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A criação do mito do herói indígena em O Guarani, de José de AlencarMendes, Lia January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura. / Made available in DSpace on 2012-10-21T12:18:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
202031.pdf: 4815059 bytes, checksum: a2e2285f771340f2546df4c65908fb00 (MD5) / Este trabalho examina a presença do índio no romance O Guarani, como representação da identidade nacional. O romance indianista em que José de Alencar transforma o herói romântico em símbolo da nova nação permanece até nossos dias, tendo originado, entre outras adaptações, a ópera de Carlos Gomes, o filme de Norma Bengell e, recentemente, o samba-enredo do carnaval em Florianópolis. Em diferentes manifestações artísticas, vemos pois, que o indígena está presente no imaginário coletivo brasileiro como elemento formador da identidade cultural do país.
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Um projeto de identidade e (in)diferença : análise do indianismo alencarianoPinto, Filipe Barreiros Barbosa Alves 27 February 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2015-05-12T14:54:41Z
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Previous issue date: 2015-02-27 / CNPq / O principal objetivo deste trabalho é analisar a maneira como José de Alencar desenvolveu o seu projeto de nação e, consequentemente, de identidade e diferença. A sua ideia de nacionalidade, porém, não está explícita em nenhum texto teórico ou documento; está, principalmente, em sua literatura. Por isso, os objetos de investigação serão duas de suas obras indianistas: “O Guarani” e “Iracema”. Para proceder a análise, utilizarei o método de crítica literária proposto por Antônio Cândido. Tentando fugir daquela sociologia que entende os conteúdos dos livros como “reflexos” da sociedade, o autor propõe um foco sobre a forma estética. A forma, na sua concepção, não é uma abstração; ela é historicizada, portanto, intimamente relacionada com o contexto sócio-político. É daí que tentarei perceber, a partir da produção literária alencariana, a sua interpretação sobre a nação. Além do objetivo principal, será importante investigar como o Romantismo (escola da qual Alencar fazia parte), surgido no contexto europeu de ascensão do capitalismo e da modernidade, aportou em terras brasileiras, numa realidade muito diferente. Outra questão relevante é pensar os motivos estético-políticos que alçaram Alencar ao nosso cânone literário. Para fazer isso, proponho investigar a produção dos críticos da época, bem como as dinâmicas e disputas que tornaram hegemônicos o autor, sua literatura e seu projeto de nação.
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O indianismo e o problema da identidade nacional em A lágrima de um Caeté, de Nísia FlorestaLIMA, Stélio Torquato January 2008 (has links)
LIMA, Stélio Torquato. O indianismo e o problema da identidade nacional em A lágrima de um Caeté, de Nísia Floresta. 2008. 185f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-graduação em Letras, João Pessoa (PB), 2008. / Submitted by Cicera Costa (cicera.r.costa8@gmail.com) on 2016-09-29T13:32:22Z
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Previous issue date: 2008 / The Romantic period has figured itself in Brazil as a relevant stage of the construction process of our national identity. Soon after Independence, Romanticism established in our country, thus it was characterized by our writers’ effort in order to create symbols by means of which we could be recognized by other nations. It is in this perspective that Nísia Floresta (1810-1885), who was an authoress of Rio Grande do Norte state, developed an interesting reflection about Brazilian identity in A lágrima de um caeté (A caeté’s tear), a long poem written in 1849 by which Nísia Floresta expressed her republican aspiration. By doing so, she shows sympathy for the Praieira Revolt, at the same time she shows imperial troops as antagonists of her narrative, Nísia Floresta takes advantage of Indianism in the above-mentioned work as a structural pattern of a discourse through which she expresses her political position. In spite of that, it is necessary to point out that the poem in focus is also marked by disagreements between Nisia Floresta’s humanitarian intentions and the place from where she used to emit her speech, considering her condition as a dominant class representative and as an intellectual from a peripheral nation as well. In this context, this thesis is developed having as its analysis horizon the hypothesis that the representation of our Indians in A lágrima de um caeté comes to agree with the Brazilian elite’s majority point of view about the national identity question. In the analysis of national identity question in A lágrima de um caeté, we are based on a nation understanding as a discursive and ideological construction, the same comprehension defended by theorists such as Eric Hobsbawn, Bendict Anderson and Homi Bhabha. On the other hand, Mikhail Bakhtin’s theoretical postulations, emphasizing the dialogism