilateral (FTB): 32 crianças com FLP transforame incisivo bilateral completa; e 5) grupo fissura pós-forame incisivo (FPós): 17 crianças com fissura pós-forame incisivo completa. A FM, expressa em Kgf, foi avaliada por meio de gnatodinamômetro (IDDK, Kratos, Cotia, SP, Brasil). Foram feitas 3 medidas consecutivas, com um intervalo de 1 minuto entre elas, para evitar a fadiga do voluntário. A medida mais elevada foi considerada para análise. Para os grupos CON, FTB, FPré e FPós, a FM foi obtida na região anterior e posterior da maxila. Para o grupo FTU, FM foi avaliada nas regiões anterior e posterior de ambos os segmentos, a fim de se distinguir os valores de FM em regiões diferentemente afetadas pela presença da fissura. As diferenças entre os grupos foram avaliadas através do teste ANOVA de medidas repetidas. O teste de Tukey foi utilizado para aferir correlação entre as variáveis. Para a correlação entre FM e idade, foi utilizado o teste de Correlação de Pearson. Em todos os casos, foram considerados significativos valores de p<0.05. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas entre a FM posterior do grupo CON (30,7±9,2) e dos grupos FPré (35,3±11,6), FTU (lado fissurado: 26,5±10,7 e lado não-fissurado: 29,6±10,0), FTB (25,6±5,9) e FPós (29,1±12,0). Entretanto, valores de FM significantemente maiores foram observados no grupo FPré, quando comparado a FTU e FTB. Não foram observadas diferenças significantes entre o lado fissurado e não fissurado do grupo FTU. Finalmente, em todos os grupos, os valores de FM da região anterior da maxila foram menores, quando comparados à região posterior. Conclusão: Neste trabalho os valores de FM em crianças com FLP foram equivalentes àqueles encontrados em crianças sem essa anomalia. / Objective: To assess the bite force (BF) of children with repaired cleft lip and palate (CLP) Design: One hundred and fifty children, aged 6-12 years, with and without CLP, were divided into the following 5 groups: 1) control group (CON): 34 children without CLP; 2) cleft lip group (CL): 31 children with cleft lip involving the pre-maxilla; 3) unilateral CLP group (UCLP): 36 children with complete unilateral CLP; 4) bilateral CLP group (BCLP): 32 children with complete bilateral CLP; and 5) cleft palate group (CP): 17 children with complete cleft palate. BF, expressed in Kgf, was assessed with a gnathodynamometer (IDDK, Kratos, Cotia, SP, Brazil), before alveolar bone grafting. For CON, BCLP, CL and CP groups, BF was obtained in the anterior and posterior region of the maxilla. For the UCLP group, BF was assessed in the anterior and posterior regions of both segments. Differences among groups were evaluated by ANOVA test, and Tukeys test was used to assess any correlations among variables. Correlation between BF and age were assessed using Pearson Product-Moment Correlation. In all cases, values of p < 0.05 were considered for analysis. Results: Contrary to what was expected, no differences of posterior BF were observed among CON group (30.7 ± 9.2) and CL (35.3 ± 11.6), UCLP (cleft side: 26.5 ± 10, 7 and noncleft side: 29.6 ± 10.0), BCLP (25.6 ± 5.9) and CP (29.1 ± 12.0) groups. However, a stronger BF was observed in the CL group when compared to the UCLP and BCLP groups. Next, no differences were observed between the cleft side and the noncleft side in the UCLP group. Lastly, in all groups, BFs from the anterior region of the maxilla were less when compared to the posterior regions. Conclusion: The BF of children with CLP is no different from children without CLP.
