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Análise de cadeias coesivas em narrativas escritas por adolescentes com o transtorno do déficit de atenção hiperatividadeSelma Roseni Lins 06 August 2007 (has links)
O transtorno do Déficit de Atenção/Hipertividade (TDAH) é uma doença neurocomportamental com grande incidência em crianças e adolescentes. Suas principais características são as desatenções, a hiperatividade e a impulsividade. Uma das co-morbidades trantornos secundários a patologia - freqüentes no TDAH são as dificuldades na linguagem escrita. Tais dificuldades são caracterizadas por dificuldades em lidar com seqüências de: fonemas, palavras, frases e parágrafos, inclusive com dificuldades em elaborar seqüências narrativas o que vai repercutir de forma considerável na produção escrita de seus portadores. Neste sentido, esta pesquisa analisou narrativas escritas por adolescentes com o TDAH participantes de oficinas de escrita, buscando verificar a coesão lexical e dentro desta as cadeias coesivas o encadeamento textual de nexos semanticamente semelhantes. A pesquisa foi realizada em Recife-PE no período de março a junho de 2006. Participaram da pesquisa três adolescentes de 11 a 16 anos, de ambos os sexos e diagnosticados como sendo portadores do TDAH. Como resultado observou-se que os adolescentes investigados produzem cadeias coesivas com sucesso. Entretanto, alguns disparadores temáticos (tema livre, texto teatral, texto em grupo, conto) pareceram mais efetivos como motivadores para narrativas escrita em detrimento de outros (música, filme). / The disruption of the lack of attention/hyperactivity (Deficit de Atenção/Hiperatividade - TDAH) is a disease which is related to neurobehaviour and occurs specially in children and teenagers. Their main characteristics are inattention, hyperactivity and acting impulsively. One of the morbidities of this disease are the difficulties in writing. These difficulties are related to the problems people have to deal with sequence of letters, words, sentences and paragraphs, including difficulties in writing more complete texts. The writing production is not so effective in this case. This research observed texts written by teenagers with TDAH. People who have this disease attended a writing period of work trying to see their lexical cohesion. The research took place last year in Recife-PE between March and June and three 11-16 years-old teenagers, boys and girls, attended it. It was possible to see that those teenagers got to write cohesive texts. On the other hand, free subjects and some themes like texts for theater, texts built in group and short stories looked like to give them much more stimulation to write than subjects like music and movies.
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TDA/H: uma leitura possívelMichelle Calheiros Lima 01 April 2016 (has links)
A psiquiatria classifica os aspectos da psicopatologia por meio do manual diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Este manual ao longo de sua história, passou por muitas modificações e variadas versões. O objetivo da presente pesquisa é fazer uma análise crítica do diagnóstico de TDA/H, conforme descrito pelo manual tomando como referência a psicanálise. A escolha da psicanálise como elemento norteador dessa leitura crítica deve-se à importância dada pela mesma à história individual e a singularidade como inerentes ao sujeito, ao buscar ouvir e ofertar a palavra a cada um. Este trabalho tem como objetivos específicos: discutir como as evidências dos sinais e sintomas ajudaram na reflexão sobre o diagnóstico do TDA/H; demonstrar a compreensão psicanalítica da dimensão subjetiva e do aparelho psíquico; apresentar o paralelismo entre as modificações no social e a produção de novos sintomas subjetivos. Para realizar essa proposta optamos por utilizar o DSM-V, em sua edição mais recente, assim como o Manual para Diagnóstico e Tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade TDA/H, terceira edição. Considerar o social e sua ideologia consumista, atravessado por mudanças na lei simbólica é fundamental para a pesquisa, uma vez que, os postulados da pós-modernidade desconsideram a subjetividade, exaltam todos os tipos de excesso e contribuem para o apagamento do limite. O questionamento sobre o modo diagnóstico do TDA/H justifica-se em virtude de se servir de uma metodologia meramente estatística e da falta de uma etiologia para o referido transtorno. Assim como, a desconsideração da singularidade do sujeito e sua submissão a processos inconscientes que buscam satisfação, uma vez que a organização mental e a economia pulsional são particulares e únicas. Sabe-se do potencial organizador de certa renúncia pulsional, da restrição de gozo que impõe sacrifícios e gera algum mal-estar, mas que é fundamental e estruturante para sujeito. Esta é uma pesquisa de caráter teórico, que utiliza a análise crítica para pensar o diagnóstico de TDA/H, conforme descrito pelo DSM-V sob a ótica da psicanálise. Busca-se oferecer outra leitura possível para pensar o TDA/H. / The psychiatry classifies the aspects of psychopathology by the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. This Manual, throughout its history, passes through many changes and variety versions. The object of this research is making a critical analysis about the ADHD diagnosis, as described by the psychiatry taking as reference the psychoanalysis. The choice of psychoanalysis as guiding element of this critical reading is due to the importance of consider the unique history and the singularity as inherent to the subject, while seek to listen and offer the word for each one. This paper have these specific purposes: discuss how the signs and symptoms evidence helped on the reflection about the ADHD diagnosis; demonstrate the psychoanalytical understanding of the subjective dimension and the psychic apparatus; present the parallelism among the modifications on social and production of new subjective symptoms. To achieve this proposal we have opted to use the DSM-V, in the most recent edition, as well as Manual para Diagnóstico e Tratamento do Transtorno de Deficit de Atenção/Hiperatividade TDA/H, third edition. However, consider the social in its consumer ideology, crossed by modifications at the symbolic law is fundamental for the research, after all, the postulates of post-modernity ignore the subjectivity, exalt all kinds of excess, contributing to erase the limits. The questioning about ADHD diagnosis mode is justified because it is served by merely statistical methodology and the lack of an etiology for referred disorder. As well as, the disregard of the subject singularity and his submission to unconscious processes that seeks satisfaction, because the mental organization and pulsional economy are individual and unique. It is know that the organizer potential of certain pulsional resignation, of joy restriction that impose sacrifice and creates unease, however it is fundamental and structuring for the subject. This is a research with theoretical character, that use as method the critical analysis of ADHD, according to presented in DSM-V, under viewpoint of psychoanalysis. It seeks to offer other achievable reading to think the ADHD.
