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Morte digna e subjetividade: a governamentalidade dos cuidados paliativos

Montenegro, Keyla Corrêa 28 August 2017 (has links)
Submitted by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2017-08-28T18:37:20Z No. of bitstreams: 1 61500016.pdf: 1092442 bytes, checksum: 69fecf7d64c341a73887727c0c96925a (MD5) / Approved for entry into archive by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2017-08-28T18:37:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 61500016.pdf: 1092442 bytes, checksum: 69fecf7d64c341a73887727c0c96925a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-28T18:37:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 61500016.pdf: 1092442 bytes, checksum: 69fecf7d64c341a73887727c0c96925a (MD5) Previous issue date: 2017 / Considerar a morte como um fenômeno humano requer que a considere como um processo socialmente situado, cuja experiência participam diferentes processos de sentido e significado. Isso significa colocá-la além das análises sociológicas exteriorizantes de processos sociais, e considerá-la apenas na sua dimensão psicológica, em termos de processos subjetivos exclusivamente individuais. Trata-se então de incluí-la em seu devido contexto social, considerando a participação desse contexto nas produções subjetivas que a envolve. A medicina enquanto disciplina ganha relevância nesse tipo de discussão, não só por sua participação na organização sócio-política da sociedade, mas também, por produzir novos discursos de verdade, nos quais a morte passa a ser compreendida em termos médicos e psicológicos. O desenvolvimento médico-tecnológico tem influência significativa na maneira como se morre, tornando esse processo cada vez mais prolongado e medicalizado. O ápice da medicalização da morte é representado pelo conceito de distanásia, em que a morte ocorre pelo excesso de intervenções terapêuticas que visam o adiamento da morte a qualquer custo. Profundamente influenciada pelo vitalismo físico, a distanásia representa uma maneira de assistência ao morrer que envolve o assujeitamento ao paternalismo médico e submissão às tecnologias disponíveis de manutenção do organismo físico vivo, independente da qualidade dessa vida. Em contrapartida ao uso excessivo da tecnologia médica, os cuidados paliativos, fundamentados no conceito de boa morte originaram-se como um movimento de reivindicação dos direitos do paciente de morrer dignamente. Isso representa considerar o indivíduo não só como sujeito do processo, mas como o centro da assistência, que a partir desse novo modelo passa a defender o não adiamento do processo de morte, focando-se no controle de sintomas e alívio do sofrimento. Apesar de considerados como modelos que se opõem entre si, em suas concepções morais e filosóficas, não se pode considerá-los como entidades isoladas, uma vez que fazem parte de um mesmo sistema dentro do qual se relacionam dialeticamente. A assistência ao morrer também precisa estar socialmente contextualizada, reafirmando o compromisso de compreender a morte enquanto o fenômeno humano. Assim, os diferentes modelos de assistência são considerados como práticas atravessadas por vetores políticos, sociais, históricos e econômicos. O ponto fundamental deste trabalho refere-se ao morrer enquanto um fenômeno político, cujas relações de poder ocorrem na forma de produção de subjetividade e processos de subjetivação. Ao gerar inteligibilidade sobre os processos de governamentalidade e subjetividade envolvidos na prática paliativista, pode-se repensar o sistema no qual os cuidados paliativos estão inseridos, a fim de que não se reproduzam as mesmas lógicas biomédicas dominantes e assim favorecer a emergência do sujeito do morrer por meio do contato com a singularidade.