and polyphony concepts, have allowed us to understand how the relation among the nisian poem’s voices in conflict reflects the social and historical contingencies that obstruct, in the first half of 19th century, the construction of a national identity that could range Brazilian cultural diversity as a whole. It is in this perspective that we demonstrate in our thesis how A lágrima de um caeté and its textual attributes have been organized as an esthetical representation of our national identity. / O período romântico configurou-se no Brasil em uma etapa relevante do processo de construção de nossa identidade nacional. Instaurando-se no país pouco depois da Independência, o Romantismo foi marcado pelo esforço de nossos escritores de erigirem os símbolos que nos identificariam frente às demais nações. É nessa perspectiva que a autora potiguar Nísia Floresta (1810-1885) desenvolveu uma interessante reflexão sobre a identidade brasileira em A lágrima de um caeté, longo poema escrito em 1849 e através do qual Nísia manifestou sua aspiração republicana. Mostrando-se simpática ao levante praieiro, ao mesmo tempo em que confere o papel de antagonista às tropas imperiais, Nísia Floresta utiliza-se do indianismo na referida obra como um modelo estruturante de um discurso através do qual ela expressa sua posição política. A despeito disso, cumpre destacar que o poema em foco é também marcado por desacordosentre as intenções humanitárias de Nísia Floresta e o lugar de onde ela emitia seu discurso, considerando a condição da escritora como uma representante da classe dominante e uma intelectual de uma nação periférica. Nesse contexto, este trabalho é desenvolvido tendo como horizonte de análise a hipótese de que o retrato do índio presente em A lágrima de um caetétermina por se coadunar com o pensamento majoritário das elites brasileiras em relação ao problema da identidade nacional. Na análise da questão da identidade nacional em A lágrima de um caeté, nos orientamos por um entendimento da nação como uma construção discursiva e ideológica, tal como defendem teóricos como Eric Hobsbawn, Benedict Anderson e Homi Bhabha. Por outro lado, as postulações teóricas de Mikhail Bakhtin, com ênfase para os conceitos de dialogismo e polifonia, nos permitiram compreender como a relação entre as vozes em conflito do poema nisiano evidenciam as contingências sócio-históricas que dificultavam, na primeira metade do século XIX, a construção de uma identidade nacional que pudesse dar conta da diversidade cultural brasileira. É nessa perspectiva que demonstramos em nosso trabalho como A lágrima de um caeté e seus atributos textuais se organizam enquanto representação estética do problema da identidade nacional. / El período romántico se configuró en Brasil en una etapa relevante de lo proceso de construcción de nuestra identidad nacional. Instaurándose en el país poco después de la Independencia, el Romanticismo fue marcado por el esfuerzo de nuestros escritores de erigieren los símbolos que nos identificarían frente a las demás naciones. Es en esa perspectiva que la autora brasileña Nísia Floresta (1810-1885) desarrolló una interesante reflexión sobre la identidad brasileña en A lágrima de um caeté (La lagrima de un caeté), longo poema escrito en 1849 y a través de lo cual Nísia manifestó su aspiración republicana. Mostrando-se simpática a lo levante playero, a lo mismo tiempo en que confiere el papel de antagonista a las tropas imperiales, Nísia Floresta utilizase de lo indianismo en la referida obra como un modelo estructurante de un discurso a través de lo cual ella expresa su posición política. A despecho de eso, cumple destacar que el poema en foco es también marcado por desacuerdosentre las intenciones humanitarias de Nísia Floresta y el lugar de donde ella emitía su discurso, considerando la condición de la escritora como una representante de la clase dominante y una intelectual de una nación periférica. En ese contexto, este trabajo es desarrollado tiendo como horizonte de análisis la hipótesis de que el retrato de lo indio presente en A lágrima de um caetétermina por se coadunar con el pensamiento mayoritario de las elites brasileñas en relación al problema de la identidad nacional. En el análisis de la cuestión de la identidad nacional en A lágrima de um caeté, nos orientamos por un entendimiento de la nación como una construcción discursiva e ideológica, tal como defienden teóricos como Eric Hobsbawn, Benedict Anderson y Homi Bhabha. Por otro lado, las postulaciones teóricas de Mikhail Bakhtin, con énfasis para los conceptos del dialogismo y de la polifonía, nos permitieron comprender como la relación entre las voces en conflicto del poema nisiano evidencian las contingencias socio-históricas que dificultaban, en la primera mitad del siglo XIX, la construcción de una identidad nacional que pudiera dar cuenta de la diversidad cultural brasileña. Es en esa perspectiva que demostramos en nuestro trabajo como A lágrima de um caeté y sus atributos textuales se organizan como una representación estética del problema de la identidad nacional.
