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Le monde des communications organisationnelles : pratiques et recherche : Une étude généaologique, France et Brésil / The world od communications organizations : practices and research : A genealogical study, France and Brazil / O monde das Comunicações Organizacionais : Práticas e Pesquisas : Um estudo genealógico, França e Brasil

Paris Rego de Souza, Alice Zozima 06 October 2017 (has links)
Cette thèse s’intéresse à l’émergence des théorisations accompagnant le développement du monde de la communication en entreprise et dans les organisations. Communication est entendu ici comme un domaine professionnel de métiers et d’activités économiques, avec parfois un mode d’organisation de services en entreprise, parfois un secteur économique d’agences. En faisant ce travail de retour « généalogique », cette thèse s’intéresse dès lors aussi aux formations et aux recherches, progressivement installées dans un contexte universitaire : l’émergence de la « communication organisationnelle. Cette analyse généalogique est ici menée de manière comparative dans deux pays-nations : le Brésil et la France. Revenir sur ces moments où se développent les Relations Publiques, le Journalisme d’Entreprise, la Communication d’Entreprise, la ou les « Communication (s) Organisationnelle(s), amène à s’intéresser aux Etats-Unis, lieu d’émergence de pratiques et d’organisations professionnelles ainsi que de théorisations qui ont fait date, ont été exportées, ont fait modèle.Il s’agit aussi de décrire l’émergence et le développement de la « communication organisationnelle » au Brésil (souvent dans le cadre de la « communication sociale » et de l’étude des Relations Publiques, avec l’apparition de l’appellation « communication organisationnelle » en 1985) et en France (un peu plus de vingt ans après la création en 1975 d’une nouvelle discipline « Sciences de l’information et de la communication »). L’analyse de l’institutionnalisation d’un champ académique de recherches montre, c’est un élément essentiel, que les cadres nationaux des disciplines universitaires conduisent à des théorisations différentes. Les traditions théoriques, non seulement divergent en termes d’appui sur des interdisciplinarités différentes mais aussi en termes de construction de rapports sociaux entre les universitaires eux-mêmes et les mondes qu’ils observent, auxquels souvent ils contribuent. Certains, par la formation à la recherche et la consultance sont plus proches des approches a mélioratives souvent qualifiées de « fonctionnalistes », d’autres sont dans une distance critique et doivent trouver les modes d’accès et de suivi des évolutions tant des organisations que de leurs communications. Une approche particulière, la « Communication intégrée », développée universitairement au Brésil et encore défendue aux USA et en France par des agences et des professionnels nous permet de montrer dans le dernier chapitre de cette thèse comment les effets différenciés de l’institutionnalisation, dans les deux pays, pour la « communication organisationnelle », aboutissent à deux théorisations divergentes portées par des acteurs aux traditions et enjeux sans commune mesure. / This thesis focuses on the emergence of theories accompanying the development of the communication world in companies and organizations. Communication is here understood as a professional field of trades and economic activities, sometimes with a mode of service organization in business and sometimes an economic sector of agencies. By doing this "genealogical" feedback work, this thesis has also looked into training and research in an academic context: i.e. the emergence of "organizational communication". Genealogical analysis has been done comparing two countries: Brazil and France. Studying periods when Public Relations, Corporate Journalism, Corporate Communication, or "Organizational Communication (s)" were created has led us to look at the place where practices, professional organizations as well as theorizing have emerged, have been exported, have modeled, i.e. the United States.This thesis also describes the emergence and development of "organizational communication" in Brazil (often in the context of "social communication" and the study of public relations -the designation "organizational communication" appeared in 1985) and in France (more than twenty years after the creation of the research field "Information and Communication Sciences" in 1975). Analyzing the institutionalization of an academic field of research shows that university leaders have brought about different theorizations –and it is essential. Theoretical traditions not only diverge in support of interdisciplinary nature, but also in terms of building social relations among the academics, the worlds they observe and to which they often contribute. Some of them, through research and consultancy, are often closer to the "functionalist" approach than to advocacy; others maintain a critical distance and need to find ways to access and monitor changes in both organizations and their communication. The Brazilian "Integrated Communication” approach", still academically defended in the USA and France both by agencies and professionals, has enabled us to show, in the last chapter, how the differentiated effects of institutionalization for "organizational communication" in both countries has led to two divergent stakes and theorizations supported by classic researchers. / Esta tese enfoca o surgimento das teorias que acompanham o desenvolvimento do mundo da comunicação nas empresas e dentro das organizações. A comunicação é compreendida aqui como um campo profissional de negócios e de atividades econômicas, às vezes como um modo de organização de serviços de empresas, às vezes como um setor econômico de agências. Ao fazer este trabalho de retorno “genealógico”, esta tese também se preocupa desde já com as formações e as pesquisas, instaladas progressivamente dentro do contexto acadêmico : o surgimento da “comunicação organizacional”. Esta análise genealógica é realizada aqui de forma comparativa em dois países-nação: Brasil e França. Voltar a momentos onde se desenvolvem as Relações Públicas, ao Jornalismo Corporativo, Comunicação de Empresa, ou a (s) “Comunicação (ões) Organizacional (is)” desenvolvem, leva a se interessar aos Estados Unidos, local de emergência das práticas e das organizações profissionais, bem como da teorização que foram feitas, foram exportadas e servem como modelo. Se trate também de descrever o surgimento e o desenvolvimento da "comunicação organizacional" no Brasil (muitas vezes no contexto da "comunicação social" e do estudo das relações públicas, com o surgimento da denominação da "comunicação organizacional"em 1985) e na França (um pouco mais tarde vinte anos após a criação em 1975 de uma nova disciplina "Ciências da Informação e da Comunicação "). A análise da institucionalização de um campo acadêmico de pesquisa mostra ser um elemento essencial, que os quadros nacionais das disciplinas universitárias conduzem a diferentes teorizações. As tradições teóricas não são apenas divergentes em termos de apoio a interdisciplinaridades diferente, mas também em termos de construção de relações sociais entre os próprios acadêmicos e os mundos que os observam, ao qual contribuem frequentemente. Alguns, através da formação à pesquisa e a consultoria estão mais perto de abordagens melhorativas freqüentemente denominadas “funcionalistas”, outras se colocam em uma distância crítica e devem encontrar formas de acessos para seguir as evoluções tanto nas organizações quanto de suas comunicações. Uma abordagem especial, “Comunicação Integrada”, desenvolvida universitariamente no Brasil e ainda defendida nos EUA e na França por agências e pour profissionais nos permite de mostrar no último capítulo desta tese como os efeitos diferenciados da institucionalização, dentro dos dois países, para a “comunicação organizacional”, levaram a duas teorias divergentes realizadas por atores pelas tradições e desafios sem nenhuma medida comum. / Esta tesis se centra en la aparición de teorías que acompañan el desarrollo del mundo de la comunicación en empresas y organizaciones. La comunicación se entiende aquí como un campo profesional de oficios y actividades económicas, a veces con un modo de organización de servicios en empresas, a veces un sector económico de agencias. Al hacer este trabajo de retorno "genealógico", esta tesis también está interesada en la formación y la investigación, instalada gradualmente en un contexto académico universitario: el surgimiento de la "comunicación organizacional". Este análisis genealógico se realiza aquí de manera comparativa en dos estados-nación: Brasil y Francia. Retornar a estos momentos en que se desarrollan las Relaciones Públicas, el Periodismo Corporativo, la Comunicación Empresarial la o las "Comunicación (es) Organizacional (es)", lleva a interesarse a los Estados Unidos, lugar de emergencias prácticas y de organizaciones profesionales así como de las teorizaciones que se han hecho, se han exportado, han sido modelo. También se trata de describir el surgimiento y desarrollo de la "comunicación organizacional" en Brasil (a menudo en el contexto de la "comunicación social" y el estudio de las relaciones públicas, con la aparición del nombre " comunicación organizacional " en 1985) y en Francia (poco más de veinte años después de la creación en 1975 de una nueva disciplina" Ciencias de la Información y la Comunicación "). El análisis de la institucionalización de un campo académico de investigación muestra, es un elemento esencial, que los marcos nacionales de las disciplinas académicas llevan a diferentes teorías.Las tradiciones teóricas no sólo divergen en términos de apoyo a las diferentes interdisciplinaridades sino también en términos de construcción de relaciones sociales entre los propios académicos y los mundos que observan, a los que a menudo contribuyen. Algunos, a través de la formación en investigación y consultoría, están más cerca de los enfoques de mejora a menudo denominados "funcionalistas", otros están en una distancia crítica y deben encontrar formas de acceder y supervisar los cambios en ambas organizaciones y sus comunicaciones. Un enfoque especial, "Comunicación Integrada", desarrollada en Brasil y aún defendido en Estados Unidos y Francia por agencias y profesionales, nos permite mostrar en el último capítulo de esta tesis cómo los efectos diferenciados de la institucionalización en ambos países, para la "comunicación organizacional", llevan a dos teorías divergentes llevadas a cabo por actores con tradiciones y apuestas inigualables.