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Morte digna e subjetividade: a governamentalidade dos cuidados paliativos

Montenegro, Keyla Corrêa 28 August 2017 (has links)
Submitted by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2017-08-28T18:37:20Z No. of bitstreams: 1 61500016.pdf: 1092442 bytes, checksum: 69fecf7d64c341a73887727c0c96925a (MD5) / Approved for entry into archive by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2017-08-28T18:37:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 61500016.pdf: 1092442 bytes, checksum: 69fecf7d64c341a73887727c0c96925a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-28T18:37:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 61500016.pdf: 1092442 bytes, checksum: 69fecf7d64c341a73887727c0c96925a (MD5) Previous issue date: 2017 / Considerar a morte como um fenômeno humano requer que a considere como um processo socialmente situado, cuja experiência participam diferentes processos de sentido e significado. Isso significa colocá-la além das análises sociológicas exteriorizantes de processos sociais, e considerá-la apenas na sua dimensão psicológica, em termos de processos subjetivos exclusivamente individuais. Trata-se então de incluí-la em seu devido contexto social, considerando a participação desse contexto nas produções subjetivas que a envolve. A medicina enquanto disciplina ganha relevância nesse tipo de discussão, não só por sua participação na organização sócio-política da sociedade, mas também, por produzir novos discursos de verdade, nos quais a morte passa a ser compreendida em termos médicos e psicológicos. O desenvolvimento médico-tecnológico tem influência significativa na maneira como se morre, tornando esse processo cada vez mais prolongado e medicalizado. O ápice da medicalização da morte é representado pelo conceito de distanásia, em que a morte ocorre pelo excesso de intervenções terapêuticas que visam o adiamento da morte a qualquer custo. Profundamente influenciada pelo vitalismo físico, a distanásia representa uma maneira de assistência ao morrer que envolve o assujeitamento ao paternalismo médico e submissão às tecnologias disponíveis de manutenção do organismo físico vivo, independente da qualidade dessa vida. Em contrapartida ao uso excessivo da tecnologia médica, os cuidados paliativos, fundamentados no conceito de boa morte originaram-se como um movimento de reivindicação dos direitos do paciente de morrer dignamente. Isso representa considerar o indivíduo não só como sujeito do processo, mas como o centro da assistência, que a partir desse novo modelo passa a defender o não adiamento do processo de morte, focando-se no controle de sintomas e alívio do sofrimento. Apesar de considerados como modelos que se opõem entre si, em suas concepções morais e filosóficas, não se pode considerá-los como entidades isoladas, uma vez que fazem parte de um mesmo sistema dentro do qual se relacionam dialeticamente. A assistência ao morrer também precisa estar socialmente contextualizada, reafirmando o compromisso de compreender a morte enquanto o fenômeno humano. Assim, os diferentes modelos de assistência são considerados como práticas atravessadas por vetores políticos, sociais, históricos e econômicos. O ponto fundamental deste trabalho refere-se ao morrer enquanto um fenômeno político, cujas relações de poder ocorrem na forma de produção de subjetividade e processos de subjetivação. Ao gerar inteligibilidade sobre os processos de governamentalidade e subjetividade envolvidos na prática paliativista, pode-se repensar o sistema no qual os cuidados paliativos estão inseridos, a fim de que não se reproduzam as mesmas lógicas biomédicas dominantes e assim favorecer a emergência do sujeito do morrer por meio do contato com a singularidade.
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Inclusão social como processo de dominação

Fontoura, Daniel da Silva January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 2016 / Made available in DSpace on 2017-05-23T04:10:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 345493.pdf: 1849935 bytes, checksum: c3243e85004b543ae7b707ba835e0a89 (MD5) Previous issue date: 2016 / Nesta dissertação, procurei analisar e problematizar criticamente processos de dominação no interior de uma ação de inclusão social - o "projeto" - baseada em princípios de educação empreendedora. Para tanto, pesquisei relações de poder e de tutela que se estabeleceram entre a iniciativa estudada e as rendeiras de bilro do município de Florianópolis, que foram alvo de ações de capacitação em empreendedorismo. Durante aproximadamente seis meses atuei simultaneamente nos papéis de tutor e pesquisador dessa iniciativa, de modo a realizar observações participantes. O referencial teórico utilizado para apoiar as análises foi baseado em alguns conceitos propostos por Michel Foucault, dentre os quais, governamento, governamentalidade, subjetivação e inclusão. Bem como, os os conceitos de dominação, rebatimento de planos, tutela e inclusão, propostos pelos aportes teóricos de Alfredo Veiga-Neto e Maura Corcini Lopes. As análises possibilitaram evidenciar pequenas ações de poder e resistência manifestadas nas relações entre o projeto e as rendeiras. Assim como, colocar em destaque as características que permitiram o estabelecimento de uma relação de tutela, a partir da qual o projeto procurou direcionar o comportamento das rendeiras. Foi possível evidenciar que tais ações tiveram como objetivo a captura das subjetividades das rendeiras em benefício da governamentalidade neoliberal em ações de dominação. Isso ocorreu por meio de processos de subjetivação, nos quais se procurou transmitir características, valores e verdades por meio das quais a governamentalidade pudesse operar sobre as rendeiras. Dentre essas verdades destaco, principalmente, o reforço da percepção de si mesmas como empresas. Ou seja, a criação de sujeitos-microempresas.