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A formalização da relevância da questão federal no recurso especialSilva, Roberta Scalzilli January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / This study aims to analyze the relevance of the institute federal question presented by the Proposed Constitutional Amendment nº. 209/2012, in the National Congress, as a new admissibility requirement of Special Resource. First demonstrate is historical and general aspects of the resource and its court of origin, the Superior Court of Justice. Following is for the examination of the judgment of admissibility and some procedural issues that permeate the extraordinary instance. This paper approach highlighting the impact of the general repercussion used in Extraordinary Resource as an access filter to the Supreme Court, which serves as a paradigm for this search. With this, we draw a parallel between the old argumentation of relevance federal question, the current system of general repercussion and relevance of the federal issue projected to the Special Resource, examining the main characteristics of each filter mechanism. Finally, after considerable reflection on the losses and efficiencies of the institute to the legal system, it is verified that the introduction of this contention access to the Superior Court of Justice shall thrive because this Court able to bring their original function as primarily protect the public interest over private, which should only occur reflexively in trials of exceptional resources. / O presente trabalho tem por finalidade analisar o instituto da relevância da questão federal apresentado pela Proposta de Emenda Constitucional nº 209/2012, em tramitação no Congresso Nacional, como novo requisito de admissibilidade do Recurso Especial. Primeiramente demonstram-se os aspectos históricos e gerais do recurso e seu Tribunal de origem, o Superior Tribunal de Justiça. Parte-se, na sequência, para o exame do juízo de admissibilidade e de alguns temas processuais que permeiam a instância extraordinária. Neste trabalho, aborda-se com destaque o procedimento da repercussão geral utilizada no Recurso Extraordinário como filtro de acesso ao Supremo Tribunal Federal, a qual serve de paradigma nesta pesquisa. Com isso, traça-se um paralelo entre a antiga arguição de relevância da questão federal, o sistema atual da repercussão geral e a projetada relevância da questão federal para o Recurso Especial, examinando as principais características de cada mecanismo filtrante. Por fim, após consideráveis reflexões sobre os prejuízos e eficiências do instituto ao ordenamento jurídico, verifica-se que a introdução desta contenção de acesso ao Superior Tribunal de Justiça merece prosperar, pois capaz de reconduzir esta Corte a sua função original de tutelar precipuamente o interesse público em detrimento do privado, que deve ocorrer apenas de forma reflexa nos julgamentos dos recursos excepcionais.
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Cognitivismo avaliativo descritivista : uma objeçãoVogelmann, Rafael Graebin January 2017 (has links)
Cognitivismo Avaliativo Descritivista é a tese segundo a qual atribuições de valor pretendem descrever aspectos da realidade. Segundo essa tese, ser valioso não é senão instanciar certa propriedade ou participar de certa relação. O esforço de reflexão e discussão avaliativa é concebido como um esforço para ajustar nossas convicções avaliativas à realidade, e quando este esforço é bem-sucedido obtermos conhecimento avaliativo. Atribuições de valor se distinguem de outras proposições descritivas apenas em razão do caráter peculiar dos aspectos da realidade dos quais se ocupa. O objetivo da presente dissertação é objetar a este tese. Cabe ao defensor do Cognitivismo Descritivista delimitar a região da realidade da qual tratam atribuições de valor. É por referência a ela que o cognitivista deve explicar os traços distintivos do juízo de valor. Há duas alternativas disponíveis: ou juízos de valor dizem respeito a um reino de fatos que transcendem a realidade natural ou dizem respeito a fatos naturais. No primeiro capítulo argumento que o Cognitivismo em sua forma Não-Naturalista não pode dar conta da covariação do valor. A covariação consiste no fato de diferenças em valor sempre são acompanhadas de diferenças não-avaliativas. Esta é uma restrição à qual nossas atribuições de valor se conformam, mas não podemos dar sentido a