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Relações intertextuais de Yuxin-AlmaChoma, Irineu 11 December 2012 (has links)
Resumo: Pretende-se no decorrer desta leitura, observar as relações intertextuais do romance Yuxin - Alma de Ana Miranda com outras obras da biblioteca. A configuração estética da narrativa está alicerçada nos intertextos. Amparados em estudos teóricos sobre o assunto, (Samoyault e Genette), pretendemos num primeiro momento, averiguar as relações de Yuxin- Alma com duas referências apresentadas pela escritora na "Nota", presente no final do romance, Diários da Floresta de Betty Mindlin e Ra-txahu-ni-ku?, Grammatica, textos e vocabulário caxinauás, de Capistrano de Abreu. Em seguida verificaremos uma possível relação da narrativa com as obrasIracema e Guarani de José de Alencar e Macunaíma de Mário de Andrade. Observaremos também, como se dá a ficcionalização do período histórico abrangido pela exploração da borracha, proposto pela narrativa.
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Entre la Literatura Indianista y la Narrativa Neo-Indigenista: Identidad y ModernidadDewey-Montefort, Jamie Arlene 27 March 2006 (has links)
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Do tatu fúnebre ao lar-titú: implicações do indianismo no canto segundo do poema O Guesa, de Sousândrade / From the funeral armadillo to lar-titú: implications of indianism in the second canto of the poem The Guesa, by SousândradeCarneiro, Alessandra da Silva 01 March 2011 (has links)
No Canto Segundo do poema O Guesa (188?), uma das treze seções que compõe o longo poema épico de Sousândrade, destaca-se a reunião de índios com personagens não indígenas em um festim supostamente oferecido ao demônio Jurupari, na região do Alto Solimões, no Amazonas. Nessa pândega assinalada por uma dança depravada que ficou conhecida como Tatuturema, designação também atribuída pela crítica literária ao excerto do canto no qual o episódio festivo se desenvolve, chama atenção, principalmente, a caracterização dos nativos como seres degradados e explorados pelo contato com a sociedade branca. Representação que é oposta à imagem idealizada do índio presente na literatura oitocentista. Isso posto, o objetivo desta dissertação é analisar as figurações do Indianismo no Canto Segundo e suas implicações. A hipótese aventada é que a temática da festa indígena seria pano de fundo para a crítica de Sousândrade ao favorecimento de um grupo restrito de pessoas ligadas ao imperador d. Pedro II e à política opressiva e excludente do Segundo Reinado em relação aos grupos indígenas no projeto de construção da ideia de nação. / In the Second Canto of the poem The Guesa (188?), one of the thirteen chapters that composes the Sousândrades long epic poem, emerges the meeting of indians with nonindigenous people in a party, probably dedicated to the devil Jurupari, in the area of Alto Solimões River, in the Amazon. In these festivities indicated by a depraved dance which remained known as Tatuturema, name also awarded by the literary critic to the extract of the Canto where the festive episode takes place, what mainly draws the attention is the representation of the natives as degraded and exploited beings by the contact of the white society. Representation which is opposed to the idealized image of the Indian present in the 19th century Indianist literature. Therefore, the aim of this dissertation is to analyze the figurations of Romantic Indianism in the Second Canto and its implications. The suggested hypothesis is that the theme of the party would be the backcloth for Sousândrades criticism of the advantages of a small group of people linked to the emperor d. Pedro II and the oppressive and exclusionary politics of the Second Empire in relation of indigenous groups in the building project of the idea of nation.
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Sombras no paraíso: dos Poemas de Ossian à prosa indianista de José de Alencar / Shadows in paradise: from the Poems of Ossian to the indianist prose of José de AlencarCass, Thiago Rhys Bezerra 01 October 2010 (has links)
Ao longo desta dissertação, submeterei as três obras indianistas de José de Alencar O guarani, Iracema e Ubirajara a uma leitura ossianizada, em que tentarei enxergar a presença de idéias e estilos hauridos dos Poemas de Ossian, pretensamente traduzidos por James Macpherson, na Escócia do século XVIII. Esta abordagem se concentrará, de um lado, na linguagem e na sensibilidade que se atribuía, de acordo com os preceitos do nacionalismo, aos povos primitivos. De outro lado, também se analisará a maneira como se interpreta o destino de indígenas e celtas em face de mudanças sociais, políticas e econômicas trazidas ou pela modernização capitalista ou pelo sistema colonial. / Throughout this dissertation, the indianist works of José de Alencar (The Guarany, Iracema, and Ubirajara) are given an ossianic reading: I seek to reveal in those writings the presence of the ideas and styles of the Poems of Ossian, translated by the eighteenth-century highlander, James Macpherson. Our reading will focus, on the one hand, on the language and the sensibility attributed (often from a nationalistic standpoint) to primitive peoples. On the other hand, I will analyze Macphersons and Alencars expectations regarding the fate of such peoples, as they face the social, political and economic upheavals brought about by colonial rule or the economic development of modern western societies.