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Avaliação do efeito cerebral agudo do Metilfenidato, através de Spect, em crianças e adolescentes do sexo masculino com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade : um ensaio clínico randomizadoSzobot, Claudia Maciel January 2002 (has links)
Resumo não disponível.
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Adaptação psicossocial em mães de crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividadeBellé, Andressa Henke January 2007 (has links)
Este trabalho apresenta dois artigos sobre a adaptação psicossocial de mães de crianças com TDAH. O primeiro corresponde a uma revisão de literatura sobre o TDAH, fundamentada no Modelo de Estresse e Adaptação Familiar. Foram identificadas limitações metodológicas (e.g. ausência de grupos controle e exame de co-morbidades). O segundo artigo investigou o estresse parental em mães de crianças com TDAH combinado (n=30), mães de crianças com TDAH e comorbidade com o Transtorno Opositor Desafiador (TOD) (n=30), e de crianças com desenvolvimento típico (n=30). Foram também investigadas possíveis correlações do estresse parental, com as estratégias de coping, apoio social e severidade do TDAH. Dentre outros fatores, os resultados indicaram que as mães das crianças com TDAH combinado e TDAH + TOD apresentaram mais estresse parental do que mães de crianças com desenvolvimento típico e que o apoio social, o coping auto-estima e médico atuaram como moderadores do estresse parental. / This paper present two articles about psychosocial adaptation’s mothers of the children with ADHD. The first is a literature review about ADHD, fundaments of the Stress and Family Adaptation Model. Were identified methodological limitations (e.g. absence of the control groups and examination of the co morbidity). The second article has investigated the parental stress in mothers of children with Attention Deficit / Hyperactivity Disorder (ADHD) (n=30), in mothers of children with co morbidity with the Oppositional Defiant Disorder (ODD) (n=30), and in mothers of children with typical development (n=30). In addition, possible correlations of parental stress with coping strategies, social support and ADHD severity have been investigated. The results indicated if mothers of children with ADHD and ADHD + ODD presented more parental stress than mothers of children with typical development. In addition, the social support, coping self-esteem and coping medical moderated the parental stress effect.
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Avaliação da resposta ao tratamento com metilfenidato em pacientes com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade com e sem critério de idade de início de sintomas antes dos 7 anosReinhardt, Marcelo C. January 2007 (has links)
O Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) é um transtorno psiquiátrico que causa prejuízo significativo desde a infância, mas que igualmente tem um impacto negativo na vida adulta, para aqueles indivíduos que permanecem com o transtorno. Cada vez mais, os sistemas classificatórios modernos definem os transtornos mentais a partir de dados provenientes de pesquisas bem conduzidas metodologicamente. O critério de idade de início de sintomas causando prejuízo antes dos 7 anos para o diagnóstico de TDAH, presente tanto no Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais – 4ª Edição (DSM-IV) quanto de uma forma modificada na Classificação Internacional de Doenças – 10ª Edição (CID-10), foi determinado por uma decisão de comitê. Estudos iniciais não têm corroborado a validade desse critério para o diagnóstico do transtorno.Objetivos Esse estudo tem por objetivo avaliar a resposta ao tratamento com metilfenidato em pacientes com TDAH com e sem o critério de idade de início dos sintomas, mas que preenchem todos os demais critérios da DSM-IV para TDAH.Métodos Foram avaliadas duas amostras clínicas independentes provenientes do Programa de TDAH da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – PRODAH/UFRGS, sendo uma composta de 180 crianças e adolescentes (4–17 anos de idade) e a outra composta de 111 adultos (18 anos de idade ou mais). A medicação utilizada foi o metilfenidato, sendo a dose mínima de 0.30mg/kg/dia. A resposta ao tratamento foi avaliada em sujeitos sem tratamento prévio com metilfenidato, utilizando-se a Escala Swanson, Nolan e Pelham – versão IV (SNAP IV) na linha de base e depois de 1 mês de tratamento. Os dados foram coletados entre Janeiro de 2000 e Janeiro de 2006. Resultados Em ambas as amostras estudadas os sujeitos com diagnóstico de TDAH pleno não tiveram uma resposta melhor ao metilfenidato em doses ao redor de 0.50mg/kg/dia do que os sujeitos com TDAH de início tardio. Na amostra de adultos, encontrou-se uma resposta melhor ao metilfenidato para os sujeitos com TDAH de início tardio em comparação àqueles com diagnóstico pleno, mesmo após ajuste para confundidores (escore total do SNAP-IV na linha de base, tipos de TDAH) (crianças e adolescentes: F = 0.865, p = .354; adultos: F = 5.760, p = .018).Conclusão Os resultados corroboram aqueles encontrados nos demais estudos que questionam a validade deste critério de idade de início de sintomas para o diagnóstico do TDAH. Nossos resultados sugerem que os clínicos devem considerar a possibilidade do tratamento com metilfenidato para os sujeitos com TDAH de início tardio. / Introduction Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) is a psychiatric disorder that causes significant impairment since childhood, but it also has a negative outcome in adulthood, for those who maintain the diagnosis. Modern classificatory systems define mental disorders based on data from well conducted investigations. The age-at-onset of impairment criterion for ADHD diagnosis is present both in the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition (DSM-IV) and in the International Classification of Diseases, Tenth Edition (ICD-10) in a modified format (age-of-onset of symptoms). However, it was determined by a committee decision. Initial studies have not corroborated the validity of this criterion for ADHD diagnosis. Objectives This work aims to assess response to methylphenidate treatment in ADHD patients with and without this age-at-onset criterion, but fulfilling all other DSMIV criteria for ADHD. Method Two independent clinical samples deriving from the ADHD Outpatient Clinic at the Federal University of Rio Grande do Sul – PRODAH/UFRGS were evaluated, one comprised of 180 children and adolescents (4-17 years of age), and the other comprised of 111 adults (18 years old or older). The medication used was methylphenidate in a minimum dose of 0.30 mg/kg/day. Response totreatment was assessed in drug-naive subjects for methylphenidate using the Swanson, Nolan, and Pelham Scale - version IV (SNAP-IV) at baseline and after one month of treatment. Data were collected from January 2000 to January 2006. Results In both samples, subjects with the full diagnosis did not have a better response to MPH at doses around 0.5 mg/kg/day than the late onset ADHD subjects. In the adults’ sample, we found a better response to MPH in subjects with late onset ADHD compared to those with full diagnosis, even after adjustment for confounders (baseline total score at the SNAP-IV, and ADHD types) (children and adolescents: F = 0.865; p = .354; adults: F = 5.760; p = .018). Conclusions These results corroborate those found in other studies that challenged the validity of this age-at-onset criterion for ADHD diagnoses. Our results suggest that clinicians should consider the possibility of methylphenidate treatment for subjects with late-onset ADHD.