ela se assumimos a verdade do Cognitivismo Não-Naturalista. O Cognitivismo Descritivista deve, portanto, assumir uma forma Naturalista. No segundo capítulo argumento a única razão para preferir o Cognitivismo Naturalista a caracterizações alternativas do juízo de valor consiste no fato de que essa tese promete dar conta da objetividade de atribuições de valor segundo certa concepção de objetividade Segundo esta concepção só são objetivos aqueles aspectos da realidade acessíveis em abstração de qualquer perspectiva particular, incluída aí a perspectiva caracterizada pela propensão a certas respostas comportamentais e afetivas que adquirimos ao longo de nossa educação moral. Argumento que esta concepção de objetividade não se sustenta e que, portanto, não temos nenhuma razão para adotar o Cognitivismo Naturalista. No terceiro capítulo argumento que, mesmo que tivéssemos alguma razão para supor que atribuições de valor consistem na descrição de aspectos naturais da realidade, esta caracterização do juízo de valor também falha em dar conta de um traço distintivo de tais juízos, qual seja, a restrição à terceirização de juízos de valor. A restrição à terceirização consiste no fato de que o parecer de pretensos especialistas em valor não pode fornecer razão para aceitar certo juízo de valor. Usualmente o parecer de especialistas pode fornecer razão para adotar juízos descritivos, e se assumimos que atribuições de valor descrevem aspectos naturais da realidade não podemos dar conta dessa restrição. Concluo que devemos recusar o Cognitivismo Descritivista. / Descriptive Evaluative Cognitivism is the thesis according to which ascriptions of value aim at describing features of reality. According to this thesis, to be valuable is just to instantiate some property or to take part in some relation. The effort of evaluative reflection and discussion is conceived as an effort to adjust our evaluative convictions to reality, and if we succeed in this effort we obtain evaluative knowledge. Ascriptions of value distinguish themselves from other descriptive propositions in virtue of the peculiar character of the features of reality they aim to describe. The goal of this dissertation is to present an objection to this thesis. The defender of Descriptive Cognitivism must specify the domain of reality ascriptions of value are about. It is by reference to it that the cognitivist must explain the distinctive traits of value judgments. There are two available options: either value judgments are about a domain of facts that transcends natural reality, or they are about natural facts. In the first chapter I argue that Cognitivism in its Non-naturalistic form cannot account for the covariation of value. Covariation consists in the fact that differences in value are always accompanied by non-evaluative differences. Our ascriptions of value comply with this constraint, but we cannot make sense of it if we assume that Non-naturalist Cognitivism is correct. Descriptive Cognitivism must, therefore, adopt a Naturalistic form. In the second chapter I argue that the only reason to prefer Naturalist Cognitivism to alternative characterizations of value judgments is the fact that it can account for the objectivity of value ascriptions according to a certain conception of objectivity According to this conception, only those features of reality accessible in abstraction from any particular perspective, including the perspective characterized by the propensity to certain behavioral and affective responses that we acquire during our moral education, are objective. I argue that this conception of objectivity does not hold and that, therefore, we have no reason to accept Naturalist Cognitivism. In the third chapter I argue that even if we had some reason to suppose that ascriptions of value consist in the description of natural aspects of reality, this characterization of value judgments also fails to account for a distinctive feature of such judgments - the restriction on the outsourcing of value judgments. The restriction on outsourcing consists in the fact that the opinion of would-be value experts cannot provide a reason to accept a certain value judgment. Usually the expert opinion can provide a reason to accept descriptive judgments, and if we assume that ascriptions of value describe natural features of reality, then we cannot account for this restriction. I conclude that we must reject Descriptive Cognitivism.