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Do tatu fúnebre ao lar-titú: implicações do indianismo no canto segundo do poema O Guesa, de Sousândrade / From the funeral armadillo to lar-titú: implications of indianism in the second canto of the poem The Guesa, by SousândradeAlessandra da Silva Carneiro 01 March 2011 (has links)
No Canto Segundo do poema O Guesa (188?), uma das treze seções que compõe o longo poema épico de Sousândrade, destaca-se a reunião de índios com personagens não indígenas em um festim supostamente oferecido ao demônio Jurupari, na região do Alto Solimões, no Amazonas. Nessa pândega assinalada por uma dança depravada que ficou conhecida como Tatuturema, designação também atribuída pela crítica literária ao excerto do canto no qual o episódio festivo se desenvolve, chama atenção, principalmente, a caracterização dos nativos como seres degradados e explorados pelo contato com a sociedade branca. Representação que é oposta à imagem idealizada do índio presente na literatura oitocentista. Isso posto, o objetivo desta dissertação é analisar as figurações do Indianismo no Canto Segundo e suas implicações. A hipótese aventada é que a temática da festa indígena seria pano de fundo para a crítica de Sousândrade ao favorecimento de um grupo restrito de pessoas ligadas ao imperador d. Pedro II e à política opressiva e excludente do Segundo Reinado em relação aos grupos indígenas no projeto de construção da ideia de nação. / In the Second Canto of the poem The Guesa (188?), one of the thirteen chapters that composes the Sousândrades long epic poem, emerges the meeting of indians with nonindigenous people in a party, probably dedicated to the devil Jurupari, in the area of Alto Solimões River, in the Amazon. In these festivities indicated by a depraved dance which remained known as Tatuturema, name also awarded by the literary critic to the extract of the Canto where the festive episode takes place, what mainly draws the attention is the representation of the natives as degraded and exploited beings by the contact of the white society. Representation which is opposed to the idealized image of the Indian present in the 19th century Indianist literature. Therefore, the aim of this dissertation is to analyze the figurations of Romantic Indianism in the Second Canto and its implications. The suggested hypothesis is that the theme of the party would be the backcloth for Sousândrades criticism of the advantages of a small group of people linked to the emperor d. Pedro II and the oppressive and exclusionary politics of the Second Empire in relation of indigenous groups in the building project of the idea of nation.
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Significações históricas do "índio": leituras da mídia impressa e da literatura.Oliveira, Manoela Freire de January 2005 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2013-05-09T14:17:37Z
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Previous issue date: 2005 / A presente dissertação de mestrado tem como objeto às significações históricas do ?índio?, lidas em diferentes produtos culturais como a literatura e a mídia impressa. De maneira a buscar as primeiras imagens dos índios plasmadas no imaginário nacional, no primeiro capítulo da minha dissertação, efetuei uma leitura crítica da literatura indianista, produzidas no século XIX por José de Alencar, como os romances Ubirajara, O Guarani e Iracema. Em confronto com essas imagens estão as matérias selecionadas no ano 2000, dos jornais A Tarde, Folha de São Paulo e Jornal do Brasil, que trazem questões contemporâneas relativas aos povos indígenas, em especial, os discursos e imagens sobre os índios que emergiram na cena comemorativa dos 500 anos do Brasil. No terceiro e último capítulo analiso como a Antropologia tentou reverter as imagens já consagradas dos índios no imaginário nacional, ou seja, a importância dos estudos sobre as populações indígenas que tiveram como conseqüência o deslocamento no modo de se representar os índios e de se tentar solucionar, inclusive no plano analítico, os principais problemas referentes ao contato entre índios e a sociedade nacional. Para isso, o romance Maíra do antropólogo Darcy Ribeiro apresenta-se como umas das mais interessantes narrativas, tanto para se pensar no fazer antropológico quanto para se repensar as questões mais contemporâneas relativas às etnias indígenas. Muitos foram os discursos produzidos sobre o índio, desenvolvidos para a constituição de um lugar, de um repertório de imagens, que fez com que o ?índio? tenha se tornado o que é, um traço forte no desenho do imaginário brasileiro, um campo semântico complexo que se exprime de maneiras variadas e tem implicações concretas ligadas ao momento em que são mobilizadas. O processo histórico que originou essa construção envolveu relações de poder que permitiram tanto a sua realização como a sua eficácia. / Salvador
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A construção do horizonte plurinacional: liberalismo, indianismo e nacional-popular na formação do Estado bolivianoCunha Filho, Clayton Mendonça January 2015 (has links)