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Creative pedagogy : a qualitative study of immersive learning at the Center for Information and Communication Sciences (CICS)

Olorunda, Olufunmilola. January 2009 (has links)
The Center for Information and Communication Sciences graduate program commenced at Ball State University in 1986 with a specific focus to train graduate students to be leaders in the Information and Communication Technology (ICT) industry. The Center is the manifestation of a vision birthed out of creativity and resourcefulness. This study examined the creative pedagogy approach at CICS based on instruction, social learning culture, professional development, academic achievements, and collaborative interaction among students, faculty, alumni, and colleagues in ICT industries. The distinctiveness of this graduate program that combined in-class and out-of-class learning experiences was the focus of this study. This study employed a qualitative method, specifically a descriptive case study design with the intent to understand and explain the academic, social, and cultural phenomena of the graduate program at CICS. The central research questions of this study focused on the impact of the teaching, learning, social and leadership outcomes of the iv program. The data collection methods used for this inquiry were semi-structured interviews in combination with evidence from archival document data. The twelve participants were selected through purposive sampling and snowball sampling techniques. The data analysis consisted of open coding techniques that produced eight themes. The findings were organized in relation to the study’s three central research questions and indicated that the educational, technical, and social learning experiences of the masters program at CICS impacted the current students and alumni in a variety of ways. All the participants considered the program intense and comprehensive. They also agreed that the program was built around professional development. The existence of elements such as, the Student Social Learning Program (SSLP), teamwork, group projects, close-knit alumni community, well qualified faculty members, enrollment diversity, and studentcentered immersive learning made CICS distinct from other programs. The educational philosophy used in the program was described as effective, deliberate, consistent, clear-cut, invasive, multidisciplinary, integrated, and a culture of success. Key recommendations for further studies include study on the feasibility of replicating the success of CICS by adopting their pedagogical philosophies and practices and a comparative study of similar programs. / Department of Educational Studies
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L'innovation sociale chez les acteurs de l'économie sociale et solidaire en Auvergne : une approche communicationnelle / Social innovation among actors of the social and solidarity economy in Auvergne : a communicational approach

Duracka, Nicolas 13 June 2016 (has links)
Chacune des périodes de crise qu’a connue l’histoire contemporaine ont été jalonnées d’un ensemble de bouleversements sociaux que l’on pourrait appeler des innovations sociales. Elles rassemblent, dans un élan collectif et ascendant, une myriade de mouvements citoyens qui visent la réponse à des besoins sociaux non, ou peu satisfaits, par l’Etat et le marché. Par ailleurs, en s’appuyant sur un ensemble d’organisations de l’économie sociale et solidaire, elles poursuivent une quête de démocratisation de l’activité économique. Dès lors, c’est pour mieux comprendre ces phénomènes de transformation sociale que ce travail tente de mobiliser les sciences de l’information et de la communication. Autrement dit, dans une démarche exploratoire, il questionne le rôle de la communication dans les capacités de changement institutionnel porté par ces initiatives. Une première analyse théorique permet de mettre en lumière l’hétérogénéité du mouvement de l’innovation sociale chez les acteurs de l’économie sociale et solidaire. Elle souligne, dans ce cadre, la tendance de ces organisations à s’emparer de pratiques de communication stratégiques (marketing et management), bien qu’elles soient historiquement investies d’un rôle politique et symbolique, lui intimant la nécessité de s’emparer d’un répertoire plus critique de la communication. Par conséquent, une seconde analyse empirique, dont les fondements épistémologiques se retrouvent dans la théorie de la complexité d’Edgar Morin et dans une approche réflexive, montre que l’analyse des initiatives citoyennes doit s’appuyer sur les apports communicationnels tout autre. Plus précisément, différents niveaux d’analyses de la communication de ces acteurs permettent de mettre à jour les capacités transformatrices, ou isomorphiques, des initiatives socialement innovantes de l’économie sociale et solidaire. En conclusion, ce que nous dit cette étude, c’est que la transformation sociale en germe dans ces organisations ne peut s’analyser que par une approche praxéologique de la communication. En d’autres termes, la praxis communicationnelle, comme activité organisante de perspective partagée dans un espace public de proximité, est une activité typificatrice d’habitudes, vectrice de changement institutionnel. / Each periods of crisis in contemporary history has been marked by a series of social upheavals that could be called social innovations. They bring together, in a collective and ascending momentum, a myriad of citizen movements that aim at the response to social needs not very satisfied by the State and the market. Moreover, by relying on a set of organizations of the social and solidarity economy, they pursue a quest for democratization of economic activity. Therefore, is to better understand these phenomena of social transformation that this work tries to mobilize the information and communication sciences. In other words, in an exploratory approach, he questions the role of communication in the institutional capacity for change brought about by these initiatives. A first theoretical analysis allows to highlight the heterogeneity of the social innovation movement among social and solidarity economy actors. In this context, she underlines the tendency of these organizations to seize strategic communication practices (marketing and management), although they are historically invested with a political and symbolic role, telling her the need to seize a more critical repertory of communication. Consequently, a second empirical analysis, whose epistemological foundations are found in Edgar Morin's theory of complexity and in a reflexive approach, shows that the analysis of citizen initiatives must be based on very different communicational inputs. More precisely, different levels of communication analysis of these actors make it possible to update the transformative, or isomorphic, capacities of socially innovative initiatives of the social and solidarity economy. In conclusion, what this study tells us is that the social transformation that germinates in these organizations can only be analyzed through a praxeological approach to communication. In other words, communicative praxis, as an organizing activity of shared perspective in a public space of proximity, is a typifying activity of habits, vector of institutional change.