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Montaigne e a Arte da Conversação: a conversão para a \'maneira\' / Montaige and the Art of Conversation: the conversion to \"manner\"Edson Donizete Querubini 16 October 2009 (has links)
Esta dissertação apresenta uma análise da retomada e desenvolvimento do tema clássico da conversação (sermo) por parte de Michel de Montaigne em seu ensaio III VIII, De l´art de conferer. Examina-se, por um lado, como o Ensaísta estabelece, por oposição a duas contrafações, dissimulação e erística, o regime ideal da boa conference. Por outro lado, como, por oposição à inépcia contra-exemplar do tolo (sot), expõe as três qualidades da manière du dire: a ordem, a prudência, a suffisance. Mostra-se, então, que esta reorientação para a maneira, fazendo a crítica do artifício e do pedantismo e seu saber aparente, apoiado apenas na memória , funda-se no cuidado com as concepções e matérias, assimiladas pela experiência. A compreensão da conference, rival e cooperativa, entre amigos que discutem opiniões contraditórias e se corrigem mutuamente, faz dela o modo privilegiado de freqüentação e avaliação dos homens e dos livros, e o meio mais próprio do exercício do julgamento e do pensamento. Pautam-se neste percurso questões fundamentais para o tratamento do ensaio como forma. / This dissertation presents a analysis of the Montaigne\'s own development of the classical theme of \"conversation\" in his essay III VIII, De l\'art de conferer. It is examined, on one hand, the way he sets up the ideal regime of good conversation by opposing it both to dissimulation and to eristic, both considered as counterfeits; on the other hand, how he defines, by opposing it to the counter-exemplary inneficiency of the foul (\"sot\"), the three caracteristics of the manière du dire: \"order\", \"prudence\" and \"suffisance\". Once criticized artifice and pedantry whose apparent knowledge is only supported by memory , it is shown that this reorientation to \"manner\" is founded over the diligence with the notions and subjects leaned by experience. The correct comprehension of the rival and cooperative conference, between friends discussing together conflicting opinions and correcting each other, makes of it the privileged way of frequenting and evaluating mens and books, and also the appropriate way of judgement\'s and thinking\'s exercise. Along with these, some questions involving the essay as a literary form are also treated.
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Dos tempos sombrios ao cuidado com o mundo: a banalidade do mal e a Vida do Espírito em Hannah Arendt / From the dark times to the care for the world: the banality of evil and the life of the mind in Hannah ArendtMaria Olilia Serra 14 August 2014 (has links)
A presente tese aborda o tema da banalidade do mal e a vida do espírito em Hannah Arendt. Segue-se o fio condutor da reflexão da autora sobre o mal, cujo contexto político são os acontecimentos extremos do século XX. Com a expressão tempos sombrios evidencia-se o conceito de mal radical presente em Origens do Totalitarismo. Mostra-se que o mal radical, um conceito kantiano, para Hannah Arendt traduz o fato da redução de seres humanos a seres supérfluos que podem ser eliminados. Examina-se o conceito de banalidade do mal, suscitado por Arendt na obra Eichmann em Jerusalém. Apresenta-se, a partir do acusado Eichmann, o significado de banalidade do mal, com suas implicações para a ética. Seguem-se as reflexões de Arendt sobre o pensar, o querer e o julgar, faculdades da vida do espírito, para identificar os seus elementos definidores. O cuidado com o mundo trata especificamente do julgar e aponta que, para Arendt, o juízo de gosto kantiano fundamenta o juízo político que só pode ser exercido em comunidade. Por fim, considera-se que Eichmann é a metáfora do homem de massa contemporâneo e que Arendt, ao refletir sobre a banalidade do mal e colocá-lo como uma questão para a vida do espírito, nos convoca à responsabilidade para com o mundo que identificamos como uma ética do cuidado com o mundo / The present thesis treats the theme of the banality of evil and the life of the mind in Hannah Arendt. It follows the guiding principle of the authors reflection over evil, whose political context are the extreme events of the 20th century. The expression dark times shows the concept of radical evil present in the Origins of Totalitarianism. It is shown that the radical evil, a kantian concept, to Hannah Arendt translates the fact of reducing human beings to superfluous beings that can be eliminated. It examines the concept of the banality of evil, raised by Arendt in her Eichmann in Jerusalem. It presents, from the accused Eichmann, the meaning of the banality of evil, with its implications for ethics. It follows the reflections of Arendt on thinking, willing and judging, faculties of the life of the mind, to identify their defining elements. The care for the world leads specifically with the judging and points out that, for Arendt, the Kantian judgment of taste grounds the political judgment that can only be exercised in the community. Finally, it considers that Eichmann is the metaphor of the contemporary mass man and Arendt, reflecting on the banality of evil and putting it as a question for the life of the mind, summons us to responsibility for the world, that we have identified as an ethic of care for the world
