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Construções imaginárias e memória discursiva de imigrantes alemães no Rio Grande do Sul

Gaelzer, Vejane January 2012 (has links)
Cette thèse, bénéficie de l'appui théorique de l'analyse du discours, dite « française », de Michel Pêcheux et a pour objectif d’enquêter sur les relations de contradiction dans la construction de l’imaginaire de l’être brésilien et dans l’effacement de l’identité des immigrants allemands, et ce, entre les discours et les pratiques politiques du Gouvernement Vargas et les discours des immigrants allemands et leurs descendants sur la manière dont cette politique a été implantée. Pour cela, notre corpus discoursif est particulièrement composé d'entrevues effectuées avec des immigrants et des enfants d’immigrants allemands, sujets qui sont arrivés au Brésil vers la fin du XIXe siècle et le début du XXe siècle. Ainsi, nous cherchons à analyser les relations de contradiction qui entre en jeux entre les discours et les pratiques du gouvernement de l’État Nouveau sur les questions de la nationalité et, en même temps, les discours des immigrants et leurs descendants, à partir de la mémoire discoursive, à travers laquelle émerge la reconnaissance au groupe «d’allemandsbrésiliens » et l’interdiction du sujet par la langue. En premier, nous discutons de la conception d’identité et de sa relation avec la langue dans la constitution des éléments d’identification des sujets immigrants allemands à partir des savoirs qui les interpellent, qui sont les savoirs de la Formation Discoursive des Immigrants Allemands. Dans la deuxième partie du travail, nous montrons que la langue est l’élément symbolique d’identification et de liaison entre les immigrants et leurs ancêtres, et à travers elle, que le gouvernement «varguista» cherche à introduire la construction imaginaire de l’être brésilien. Si, d’un côté la langue nationale est une attestation juridique de l’être brésilien conforme au projet de nationalisation du gouvernement Vargas, d’un autre côté, elle montre l’oubli de la langue maternelle des immigrants. Donc, l’interdiction officielle au cours de l’État Nouveau apporte des conséquences à la vie des immigrants et intervient directement sur leurs pratiques sociales quotidiennes. Cette interdiction résonne encore à la mémoire sociale de ce groupe. En ce sens, la troisième partie de notre recherche montre que malgré l’effort et l’implémentation juridique de l’État à rechercher une homogénéisation culturelle, fondée sur une seule langue pour plusieurs peuples sur le sol brésilien, la langue maternelle des immigrants a survécu à sa prohibition et elle continue vivante dans les pratiques sociales dans l’espace privé de quelques communautés rurales de l’état du Rio Grande do Sul. Le mélange du dialecte allemand avec la langue portugaise est la langue typique de ces communautes: La Sprachmischung. Alors, la survie du dialecte allemand nous montre que, même après près de deux siècles, depuis le début de l’immigration allemande et la tentative des pratiques politiques du gouvernement «varguista» d’effacer ce sentiment de faire partie du peuple allemand, certains enfants d’immigrants de la troisième ou quatrième génération s’identifient comme sujets allemands et brésiliens. De ce point de vue, quand nous travaillons sur des questions pertinentes sur l’imaginaire de l’identité des immigrants et des descendants allemands et de la manière dont ils se reconnaissent, nous avons bien observé leurs relations avec la langue allemande, leur histoire et leur mémoire. C’est alors, nous devons rappeler que ces relations impliquent de mobiliser une série de questions politiques, de positions idéologiques, d’exclusion sociale et d’objets symboliques engagés, cet surtout implique de donner de la voix aux discours des immigrants. / Esta tese, filiada à Análise do Discurso de linha francesa, fundada por Michel Pêcheux, tem como foco investigar as relações de contradição postuladas na construção do imaginário de brasilidade e no apagamento da identidade dos imigrantes alemães, entre os discursos e as práticas políticas do Governo Vargas e os discursos dos imigrantes alemães e seus descendentes sobre como essa política foi implantada. Para isso, nosso corpus discursivo compõe-se, especificamente, de entrevistas realizadas com imigrantes e filhos de imigrantes alemães, sujeitos que chegaram ao Brasil por volta do final do século XIX e início do século XX. Desta forma, buscamos analisar as relações de contradição que entram em jogo entre os discursos e as práticas do governo do Estado Novo sobre as questões de nacionalidade e, ao mesmo tempo, os discursos de imigrantes e seus descendentes, envolvendo a memória discursiva, pela qual emerge o reconhecimento ao grupo de alemães-brasileiros e a interdição do sujeito pela língua. No primeiro momento, discutimos a concepção de identidade e sua relação com a língua na constituição dos elementos de identificação dos sujeitos imigrantes a partir dos saberes que os interpelam, os saberes da Formação Discursiva de Imigrantes Alemães. Na segunda parte do trabalho, mostramos que a língua é o elemento simbólico de identificação e o elo dos imigrantes com seus antepassados e é por meio dela que o governo varguista procura instituir a construção imaginária de brasilidade. Se por um lado, a língua nacional é um atestado jurídico de brasilidade, conforme o projeto de nacionalização do governo varguista, por outro lado, ela traz a injunção ao esquecimento da língua materna dos imigrantes. Portanto, a interdição oficial durante o Estado Novo traz consequências para a vida dos imigrantes e interfere diretamente nas suas práticas sociais diárias e essa interdição ainda hoje ecoa na memória social desse grupo. Neste sentido, na terceira parte da nossa pesquisa, mostramos que apesar do esforço e da implementação jurídica do Estado terem buscado uma homogeneização cultural, baseada em uma única língua para os vários povos em solo brasileiro, a língua materna dos imigrantes sobreviveu à proibição e continua viva nas práticas sociais no espaço privado familiar, em algumas comunidades do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma língua típica dessas comunidades, a mistura do dialeto alemão com a língua Portuguesa: a Sprachmischung. Essa sobrevivência nos mostra que, mesmo depois de quase dois séculos desde o início da imigração alemã e a tentativa das práticas políticas do governo varguista de apagar esse sentimento de pertencimento, permanece a construção imaginária de alguns filhos de imigrantes de terceira e/ou quarta geração de se identificarem como sujeitos alemães-brasileiros. Neste viés, ao trabalharmos com questões pertinentes ao imaginário de identidade dos imigrantes e descendentes alemães e o modo como eles se reconhecem, temos observado a sua relação com a língua Alemã, sua história e sua memória, lembrando que isso também implica mobilizar uma série de questões políticas, posições ideológicas, exclusão social e objetos simbólicos envolvidos e, principalmente, implica dar voz aos discursos dos imigrantes.