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Représenter la découverte en sciences naturelles : étude sémiotique sur la médiation scientifique : le cas des publications scientifiques du Muséum national d'histoire naturelle / The representation of discovery in the natural sciences : Semiotic study on scientific mediation : the case of scientific publications of the National Museum of Natural History

Cholet, Céline 11 July 2018 (has links)
Dans le cadre de cette recherche, nous posons la problématique suivante : comment représente-t-on la découverte botanique en sciences naturelles ? Notre démarche sera sémiotique et particulièrement fondée sur la théorie greimassienne. Nous la lierons à une recherche sémantique qui s’appuiera notamment sur les travaux de François Rastier. Et parce que la représentation scientifique articule étroitement le texte linguistique au texte visuel, nous engagerons notre étude dans une perspective qui rendra compte du système visuel. Ce dernier sera interrogé à partir des écrits de Maria Giulia Dondero et Jacques Fontanillle, d’Anne Beyaert-Geslin ou encore de Jean-Marie Klinkenberg. A partir de ces fondements théoriques, cet objectif de recherche nous permettra de comprendre les mécanismes à l’œuvre lorsqu’il s’agit de représenter le vivant « non humain ». Le texte sera au cœur de notre recherche. Il supposera que nous l’abordions du point de vue de l’énoncé, mais aussi de l’énonciation. Pour envisager ce second volet, la théorie de l’énonciation d’Emile Benveniste sera convoquée. Parce que nous voulons mettre à l’épreuve la théorie, notre recherche intégrera une dimension empirique à partir d’un projet expérimental de lecture fondé sur la technique de l’eye-tracking (ou oculométrie). Celle-ci se montrera pertinente pour interroger la signification à partir de nos modes d’expression systématisés qui construisent le discours scientifique de la découverte depuis au moins deux siècles. A partir d’un corpus circonscrit issu des publications scientifiques du Muséum national d’histoire naturelle, nous définirons et expliquerons le parcours de la découverte et ses stratégies monstratives. Cela nous mènera à questionner nos modes de pensée. Pensons en effet que la médiation de nos représentations (le paraître) est le reflet d’une dimension ontologique (l’être). Elle fait de nous des instances connaissantes, conscientes et capables d’agir en conséquence. / As part of this research, we ask the following question: how do we represent the botanical discovery in natural sciences? Our approach will be semiotic and particularly based on Greimassian theory, which we will also link to a semantic analysis derived from the works of François Rastier. As scientific representation closely articulates linguistic text and visual text, this study will engage our object with a perspective that takes into account the visual system. The latter will be questioned in particular through the writings of Maria Giulia Dondero, Jacques Fontanillle, Anne Beyaert-Geslin and Jean-Marie Klinkenberg. With this theoretical foundation, our research objective will allow us to understand the mechanisms at work regarding the representation of non-human life-forms. Text will be at the heart of our research. He will suppose that we approach him from the point of view of the utterance, but also of the enunciation. This second part of our research will rely on the theory of the enunciation developped by Emile Benveniste. As our study aims to test the theory, therefore our research will integrate an empirical dimension based on an experimental reading project that uses eye-tracking. This will allow us to question meaning in the systematized modes of expression that have constructed scientific discourse in discovery for at least two centuries. Within a circumscribed corpus from the scientific publications of the National Museum of Natural History, we will define and explain the course of discovery and its monstrative strategies. This will lead us to question our ways of thinking. Let us think that the mediation of our representations (the appearance) is the reflection of an ontological dimension (being). It makes us knowledgeable, conscious and able to act accordingly.
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Expérimenter le monument par la fiction : De la médiation en situation aux produits des industries culturelles à destination des enfants / Experience the historical monument through fiction : From cultural mediation to cultural industries products for children

Pasquer -Jeanne, Julie 02 December 2016 (has links)
Quel rôle est tenu par la fiction dans la relation qui s’établit entre des enfants - âgés entre 6 et 12 ans - et des monuments ? Financée par la région PACA, cette recherche s’intéresse aux formes prises par le monument dans sa « circulation triviale » (Jeanneret, 2008) et aux appropriations qu’en font les enfants. Partant du constat que la fiction nourrit les médiations proposées aux jeunes dans les monuments mais aussi que l’exposition médiatique de ces derniers est importante dans les fictions enfantines - notamment à travers le motif du château , trois niveaux de recherche ont été pensés. Le premier consiste à identifier, via une analyse sémiotique, les opérateurs de la fiction dans les médiations éducatives des monuments désignées explicitement comme telles - audioguides, livrets de visite, ateliers. La fiction mobilisée dans un tel contexte occupe des fonctions qui s’entrecroisent : didactique, ludique et expressive. Dans une démarche similaire, le second niveau propose d’analyser les processus de fabrication de monuments stéréotypés circulant massivement dans les fictions des industries culturelles - en prenant pour exemple, deux monographies : celle du château rêvé de Disney et de l’école Poudlard dans la saga Harry Potter. Le monument y agit principalement de façon cathartique, axiologique et diégétique. De fait, ces deux premiers niveaux mettent en exergue l’opérativité socio-culturelle de la fiction dans la relation proposée au monument. Mais que produisent ces opérateurs fictionnels ? Comment circulent-ils, se réinscrivent-ils et quelles valeurs confèrent-t-ils à la monumentalité ? Pour répondre à ces questions, le dernier niveau s’intéresse à leur réinscription dans les discours d’enfants sous une forme singulière de production de sens - appelés microliens. Ces derniers sont entendus comme des connexions infimes créées par analogie par des sujets entre des opérateurs de dispositifs actualisés dans des expériences sociales - la visite par exemple - et participant à l’élaboration d’un « être culturel » - la monumentalité. Les résultats montrent que la fiction permet des appropriations singulières du temps et de l’espace du monument et différentes