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Avaliação dos efeitos da exposição crônica ocupacional ao mercúrio metálico na função e parênquima da glândula tireoidiana / Evaluation of the effects of chronic occupational exposure to metallic mercury on thyroid gland function and parenchymaCorreia, Marcia de Mello 28 June 2019 (has links)
INTRODUÇÃO: Os efeitos deletérios do mercúrio (Hg) no sistema nervoso central, em diferentes formas químicas, têm sido descritos em diversos estudos, entretanto, a ação tóxica sobre a tireoide ainda é pouco compreendida. Experimentos em animais, expostos ao Hg, em diversas formas, mostraram evidências de alterações do parênquima e dos hormônios tireoidianos. A elevada deposição do metal na tireoide e a alta afinidade pelo selênio das desiodases podem ser fatores relevantes para a explicação dos seus efeitos tóxicos. OBJETIVOS: avaliar se a exposição crônica ocupacional ao Hg metálico pode estar associada a alterações da função hormonal tireoidiana, bem como do parênquima da glândula, mesmo depois de cessar a exposição. MÉTODOS: Realizado estudo seccional em 55 expostos ao Hg e 55 controles, do sexo masculino, pareados por idade. Analisadas as concentrações dos hormônios: T3 total e livre (T3T e T3L), T4 livre (T4L) e TSH por eletroquimioluminescência, T3 Reverso (T3R) por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas em tandem, selênio (no sangue) e Hg na urina (HgU) por espectrofotometria de absorção atômica, iodo urinário por detecção indireta pela Reação de Sandell - Kolthoff, anticorpos anti-tireoperoxidase por ensaio imunoquimioluminométrico. A Ultrassonografia (US) Modo B e Dúplex-doppler da tireoide avaliou as dimensões, ecogenicidade, ecotextura, vascularização e nódulos. Os nódulos com aspecto suspeito de malignidade foram submetidos à punção aspirativa por agulha fina (PAAF) e a análise citológica seguiu a classificação de Bethesda. A análise das variáveis contínuas utilizou os testes t ou U de Mann-Whitney e o Qui-quadrado para associação das variáveis categóricas. A correlação de Spearman utilizada para avaliar a relação entre as variáveis de exposição e as concentrações hormonais. O modelo de regressão logística univariada e múltipla foram empregados para análise do risco. O nível de significância dos testes foi Alfa = 0,05. RESULTADOS: a média de idade dos expostos ao Hg foi 55,2 anos (±6,6 anos) e dos controles 53,4 anos (±6,8 anos). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias de idade dos grupos (p=0,158). A média das concentrações de Hg urinário, durante o período laboral, foi significativamente mais elevada em expostos (51,9 Microg/L versus 1,79 Micrpg/L; p < 0,01). A média de duração do período laboral foi de 14,5 anos (dp=±7,26). A média das concentrações de TSH foi mais elevada em expostos (3,31 MicroIU/ml versus 2,31MicroIU/ml), com diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,030). As concentrações de TSH excederam o limite de normalidade (4,20 MicroIU/ml) em 13 indivíduos expostos (27,3%) e em quatro controles (7,3%), com associação estatisticamente significativa entre a elevação de TSH e a exposição ao mercúrio (p =0,018). No modelo de regressão logística, a exposição ao mercúrio mostrou uma razão de chances estatisticamente significativa para elevação das concentrações de TSH (OR=4,86; p=0,038). Não houve diferença estatisticamente significativa da relação T4L:T3L entre os indivíduos expostos e o grupo controle (p=0,791). As médias das concentrações dos hormônios T3, T3L e T4L não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p > 0,05). A comparação de médias das concentrações de T3 Reverso mostrou um valor de p próximo do nível de significância do teste (p = 0,06). As proporções de alterações da ecogenicidade foram maiores em expostos (27,3% versus 9,1 %; p=0,026), com associação estatisticamente significativa à exposição ao Hg. Não foi observada associação, estatisticamente significativa, entre a exposição ao Hg e o padrão heterogêneo de ecotextura, ou o aumento de vascularização do parênquima (p > 0,05). A presença de nódulos foi similar entre os grupos. O exame citológico identificou a presença de carcinoma papilífero de tireoide em três indivíduos expostos e um controle. O anatomopatológico confirmou a presença de carcinoma papilífero em quatro indivíduos e identificou o carcinoma folicular em um dos controles. CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo mostraram a presença de elevação das concentrações de TSH, e alterações do parênquima tireoidiano, mais frequentes entre os trabalhadores expostos ao Hg, mesmo depois de cessar a atividade laboral, indicando a importância do monitoramento da tireoide / INTRODUCTION: The deleterious effects of mercury (Hg) on the central nervous system, in different chemical forms, have been described in several studies, however, the toxic action on the thyroid is still little understood. Experiments in animals exposed to mercury (Hg), in different states, showed parenchymal and thyroid hormones alterations. The accumulation of metal on thyroid and high affinity for selenium of deiodinases can be a relevant factor for the explanation of his toxic effects. OBJECTIVE: Evaluate the occupational exposure of metallic Hg and its association with the hormones and thyroid parenchyma alterations, even after the labor exposure was discontinued. METHODS: A sectional study in 55 exposed and 55 control males, paired by age was conducted. Serum dosages of total triiodothyronine (T3), free T3 (TT3 and FT3), free T4 (FT4) and TSH were obtained by electrochemical luminescence, the reverse T3 (RT3) by chromatography, selenium (blood), urinary Hg (U-Hg) by atomic absorption spectrophotometry, anti-thyroid peroxidase antibody by immunochemiluminometric assay, urinary iodine by Sandell-Kolthoff reaction. The thyroid parenchyma was evaluated by B-mode ultrasonography with Doppler. The nodules with suspicious aspect of malignancy were submitted to aspiration puncture with a thin needle. The t-test, or Mann-Whitney, chi-square and Spearman correlation were performed. For the risk analysis a univariate and multivariate logistic regression model was used (Alfa = 0.05). RESULTS: The mean age of the exposed to Hg was 55.2 years (SD± 6.6 years) and controls was 53.4 years (SD± 6.8 years). The U-Hg average was significantly higher in exposed (51.9 Microg/L versus 1.79 Microg/L; p=0.000). The longer work duration was 14.5 years (SD ±7.26 years). TSH concentrations exceeded the normality limit (4.20 MicroIU/ml) in 13 exposed individuals (27.3%) and four controls (7.3%), with a statistical significant association between the increase in serum TSH and exposure to mercury (p = 0.018). In the logistic regression model, the exposure to mercury (yes or no) showed a predictive value to the increase of TSH concentrations (OR=4.86; p=0.038). There was no statistical significant difference in the T4L:T3L ratio between the exposed individuals and the control group (p=0.791). The mean concentrations of the hormones T3, T3L and T4L showed no statistically significant difference between the groups (p > 0.05). The comparison of means of the Reverse T3 concentrations showed a p value borderline (p = 0.06). The proportions of the echogenicity alterations were higher at the exposed group (27.3% versus 9.1 %; p=0.026). There was no statistical significant association between the exposure to Hg and the thyroid echotexture pattern or parenchyma increased vascularization (p > 0.05). It was observed a papillary carcinoma in three exposed and one control individual and a follicular in one control. CONCLUSIONS: The results of this study showed the higher serum TSH concentration and prevalence of parenchyma alteration in the Hg exposed group, after cessation of exposure, and indicate the importance of the thyroid monitoring