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Quando o passado se faz presente: os desafios da gestão social no programa nacional de agricultura familiar

Melo, William dos Santos January 2012 (has links)
Submitted by Maria Almeida (maria.socorro@fgv.br) on 2016-02-12T16:25:08Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao_Quandopassado.pdf: 1088193 bytes, checksum: b3fb1323dd0cfe1dde20c707bb9ecd68 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Almeida (maria.socorro@fgv.br) on 2016-02-12T16:26:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao_Quandopassado.pdf: 1088193 bytes, checksum: b3fb1323dd0cfe1dde20c707bb9ecd68 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Almeida (maria.socorro@fgv.br) on 2016-02-12T16:26:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao_Quandopassado.pdf: 1088193 bytes, checksum: b3fb1323dd0cfe1dde20c707bb9ecd68 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-12T16:27:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao_Quandopassado.pdf: 1088193 bytes, checksum: b3fb1323dd0cfe1dde20c707bb9ecd68 (MD5) Previous issue date: 2012 / The evolution of public policies in the rural sphere, previously developed by the Ministry of Agriculture, passing to the Ministry of Agrarian Development and gaining priority in government agenda from the term of former President Luis Inacio Lula da Silva to incorporate into Ministry of Civil House public policy of the Territories of Citizenship, shows the return of importance of the Brazilian rural sphere and its population to the actual development of the country. Making sure that public policy now managed by the Ministry of Civil House presents a history and evolution since the late 90's and has prioritized the strategic action social ownership as a prerequisite for state action and actions guided by criteria republicans, was a survey of some explanations that point to change the action for state management that incorporates the population as an important agent for the range of pre-set targets by the state. Knowing the real importance of the historical aspect to the development of public policy, this study rescued the National Program for Strengthening Family (PRONAF) as the object of research, since such a policy is presented as a great milestone for the development of social management in public policy authorities. Was conducted then, a content analysis (4) institutional reports covering (4) states and more or least 100 municipalities to show if the changes advocated by action of the concept of social management are effectively changing the political culture of the country. The focus for verification of this question is based on the analysis of the Municipal Councils for Rural Development (CMDR). The findings from the reports and interpreted through the categories worked in the present study show that the brazilian social reality still presents weaknesses arising from our brazilian society, presenting themselves as true obstacles to the realization of collective interests and the consolidation of a Brazilian state Republican effectively. / A evolução de políticas públicas na esfera rural, anteriormente desenvolvida pelo Ministério da Agricultura, passando para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e ganhando prioridade na agenda do governo a partir do mandato do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva ao incorporar no Ministério da Casa Civil a política pública dos Territórios da Cidadania, demonstra o retorno da importância da esfera rural brasileira e de sua população para o desenvolvimento real do país. Tendo a certeza de que a política pública hoje, gerida pelo Ministério da Casa Civil, apresenta um histórico evolutivo e que desde o final da década de 90 já priorizava como ação estratégica a gestão social como pressuposto para uma atuação do Estado pautado por ações e critérios republicanos, foi realizado um levantamento de algumas explicações que apontam a mudança da ação estatal para uma gestão que incorpora a população como um agente importante para o alcance das metas preestabelecidas pelo Estado. Sabendo da real importância do aspecto histórico para a evolução das políticas públicas, este estudo resgatou o Programa Nacional de Fortalecimento Familiar (PRONAF) como objeto de investigação, já que tal política apresenta-se como um grande marco para o desenvolvimento da gestão social nas políticas públicas territoriais. Foi realizada então uma análise de conteúdo de (4) relatórios institucionais que cobrem (4) estados e mais ou menos 100 municípios para evidenciar se as mudanças preconizadas pela atuação do conceito da gestão social estão efetivamente mudando a cultura política do país. O foco para verificação da presente questão ocorre a partir da análise dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDR). As constatações feitas a partir dos relatórios e interpretadas através das categorias trabalhadas no presente estudo demonstram que a realidade social brasileira ainda apresenta fragilidades advindas da formação social do país, apresentando-se como verdadeiros obstáculos para a efetivação do interesse coletivo e para a consolidação de um Estado brasileiro efetivamente republicano
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Construções imaginárias e memória discursiva de imigrantes alemães no Rio Grande do Sul

Gaelzer, Vejane January 2012 (has links)
Cette thèse, bénéficie de l'appui théorique de l'analyse du discours, dite « française », de Michel Pêcheux et a pour objectif d’enquêter sur les relations de contradiction dans la construction de l’imaginaire de l’être brésilien et dans l’effacement de l’identité des immigrants allemands, et ce, entre les discours et les pratiques politiques du Gouvernement Vargas et les discours des immigrants allemands et leurs descendants sur la manière dont cette politique a été implantée. Pour cela, notre corpus discoursif est particulièrement composé d'entrevues effectuées avec des immigrants et des enfants d’immigrants allemands, sujets qui sont arrivés au Brésil vers la fin du XIXe siècle et le début du XXe siècle. Ainsi, nous cherchons à analyser les relations de contradiction qui entre en jeux entre les discours et les pratiques du gouvernement de l’État Nouveau sur les questions de la nationalité et, en même temps, les discours des immigrants et leurs descendants, à partir de la mémoire discoursive, à travers laquelle émerge la reconnaissance au groupe «d’allemandsbrésiliens » et l’interdiction du sujet par la langue. En premier, nous discutons de la conception d’identité et de sa relation avec la langue dans la constitution des éléments d’identification des sujets immigrants allemands à partir des savoirs qui les interpellent, qui sont les savoirs de la Formation Discoursive des Immigrants Allemands. Dans la deuxième partie du travail, nous montrons que la langue est l’élément symbolique d’identification et de liaison entre les immigrants et leurs ancêtres, et à travers elle, que le gouvernement «varguista» cherche à introduire la construction imaginaire de l’être brésilien. Si, d’un côté la langue nationale est une attestation juridique de l’être brésilien conforme au projet de nationalisation du gouvernement Vargas, d’un autre côté, elle montre l’oubli de la langue maternelle des immigrants. Donc, l’interdiction