formes d’immersion fictionnelle prises et de réflexivité de l’expérience vécue chez les enfants. Pour ces raisons, les expériences liées au monument seraient « polychrésiques » c’est-à-dire objets de constantes réappropriations et « prises(e) sans cesse dans un large spectre de logiques sociales différentes » (Jeanneret, op.cit. : 83). Le décloisonnement des domaines de la vie sociale que propose l’étude de la « trivialité », en tant que circulation des savoirs, montre que la naissance ou le développement d’une pratique pourrait se concevoir dans et avec un « ailleurs » imprégné de discours circulant comprenant des moments, des objets, des discours en dehors des monuments, autrement dit dans un espace ventilé.. / Which role is played by fiction in the relationship established between children - aged from 6 to 12 years old - and historical monuments? Funded by the PACA region, this research focuses on the forms taken by the historical monument in its « trivial circulation » (Jeanneret, 2008) and the appropriations that children do. Noting that fiction feeds mediations offered to young people in the monuments but also that the media exposure of these is important in children’s fictions - particularly through the pattern of the castle – three levels of search are thought. The first is to identify, through a semiotic analysis, operators of fiction in educational mediations of monuments explicitly designated as such – audio guides, visit booklets, workshops. Mobilized fiction in this context holds positions that intersect themselves: didactic, playful and expressive. In a similar move, the second level offers to analyse the manufacturing processes of stereotyped monuments massively flowing in the fictions of cultural industries - taking for example, two monographs: the dreamed castle of Disney and the Hogwarts School of Witchcraft and Wizardry in Harry Potter saga. The monument mainly acts in a cathartic, axiological and diegetic way. In fact, these two first levels highlight the socio-cultural operability of fiction in the proposed relation to the monument. But what do these fictional operators produce? How do they run, re-enroll themselves and what values do they give to “monumentality”? To answer these questions, the last level is interested in their re-enrollment in children’s speeches in a singular form of sense of production - called microlinks. These are understood as tiny connections created by analogy by subjects between updated devices operators in social experiences - the visit for example - and participating in the development of a « cultural being » - monumentality. The results show that fiction allows singular appropriations of time and space of the monument and different forms of fictional immersion taken and of reflexivity of the experience lived by children. For these reasons, the experiences linked to the monument would be « polychrésiques » which means objects of constant reappropriations and « taken constantly in a wide spectrum of different social logics » (Jeanneret, op.cit.: 83). The compartmentalisation of areas of social life that includes the study of the « triviality » as knowledge circulation, shows that the birth or the development of a practice can be conceived in and with an « elsewhere » imbued with running speech including moments, objects, speeches outside monuments, in other words in a ventilated space.
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Evolution du rôle de la carte dans la construction du fait scientifique : étude des cartes publiées dans les revues de médecine tropicale de 1860 à 2010

Birchenall, Claire 17 June 2013 (has links)
. Ce travail propose, en se basant sur un corpus issu de revues spécialisées en médecine tropicale et sur une série d'interviews de spécialistes du domaine, de comprendre le (ou les) rôle(s) des cartes, d'étudier son évolution au cours du temps ainsi que son impact dans la construction du fait scientifique. Cette étude s'est plus particulièrement appuyée sur la sémiotique peircienne qui a permis d'appréhender le sens des cartes, sur les écrits de Latour concernant la construction de la science ainsi que sur ceux de Robert concernant les technologies intellectuelles. Ces écrits ont donné lieu à la construction d'un système d'analyse de toute carte que notre corpus a alimenté. Outre l'impact réel des cartes publiées, impact constaté par une plus forte citation des articles les publiant, il a été mis en évidence que le(s) rôle(s) évolue(nt) au cours du temps. Au départ, toutes les cartes publiées avaient une fonction d'illustration et n'étaient pas nécessaires à la compréhension de l'article. Au fur et à mesure que les médecins adoptent les avancées de la cartographie, elles acquièrent de nouveaux rôles et deviennent des outils de recherche qui possèdent une autonomie scientifique. Inversement, nous observons des cartes qui perdent de leur « scientificité » au cours du temps. Si donc le rôle de la carte en médecine tropicale est dépendant à un moment donné des connaissances sémiologiques et médicales de son auteur et de son lecteur, il l'est aussi du temps qui, par l'évolution technique, scientifique et sociopolitique de l'environnement, modifie l'apport de ce support pour la recherche et pour la communication. / These objects can cover many different disciplines and appear in this study both politically and scientifically. This study intends to, by being based on a corpus of magazines specialised in tropical medicine and on a series of interviews of specialists in the area, understand the role of maps, studying their evolution in time and their impact on the construction of scientific fact. This study is primarily based on Peirce's semiotics allowing the comprehension of maps, on Latour's works about the construction of science and on Robert's studies into intellectual technologies. These papers led to the construction of an analytical system for all maps used by our corpus. Beyond the primary impact of published maps, which can be noticed through frequent quotations of the articles publishing them, it has been proved that its roles change over time. To start with, all the published maps had an illustrated purpose and were not required to understand the article. As doctors started adopting the progress in cartography, map stook on new roles and became research tools with their own scientific independance. Conversely, we observe that some maps loose their « scientificity » with time. In conclusion, if the role of maps in tropical medicine is dependant on the semiological and medical knowledge of the author and the reader, it is also dependant on the time, which by the technical, scientific and sociopolitical evolution of the environment, alters the use of this format for research and communication.
