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Relação entre o grau de prejuízo da circulação periférica, a espessura íntima-média carotídea e a função cognitiva de pacientes com doença arterial periférica / Association between degree of impairment of peripheral circulation, carotid intima-media thickness and cognitive function in patients with peripheral arterial diseaseFerreira, Naomi Vidal 07 May 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: A Doença Arterial Periférica dos membros inferiores (DAP) é um acometimento relacionado à obstrução arterial desses membros, causada pela doença aterosclerótica, uma doença sistêmica. Por essa razão, a DAP costuma associar-se ao aumento da espessura íntima-média (EIM) carotídea e ao prejuízo cognitivo. No entanto, não se sabe qual o papel da EIM no prejuízo cognitivo observado na DAP. OBJETIVOS: Avaliar as funções cognitivas de pacientes com DAP, associá-las ao grau de prejuízo da circulação periférica e avaliar o papel da EIM nessa associação. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram selecionados 26 pacientes com DAP (68,57+8,34 anos; 65,4% do sexo masculino) e 40 indivíduos-controle (67,17+8,24 anos; 62,5% do sexo masculino). Todos participantes foram submetidos a uma avaliação sócio-demográfica, que coletou dados de caracterização do indivíduo e antecedentes clínicos; a uma investigação clínica, composta pela avaliação do índice tornozelo-braquial (ITB), pela medida da espessura íntima-média (EIM) carotídea, e pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6\'); e a uma avaliação neuropsicológica, que consistiu nos seguintes instrumentos: Vocabulário (WAIS-III), Cubos (WAIS-III), Dígitos (WAIS-III), Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Stroop Color Word Test (SCWT), FAS (COWAT), Animais (COWAT), Teste do Desenho do Relógio e Mini-Mental State Examination (MMSE). RESULTADOS: O grupo DAP apresentou pior desempenho na memória verbal tardia, na amplitude da atenção, na memória operacional, na atenção, no grau de abstração, na flexibilidade mental, na velocidade de processamento da informação, no controle inibitório/impulsividade, no vocabulário, na fluência verbal fonêmica, na fluência verbal semântica, na praxia construtiva e na função cognitiva global em relação ao grupo controle. Após ajuste para escolaridade, nível sócio-econômico, QI e sintomas psiquiátricos, o desempenho do grupo DAP se manteve pior na flexibilidade mental e na fluência verbal fonêmica. O grau de prejuízo da circulação periférica, avaliado pelo ITB, apresentou associação com a memória visual tardia, com a memória operacional, com a atenção, com o grau de abstração, com a velocidade de processamento da informação, com o controle inibitório/impulsividade, com o vocabulário, com a fluência verbal fonêmica e com a função cognitiva global. Após ajuste para escolaridade, nível sócio-econômico, QI e sintomas psiquiátricos, o ITB manteve associação com a fluência verbal fonêmica. Após ajuste para EIM, o ITB manteve associação com o vocabulário. CONCLUSÃO: O grupo de pacientes com DAP apresentou desempenho cognitivo prejudicado, quando comparado ao grupo controle, independente de escolaridade, nível sócio-econômico, QI e sintomas psiquiátricos. O grau de prejuízo da circulação periférica associou-se ao desempenho cognitivo, mas a EIM carotídea pareceu exercer um papel importante nessa associação / BACKGROUND: Peripheral arterial disease of the lower limbs (PAD) is related to arterial obstruction of these limbs, caused by atherosclerosis, a systemic disease. Therefore, PAD is usually associated with increased carotid intima-media thickness (IMT) and cognitive impairment. However, the role of IMT in cognitive impairment observed in PAD is unknown. OBJECTIVES: To evaluate the cognitive functions of patients with PAD, to associate them with the degree of impairment of peripheral circulation and to evaluate the role of IMT in this association. METHODS: 26 patients with PAD (68.57+8.34 years, 65.4% male) and 40 control subjects (67.17+8.24 years, 62.5 % male) were selected. All participants underwent a socio-demographic assessment, which collected data on individual\'s characteristics and medical history; a clinical investigation, consisting of the evaluation of the ankle-brachial index (ABI), the measurement of carotid intima-media thickness (IMT) and the six-minute walk test (6MWT); and a neuropsychological evaluation, which consisted of the following instruments: Vocabulary (WAIS - III), Block Design (WAIS - III), Digit Span (WAIS - III), Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Stroop Color Word Test (SCWT) , FAS (COWAT) Animals (COWAT) , Clock Drawing Test and Mini - Mental State Examination (MMSE). RESULTS: The PAD group scored worse on delayed verbal memory, attention span, working memory, attention, degree of abstraction, mental flexibility, information processing speed, inhibitory control/impulsivity, vocabulary, phonemic verbal fluency, semantic verbal fluency, constructive praxis and global cognitive function compared to the control group. After adjustment for education, socioeconomic status, IQ and psychiatric symptoms, the performance of the PAD group remained worse in mental flexibility and phonemic verbal fluency. The degree of impairment of peripheral circulation, assessed by ABI, was associated with delayed visual memory, with working memory, with attention, with degree of abstraction, with information processing speed, with the inhibitory control/impulsivity, with vocabulary, with phonemic verbal fluency, and with global cognitive function. After adjustment for education, socioeconomic status, IQ and psychiatric symptoms, ABI remained associated with phonemic verbal fluency. After adjustment for IMT, ABI remained associated with the vocabulary. CONCLUSION: The group of patients with PAD showed impaired cognitive performance, when compared to the control group, regardless of education, socioeconomic status, IQ and psychiatric symptoms. The degree of impairment of peripheral circulation was associated with cognitive performance, but carotid IMT appeared to play an important role in this association
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Medida do complexo médio-intimal carotídeo em adolescentes brasileiros do sexo masculino / CAROTID INTIMA-MEDIA THICKNESS IN MALE ADOLESCENTSMendes, Fernanda 09 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-09 / OBJECTIVES: Assess the carotid intima-media thickness (IMT) in a sample of male adolescents in a southern Brazil city, and investigate the association of this measure with biological and demographics variables.
METHODS: Cross-sectional study in a random sample of 239 eighteen years old male adolescents, in the Pelotas city military recruitment, in the south of Brazil, held in July 2010. The presence of cardiovascular risk factors was investigated by a questionnaire and physical examination (weight, height, blood pressure and waist circumference). The study was performed in B-mode ultrasound of both common carotid arteries, with IMT measurement in the posterior wall, at a distance of 1.0 to 2.0 cm of the carotid bifurcation. We obtained five measurements of each common carotid and the mean of both sides corresponded to the carotid IMT of each participant.