officielle au cours de l’État Nouveau apporte des conséquences à la vie des immigrants et intervient directement sur leurs pratiques sociales quotidiennes. Cette interdiction résonne encore à la mémoire sociale de ce groupe. En ce sens, la troisième partie de notre recherche montre que malgré l’effort et l’implémentation juridique de l’État à rechercher une homogénéisation culturelle, fondée sur une seule langue pour plusieurs peuples sur le sol brésilien, la langue maternelle des immigrants a survécu à sa prohibition et elle continue vivante dans les pratiques sociales dans l’espace privé de quelques communautés rurales de l’état du Rio Grande do Sul. Le mélange du dialecte allemand avec la langue portugaise est la langue typique de ces communautes: La Sprachmischung. Alors, la survie du dialecte allemand nous montre que, même après près de deux siècles, depuis le début de l’immigration allemande et la tentative des pratiques politiques du gouvernement «varguista» d’effacer ce sentiment de faire partie du peuple allemand, certains enfants d’immigrants de la troisième ou quatrième génération s’identifient comme sujets allemands et brésiliens. De ce point de vue, quand nous travaillons sur des questions pertinentes sur l’imaginaire de l’identité des immigrants et des descendants allemands et de la manière dont ils se reconnaissent, nous avons bien observé leurs relations avec la langue allemande, leur histoire et leur mémoire. C’est alors, nous devons rappeler que ces relations impliquent de mobiliser une série de questions politiques, de positions idéologiques, d’exclusion sociale et d’objets symboliques engagés, cet surtout implique de donner de la voix aux discours des immigrants. / Esta tese, filiada à Análise do Discurso de linha francesa, fundada por Michel Pêcheux, tem como foco investigar as relações de contradição postuladas na construção do imaginário de brasilidade e no apagamento da identidade dos imigrantes alemães, entre os discursos e as práticas políticas do Governo Vargas e os discursos dos imigrantes alemães e seus descendentes sobre como essa política foi implantada. Para isso, nosso corpus discursivo compõe-se, especificamente, de entrevistas realizadas com imigrantes e filhos de imigrantes alemães, sujeitos que chegaram ao Brasil por volta do final do século XIX e início do século XX. Desta forma, buscamos analisar as relações de contradição que entram em jogo entre os discursos e as práticas do governo do Estado Novo sobre as questões de nacionalidade e, ao mesmo tempo, os discursos de imigrantes e seus descendentes, envolvendo a memória discursiva, pela qual emerge o reconhecimento ao grupo de alemães-brasileiros e a interdição do sujeito pela língua. No primeiro momento, discutimos a concepção de identidade e sua relação com a língua na constituição dos elementos de identificação dos sujeitos imigrantes a partir dos saberes que os interpelam, os saberes da Formação Discursiva de Imigrantes Alemães. Na segunda parte do trabalho, mostramos que a língua é o elemento simbólico de identificação e o elo dos imigrantes com seus antepassados e é por meio dela que o governo varguista procura instituir a construção imaginária de brasilidade. Se por um lado, a língua nacional é um atestado jurídico de brasilidade, conforme o projeto de nacionalização do governo varguista, por outro lado, ela traz a injunção ao esquecimento da língua materna dos imigrantes. Portanto, a interdição oficial durante o Estado Novo traz consequências para a vida dos imigrantes e interfere diretamente nas suas práticas sociais diárias e essa interdição ainda hoje ecoa na memória social desse grupo. Neste sentido, na terceira parte da nossa pesquisa, mostramos que apesar do esforço e da implementação jurídica do Estado terem buscado uma homogeneização cultural, baseada em uma única língua para os vários povos em solo brasileiro, a língua materna dos imigrantes sobreviveu à proibição e continua viva nas práticas sociais no espaço privado familiar, em algumas comunidades do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma língua típica dessas comunidades, a mistura do dialeto alemão com a língua Portuguesa: a Sprachmischung. Essa sobrevivência nos mostra que, mesmo depois de quase dois séculos desde o início da imigração alemã e a tentativa das práticas políticas do governo varguista de apagar esse sentimento de pertencimento, permanece a construção imaginária de alguns filhos de imigrantes de terceira e/ou quarta geração de se identificarem como sujeitos alemães-brasileiros. Neste viés, ao trabalharmos com questões pertinentes ao imaginário de identidade dos imigrantes e descendentes alemães e o modo como eles se reconhecem, temos observado a sua relação com a língua Alemã, sua história e sua memória, lembrando que isso também implica mobilizar uma série de questões políticas, posições ideológicas, exclusão social e objetos simbólicos envolvidos e, principalmente, implica dar voz aos discursos dos imigrantes.
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Construções imaginárias e memória discursiva de imigrantes alemães no Rio Grande do Sul

Gaelzer, Vejane January 2012 (has links)
Cette thèse, bénéficie de l'appui théorique de l'analyse du discours, dite « française », de Michel Pêcheux et a pour objectif d’enquêter sur les relations de contradiction dans la construction de l’imaginaire de l’être brésilien et dans l’effacement de l’identité des immigrants allemands, et ce, entre les discours et les pratiques politiques du Gouvernement Vargas et les discours des immigrants allemands et leurs descendants sur la manière dont cette politique a été implantée. Pour cela, notre corpus discoursif est particulièrement composé d'entrevues effectuées avec des immigrants et des enfants d’immigrants allemands, sujets qui sont arrivés au Brésil vers la fin du XIXe siècle et le début du XXe siècle. Ainsi, nous cherchons à analyser les relations de contradiction qui entre en jeux entre les discours et les pratiques du gouvernement de l’État Nouveau sur les questions de la nationalité et, en même temps, les discours des immigrants et leurs descendants, à partir de la mémoire discoursive, à travers laquelle émerge la reconnaissance au groupe «d’allemandsbrésiliens » et l’interdiction du sujet par la langue. En premier, nous discutons de la conception d’identité et de sa relation avec la langue dans la constitution des éléments d’identification des sujets immigrants allemands à partir des savoirs qui les interpellent, qui sont les savoirs de la Formation Discoursive des Immigrants Allemands. Dans la deuxième partie du travail, nous montrons que la langue est l’élément symbolique d’identification et de liaison entre les immigrants et leurs ancêtres, et à travers elle, que le gouvernement «varguista» cherche à introduire la construction imaginaire de l’être brésilien. Si, d’un côté la langue nationale est une attestation juridique de l’être brésilien conforme au projet de nationalisation du gouvernement Vargas, d’un autre côté, elle montre l’oubli de la langue maternelle des immigrants. Donc, l’interdiction officielle au cours de l’État Nouveau apporte des conséquences à la vie des immigrants et intervient directement sur leurs pratiques sociales quotidiennes. Cette interdiction résonne encore à la mémoire sociale de ce groupe. En ce sens, la