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La torpille numérique : problématiques métier de l’exploitation cinématographique à l’heure des multiplexes et des diffusions multi-supports / "A "digital torpedo" ? : business matters of cinema management in the age of multiplex and in the age of digital culture

Lesson, Benjamin 13 December 2011 (has links)
L’exploitant de cinéma articule l’espace public cinématographique et l’espace public ; il offre une définition, une objectivation du cinéma au sein de l’espace public, dans la manière dont il construit un cadre d’expérience esthétique. Il est donc à la croisée des chemins : il doit veiller à donner un site (matériel et symbolique) à l’expérience esthétique, selon les logiques propres à son champ et en considérant la « demande » du public.Les problématiques de son métier concernent aussi bien son positionnement concurrentiel, que son positionnement au sein de l’espace public cinématographique ainsi qu’au sein de l’espace public. La présente thèse vise à en rendre compte, de manière transdisciplinaire et engage également une réflexion sur le discours porté sur le cinéma au sein de l’espace public ainsi que la fonction que lui accorde cet espace. Les nouveaux dispositifs numériques peuvent conduire à la radicalisation du caractère mass media du film (en multipliant les modalités de réception), mais ils offrent également nouvelles configurations esthétiques; le cinéma doit donc être (re)défini en fonction de ces nouvelles possibilités (partie 1).C’est toute l’institution cinématographique qui est confrontée à la problématique de l’émergence des nouveaux médias et qui, malgré elle, tend à réduire la valeur expérientielle du cinéma au caractère mass media du film. Or, c’est le marché qui capte et exploite le plus cette logique (partie 2).Cependant, l’exploitant n’est pas seulement un diffuseur ; le travail de l’exploitant est également d’opérer une médiation. Ainsi, il s’agit de considérer les problématiques de sociabilité engagées par la salle de cinéma et les conditions de création de micro-agora, de micro espace public par l’exploitation (partie 3).Ce n’est que dans une saisie globale des deux aspects du cinéma (mass media et micro agora) que l’exploitant a une fonction claire et importante, qu’il convient de revaloriser au sein de l’espace public cinématographique (conclusion). / The movie theatre manager articulates the cinematographic public place and the public place. He proposes a definition and an objectification of the cinema within the public place, depending how he « builds » an aesthetic experiment frame. Thus, the movie theatre manager is on a « crossroad ’: he has to ensure the (material and symbolical) frame required for an aesthetic experiment, depending on institutional practices and according to the spectators « demands». The business challenges of the movie theatre manager concern as well its competitive location, as its location within the cinematographic public place as well as within the public place. This thesis aims at reporting it, in an interdisciplinary way. It also commits a comment on the definitions of the cinema belonging to the public place as well as the function that this space grants it.The new digital devices can drive to the radicalisation of the mass media aspect of the movie (by multiplying the ways of reception). But they also offer new aesthetic configurations. Thus, the cinema has to be (re) defined according to these new possibilities (Part 1).It is all the film institution which is concerned by the problems due to the new technologies emergence and which tends to reduce the cinematographic experiential value to the mass media of the film aspect. Now the market exploits this logic more than the institutions do and so appears as the only guarantor of the quality (Part 2).However, the movie theatre manager is not only a diffuser; his work also is to proceeds a mediation. So, it is a matter of considering the sociability problematics committed by the theatre space and the conditions of creation of micro- agora, micro public place by the movie theatre (Part 3).It is only in a global seizure of both aspects of the cinema (mass media and micro-agora) that the movie theatre manager has a clear and an important function, that it must be revalued within the film public place (conclusion).