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Ensaios clínicos em psicofarmacologia de crianças e adolescentes com transtorno de humor bipolarTramontina, Silzá January 2008 (has links)
Introdução: O Transtorno Bipolar (TB) em crianças e adolescentes é um transtorno crônico e severo que causa graves prejuízos ao desenvolvimento e crescimento emocional destes pacientes. Está associado com taxas alarmantes de suicídio, problemas escolares, engajamento em comportamentos de alto-risco, com altas taxas de recorrência e baixas taxas de recuperação. Apesar do tratamento, apresenta muitos sintomas residuais e baixa adesão à medicação devido aos efeitos colaterais, em especial o aumento de peso. Altas taxas de comorbidade com TDAH (mais de 75%) são encontradas em amostras clínicas de crianças e adolescentes com TB. Por estas razões, é fundamental estudar novas opções para o tratamento do TB em crianças e adolescentes, em especial quando em comorbidade com TDAH. Objetivos: Explorar novas opções no tratamento farmacológico do TB em crianças e adolescentes que possam apresentar eficácia e boa tolerabilidade. Neste estudo sobre tratamento farmacológico, optamos por estudar dois fármacos, topiramato e aripiprazol, utilizados no tratamento do TB em crianças e adolescentes e que não parecem estar relacionados com ganho de peso. Método: No estudo do Topiramato, dez pacientes (11-17 anos) que estavam estabilizados usando uma única medicação (estabilizador de humor ou um antipsicótico atípico) e que tinham aumentado de peso em mais de 5% foram arrolados para as 11 semanas do protocolo. A medicação usada foi trocada pelo topiramato, de forma gradual durante as primeiras quatro semanas do estudo. A escala utilizada para medir melhora dos sintomas foi a Young Mania Rating Scale (YMRS), avaliada semanalmente junto com o controle do peso. O ensaio aberto com o aripiprazol envolveu 10 crianças e adolescentes de 8 a 17 anos, com diagnóstico de TB tipos I e II em comorbidade com TDAH. Neste estudo, o aripiprazol foi utilizado por seis semanas e como medidas primárias foram usadas a Young Mania Rating Scale (YMRS), a Swanson, Nolan, and Pelham Scale- version IV (SNAP-IV), o Clinical Global Impressions- Severity (CGI-S) e o peso. Os possíveis efeitos adversos também foram controlados. O terceiro estudo foi um ensaio clínico com aripiprazol, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo em 43 crianças e adolescentes com diagnóstico de TB tipo I e II em comorbidade com TDAH. Foram utilizadas como medidas primárias as escalas YMRS, SNAP-IV e o peso. A Child Mania Rating Scale- Parent version (CMRS-P), a CGI-S, a Child Depression Rating Scale- Reviewed (CDRS-R) e a Kutcher Adolescent Depression Scale (KADS) foram utilizadas como medidas secundárias. Testes laboratoriais e controle dos efeitos colaterais foram também avaliados. Resultados: No estudo aberto de manutenção durante o uso de Topiramato, houve uma redução significativa nos escores da YMRS (p<0,01) e no peso (p<0,01) no estudo aberto de manutenção. No segundo estudo houve um significativo aumento nos escores do funcionamento global (F=3.17, P=.01, tamanho de efeito=0.55), sintomas maníacos (F=5.63, P<.01; ES=0.93), e nos sintomas de TDAH (t=3.42, P<.01; ES=1.05). Embora uma boa tolerabilidade tenha sido encontrada, um significativo aumento de peso (F=3.07, P=.05) foi observado. No terceiro estudo, o aripiprazol apresentou uma significativa redução nos escores da YMRS comparado com o placebo (27,22 versus 19,52; p=0,02; tamanho de efeito=0,80), além de significativa taxa de resposta e remissão dos sintomas de mania (resposta- 88,9% versus 52%, p=0,02; NNT= 2,70; remissão 72% versus 32%, p=0,01; NNT= 2,50); não houve melhora nos escores da SNAP-IV em relação ao placebo. Não houve diferença significativa no peso entre o grupo do aripiprazol e do placebo (p=0,42). Apenas dois pacientes abandonaram o estudo, um usando placebo e outro usando aripiprazol. Não houve diferença significativa nos eventos adversos entre os dois grupos. Conclusão - Existem poucos estudos sobre tratamento de manutenção em crianças e adolescentes bipolares. Os resultados encontrados no estudo com o Topiramato sugerem que ele possa ser usado na fase de manutenção do TB juvenil, promovendo estabilização e redução de peso. No estudo aberto com o aripiprazol observamos significativa melhora nos sintomas maníacos, nos sintomas do TDAH e no funcionamento global, fortalecendo a evidência para o uso desta nova opção no tratamento farmacológico do TB juvenil. Estes achados também sugerem o uso do aripiprazol para a comorbidade TB e TDAH. Entretanto, foi observado ganho de peso ao contrário dos estudos anteriores. No estudo duplo cego, randomizado com aripiprazol comparado com placebo o resultado significativo na melhora dos sintomas do TB tanto nas medidas primárias como nas medidas secundárias, confirma os resultados do estudo aberto inicial e abre uma nova possibilidade para o tratamento destes pacientes, baseada na mais alta qualidade de critérios para a avaliação da eficácia de medicações. Além disso, não houve diferença significativa entre o peso dos pacientes que utilizaram o aripiprazol e os que utilizaram placebo. O uso de outros instrumentos neste estudo, como o SNAP-IV para a avaliação dos sintomas de TDAH, a Youth Quality of Life (YQOL-R) e a Kutcher Adolescent Depression Scale (KADS), cujos resultados serão avaliados em futuras publicações poderão desenvolver um algoritmo mais efetivo para a avaliação e tratamento da comorbidade entre TB juvenil e TDAH. Os