RESULTS: The mean carotid IMT was 0.4969 (± 0.0466) mm and atheromatous plaque were not identified in any adolescent. In the multivariate analysis, BMI (p=0.005) and waist circumference (p<0.001) were positively associated with carotid IMT.
CONCLUSION: The association of BMI and waist circumference with the carotid IMT during adolescence shows the importance of adiposity as a cardiovascular risk factor / OBJECTIVES: Assess the carotid intima-media thickness (IMT) in a sample of male adolescents in a southern Brazil city, and investigate the association of this measure with biological and demographics variables.
METHODS: Cross-sectional study in a random sample of 239 eighteen years old male adolescents, in the Pelotas city military recruitment, in the south of Brazil, held in July 2010. The presence of cardiovascular risk factors was investigated by a questionnaire and physical examination (weight, height, blood pressure and waist circumference). The study was performed in B-mode ultrasound of both common carotid arteries, with IMT measurement in the posterior wall, at a distance of 1.0 to 2.0 cm of the carotid bifurcation. We obtained five measurements of each common carotid and the mean of both sides corresponded to the carotid IMT of each participant.
RESULTS: The mean carotid IMT was 0.4969 (± 0.0466) mm and atheromatous plaque were not identified in any adolescent. In the multivariate analysis, BMI (p=0.005) and waist circumference (p<0.001) were positively associated with carotid IMT.
CONCLUSION: The association of BMI and waist circumference with the carotid IMT during adolescence shows the importance of adiposity as a cardiovascular risk factor
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Efeitos arteriais da ativação de células T, monócitos e da imunidade ao Citomegalovírus (CMV) em crianças e adolescentes com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) / Arterial effects of T cell, monocyte and cytomegalovirus (CMV) immune activation in children and adolescents with Human Immunodeficiency Virus (HIV) infectionSturzbecher, Fernanda Tomé 30 August 2018 (has links)
A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pode predispor à presença de fatores de risco cardiovascular e promover a ativação do sistema imunológico, contribuindo para a formação de lesões ateroscleróticas. A existência de coinfecções, como pelo Citomegalovírus (CMV) e a ativação imunológica inespecífica poderiam intensificar o processo de inflamação crônica e acelerar os danos vasculares decorrentes desta. O objetivo principal deste estudo foi avaliar se a recorrência da infecção pelo CMV, a magnitude da resposta imunológica específica ao CMV ou da ativação inespecífica de células T e monócitos associava-se ao aumento da espessura das camadas média e íntima das carótidas (cIMT) em crianças e adolescentes coinfectados pelo HIV e CMV. Consistiu-se de um estudo longitudinal, em que 40 crianças e adolescentes coinfectados pelo HIV e CMV foram acompanhados por 2 anos. Periodicamente avaliou-se a presença de recorrência do CMV, com o uso de detecção de DNA do CMV no soro por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase; a ativação imunológica perante este vírus com o ensaio do Quantiferon CMVR, a dosagem de anticorpos IgM e IgG contra o CMV. Também, nós medimos a ativação imunológica inespecífica de células T usando a dosagem do receptor I de TNF solúvel (sTNFRI) e a quantificação da presença HLADR+CD38+TCD8+; e a de monócitos por meio da dosagem de CD14 solúvel (sCD14). Para caracterizar adicionalmente as crianças estudadas, outros parâmetros foram registrados periodicamente: 1-Relativos à infecção pelo HIV: parâmetros clínicos e quantificação de linfócitos CD4+/CD8+ e de RNA-HIV; 2-Parâmetros antropométricos: Peso, estatura, circunferência abdominal e Índice de Massa Corporal (IMC); 3-Parâmetros Laboratoriais: lipoproteínas, glicemia, insulinemia, hemoglobina glicosilada e cálculo do índice HOMA IR. Devido à baixa incidência de recorrência da infeção pelo CMV (0,97/100 pessoas-mês) não foi possível analisar este fator no presente estudo. De maneira geral, na entrada do estudo aespessura da íntima/média das artérias carótidas da maioria (70%) dos adolescentes situava- se acima do Percentil 75 da distribuição de referência, sendo que durante o período de 2 anos não ocorreu incremento significativo da medida desse parâmetro arterial. Não foi identificada associação entre a magnitude da ativação da imunidade específica ao CMV e a evolução da cIMT ao longo de dois anos. Apesar de ter sido detectado que pequenos incrementos nos indicadores de ativação imunológica inespecífica (TNRFI, sCD14 e/ou HLADR+CD38+) associaram-se a discretas reduções da cIMT ao final de dois anos, a ativação imunológica de células T e monócitos não se associou ao incremento da espessura da íntima/média arterial durante esse período de tempo. Embora não tenhamos confirmado a nossa hipótese, dados obtidos nesse estudo podem se tornar referencia para planejamento de estudos mais amplos e com maior período de observação. / Human Immunodeficiency Virus (HIV) infection might predispose the presence of cardiovascular risk factors and promote the activation of the immune system contributing to the formation of atherosclerotic lesions. The presence of coinfections, such as by Cytomegalovirus, and the immunological unspecific activation may intensify the process of chronic inflammation and accelerate the vascular damage resulting from it. The main objective of this study was to evaluate whether the recurrence of CMV infection and the degree of the CMV-specific cellular immune response or the unspecific activation of T cells and monocytes were associated with the increase in the thickness of the carotid intima-media thickness (cIMT) in HIV/CMV-coinfected children and adolescents. A longitudinal study was carried out in which 40 HIV/CMV-coinfected children and adolescents were followed-up for 2 years. Periodically, it was determined the presence of CMV recurrence with the use of CMV-DNA detection in serum by Polymerase Chain Reaction; the specific immunological activation of this virus with the Quantiferon CMVR assay and the dosage of IgM and IgG antibodies against CMV. Also, we measured the nonspecific immunological activation of T cells using the soluble TNF receptor I (sTNFRI), and the presence of HLADR+CD38+TCD8+; and that of monocytes by soluble CD14 dosage (sCD14). To further characterize the studied children, other parameters were periodically evaluated: 1-HIV-related: clinical parameters and quantification of CD4+/CD8+ lymphocytes and HIV-RNA; 2-Anthropometric parameters: weight, height, abdominal circumference, and Body Mass Index (BMI); 3-Laboratory parameters: lipoproteins, fasting glucose, fasting insulinemia, glycosylated hemoglobin, and calculation of HOMA IR. Due to the low incidence of CMV recurrence (0.97/100 persons-month), it was not possible to analyze this factor in the present study. Overall, the cIMT of most (70%) adolescents were higher than the 75 percentile of the reference distribution at enrollment, and no significant increment occurred over a 2 year period. No association between the degree of CMV-specific immunity activation and the evolution of cIMT over 2 years was identified. Although it was found that small increments on the unspecific immunological activation markers (TNRFI,sCD14 and/or HLADR+CD38+) were associated with discrete reductions of the cIMT at the end of two years, the immunological activation did not associate with an increment of the carotid intima/media thickness over this time period. Even if we have not confirmed our hypothesis, the data obtained in this study can be used for planning bigger studies with a more prolonged observation period.
