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Do prazer à morte : a noção de gozo no estudo de fenômenos sócio-culturais

Oliveira, Roseli Maria Rodella de 09 September 2010 (has links)
Cette thèse vise à analyser de façon critique la notion de jouissance dans l'étude de phénomène sociaux et culturels. Pour atteindre ces objectifs, nous avons mené une recherche théorique bibliographique, qui partait des fondements freudiens - pulsion, les champs de la satisfaction, du plaisir et au-delà du plaisir, de la pulsion de mort - pour atteindre l élaboration lacanienne de la notion de jouissance. Nous avons développé les éléments essentiels de cette notion, élaborés principalement dans les années 60 par Lacan, quand il conceptualise la notion de jouissance comme satisfaction de la pulsion de mort. Nous abordons inévitablement le lien entre la jouissance et la pulsion dans le but de le conceptualiser, en plus de faire la distinction entre la jouissance, le désir et le plaisir, ce qui a conduit Lacan à situer une jouissance illimitée, mythique, presque antérieure au language et une jouissance limitée, interdite par sa relation à la langue elle-même, propre aux êtres qui parlent. Nous avons effectué la lecture et la discussion sur la pulsion de mort dans les études sur la culture et la société pour situer, ensuite, la notion de jouissance dans les liens sociaux. Lacan a suivi les développements freudiens sur la culture et la société, d'abord avec la surévaluation de la sexualité et, plus tard, avec la reconnaissance du lieu de la destructivité, qui sera situé au premier plan de la subjectivité et des liens sociaux. Cela crée certains problèmes notamment en ce qui concerne le domaine de la satisfaction, précédemment formulée par Freud dans sa référence à la pulsion sexuelle et au principe du plaisir. Un autre problème concerne la réglementation du fonctionnement de la subjectivité dans les liens sociaux à partir du changement fait par Freud de l idée de l'opposition entre la culture et la sexualité vers l'opposition entre la culture et la destructivité. Enfin, nous avons montré, par des exemples de Zizek et Calligaris, que la notion de jouissance se révèle être un opérateur pertinent dans la lecture des phénomènes sociaux contemporains, en particulier la cruauté et la violence. / Esta dissertação pretende analisar criticamente a noção de gozo no estudo de fenômenos sócio-culturais. Para atender aos objetivos, realizamos uma pesquisa teórica bibliográfica, o que possibilitou melhor compreensão do objeto de nossa investigação, a noção de gozo. Partimos dos fundamentos freudianos pulsão, os campos da satisfação, do prazer e do além do prazer, a pulsão de morte para atingir a elaboração lacaniana da noção de gozo. Desenvolvemos os elementos centrais dessa noção, principalmente, os elaborados nos anos 60 por Lacan, justamente onde ele conceitua a noção de gozo como satisfação da pulsão de morte. Inevitavelmente, abordamos o vínculo entre gozo e pulsão com o intuito de conceituá-lo, além de proceder à diferenciação entre gozo, desejo e prazer, o que levou Lacan a situar um gozo ilimitado, mítico, quase anterior à linguagem e um gozo limitado, interditado pela sua relação com a linguagem, próprio aos seres falantes. Realizamos a leitura e discussão sobre a pulsão de morte nos estudos sobre cultura e sociedade para situar, a seguir, a noção de gozo nos laços sociais. Lacan acompanhou os desenvolvimentos freudianos sobre a cultura e sociedade, inicialmente com a supervalorização da sexualidade e, posteriormente, com o reconhecimento do lugar da destrutividade, que será situada em primeiro plano na subjetividade e nos laços sociais. Isto gera alguns problemas, sobretudo em relação ao campo da satisfação, anteriormente formulada por Freud através de sua referência à pulsão sexual e ao princípio do prazer. Outro problema refere-se à regulação do funcionamento da subjetividade nos laços sociais a partir do deslocamento efetuado por Freud da ideia de oposição entre cultura e sexualidade para oposição entre cultura e destrutividade. Para finalizar, exemplificamos, através de Zizek e Calligaris, como a noção de gozo se revela um operador pertinente na leitura dos fenômenos sociais contemporâneos, nos fenômenos da crueldade e violência.