resultados satisfatórios obtidos com estes estudos, o desenvolvimento de novos artigos para publicação destes outros resultados não contemplados nesta tese e a criação de um programa especializado (PROCAB) pode permitir a geração de novos conhecimentos nesta área. / Introduction: Bipolar Disorder in children and adolescents is a chronic and severe disorder, with high recurrence and low recovery rates, which causes significant impairment to emotional development. It is associated to alarming suicide rates, school, family, and social problems, and high-risk behaviors. In spite of the treatment, patients present many residual symptoms, and low adherence to treatment due to adverse events, especially weight gain. High comorbidity rates with Attention-Deficit /Hyperactivity Disorder (ADHD - over 75%) are found in clinical samples of children and adolescents with BD. For these reasons, it is fundamental studying new options for the treatment of BD and BD comorbid with ADHD in children and adolescents. Objectives: Explore new psychopharmacological agents which may present good tolerability and safety in the treatment of BD in children and adolescents. In this study about psyhopharmacological treatment, we decided to study two drugs, topiramate and aripiprazole, which are used in the treatment of children and adolescents with BD, and are not associated to weight gain. Methods: In the trial with topiramate, 10 patients (11-17 years-old) were consecutively allocated. They had been euthymic using a single mood antimanic agent or an atypical antipsychotic, but presented weight gain (more than 5% of their baseline weight). They were enrolled in an 11-week open protocol. Their previous medication was switched gradually to topiramate along the first four weeks of the study. Symptom change was assessed weekly using the Young Mania Rating Scale (YMRS), and weight was also assessed weekly. The aripiprazole open trial enrolled 10 children and adolescents from 8 to 17 years-old, with BD I or II comorbid with ADHD. In this study, aripiprazole was used during six weeks. Primary outcome measures were the YMRS, the Swanson, Nolan, and Pelham Scale- version IV (SNAP-IV) – for ADHD symptoms, the Clinical Global Impressions - Severity (CGIS), and weight. Possible adverse events related to aripiprazole use were monitored. The third study was a double-blind, placebo controlled, randomized clinical trial of aripiprazole in 43 children and adolescents with BD I or II and comorbid ADHD. The primary outcome measures used were the YMRS, SNAP-IV, and weight. The secondary outcome measures were the Child Mania Rating Scale - Parent version (CMRS-P), the CGI-S, the Child Depression Rating Scale - revised (CDRS-R), and the Kutcher Adolescent Depression Scale (KADS). Lab tests and adverse events were also monitored. Results: During the use of topiramate, there was a significant reduction in YMRS scores (p<0.01), and in weight (p<0,01). In the second trial, significant improvement in global functioning scores (F=3.17, P=.01, effect size=0.55), manic symptoms (F=5.63, P<.01; ES=0.93), and ADHD symptoms (t=3.42, P<.01; ES=1.05) were detected. Although an overall positive tolerability was reported, significant weight gain (F=3.07, P=.05) was observed. In the third study, aripiprazole presented a significant reduction in YMRS scores compared to placebo (p=0,02; effect size =0,80), and significant differences in rates of response and remission (Response: 88,9% versus 52%, p=0,02; NNT= 2,70; Remission: 72% versus 32%, p=0,01; NNT= 2,50); there was also a significant reduction in the CMRS-P, (p=0,02, effect size 0,54) and in the CGI-Severity (p=0,04, effect size 0,28). No differences between aripiprazole and placebo groups were observed in ADHD symptoms (p=0,4) and weight change (p=0,42). Only two patients discontinued the trial, one using placebo, and the other in the aripiprazole group. There were no significant differences in adverse events count between groups. Conclusion - There are few studies about the maintenance treatment in children and adolescents with BD. The results of the trial with topiramate suggest it may be used in the maintenance phase of JBD, promoting stabilization and weight reduction. In the aripiprazole open trial, we observed significant improvement in manic symptoms, ADHD, and global functioning, strengthening the evidence for the use of this new option in the pharmacological treatment of juvenile BD. These findings also and suggest the use of aripiprazole for comorbid BD and ADHD. However, weight gain was observed, oppositely to prior studies. The double-blind, placebo-controlled, randomized clinical aripiprazole trial, a study that fullfills A level criteria in terms of scientific evidence, opens a new possibility for the treatment of these patients, based on the highest quality of criteria for the assessment of efficacy of the drugs. The use of other instruments in this trial, like the SNAP- IV for the assessment of ADHD symptoms, the Youth Quality of Life (YQOL-R), and the Kutcher Adolescent Depression Scale, whose results will be evaluated and 19 published later, may allow us to develop a more effective algorithm for the assessment and treatment of the comorbidity between BD and ADHD, and the depressive symptoms of BD. The satisfactory results obtained with these studies, the development of new articles for the publication of these other results not approached in the thesis, and the creation of a specialized program (PROCAB) will enable the generation of new knowledge in this area.
