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A não espacialidade das coisas em si mesmas à luz da interpretação de Henry Allison

Falkenbach, Tiago Fonseca January 2006 (has links)
A presente dissertação consiste em um exame do argumento que Kant apresenta na ‘Estética Transcendental’ (Crítica da Razão Pura, A26/B42) em defesa da não espacialidade das coisas em si mesmas. Esse exame está amplamente baseado na interpretação de Henry Allison, seja por assimilar algumas de suas teses interpretativas centrais, seja por insistir no diálogo com os textos do intérprete nos momentos em que deles se distancia ou diverge. São dois os eixos principais da leitura desenvolvida na dissertação. O primeiro é a compreensão da distinção transcendental entre coisas em si mesmas e aparições [Erscheinungen] conforme a assim chamada “teoria dos dois aspectos”. Fruto dos trabalhos de Gerold Prauss e de Allison, essa tese de interpretação reza que a distinção transcendental deve ser entendida não como uma oposição entre reinos disjuntos de entidades, mas como uma distinção de aspectos. O segundo pilar da leitura proposta é a defesa de uma concepção moderada da tese da não espacialidade. Nessa versão moderada, diversamente da formulação mais forte à qual a maioria dos intérpretes costuma aderir, a tese kantiana não estabeleceria que as coisas em si mesmas seriam não-espacias em todo e qualquer sentido que se pudesse conferir ao adjetivo ‘espacial’. Os primeiros capítulos da dissertação concentram-se em averiguar a solidez da teoria dos dois aspectos, em especial, em demonstrar sua compatibilidade com duas importantes teses kantianas, a afirmação que as aparições do sentido externo são espaciais e a referida tese da não espacialidade. O trabalho de conciliação resume-se a esclarecer como é possível afirmar, sem contradição, que aparições e coisas em si mesmas são as mesmas coisas (conquanto consideradas sob aspectos distintos) e que aparições possuem certas propriedades (determinações espaciais) que as coisas em si mesmas não possuem.A solução dessa dificuldade resultou na identificação de duas premissas fundamentais que uma caridosa interpretação baseada na teoria dos aspectos deveria reconhecer no argumento kantiano: de um lado, o princípio do caráter constitutivo da relação cognitiva, de outro, a admissão de uma estrutura judicativa peculiar: o juízo reduplicativo. O terceiro capítulo trata, por fim, do sentido da tese da não espacialidade. Em primeiro lugar, procurou-se desqualificar aquelas interpretações que pretendem fortalecer o peso lógico da tese. Essencial para essa fase crítica da argumentação foi a discussão de dois paradoxos recorrentes na literatura secundária: a célebre objeção suscitada por A. Trendelenburg (a alternativa negligenciada) e a dificuldade de conciliação entre as afirmações da não espacialidade e da incognoscibilidade das coisas em si mesmas. Em um segundo momento, buscou-se apresentar os fundamentos conceituais e exegéticos em favor de uma versão mais fraca da tese kantiana. Em síntese, a investigação pretendeu confirmar a proposição segundo a qual a não espacialidade das coisas em si mesmas, ainda que baseada nas condições ontológicas do representado, estaria prioritariamente fundada nas condições de representação, i.e., nas condições de atribuição dos conteúdos de uma representação consciente objetiva (cognição) ao representado.