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Determinantes das propriedades funcionais e estruturais de grandes artérias em uma população de indivíduos adultos saudáveis / Determinants of functional and structural properties of large arteries in healthy adultsTolezani, Elaine Cristina 21 September 2012 (has links)
Alterações das propriedades funcionais e estruturais de grandes artérias são correlacionadas à maior risco cardiovascular em diferentes populações. Recentes diretrizes europeias e brasileiras de hipertensão arterial incluem avaliações da espessura íntima medial (EIM) de carótida e da velocidade de onda de pulso (VOP) aórtica como métodos para avaliação de doença subclínica do paciente hipertenso. Estabelecer valores de referência dos métodos de avaliação da estrutura e da função arteriais e os principais determinantes clínicos e demográficos dos parâmetros obtidos com estes métodos, além de suas correlações, em indivíduos adultos saudáveis, é importante para melhor estratificação dos pacientes. Os objetivos do estudo foram avaliar em indivíduos adultos saudáveis: 1. a distribuição dos valores de VOP aórtica e do diâmetro, da espessura íntima medial e da distensão relativa da artéria carótida, para definir parâmetros de referência. 2. os principais determinantes demográficos e clínicos destes parâmetros e suas correlações.Foram avaliados 210 indivíduos (54% mulheres, idade média 44±13anos) sem história ou evidência de doença cardiovascular atual. A pressão arterial (PA) foi aferida por aparelho automático Omron (HEM 705 CP) com o indivíduo sentado. A medida automática da VOP carótida-femural foi feita pelo aparelho Complior®. As propriedades funcionais e estruturais da carótida (distensão, diâmetro e EIM) foram avaliadas por ultrassom de radiofrequência (WTS®). Todos os indivíduos realizaram avaliação bioquímica.As médias dos valores foram: VOP aórtica (m/s) = 8,7±1,5, diâmetro da carótida (m) = 6617±985, EIM da carótida (m) = 601±131 e distensão relativa da carótida (%) = 5,3±2,1. Não houve diferenças significativas nos parâmetros entre homens e mulheres, assim como entre as raças. Na análise multivariada, os fatores independentemente relacionados aos parâmetros vasculares foram: VOP aórtica = idade (r2 0,22/ p < 0,01), EIM da carótida = idade (r2 0,17 / p < 0,01), diâmetro da carótida = creatinina (r2 0,16 / p = 0,02), distensão relativa da carótida = idade (r2 0,37 / p < 0,01) e pressão arterial diastólica PAD - (r2 0,09 / p < 0,01). Observamos que a VOP teve correlação positiva com EIM (r² - 0,06 / p < 0,01), e correlação inversa com a distensão relativa da carótida (r² - 0,08 / p < 0,01). Em conclusão, em indivíduos saudáveis o principal fator relacionado à medida da rigidez aórtica é a idade, enquanto que a idade e a PAD foram relacionados com a medida funcional da carótida, e o nível de creatinina relacionado ao diâmetro. A estrutura da artéria carótida é diretamente relacionada à medida da rigidez aórtica, que por sua vez é inversamente relacionada à capacidade funcional da artéria carótida / Changes of structural and functional properties of large arteries are correlated with increased cardiovascular risk in different populations. Recent European and Brazilian guidelines for hypertension include assessment of carotid intima-media thickness (IMT) and aortic pulse wave velocity (PWV) for evaluation of subclinical disease in hypertensive patients. Thus, to establish reference values for methods that evaluate arterial properties and the main clinical and demographic determinants of the parameters obtained with these methods, as well as their correlation in healthy adult subjects, it is important for better stratification of patients. The objectives of the study were to evaluate in healthy adult subjects: 1. the distribution of aortic PWV values and of the diameter, intima-media thickness and distension of the carotid artery to obtain reference parameters. 2. the main demographic and clinical determinants of these parameters and their correlations. We evaluated 210 subjects (54% women, mean age 44 ± 13anos) with no history or current evidence of cardiovascular disease. Blood pressure (BP) was measured by automatic device Omron (HEM 705 CP) with the subject in a sitting position. The automatic measurement of carotid-femoral PWV was performed by Complior® device. The functional and structural properties of the carotid artery (distension, diameter and IMT) were assessed by ultrasound radiofrequency (WTS®). All subjects underwent biochemical evaluation. The mean values were: aortic PWV (m / s) = 8.7±1.5, carotid diameter (m) = 6617±985, carotid IMT (m) = 601±131 and distension on carotid (% ) = 5.3±2.1. There were no significant differences in parameters according gender or race. In multivariate analysis, the independent factors related to arterial parameters were: aortic PWV = age (r2 - 0.22 / p -< 0.01), carotid IMT = age (r2 - 0.17 / p <0.01 ), carotid diameter = creatinine (r2 - 0.16 / p = 0.02), carotid distension = age (r2 - 0.37 / p < 0.01) and diastolic blood pressure - DBP - (r2 - 0.09 / p< 0.01). We also found that aortic PWV was positively correlated with IMT (r² - 0.06 / p < 0.01) and inversely correlated with the relative distension of the carotid (r² - 0.08 / p < 0.01). In conclusion, in healthy subjects the main factor related to aortic stiffness is age, whereas age and DBP were related to functional measurement of the carotid artery, and creatinine levels related to the diameter. The structure of the carotid artery is directly related to the aortic stiffness, which in turn is inversely related to the functional capacity of the carotid artery.