troisième partie de notre recherche montre que malgré l’effort et l’implémentation juridique de l’État à rechercher une homogénéisation culturelle, fondée sur une seule langue pour plusieurs peuples sur le sol brésilien, la langue maternelle des immigrants a survécu à sa prohibition et elle continue vivante dans les pratiques sociales dans l’espace privé de quelques communautés rurales de l’état du Rio Grande do Sul. Le mélange du dialecte allemand avec la langue portugaise est la langue typique de ces communautes: La Sprachmischung. Alors, la survie du dialecte allemand nous montre que, même après près de deux siècles, depuis le début de l’immigration allemande et la tentative des pratiques politiques du gouvernement «varguista» d’effacer ce sentiment de faire partie du peuple allemand, certains enfants d’immigrants de la troisième ou quatrième génération s’identifient comme sujets allemands et brésiliens. De ce point de vue, quand nous travaillons sur des questions pertinentes sur l’imaginaire de l’identité des immigrants et des descendants allemands et de la manière dont ils se reconnaissent, nous avons bien observé leurs relations avec la langue allemande, leur histoire et leur mémoire. C’est alors, nous devons rappeler que ces relations impliquent de mobiliser une série de questions politiques, de positions idéologiques, d’exclusion sociale et d’objets symboliques engagés, cet surtout implique de donner de la voix aux discours des immigrants. / Esta tese, filiada à Análise do Discurso de linha francesa, fundada por Michel Pêcheux, tem como foco investigar as relações de contradição postuladas na construção do imaginário de brasilidade e no apagamento da identidade dos imigrantes alemães, entre os discursos e as práticas políticas do Governo Vargas e os discursos dos imigrantes alemães e seus descendentes sobre como essa política foi implantada. Para isso, nosso corpus discursivo compõe-se, especificamente, de entrevistas realizadas com imigrantes e filhos de imigrantes alemães, sujeitos que chegaram ao Brasil por volta do final do século XIX e início do século XX. Desta forma, buscamos analisar as relações de contradição que entram em jogo entre os discursos e as práticas do governo do Estado Novo sobre as questões de nacionalidade e, ao mesmo tempo, os discursos de imigrantes e seus descendentes, envolvendo a memória discursiva, pela qual emerge o reconhecimento ao grupo de alemães-brasileiros e a interdição do sujeito pela língua. No primeiro momento, discutimos a concepção de identidade e sua relação com a língua na constituição dos elementos de identificação dos sujeitos imigrantes a partir dos saberes que os interpelam, os saberes da Formação Discursiva de Imigrantes Alemães. Na segunda parte do trabalho, mostramos que a língua é o elemento simbólico de identificação e o elo dos imigrantes com seus antepassados e é por meio dela que o governo varguista procura instituir a construção imaginária de brasilidade. Se por um lado, a língua nacional é um atestado jurídico de brasilidade, conforme o projeto de nacionalização do governo varguista, por outro lado, ela traz a injunção ao esquecimento da língua materna dos imigrantes. Portanto, a interdição oficial durante o Estado Novo traz consequências para a vida dos imigrantes e interfere diretamente nas suas práticas sociais diárias e essa interdição ainda hoje ecoa na memória social desse grupo. Neste sentido, na terceira parte da nossa pesquisa, mostramos que apesar do esforço e da implementação jurídica do Estado terem buscado uma homogeneização cultural, baseada em uma única língua para os vários povos em solo brasileiro, a língua materna dos imigrantes sobreviveu à proibição e continua viva nas práticas sociais no espaço privado familiar, em algumas comunidades do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma língua típica dessas comunidades, a mistura do dialeto alemão com a língua Portuguesa: a Sprachmischung. Essa sobrevivência nos mostra que, mesmo depois de quase dois séculos desde o início da imigração alemã e a tentativa das práticas políticas do governo varguista de apagar esse sentimento de pertencimento, permanece a construção imaginária de alguns filhos de imigrantes de terceira e/ou quarta geração de se identificarem como sujeitos alemães-brasileiros. Neste viés, ao trabalharmos com questões pertinentes ao imaginário de identidade dos imigrantes e descendentes alemães e o modo como eles se reconhecem, temos observado a sua relação com a língua Alemã, sua história e sua memória, lembrando que isso também implica mobilizar uma série de questões políticas, posições ideológicas, exclusão social e objetos simbólicos envolvidos e, principalmente, implica dar voz aos discursos dos imigrantes.
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Industrialização e desenvolvimento do sudoeste do Paraná / Industrialization and development of the Paraná Southwest.

Flores, Edson Luiz 14 July 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T17:30:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CAPITULO I.pdf: 3435123 bytes, checksum: 3a217406f96215893a8f341510f2421a (MD5) Previous issue date: 2009-07-14 / How wrote Marx and Engels (1998), the production is very important to man, more than this, it`s the responsible by own humanization; to measure that the men, to opposite of the animals that live by nature (offer of foods, resisting by climatic intemperance etc), get to produce the instrument of survival (foods, clothes, home etc). However, we verified that in the human sciences, specifically at the Geography, in the last epochs has been given little attention to the production, mainly to industrialization. In this study, we realized a analysis about the industry`s importance at the Southwest of the Parana`s development, region of new population occupation, happened mainly after the 1940`s. By the realization of that study, proceeded to light from the historic materialism, method which to consist, thick manner, in to analyses the formations and transformations occurred at the society from active production and from work`s connections intrinsic to its. The theoretical reference Marxism mainly the Karl Marx, Friedrich Engels, Vladimir Lenin, Karl Kautsky, Ignácio Rangel, Armem Mamigonian`s studies, among others abetted us to that realized a detailed research, interviewing owns and executives of industrial unities from region, salaried workers etc, looking at to get information and dies about the thematic studied. In this discourse, we analyzed: 1) the importance of the industry (mainly the wood`s branch) to the population of this region from Parana; 2) we verified the conditions that the social formation (marked by presence of few owns of earth, craftsmen and merchants) offered to organize a few merchant production; 3) we saw the importance that had the financial capital, as modernizing the agricultural as financing the industrial production (mainly from the second half at 1970`s); 4) we saw the importance that the abetment politics to industrialization, the offer of raw materials, and of work`s power, have been to attract industrial unities to this region; and, 5) we verified the increase of income advanced by industry, that besides, has been contributed, somehow, to a geral advancement of the life`s conditions from Southwest of the Parana`s