<br> / Abstract : In this dissertation, I sought to analyze and critically problematize processes of domination within a social inclusion initiative - the "project" - based on principles of entrepreneurial education. For that, I researched power relations and guardianship that were established between the studied initiative and the lacemakers of the city of Florianópolis, which were the target of entrepreneurship training actions. For approximately six months I worked simultaneously in the roles of tutor and researcher of this initiative, in order to make participant observations. The theoretical reference used to support the analyzes was based on some concepts proposed by Michel Foucault, among them, government, governmentality, subjectivation and inclusion. As well as, the concepts of domination, plane rotation, guardianship and inclusion, proposed by the theoretical contributions of Alfredo Veiga-Neto and Maura Corcini Lopes. The analyzes made it possible to highlight small actions of power and resistance manifested in the relations between the project and the lacemakers. As well as highlighting the characteristics that allowed the establishment of a guardianship relationship, from which the project sought to direct the behavior of the lacemakers. It was possible to show that these actions had the objective to capture the subjectivities of the lacemakers in benefit of the neoliberal governmentality in domination actions. This happened through subjectivation processes, in which it tried to transmit characteristics, values and truths through which governmentality could operate on the lacemakers. Among these truths, I emphasize, mainly, the reinforcement of the perception of themselves as companies. That is, the creation of microenterprises-subjects.
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O governo carnavalizado ou o carnaval governado: política e estética no campo de ação da 9ª. parada da diversidade Pernambuco

Corrêa, Tiago Matheus 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T17:01:10Z No. of bitstreams: 2 Tiago Corrêa.pdf: 933676 bytes, checksum: ad6029a232bbcf293cde02ee4965a8c9 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T17:01:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tiago Corrêa.pdf: 933676 bytes, checksum: ad6029a232bbcf293cde02ee4965a8c9 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / A partir de uma metodologia cartográfica (DELEUZE e GUATARRI, 1995), baseada nos princípios de conhecimento situado da epistemologia feminista (HARAWAY, 1995), entendendo esse conhecimento como uma prática coletiva, narro o percurso da dissertação desde a inserção como pesquisador junto aos interlocutores do Fórum LGBT de Pernambuco até a efetivação de um campo-tema da pesquisa (SPINK, 1995): a Parada da Diversidade de Pernambuco. Elaboro assim a pergunta que fundamenta essa dissertação: como a Parada constitui um campo de ação política? A partir da noção de governamentalidade (FOUCAULT, 2008a, 2008b), entendo um campo de ação política como uma rede complexa de relações de poder, envolvendo elementos e agências capazes de formatar práticas governamentais que produzem sujeitos, instituições e condutas a serem reguladas. Elejo as Paradas do Orgulho Gay como ponto a partir do qual traço esse campo explorando suas primeiras manifestações no Brasil como parte da história do movimento LGBT. Realizo, ainda, uma breve análise crítica da produção científica que aborda esses eventos no país, problematizando a relação entre estética e política nas Paradas do Orgulho Gay, a partir das contribuições de DaMatta (1997) sobre o carnaval brasileiro. Na análise, a partir do registro das observações no cotidiano das reuniões preparatórias da Parada da Diversidade de Pernambuco, mapeio a construção de seu campo de ação política através de cinco eixos: 1) o sistema de diferenciações, problematizando o uso de categorias sexuais; 2) os tipos de objetivos, que colocam em jogo a conquista de direitos, a criação de aparatos estatais e a sustentabilidade do próprio campo; 3) as formas de institucionalização, que produzem uma hibridização precária entre militância, mercado e Estado; 4) as modalidades instrumentais, que colocam em funcionamento uma estética complexa, capaz de produzir a emergência de um determinado sujeito ou população LGBT; 5) os graus de racionalização, que operam uma abjeção do carnaval como modo legítimo do exercício da política. Finalizo questionando a os riscos e limites de estratégias de governo que tenham como horizonte o reconhecimento do Estado e sugerindo em seu lugar uma utopia carnavalesca, que assume o prazer como fundamento de sua prática.