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Estudo morfométrico da retina de ratos expostos agudamente à fumaça de cigarro / Morphometric study of the retina of rats acutely exposed to cigarette smokeFonsêca, Vitor Cortizo da 05 October 2006 (has links)
Objetivo: Estudar as alterações morfométricas da retina de ratos expostos agudamente à fumaça de cigarro. Métodos: Em um estudo experimental, controlado, mascarado, foram utilizados 24 ratos Wistar machos (8 semanas de idade), sendo metade deles expostos por duas horas contínuas à fumaça de cigarro em uma câmara de inalação e a outra metade exposta a ar comprimido como grupo controle. A fumaça foi aspirada diretamente do cigarro utilizando um sistema venturi, e conduzida para a câmara. A concentração de monóxido de carbono no interior da câmara de inalação foi mantida em uma faixa constante de 45 a 55 partes por milhão, monitorada eletronicamente no interior do recipiente. Os ratos foram sacrificados imediatamente após a inalação e nos momentos 24 e 48 horas após exposição. Os olhos foram enucleados e analisados por meio da morfometria em microscópio óptico, por examinador mascarado. Resultados: Foram identificadas regiões da retina do grupo exposto que sofreram redução das estimativas morfométricas em comparação ao grupo controle, com significância estatística correspondendo às regiões dos fotorreceptores, camada nuclear interna e plexiforme interna 48 horas após a exposição. Comparando os grupos expostos entre si houve uma redução progressiva nas estimativas morfométricas das camadas retinianas com o aumento do intervalo entre o término da exposição e o sacrifício, de forma estatisticamente significante na camada nuclear interna. Conclusão: As retinas dos ratos expostos agudamente à fumaça de cigarro sofreram uma redução nas estimativas morfométricas, com uma tendência a redução progressiva nas estimativas no decorrer das primeiras 48 horas após exposição / Objective: To evaluate morphometric alterations of the retina, from rats acutely exposed do cigarette smoking. Methods: In an experimental, prospective, masked study with 24 male Wistar rats (8 weeks old), half of them were exposed during two hours continually to cigarette smoking inside an intoxicating chamber, while the other half exposed to compressed air. The smoke was aspirated directly from cigarette, using a venturi system, and conducted to the chamber. The carbon monoxide concentration was constantly kept in between 45 to 55 parts per million, electronically monitored inside de chamber. The rats were sacrificed immediately after the inhalation, 24 and 48 hours after exposition. The eyes were enucleated and analyzed trough morphometry, in an optical microscope, by a masked examiner. Results: It was identified regions of the retina in the experimental group that suffered a reduction in the morphometric estimates, comparing to control group, with statistical significance, corresponding to the photoreceptor layer, the inner nuclear and inner plexiform layers, 48 hours after exposure. Comparing the exposed groups between themselves, there was a progressive reduction in the morphometric estimates of retinal layers after an increase in time between finishing the exposure and sacrifice, with statistical significance in inner nuclear layer. Conclusion: The retina of rats acutely exposed to cigarette smoke suffered a reduction in the morphometric estimates, with a tendency to progressive reduction in the estimates during the initial 48 hours after exposure
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Estudo de neuroteratologia em ratos: efeitos da restrição alimentar e da monocrotalina / Neuroteratology studies in rats: effects of feed restriction and monocrotalineCamargo, Esther Lopes Ricci Adari 01 July 2010 (has links)
Os problemas causados pela exposição dos animais as plantas no Brasil data dos primórdios da colonização. Em particular, as plantas do gênero Crotalaria são encontradas em todo o mundo, distribuídas principalmente em áreas tropicais e subtropicais; tem como principal princípio ativo o alcalóide pirrolizidínico monocrotalina (MCT) encontrado nas suas sementes e partes aéreas. No presente trabalho foram avaliados tanto a toxicidade aguda da MCT, como os efeitos da exposição durante a gestação, a diferentes doses da MCT, sobre o desenvolvimento físico e neurocomportamental da prole de ratas. Além disso, foi estudado também os efeitos da restrição alimentar (RA) em ratas prenhes e em sua prole, uma vez dados anteriores do nosso laboratório mostraram que a MCT reduziu o peso corpóreo de ratos tratados por 14 dias. Assim, ratas Wistar foram submetidas à restrição alimentar, durante 6º ao 20º dia de gestação, recebendo 85, 60, 45 ou 30% do consumo médio diário de ração (100% = 22,75 g de ração). Os resultados mostraram que a RA: a) promoveu canibalismo materno dependente da intensidade da RA da mãe, sendo que no grupo de maior restrição (30%) nenhum filhote sobreviveu; b) causou redução do peso corpóreo da prole, sendo que este efeito foi observado a partir do 14º dia de vida nas proles proveniente de ratas com 45% de RA e aos 35 dias de vida nos filhotes oriundos de ratas dos grupos 60, 45 e 30% de RA; c) na avaliação do desenvolvimento físico da prole não foram observadas alterações entre os grupos, exceto no peso corpóreo da prole; d) na avaliação neurocomportamental foi observado apenas redução da atividade geral da prole, sendo este efeito dependente da intensidade da RA. A MCT (10, 30 e 100 mg/kg) administrada em dose única em ratos, ratas e fêmeas prenhes promoveu alterações nos escores de avaliação clínica dose-dependente e as fêmeas prenhes mostraram ser mais sensíveis ao efeito tóxico de MCT que as fêmeas virgens e machos. A exposição à MCT (1,0; 3,5 e 7,0 mg/kg) durante a gestação promoveu: a) redução do número de filhotes nascidos das mães que receberam 3,5 e 7,0 mg/kg, em relação às mães controles e pair-feeding (grupo que recebeu a mesma quantidade de ração consumida pelo grupo tratado com a maior de MCT); b) redução do peso corpóreo da prole do grupo que recebeu 1,0 e 7,0 mg/kg, a partir do 35º dia de vida; c) na avaliação do desenvolvimento físico da prole não