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Faculté imaginale du roman et fonction de médiation : vers la construction d’un domaine info-littéraire / Imaginal faculty of novel and mediation function : towards the construction of an info-literary field

Archambault, Michèle 30 November 2012 (has links)
La thèse, qui pose la question de la description du roman et envisage une réponse par l’interrogation d’une problématique documentaire (proposition d’un modèle théorique de représentation, base pour la conception et la réalisation d’outils de navigation raisonnée dans la fiction) conduit une réflexion sur la place de la fiction littéraire dans la construction des savoirs et, par extension, d’une culture. La réflexion et l’expérimentation se font dans le contexte scolaire du lycée d’enseignement général (définition du statut du roman dans l’utilisation qui en est faite dans les programmes et objectifs d’enseignement, analyse de la notion de lecture littéraire en lycée) et par l’analyse d’un corpus de textes : étude de La mystérieuse flamme de la Reine Loana / Umberto Eco, 2004, traduction française, Paris, Grasset et Fasquelle, 2005, doublée de l’étude d’un corpus aléatoire sur le thème de la Shoah. L’objet d’étude étant le roman, les liens entre les Sciences de l’Information et de la Communication et la sémiotique sont abordés sous un jour nouveau : construction d’une théorie sémiotique (définition, mise en place d’un langage formel, choix d’un système de représentation) adaptée à l’objet d’étude par l’explicitation des conditions de production de sens, ce qui implique une hybridation des champs (SIC et théories d’analyse littéraire). Sont développés les éléments théoriques pour un modèle de représentation de la fiction. Les définitions du roman, de la fiction littéraire narrative, de l’information, de la fictiologie (nouveau champ de recherche ouvert par l’étude) et de l'information fictiologique critique, complétées par une description du positionnement dans le champ des Sciences de l’Information et de la Communication, posent le cadre de la réflexion. Un chapitre traitant de la littérature et de la notion de mémoire permet de décrire les liens entre roman et représentation de la réalité. Pour cela, sont définies et étudiées les notions de texte, de référence et de contexte. Enfin, est explicité le titre de la thèse par la description de la faculté imaginale et de la fonction de médiation prêtées au roman. Pour clôturer cette partie d’étude, un état de l’art de la classification de la fiction est opéré par l’élaboration d’un panorama des outils proposés et utilisés, renforcé par la définition d’une recherche ouverte d’information et une étude de la notion de sens dans le traitement de la fiction. Les analyses dans le champ pratique comportent un compte-rendu d’enquêtes, menées dans le cadre de l’enseignement secondaire et de la formation des documentalistes de l’Education Nationale, sur les pratiques de lecture. L’analyse des corpus de textes permet d’interroger la problématique de la réalité visible dans le roman. Ces travaux expérimentent une ontologie fictiologique par une analyse du roman comme document et un essai de formalisation sur la littérature des camps. La proposition d’un modèle théorique à expérimenter se concrétise par l’élaboration d’un système d’organisation de connaissances info-littéraires. Une réflexion sur l’environnement technique actuel justifie les choix retenus, les propositions et solutions réfléchies. En présentant une littératie fictiologique, prolongement de la littératie médiatique, la thèse se clôture par la description d’une médiation fictiologique qui s’ancre dans une renégociation des espaces et des typologies documentaires, investiguant les pratiques participatives et collaboratives. / The dissertation, which investigates the description of the novel and considers an answer by interrogating an information problem (offering a theoretical model of representation, a basis for the conception and creation of tools for a carefully thought out navigation within fiction), carries out a reflection about the role of literary fiction in the construction of bodies of knowledge and, by extension, of a culture. These reflection and experimentation take place in the school context of the “lycee d’enseignement general” [mainstream education high school] (definition of the status of the novel in the way that it is used in education programs and objectives, analysis of the notion of literary reading in high school) and through the analysis of a body of texts: study of La Mysterieuse Flamme de la Reine Loana / Umberto Eco, 2004, French translation, Paris, Grasset et Fasquelle, 2005, combined with the study of an unpredictable collection of texts about the theme of the Shoah. Since the object of study is the novel, the links between Information and Communication Sciences and semiotics are approached in a new light: construction of a semiotic theory (definition, setting up of a formal language, choice of a representation system) made suitable to the object of study by clarifying the conditions of meaning production, which implies a hybridization of the fields (Information and Communication Sciences and literary analysis). The theoretical elements for a representation model of fiction are developed. Definitions of the novel, of literary narrative fiction, of information, of fictiology (a new field of research opened up by the study) and of critical fictiological information, complemented by a description of positioning of this research in the field of Information and Communication Sciences, frame the reflection. A chapter tackling literature and the notion of memory allows for a delineation of the links between novel and representation of reality. For this purpose, the notions of text, reference, and context are defined. Finally, the title of the dissertation is explained through the description of the imaginal faculty, and of the mediation function attributed to the novel. To close this part of the study, drafting a panorama of the proposed and employed tools helps operate a state of the art of fiction classification, reinforced by the definition of an open information research and a study of the notion of meaning in the handling of fiction. Analyses in the practical field include a report of investigations on reading practices conducted in the contexts of secondary education and of the training of ‘Education Nationale’ information librarians. Analyzing bodies of texts allows the problem of visible reality in the novel to be interrogated. This research tests out a fictiologic ontology by examining the novel as document and by attempting a formalization of the camps literature. The proposition of a theoretical model to be experimented is concretized by the development of a system of organization of information and literary knowledge. A reflection on the current technical environment justifies the choices considered, the propositions and solutions offered. By presenting a fictiological information literaty, an extension of media information literaty, the dissertation ends with the description of fictiological mediation anchored into a renegotiation of information spaces and typologies, investigating participatory and collaborative practices.