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Riscos de recorrência em famílias com fissura labiopalatina não sindrômica / Recurrence risks in families with nonsyndromic cleft lip and palateDaniela Vera Cruz dos Santos 13 April 2012 (has links)
Objetivos: determinar o número de indivíduos com fissura labiopalatina não sindrômica (FLPNS) no núcleo familiar; determinar a presença de consanguinidade parental na presente casuística; descrever as eventuais anomalias menores observadas na amostra; e, estimar os riscos de recorrência familial para probando/filhos, nos diferentes grupos de fissura labiopalatina. Metodologia: O estudo retrospectivo e prospectivo constituiu uma amostra de 841 indivíduos, cadastrados no HRAC/USP. Os critérios mínimos para a inclusão foram: presença de FLPNS e existência de filhos (exceto os adotados) dos probandos. A amostra foi dividida em dois grupos, Grupo I: probandos com fissura de lábio com ou sem fissura de palato (FL+/-FP) e Grupo II: probandos com fissura de palato (FP). Resultados: Do total de 841 indivíduos, 660 (237M e 423F) constituíram o Grupo I e 181 (41M e 140F), o Grupo II. Consanguinidade parental foi observada em 2,2% dos indivíduos do Grupo I e, 0,6% do Grupo II. No Grupo I, 12,3% dos indivíduos apresentaram até duas anomalias menores e, no Grupo II, 21,0%; sendo hipoplasia de face média a anomalia menor mais frequente, em ambos os grupos. A frequência de recorrência familial (pai, mãe, irmãos do propósito), no Grupo I, foi de 14,0%, enquanto que, no Grupo II, de 11,0%. Já, em relação ao cálculo dos riscos de recorrência, determinou-se risco de 5,3% IC (Intervalo de confiança) a 95% (4,2% - 6,7%) para propósito(a)/filho(a) e de 4,3% IC 95% (2,6% - 6,8%) para o Grupo I e II, respectivamente, considerando-se risco para um casal com um dos progenitores afetados, independente do gênero do probando para o primeiro filho(a) afetado(a). Por outro lado, considerando-se o gênero dos probandos, no Grupo I, obteve-se risco de recorrência de 2,7% IC 95% (1,6% - 4,0%) para filho(a) de probando feminino e risco de recorrência de 6,2% com IC 95% (4,3% - 8,7%) para filho(a) de probando masculino e, no Grupo II observou-se risco de recorrência de 4,5% IC 95% (2,4% - 7,4%) para o primeiro filho(a) afetado(a) de probando feminino e risco de 3,9% com IC 95% (1,0% - 9,7%) para o primeiro filho(a) afetado(a) de probando masculino. Conclusões: O presente estudo mostrou que o valor do risco de recorrência encontrado no grupo de indivíduos com FL+/-FP foi similar ao do grupo com FP, sem identificação do gênero; o risco de recorrência probando/filho, no Grupo I, foi duas vezes maior para os probandos do gênero masculino do que para o feminino e, no Grupo II, os riscos de recorrência foram similares para probandos de ambos os gêneros. / Purposes: to determine the number of individuals with nonsyndromic cleft lip and palate (NSCLP) within the familial nucleus; to determine the presence of parental consanguinity in the sample; to describe the possible minor anomalies observed in the sample; and to estimate the recurrence risks for the proband\'s children in the different groups of cleft lip and palate. Methods: The retrospective and prospective study was based on a sample of 841 individuals, registered at the Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo (HRAC/USP). The minimum criteria used for inclusion were: presence of NSCLP and the existence of biological children of the proband\'s. The sample was divided into two groups, Group I: proband\'s with cleft lip with or without cleft palate (CL+/-CP) and Group II: proband\'s with cleft palate (CP). Results: From the total of 841 individuals, 660 (237M and 423F) constituted Group I and 181 (41M and 140F), Group II. Parental consanguinity was observed in 2.2% of the individuals in Group I and in 0.6% in Group II. In Group I 12.3% of the individuals presented up to two minor anomalies and in Group II 21.0%; mid-face hypoplasia was the most frequent minor anomaly observed in both groups. The frequency of familial cases in Group I was 14.0%, while in Group II it was 11%. By estimation of the recurrence risk, a risk of 5.3% SR (statistical reliability) 95% (4.2% - 6.7%) and of 4.3% SR 95% (2.6% - 6.8%) was determined for the proband\'s child in Group I and II respectively, with one affected parent, independent of the proband\'s gender. On the other hand, considering the proband\'s gender, in Group I a recurrence risk of 2.7% SR 95% (1.6% - 4.0%) was obtained for the child of a female proband and a recurrence risk of 6,2% SR 95% (4.3% - 8.7%) for the child of a male probando. In Group II a recurrence risk of 4.5% SR 95% (2.4% - 7.4%) was observed for a female proband and a risk of 3.9% SR 95% (1.1% - 9.7%) for a male proband. Conclusion: The present study showed that the recurrence risk in the CL+/-CP group was similar when compared to the group with CP, without taking into account the gender of the proband; the recurrence risk, in Group I was twice as high a male proband as for a female proband, while in Group II the recurrence risk was similar for the proband\'s of either gender.