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PRÁTICAS de Hipervalorização de Diferentes Modos de Ser Surdo no Contexto Educacional do Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e de Atendimento às Pessoas Com Surdez (cas) no Estado do Espírito Santo

VIEIRA, E. T. B. 04 May 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T23:37:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_9879_Dissertacao Eliane Final Correta.pdf: 1127316 bytes, checksum: 57bdd6869b8528da37df47b898c285cd (MD5) Previous issue date: 2016-05-04 / Esta dissertação apresenta o processo de constituição de uma hipervalorização de diferentes modos de ser surdo a partir das práticas pedagógicas do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS), situado no município de Vitória, no Espírito Santo. Em busca de tais práticas, parto com a pesquisa do início da década de 1990, período que equivale à construção do prédio da Escola Especial de Educação Oral e Auditiva, espaço em que, na atualidade, está instalado o CAS. Parto desse local propondo também entender de que forma a arquitetura do prédio do CAS pode ter contribuído para a constituição de uma hipervalorização de um jeito de ser surdo em diferentes momentos históricos, análise que faço com base na hipótese de que o formato arquitetônico circular do prédio foi construído para hipervalorizar o aluno deficiente auditivo matriculado na Escola Especial de Educação Oral e Auditiva. Para a realização desta pesquisa, foram selecionados materiais a partir de um conjunto de documentos, da vivência com a comunidade escolar que constitui esse Centro, das entrevistas abertas, empregadas quando necessário, e das visitas aos outros CAS do Estado (Vila Velha e Cachoeiro de Itapemirim). Parto da compreensão da hipervalorização de diferentes modos de ser surdo fazendo o uso dos conceitosferramentas cunhados por Michel Foucault: governamentalidade, subjetivação e normalização. Por meio desses conceitos-ferramentas proponho compreender os efeitos da hipervalorização a partir das práticas educacionais que são geradas no CAS. Neste trabalho, tenho como objetivos específicos: investigar as condições históricas que possibilitaram as atuais práticas de um jeito de ser surdo; compreender a emergência de diferentes modos de ser surdo por meio das políticas de integração e inclusão escolar; e identificar as práticas políticas, pedagógicas e cotidianas do CAS que possibilitaram o processo de inclusão desse sujeito. Problematizando práticas produzidas no CAS, acredito que as mesmas constituam uma hipervalorização de um jeito ser surdo no contexto educacional. Também discuto quais efeitos essa hipervalorização pode acarretar para o processo de integração e inclusão educacional desse sujeito. Acredito reafirmar que as práticas educacionais empregadas pelo CAS podem ser caracterizadas como práticas que regulam e organizam o que os sujeitos surdos fazem, falam ou agem, constituindo uma experiência. Para discutir essa regularidade foi necessário analisar as práticas, discursivas ou não, e os regimes de verdade que a constituem.