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Efeitos arteriais da ativação de células T, monócitos e da imunidade ao Citomegalovírus (CMV) em crianças e adolescentes com infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) / Arterial effects of T cell, monocyte and cytomegalovirus (CMV) immune activation in children and adolescents with Human Immunodeficiency Virus (HIV) infectionFernanda Tomé Sturzbecher 30 August 2018 (has links)
A infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pode predispor à presença de fatores de risco cardiovascular e promover a ativação do sistema imunológico, contribuindo para a formação de lesões ateroscleróticas. A existência de coinfecções, como pelo Citomegalovírus (CMV) e a ativação imunológica inespecífica poderiam intensificar o processo de inflamação crônica e acelerar os danos vasculares decorrentes desta. O objetivo principal deste estudo foi avaliar se a recorrência da infecção pelo CMV, a magnitude da resposta imunológica específica ao CMV ou da ativação inespecífica de células T e monócitos associava-se ao aumento da espessura das camadas média e íntima das carótidas (cIMT) em crianças e adolescentes coinfectados pelo HIV e CMV. Consistiu-se de um estudo longitudinal, em que 40 crianças e adolescentes coinfectados pelo HIV e CMV foram acompanhados por 2 anos. Periodicamente avaliou-se a presença de recorrência do CMV, com o uso de detecção de DNA do CMV no soro por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase; a ativação imunológica perante este vírus com o ensaio do Quantiferon CMVR, a dosagem de anticorpos IgM e IgG contra o CMV. Também, nós medimos a ativação imunológica inespecífica de células T usando a dosagem do receptor I de TNF solúvel (sTNFRI) e a quantificação da presença HLADR+CD38+TCD8+; e a de monócitos por meio da dosagem de CD14 solúvel (sCD14). Para caracterizar adicionalmente as crianças estudadas, outros parâmetros foram registrados periodicamente: 1-Relativos à infecção pelo HIV: parâmetros clínicos e quantificação de linfócitos CD4+/CD8+ e de RNA-HIV; 2-Parâmetros antropométricos: Peso, estatura, circunferência abdominal e Índice de Massa Corporal (IMC); 3-Parâmetros Laboratoriais: lipoproteínas, glicemia, insulinemia, hemoglobina glicosilada e cálculo do índice HOMA IR. Devido à baixa incidência de recorrência da infeção pelo CMV (0,97/100 pessoas-mês) não foi possível analisar este fator no presente estudo. De maneira geral, na entrada do estudo aespessura da íntima/média das artérias carótidas da maioria (70%) dos adolescentes situava- se acima do Percentil 75 da distribuição de referência, sendo que durante o período de 2 anos não ocorreu incremento significativo da medida desse parâmetro arterial. Não foi identificada associação entre a magnitude da ativação da imunidade específica ao CMV e a evolução da cIMT ao longo de dois anos. Apesar de ter sido detectado que pequenos incrementos nos indicadores de ativação imunológica inespecífica (TNRFI, sCD14 e/ou HLADR+CD38+) associaram-se a discretas reduções da cIMT ao final de dois anos, a ativação imunológica de células T e monócitos não se associou ao incremento da espessura da íntima/média arterial durante esse período de tempo. Embora não tenhamos confirmado a nossa hipótese, dados obtidos nesse estudo podem se tornar referencia para planejamento de estudos mais amplos e com maior período de observação. / Human Immunodeficiency Virus (HIV) infection might predispose the presence of cardiovascular risk factors and promote the activation of the immune system contributing to the formation of atherosclerotic lesions. The presence of coinfections, such as by Cytomegalovirus, and the immunological unspecific activation may intensify the process of chronic inflammation and accelerate the vascular damage resulting from it. The main objective of this study was to evaluate whether the recurrence of CMV infection and the degree of the CMV-specific cellular immune response or the unspecific activation of T cells and monocytes were associated with the increase in the thickness of the carotid intima-media thickness (cIMT) in HIV/CMV-coinfected children and adolescents. A longitudinal study was carried out in which 40 HIV/CMV-coinfected children and adolescents were followed-up for 2 years. Periodically, it was determined the presence of CMV recurrence with the use of CMV-DNA detection in serum by Polymerase Chain Reaction; the specific immunological activation of this virus with the Quantiferon CMVR assay and the dosage of IgM and IgG antibodies against CMV. Also, we measured the nonspecific immunological activation of T cells using the soluble TNF receptor I (sTNFRI), and the presence of HLADR+CD38+TCD8+; and that of monocytes by soluble CD14 dosage (sCD14). To further characterize the studied children, other parameters were periodically evaluated: 1-HIV-related: clinical parameters and quantification of CD4+/CD8+ lymphocytes and HIV-RNA; 2-Anthropometric parameters: weight, height, abdominal circumference, and Body Mass Index (BMI); 3-Laboratory parameters: lipoproteins, fasting glucose, fasting insulinemia, glycosylated hemoglobin, and calculation of HOMA IR. Due to the low incidence of CMV recurrence (0.97/100 persons-month), it was not possible to analyze this factor in the present study. Overall, the cIMT of most (70%) adolescents were higher than the 75 percentile of the reference distribution at enrollment, and no significant increment occurred over a 2 year period. No association between the degree of CMV-specific immunity activation and the evolution of cIMT over 2 years was identified. Although it was found that small increments on the unspecific immunological activation markers (TNRFI,sCD14 and/or HLADR+CD38+) were associated with discrete reductions of the cIMT at the end of two years, the immunological activation did not associate with an increment of the carotid intima/media thickness over this time period. Even if we have not confirmed our hypothesis, the data obtained in this study can be used for planning bigger studies with a more prolonged observation period.