population. / Como escreveram Marx e Engels (1998), a produção é de suma importância ao homem, mais do que isso, ela é responsável pela própria humanização; à medida que os homens, ao contrário dos animais que vivem à mercê da natureza (da oferta de alimentos, resistindo às intempéries climáticas etc.), conseguem produzir os meios de sobrevivência dos quais necessitam (alimentos, vestuário, residências etc.). No entanto, verificamos que nas ciências humanas, especificamente na Geografia, nos últimos tempos tem-se dado pouca atenção à produção, principalmente à industrialização. Nessa pesquisa, realizamos uma análise da importância da indústria no desenvolvimento do Sudoeste do Paraná, região de ocupação populacional recente, ocorrida principalmente após a década de 1940. Para a realização de tal estudo, procedemos à luz do materialismo histórico, método que consiste, grosso modo, em analisar as formações e transformações ocorridas na sociedade a partir da organização produtiva e das relações de trabalho inerentes a ela. O referencial teórico marxista principalmente estudos de Karl Marx, Friedrich Engels, Vladimir Lenin, Karl Kautsky, Ignácio Rangel, Armem Mamigonian, entre outros nos apoiou para que realizássemos uma pesquisa minuciosa, entrevistando proprietários e/ou administradores de unidades industriais da região, trabalhadores assalariados etc., visando obter informações e dados acerca da temática estudada. Nessa dissertação, analisamos: 1) a importância da indústria (principalmente o ramo da madeira) para o povoamento dessa região do Paraná; 2) verificamos as condições que a formação social (marcada pela presença de pequenos proprietários de terra, artesãos e comerciantes) ofereceu ao constituir uma pequena produção mercantil; 3) observamos a importância que o capital financeiro teve, tanto modernizando a agricultura como financiando a produção industrial (principalmente a partir da segunda metade da década de 1970); 4) observamos a importância que as políticas de fomento à industrialização, as inovações no processo produtivo, bem como a oferta de matérias-primas, e de força de trabalho, têm tido para atrair unidades industriais para essa região; e, 5) verificamos o aumento de renda promovido pela indústria, que, aliás, tem contribuído, de certa forma, para uma melhoria geral das condições de vida da população do Sudoeste do Paraná.
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As práticas discursivas dos operários em empreendimentos de produção industrial autogestionária

Webler, Darlene Arlete January 2008 (has links)
Le présent travail analyse les pratiques discursives de travailleurs associés dans des entreprises de production industrielle fonctionnant sur la base de l’autogestion, dans l’État du Rio Grande do Sul (Brésil). Ces entreprises autogestionnaires sont apparues après le dépôt de bilan d’entreprises capitalistes et représentent actuellement des alternatives pour la génération d’emploi, de revenu et la construction de nouvelles relations sociales de production. L’objectif du travail est de démontrer que l’organisation ouvrière autogestionnaire institue un nouveau champ discursif, c’est-à-dire un événement discursif. L’observation des discours des et sur les sujets autogestionnaires révèle de nouvelles conceptions du travail, de nouvelles pratiques discursives traversées par des savoirs concordants, contradictoires ou même opposés à l’autogestion. L’analyse théorique s’inscrit dans la perspective de l’Analyse française du Discours de Michel Pêcheux, qui met l’accent sur les processus de production de sens et sur leurs déterminations historico-sociales, en partant du fait que l’idéologie est constitutive de ces processus et un élément déterminant des discours, des sujets et des sens. Pêcheux base sa théorie sur le marxisme althusserien, un choix ancré dans la théorie des idéologies sur la base de l’histoire des formations sociales et de ses modes de production, avec comme question importante la lutte des classes. C’est à la lumière de cette théorie que sont analysées les notions de Formation Sociale, Conditions de production, Formation Idéologique et Formation Discursive, afin de voir dans quelles conditions ont lieu les relations de production et de transformation au sein d’une production discursive. Sont également abordées des notions léninistes et gramsciennes telles que la catégorie de la contradiction, l’hégémonie, le bloc historique et les intellectuels organiques. Les questions théoriques du domaine de l’Analyse du Discours et du domaine des Sciences Sociales sont articulées aux nouveaux discours ouvriers, que l’on peut également rencontrer au cours de l’histoire : les discours des ouvriers dans les entreprises industrielles autogestionnaires dans l’État du Rio Grande do Sul. Le matériel discursif utilisé à des fins d’analyse se compose des productions discursives d’ouvriers autogestionnaires, d’assesseurs, de syndicalistes, de politiciens et de sympathisants, obtenues principalement à travers des entretiens, mais également de matériels de formation socio-politico-administrative et de matériels d’information – privés et publics. En analysant les processus de dicursivisation d’ouvriers insérés dans des entreprises industrielles autogestionnaires sur leurs pratiques sociales, la recherche met à jour un nouveau type singulier d’organisation des travailleurs, dans une dynamique contraire à celle des entreprises traditionnelles capitalistes. En partant du fait que la gestion ouvrière collective est née de l’échec administratif de la gestion entrepreneuriale, nous observons, à partir des Études du Langage, combien les formes d’exploitation capitaliste sont « désajustées » et « réajustées » pour l’obtention dans le coopérativisme autogestionnaire d’une dynamique solidaire, démocratique et autonome de planification, de gestion et de distribution des résultats économiques. Finalement, notre parcours théorico-analytique nous permet d’avancer que l’organisation autogestionnaire ne renvoie pas seulement à des espaces démocratiques de décision, mais également à l’appropriation du processus productif et de commercialisation de la part des travailleurs. Dans la perspective de l’Analyse du Discours, nous en concluons que l’organisation autogestionnaire ouvrière s’avère être un événement discursif et constitue une nouvelle forme discursive : la Formation Discursive des Ouvriers Autogestionnaires. / Esta tese apresenta nossa pesquisa acerca das práticas discursivas de trabalhadoresassociados em empreendimentos de produção industrial na modalidade da autogestão, no Rio Grande do Sul. Trata-se de empreendimentos autogestionários que se instauraram a partir de empresas de gestão capitalista – ou seja, de massas falidas – e que se apresentam atualmente como alternativas de geração de trabalho e renda e de construção de novas relações sociais de produção. Nosso propósito principal reside em comprovar que as práticas discursivas emergentes na organização operária autogestionária instituem um novo campo discursivo, o que significa dizer que se trata de um acontecimento discursivo. Assim, o estudo passa pela observação dos discursos que emergem dos e sobre os sujeitos autogestionários, revelando novas concepções de trabalho, novas práticas discursivas que são atravessadas por saberes confluentes, contraditórios