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Juízo moral, história e revolução em Kant e Fichte / Moral judgement, History and Revolution in Kant and FichteJoão Geraldo Martins da Cunha 04 April 2008 (has links)
Como julgar um evento político? Com o advento da Revolução Francesa duas perspectivas se abriram aos intelectuais alemães diante desta pergunta: uma em nome da prudência, fundada na história empírica; outra em nome da liberdade, fundada na moral. Na primeira perspectiva, Rehberg, inspirado em Burke, acusou os revolucionários de aplicarem uma \"teoria pura\" na prática política e, por isso mesmo, confundirem a vontade de todos, conceito empírico, com a vontade geral, conceito teórico e puro. Na segunda perspectiva, dois filósofos se opuseram, Kant e Fichte, assumindo como pressuposto comum que a política deve ser julgada à luz do sentido moral da história. Para tanto, partiram de uma ligação estreita entre vontade e razão a partir da qual os conceitos de liberdade e finalidade deveriam ser pensados juntos numa espécie de escatologia moral. Mas, ao transporem a política da Historie para a Weltgeschichte, do plano dos eventos empíricos para o plano do sentido necessário da história, uma segunda questão se pôs: a política deve ser corrigida em nome da moral por meio de reforma ou por meio de revolução? Embora Kant tenha visto a Revolução Francesa como signo histórico do progresso moral da humanidade, isto não o impediu de condená-la juridicamente em nome do princípio da publicidade - que, segundo ele, toda revolução contra o poder constituído acaba por violar. Fichte, por outro lado, ora defende o direito de revolução dos indivíduos contra o estado despótico, ora defende certo despotismo estatal, no que diz respeito ao funcionamento da economia, tolhendo o arbítrio individual dos cidadãos. Posições contraditórias e ao sabor das circunstâncias? Não creio. Sustento que a diferença entre estes dois juízos políticos de Fichte não impede que eles mantenham certa identidade de base. Mas se é sempre em nome da liberdade que a política deve ser julgada, certamente não é a liberdade dos indivíduos que conta do ponto de vista da razão, e sim a libertação da espécie - porquanto cada indivíduo só pode assumir sua identidade no confronto e reconhecimento recíproco com os outros. Ao pretender erigir um \"sistema da liberdade\", fundar a razão numa atividade livre de autodeterminação, a Doutrina-da-ciência abriu caminho para que a liberdade moral se transformasse em libertação social e para que o \"reino dos fins\" chegasse à Terra - mediante uma \"escatologia da imanência\" que operou uma reforma da revolução. / How can one judge a political event? The French Revolution opened up two perspectives for the German intellectuals of the period to answer such question: one under the token of prudence, grounded on empirical history; the other brandishing the flag of liberty, grounded on morals. From the former,A. W. Rehberg, inspired by E. Burke, charged the revolutionaries of applying a \"pure theory\" to political practice, and, due to the same reason, of confusing the will of all, an empirical concept, with the general will, a pure and theoretical concept. From the latter perspective, Kant and Fichte, mutually opposed, assumed as a common premise that politics ought to be judged under the light of the moral meaning of history. In order to accomplish this, they both started from a close link between will and reason from which the conceptions of liberty and finality ought to be thought in connection in a kind of moral Eschatology. However, when they transposed politics from Historie to Weltgeschichte, that is, from the domaine of empirical events to the one of the necessary meaning of history, a second question had to be answered: should politics be corrected for the sake of morals by means of a reformation or of a revolution? Even though Kant saw French Revolution as a historical sign of the moral progress of humanity, such a fact didn\'t prevent him from issuing a legal condemnation of it in defense of the principle of publicity - a principle which, in his view, every revolution fledged against established sovereignty comes to violate. Fichte, on the other hand, sometimes defends the right of individuals to rise revolutionarily against the despotic state, but also seems to approve of certain forms of despotic guidance, concerning the working out of the economy, in the restriction of the individual will of the citizens. Could these be contradictory postions, suggested only by the vicissitudes of the circumstances? I don\'t believe so. I maintain that the difference that lie between these diverse Fichtean political judgments does not hinder the fact that they maintain a certain fundamental identity. But if it is always for the sake of liberty that politics ought to be judged, from the standpoint of reason it certainly is not the liberty of the individuals that counts, but rather the liberation of the species - for each individual can only assume his or her identity in contrast with and through reciprocal recognition of the others. By intending to build up a \"system of liberty\" and to ground reason on an activity free of self-determination, the Doctrine of Science opened up the road for the transformation of moral liberty into social liberation and for the \"kindom of ends\" to come to Earth - by means of a \"Eschatology of immanence\" that operated a reformation of the revolution.