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Obesidade, saúde metabólica e sua associação com a espessura íntima-média carotídea e calcificação coronariana / Obesity, metabolic health and their association with carotid intima-media thickness and coronary calcificationCarla Romagnolli Quintino 31 January 2019 (has links)
Introdução: A obesidade aumenta o risco da presença de alterações metabólicas, o que contribui para um elevado risco cardiovascular. No entanto, o papel independente da obesidade na gênese da aterosclerose e da doença cardiovascular ainda é controverso. Diversos estudos identificaram indivíduos que apresentam um fenótipo de obesidade sem alterações metabólicas, conhecida como \"obesidade metabolicamente saudável\" (ObMS). Como a definição de ObMS é variável, sua prevalência não é bem definida. A espessura íntima-média carotídea (EIMC) e a calcificação arterial coronariana (CAC) são considerados marcadores precoces de aterosclerose subclínica Apesar de estudos prévios terem avaliado a associação entre índice de massa corporal (IMC) e EIMC e entre IMC e CAC, o papel independente da obesidade, particularmente em indivíduos metabolicamente saudáveis não está claro. Objetivos: Avaliar se a obesidade, independentemente dos fatores de risco cardiovascular, está associada à maior EIMC e à maior CAC. Calcular a prevalência de ObMS utilizando uma definição estrita de saúde metabólica. Métodos: Este estudo é uma análise transversal dos dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O indivíduo foi classificado como tendo ObMS se tivesse o IMC >=30 kg/m2 e não tivesse nenhum dos componentes da síndrome metabólica, excluindo-se o critério da circunferência abdominal. Resultados: A análise com EIMC incluiu 10.335 participantes e a análise com CAC incluiu 4.320 participantes. A prevalência de obesidade foi de 21,2% (n=2.191) na análise com EIMC e de 24,3% (n=1.050) na análise com CAC. Com uma definição estrita, a prevalência de ObMS foi de 5,6% na análise com EIMC e 5,5% na análise com CAC. A estratificação dos indivíduos de acordo com a saúde metabólica, evidenciou que os indivíduos metabolicamente saudáveis eram mais jovens, predominantemente mulheres e que tinham menor circunferência abdominal. A maioria dos indivíduos com ObMS tinha obesidade grau 1 (84,7% na análise com EIMC e 82,8% na análise com CAC) e raramente tinham obesidade grau 3 (3,2% na análise com EIMC e 5,2% na análise com CAC). A obesidade abdominal foi presente em mais de 99% dos indivíduos obesos. A análise com EIMC evidenciou que a EIMC média da amostra foi de 0,81 mm (±0,20). A EIMC média da subamostra metabolicamente saudável foi de 0,70 (±0,13) mm nos indivíduos não obesos e de 0,76 mm (±0,13) nos obesos (p < 0,001). A EIMC média da subamostra metabolicamente não saudável foi de 0,81 (±0,20) mm nos indivíduos não obesos e de 0,88 mm (±0,20) nos obesos (p < 0,001). Estes achados se mantiveram inalterados mesmo após o ajuste multivariado para possíveis variáveis de confusão. A análise com CAC (CAC=0 versus CAC > 0) não evidenciou diferença significativa de calcificação coronariana nos indivíduos obesos, metabolicamente saudáveis ou não, em relação aos não obesos. Conclusão: Utilizando-se uma definição estrita, a prevalência de ObMS é menor do que 6%. O conceito de obesidade metabolicamente saudável, mesmo utilizando-se uma definição estrita, parece inadequado, visto que nesta população, a obesidade está associada com valores mais elevados de EIMC. Na análise com CAC não evidenciamos diferença estatisticamente significativa / Introduction: Obesity increases the risk of metabolic abnormalities, which contributes to elevated cardiovascular risk. However, the independent role of obesity in the development of atherosclerosis and cardiovascular disease is still debatable. Several studies identified individuals with an obesity phenotype without metabolic abnormalities: \"metabolically healthy obesity\" (MHO). Since the definition of MHO is variable, the prevalence of MHO varies widely. Carotid intima-media thickness (CIMT) and coronary artery calcification (CAC) are considered early markers of subclinical atherosclerosis. Although previous studies have evaluated the association between body mass index (BMI) and CIMT and between BMI and CAC, the independent role of obesity, particularly in metabolically healthy subjects, is still unclear. Objectives: This study sought to evaluate whether obesity, regardless of cardiovascular risk factors, is associated with higher CIMT levels and higher CAC. We also sought to calculate MHO prevalence using a strict definition of metabolic health. Methods: This is a cross-sectional analysis of the baseline data of Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). MHO was defined as BMI >=30 kg/m2 and none of metabolic syndrome components, excluding waist circumference criterion. Results: EIMC analysis included 10,335 subjects and CAC analysis 4,320 subjects. Obesity prevalence was 21.2% (n=2,191) in EIMC analysis and 24.3% (n=1,050) in CAC analysis. This study showed a prevalence of MHO: 5.6% (n=124) in EIMC analysis and 5.5% (n=58) in CAC analysis. When individuals were stratified according to the presence of metabolic health, we found that metabolically healthy subjects were younger, more likely to be women and had lower waist circumference. Most of the MHO subjects had grade 1 obesity (84.7% in EIMC analysis and 82.8% in CAC analysis) and rarely had grade 3 obesity (3.2% in EIMC analysis and 5.2% in CAC analysis). Abdominal obesity was present in more than 99% of obese subjects. EIMC analysis showed that mean CIMT of the sample was 0.81 (±0.20). The mean CIMT of metabolically healthy subsample was 0.70 (±0.13) in non-obese and 0.76 (±0.13) in obese (p < 0.001). The mean CIMT of metabolically unhealthy subsample was 0.81 (±0.20) in non-obese and 0.88 (±0.20) in obese (p < 0.001). Those findings remained essentially unchanged after multivariate adjustment for confounding. CAC analysis (CAC=0 versus CAC > 0) did not show a significant difference in coronary calcification in obese subjects, regardless metabolic status, when compared with non-obese subjects. Conclusion: Using a strict definition, the prevalence of MHO is below 6%. The concept of MHO, even with strict definition, seems inadequate, as even in this population obesity is associated with higher CIMT levels. CAC analysis did not show statiscally significant difference
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Hipersensibilidade do seio carotídeo: prevalência em pacientes com síncope e pré-síncope e comparação com indivíduos assintomáticos / Carotid sinus hypersensitivity: prevalence in patients with syncope and near syncope and comparison with asymptomatic individualsWu, Tan Chen 08 April 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: A Hipersensibilidade do seio carotídeo (HSC) é a exacerbação do reflexo normal e foi definida como ocorrência de pausa ventricular 3 segundos ou redução da pressão arterial sistólica (PAS) 50 mmHg em resposta à massagem do seio carotídeo (MSC). Fenômeno relacionado à idade, raramente diagnosticado em pacientes com menos de 50 anos, tem recebido especial atenção como causa de síncope e quedas inexplicadas nos idosos, nas últimas décadas, com relatos de taxas de prevalências superiores a 45%. Entretanto, ainda não estão claras as implicações diagnósticas da HSC na síncope, com resultados controversos na literatura. OBJETIVOS: Determinar a prevalência da HSC em pacientes com sintomas de síncope e pré-síncope e comparar com indivíduos assintomáticos. Correlacionar a resposta à MSC com a rigidez aórtica e os parâmetros anatômicos e funcionais carotídeos. MÉTODOS: Foram avaliados em estudo prospectivo 99 pcts sintomáticos, com síncope ou pré-síncope a esclarecer (idade média de 69 anos, 41,4% homens), e 66 pcts assintomáticos para controle (idade média de 73 anos, 34,8% homens). Excluíram-se pacientes com cardiopatia estrutural ou com contraindicações para MSC. A MSC foi realizada no ponto com maior impulsão carotídea por 5 segundos, com o registro contínuo e não invasivo da pressão arterial (PA) e eletrocardiograma, com o paciente em postura ortostática a 70º. Foram consideradas respostas anormais: cardioinibitória (CI): assistolia 3 segundos e vasodepressora (VD): redução da PAS 50 mmHg. O índice da rigidez arterial foi obtido por meio de medida da velocidade de onda de pulso carotídeo-femoral (VOP). As características anatômicas e funcionais da carótida foram determinadas por medidas de diâmetro, espessura íntima-média carotídea (EIMC) e índice de distensibilidade. RESULTADOS: Não foram constatadas diferenças nas respostas obtidas na MSC entre os grupos, com 67,7% e 60,6% de respostas fisiológicas; 24,2% e 25,8% de respostas CI; 8,1% e 13,6% de respostas VD em grupo sintomáticos e assintomáticos, respectivamente (p=0,466). Não foram observadas correlações entre a resposta à MSC, tanto com a VOP como com a EMIC, a distensibilidade e o diâmetro carotídeo. CONCLUSÕES: 1- A prevalência de HSC e resposta hemodinâmica à MSC em pacientes com sintomas de síncope e pré-síncope foram semelhantes a pacientes assintomáticos provenientes da mesma instituição, com características clínicas semelhantes. 