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Fissura de palato isolada não sindrômica: estudo do fenótipo, recorrência familial e histórico gestacional / Nonsyndromic isolated cleft palate: a study of its phenotype, familial recurrence and gestational historyThais Francini Garbieri 01 March 2016 (has links)
A fissura labiopalatina (FL/P) é uma das malformações craniofaciais mais comuns em humanos, com variação epidemiológica nas diferentes populações. Possui diferentes apresentações clínicas, divergindo de acordo com a extensão e estruturas acometidas, podendo acometer somente o lábio ou lábio e palato em conjunto, uni ou bilateralmente, de maneira completa ou incompleta ou apenas o palato (FP) tanto completa como incompletamente. Podem fazer parte de um quadro sindrômico, recebendo a denominação de FL/P sindrômica ou acontecer como um fenótipo isolado, sendo chamada de FL/P isolada ou não sindrômica. Em relação a etiologia da FL/P não sindrômica, a literatura afirma ser multifatorial com a predisposição genética associada a fatores ambientais. Apesar de se apresentarem frequentemente associadas, a FL/P e FP não sindrômicas são consideradas etiologicamente e embriologicamente distintas. Objetivo: Aprofundar e ampliar o conhecimento das FP isoladas não sindrômicas, descrevendo o fenótipo principal (FP isolada) e seus subfenótipos clínicos, investigando o fator genético relacionado à recorrência por meio do histórico familial e buscando elucidar possível fatores ambientais envolvidos por meio do histórico gestacional. Material e métodos: Foram coletados dados de 165 prontuários médicos de pacientes com FP isolada não sindrômica matriculados no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP). Para a coleta desses dados foram analisados segmentos do prontuário referentes a atendimentos realizados no HRACUSP em diferentes setores. Resultados: Em 165 pacientes estudados, o sexo feminino foi o mais acometido com 106 casos (64,24%) encontrados. O tipo de FP predominante foi a incompleta correspondendo a 88,48% da amostra total, sendo dentre elas a fissura de palato duro parcial a mais prevalente. Em cinco casos não foi possível realizar a classificação nos grupos referentes ao tipo de fissura adotados, sendo necessária a criação de um grupo de classificação adicional. Recorrência familial positiva foi relatada em 28,47% de 144 casos em que havia informação, e na maioria das vezes havia apenas 1 outro familiar acometido. A média da idade das mães e dos pais no momento da concepção foi de 26,9 e 31,4 anos, respectivamente. A porcentagem de abortos anteriores foi de 11,95% dos 92 casos informados e a consanguinidade foi de 3,29% dos 91 casos informados. A intercorrência mais frequentemente relatada (25 em 154 casos informados) foi o uso de medicamentos, tais como, antibióticos, anti-hipertensivos e medicamentos que auxiliam na prevenção do parto prematuro. Conclusão: O fenótipo FP isolada possui variações quanto à extensão de cometimento, sendo que as fissuras incompletas foram as mais frequentes e o sexo feminino predominantemente acometido. Em relação ao histórico familial e gestacional os dados que mais chamaram atenção estão relacionados ao percentual de recorrência familial (28,47%) e o uso de medicação durante a gestação. / Cleft lip and palate (CL/P) is one of the most common craniofacial malformations in humans, with epidemiological variation in different populations. It has different clinical presentations that diverge according to the extension and affected structures, and may either affect the lip or lip and palate together, unilaterally or bilaterally, in a complete or incomplete way or just affect the palate (CP) completely or incompletely. CL/P can either be related to a syndrome, classified as syndromic CL/P or unrelated to a syndrome, occurring as an isolated phenotype, designated as isolated or nonsyndromic CL/P. Regarding the etiology of nonsyndromic CL/P, research indicates multifactorial causes with a genetic predisposition associated with environmental factors. Although it is often present in association, nonsyndromic CL/P and CP are considered embryologically and etiologically distinct. Objective: To deepen and broaden the knowledge of individual nonsyndromic CP, describing the main phenotype (isolated CP) and its clinical subphenotypes, investigating the genetic factors related to recurrence through family history and to elucidate possible environmental factors involving gestational history. Material and Methods: Data