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Avaliação da troca do metilfenidato de liberação imediata para o metilfenidato de liberação prolongada no transtorno de déficit de atenção / hiperatividadeMaia, Carlos Renato Moreira January 2009 (has links)
Introdução: O metilfenidato de liberação imediata (MFD-LI) é um psicofármaco receitado mundialmente para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção/hiperatividade (TDAH). Embora eficaz, o MFD-LI está associado a problemas de adesão ao tratamento, uma vez que os pacientes necessitam ingerir os comprimidos várias vezes ao dia. O Spheroidal Oral Drug Absorption System (SODAS™) é uma formulação de metilfenidato de liberação prolongada (MFD-LP) que mimetiza a administração de MFD-LI duas vezes ao dia, e que apresenta menor flutuação nos níveis séricos. Nesta formulação, cinqüenta por cento dos grânulos com revestimento para liberação entérica são liberados aproximadamente 4 horas após a administração, proporcionando um perfil de ação semelhante a duas tomadas ao dia do MFD-LI. O MFD SODAS™ libera de imediato 50% do medicamento, proporcionando um rápido início de ação quando comparado ao sistema de liberação OROS®. Poucos estudos avaliaram a troca do MFD-LI para o MFD-LP, sendo que desses, apenas crianças e adolescentes foram avaliados, e nenhum verificou os preditores de insatisfação da troca do MFD-LI para o MFD-LP. Objetivos: Este estudo tem como objetivo avaliar os sintomas de TDAH, ou preditores de insatisfação e/ou desistência do tratamento naqueles pacientes clinicamente estáveis que fizeram a troca do MDF-LI para o MFD SODAS™. Método: Os critérios de inclusão foram: diagnóstico de TDAH de acordo com os critérios do DSM-IV, e estabilidade de sintomas com o uso do MFD-LI. Os critérios de exclusão foram: condição clínica coexistente que pudesse impedir a prescrição de MFD SODAS™; diagnóstico de abuso ou dependência de álcool e/ou drogas de abuso; diagnóstico prévio de retardo mental moderado; tratamento psicoterápico concomitante. Este é um ensaio clínico aberto realizado em oito semanas. Os pacientes foram designados a receber doses de MFD SODAS™ de acordo com a dose de MFD-LI previamente estabelecida. A eficácia foi avaliada através das escalas SNAP-IV e CGI-S, e eventos adversos através da Barkley's Side Effect Rating Scale (SERS). Foi solicitado aos participantes que classificassem sua satisfação com o tratamento através de uma escala Likert de 5 pontos. Também foram avaliados os seguintes potenciais preditores de resposta: sexo, idade, etnia, nível socioeconômico, comorbidades, subtipos de TDAH, resultados das escalas SNAP-IV e SERS no baseline, tempo de tratamento, tratamento farmacológico concomitante, dose de MFD-LI prévia ao início do estudo e a existência de pausa do tratamento nos finais de semana. Resultados: A partir de uma amostra total de 207 crianças, adolescentes e adultos (provenientes do ambulatório adulto e infantil de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre) foi possível contatar 133 pacientes, os quais sessenta e dois pacientes foram elegíveis a participar do estudo, e 47 completaram as oito semanas de tratamento. Não se encontrou diferença significativa no escore total do SNAP-IV durante o protocolo - baseline, semana 4 e 8 [F(1, 51,26) =0,012; p=0,913]. Ao todo, 46 (74,2%) dos pacientes relataram estar satisfeitos com o novo tratamento, 16 (25,8%) estavam insatisfeitos ou saíram do protocolo. Nas análises univariadas, foi detectada uma tendência para a associação entre etnia e insatisfação (p=0.05). Não se encontrou uma diferença significativa nos escores da SERS durante o ensaio clínico [F(1, 111,49) =0,748; p=0,389]. Em onze eventos adversos ocorreram ao menos 5% em alguma das avaliações (baseline, 4ª ou 8ª semana). Um adulto, que apresentava uma doença cardiovascular previamente ao estudo, apresentou um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) após a quarta semana de tratamento, evoluindo ao óbito após três semanas. Conclusão: Poucos estudos abordaram os sintomas de TDAH após a troca do MFD-LI para qualquer formulação de MFD-LP, e nenhum estudo prévio foi conduzido em populações de países em desenvolvimento ou em amostras com adultos. A taxa de satisfação encontrada (74,2%) na troca do MFD-LI para MFD SODAS™ possivelmente reflete a conveniência da dose única diária deste MFD-LP, como já especulado em estudos prévios. Não foram identificados fatores preditores de insatisfação. O número médio de efeitos colaterais pode ser considerado alto, mas isso pode ser o resultado do uso de uma escala de avaliação adequada, diferentemente do relato espontâneo do evento adverso. Não foi possível encontrar uma relação direta entre os efeitos do MFD SODAS™ e a morte por AVCH ocorrida em um dos sujeitos da amostra. Entretanto, o evento cardiovascular ocorrido sugere extrema cautela ao medicar pacientes com doenças cardiovasculares, conforme proposto pelo FDA. Os achados desse estudo sugerem que o MFD SODAS™ possui eficácia e perfil de eventos adversos similares ao MFD-LI. / Introduction: Immediate-release methylphenidate (MPH-IR) is a pharmacological treatment prescribed worldwide for patients with attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD). The MPH-IR, although highly efficacious, need to be used more than once a day, and consequently might be associated with poor adherence. The Spheroidal Oral Drug Absorption System (SODAS™) is one type of MPH-ER (Extended-release methylphenidate) that mimics the twice-daily administration of MPH-immediate release, but presents less peak and trough fluctuations. This formulation allows the immediate release of 50% of the drug, providing a rapid onset if compared with OROS® formulation. Few studies have evaluated specifically the switching from MPH-IR to MPH-ER. All previous studies accessed only children and adolescents; none evaluated switching to MPH SODAS™ and no predictors of treatment dissatisfaction were mentioned. Objectives: The present study aims to assess ADHD symptoms for 08 weeks after switching from MPH-IR to MPH SODAS™ in clinically stable patients, and to identify predictors of dissatisfaction with MPH SODAS™, and/ or withdrawal from the protocol. Method: The inclusion criteria were: ADHD diagnosis according to the DSM-IV criteria and clinical stability with MPH-IR. The exclusion criteria were: a clinically coexisting medical condition interfering with the administration of MPH SODAS™; previous diagnosis of alcohol and/or drug abuse or dependence; previous diagnosis of moderate mental retardation; concomitant psychotherapy. This is an 8-week open clinical trial. Patients were assigned to doses of MPH SODAS™ according to their pre-study dose of MPH-IR. Assessment of efficacy and side effects was performed by means of the SNAP-IV, CGI-S, Barkley's Side Effect Rating Scale (SERS). Subjects were also asked to report their satisfaction with the treatment in a 5-point Likert scale. We also evaluated the following potential predictors of treatment response: sex, age, ethnicity, socioeconomic