2- Não foi observada correlação significativa entre a rigidez arterial, medida por meio da VOP, EIMC, distensibilidade e diâmetro carotídeo e a resposta à MSC / The carotid sinus hypersensitivity (CSH) is the exaggeration of the normal reflex and was defined by occurrence of asystole 3 seconds or fall in systolic BP 50 mmHg in response to carotid sinus massage (CSM). Phenomenon related to age, rarely diagnosed in patients younger than 50 years, has gained importance as a cause of syncope and unexplained falls in the elderly in recent decades with reported prevalence rates above 45%. However, the correlation between CSH and syncope etiology is still controversial. OBJECTIVE: To determine the prevalence of CSH in patients with syncope and near syncope of unknown origin and compare with asymptomatic individuals; to evaluate the correlation between CSM responses and arterial stiffness. METHODS: We studied prospectively 99 symptomatic pts with syncope or near syncope (mean age 69 years, 41.4% men) and 66 asymptomatic controls (mean age 73 years, 34.8% men). Patients with significant structural heart disease or with contraindications to CSM were excluded. The CSM was performed at the point with maximal carotid pulsation, for 5 seconds with continuous and noninvasive blood pressure and electrocardiogram recording at 70° in upright posture. Were considered abnormal responses: cardioinhibitory (CI): asystole 3 seconds and vasodepressor (VD): decrease in systolic BP 50 mmHg. The aortic stiffness was determined by aortic pulse wave velocity (PWV). The anatomical and functional characteristics of the carotid were determined by measurements of diameter, intima-media thickness (IMT) and distensibility index. RESULTS: There were no differences in the responses obtained in the CSM between the groups, being 67.7 % and 60.6% physiological responses, 24.2% and 25.8% CI responses and 8.1% and 13.6% VD responses in symptomatic and asymptomatic groups, respectively (p=0.466). There were no correlations between response to the CSM with VOP, IMT, carotid diameter and distensibility. CONCLUSIONS: The prevalence of CSH in patients with symptoms of syncope and near syncope was similar to asymptomatic patients from the same institution with similar clinical characteristics. There was no significant correlation between arterial stiffness, measured by PWV, IMT, carotid diameter and distensibility with the response to CSM
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Perfil nutricional, metabólico e risco cardiovascular em pacientes pós-transplante hepáticoAlves, Bruna Cherubini January 2016 (has links)
No pós-transplante hepático (pós-TxHep), complicações da doença cardiovascular (CV) têm sido cada vez mais prevalentes e aparecem entre as principais causas de morte nessa população. Sabe-se que alterações metabólicas e nutricionais podem estar associadas ao aumento de risco CV. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o risco CV e suas associações com o estado nutricional, ingestão alimentar e o perfil metabólico em pacientes pós-TxHep. Este estudo transversal incluiu pacientes adultos pós-TxHep. Pacientes transplantados há menos de 1 ano e com histórico de insuficiência hepática fulminante, perda de enxerto hepático ou insuficiência renal crônica pós-TxHep não foram incluídos. Os pacientes passaram por avaliação clínica, nutricional e laboratorial. A avaliação nutricional compreendeu a ingestão alimentar, através de Registro Alimentar de três dias, antropometria e dinamometria. A medida da espessura da camada íntima-média carotídea (EIMC) foi avaliada por ultrassonografia Doppler e considerada alterada quando maior que 1 milímetro. Foram avaliados 69 pacientes transplantados há 2,8 (1,4 - 6,3) anos, sendo a maioria do sexo masculino (61%). Encontrou-se alta prevalência de desnutrição e sarcopenia, apresentada por 45% dos pacientes com área muscular do braço abaixo do percentil 15, e 71% com força do aperto de mão abaixo do percentil 30. Em contraste, 72% dos pacientes estavam com excesso de peso e 35% apresentaram Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 30 kg/m2. Pacientes com EIMC alterada (54%) apresentaram maior LDL colesterol (P = 0,01), maior proporção de proteína-C reativa ultrassensível (PCR-us) maior que 1mg/L (P = 0.02) e maior ingestão de ácidos graxos saturados e trans (P = 0.01). Em conclusão, este estudo mostrou alta prevalência de EIMC alterada em uma amostra de pacientes pós-TxHep com sobrepeso e sarcopenia, associada a níveis mais elevados de LDL colesterol, PCR-us maior que 1mg/L e maior ingestão de ácidos graxos saturados e trans. Este estudo reforça que é necessário fornecer medidas preventivas, incluindo a melhoria da qualidade dietética, para todos os pacientes pós-transplante hepático, a fim de minimizar o risco CV. / In post-liver transplantation (post-LT), complications of cardiovascular (CV) disease have been increasingly prevalent and have become one of the main causes of death in this population. It is known that metabolic and nutritional imbalance may be associated with increased CV risk. Thus, the aim of this study was to evaluate CV risk and its associations with nutritional status, food intake and metabolic profile in post-LT patients. This cross-sectional study included adult post-LT patients, who underwent clinical, nutritional and laboratory evaluation. Patients who have undergone LT for less than 1 year, and with history of fulminant hepatic failure, loss of liver graft or chronic renal failure after LT were not included. The nutritional evaluation included food intake, through a three-day Food Record, anthropometry and dynamometry. The carotid intima-media thickness (CIMT) was assessed by Doppler ultrasonography and considered abnormal when greater than 1 millimeter. A total of 69 patients transplanted 2.8 (1.4 - 6.3) years ago were evaluated, being the majority male (61%). There was a high prevalence of malnutrition and sarcopenia, presented by 45% of patients with arm muscle area below the 15th percentile, and 71% with handgrip strength below the 30th percentile. In contrast, 72% of the patients were overweight and 35% had Body Mass Index greater than 30 kg/m2. Patients with altered CIMT (54%) had higher LDL cholesterol (P = 0.01), higher proportion of high-sensitive C-reactive protein (hs-CRP) greater than 1mg/L (P = 0.02) and higher intake of saturated and trans fatty acids (P = 0.01). In conclusion, this study showed a high prevalence of abnormal CIMT in a sample of post-LT patients with overweight and sarcopenia, associated with higher levels of LDL cholesterol, hs-CRP greater than 1mg/L, and higher intake of saturated and trans fatty acids. This study reinforces that it is necessary to provide preventive measures, including improvement of dietary quality, for all patients after liver transplantation, in order to minimize CV risk.