foram observadas alterações entre os grupos, exceto no peso corpóreo da prole; d) na avaliação neurocomportamental foi observado apenas aumento do tempo de imobilidade, medido em campo aberto da prole de mães que receberam 3,5 e 7,0 mg/kg de MCT. Os presentes achados revelaram que a RA tem papel de pouca importância na toxicidade da MCT, mostrando não haver correlação íntima entre a perda de peso materno e desenvolvimento dos filhotes expostos a toxina e a RA. A inclusão do grupo pair-feeding parece ser importante quanto aos estudos de toxicidade do desenvolvimento, pois representam um controle dos aspectos nutricionais envolvidos no teste. Sugere-se também que nos protocolos de avaliação da toxicidade do desenvolvimento sejam incluídos estudos da interação mãe-filhote e do desenvolvimento tardio da prole exposta. / The problems caused by the exposure of animals to plants in Brazil dates from the early days of colonization, in particular, plants of the genus Crotalaria. These plants can be found worldwide, mainly distributed in tropical and subtropical areas; its main active principle is the pyrrolizidine alkaloid monocrotaline (MCT), which is found in their seeds and aerial parts. In the present study it was evaluated the acute toxicity of MCT, as the effects of exposure during pregnancy and the different doses of MCT on the physical and neurobehavioral development of rat offsprings. In addition, we also studied the effects of feed restriction (FR) in pregnant rats and their offspring since previous data from our laboratory showed that the MCT decreased body weight of rats treated for 14 days. Thus, Wistar rats were subjected to feed restriction during the 6th to 20th day of gestation, receiving 85, 60, 45 or 30% of average daily feed intake (100% = 22.75 g diet). The data showed that RF: a) promoted maternal cannibalism dependent on the intensity of the RA\'s mother, knowing that the largest group of restriction (30%) no offspring survived, b) it reduced the body weight of offspring, but this effect was observed from day 14 of life in the offspring from rats with 45% FR and 35 days of life in the offspring of rats from groups 60, 45 and 30% of FR, c) in the assessment of physical development of offspring no changes were observed between groups, except the body weight of offspring, d) neurobehavioral evaluation was observed reduction only in the general activity of the offspring and this effects being dependent on the severity of RA. The MCT (10, 30 and 100 mg / kg) administered as a single dose in rats and pregnant rats caused alterations in the scores of clinical dose-dependent and pregnant females were shown to be more sensitive to the toxic effects of MCT than virgin females and males. Exposure to MCT (1.0, 3.5 and 7.0 mg / kg) during pregnancy promoted: a) reduction on the number of pups born of mothers who received 3.5 and 7.0 mg / kg when compared to mothers and controls pair-feeding (group received the same amount of feed consumed by the group treated with the highest MCT), b) reduction of body weight of offspring of the group that received 1.0 and 7.0 mg / kg from the 35th day of life, c) on the evaluation of the physical development of offspring no changes were observed between groups, except the body weight of offspring, d) on neurobehavioral evaluation it was observed increase of immobility only in the time. These were measured on the open field of the offspring of mothers who received 3.5 and 7.0 mg / kg MCT. The present findings revealed that RA has a minor role in the toxicity of MCT, showing no close correlation between maternal weight loss and development of offspring exposed to toxin and RA. The inclusion of the pair-feeding group appears to be important when regards the toxicity studies of development, knowing that this can represent a control of the nutritional aspects involved in the test. It also suggest that in the protocols of toxicity development evaluation be included studies of mother-cub and the late development of offspring exposed.
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Avaliação neuropsicológica de pacientes expostos ao vapor de mercúrio e de pacientes diabéticos do tipo 2 / Neuropsychological assessments of patients exposed to mercury vapor and of type 2 diabetic patientsZachi, Elaine Cristina 08 August 2005 (has links)
Exposição a substâncias tóxicas e distúrbios metabólicos são fatores que afetam as funções neuropsicológicas. Foram realizados 2 estudos descritivos com os objetivos de verificar a possibilidade de disfunções neuropsicológicas em indivíduos com histórico de exposição ocupacional ao vapor de mercúrio e em pacientes diabéticos do tipo 2 sem diagnóstico de retinopatia, em ambos os casos, comparados com controles. A bateria neuropsicológica incluiu testes de atenção (Dígitos), controle inibitório (teste de stroop), memória verbal (teste de Buschke) e visual (Reprodução Visual), destreza manual (Grooved Pegboard), fluência verbal (FAS), habilidade viso-motora (Cubos), funções executivas (teste de Wisconsin), conhecimento semântico (Vocabulário) e sintomas de depressão (Inventário Beck de Depressão) e ansiedade (Inventário de Ansiedade Traço-Estado). Adotou-se p<0,05 como nível de significância. As avaliações neuropsicológicas de 26 ex-trabalhadores de fábricas de lâmpadas de mercúrio foram comparadas com 20 controles. Os ex-trabalhadores têm diagnóstico de mercurialismo crônico ocupacional, foram expostos ao vapor de mercúrio no trabalho durante 10,2 ± 3,8 anos e estão afastados da função há 6 ± 4,7 anos. A concentração de mercúrio urinário medida um ano após o afastamento da exposição teve média de 1,8 ± 0,9 mg/gCr. Comparados com os controles, os ex-trabalhadores demonstraram pior desempenho no teste de Stroop partes 1 (p=0,004) e 2 (0,010), no teste de Buschke para recuperação de longo prazo (p=0,028), armazenamento de longo prazo (p=0,045), recuperação consistente longo prazo (p=0,006), e recuperação tardia (p=0,008), fluência verbal (p=0,010) e no Grooved Pegboard tanto para a mão dominante (p=0,019) quanto a não dominante (p=0,008). Os escores de depressão, de estado e traço de ansiedade foram significantemente superiores aos do grupo controle (p<0,001). Os indivíduos com histórico de exposição ao vapor de mercúrio demonstraram redução da velocidade de processamento de informações e déficits de recuperação espontânea de informações verbais, fluência verbal, função motora, além de sintomas de depressão e ansiedade. Os escores altos de depressão e ansiedade são esperados em indivíduos com mercurialismo crônico, mas também podem se associar a problemas psicosociais relacionados ao desemprego. O outro estudo comparou o desempenho neuropsicológico de 19 pacientes diabéticos sem diagnóstico de retinopatia (avaliada através de exame de fundo de olho) e 20 sujeitos controles não diabéticos. Os pacientes têm diabetes há 8,2 ± 8,1 anos, média de hemoglobina glicada (HbA1C) de 7 ± 1,3%, não fazem uso de insulina como tratamento, não manifestam queixas de neuropatia