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Será mesmo que a revolução terminou? Filosofia e história nos primeiros escritos hegelianos de Iena (1801-1803) / Is the revolution really over? Philosophy and history in the first hegelian writes of Iena (1801-1803)

Ricardo Crissiuma 03 December 2010 (has links)
Na Alemanha, a Crítica da Razão Pura, em 1781, inaugura uma nova forma de se pensar a metafísica; na França, a queda da Bastilha, em 1789, expressa uma nova forma de se atuar na história. Muita esperança foi depositada nesses dois acontecimentos, mas pouco depois da virada para o século XIX, são diversas as vozes que afirmam que eles já teriam chegado ao um final. A filosofia hegeliana tenta conferir uma resposta a essas vozes. Para tanto, Hegel busca rearticular a relação entre filosofia e história a partir do conceito de carecimento da filosofia. Se, por certo, este conceito é retirado da própria filosofia kantiana, o significado que Hegel lhe confere é significativamente diferente, ligando, antes, a um problema no interior da formação cultural do que a uma faculdade do conhecimento humano. Retrabalhando dois temas centrais da filosofia crítica kantiana a relação da filosofia com o senso comum e a relação do ceticismo com a filosofia Hegel poderá mostrar como o conceito de carecimento de época tem de estar no cerne de toda a filosofia. Evitando, ao mesmo tempo, alçar seja a objetividade, em si mesma, seja a subjetividade, em si mesma, como artífices da unificação entre sujeito e objeto. Paralelamente, para se apreender o verdadeiro significado da Revolução Francesa seria necessário radicalizar o conceito de representação, evitando tanto o conformismo com o Estado máquina, em que a sociedade perde toda a sua liberdade, quanto a nostalgia pelo ideal da liberdade primitiva, em que poderia se viver em uma comunidade sem lei e sem Estado. Para Hegel, somente na medida em que não se compreendeu o verdadeiro significado de cada uma dessas revoluções, seria possível atribuir-lhes um final. / Kant inaugurates a new way of thinking about the metaphysics; the events in France from the fall of the Bastille inaugurate a new way of thinking about politics. Much hope was placed in these two events. However, at the time that Hegel began to publish his first philosophical writings, many voices were heard proclaiming that both would be finishing. This dissertation understands Hegel\'s philosophy as an attempt to answer those voices, showing that only when one may not understand the true meaning of each one, it is possible to assing an end to them. From the Hegelian perspective, to grasp the true significance of Kant\'s philosophy, it would be necessary to radicalize the concept of criticism (which try to avoid that philosophy relapses into common sense and into raving), compelling it to dissolve even sensible things, instead of returning to postulate things supersensible to ensure awareness. Avoiding at the same time, raise the objectivity in itself and the subjectivity in itself, as architects of unification between subject and object want to. In parallel, to grasp the true significance of the French Revolution would be necessary to radicalize the concept of representation, avoiding both conformity with the state machine, where the society loses all its freedom, and the nostalgia for the primitive ideal of freedom, which postulates that it is possible to live in a community without law and without state.
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O heroísmo na poética de Platão: uma biografia filosófica no drama dos diálogos / Heroism in Plato's Poetics: A Philosophical Biography in the Drama of Dialogues

Carvalho, Rafael Virgilio de 02 February 2018 (has links)