CUNHA FILHO, Clayton Mendonça. A construção do horizonte plurinacional: liberalismo, indianismo e nacional-popular na formação do Estado boliviano. 2015. 314f. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, Rio de Janeiro, 2015. / Submitted by Hanna Sandy (nannybells@gmail.com) on 2016-12-20T13:38:23Z
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Previous issue date: 2015 / A presente tese busca compreender e explicar a formação do Estado Plurinacional da Bolívia a partir do legado de símbolos, procedimentos e modelos de aquisição de legitimidade deixados ao longo de sua história e que podem ser agrupados em três grandes matrizes políticas: o liberalismo-constitucional, o indianismo-comunitário e o nacional-popular. Assim, o objetivo é analisar como o legado destas três matrizes políticas, através principalmente da evolução histórica de seus horizontes políticos e da memória de suas agendas e promessas inconclusas acerca do Estado e da nação na Bolívia, influenciam o atual experimento inaugurado em 2009 com a promulgação de sua atual Constituição Política do Estado (CPE). A hipótese subjacente é a de que o experimento plurinacional, em sua tentativa de resolver a forte crise de legitimidade estatal trazida pela conjuntura crítica dos anos 2000-2005, se nutre fortemente das agendas destas três matrizes – seja intencional e deliberadamente como no caso do Indianismo e do Nacional-popular ou de maneira reticente como no caso do Liberalismo - de forma a tentar reconciliar o Estado com sua altamente heterogênea formação social. A fim de verificá-la, foi realizado um estudo de natureza eminentemente bibliográfica complementado por pesquisa de campo de seis meses a fim de traçar a evolução política das três matrizes em seus momentos constitutivos, horizontes e agendas e contrastá-las com as características institucionais assumidas pelo novo Estado Plurinacional, bem como a prática política dos principais atores bolivianos contemporâneos. Dessa maneira, foi possível perceber o quanto de fato persistem no experimento refundacionista atual e na prática política corrente do país uma mescla heterogênea e com distintas ênfases das agendas e práticas das três matrizes, representadas sobretudo no apego à democracia como valor e procedimento; no reconhecimento étnico-cultural trazido ao interior do Estado com a incorporação potencial pelo mesmo de formatos institucionais comunitários e a preservação de espaços autônomos de deliberação; e na busca por participação política mais direta por parte do povo e na ênfase relativa à soberania popular sobre os recursos naturais do país e um maior intervencionismo estatal na economia. / La presente tesis busca comprender y explicar la formación del Estado Plurinacional de Bolivia a partir del legado de símbolos, procedimientos y modelos de adquisición de legitimidad dejados a lo largo de su historia y que pueden ser agrupados en tres grandes matrices políticas: el liberalismo-constitucional, el indianismo-comunitario y lo nacionalpopular. Así, el objetivo es analizar cómo el legado de estas tres matrices, a través principalmente de la evolución histórica de sus horizontes políticos y de la memoria de sus agendas y promesas inconclusas acerca del Estado y de la nación boliviana influencian al presente experimento inaugurado en 2009 con la promulgación de su actual Constitución Política del Estado (CPE). La hipótesis subyacente es la de que el experimento plurinacional, en su tentativa de solucionar la fuerte crisis de legitimidad estatal desatada por por la coyuntura crítica de los años 2000-2005, se alimenta fuertemente de las agendas de estas tres matrices - ya sea intencional y deliberadamente como en el caso del indianismo y del nacional-popular o de manera vacilante como en el del liberalismo - de manera a intentar conciliar al Estado con su abigarrada formación social. A fin de verificarlo, fue realizado un estudio de naturaleza eminentemente bibliográfica complementado por investigación de campo de seis meses con el objetivo de trazar la evolución política de las tres matrices en sus momentos constitutivos, horizontes y agendas y contrastarlas con las características institucionales asumidas por el nuevo Estado Plurinacional, bien como la práctica política de los principales actores bolivianos contemporáneos. De esa manera, fue posible observar la persistencia en el experimento refundacional actual bien como en la práctica política corriente del país una mezcla heterogénea y con distintos énfasis de las agendas y prácticas de las tres tradiciones, representadas sobre todo en el apego a la democracia como valor y procedimiento; en el reconocimiento étnico-cultural traído al interior del Estado con la incorporación potencial por el mismo de formatos institucionales comunitarios y la preservación de espacios autónomos de deliberación; y en la búsqueda por participación política más directa por parte del pueblo y en el énfasis sobre la soberanía popular sobre los recursos naturales del país y una incrementada intervención estatal en la economía.
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