e apresentam valores de microalbuminúria dentro dos limites de normalidade. Nove (47%) são hipertensos. Não foram encontradas diferenças significantes (p<0,05) entre pacientes diabéticos e sujeitos controles em quaisquer medidas realizadas. Os resultados sugerem que o diabetes tipo 2 não se associa diretamente aos déficits neuropsicológicos. Há a possibilidade de que as alterações cognitivas e de humor observadas em pacientes diabéticos do tipo 2 em estudos prévios estejam relacionadas à presença de complicações como retinopatia, hipoglicemia ou neuropatia com sinais clínicos. / Neuropsychological function is known to be affected by exposure to toxic substances and metabolic disorders. Two descriptive studies were performed. The aim was to examine possible neuropsychological dysfunction in individuals with history of occupational exposure to mercury vapor, and in type 2 diabetic patients without retinopathy, in comparison with controls. The neuropsychological assessment included measures of attention (WMS Digit Span), inhibitory control (Stroop Interference Test), verbal memory (Buschke Selective Reminding Test), visual memory (WMS Visual Reproduction), manual dexterity (Grooved Pegboard), verbal fluency (FAS), visuomotor ability (WAIS Block Design), executive function (Wisconsin Card Sorting Test), verbal knowledge (WAIS Vocabulary), and depression (Beck Depression Inventory) and anxiety (State-Trait Anxiety Inventory) symptoms. P<0.05 was taken as significance level. Neuropsychological assessments of 26 fluorescent lamp ex-workers with chronic mercurialism diagnosis who had been exposed to mercury vapor for 10.2 ± 3.8 years were compared with 20 controls. The time since the cessation of exposure was 6 ± 4.7 years and the mean urinary mercury concentration was 1.8 ± 0.9 mg/gCr. Compared with the controls, the ex-workers performed worse on the Stroop Test part 1 (p=0.004) and 2 (0.010), SRT long term recall (p=0.028), long term storage (p=0.045), consistent long term recall (p=0.006), and delayed recall (p=0.008), FAS (p=0.010) and Grooved Pegboard dominant hand (p=0.019) and nondominant hand (p=0.008). Their depression, anxiety state and trait scores were higher than controls (p<0.001). Individuals with history of exposure to mercury vapor presented slowed processing speed and verbal memory spontaneous recall, verbal fluency and motor function impairment along with symptoms of depression and anxiety. The high scores on depression and anxiety are expected in chronic mercurialism and may be also associated with psychosocial problems related to unemployment. The other study compared the neuropsychological performances of 19 diabetic patients without retinopathy diagnosis (assessed by eye fundus examination) with 20 nondiabetic control subjects. The patients had diabetes for 8.2 ± 8.1 years and their recent glycaemic control levels (HbA1C) mean was 7 ± 1.3%. Other diabetic groups characteristics included non-insulin treatment, no neuropathy complaints, normal microalbumin urine tests, and 9 (47%) hypertensive patients. No significant (p<0.05) differences were found between the diabetic and control groups on any measure. The results suggest that type 2 diabetes is not directly related to significantly neuropsychological alterations. It is possible that cognitive decrements and mood alterations among type 2 diabetic patients described in previous studies are associated with the presence of complications such as retinopathy, hypoglicaemia, or even neuropathy with clinical signs.
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ANÁLISE MOLECULAR DOS POLIMORFISMOS DOS GENES GSTM1 E GSTT1 EM INDIVÍDUOS OCUPACIONALMENTE EXPOSTOS A AGROTOXICOS.Godoy, Fernanda Ribeiro 15 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-15 / The impact of pesticide on agricultural workers is an issue that has received attention from the
scientific community worldwide. Occupational exposure of agricultural workers occurs due to
lack of information or lack of skilled technical resources. These workers are exposed to
pesticides in crops and this exposure may be responsible for genetic damage causing a health
issue. A problem with the use of pesticides is the genotoxicity, which may lead to the onset of
diseases. Little is known about the relationship between genotoxicity and genetic
polymorphisms xenobiotics metabolism that can modify individual susceptibility. Therefore,
there is a need to study genes as glutathione-S-transferase mu (GSTM1) and glutathione-Stransferase
theta (GSTT1) encoding detoxification enzymes. These enzymes promote the
conjugation of glutathione facilitating removal of xenobiotics. In this context, this study
aimed to evaluate the variability of GSTM1 and GSTT1 polymorphisms in individuals
occupationally exposed to pesticides in Goias municipalities that present intense agricultural
activity. We evaluated 235 individuals which 120 were rural workers occupationally exposed
to pesticides and 115 individuals were not exposed to pesticides, forming the control group.
The exposed group consisted of 111 men and 9 women only getting an average of 39 + 9
years old. These workers were form 12 rural municipalities situated at Goias state with intense
agricultural activity. It was found that 18% of the exposed individuals had the GSTT1 null
genotype and 49% had the GSTM1 null genotype, and 10% had both null genotypes. Data as
intoxication (41%), use of Personal Protection Equipment (52%) and if the worker handled
the pesticide (7%), or if just applied the pesticide (22%) or if the worker manipulated and
applied (71%) have all been correlated with genetic polymorphisms. There were no
statistically significant differences between the GSTM1 and GSTT1 polymorphisms between
control and exposed groups. Thus, the study of genetic polymorphisms as biomarkers of
susceptibility is of fundamental importance in understanding the processes involved in
mutagenesis and carcinogenesis and could help minimize the risk to susceptible individuals
who are exposed to pesticides. / O impacto do uso de agrotóxicos sobre os trabalhadores rurais é um problema que tem
merecido atenção da comunidade científica em todo o mundo. A exposição ocupacional de
trabalhadores agrícolas ocorre por falta de informação ou pela ausência de recursos técnicos
qualificados. Esses trabalhadores estão constantemente expostos aos agrotóxicos que utilizam
nas lavouras, e esta exposição pode ser responsável por danos genéticos causando um risco
para a saúde. Um dos problemas da utilização de agrotóxicos é a genotoxicidade, que pode
levar ao aparecimento de doenças. Pouco se sabe sobre a relação entre a genotoxicidade e a
variação de polimosfismos genéticos de metabolização de xenobióticos que podem modificar
a suscetibilidade individual aos efeitos genotóxicos dos agrotóxicos. Neste sentido, há a
necessidade do estudo de genes como a glutationa-S-tranferase mu (GSTM1) e glutationa-S
transferase teta (GSTT1) que codificam enzimas de detoxificação de compostos genotóxicos.