Submitted by Rafael Virgilio De Carvalho null (rafael_virgilio_carvalho@hotmail.com) on 2018-03-14T20:28:58Z No. of bitstreams: 1 O HEROÍSMO NA POÉTICA DE PLATÃO.pdf: 1077777 bytes, checksum: 31c32464791dbdb1753178ad2add6a42 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Luiza Carpi Semeghini (luiza@assis.unesp.br) on 2018-03-14T21:50:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 carvalho_rv_dr_assis.pdf: 1077777 bytes, checksum: 31c32464791dbdb1753178ad2add6a42 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-14T21:50:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 carvalho_rv_dr_assis.pdf: 1077777 bytes, checksum: 31c32464791dbdb1753178ad2add6a42 (MD5) Previous issue date: 2018-02-02 / Para interpretar historicamente o pensamento de Platão é preciso, inicialmente, fazer uma pergunta essencial: quem foi Platão? A resposta tende a ser múltipla quando dada por um historiador que vive o cotidiano da Pós-Modernidade. Assim, pode-se dizer que Platão foi um grego que viveu de 429 a. C. a 348 a. C., membro de uma família aristocrática que descendia do legislador Sólon, cidadão de Atenas, filósofo e discípulo de Sócrates, escritor que compôs inúmeros diálogos socráticos e chefe de um thiasos filosófico chamado Academia. Porém, esses aspectos só ficam claros se Platão for visto como um sujeito histórico, o que implica compreender o seu pensamento como ação recortada por práticas socioculturais que o sujeitavam, fazendo-o incorporar certas disposições que lhe permitia transitar por entre os diferentes campos da sociedade. Para tanto, os diálogos platônicos terão que ser lidos com preocupações historiográficas, mediante pressupostos teóricos, que consigam projetá-los como meio pelo qual este sujeito se relacionava com o campo literário de Atenas. Com o objetivo de reconstruir a biografia de Platão, a análise tem que ser direcionada para a materialidade que determina a sintaxe através da qual a filosofia platônica foi enunciada, isto é, a sua prática de escrita. A dramaticidade, sob a forma do heroísmo socrático, torna-se ponto de convergência da investigação dado que indica as escolhas peculiares vividas por um sujeito e efetivadas em meio às regras socioculturais que definiam o campo literário no qual Platão escreveu os seus diálogos. / To interpret Plato's thought historically, one must first ask an essential question: who was Plato? The answer tends to be multiple when given by a historian who lives the daily postmodernity. Thus it can be said that Plato was a Greek who lived from 429 BC. C. to 348 a. C., member of an aristocratic family that descended from the legislator Solón, citizen of Athens, philosopher and disciple of Sócrates, writer that composed numerous Socratic dialogues and head of a philosophical thiasos called Academy. However, these aspects are only clear if Plato is seen as a historical subject, which implies understanding his thought as an action cut by sociocultural practices that subjected him, making him incorporate certain provisions that allowed him to move through the different fields of society . For this, the Platonic dialogues will have to be read with historiographical concerns, by means of theoretical presuppositions, that can project them as a means by which this subject was related to the literary field of Athens. In order to reconstruct Plato's biography, the analysis has to be directed to the materiality that determines the syntax by which Platonic philosophy was enunciated, that is, its writing practice. Dramaticity, in the form of Socratic heroism, becomes a point of convergence of inquiry, since it indicates the peculiar choices lived by a subject and made effective in the midst of the sociocultural rules that defined the literary field in which Plato wrote his dialogues.
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Contribuições das obras de Frederic Edward Clements para o ensino de ecologia / Contributions of the works of Frederic Clements for the ecology education

Nunes, Patrícia da Silva [UNESP] 03 June 2016 (has links)
Submitted by PATRÍCIA DA SILVA NUNES null (paty_snunes@yahoo.com.br) on 2016-08-01T18:45:57Z No. of bitstreams: 1 TESE- Patrícia da Silva Nunes.pdf: 3291691 bytes, checksum: fd718fcfe90cb9a708df028a9adcf54c (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Grisoto (grisotoana@reitoria.unesp.br) on 2016-08-03T14:20:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 nunes_ps_dr_bauru.pdf: 3291691 bytes, checksum: fd718fcfe90cb9a708df028a9adcf54c (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-03T14:20:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 nunes_ps_dr_bauru.pdf: 3291691 bytes, checksum: fd718fcfe90cb9a708df028a9adcf54c (MD5) Previous issue date: 2016-06-03 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Frederic Edward Clements (1874-1945) foi um botânico e ecólogo estadunidense. Realizou trabalhos principalmente na área de Ecologia Dinâmica. Recebeu