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Donner la parole aux autochtones : Quel est le potentiel de reconnaissance de l'exposition à plusieurs points de vue dans les musées ? / Giving voice to aboriginal peoples : On the recognition potential of multivocal exhibitions in museums

Soulier, Virginie 28 June 2013 (has links)
Depuis la fin des années 1980, les collaborations avec les communautés autochtones semblent s’accroître dans les musées canadiens. Un déplacement apparaît de la prise de parole en contexte de revendication au don de parole en contexte muséal. Après la remise en cause des musées ethnologiques, la prise en charge de la parole autochtone annonce le temps de la reconnaissance. Seulement, le mot reconnaissance est employé dans des contextes variés en muséologie. Ses occurrences indiquent plusieurs sens, dérivés de la volonté de redonner dignité et respect aux peuples autochtones et de produire des expositions qui présentent leur patrimoine d’origine à la lumière de leurs points de vue. Selon une approche communicationnelle, notre travail a porté sur les pratiques des musées qui consistent à donner la parole aux peuples autochtones et à l’exposer. Le travail a été centré sur la combinaison des points de vue autochtones avec ceux des concepteurs-muséographes. L’entreprise de la recherche a visé à cerner les opérations induites et générées par cette situation d’entrecroisements de points de vue, plus ou moins discordants, qui doivent, d’une manière ou d’une autre, s’unir dans un même espace communicationnel. Le système polyphonique de l’exposition est conceptualisé en trois moments de médiation : la prise en compte, la monstration et l’interprétation des points de vue autochtones. Ils correspondent aux intentions des concepteurs-muséographes et des expositions, puis à la manière dont elles sont interprétées par les visiteurs. Nous avons réalisé quatre enquêtes de terrain dans onze musées à travers le Canada : observation participante ; entretiens individuels auprès de professionnels des musées ; analyse de discours ; entretiens de groupes auprès de visiteurs autochtones et allochtones. Nous avons examiné les pratiques collaboratives et croisé ces quatre formes de discours des musées afin de mettre à l’épreuve le potentiel de reconnaissance des expositions qui tiennent compte des points de vue des représentants autochtones. Il résulte que la patrimonialisation est conçue en tant que processus de reconnaissance. De plus, l’intensification de la patrimonialisation des objets autochtones est synchronique de l’expansion coloniale. Néanmoins, l’analyse de la prise de distance du concepteur-muséographe vis-à-vis de son point de vue et de celui des autochtones rend compte des relations complexes entre le don de parole, l’autorité de discours et l’auctorialité. Malgré les divergences entre les intentions explicitées par les professionnels et leurs intentions implicites dans les expositions, les discours des visiteurs autochtones et allochtones traduisent un contrat de reconnaissance entre le musée et les visiteurs. Ainsi, le principe polyphonique et ses formes de reconnaissance sont mis en évidence dans les espaces de production et de réception des expositions produites en collaboration. Notre recherche révèle plusieurs modalités de reconnaissance manifestes dans la combinaison et l’entrecroisement des voix autochtones avec celles des praticiens. Cet essai d’interprétation met au jour des conflits d’ordre patrimonial et socio-historique qui engendrent des mécanismes de régulation par assimilation/accommodation. Il décrit deux logiques fondamentales relatives à l’identité et à la mémoire. De ces adaptations mises en œuvre par les musées ressort un phénomène permanent de reconnaissance amorcé depuis la colonisation des territoires autochtones. La recherche suggère finalement d’envisager le musée comme lieu de reconnaissance non seulement du patrimoine, mais aussi des publics et des peuples donateurs et donataires du patrimoine. / Collaborations with aboriginal communities appear to be increasing in Canadian museums, with the communities shifting from speaking in a context of claiming theirrights to being given a voice in the museum context. In keeping with the questioning about ethnological museums, taking into account the voice of the aboriginal peoplesprefigures since the eighties the time for recognition. But the word recognition is used indiverse museum contexts.Based on a communicational approach, our research considers the links between thepolyphonic and recognition modalities of the exhibition media. We have attempted toidentify and understand the processes induced and generated by exhibitions’ interactionaland intertextual systems. The polyphonic system is conceptualized in three mediation moments in the production and reception spaces of the exhibition: acknowledgment, monstration, and interpretation of aboriginal points of view. They correspond to there cognition intentions of the exhibitions and designers-museographers, then visitors’recognition. We have conducted four field studies in eleven different Canadian museums : participant observation; one-on-one interviews with museum professionals; discourse analysis ; group interviews with native and non-native visitors. We have studied the collaborative practicesand these four types of museum discourses to demonstrate the recognition potential ofexhibitions dedicated to the aboriginals’ perspectives.Our research reveals several recognition modes manifest in the combination andinterlinking of aboriginals’ and practitioners’ voices; it identifies logic in the polysemy ofthe word recognition. This interpretation essay reveals patrimonial and socio-historical conflicts that generate regulation mechanisms through assimilation/accommodation. A permanent recognition phenomenon emerges from the adaptations implemented by themuseums since the beginning of aboriginal patrimonialization during the colonizationperiod. Our research proposes to apprehend the museum as a recognition place of heritage, but also of the general public and the peoples, whether donors or donees of that heritage.

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