Tais enzimas promovem a conjugação da glutationa facilitando remoção dos xenobióticos.
Nesse contexto, esse estudo teve como objetivo avaliar a variabilidade polimórfica de GSTT1
e GSTM1 em indivíduos ocupacionalmente expostos a pesticidas, em municípios goianos com
intensa atividade agrícola. Foram avaliados 235 indivíduos sendo que 120 eram trabalhadores
rurais, ocupacionalmente expostos a agrotóxicos e 115 eram indivíduos não expostos a
agrotóxicos, formando o grupo controle. O grupo exposto consistiu de 111 homens e apenas 9
mulheres obtendo uma média de idade 39 + 9 anos. Estes trabalhadores rurais eram de 12
municípios goianos com intensa atividade agrícola. Verificou-se que 18% dos indivíduos
expostos possuíam o genótipo GSTT1 nulo e 49% apresentaram o genótipo GSTM1 nulo, e
que 10% apresentaram ambos os genótipos nulos. Os dados como intoxicação (41%), uso de
equipamentos de proteção individual (EPI´s) [52%] e se o trabalhador apenas manipulava o
agrotóxico (7%), ou se apenas aplicava o agrotóxico (22%) ou se manipulava e aplicava
(71%), foram todos correlacionados com os polimorfismos genéticos. Não foram encontradas
diferenças estatisticamente significativas entre os polimorfismos dos genes GSTM1 e GSTT1
entre os grupos exposto e controle (p = ˃ 0,05) . Dessa forma, o estudo de polimorfismos
genéticos como biomarcadores de suscetibilidade é de importância fundamental na
compreensão dos processos de distribuição genotípica envolvidos na mutagênese e
carcinogênese e poderia ajudar a minimizar os riscos para indivíduos suscetíveis que são expostos a agrotóxicos.
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AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS BIOLÓGICOS E AMBIENTAIS DA EXPOSIÇÃO A PESTICIDAS POR AGENTES DE SAÚDE DO CONTROLE DE ENDEMIAS DA CENTRAL DE UBV DE GOIÂNIA, GOIÁSVale, Martha Araujo Alencar Brandão do 07 June 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-06-07 / The use of pesticides in public health to control endemic diseases in Brazil, was
remarkable in the mid 50s, parallel to and deliberate misuse of these inputs,
without great care about the biological and environmental risks, arising from its
use. However, in view of the imbalance between risks and benefits of their
effectiveness, the damage to human and environmental health, it is suggested that
the space usage of pesticides in vector control, reserves the cases of outbreaks.
Therefore, it is assumed that the continuous monitoring and frequent in some
biological markers in individuals who are subject to occupational exposure to
chemicals could ultimately lead, in advance, to medical intervention, as well as
studies to better characterize these intoxications. Where this monitoring does not
occur, the diagnosis of intoxication becomes insufficient, causing negative effects
on human health and the environment. Therefore, this study aimed to evaluate the
biochemical profile / hematology of public health officials to control vectors in
occupational exposure to pesticides. The study population consists of 46 agents to
combat endemic Center UBV, Goiânia, Goiás For characterization of this
population, a questionnaire was applied lifestyle, based on the specs of Toxicology
Research and Customer Information System Diseases Notification. In parallel,
blood samples were collected to perform the biochemical and hematological
(based on "Protocol for Health Care Workers Exposed to pesticides Guidelines for
Comprehensive Health Care Worker Differentiated Complexity"), which were
processed in the Laboratory Clinical Analysis of the Pontifical Catholic University
of Goiás health workers combating endemic diseases are predominantly men, with
adulthood, understood, mostly between 40 and 59 years with education level of
high school. Of these, 21.7% of the ACEs have smoking habit, and 54.4% of
alcohol consumption. These agents work on average more than 20 years in
combating vectors, for about 8 hours daily. The pesticide currently used by over
they are malathion, an organophosphate moderately toxic and ultra low volume.
Despite continuous exposure and ultra low volume, some agents complained of
symptoms, such as excessive salivation (19.6%), cough (28.3%), nausea (17.4%),
vomiting (10, 9%), diarrhea (15.2%), tingling of feet and / or legs (39.1%), tingling
of the hands and / or arms (43.5%), bradycardia (10.9%), headache (56.5%) and
watery eyes (39.1%). However, no major changes were evident hematologic and
biochemical, except for the values slightly increased indirect bilirubin, total
cholesterol, glucose and triglycerides, which are not able to specify clinical and by
the presence of slight relative lymphocytosis with atypical lymphocytes
observation. Concluding that, despite symptomatic complaints, these health
workers have biochemical and haematological profile within the normal range, thus
requiring, in its follow-up, a greater emphasis on history. / O emprego de pesticidas nas campanhas de saúde pública para controle de
endemias, no Brasil, foi marcante em meados dos anos 50, em paralelo ao uso
abusivo e deliberado desses insumos, sem grandes cuidados quanto aos riscos
biológicos e ambientais, provenientes do seu uso. Contudo, tendo em vista o
desequilíbrio entre riscos e benefícios de sua eficácia, dos danos à saúde
humana e ambiental, sugere-se que o uso espacial de pesticidas, no controle
vetorial, se reserve aos casos de surtos epidêmicos. Portanto, presume-se que o
acompanhamento contínuo e frequente, sob alguns marcadores biológicos em
indivíduos que estejam sujeitos à exposição ocupacional a substâncias químicas,
poderiam vir a conduzir, antecipadamente, à intervenção médica, bem como a
estudos de melhor caracterização dessas intoxicações. Onde não ocorre este
monitoramento, o diagnóstico da intoxicação torna-se falho, gerando
consequências negativas à saúde humana e ambiental. Portanto, este estudo
objetivou avaliar o perfil bioquímico/hematológico dos agentes de saúde pública
do controle a vetores em exposição ocupacional a pesticidas. A população de
estudo é constituída por 46 agentes de combate a endemias da Central de UBV,
de Goiânia, Goiás. Para caraterização desta população, foi aplicado questionário
de estilo de vida, baseado na Ficha de Investigação e Atendimento Toxicológico
do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Em paralelo, foram
coletados amostras de sangue para realização das análises bioquímicas e
hematológicas (baseadas no Protocolo de Atenção à Saúde dos Trabalhadores
Expostos a agrotóxicos das Diretrizes para Atenção Integral à Saúde do
Trabalhador de Complexidade Diferenciada ), as quais foram processadas no
Laboratório de Análises Clínicas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Os
agentes de saúde do combate a endemias são, predominantemente, homens,
com idade adulta, compreendida, em sua maioria, entre 40 e 59 anos, com nível
de escolaridade de ensino médio. Destes, 21,74% dos ACEs possuem hábito de
fumar e, 54,35% de consumo de bebidas alcóolicas. Estes agentes trabalham, em
média, há mais de 20 anos no combate a vetores, por cerca de 8 horas diárias. O
pesticida, atualmente, mais usado por eles é o malathion, um organofosforado de
toxicidade moderada e em ultra baixo volume. Apesar da exposição contínua e
em ultra baixo volume, alguns agentes se queixaram do aparecimento de
sintomas, como: salivação excessiva (19,6%), tosse (28,3%), náusea (17,4%),
vômito (10,9%), diarreias (15,2%), sensação de formigamento de pés e/ou pernas
(39,1%), formigamento de mãos e/ou braços (43,5%), bradicardia (10,9%),
cefaléia (56,5%) e lacrimejamento (39,1%). Contudo, não ficaram evidenciados
maiores alterações bioquímicas e hematológicas, exceto, pelos valores levemente
aumentados de bilirrubina indireta, colesterol total, glicose e triglicérides, os quais
não são capazes de especificar clínica e, pela presença de linfocitose relativa
leve, com observação de linfócitos atípicos. Concluindo-se que, apesar das
queixas sintomáticas, estes agentes de saúde apresentam seu perfil bioquímico e
hematológico dentro dos padrões de normalidade, exigindo assim, no seu
acompanhamento, uma maior ênfase a anamnese.