reconhecimento perante a comunidade científica, sobretudo após a publicação do livro "Plant Succession: an analysis of the development of vegetation", em 1916. Nessa obra defendeu a metáfora das formações vegetais como entidades orgânicas, o superorganismo. Após esse trabalho foi convidado a integrar o corpo de pesquisadores da Instituição Carnegie, em Washington (EUA), conseguindo assim maiores financiamentos para as suas pesquisas. Seus trabalhos, alvos de críticas e elogios, contribuíram para a institucionalização da Ecologia enquanto ciência no século XX. Tendo em vista a importância das ideias desse autor para a estruturação desse campo, objetivou-se neste trabalho investigar as suas contribuições, a partir de fontes originais, com o propósito de oferecer subsídios para a discussão a respeito de seus aportes para o ensino da Ecologia no nível superior de educação. A fim de que compreendêssemos mais profundamente o alcance de sua obra, foram realizadas entrevistas com seis professores universitários, que além de discutirem a obra de Clements, ainda teceram diálogos sobre a inclusão da História e Filosofia da Ciência no ensino. Esse fato é interessante, pois a história da ciência, segundo pesquisadores da área, pode configurar-se como uma ferramenta importante para a aprendizagem científica. Cabe ressaltar que as entrevistas foram analisadas pelo método da análise de conteúdo e as obras, por meio de análises documentais. Após a triangulação dos dados foi verificado que Clements trouxe importantes contribuições para a Ecologia, como a elaboração de novos conceitos, inserção de terminologias, criação de métodos de pesquisa – como o método de parcelas, confecção de instrumentos para trabalhos de campo, discussão sobre critérios de rigor científico para a área e, ainda, trouxe uma visão sistêmica para os ambientes naturais. Para o ensino, especificamente, contribuiu com a elaboração de experimentos e procedimentos para aulas de campo destinadas a alunos universitários. Ainda hoje seus trabalhos estão presentes em livros-texto utilizados nos cursos de graduação de Biologia e Ecologia, confirmando assim o reconhecimento da sua importante contribuição como pesquisador. / Frederic Clements (1874-1945) was an American botanist and ecologist who carried out works mainly in Dynamic Ecology field. He received recognition from the scientific community, especially after the publication of "Plant Succession: an analysis of the development of vegetation", in 1916. In this work, he defended the analogy of plant formations as organic entities, the superorganism. After this work, he was invited to join the body of researchers on the Carnegie Institution, in Washington, DC (USA), thereby achieving greater funding for his research. His works, targets of criticism and praise, contributed to the strengthening of Ecology as a science in the twentieth century. Given the importance of this author's ideas to the structuring of this field, the aim of the present work was to investigate his contributions, based on the original sources, in order to provide subsidies for discussion of his additions to the teaching of Ecology in higher education. To broadly understand the scope of his work, interviews were conducted with six university professors. Besides discussing Clements' production, they dialogued on the inclusion of History and Philosophy of Science in education. This is an interesting fact because, according to researchers in the field, the History of Science can be configured as an important tool for scientific learning. It is worth noting that the interviews were analyzed by content analysis method, and the works by documental analysis. After analysis, it was confirmed that Clements brought many contributions to Ecology, as the development of new concepts, introduction of terminologies, creation of research methods – as the quadrat method, creation of fieldwork instruments, discussion on scientific rigor criteria on this area, and even brought a systemic vision of the natural environment. Specifically on teaching, he contributed through the preparation of experiments and procedures for field classes for college students. Even today, his works are present in textbooks used in Biology and Ecology undergraduate courses, conforming the recognition of his remarkable contribution as a researcher.