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O formalismo no juízo de admissibilidade dos recursos / The formal aspects regarding permission to appeal specially to the Higher CourtsHeloisa Leonor Buika 30 March 2015 (has links)
O objetivo desta dissertação é investigar se o exagero de exigência das formalidades aplicado no momento de admissibilidade impede o conhecimento dos recursos. / This dissertation analyses the formal aspects regarding permission to appeal especially to the Higher Courts. One of the main targets was to investigate whether exaggerated formalities, i.e., those imposed conditions on permission to appeal prevent hearing and considerations regarding the appeals\'merit.
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Desenvolvimento moral: a generosidade sob a ótica de crianças e adolescentes / Moral Development: generosity under the optics of children and adolescentsVale, Liana Gama do 07 July 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-07-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo tem por objetivo investigar, em um contexto psicogenético, os juízos de crianças e adolescentes relacionados à generosidade e averiguar o lugar ocupado por
essa virtude no universo moral dos participantes. Participaram desta pesquisa 30 alunos de uma escola pública do município de Vitória ES, com idades entre 7 e 13 anos, igualmente divididos quanto ao sexo. Realizamos entrevistas individuais de acordo com o método clínico proposto por Piaget (1926/s.d.; 1932/1994). Utilizamos como instrumentos histórias-dilema que abordam temas referentes à generosidade. Os resultados obtidos permitiram-nos verificar que, quando a generosidade é contraposta à satisfação do próprio interesse, a opção pela ação generosa predomina em todas as idades pesquisadas. Ao contrapormos a generosidade à obediência à autoridade, todavia, a opção pela obediência prevalece na idade de 7 anos e diminui nas faixas etárias seguintes. O tipo de vínculo ou a sua ausência influencia os juízos da maior parte dos participantes de todas as idades no que diz respeito à manifestação de generosidade para com o outro. Em todas as faixas etárias estudadas, a maioria dos entrevistados indica a conversa como conseqüência da ausência de generosidade, mas a porcentagem dessa resposta é menor na idade de 7 anos e aumenta no decorrer das demais faixas de idade investigadas. Podemos afirmar, portanto, que a generosidade faz parte do universo moral de crianças e adolescentes, que, embora considerem sua falta digna de reprovação em algumas situações, não indicam a punição como conseqüência dessa falta. Este trabalho contribui para a expansão do campo de pesquisas sobre a moralidade e oferece importantes subsídios para propostas de educação moral que contemplem virtudes como a generosidade. / In this case study, we investigated, on a psychogenetic context, the judgment of children and adolescents related to generosity and researched the place occupied by this virtue in
the moral universe of the participants. Thirty (30) students of a public school from Vitória ES took part in this research, their age group varying between 7 and 13 years old, equally divided as to gender. We performed individual interviews according to the clinical method proposed by Piaget (1926/s.d.; 1932/1994). We used as instruments history-dilemmas that dealt with themes referring to generosity. The obtained results allowed us to verify that, when generosity was counter posed to the satisfaction of one s own interest, the option for the generous action was predominant in all the age groups researched. When counter posing generosity to the obedience of authority, however, the option for obedience prevailed in the age group of the seven years old and diminished on the following age groups. This type of link or the absence of it influenced the judgment of the majority of the participants of all ages as to what concerned the
manifestation of generosity towards the other. In all age groups studied, the majority of the interviewed indicated conversation as a consequence of the absence of generosity,
but the percentage of this answer is lower on the 7 years old group and increased on the other researched age groups. We could therefore affirm that generosity is a part of the
moral universe of children and adolescents, who, although considering its lack in some situations worthy of disapproval, do not indicate punishment as a consequence for this
flaw. This case study contributes for the expansion of the research field on morality and offer important subsidies for the proposals of moral education that might contemplate
virtues such as generosity.