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Análise toxicológica de antidepressivos em sangue total por cromatografia em fase gasosa com detector de nitrogênio e fósforo / Toxicology analysis of antidepressants in whole blood with gas chromatography and nitrogen-phosphorus detectionPaula, Daniela Mendes Louzada de 26 March 2007 (has links)
Um método cromatográfico foi desenvolvido para determinação dos antidepressivos mais prescritos no Brasil e seus produtos de biotransfomação (amitriptilina, imipramina, clomipramina, desmetilclomipramina, desipramina, nortriptilina, fluoxetina, norfluoxetina e sertralina) em sangue total por cromatografia em fase gasosa com detector de nitrogênio e fósforo. A extração em fase sólida (EFS) com o cartucho abselutTM NEXUS foi empregada de forma inovadora. O procedimento de extração consistiu na diluição de 0,5mL de sangue total em tampão (pH 9,5), aplicação da amostra no cartucho, remoção de interferentes usando tampão (pH 9,5) e eluição dos analitos com diclorometano/ isopropanol (17/3 v/v); a etidocaína foi adotada como padrão interno. Os limites de detecção (LD) e quantificação (LIQ) encontrados foram de 0,1mg/L a 0,4mg/L e de 0,4mg/L a 1,6mg/L, respectivamente. O método foi preciso, específico e linear na faixa de concentração estudada (do LIQ até 12mg/L). A recuperação média de todos os analitos foi 65,5%. O método foi aplicado em amostras de âmbito forense e de emergência clínica. / A gas chromatographic method was developed to determine antidepressants most prescribed in Brazil and their metabolites (amitriptyline, imipramine, clomipramine, desmethylclomipramine, desipramine, nortriptyline, fluoxetine, norfluoxetine, and sertralina) in whole blood, using solid phase extraction and gas chromatography with nitrogen-phosphorus detection. The solid-phase extraction (SPE) with abselutTM NEXUS was applied in an innovative manner. The extraction procedure consists of the dilution of 0.5mL of whole blood in buffer (pH 9.5), application of the sample in the cartridge, washing with buffer (pH 9.5) and elution of the analytes with dichloromethane/isopropanol (17/3, v/v). The limit of detection (LOD) and quantification (LLOQ) were from 0.1mg/L to 0.4mg/L and from 0.4mg/L to 1.6mg/L, respectively. Etidocaine was used as internal standard. The method was precise, specific and linear in the studied concentration (range from LLOQ to 12mg/L). The average recovery of all analytes was 65,5%. Forensic and clinical emergency samples were submitted to the validated method.
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Anestesia para ressecção transuretral de próstata: comparação entre dois períodos no HC-FMRP-USP / Anaesthesia for Transurethral Resection of the Prostate: Comparison between two periods in UH FMRP USPAraújo, Liana Maria Tôrres de 03 February 2004 (has links)
A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é a doença benigna mais freqüente na terceira idade. A Ressecção Transuretral (RTU) de próstata constitui-se na técnica operatória mais empregada atualmente para o tratamento da HPB. A anestesia para este procedimento possui características próprias, tornando-se um desafio para o anestesiologista o manejo de suas particularidades. Com o objetivo de avaliar a conduta anestésica, comparando técnicas empregadas, drogas e doses, eventuais complicações e respectivos tratamentos, revisou-se 300 prontuários de pacientes submetidos a RTU de próstata no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP). Optou-se por dois períodos de quatro anos com intervalo de dez anos entre eles (1989-1992 (período 1) e 1999-2002 (período 2)) para tentar estabelecer uma suposta relação entre a evolução das técnicas anestésicas e a possível redução na incidência de complicações. Foram incluídos no estudo apenas os pacientes portadores de neoplasias benignas da próstata. Algumas características dos pacientes (média de idade e estado físico ASA) foram semelhantes entre os grupos. A média de peso foi superior no período 2. Foram pedidos menos exames pré-operatórios para os pacientes do período 1. Quanto ao tipo de anestesia houve um predomínio absoluto, nos dois períodos, da anestesia regional (sendo que o bloqueio raquidiano foi o mais utilizado). O anestésico local mais empregado foi a bupivacaína nos dois períodos. Observou-se uma maior incidência de falhas nos bloqueios realizados no período 1, com maior índice de conversão para anestesia geral. O fato pode em parte ser atribuído ao não uso de agentes opióides nas punções nessa época, que sabidamente melhoram a qualidade do bloqueio. A duração média do procedimento foi maior no período 2 (considerando 45 minutos como tempo padrão). A incidência de eventos adversos intra-operatórios, como como hipotensão, arritmias cardíacas e hipotermia foi semelhante entre os períodos. No entanto, houve um maior número de pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio no pós-operatório de até 24 horas no período1. Provavelmente esse fato aconteceu pela falta de exames complementares e avaliação cardiológica prévia nos pacientes submetidos à cirurgia nesse período. No tocante as transfusões sangüíneas, a proporção entre os períodos foi semelhante, embora fosse prática costumeira no período 1 que os pacientes realizassem autotransfusão prévia. A autotransfusão não se mostrou eficaz, na população estudada, como fator redutor do número de transfusões sangüíneas. Na sala de recuperação anestésica o tempo de permanência foi semelhante entre os períodos, no entanto, observou-se uma maior incidência de eventos adversos no período 1. A mortalidade foi maior no período 2 mas essa diferença não foi estatisticamente significante. Palavras- chave: 1. Anestesia 2. Hiperplasia Benigna da Próstata 3. Ressecção Transuretral de Próstata 4. Síndrome da Intoxicação Hídrica / Benign Prostatic Hyperplasia (BPH) is the most common disease in the third ages. Transurethral Resection of the Prostate (TRP) is the surgery technique most frequently used for the treatment of BPH. Anaesthesia for this procedure has its own features becoming a challenge for the anaesthesiologist to manage with its peculiarities. In order to evaluate the anaesthetic behavior, to compare the techniques used, drugs and doses, possible