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A LEGITIMAÇÃO DA CIÊNCIA NA INGLATERRA VITORIANA: WILLIAM WHEWELL, FILOSOFIA DA CIÊNCIA E A DISTINÇÃO ENTRE O CONTEXTO DA DESCOBERTA E O CONTEXTO DA JUSTIFICAÇÃO / The Legitimation of Science in the Victorian England : William Whewell, Philosophy of Science and the distinction between the context of discovery and context of justification

Leonardo Rogério Miguel 21 August 2006 (has links)
Esta dissertação caracteriza-se como um estudo de história da filosofia da ciência. O objetivo central é analisar e compreender a construção da filosofia da ciência não apenas a partir das apresentações da produção intelectual do matemático e polímata inglês William Whewell (1794-1866), como também de alguns elementos de sua biografia e de seu contexto histórico. Esse objetivo é complementado pela análise dos critérios e pressupostos filosóficos, científicos, teológicos, morais e educacionais empregados por Whewell no estabelecimento de uma distinção entre o processo de descoberta científica e os métodos de justificação de teorias distinção entre, em termos atuais, os assim denominados contexto da descoberta e contexto da justificação. Atualmente, filósofos e historiadores da ciência vitoriana consideram o tratado Filosofia das ciências indutivas, fundadas em suas histórias (1840 e 1847), de Whewell, como a primeira sistematização histórico-filosófica da ciência. Assim sendo, nada mais apropriado do que tomar em consideração a biografia intelectual desse autor (pouco conhecido do público brasileiro) para entender os passos de sua pr odução, bem como os seus propósitos, compromissos e algumas peculiaridades de sua personalidade. A importância deste trabalho é justificada não somente pela compreensão que proporciona a respeito da emergência da filosofia da ciência como ramo de investigação, disciplina especializada e discurso legitimador, mas também pelo tipo de abordagem que utiliza, a qual procura articular as motivações intelectuais e morais do autor com as suas circunstâncias culturais e institucionais. / This dissertation is a study in the history of the philosophy of science. The main objective is to analyze and understand the formation of the philosophy of science regarding the presentation of the intellectual production of the mathematician and polymath William Whewell (1794-1866), and concerning some of the features of his biography and his historical context. The objective of this work is complemented by an analysis of the philosophical, scientific, theological, moral and educational criteria and assumptions used by Whewell to establish a distinction between the process of scientific discovery and the methods of justification of theories (in current terms, the distinction between thus called context of discovery and context of justification). Nowadays philosophers and historian of Victorian science consider Whewells books History of the Inductive Science s, from the earliest to the present time (1st edition, 1837) and The Philosophy of the Inductive Science, founded upon their histories (1 st edition, 1840) as the first historical and philosophical systematization about the pure and empirical sciences. In this sense, it is important to investigate the intellectual biography of Whewell (usually unknown by the Brazilian academician and students) in order to better understand the steps of his production, as well as his purposes, commitments and some peculiarities of his personality. The importance of this work justifies itself not only because it provides a better understanding of the emer gence of the philosophy of science as a real field of investigation, as a specialized subject and as normative speech about the scientific thought and practice, but also for the kind of a pproach used in this work, which articulates most of Whewells intellectual, moral, cultura l and institutional motivations to his own historical and social circumstances.
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Foucault e Mallarmé: o espessamento da linguagem / Foucault and Mallarmé: the thickening of language

Michael Ciano Gartrell 03 August 2016 (has links)
O objetivo deste trabalho é analisar como Foucault aborda Mallarmé no que concerne a condição da linguagem moderna. O filósofo argumenta que a linguagem moderna passa por um processo de espessamento e está adquirindo uma nova função que não é limitada à representação. O que se propõe é situar Mallarmé nesse processo linguístico examinado por Foucault, buscando identificar seu papel e relevância, assim como determinar quais foram as causas e as características centrais da espessura da linguagem no século XIX. Desse modo, a pesquisa basear-se-á principalmente na obra As Palavras e as Coisas, visto que é nesse livro que Mallarmé é mais detidamente estudado. Artigos, ensaios e entrevistas, como O Pensamento do Exterior, por exemplo, onde o autor simbolista é secundariamente discutido, serão referidos de modo a clarificar certas questões em Les mots e les choses. / The main objective of this thesis is to analyze Foucaults treatment of Mallarmés contribution to the modern condition of language. The philosopher argues that language in modernity is thickening and is acquiring a new function that is not limited to representation. Our aim is to situate Mallarmés position in this linguistic process examined by Foucault, identifying his role and relevance as well as determining what were the causes and central characteristics of languages thickness in the 19th century. Therefore, our research will rely heavily on The Order of Things, since it is here where Foucault examines Mallarmé in greater length. Articles, essays and interviews, like The Thought from the Outside for example, where the symbolist poet is indirectly discussed will be refered to in order to clarify certain issues in Les mots e les choses.