status, comorbidities, baseline scores on the SNAP-IV, and SERS, length of treatment, concomitant treatment, previous prescribed dose of MPH-IR, and pause of treatment on weekends. Results: From a total sample of 207 children, adolescents and adults (enrolled from the ADHD outpatient clinic at both Adult and Child and Adolescent Psychiatric Division of Hospital de Clínicas de Porto Alegre) we were able to re-contact 133 patients, where sixty-two patients were eligible to the clinical trial, and 47 completed the 08 weeks of treatment. There was no significant change in the total score of the SNAP-IV during the protocol – baseline, week 4 and 8 [F(1, 51.26)=0.012; p=0.913]. Overall, 46 (74.2%) patients had reported to be satisfied with the new treatment, and 16 (25.8%) were dissatisfied or withdrew from the protocol. In univariate analyses, only ethnicity (p=0.05) were associated with dissatisfaction. No significant change in the SERS score was found during the protocol [F(1, 111.49)=0.748; p=0.389]. Eleven adverse events occurring in at least 5% of the group in any assessment (baseline, 04 or 08 weeks) were observed according to SERS. One adult, with previous cardiovascular disease, presented a hemorrhagic cerebral vascular accident (CVA) after the forth week assessment, resulting in her obit. Conclusion: There is a scarcity of research assessing the switch from MPH-IR to different forms of MPH-ER, and none across the life cycle or in populations from developing countries. The 74.2% of satisfaction with the new treatment may reflect the convenience of the once-a-day dosing of the MPH SODAS™. No predictor of dissatisfaction/withdrawal from the trial was found. The number of adverse events reported during the protocol could be considered high, but this can be the result of the use of an appropriate assessment scale, rather than monitoring only by spontaneous report. It was not possible to find a direc relationship between the MPH SODAS™ and death from a CVA occurred in one of the subjects. However, the cardiovascular event found during the trial, suggest extreme caution when medicating patients with cardiovascular diseases as recently proposed by the FDA. Findings from this study suggest that MPH SODAS™ has similar efficacy and adverse event profile than MPH-IR.
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Papel de fatores ambientais adversos, funcionamento familiar e psicopatologia parental na resposta ao tratamento com metilfenidato em crianças e adolescentes com transtorno de déficit de atenção/hiperatividadeChazan, Rodrigo January 2010 (has links)
Introdução O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) está associado a um significativo impacto negativo em diferentes esferas da vida dos pacientes e de seus familiares. O tratamento medicamentoso com metilfenidato (MFD), embora reduza os prejuízos associados ao transtorno, não é universalmente eficaz. Existem poucos estudos sobre fatores preditores de resposta ao MFD e a maior parte das informações origina-se de uma única amostra. Objetivos O presente estudo tem por objetivo avaliar fatores preditores de resposta ao tratamento com MFD em crianças e adolescentes com TDAH. Especificamente, foram estudados fatores clínicos, demográficos, funcionamento familiar, psicopatologia parental e fatores ambientais adversos. Métodos Este é um estudo longitudinal com um design de quase-experimento. Crianças e adolescentes com TDAH e indicação primária de MFD foram tratadas e acompanhadas por 6 meses por psiquiatras da infância e adolescência. Foi utilizado MFD em doses otimizadas até o máximo de efeito ou o surgimento de efeitos colaterais limitantes. A eficácia foi avaliada pelas escalas SNAP-IV e CGI-G, preenchidas pelos pais e pelo médico, respectivamente. Os fatores preditores avaliados pertencem a três dimensões: clínica e demográfica, características familiares (psicopatologia parental e funcionamento familiar) e fatores de adversidade psicossocial. O funcionamento familiar foi avaliado através da escala FES; a avaliação de psicopatologia parental foi realizada através da entrevista diagnóstica SCID-IV, da escala ASRS e de avaliação de sintomas de psicopatia. Os fatores de adversidade psicossocial foram derivados dos Indicadores de Adversidade de Rutter. A análise estatística foi realizada através dos testes do 2 ou teste exato de Fisher (para variáveis categóricas) e teste t de Student (para variáveis contínuas). Foram desenvolvidos modelos multivariados para avaliação dos fatores preditores de resposta através de modelos de efeitos mistos. Resultados Foram incluídos 125 pacientes nas análises. Nas análises univariadas, menor idade (p=0,01), subtipo combinado de TDAH (TDAH-C) (p<0,001), comorbidade com Transtorno de Conduta (TC) (p=0,03) e Transtorno de Oposição e Desafio (TOD) (p<0,001) foram associados a pior desfecho. No funcionamento familiar, as dimensões de organização (p=<0,001) e coesão (p=0,01) foram preditores de melhor resposta. A dimensão de conflito (p=<0,001) esteve associada à pior resposta. Em relação à psicopatologia materna, a presença de sintomas antisociais (p=0,002), o número de diagnósticos psiquiátricos de Eixo I (p=0,03) e a gravidade de sintomas de TDAH (p=<0,001) também foram preditores de pior resposta. A psicopatologia paterna não esteve associada à resposta ao tratamento. Em termos de adversidade psicossocial, apenas gestação indesejada (p=0,002) esteve associada à pior desfecho. Nas análises multivariadas, TDAH-C, comorbidade com TOD e maior gravidade de sintomas basais (CGAS) foram preditores de pior resposta. Da mesma forma, conflito familiar e sintomas maternos de TDAH predisseram um pior resultado. O efeito de gestação indesejada manteve-se estatisticamente significativo no modelo multivariado. Em um modelo que abrangeu todas as dimensões estudadas, os seguintes fatores foram preditores de pior resposta ao tratamento: TDAH-C, comorbidade com TOD, sintomas maternos de TDAH e gestação indesejada. CONCLUSÃO Este é o primeiro estudo realizado em população de país em desenvolvimento a avaliar o impacto de diferentes fatores adversos psicossociais na resposta a metilfenidato em crianças e adolescentes com TDAH. Demonstramos que o subtipo combinado de TDAH, a comorbidade com TOD, sintomas maternos de TDAH e gestação indesejada foram preditores de pior resposta ao MFD. Tais achados ressaltam a importância de ter-se uma visão ampla no atendimento destas crianças, levando em consideração o ambiente no qual elas estão inseridas e possíveis fatores preditores de piores desfechos. Além disso, os nossos resultados enfatizam a importância de se avaliar os pais no atendimento de crianças e adolescentes, especialmente investigando sintomas maternos de TDAH. Pesquisas futuras devem expandir o conhecimento acerca de interações entre fatores genéticos e ambientais, possibilitando que sejam desenvolvidas abordagens mais eficazes e que contribuam para a redução do impacto negativo deste transtorno. / Introduction Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) is associated