e até antagônicos à autogestão. A opção teórica, para o presente estudo, está alicerçada na perspectiva da Análise do Discurso, de linha francesa, a partir de Michel Pêcheux, caracterizando-se pelo enfoque nos processos de produção de sentido e de suas determinações histórico-sociais, em uma compreensão de que a ideologia é constitutiva desses processos e determinante dos discursos, dos sujeitos e dos sentidos. Pêcheux apresenta sua teoria, inicialmente, na perspectiva do marxismoalthusseriano, o que significa uma opção ancorada na teoria das ideologias com base na história das formações sociais e nos seus modos de produção, considerando como questão relevante as lutas de classe. É à luz desta teoria que refletimos fundamentalmente sobre as noções de Formação Social, Condições de produção, Formação Ideológica e Formação Discursiva, com vistas a investigar sob que condições ocorrem relações de reprodução e de transformação no interior de uma formação discursiva. Trouxemos também, para nossas abordagens, noções leninistas e gramscianas como a categoria da contradição, a hegemonia, o bloco histórico e os intelectuais orgânicos. Articulamos as questões teóricas do campo da Análise do Discurso e do campo das Ciências Sociais aos novos discursos operários que, ao mesmo tempo, são possíveis de serem encontrados ao longo da história: os discursos dos operários em empreendimentos industriais autogestionários no Rio Grande do Sul. Relativamente à materialidade discursiva utilizada para fins de análise, tomamos as produções discursivas de operários da autogestão, assessores, sindicalistas, políticos e simpatizantes, que foram obtidas, prioritariamente, através de entrevistas, mas também através de materiais de formação sócio-político-administrativa e de materiais de informação – seja de circulação restrita, seja de circulação aberta à população. Ressaltamos que esta pesquisa, ao analisar os processos de discursivização de operários inseridos em empreendimentos industriais autogestionários sobre suas práticas sociais, desnuda um fascinante novo jeito de trabalhadores se organizarem em uma dinâmica adversa à das empresas tradicionais capitalistas. Considerando que a gestão coletiva operária tem seu surgimento a partir do fracasso administrativo da gestão empresarial, observamos, à luz dos Estudos da Linguagem, como e em que medida as formas de exploração capitalista são “desarranjadas” e “re-arranjadas” para ter, no cooperativismo autogestionário, uma dinâmica solidária, democrática e autônoma de planejamento, de gerenciamento e de distribuição dos resultados econômicos. Finalmente, nosso percurso teórico-analítico nos permite dizer que a organização autogestionária não remete apenas a espaços democráticos de decisão, mas à apropriação do próprio processo produtivo e de comercialização por parte dos trabalhadores. Na perspectiva da Análise do Discurso, concluímos que a organização de autogestão operária se revela um acontecimento discursivo e constitui uma nova formação discursiva: a Formação Discursiva dos Operários Autogestionários.
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Uma cidade negra : Escravidão, estrutura econômico-demográfica e diferenciação social na formação de Porto Alegre, 1772-1802

Gomes, Luciano Costa January 2012 (has links)
A presente pesquisa aborda a dinâmica das estruturas demográfica, social e econômica de Porto Alegre, capital do Rio Grande de São Pedro, em seu período formativo (entre 1772 e 1800). As principais fontes consultadas foram róis de confessados, relações de moradores, mapas de população e produção e livros de casamento e de batismo. Nos três primeiros capítulos da dissertação são analisadas as características da população e suas modificações, as diferenças entre a área urbana e rural e a distribuição da posse de escravos. No quarto e no quinto capítulo são estudas a estrutura agrária local e as redes familiares e estratégias dos produtores rurais. Os dois últimos capítulos, por fim, abordam a família e o compadrio escravo. O argumento central aqui defendido é o de que Porto Alegre, já em suas primeiras décadas de existência, demonstrava forte dependência em relação ao escravismo. A freguesia conheceu um expressivo crescimento demográfico decorrente, em grande medida, do aumento do número de cativos. Seu núcleo urbanizado mostrava-se, desde então, bastante desenvolvido, concentrando a maior parte da população, inclusive escrava. Os cativos eram muitos e estavam distribuídos em pequenas propriedades. A fronteira agrária encontrava-se fechada e há fortes indícios apontando para um processo de diferenciação social entre os produtores rurais. Ao avaliar as condições nas quais surgiram as famílias escravas, constatouse que a atividade produtiva do senhor, o tamanho da posse escrava e a origem dos cativos aparecem como importantes fatores a serem considerados. A escolha de padrinhos, por sua vez, conheceu uma profunda transformação ao logo do período, em um processo no qual incidiram as mudanças na estrutura de posse de escravos, as variações na dinâmica do tráfico, bem como os limites e possibilidades impostos pelas redes sociais senhoriais. A economia e a sociedade de Porto Alegre, em suas primeiras décadas de existência, podem, sim, ser classificadas como escravistas. / This paper aims to present an analysis of the dynamics of demographic, social and economic structures in Porto Alegre, capital of Rio Grande de São Pedro, in its formative period (from 1772 to 1800). The main sources consulted were of confessed sterols, neighborhood relations, maps of production and population, and books of marriage and baptism. In the first three chapters of this dissertation, the population characteristics and its modifications, the differences between urban and rural areas and the distribution of slaveholding are analyzed. In the fourth and fifth chapters present the study of the local agrarian structure, family networks and farmers’ strategies. In the last two chapters the family and crony slave are discussed. The central argument supported is that Porto Alegre, in its first decades of existence, showed strong dependence on slavery. The parish has experienced a significant growth of population due largely to the increase in the number of captives. Its urbanized core showed up quite developed, concentrating most population, including slaves. There were many captives and they were distributed in small farms. The agrarian frontier was closed and there is strong evidence pointing a process of social differentiation among farmers. In assessing the conditions under which emerged slave families, it was found that the productive activity of the master, the size of the possession of captive and the origin of the slaves, are important factors to be considered. Meanwhile, the choice of godparents experienced a profound transformation over the period, a process which focused on changes in the structure of slave ownership, changes in the dynamics of trafficking, as well as the limits and possibilities posed by social networks manor. The economy and society of Porto Alegre, in its first decades of existence, can indeed be classified as slavery.
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Industrialização e desenvolvimento do sudoeste do Paraná / Industrialization and development of the Paraná Southwest.