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A transgressão de Melisso: o tema do não-ser no eleatismo / Melissus\' transgression: the theme of non-being in eleaticism

Nicola Stefano Galgano 22 February 2010 (has links)
Os historiadores da filosofia parecem quase todos de acordo ao atribuir a Parmênides o início da reflexão a respeito do ser. Mas no Poema encontramos também um discurso a respeito do não-ser. A deusa, a voz de Parmênides, diz que o caminho do não-ser é caminho impercorrível e que ademais, o não-ser não pode nem ser dito e nem ser pensado como origem da geração e da corrupção das coisas. Melisso aparentemente leva esse preceito à últimas conseqüências, pois se não há geração e corrupção, para ele o mundo é infinito, eterno, uno e imutável. Além disso, Melisso nega totalmente os fenômenos, julgando-os um engano dos sentidos. Surge a pergunta: eles estarão falando do mesmo não-ser? Este trabalho tem por objetivo estabelecer as noções respectivas de não-ser em Parmênides e em Melisso. Verificadas as noções de não-ser, elas são comparadas de forma a evidenciar as diferenças: a noção de não-ser de Parmênides aponta para a contradição (noção ontológica); a noção de não-ser de Melisso aponta para o nulo (noção lógica). O trabalho conclui que Melisso transgride o preceito da deusa parmenidiana, usando o não-ser no discurso e no pensamento, pois para ele já não era um conceito contraditório, mas um conceito de ausência, próximo ao nosso conceito de zero. Como complemento, a pesquisa aponta que na seqüência histórica, o conceito de não-ser criticado pelos filósofos posteriores é mais o conceito de Melisso do que aquele de Parmênides. Esse apontar complementar é obtido com um rápido sobrevôo nas filosofias de Górgias e de Platão, com o intuito de abrir a problemática dos próximos passos da pesquisa. Nosso trabalho confirma também o isolamento histórico de Parmênides, tendo sido um inovador sem seguidores. / Almost all the philosophy historians seem to agree attributing to Parmenides the beginning of the reflection about being. In the Poem, however, we also find a speech about not being. The goddess, voice of Parmenides, says that the way of not being is a non accessible way and furthermore not being cannot be said nor thought as the origin of coming-to-be and passingaway of all things. Melissus seems to convey that precept to its boundaries, for if there is no coming-to-be and no passing-away, the world is infinite, eternal, one and immutable. Furthermore, Melissus denies the entire world of experiences, considering it a mistake of senses. There arises a question: are they speaking about the same? This work aims to set up the notions of not being in Parmenides and Melissus. Once examined that notions, they are confronted to make evident he difference: the notion of not being in Parmenides points towards a contradiction (ontologic notion); the notion of not being in Melissus points towards the null (logic notion). The work reaches the conclusion that Melissus transgresses the precept of the parmenidian goddess, using not being in saying and thinking, for it wasnt, in his vision, a contradictory concept, but a concept of absence, close to our concept of zero. In order to complement, our inquiry indicates that, in the historical sequence, the concept of not being rejected by subsequent philosophers is more the Melissus concept than Parmenides one. The direction given is obtained in a quickly overflying in Gorgias and Platos philosophies, with the aim of opening the problematic to next steps of inquiry. Our work confirms also the loneliness of Parmenides, for he was a renovator without followers.