complications and their treatments, three hundreds of medical records of patients submitted to TRP in the University Hospital, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto (FM-USP). Two periods of four years were chosen (1989-1992 (period 1) and 1999-2002 (period 2)) in order to establish some evolution between the anaesthetics techniques used and possible reduction in the incidence of complications. Only patients who had benign prostatic hyperplasia were included in this study. Some patients characteristics were similar between the two groups (mean ages and physical status ASA). Mean weight were higher in the period 2. Less preoperative exams were applied in the period 1. In both periods, the regional anaesthesia was predominant (the spinal anaesthesia was the most used). Hyperbaric bupivacaine was the most commonly used agent for regional anaesthesia in both periods. More failed blocks were seen in the period 1 with an increased number of conversion to general anaesthesia. This fact may be attached with the lack of use of opioids agents in that period, which are known to complement and improve the quality of the block. Mean duration of the procedure were higher in period 2 (taking 45 minutes as standard time). The incidence of intra-operative adverse events like hypotension, cardiac arrhythmias and hypothermia were similar in both periods. However more patients had acute heart infarct in the 24 hours of postoperative period 1. Probably this happens because of the lack of preoperative exams and cardiology evaluation in patients submitted to surgery in this period. The proportion of blood transfusions were similar in two periods although it was usual to make an autotransfusion in the patients of the first period. Autotransfusion previous to the surgery were not an effective method to reduce the number of transfusions. In postanaesthesia care unit the length of stay was similar between the periods but the incidence of adverse events was higher in the period 1. The mortality was bigger in the period 2 but this difference were not significant. Key-words: 1. Anaesthesia 2. Benign Prostatic Hyperplasia 3. Transurethral Resection of the Prostate 4. The TURP Syndrome
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Efeitos da exposição in vivo à hidroquinona sobre funções do tecido traqueal e de macrófagos alveolares de camundongos / Effects of in vivo hydroquinone exposure on functions of alveolar macrophages and tracheal tissue in miceShimada, Ana Lucia Borges 08 April 2011 (has links)
A hidroquinona (HQ) é um composto fenólico de origem natural ou antropogênica, encontrada em grandes concentrações no cigarro, além de ser produto da biotransformação do benzeno. Nosso grupo de pesquisa tem demonstrado que a exposição à HQ compromete a resposta inflamatória in vivo. Dando continuidade a estas investigações, este trabalho visou investigar os efeitos da exposição in vivo à HQ sobre funções do tecido traqueal e atividades de macrófagos alveolares. Para tanto, camundongos Swiss machos foram expostos à HQ 25ppm (1,5mg/60mL/1h; 5 dias) ou veículo (solução salina etanol 1:20) por via sistêmica (nebulização). Concentrações de mediadores inflamatórios (interleucina (IL) 1β, IL-6, IL-10, IL-4, IL-12 fator de necrose tumoral-α (TNF-α) ou proteína quimiotáxica de monócitos (MCP-1); ensaio imunoenzimático (ELISA) e óxido nítrico (NO; reação de Griess) foram quantificados no lavado bronco-alveolar (LBA) em condições basais ou 3 horas após estímulo inflamatório (LPS in vivo; 100µL/mL; 10min) e no sobrenadante de macrófagos (MΦs) alveolares ou de cultura da traquéia obtidos dos animais e posteriormente estimulados in vitro (MΦs: 5µg/mL de LPS + 10ng/mL de IFN-γ; traquéia: 1µg/mL de LPS; 24h). Atividades fagocítica e fungicida (microscopia óptica) e a expressão de receptores envolvidos na fagocitose toll-like receptor (TLR, TLR-2, TLR4 e dectina-1; citometria de fluxo) foram determinadas após incubação in vitro de MΦs alveolares com o fungo Candida albicans e a expressão protéica de MyD88 foi realizada em MΦs alveolares (western blot). Quantificação do RNAm para MCP-1 (reação da transcriptase reversa em cadeia de polimerase, RT-PCR) foi realizada em tecido traqueal e células de linhagem monocítica humana THP-1 foram empregadas em ensaios de quimiotaxia in vitro (Câmara de Boyden) frente a diferentes concentrações de MCP-1. Reatividade do tecido traqueal foi quantificada frente à metacolina. Os resultados obtidos mostraram que a exposição in vivo à HQ reduziu a concentração de MCP-1 (54,98% vs. controle LPS) e IL-12 (51,45% vs. controle LPS) no LBA após inflamação; reduziu a secreção de MCP-1 por MΦs (basal: 87,96%; LPS+INF-γ: 61,20%) e tecido traqueal em cultura (79,77% vs. controle LPS). Neste último tecido, a diminuição foi dependente da menor expressão gênica. Concentrações de MCP-1 semelhantes à detectada no sobrenadante de cultura de traquéia de animais expostos à HQ induziram migração de células THP-1 menor (38,2%) que à provocada pela concentração de MCP-1 no sobrenadante da cultura traquéia de animais controles. Traquéias de animais expostos à HQ apresentaram hiperreatividade (193,48%), a qual foi revertida pela remoção do epitélio traqueal. Adicionalmente, cultura de MΦs obtidos de animais expostos à HQ apresentaram maior atividade fagocítica (porcentagem de fagocitose: 36,30%; índice de fagocitose: 83,97%) e fungicida (68,47%), que não foram dependentes de alterações nos receptores TLR2, TLR4 e dectina-1, mas podem ser decorrentes da menor expressão protéica de MyD88. Em conjunto, os dados obtidos apontam para alterações importantes resultantes da exposição in vivo à HQ sobre funções de MΦs alveolares e do tecido traqueal que, em conjunto, podem ser determinantes para a toxicidade observada nestes animais que culmina com prejuízo na defesa do organismo. / Hydroquinone (HQ) is a phenolic compound of natural or anthropogenic source, also found in high concentrations in cigarette, as well as benzene´s metabolite. Our research group has demonstrated that exposure to HQ impairs in vivo inflammatory response. Following these investigations, this work aimed to study the effects of in vivo exposure to HQ on tracheal tissue and alveolar macrophages (MΦs) activities. For this purpose, male