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É assim que deve ser .... : o governamento das famílias e os serviços de assistência em saúde mental infantil

Gomes Rodrigues, Sthéfani 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:01:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7567_1.pdf: 783367 bytes, checksum: c5364b66c60c03e20ae4671d3ffb5598 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Essa dissertação tem como objetivo analisar os lugares atribuídos aos familiares no processo terapêutico de crianças usuárias do CAPS infantil de Campina Grande-PB no discurso dos profissionais da instituição. Para o desenvolvimento dessa discussão recorremos aos conceitos de biopoder e governamentalidade de Michel Foucault. Nesse sentido, compreendemos as políticas públicas em saúde mental como parte das novas estratégias de gestão da população, onde o que se coloca é não só a gestão das vidas, mas a gestão dos riscos, nesse caso, os riscos psíquicos. O presente estudo dialoga com os estudos da Psicologia Discursiva considerando autores como Potter e Wetherrell. Na pesquisa, utilizamos observações, registradas em diário de campo e entrevistas com os profissionais da instituição. Em seguida, foi feita a análise do discurso considerando a função, construção e variabilidade discursivas. A partir do material, observou-se que os profissionais tendem a negar a função reguladora e normativa da instituição. Em seus discursos, a maioria dos profissionais não admite as regras como obrigatoriedade, sendo utilizados termos substitutivos como combinados e acordos . A família, geralmente, é vista como desorganizada e o sofrimento psíquico da criança é atribuído a essa desorganização. Atribui-se à instituição a função de organizador psíquico , para tanto, ela deve organizar a família desestruturada. O estabelecimento de regras é visto como elemento organizador da família e da criança. O discurso da maioria dos profissionais culpabiliza e responsabiliza os familiares tanto pelo sofrimento psíquico da criança quanto pela não adesão ao tratamento ou realização inadequada do tratamento. Porém, também, aparecem discursos que reconhecem as dificuldades enfrentadas pelos familiares, sendo descritas como: sentimento de frustração por ter um filho diferente, dificuldade de aceitar o problema do filho, questões financeiras, entre outras. Partindo da análise, observamos uma desvalorização dos saberes dos familiares e uma legitimação dos saberes especializados, que conduzem a melhor forma de cuidar e tratar a criança em sofrimento psíquico. Nesse contexto, vemos o CAPS infantil como um agente normalizador das condutas da população e entendemos as ações dos familiares que faltam, não cumprem as orientações em casa, não querem participar do grupo de família, ou a própria negação da doença, etc., como resistência, uma postura de insubmissão diante dos saberes especializados, que estabelecem uma verdade sobre a melhor forma de cuidar e tratar a criança em sofrimento psíquico
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Governo das condutas: técnica e reflexão em Foucault / Government of the conducts: technique and reflection in Foucault

Anastacio, Lara Pimentel Figueira 06 February 2017 (has links)
A interpretação das relações de poder que articulam técnicas de governo e produção de verdade sobre os sujeitos conduziram Foucault a uma série de genealogias com diferentes perspectivas dessa problemática. Esta dissertação apresenta uma linha de leitura possível desse caminho por meio de dois argumentos principais: o primeiro pretende mostrar que o método genealógico do autor é fundamentado por interpretações de relações de forças. Em seguida, já em um segundo momento, a dissertação expõe, por meio da localização das forças que estão em atividade em cada centro genealógico, como suas pesquisas sobre o dispositivo de sexualidade e o governo das multiplicidades encaminharam Foucault, em percurso dinâmico, para a história da experiência do sujeito ético na Antiguidade. Assim, argumentamos que Foucault não rompe com suas investidas sobre as práticas das relações de poder modernas ao voltar-se para as genealogias das técnicas de si e da arte de viver na Antiguidade, mas estas antes aparecem como desdobramento de problemas já presentes no interior de seus trabalhos do fim da década de 70. A dissertação visa, portanto, situar uma ampla experiência filosófica, que demarca e critica os entraves e alcances históricos das modalidades de relações entre governo dos outros e governo de si e entre verdade e subjetividade. / The interpretation of power relations that articulates techniques of governing and production of truth on individuals conducted Foucault through a series of genealogies with different perspectives of this problem. This thesis presents a possible lecture to this course, and, through locating the powers in activity in each genealogical center, we try to expose how his researches on the dispositive of sexuality and the governing of multiplicities opened a path for the ethical subjects history of experience on antiquity. We argue that Foucault doesnt cease his researches on modern relations of power practice while turning his attention to genealogies of the techniques of the self and the art of living on antiquity, but this aspect shows up as unfolding of problems already presents in his 70s work. We aim for a wide philosophical experience, which marks and critics the deadlocks and the historical ranges of relation modalities between governing of others and governing of the self and between truth and subjectivity.