with a negative impact in different aspects of patients and their relatives’ lives. Although pharmacological treatment with methylphenidate (MPH) may reduce the impairment associated with the disorder, it is not universally effective. There are few studies of the predictive factors of MPH treatment response and most of available data come from a single sample. Objectives The aim of our study was to evaluate the impact of demographic, clinical, familial (parental psychopathology and family functioning), and psychosocial adversity factors on the response to methylphenidate in a naturalistic sample of children and adolescents with ADHD. Methods This is a longitudinal study with a quasi-experiment design. Children and adolescents with ADHD and a primary indication for MPH treatment were treated and followed for 6 months by child and adolescent psychiatrists. Medication doses were augmented until no further clinical improvement was detected or there were limiting side effects. Treatment response was evaluated according to SNAP-IV and CGI-S scales, completed by parents and researchers, respectively. Predictive factors were divided into three dimensions: clinical and demographic, family characteristics (parental psychopathology and family functioning) and psychosocial adversity. Family functioning was evaluated by the FES scale; parental evaluation consisted of a diagnostic interview (SCID-IV), self-reported ASRS scale and psychopathic symptoms investigation. Psychosocial adversity factors were derived from Rutter’s indicators of adversity. Statistical analysis were performed using 2 test or Fisher’s Exact Test (categorical variables), and Student t test (continuous variables with normal distribution). Multivariable models were constructed with a Mixed-Effects Model (MEM) approach for analysis of predictive factors of treatment response. Results One hundred and twenty-five patients were included. In the univariate analysis, younger age (p=.01), the presence of ADHD combined subtype (p<.001), CD (p=.03) and ODD (p<.001) were associated with a worse response to treatment. Higher scores on the organization (p=<.001) and cohesion (p=.01) dimensions of FES were associated with better response to treatment, while more conflicted families had a worse response (p=<.001). In terms of maternal psychopathology, antisocial symptoms (p=.002) and number of Axis I diagnosis (p=.03) were associated with a worse response to methylphenidate. Also, maternal ADHD symptoms predicted a worse response to treatment (p=<.001). Paternal psychopathology did not predict treatment response. In terms of psychosocial adversity, only undesirable pregnancy (p=.002) predicted a worse response to treatment. In the multivariate analysis, ADHD combined subtype, ODD comorbidity and lower baseline CGAS scores were significant predictors of a reduced response to treatment. Family conflict and maternal ADHD symptoms were also significant predictors of poor response. Undesirable pregnancy also remained significant in the multivariate analysis. A final multivariate mixed-effect model was created including significant predictors of response in each individual multivariate model. Results indicated that ADHD combined subtype, ODD diagnosis, maternal ADHD symptoms, and undesirable pregnancy were significant predictors of a reduced response to methylphenidate during 6 months of treatment. Conclusion This is the first study in a developing country to evaluate the impact of different adversity factors on ADHD treatment response in children and adolescents. We were able to demonstrate that ADHD combined subtype, ODD comorbidity, ADHD maternal symptoms and undesirable pregnancy were predictors of a worse response to MPH. These findings highlight the need to have a global perspective on children’s environment and be aware of the presence of negative predictors of treatment response. In addiction, our results stress the role of parental evaluation, especially maternal ADHD symptoms. Future research should expand our knowledge on how genetic factors interact with environmental factors, which might pave the road to the development of alternative clinical strategies that might reduce the burden associated with ADHD.
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Programa de habilidades sociais educativas com pais : efeitos sobre o desempenho social e acadêmico de filhos com TDAH / Social skills program with parents: effects over the social and academic performace of children with ADHDRocha, Margarette Matesco 11 February 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-02-11 / Attention Deficit and Hyperactivity/Impulsitivity Disorder (ADHD) children frequently show problems in the social interaction what results in social, emotional and academic impairment. Programs developed to teach educative social skills to parents of ADHD children can contribute to the change of this behavior pattern. The proposal of this study was to evaluate the effects of a training in Educative Social Skills program for parents of ADHD children, focusing both on its internal and external validity. The sample was composed by 16 mothers of children diagnosed with ADHD, randomly assigned into two groups: Experimental Group (EG) and Control Group (CG). For the selection of the sample, in addition to the diagnosis of ADHD, the children must be between 7 and 12 years old, be attending to the elementary school and be under medication specific for ADHD. The study involved five phases: selection of the sample, pre-intervention
assessment, intervention, post-intervention evaluation and follow-up. In the phases pre, post-intervention and follow-up, the assessment of the mother s social skills repertory was done through the use of self-report instruments (IHS-Del-Prette) and the Educative Social Skills through questionnaire and video filming. The children social skills repertoire was assessed by the mothers, the teachers and the children themselves through SSRS-BR in the three phases of the program. The program was composed by 31 group sessions and 12 individual sessions. The results were analyzed in relation to the frequency of the total and factorial scores (IHS-Del-Prette e SSRS-BR), and the scores for the filming and the questionnaire. For all the measures in the different moments the data were computed by the Statistical Package for Social Science (SPSS, version 16.0) and analyzed statistically (Mann-Whitney - independent samples and Wilcoxon - related samples). The results show that the program was effective in promoting significant changes for the mothers of the EG, mainly, for those skills which were the target of the intervention. The generalization of these skills, for the familiar context, favored meaningful changes in the social behaviors, behavior problems and academic competency of the children showed external validity. The differences between the two groups, experimental and control, showed impact over the mothers and the children behaviors, indicating its internal validity. / Crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade/Impulsividade (TDAH) frequentemente apresentam problemas nas interações sociais que acarretam prejuízos sociais, emocionais e acadêmicos. Programas para ensinar habilidades sociais educativas a pais de crianças com TDAH podem contribuir na alteração desse padrão de comportamento. A proposta desse estudo foi avaliar os efeitos de um programa de Treinamento de Habilidades Sociais Educativas (THSE) junto a pais de crianças com TDAH, focalizando tanto a sua validade interna como a externa. A amostra foi composta por 16 mães de crianças com diagnóstico de TDAH, que foram designadas aleatoriamente em dois grupos: Grupo Experimental (GE) e Grupo Controle (GC). Para a seleção da amostra, além do diagnóstico de TDAH, as crianças deveriam ter entre 7 e 12 anos, estar cursando o ensino fundamental e fazendo uso de medicação específica para o TDAH. O estudo envolveu cinco fases: seleção da amostra, avaliação pré-intervenção, intervenção, avaliação pós-intervenção e seguimento. Nas fases de pré, pós-intervenção e seguimento, a avaliação do repertório de habilidades sociais das mães foi realizada por meio de instrumentos de autorrelato (IHS-Del-Prette) e as habilidades sociais educativas por meio de questionário e videogravação. O repertório de habilidades sociais das crianças foi avaliado pelas mães, pelos professores e pelas próprias crianças por meio do SSRS-BR nas três fases do programa. O programa constou de 31 sessões em grupo e 12 sessões individuais. Os resultados foram analisados em relação à frequência dos escores total e fatoriais (IHS-Del-Prette e SSRS-BR) e da pontuação no questionário e nas filmagens. Para todas as medidas, nos diferentes momentos, os dados foram computados pelo Statistical Package for Social Science (SPSS, versão 16.0) e analisados estatisticamente (Mann-Whitney para amostras independentes e Wilcoxon para amostras relacionadas). Os resultados mostraram que o programa foi efetivo em promover mudanças significativas para as mães do GE, principalmente naquelas habilidades que foram alvo da intervenção. A generalização dessas habilidades, para o contexto familiar, favoreceu mudanças significativas nos comportamentos sociais, problemas de comportamento e competência acadêmica das crianças, demonstrando validade externa. As diferenças entre os grupos, experimental e de controle, mostraram impacto sobre o comportamento das mães e das crianças, indicando sua validade interna.
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Efeito de um programa de equoterapia nos aspectos psicomotores de crianças com indicativos do TDAHBarbosa, Gardenia de Oliveira 26 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-26 / Universidade Federal de Sao Carlos / The hippotherapy is a therapeutic and educational horse that uses an interdisciplinary approach in seeking the biopsychosocial development of people with special needs. Among the various types of special needs highlights the disorder and attention deficit hyperactivity disorder (ADHD), children with this disorder characterized by a level of attention to inappropriate for their age, developmental disorder that causes motor, perceptual , cognitive and behavioral. The aim of this study is to assess the effect of a program of hippotherapy on the psychomotor development of children with ADHD indicative. Regarding the method, we developed an exploratory study of type experimental manipulation. Participants were five children aged between 7 and 10 years, coming from a city in the interior of São Paulo. In order to identify children with ADHD indicative of the scale was employed MTA SNAP-IV (ADHD rating scale for Swanson, Phelan and Nonam - version IV). Before and after the intervention period, study participants underwent an evaluation based Motor Development Scale (EDM). The intervention consisted of a program of education called equine therapy / rehabilitation, and was composed of 24 sessions, lasting 30 minutes, recorded systematically through filming and field diary. The results were analyzed quantitatively and qualitatively by the Wilcoxon paired test with p <0.05 in combination with a descriptive analysis of the evolution of the practitioners. Through the analysis of the results showed that the program influenced in all studied motor skills, and psychomotor aspects more influenced by hippotherapy program, according to the scale of motor development (EDM), were respectively spatial organization, balance, motor skills thin body schema, and the lowest was observed in the motor influence global and temporal organization. Since in the post-test, the motor age overall was statistically significant, it is concluded, in general, that the hippotherapy program was effective for the development of psychomotor aspects of children with ADHD indicative. / A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo em uma abordagem interdisciplinar buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais. Entre os vários tipos de necessidades especiais destaca-se o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH); crianças com esse transtorno caracterizam-se por um nível de atenção inadequado ao esperado para a idade, distúrbio do desenvolvimento que gera déficits motores, perceptivos, cognitivos e comportamentais. O objetivo do presente estudo é verificar o efeito de um programa de equoterapia sobre o desenvolvimento psicomotor de crianças com indicativos de TDAH. Com relação ao método, foi desenvolvido um estudo exploratório do tipo manipulação experimental. Participaram do estudo cinco crianças com idade entre 7 e 10 anos, procedentes de um município do interior de São Paulo. A fim de identificar crianças com indicativos de TDAH foi empregada a escala MTA SNAPIV (escala para avaliação do TDAH de Swanson, Nonam e Pelhan versão IV). Antes e após o período de intervenção os participantes da pesquisa foram submetidos a uma avaliação baseada na Escala de Desenvolvimento Motor (EDM). A intervenção foi constituída por um programa de equoterapia denominado educação/reeducação, tendo sido composta por 24 sessões, com duração de 30 minutos, registradas sistematicamente por meio de filmagens e diário de campo. Os resultados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa por meio do teste de Wilcoxon Pareado com p<0,05 em associação a uma análise descritiva da evolução dos praticantes. Por meio da análise dos resultados observou-se que o programa influenciou em todas habilidades motoras estudadas, sendo que aspectos psicomotores mais influenciados pelo programa de equoterapia, de acordo com a escala de desenvolvimento motor (EDM), foram, respectivamente, organização espacial, equilíbrio, motricidade fina e esquema corporal, sendo que a menor influência foi verificada na motricidade global e organização temporal. Visto que no pós-teste a idade motora geral foi estatisticamente significante, conclui-se que, de forma geral, que o programa de equoterapia foi efetivo para o desenvolvimento dos aspectos psicomotores de crianças com indicativos de TDAH.
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