Swiss mice were systemically (aerolised) exposed to 25ppm HQ (1.5 mg/60mL/1h; 5 days) or vehicle (saline ethanol solution, 1:20). Concentrations of inflammatory mediators (interleukin (IL) IL-1β, IL- 6, IL-10, IL-4, IL-12 tumor necrosis factor-α (TNF-α ) or monocyte chemoattractant protein (MCP-1); (enzyme immune assay, ELISA)) and nitric oxide (NO; Griess reaction) were quantified in bronchoalveolar lavage (BAL) at baseline or 3 hours after inflammatory stimulus (in vivo LPS, 100µL/mL; 10min); in the supernatant of cultured alveolar macrophages (MΦs) or trachea obtained from animals and subsequently in vitro stimulated (MΦs: 5µg/mL of LPS plus 10ng/mL IFN-γ; trachea: 1µg/mL LPS; 24 hours). Phagocytic and fungicidal activities (light microscopy) and expression of receptors involved in phagocytosis (toll-like receptor (TLR, TLR2, TLR4 and dectin-1, flow cytometry) were determined after in vitro incubation of alveolar MΦs with Candida albicans fungus and expression of MyD88 pathway was held in alveolar MΦs (western blot). Quantification of mRNA for MCP-1 (reaction of reverse transcriptase polymerase chain reaction, RT-PCR) was performed in tracheal tissue and cells human monocytic THP-1 were used in in vitro chemotaxis assays (Boyden chamber) using different concentrations of MCP-1. Tracheal reactivity was measured in response to methacholine. The results showed that in vivo HQ exposure reduced the concentration of MCP-1 (54.98% vs. control) and IL-12 (51.45% vs. control) in the BAL after inflammation; decreased secretion of MCP-1 by MΦs (basal: 87.96%, LPS+INF-γ: 61.20%) and in tracheal culture after LPS stimulation (79.77% vs. control). In the latter tissue, the MCP-1 protein content was dependent on impaired gene expression. Concentrations of MCP-1 similar to those detected in the supernatant of tracheal from HQ exposed rats induced smaller migration of THP-1 cells (38.2%) than that evoked by the MCP-1 concentration obtained in trachea supernatants collected from control animals. Tracheas from HQ exposed rats showed hyper reactivity (193.48%), which was reversed by removal of the tracheal epithelium. Additionally, culture of MΦs obtained from HQ exposed rats showed increased phagocytic (percentage of phagocytosis: 36.30%; phagocytosis index: 83.97%) and fungicide activity (68.47%), which were not dependent on changes in the receptors TLR2, TLR4 and dectin-1, but could be due to reduced MyD88 expression. Together, these data point out important alterations on MΦs and trachea after in vivo HQ exposure, which may be crucial for the toxicity observed in these animals that culminates with impaired host defense.
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Avaliação do metabolismo oxidativo e da histopatologia renal e hepática de ovinos intoxicados por cobre e tratados com tetratiomolibdato e vitaminas antioxidantes / Evaluation of the oxidative metabolism and kidney and liver histopathology in copper intoxicated lambs treated with tetrathiomolybdate and/or antioxidative vitaminsWeigel, Rebeca Alves 31 October 2008 (has links)
Para avaliar o benefício da utilização parenteral das vitaminas C e/ou E associadas ao quelante de cobre, tetratiomolibdato de amônio (TTM), na recuperação de ovinos com intoxicação cumulativa por cobre (ICC), foram analisados os parâmetros vitais; o metabolismo oxidativo, através das concentrações séricas de ácido úrico e malondialdeído, atividade sanguínea da glutationa reduzida, habilidade de redução férrica plasmática, atividade urinária de N-acetil-β-D-glucosamidase; peso vivo, hematócrito, concentração sérica de cobre, uréia, creatinina e as alterações anatomo-patológicas de 26 ovinos da raça Santa Inês, machos, com peso médio de 25 kg e distribuídos em quatro tratamentos: apenas com TTM, TTM + vitamina C (TTM+VC), TTM + vitamina E (TTM+VE) e TTM + vitaminas C e E (TTM+VCE). A associação das duas vitaminas aumentou o tempo de recuperação renal, porém reduziu a concentração sérica de cobre. A vitamina E mostrou efeito adverso ao esperado em relação à glutationa reduzida e ao malondialdeído séricos. Em algumas variáveis, como concentração sérica de creatinina e glutationa reduzida a utilização da vitamina C proporcionou tendência para melhores resultados em relação aos demais grupos, principalmente ao que possuíam vitamina E no tratamento, coincidentemente os animais deste grupo (TTM+VC) apresentaram a maior taxa de sobrevivência. Os estudos histopatológios e histoquímicos revelaram que a principal lesão hepática encontrada foi infiltrado inflamatório. Nos rins foram freqüentes o infiltrado inflamatório, glomérulonefrite e pigmentos. Constatou-se que, embora tenham ocorrido algumas variações pontuais entre os grupos, o tratamento com TTM associado às vitaminas C e/ou E não surtiu benefícios na recuperação física dos animais nem na redução do estresse oxidativo. / The efficiency of intra muscular vitamin C (VC) and/or E (VE) associated with the classical copper chelate tetrathiomolybdate (TTM) in cumulative copper poisoning treatment was evaluated. Twenty six Santa Inês male lambs weighting 25 kg were distributed in four treatment groups (TTM; TTM+VC; TTM+VE; TTM+VCE). The oxidative metabolism was analyzed through measurement of: serum concentrations of uric acid, malondialdehyde (MDA), blood reduced glutathione, ferric reducing ability of plasma and urinary activity of N-acetyl-β-D-glucosamidase. Live weight, hematocrit; copper, urea and creatinine serum concentrations and histopathological changes were determinated. Vitamins C and E association increased the time of renal recuperation, but reduced copper serum concentration. Serum MDA raised and blood reduced glutathione concentrations diminished in animals of TTM+VE group. Serum creatinine and blood reduced glutathione concentrations had tendency of better results in TTM+VC than TTM+VE and TTM+VCE. Survival index was greater in TTM+VC. Histopathology and histochemistry showed inflammatory infiltrate in liver as well as Glomerulonephritis, inflammatory infiltrate and pigments in the kidneys, in almost all animals. The association of TTM with vitamins C and/or E didnt reduce oxidative stress and had no positive effect on treatment.
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