Flores, Edson Luiz 14 July 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2017-05-12T14:42:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CAPITULO I.pdf: 3435123 bytes, checksum: 3a217406f96215893a8f341510f2421a (MD5) Previous issue date: 2009-07-14 / How wrote Marx and Engels (1998), the production is very important to man, more than this, it`s the responsible by own humanization; to measure that the men, to opposite of the animals that live by nature (offer of foods, resisting by climatic intemperance etc), get to produce the instrument of survival (foods, clothes, home etc). However, we verified that in the human sciences, specifically at the Geography, in the last epochs has been given little attention to the production, mainly to industrialization. In this study, we realized a analysis about the industry`s importance at the Southwest of the Parana`s development, region of new population occupation, happened mainly after the 1940`s. By the realization of that study, proceeded to light from the historic materialism, method which to consist, thick manner, in to analyses the formations and transformations occurred at the society from active production and from work`s connections intrinsic to its. The theoretical reference Marxism mainly the Karl Marx, Friedrich Engels, Vladimir Lenin, Karl Kautsky, Ignácio Rangel, Armem Mamigonian`s studies, among others abetted us to that realized a detailed research, interviewing owns and executives of industrial unities from region, salaried workers etc, looking at to get information and dies about the thematic studied. In this discourse, we analyzed: 1) the importance of the industry (mainly the wood`s branch) to the population of this region from Parana; 2) we verified the conditions that the social formation (marked by presence of few owns of earth, craftsmen and merchants) offered to organize a few merchant production; 3) we saw the importance that had the financial capital, as modernizing the agricultural as financing the industrial production (mainly from the second half at 1970`s); 4) we saw the importance that the abetment politics to industrialization, the offer of raw materials, and of work`s power, have been to attract industrial unities to this region; and, 5) we verified the increase of income advanced by industry, that besides, has been contributed, somehow, to a geral advancement of the life`s conditions from Southwest of the Parana`s population. / Como escreveram Marx e Engels (1998), a produção é de suma importância ao homem, mais do que isso, ela é responsável pela própria humanização; à medida que os homens, ao contrário dos animais que vivem à mercê da natureza (da oferta de alimentos, resistindo às intempéries climáticas etc.), conseguem produzir os meios de sobrevivência dos quais necessitam (alimentos, vestuário, residências etc.). No entanto, verificamos que nas ciências humanas, especificamente na Geografia, nos últimos tempos tem-se dado pouca atenção à produção, principalmente à industrialização. Nessa pesquisa, realizamos uma análise da importância da indústria no desenvolvimento do Sudoeste do Paraná, região de ocupação populacional recente, ocorrida principalmente após a década de 1940. Para a realização de tal estudo, procedemos à luz do materialismo histórico, método que consiste, grosso modo, em analisar as formações e transformações ocorridas na sociedade a partir da organização produtiva e das relações de trabalho inerentes a ela. O referencial teórico marxista principalmente estudos de Karl Marx, Friedrich Engels, Vladimir Lenin, Karl Kautsky, Ignácio Rangel, Armem Mamigonian, entre outros nos apoiou para que realizássemos uma pesquisa minuciosa, entrevistando proprietários e/ou administradores de unidades industriais da região, trabalhadores assalariados etc., visando obter informações e dados acerca da temática estudada. Nessa dissertação, analisamos: 1) a importância da indústria (principalmente o ramo da madeira) para o povoamento dessa região do Paraná; 2) verificamos as condições que a formação social (marcada pela presença de pequenos proprietários de terra, artesãos e comerciantes) ofereceu ao constituir uma pequena produção mercantil; 3) observamos a importância que o capital financeiro teve, tanto modernizando a agricultura como financiando a produção industrial (principalmente a partir da segunda metade da década de 1970); 4) observamos a importância que as políticas de fomento à industrialização, as inovações no processo produtivo, bem como a oferta de matérias-primas, e de força de trabalho, têm tido para atrair unidades industriais para essa região; e, 5) verificamos o aumento de renda promovido pela indústria, que, aliás, tem contribuído, de certa forma, para uma melhoria geral das condições de vida da população do Sudoeste do Paraná.
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Deus morto no Pampa : a religiosidade gaúcha no mito fundador proposto por Erico Verissimo

Silva, Nivaldo Pereira da 03 July 2006 (has links)
Este estudo toma como base uma obra literária para levantar considerações sobre aspectos característicos da cultura do Rio Grande do Sul em relação ao Brasil. A partir da leitura do romance histórico O Continente, de Erico Verissimo, surge a hipótese de trabalho de que a religião teve um papel diferenciado na formação dessa peculiar região brasileira. Isso repercute na estrutura de valores que caracteriza a sociedade gaúcha, destacando o livrearbítrio e a ação política. Busca-se estabelecer não um perfil religioso atual do Estado, mas um panorama qualitativo do quanto uma fraca religiosidade influenciou na construção de um etos gaúcho e do quanto este se diferencia do etos brasileiro pelo viés mítico. A pesquisa tem caráter interdisciplinar e está apoiada em dados e teorias da antropologia, da história, da sociologia, da filosofia e da psicologia, além da teologia cristã. / Submitted by Marcelo Teixeira (mvteixeira@ucs.br) on 2014-05-05T18:19:25Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao Nivaldo.pdf: 974425 bytes, checksum: 65fc315933efaf12a015deb6548a64b8 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-05-05T18:19:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Nivaldo.pdf: 974425 bytes, checksum: 65fc315933efaf12a015deb6548a64b8 (MD5) / This study was based on a literary work so as to raise considerations about peculiar aspects of the culture of the state of Rio Grande do Sul in relation to Brazil. From reading on the historical novel O Continente, written by Erico Verissimo, arises the work hypothesis that religion had a different role in the development of this specific Brazilian province. It has reflections on the structure of the values that characterize this society, with emphasis on free will and political action. This research aims at giving not a present religious outline of the province, but a qualitative panorama of how such thin religiosity influenced the construction of a gaucho ethos and how much this mythic view has made it distinguished from the Brazilian ethos. The research, which has interdisciplinary character, is supported by the data and theories of Anthropology, History, Sociology, Philosophy and Psychology, besides the Christian theology.