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Correlação entre os níveis séricos de 25- hidroxivitamina D e A espessura médio-intimal carotídea em afrodescendentes habitantes de comunidades quilombolas / Correlation between serum levels of 25- hydroxyvitamin D and carotid intima-media thickness in Afro-descendants living in Quilombola communitiesMANDARINO, Natália Ribeiro 05 September 2017 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-12-06T17:23:43Z
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Previous issue date: 2017-09-05 / FAPEMA / The role of vitamin D in the regulation of bone metabolism is already well
established. However, in recent years, the role of vitamin D in extraskeletal health
has been widely explored. In the cardiovascular area, vitamin D deficiency has been
independently associated with the occurrence of myocardial infarction, stroke and
cardiovascular death. The mechanisms to explain the association between
hypovitaminosis D and cardiovascular disease are still not fully understood, and their
association with atherosclerosis is postulated. However, studies attempting to
correlate hypovitaminosis D with atherosclerosis markers have produced conflicting
results, in the same way as small randomized trials of oral supplementation to
evaluate intermediate outcomes, so there is currently considerable debate about
whether hypovitaminosis D represents a new risk or would be just an inflammatory
marker. In the first article, a comprehensive review was made of the role of vitamin D
deficiency in the pathogenesis of cardiovascular disease, from basic aspects of its
biosynthesis to the results of interventional studies, through its oral supplementation.
The second article presents the results of a cross - sectional analysis of 382
individuals living in quilombola communities in Alcântara - MA, participants of the
PREVRENAL cohort, presenting at least one cardiovascular risk factor, with a mean
age of 57.79 (± 15.3) years and a slight predominance, in which the serum levels of
25-hydroxyvitamin D, the stable circulating form of the vitamin, were correlated with
an established marker of subclinical atherosclerosis, carotid intima-media thickness,
and other cardiovascular risk factors. Socio-demographic, lifestyle, anthropometric
and clinical data were collected and biochemical tests were performed, including the
dosage of 25-hydroxyvitamin D by means of the electrochemiluminescence assay.
The urinary excretion of albumin was evaluated by means of the albumin / creatinine
ratio in an isolated sample of urine. Hypovitaminosis D was defined as serum 25-
hydroxyvitamin D levels <30 ng / mL. All participants underwent examination of the
common carotid arteries by high-resolution ultrasonography to measure the intimamedia
thickness, and the mean of the measurements on both sides was adopted.
Serum levels of 25-hydroxyvitamin D were 50.4 (± 13.5) ng / mL, with a low
prevalence of hypovitaminosis D (<5%). By simple linear correlation, there was a
significant inverse association between 25-hydroxyvitamin D levels and carotid
intima-media thickness (r = -0.174, p = 0.001). However, after multiple regression analysis, only the variables male gender, age, smoking, systolic blood pressure,
fasting blood glucose and LDL-cholesterol remained significantly associated with
carotid intima-media thickness. Levels of 25-hydroxyvitamin D were independently
associated positively with HDL-cholesterol and inversely with urinary albumin
excretion. In conclusion, in this Afrodescendant population, with a low prevalence of
hypovitaminosis D, there was no independent association between serum 25-
hydroxyvitamin D levels and carotid intima-media thickness, a finding that contradicts
the hypothesis of its antiatherosclerotic role. On the other hand, its positive
association with HDL-cholesterol and the inverse association with urinary albumin
excretion, also considered as an independent predictor of cardiovascular events,
does not allow the exclusion of cardiovascular protection actions of the vitamin in this
population profile. / O papel da vitamina D na regulação do metabolismo ósseo já está bem
estabelecido. Entretanto, nos últimos anos, o papel da vitamina D na saúde
extraesquelética tem sido amplamente explorado. Na área cardiovascular, a
deficiência de vitamina D tem sido associada de forma independente à ocorrência de
infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte cardiovascular. Os
mecanismos para explicar a associação entre hipovitaminose D e doença
cardiovascular ainda não estão de todo esclarecidos, sendo postulada sua
vinculação com a aterosclerose. No entanto, estudos procurando correlacionar
hipovitaminose D com marcadores de aterosclerose têm produzido resultados
conflitantes, da mesma forma que pequenos estudos randomizados de
suplementação oral para avaliar desfechos intermediários, de modo que há
atualmente considerável debate acerca de se a hipovitaminose D representa um
novo fator de risco ou seria apenas um marcador inflamatório. No primeiro artigo, já
publicado, procurou-se realizar uma revisão abrangente sobre o papel da deficiência
de vitamina D na patogenia da doença cardiovascular, incluindo desde aspectos
básicos de sua biossíntese até os resultados de estudos de intervenção, por meio de
sua suplementação oral. O segundo artigo apresenta os resultados de uma análise
transversal de 382 indivíduos habitantes de comunidades quilombolas em Alcântara
- MA, participantes da coorte PREVRENAL, apresentando pelo menos um fator de
risco cardiovascular, com média de idade de 57.79 (± 15.3) anos e discreto
predomínio do sexo feminino, em que se procurou correlacionar os níveis séricos de
25-hidroxivitamina D, a forma circulante estável da vitamina, com um marcador
estabelecido de aterosclerose subclinica, a espessura médio-intimal carotídea, e