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A não espacialidade das coisas em si mesmas à luz da interpretação de Henry Allison

Falkenbach, Tiago Fonseca January 2006 (has links)
A presente dissertação consiste em um exame do argumento que Kant apresenta na ‘Estética Transcendental’ (Crítica da Razão Pura, A26/B42) em defesa da não espacialidade das coisas em si mesmas. Esse exame está amplamente baseado na interpretação de Henry Allison, seja por assimilar algumas de suas teses interpretativas centrais, seja por insistir no diálogo com os textos do intérprete nos momentos em que deles se distancia ou diverge. São dois os eixos principais da leitura desenvolvida na dissertação. O primeiro é a compreensão da distinção transcendental entre coisas em si mesmas e aparições [Erscheinungen] conforme a assim chamada “teoria dos dois aspectos”. Fruto dos trabalhos de Gerold Prauss e de Allison, essa tese de interpretação reza que a distinção transcendental deve ser entendida não como uma oposição entre reinos disjuntos de entidades, mas como uma distinção de aspectos. O segundo pilar da leitura proposta é a defesa de uma concepção moderada da tese da não espacialidade. Nessa versão moderada, diversamente da formulação mais forte à qual a maioria dos intérpretes costuma aderir, a tese kantiana não estabeleceria que as coisas em si mesmas seriam não-espacias em todo e qualquer sentido que se pudesse conferir ao adjetivo ‘espacial’. Os primeiros capítulos da dissertação concentram-se em averiguar a solidez da teoria dos dois aspectos, em especial, em demonstrar sua compatibilidade com duas importantes teses kantianas, a afirmação que as aparições do sentido externo são espaciais e a referida tese da não espacialidade. O trabalho de conciliação resume-se a esclarecer como é possível afirmar, sem contradição, que aparições e coisas em si mesmas são as mesmas coisas (conquanto consideradas sob aspectos distintos) e que aparições possuem certas propriedades (determinações espaciais) que as coisas em si mesmas não possuem.A solução dessa dificuldade resultou na identificação de duas premissas fundamentais que uma caridosa interpretação baseada na teoria dos aspectos deveria reconhecer no argumento kantiano: de um lado, o princípio do caráter constitutivo da relação cognitiva, de outro, a admissão de uma estrutura judicativa peculiar: o juízo reduplicativo. O terceiro capítulo trata, por fim, do sentido da tese da não espacialidade. Em primeiro lugar, procurou-se desqualificar aquelas interpretações que pretendem fortalecer o peso lógico da tese. Essencial para essa fase crítica da argumentação foi a discussão de dois paradoxos recorrentes na literatura secundária: a célebre objeção suscitada por A. Trendelenburg (a alternativa negligenciada) e a dificuldade de conciliação entre as afirmações da não espacialidade e da incognoscibilidade das coisas em si mesmas. Em um segundo momento, buscou-se apresentar os fundamentos conceituais e exegéticos em favor de uma versão mais fraca da tese kantiana. Em síntese, a investigação pretendeu confirmar a proposição segundo a qual a não espacialidade das coisas em si mesmas, ainda que baseada nas condições ontológicas do representado, estaria prioritariamente fundada nas condições de representação, i.e., nas condições de atribuição dos conteúdos de uma representação consciente objetiva (cognição) ao representado.
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Em busca do pitagorismo: o pitagorismo como categoria historiográfica / In search of pythagoreanism: pythagoreanism as historiographical category

Gabriele Cornelli 29 September 2010 (has links)
A presente tese explora, como solução para o controvertido quadro geral da moderna história da crítica sobre Pitágoras e seu movimento, a definição do pitagorismo como categoria historiográfica. Superando tanto o dilema entre ceticismo e confiança nas fontes, como a pretensão de alcançar uma única chave hermenêutica que permita resolver a questão pitagórica, procura percorrer a história da tradição em busca de uma imagem suficientemente plural a ponto de possibilitar a compreensão do pitagorismo em sua irredutível articulação de bíos e theoría e não apesar dela. A configuração da comunidade e de seu bíos é percebida como elemento central de identificação do pitagorismo. A análise das duas teorias que mais decididamente contribuíram para a definição do pitagorismo ao longo da história, a transmigração da alma imortal e a doutrina dos números, procura definir as condições de possibilidade de atribuí-las ao pitagorismo mais antigo e as formas pelas quais ambas teriam contribuído, ao longo da história, para a definição do pitagorismo como categoria historiográfica. As fontes pré-socráticas, a platonização do pitagorismo, o testemunho aristotélico sobre os assim chamados pitagóricos, a literatura pseudoepigráfica helenística e o pitagorismo de época imperial são entendidos como momentos de um percurso histórico que resulta em uma imagem poliédrica de um dos maiores fenômenos intelectuais da história ocidental. / This thesis explores the definition of Pythagoreanism as historiographical category, seen as solution for the controversial general framework of modern history of criticism about Pythagoras and his movement. Overcoming both the dilemma between skepticism and faith in the sources and the claim to achieve a single hermeneutical key to solve the Pythagorean question, in it searches are made throughout the history of tradition looking for an image sufficiently plural in order to understand Pythagoreanism in accordance with its irreducible articulation of bíos and theoría, not despite it. The setting of the community and its bíos is understood as central element for Pythagorean identification. An analysis of the two theories that more decisively contributed to the definition of Pythagoreanism throughout history, the transmigration of the immortal soul and the doctrine of numbers, attempts to define the conditions of possibility to assign them to the earlier Pythagoreanism and the ways in which these have contributed throughout history to the definition of Pythagoreanism as historiographical category. Presocratic sources, the platonization of Pythagoreanism, Aristotle\'s testimony about the \"so-called\" Pythagoreans, the hellenistic Pseudoepigrapha and Pythagoreanism in imperial age are understood as moments of an historical route resulting in a polyhedral image of one of the greatest intellectual phenomena in Western history.