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Infantocracia : deslocamentos nas formas de compreender e viver o exercício do governamento infantil na racionalidade neoliberal

Silva, Isabela Dutra Correa da January 2018 (has links)
Esta Tese tem como tema de pesquisa as relações entre crianças e adultos na Contemporaneidade. Caracteriza-se como uma pesquisa do presente que empreende um olhar genealógico para compreender práticas atuais entre os sujeitos infantis e os sujeitos adultos. Este estudo inscreve-se numa perspectiva pós-estruturalista de pensar a Educação e seus contornos, a partir do aporte teórico dos Estudos Foucaultianos, especialmente com as noções de genealogia e governamentalidade. A considerar que, na Contemporaneidade, há deslocamentos nas formas de viver o exercício do governamento infantil, esta pesquisa tem como objetivo compreender as condições de possibilidade que estabeleceram o exercício das práticas, entre crianças e adultos, nos mais distintos espaços, bem como problematizar o sentido que essas práticas assumem no contemporâneo. Para tanto, foram analisados os seguintes documentos, Programas e Leis: Declaração dos Direitos da Criança (1959), Constituição Federal (1988), Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), Programa Primeira Infância Melhor (2006) e Lei Menino Bernardo (2014). Tal análise possibilita compreender que, na Contemporaneidade, está sendo produzida uma infância de direito e uma infância protagonista. Essas formas de compreender a infância foram consideradas como algumas das condições de possibilidade para as práticas atuais entre sujeitos infantis e adultos. Com o olhar de pesquisador cartógrafo, foram selecionadas e analisadas situações do cotidiano que evidenciaram deslocamentos do exercício de governamento entre crianças e adultos, movimento que foi nomeado nesta Tese como infantocracia. / This thesis has - as a research theme - the relationships between children and adults in the Contemporaneity. It is characterized as a current research, which adopts a genealogical point of view to understand current practices between infant and adult subjects. This study follows a post - structuralist perspective of thinking about Education and its outlines, based on the theoretical contribution of Foucault Studies, especially through the notions of genealogy and governmentality. Considering there is a movement in the ways of practicing children's governance, in contemporaneity, this research aims at understanding the conditions of possibility that established these practices, between children and adults, in the most distinct spaces, as well as questioning the meaning that these practices assume in the contemporary. Therefore, the following documents, Programs and Laws were analyzed: Declaração dos Direitos da Criança (1959), Constituição Federal (1988), Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), Programa Primeira Infância Melhor (2006) e Lei Menino Bernardo (2014). This analysis made it possible to understand that, in the Contemporaneity, a rights childhood and a leading childhood were produced. These forms of understanding childhood were considered as being some of the conditions of possibility for the current practices among children and adults. Through the view of researcher cartographer, we selected and analyzed everyday situations that evidenced this movement of the exercise of governance between children and adults, a movement that was named in this thesis as infantocracy. Based on the analyzes, it was possible to affirm that the principle of full protection - noticed in the different studied documents - can be considered a strategy to gather the child population, and that the constitution of these subjects (as protagonists and subjects of rights) is presented as a condition of possibility for the emergence of infantocratic practices. Such practices, taken as central in this study, trigger the formation of flexible, healthy, self-entrepreneurs, and proactive subjects: necessary characteristics for the subjects of neoliberal governmentality. It is also possible to affirm that infantocratic practices constitute a change in the ways of understanding and of living the relationships among children and adults in Contemporaneity, and that they are only achievable thought the grid of intelligibility of the neoliberal governmentality. Therefore, this thesis supported the following statement: from the conditions that established the child as a protagonist and subject of rights - established in the neoliberal political rationality of our time - there are changes in the ways of understanding and of living the practice of governance practices among adults and children, named here as infantocratic practices.