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A gênese da concepção de amor : um estudo sob a ótica da moralidade / The genesis of the idea of love : a study from the perspective of moralityAlves, Ariadne Dettmann 29 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Reflecting on the importance of virtues in moral development, our goal was to investigate the children love concepts. We interviewed 40 students, 6 and 9 years old, in a private school in Vila Velha-ES, according to the clinical method proposed by Piaget. We analyzed the cited examples of love, what would be the most and least important, the judgment about the possibility of loving a child of the opposite sex, of same sex, a friend, an enemy and a stranger. We found that children have an ample concept; including mainly giving love to others‟ and love for (a) particular person/people, which increased with age, and actions with love‟, which showed a decrease. These examples were also considered most important by participants, and love for (a) particular person/people increased with age. On the least important examples of love, mostly students aged 9 said they did not exist, and the 6-years old elected the actions with love‟. Most respondents stated the possibility of loving a child of the opposite sex and same-sex friend. However, a minority has confirmed the relationship of love for an enemy, and still less with a stranger. In general, the justifications referred to the existing ties, the positive consequence for oneself, positive feature of the love object and observation of lived experience, and tended to increase with age. We emphasize the importance of love in development and hope to encourage further discussion on this virtue, contributing to proposals for education in moral values / Refletindo sobre a importância das virtudes no desenvolvimento moral, nosso objetivo foi investigar a concepção de amor em crianças. Entrevistamos 40 escolares, de 6 e 9 anos, em uma escola particular de Vila Velha-ES, de acordo com o método clínico proposto por Piaget. Analisamos os exemplos de amor citados, qual seria o mais e o menos importante, o juízo sobre a possibilidade de amar uma criança do sexo oposto, do mesmo sexo, amigo, inimigo e desconhecido. Verificamos que a concepção de amor que as crianças têm é ampla: incluem principalmente ações de amor para outrem‟ e o amor por determinada(s) pessoa(s)‟, que aumentaram com a idade, e ações com amor‟, que apresentaram um decréscimo. Estes exemplos também foram considerados os mais importantes pelos participantes, sendo que amor por determinada(s) pessoa(s)‟ aumentou com a idade. Quando perguntados sobre os exemplos de amor menos importantes, os escolares de 6 anos elegeram as ações com amor‟, ao passo que os escolares de 9 anos afirmaram não existir exemplo menos relevante. A maioria dos entrevistados afirmou a possibilidade de amar uma criança do sexo oposto, mesmo sexo e amigo. Entretanto, a minoria confirmou a relação de amor para com o inimigo e, menos ainda, para com o desconhecido. De forma geral, as justificativas se referiram aos vínculos existentes, à consequência positiva para si próprio, à característica positiva do objeto de amor, bem como à observação de experiência vivenciada, e tenderam ao aumento com a idade. Ressaltamos a importância do amor no desenvolvimento, e esperamos incentivar outras discussões sobre essa virtude, contribuindo para propostas de educação em valores morais
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O homem de gosto e o egoísta lógico: o princípio de Kant da comunicabilidade estética à luz de sua teoria do conhecimentoChagas, Arthur Eduardo Grupillo January 2006 (has links)
Trata-se de uma investigação ou análise de cunho lógico-argumentativo da Dedução dos Juízos Estéticos Puros da Crítica da Faculdade do Juízo de Kant. Isso com a intenção profunda de avaliar a viabilidade de um princípio de comunicabilidade estética segundo os limites impostos pela própria teoria kantiana do conhecimento. Partindo-se das proposições sobre estética do Kant pré-crítico e perpassando-se cada momento de sua estética madura (Analítica do Belo), se verá eleito como princípio a priori e universal do gosto em Kant o conceito de sensus communis, o qual deveria então ser provido de uma dedução transcendental; isto é, deve-se legitimar o direito de um sujeito referir-se a priori e universalmente aos estados de ânimo de outros sujeitos. O métron avaliador é o próprio modelo de dedução transcendental empregado na Crítica da Razão Pura, também porque o filósofo pretende deduzir a universal comunicabilidade dos juízos de gosto puros a partir da universal comunicabilidade do conhecimento em geral. Para tanto, tomaram-se as múltiplas tentativas de dedução espraiadas pelo texto inconcluso e mosaicamente redigido por Kant na terceira Crítica,todas insatisfatórias, afinal. Os resultados apontam uma redefinição do princípio kantiano do gosto puro, o sensus communis, em direção a um estatuto fraco e apenas regulativo, agora sim, não só compatível, como também atrelado, como uma roda dentada, ao modelo kantiano de dedução desse último tipo de princípio._________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: It is an analysis or a logical-argumentative investigation of
the Deduction of the Pure Aesthetic Judgements of Kant ́s Critique of Judgement, w
ith the profound interest in evaluating the viability of a principle of aesthetic communicability according to the limits imposed by the proper Kantian theory of knowledge. Starti
ng with the Kantian pre-critical propositions on aesthetics and staying in full detail at every moment of his
mature aesthetics (Analytic of the Beautiful), the concept of sensus communis is erected as the a priori, universal principle of taste. This concept s
hould be then provided of a transcendental deduction; that is, the right of a subject to refer universally (a priori) to the mental states of other subjects must be legitimated
. The appraiser metron
is the proper model of transcendental deduction employed in the Critique
of Pure Reason, because the philosopher also intends to deduce the universal communicability of pure
judgements of taste starting from the universal communicability of knowledge in general. In order to do this, we examine the multiple deduction at
tempts spread in the unconcluded and mosaicly written text of Kant in the third Critique, finding them all
unsatisfactory. The results point a redefinition of the Kantian principle of pure taste, sensus communis, towards a weak and just regulative statute, now
not only compatible, as well as harnessed, like a jagged wheel, to the Kantian model of deduction of this
latter sort of principle.