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Da hospitalidade às psicoses: um discurso em interrogação / From the hospitality to psychosis: a speech in question / De l’hospitalité aux psychoses: un discours en interrogation

Simoni, Ana Carolina Rios January 2012 (has links)
Ce travail dérive d’un parcours clinique et institutionel, à partir du quel s’est formulé la question sur les effets dans les liens sociaux du reencontre aves la specificité de la position psychique des sujets psychotiques. On raconte des passages d’un itinéraire de recherche, fait du pari à la réinscription des bordes de la clinique psychanalytique – lequel se montre par les experiences des ateliers thérapeutiques et de l’accompagnement thérapeutique, mais pas seulement –, pour dire des modes par lesquelles la question a pris la forme d’un discours en interrogation. On part de la formulation lacanienne sur la structure discursive des liens sociaux – en considerant, surtout, le discours universitaire et le discours capitaliste – et de la place extérière que la structure psychotique tient par rapport le discours. Puis on situe l’hospitalité, selon l’élabore Derrida, comme possibilité de accuellir les différences portées par les psychotiques. Dans ce chamin, les concepts de transfert, résistance et témoin, d’après Freud et Lacan, apparaissent comme manières de nommer l’espace-temp où l’hospitalité à l’hors-discours peut émerger – dont la specificité se present dans les impasses de l’inscription des contours subjetifs entre le Je/moi et l’autre-Autre, le prope et l’ailleurs. De cette façon, on suggère que offrir l’hospitalité à l’alterité de la position subjetive des psychoses implique accueillir la tension inhérente aux limits du propre et de l’ailleurs comme une demande de la strutucture. On problematise la façon par laquelle le discours universitaires de la science, dans um moment de l’histoire de la culture, a répondu à cette “demande” en edifiant les murs de l’hospice et de la catégorie “maladie mental”, qui n’ont pas inscrit la différence, mais, contrairement, ont produit une intensification de l’impasse du narcissisme. On se demande donc comment le discours universitaire de la science d'aujourd'hui, en complicité avec le discours du capitalisme, peut être affecté, si l’hors-discours retrouve l’hospitalité du chercheur. À l’horizont, la question: offrir l’hospitalité aux psychoses produirait des effets de méthode? Serait l’hospitalité aux psychoses une opportunité pour que nous nous replaçons sur le plan éthique et politique par rapport à la manière dont, aujourd'hui, nous faisons nos incursions dans le monde de la connaissance? / Este trabalho deriva de um percurso clínico e institucional, a partir do qual se formulou uma pergunta pelos efeitos para os laços sociais do encontro com a especificidade da posição psíquica dos sujeitos nas psicoses. Narram-se passagens de uma trajetória de pesquisa, feita da aposta na reinscrição das bordas da clínica psicanalítica – que pode ser observada nas experiências em oficinas terapêuticas e acompanhamentos terapêuticos, mas não somente –, para dizer dos modos pelos quais tal questão foi ganhando a forma de um discurso em interrogação. Parte-se da formulação lacaniana em torno da estrutura discursiva dos laços sociais – tomandose em consideração, especialmente, o discurso universitário e o discurso capitalista – e do lugar de exterioridade que a estrutura psicótica mantém em relação aos discursos. Em seguida, situa-se a hospitalidade, tal qual elaborada por Derrida, como possibilidade de acolhimento às diferenças que as psicoses portam. Nesse caminho, os conceitos de transferência, resistência e testemunho, desde Freud e Lacan, aparecem como formas de nomear o espaço-tempo em que pode emergir uma hospitalidade ao fora-do-discurso, cuja especificidade se apresenta na forma de impasses na inscrição dos contornos subjetivos entre o eu e o outro-Outro, o próprio e o alheio. Desde aí, sugere-se que dar hospitalidade à alteridade da posição subjetiva nas psicoses implica acolher a tensão inerente aos limites do próprio e do alheio, como um pedido estrutural. Problematiza-se o modo como o discurso universitário da ciência, em determinado momento da história da cultura, respondeu a este “pedido” edificando os muros do hospício e da categoria “doença mental”, que não fizeram inscrever a diferença, mas, ao contrário, operaram o recrudescimento do beco do narcisismo. Pergunta-se então como o discurso universitário da ciência de nossos dias, em cumplicidade com o discurso do capitalismo, pode ser afetado, caso o fora-do-discurso das psicoses encontre uma posição de hospitalidade desdobrada do lado do pesquisador. No horizonte, o interrogante: dar hospitalidade às psicoses produziria efeitos de método? Seria a hospitalidade às psicoses uma oportunidade para nos reposicionarmos ética e politicamente sobre o modo como, atualmente, concebemos nossas incursões pelo mundo do conhecimento? / This work derives from a clinical and institutional trajectory, from which raised the question about the effects of social ties on encountering with specification the psychic position of psychotic subjects. Then, segments of the path of research are reported, made with the bet of rewriting the edges of the psychoanalytic clinics - that can be observed in experiments with therapeutic workshops and follow-up therapy, but not only – to say the ways in which this issue has been gaining the form of a discourse in question. It starts with the Lacanian formulation around the discursive structure of social ties - especially taking into account the university and capitalistic discourses. In addition, the place of exteriority that maintains the structure in relation to psychotic speeches, for then situate the hospitality, as is elaborated by Derrida, as the possibility of welcoming the differences that the psychoses carries. In this way, the concepts of transference, resistance, and testimony, from Freud and Lacan, appear as ways of naming the space-time on that can emerge hospitality on out-ofspeech, whose specificity appears in the form of impasse on inscription of subjective contours between self and other-Other, self and strange. Since then, it is suggested that giving hospitality to otherness of the subjective position in the psychoses, implies on welcoming, as a structural request, the tension inherent of the limits between the self and the other-Other. Considering the way how the university discourse of science, in sometime of the history of culture, responded to this "request" building the walls of the asylum and the category of "mental illness", which did not include the difference, but rather, operated the fall for the narcissism’s alley. Then wonders how the university discourse in science, nowadays, in complicity with the discourse of capitalism, can be affected in case of the out-of-speech of psychosis find on the researcher a position of hospitality. The question that is on the horizon is: giving hospitality to psychosis would produce method effect's? The hospitality to psychosis would be an opportunity for a repositioning ethical and politically about how, nowadays, we've conceived our forays into the world of knowledge?