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As práticas discursivas dos operários em empreendimentos de produção industrial autogestionária

Webler, Darlene Arlete January 2008 (has links)
Le présent travail analyse les pratiques discursives de travailleurs associés dans des entreprises de production industrielle fonctionnant sur la base de l’autogestion, dans l’État du Rio Grande do Sul (Brésil). Ces entreprises autogestionnaires sont apparues après le dépôt de bilan d’entreprises capitalistes et représentent actuellement des alternatives pour la génération d’emploi, de revenu et la construction de nouvelles relations sociales de production. L’objectif du travail est de démontrer que l’organisation ouvrière autogestionnaire institue un nouveau champ discursif, c’est-à-dire un événement discursif. L’observation des discours des et sur les sujets autogestionnaires révèle de nouvelles conceptions du travail, de nouvelles pratiques discursives traversées par des savoirs concordants, contradictoires ou même opposés à l’autogestion. L’analyse théorique s’inscrit dans la perspective de l’Analyse française du Discours de Michel Pêcheux, qui met l’accent sur les processus de production de sens et sur leurs déterminations historico-sociales, en partant du fait que l’idéologie est constitutive de ces processus et un élément déterminant des discours, des sujets et des sens. Pêcheux base sa théorie sur le marxisme althusserien, un choix ancré dans la théorie des idéologies sur la base de l’histoire des formations sociales et de ses modes de production, avec comme question importante la lutte des classes. C’est à la lumière de cette théorie que sont analysées les notions de Formation Sociale, Conditions de production, Formation Idéologique et Formation Discursive, afin de voir dans quelles conditions ont lieu les relations de production et de transformation au sein d’une production discursive. Sont également abordées des notions léninistes et gramsciennes telles que la catégorie de la contradiction, l’hégémonie, le bloc historique et les intellectuels organiques. Les questions théoriques du domaine de l’Analyse du Discours et du domaine des Sciences Sociales sont articulées aux nouveaux discours ouvriers, que l’on peut également rencontrer au cours de l’histoire : les discours des ouvriers dans les entreprises industrielles autogestionnaires dans l’État du Rio Grande do Sul. Le matériel discursif utilisé à des fins d’analyse se compose des productions discursives d’ouvriers autogestionnaires, d’assesseurs, de syndicalistes, de politiciens et de sympathisants, obtenues principalement à travers des entretiens, mais également de matériels de formation socio-politico-administrative et de matériels d’information – privés et publics. En analysant les processus de dicursivisation d’ouvriers insérés dans des entreprises industrielles autogestionnaires sur leurs pratiques sociales, la recherche met à jour un nouveau type singulier d’organisation des travailleurs, dans une dynamique contraire à celle des entreprises traditionnelles capitalistes. En partant du fait que la gestion ouvrière collective est née de l’échec administratif de la gestion entrepreneuriale, nous observons, à partir des Études du Langage, combien les formes d’exploitation capitaliste sont « désajustées » et « réajustées » pour l’obtention dans le coopérativisme autogestionnaire d’une dynamique solidaire, démocratique et autonome de planification, de gestion et de distribution des résultats économiques. Finalement, notre parcours théorico-analytique nous permet d’avancer que l’organisation autogestionnaire ne renvoie pas seulement à des espaces démocratiques de décision, mais également à l’appropriation du processus productif et de commercialisation de la part des travailleurs. Dans la perspective de l’Analyse du Discours, nous en concluons que l’organisation autogestionnaire ouvrière s’avère être un événement discursif et constitue une nouvelle forme discursive : la Formation Discursive des Ouvriers Autogestionnaires. / Esta tese apresenta nossa pesquisa acerca das práticas discursivas de trabalhadoresassociados em empreendimentos de produção industrial na modalidade da autogestão, no Rio Grande do Sul. Trata-se de empreendimentos autogestionários que se instauraram a partir de empresas de gestão capitalista – ou seja, de massas falidas – e que se apresentam atualmente como alternativas de geração de trabalho e renda e de construção de novas relações sociais de produção. Nosso propósito principal reside em comprovar que as práticas discursivas emergentes na organização operária autogestionária instituem um novo campo discursivo, o que significa dizer que se trata de um acontecimento discursivo. Assim, o estudo passa pela observação dos discursos que emergem dos e sobre os sujeitos autogestionários, revelando novas concepções de trabalho, novas práticas discursivas que são atravessadas por saberes confluentes, contraditórios e até antagônicos à autogestão. A opção teórica, para o presente estudo, está alicerçada na perspectiva da Análise do Discurso, de linha francesa, a partir de Michel Pêcheux, caracterizando-se pelo enfoque nos processos de produção de sentido e de suas determinações histórico-sociais, em uma compreensão de que a ideologia é constitutiva desses processos e determinante dos discursos, dos sujeitos e dos sentidos. Pêcheux apresenta sua teoria, inicialmente, na perspectiva do marxismoalthusseriano, o que significa uma opção ancorada na teoria das ideologias com base na história das formações sociais e nos seus modos de produção, considerando como questão relevante as lutas de classe. É à luz desta teoria que refletimos fundamentalmente sobre as noções de Formação Social, Condições de produção, Formação Ideológica e Formação Discursiva, com vistas a investigar sob que condições ocorrem relações de reprodução e de transformação no interior de uma formação discursiva. Trouxemos também, para nossas abordagens, noções leninistas e gramscianas como a categoria da contradição, a hegemonia, o bloco histórico e os intelectuais orgânicos. Articulamos as questões teóricas do campo da Análise do Discurso e do campo das Ciências Sociais aos novos discursos operários que, ao mesmo tempo, são possíveis de serem encontrados ao longo da história: os discursos dos operários em empreendimentos industriais autogestionários no Rio Grande do Sul. Relativamente à materialidade discursiva utilizada para fins de análise, tomamos as produções discursivas de operários da autogestão, assessores, sindicalistas, políticos e simpatizantes, que foram obtidas, prioritariamente, através de entrevistas, mas também através de materiais de formação sócio-político-administrativa e de materiais de informação – seja de circulação restrita, seja de circulação aberta à população. Ressaltamos que esta pesquisa, ao analisar os processos de discursivização de operários inseridos em empreendimentos industriais autogestionários sobre suas práticas sociais, desnuda um fascinante novo jeito de trabalhadores se organizarem em uma dinâmica adversa à das empresas tradicionais capitalistas. Considerando que a gestão coletiva operária tem seu surgimento a partir do fracasso administrativo da gestão empresarial, observamos, à luz dos Estudos da Linguagem, como e em que medida as formas de exploração capitalista são “desarranjadas” e “re-arranjadas” para ter, no cooperativismo autogestionário, uma dinâmica solidária, democrática e autônoma de planejamento, de gerenciamento e de distribuição dos resultados econômicos. Finalmente, nosso percurso teórico-analítico nos permite dizer que a organização autogestionária não remete apenas a espaços democráticos de decisão, mas à apropriação do próprio processo produtivo e de comercialização por parte dos trabalhadores. Na perspectiva da Análise do Discurso, concluímos que a organização de autogestão operária se revela um acontecimento discursivo e constitui uma nova formação discursiva: a Formação Discursiva dos Operários Autogestionários.

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