outros fatores de risco cardiovascular. Foram coletados dados sócio-demográficos,
sobre estilo de vida, antropométricos e clínicos e realizados exames bioquímicos,
incluindo a dosagem de 25-hidroxivitamina D, por meio do ensaio
eletroquimioluminiscência. A excreção urinária de albumina foi avaliada por meio da
razão albumina / creatinina em amostra isolada de urina. Hipovitaminose D foi
definida como níveis séricos de 25-hidroxivitamina D <30 ng / mL. Todos os
participantes foram submetidos a exame das artérias carótidas comuns por
ultrassonografia de alta resolução para medida da espessura médio-intimal, sendo
adotada a média das medidas de ambos os lados. A média dos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D foi de 50.4 (± 13.5) ng / mL, observando-se uma baixa prevalência
de hipovitaminose D (<5%). Por correlação linear simples, observou-se uma
associação inversa significativa entre os níveis de 25-hidroxivitamina D e a
espessura médio-intimal carotídea (r = -0.174, p = 0.001). Entretanto, após análise
de regressão múltipla, apenas as variáveis sexo masculino, idade, tabagismo,
pressão arterial sistólica, glicemia em jejum e LDL-colesterol permaneceram
significativamente associadas com a espessura médio-intimal carotídea. Níveis de
25-hidroxivitamina D se associaram independentemente, de forma positiva com o
HDL-colesterol, e inversa com a excreção urinária de albumina. Em conclusão, nesta
população afrodescendente, com baixa prevalência de hipovitaminose D, não se
observou uma associação independente entre os níveis séricos de 25-
hidroxivitamina D e a espessura médio-intimal carotídea, achado que contraria a
hipótese do seu papel antiaterosclerótico. Por outro lado, a sua associação positiva
com o HDL-colesterol e inversa com a excreção urinária de albumina, também
considerada um preditor independente de eventos cardiovasculares, não permite
afastar ações de proteção cardiovascular da vitamina neste perfil populacional.
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Valor prognóstico da espessura médio-intimal da artéria carótida na mortalidade de curto e longo prazo na estratégia de registro de síndrome coronariana aguda (ERICO) / Prognostic value of carotid intima-media in the short and long-term mortality in the strategy of registry of acute coronary syndrome (ERICO) studyMeireles, Danilo Peron 22 February 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: A aterosclerose nas artérias carótidas pode determinar um prognóstico ruim em indivíduos após a ocorrência da síndrome coronariana aguda (SCA). Assim, buscamos avaliar a mortalidade associada à espessura médio-intimal carotídea (EMIC) nos participantes do estudo da Estratégia de Registro de síndrome coronariana aguda (ERICO). MÉTODOS: A EMIC foi avaliada por ultrassonografia modo B para avaliação do risco de mortalidade em 180 dias, 1, 2 e 3 anos. Realizamos as curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier e os modelos de regressão logística de Cox para avaliar a mortalidade de todas as causas, doença cardiovascular (DCV) e doença arterial coronariana (DAC) por tercis da EMIC em modelos brutos, ajustados por idade e sexo e ajustes multivariados. RESULTADOS: Entre 644 indivíduos com SCA (idade média de 61 anos), observamos uma EMIC mediana de 0,74 mm (0,40-1,90). Além do envelhecimento, menor escolaridade, hipertensão, diabetes e dislipidemia foram associadas aos maiores valores de EMIC (3º tercil: 0,81-1,90 mm). Durante 3 anos de acompanhamento, observamos 65 mortes (10,1%), as taxas brutas de mortalidade por casos foram progressivamente maiores nos tercis EMIC em todos os períodos, sendo as taxas mais altas observadas em participantes com maior EMIC (3º tercil) (180 dias: 6,6% vs. 1 ano: 9,0% vs. 2 anos: 12,3% vs. 3 anos: 16,0%, P < 0,05). Nas análises brutas, as taxas de sobrevivência mais baixas (todas as causas, DCV e DAC, p log-rank valores < 0,005) e maiores razões de risco de morte para todas as causas e DCV (de 1 a 3 anos) e para DAC (2 e 3 anos) foram observados. No entanto, não mantivemos resultados significativos após ajuste para a idade. CONCLUSÃO: A EMIC foi influenciada principalmente pelo envelhecimento. A EMIC não foi um bom preditor de mortalidade por todas as causas, DCV ou DAC no estudo ERICO / BACKGROUND: Atherosclerotic in carotids can determinate a poor prognosis in individuals after acute coronary syndrome (ACS). Thus, we aimed to evaluate mortality associated to carotid intima media thickness (CIMT) in the participants from in the Strategy of Registry of Acute Coronary Syndrome (ERICO) study. METHODS: CIMT was evaluated by B-mode ultrasound for mortality risk assessment in 180 days, 1-3 years. We performed Kaplan-Meier survival curves and Cox logistic regression models to evaluate all-cause, cardiovascular (CVD) and coronary heart disease (CHD) mortality by CIMT tertiles in crude, age and sex- and multivariate models. RESULTS: Among 644 ACS individuals (median age 61y-old), we observed a median CIMT of 0.74 mm (0.40-1.90). Besides ageing, low education, hypertension, diabetes and dyslipidemia were associated with the highest values of CIMT (3rd tertile: 0.81-1.90 mm). During 3 years of follow-up, we observed 65 deaths (10.1 %), crude case-fatality rates were progressively higher across the CIMT tertiles in all periods, being the highest rates observed in participants with the highest CIMT (3rd tertile) (180-d: 6.6% vs. 1-y: 9.0% vs. 2-y:12.3% vs. 3-y:16.0%, P < 0.05). In crude analyses, lowest survival rates (all- cause, CVD and CHD, p log-rank values < 0.005) and higher hazard ratios of dying for all-cause and CVD (from 1 to 3 years) and for CHD (2 and 3 years) were observed. However, we kept no significant results after adjusting for age. CONCLUSION: CIMT was mainly influenced by ageing. CIMT was not a good predictor of all-cause, CVD or CHD mortality in the ERICO study
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