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A tensão entre filosofia e política no pensamento de Hannah Arendt / The tension between philosophy and politics in the thought of Hannah ArendtBarbosa, Willian Bento 23 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The analysis of the conflict between philosophy and politics in the thought of Hannah Arendt
was made through this thesis. The conflict expresses differences among the lifestyle dedicated
to action and the way of life dedicated to contemplation, among politics and philosophy. Are
these completely different activities or would be possible any relationship between them?
Motivated primarily by Socrates’ judgment, the tension’s main character, Plato may have
started a tradition of philosophy that would prioritize contemplation over action, a tradition
broken only with Marx, Nietzsche and Kierkegaard. Such intent would have deformed both
acting – dislodging it from the freedom inherent in it, as thought – displacing it from the
world and the meanings to a place-none of the philosophers. In this sense, Arendt's critique of
philosophy speaks to a specific way of philosophizing: the traditional metaphysical
philosophy, the spirit (nous) and theory (theorein), the philosophy of professional thinkers.
Arendt's reflections guide us to relocate the thought in the world and in the realm of meanings
and, on the other side, to revitalize the action and freedom in its own dignity; to the passage of
a philosophy of foundation to a philosophy of understanding; to a friendship in politics and to
the care for the world. To illuminate the issues of the thesis, it is made necessary to establish a
sort of phenomenology of the work of Arendt, a pasearse in her main works and discussions,
as in the problem of action, of freedom, of thought, friendship and the political judgment. / Tratamos de analisar nesta dissertação o conflito entre filosofia e política no pensamento de
Hannah Arendt. O conflito expressa as diferenças entre o modo de vida dedicado à ação e o
modo de vida dedicado à contemplação, entre o político e o filosófico. Seriam estas atividades
completamente distintas ou haveria alguma relação possível entre elas? Motivado
principalmente pelo julgamento de Sócrates, personagem principal da tensão, Platão teria
iniciado uma tradição da filosofia que priorizaria a contemplação em detrimento da ação,
tradição rompida somente com Marx, Nietzsche e Kierkgaard. Tal intento teria deformado
tanto a ação, desalojando-a da liberdade nela inerente, quanto o pensamento, desalojando-o do
mundo e dos significados para um lugar-nenhum dos filósofos. Neste sentido, a crítica de
Arendt à filosofia se dirige a um modo específico de filosofar: a filosofia tradicional de cunho
metafísico, do espírito (nous) e da teoria (theorein), a filosofia dos pensadores profissionais.
As reflexões de Arendt nos orientam a realojar o pensamento no mundo e na esfera dos
significados e por outro a reatualizar a ação e a liberdade em sua dignidade própria; à
passagem de uma filosofia da fundamentação para uma filosofia da compreensão; para a
amizade na política e para o cuidado com o mundo. Para iluminar os problemas da
dissertação, faz-se necessário estabelecer uma espécie de fenomenologia da obra de Arendt,
um pasearse em suas principais obras e discussões, tal como no problema da ação, da
liberdade, do pensamento, da amizade e do juízo político.
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