were collected from 165 medical patients records with isolated nonsyndromic CP enrolled at the Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP). For data collection, segments of the records pertaining to care provided by HRAC-USP in different sectors were analyzed. Results: In the 165 patients studied, females were the most affected with 106 cases (64.24%) found. The predominant type of CP was incomplete corresponding to 88.48% of the total sample, and among these incomplete CP, the clefts involving partial hard palate were the most prevalent. In five cases it was impossible to classify the type of cleft, and the creation of an additional classification group was required. Positive familial recurrence was reported in 28.47% of 144 cases where information was available and in most cases there was only one other affected family member. The average age of mothers and fathers at conception was 26.9 and 31.4 years respectively. The percentage of previous miscarriages was 11.95% of the 92 reported cases and consanguineous marriage was found in 3.29% of the 91 reported cases. The most frequently reported complication (25 in 154 reported cases) was the use of drugs such as antibiotics, antihypertensives drugs, and drugs used to prevent premature birth. Conclusion: The phenotype Isolated CP presents variations in the extent of involvement, and incomplete clefts were the most frequent, with females predominantly affected. Regarding family history and gestational data what calls more attention were the percentage of familial recurrence (28.47%) and the use of medication during pregnancy.
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Perfil espectrográfico da hipernasalidade de fala de mulheres portadoras de fissura palatina / Spectrographic profile of the speech hipernasality cleft palate womenVieira, Jussara Melo 29 January 2004 (has links)
A hipernasalidade de fala é um distúrbio da ressonância nasal, freqüentemente encontrada em portadores de fissura palatina com disfunção velofaríngea. Constitui-se de uma nasalidade imprópria e excessiva dos sons exclusivamente orais, que pode ser analisada pela espectrografia, que decompõe o sinal de fala em três dimensões de análise: freqüência, tempo e intensidade, gerando um gráfico, o espectrograma. Assim, o objetivo do presente estudo é investigar as características espectrográficas da hipernasalidade de fala de mulheres portadoras de fissura palatina e comparar os achados com os resultados da nasometria e da avaliação perceptivo -auditiva de suas emissões de fala. Contou-se com a colaboração de 30 mulheres sem comprometimentos de fala e do trato vocal, 5 portadoras de fissura palatina não operada e 21 portadoras de fissura palatina operada, na faixa etária de 18 a 40 anos de idade. Emitiram as vogais [a] e nasal sustentadas, separadamente e dentro de uma frase-veículo diante do nasômetro e de um gravador digital. Estas amostras de fala foram avaliadas perceptivo-auditivamente, determinadas suas nasalâncias e características formânticas. Foram encontradas as seguintes características espectrográficas: inserção de formantes nasais e antiformantes dentre os formantes orais nas emissões nasalizadas/hipernasalizadas. Não houve correspondência direta desses achados com a nasometria nem com a avaliação perceptivo- auditiva e nem destas entre si / Speech hypernasality is a nasal resonances disorder, come across often in cleft palate persons with velopharingeal disfuction. It is an inappropriate and excessive nasality just oral sounds, that can be analyzed for spectrograph (decompose speech signal in three dimensions: frequency, time and intensity, generating the spectrogram). Hence, this dissertation has the objective of investigating speech hipernasality spectrographic cues of the cleft palate women and to compare the findings with the nasometry results and auditory perceptual evaluation of the speech issues. Thirty women without speech and of the vocal tract problems, 5 cleft palate women no operated and 21 operated (18 to 40 years old) issues [a] and nasal, isolated and within of the carrier phrase in front of the nasometer and digital record. After auditory perceptual evaluation, nasalances and formants cues it was possible to verify nasal formants and antiformants among oral formants in the nasalized/hipernasalyzed issues and don´t have correspondency this findings with the nasometry neither with the auditory perceptual evaluation neither themselves
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