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Em face do mal: uma propedêutica do conceito de mal em Paul Ricoeur

Dutra, Victor Hugo de Castro 29 June 2012 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-06-21T17:25:40Z No. of bitstreams: 1 victorhugodecastrodutra.pdf: 751636 bytes, checksum: 0258d6d006b1d24aee758a0c34cc4d20 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-07-13T15:27:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 victorhugodecastrodutra.pdf: 751636 bytes, checksum: 0258d6d006b1d24aee758a0c34cc4d20 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-13T15:27:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 victorhugodecastrodutra.pdf: 751636 bytes, checksum: 0258d6d006b1d24aee758a0c34cc4d20 (MD5) Previous issue date: 2012-06-29 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação pretende explorar o conceito de mal, na obra de Paul Ricoeur (1923- 2005). Para isso avaliamos sua obra como um todo, mas com foco em três livros, pois os mesmos destacam os momentos de interpretação, do nosso autor, no que tange sua aproximação do problema do mal. São eles: THE SYMBOLISM OF EVIL, O MAL: UM DESAFIO À FILOSOFIA E À TEOLOGIA, e O SI-MESMO COMO UM OUTRO. Contudo, invertemos a ordem cronológica dos textos para uma abordagem original que prima chegar à maneira de como Paul Ricoeur propõe uma solução ao problema do mal. Desenvolvemos como o autor interpreta que a história da filosofia e a história da teologia desenvolveram o problema do mal, e a partir daí expomos como nosso autor o aborda, isto é na perspectiva de uma pessoa que sofre. Para então verificar como as raízes da interpretação e possível solução são encontradas nos mitos e símbolos do mal, e mais como o homem é falível e frágil em relação ao problema do mal. Para então, enfim, explorar sua pequena ética. Onde acreditamos ser possível concluir o combate ao mal através das instituições justas. / This present thesis will explore the concept of evil, in the work of Paul Ricoeur (1923-2005). To do this we evaluate his work as a whole, but focused on three books, as they highlight moments of interpretation, of our author, regarding their approach to the problem of evil. They are: THE SYMBOLISM OF EVIL, EVIL: A CHALLENGE TO PHILOSOPHY AND THEOLOGY, and THE ONESELF AS ANOTHER. But we inverted the chronological order of the texts to make an original approach that excels as a way to get to Paul Ricoeur proposal of a solution to the problem of evil. We have exposed how, as the author interprets the history of philosophy and history of theology, he developed the problem of evil, and from there too we have exposed how our author addresses it, that is, from the perspective of a person who suffers. To then see how the roots of the interpretation and possible solution, for the problem, are founded in myths and symbols of evil, and more, how man is fallible, and fragile in relation to the problem of evil. By then, finally, exploring his small ethics. Where we believe we can finish with the confrontation against evil through just institutions.

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