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A liberdade como alternativa ética nos Estudos Organizacionais

Borges, Felipe Amaral January 2018 (has links)
Este trabalho coloca questões que não são correntes nos Estudos Organizacionais (EOs). Propõe pensar a constituição do sujeito, sua relação com a ideia do governo de uns sobre os outros e como tornar a vida mais bela. Para isso, invoco o pensamento filosófico de Michel Foucault para auxiliar na mirada sobre o campo, problematizando a subjetividade, a constituição do sujeito na modernidade. Lanço mão da noção foucaultiana de governamentalidade, a forma como uns exercem o governo sobre os outros, colocando em questão a forma como as subjetividades se constituem nesse jogo. A forma que a vida assume, configura o seu êthos e, constituir-se eticamente exige um êthos belo, uma vida a se admirar, a tomar como exemplo. Por certo que, para que o indivíduo possa dar forma a sua vida, fazendo-a corresponder à sua verdade de sujeito, necessita, ele, exercer a liberdade. Daí afirmar que a liberdade seja condição ontológica para uma vida ética, e que seu impedimento se constitua em uma prática fascista. Proponho pensar isso em relação com o papel do intelectual como um agente envolvido na constituição de sujeitos, um indivíduo na condição de exercer um governo. Por isso, parto da ideia de que a subjetividade nos Estudos Organizacionais está relacionada a uma noção de conhecimento e verdade que implicam uma conduta ética enquanto prática da liberdade para sugerir que se problematize, que se coloque em questão, a prática intelectual. Considerando as formas de subjetivação descritas por Michel Foucault, sugiro refletir sobre como elas se apresentam nos Estudos Organizacionais e quais as implicações disso para o exercício da liberdade por parte dos sujeitos. Ao desenvolver o trabalho na forma de um ensaio, assumo não oferecer as respostas tranquilizadoras, porquanto me comprometo a fornecer subsídios pelos quais podemos considerar, analisar, cuidar, enfim, de nós mesmos como produtores e reprodutores de relações de subjetivação. / This thesis poses questions that are not common in Organizational Studies (OS). It proposes to think about the constitution of the subject, its relation to the idea of the government of someone over the others and how to make life more beautiful. For this, I invoke the philosophical thought of Michel Foucault to help in the field look, problematizing the subjectivity, the constitution of the subject in modernity. I use Foucault's notion of governmentality, the mode as someone govern others, calling into question how are constituted the subjectivities in this game. The form that life assumes molds its ethos, and to be ethically constituted demands a beautiful life, a life to be admired, to be taken as an example. Of course, in order for the individual to mold his life by making it correspond to his truth as subject, he needs to practice freedom. Therefore, to affirm that freedom is an ontological condition for an ethical life. I propose to think this in relation to the role of the intellectual as an agent involved in the constitution of subjects, an individual in the condition of exercising a government. Therefore, I start from the idea that the subjectivity in Organizational Studies is related to a notion of knowledge and truth that imply an ethical behavior as a practice of freedom to suggest that the intellectual practice be problematized. Considering the forms of subjectivation described by Michel Foucault, I suggest reflecting on how they present themselves in Organizational Studies and what the implications are for the exercise of freedom by the subjects. In developing the work as an essay, I assume that I do not offer the reassuring answers because I commit myself to provide subsidies by which we can consider, analyze, and ultimately take care of ourselves as producers and reproducers of subjectivation relations.
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A arte de governar na filosofia de Michel Foucault: o poder, o inimigo e o racismo

Cardoso, Tiago 17 April 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-04T21:02:08Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 17 / Milton Valente / A presente dissertação enfrentará alguns conceitos fundamentais da obra foucaultiana, tais como o poder, a soberania, a disciplina, a instituição de seqüestro, a vigilância, para aprofundar a análise naquilo que se refere ao tema da arte de governar. Nesse ponto, será a obra de Nietzsche, no recorte que lida com a temática do pecado, chamada a oferecer uma breve contribuição. Das novas formas de poder pastoral, em Foucault, até alcançar o tema do racismo de Estado, serão abordadas as doutrinas da razão de estado e da polícia, a história da verdade no âmbito das práticas judiciárias, o panoptismo e a origem da pena de prisão. Como ponto final, o tema do racismo associado à figura do inimigo – dará suporte a aproximações entre a filosofia foucaultiana e problemas contemporâneos como a violência, a suspensão de direitos de determinados grupos sociais, o recrudescimento das penas e das estruturas e instituições de vigilância e controle social / The presente paper will face some main concepts inserted in the philosophical work of Michel Foucault, such as power, sovereignty, discipline, surveillance, in the way to improve the analysis to what referes to the governing art. At this point, a specific scene of Nietzschean´s philosophy, in wich the theme of the sin takes place, will be added as a brief contribution. Between the new forms of the priest´s power, in Foucault, and the theme of State racism, other subjects will be approached, like the doctrine of State reason, the doctrine of police, the history of truth in the judicial practices, the panopticon, and the origens of the prison penalty. The final issue will face the theme of racism, wich will give support, in association to the notion of enemy, to the dialogue between the mentioned concepts of the foucaultian philosophy and some contemporary issues, connected to subjects such as violence, suspension of rights (from determinated social groups), reinforcement of penaltys, structures and institu

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