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Barreiras, fronteiras e passagens : a burocracia e o laço social na saúde mental pública brasileira : travessia de uma experiência

Veronese, Luciane Gheller January 2015 (has links)
A pesquisa apresenta reflexões e experiências a partir dos fenômenos socioculturais e políticos, no campo da saúde mental pública brasileira, através das articulações entre o sujeito e a cultura. Estuda a temática da burocracia, pensada como política da indiferença a partir da metáfora da máquina e do anonimato como referentes do laço social neste discurso. Enfatiza as formas burocráticas contemporâneas, típicas dos Estados capitalistas atuais, os traços de uma burocracia à brasileira, estabelecida pelo hibridismo entre a autoritária maneira de lidar com a norma e seus matizes flexíveis, além das raízes da burocracia missioneira. Discute as transformações do modelo de saúde mental, com seus avanços e retrocessos, problematizando as dificuldades de rupturas com o modelo manicomial. Discorre acerca da configuração da política sanitária brasileira, com destaque para a saúde mental, em especial os CAPS. Através de fragmentos de experiências em um CAPSi propõe o lugar destas instituições como lugares utópicos, de passagens, “lugar Entre”. Aponta para a necessidade de profanar a burocracia, atentando aos restos não burocratizáveis, a partir de dois eixos: o brincar como dispositivo fundamental do trabalho em um CAPSi e a produção/utilização do arquivo como testemunha na instituição de saúde mental pública, reconhecendo a importância de um trabalho singularizado, artesanal, que não suspenda a capacidade de pensar e fortaleça o espaço público. / This research presents reflections and experiences on sociocultural and political phenomenon in the Brazilian public mental health field, articulating the subject and the culture. It studies the bureaucracy considered as an indifference policy through the machine metaphor and the anonymity as referential of the social bond in this speech. It also emphasizes the contemporary bureaucratic characteristics, typical from modern capitalist States, the features of a Brazilian bureaucracy, stablished by the hybridism between the authoritarian way of dealing with the norm and its flexible nuances, besides the roots of a missioneira bureaucracy. It argues the mental health model transformations, focusing its advances and retrocessions, as well as it analyzes the difficulties of rupture with the asylum model. It debates about the Brazilian sanitary policy, emphasizing the mental health, especially the CAPS. Thus, through experiences at a CAPSi, it proposes the place of these institutions as utopic places, of passage, “in-between place”. It points out the necessity to desecrate the bureaucracy, giving attention to the non-bureaucratic parts through two axis: to play as a fundamental device of work at a CAPSi and the production/use of a file as a witness in a public mental health institution, recognizing the importance of a singularized word, handmade, which does not suspend the ability to think and fortifies the public space.
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Laço social e educação: um estudo sobre os efeitos do encontro com o outro no contexto escolar / Social bond and education: a study on the effects of the meeting with the other in an educational context.

Monica Maria Farid Rahme 12 March 2010 (has links)
Esta tese tem como objetivo geral investigar o laço social na educação e, em particular, de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, considerando seus efeitos para os sujeitos. Para tanto, analisam-se perspectivas educacionais endereçadas a esse grupo, assim como, o estabelecimento de laços entre as crianças em contexto escolar dito inclusivo, tendo como referência a interface Psicanálise e Educação. Esta pesquisa se divide em três eixos principais: no primeiro, é abordada a noção de laço social pela Psicanálise, indicando seus desdobramentos para o estudo do campo educacional. No segundo, enfoca-se os principais elementos que constituíram a Educação Especial e a Educação Inclusiva como discursos, fundamentando o laço social proposto por essas. Retoma-se, assim, o percurso histórico que desencadeou a emergência de movimentos como o de normalização, mainstreaming, integração e, mais recentemente, o de inclusão. Tendo esse contexto como referência, analisa-se o processo de internacionalização do direito à educação escolar para todos, problematizando suas particularidades nos rumos adotados em políticas educacionais em curso no Brasil, Estados Unidos, França e Itália. No terceiro eixo, investigam-se dados referentes a uma pesquisa de campo desenvolvida em uma escola pública, municipal de tempo integral. A partir da realização do estudo de caso que conduziu ao acompanhamento de uma turma, composta por crianças na faixa-etária de seis e sete anos, enfocam-se aspectos relacionados à inserção escolar de uma criança nomeada pela escola como autista. Destacamse, de modo especial, elementos de sua convivência com os colegas, bem como sua participação no dispositivo escolar. Os procedimentos metodológicos adotados na realização desta pesquisa compreenderam o registro dos dados levantados pela pesquisadora no contato sistemático com o campo, a prática de entrevistas com profissionais da escola e com as crianças, e a realização de filmagens. Os dados obtidos por esta pesquisa permitiram a elaboração de considerações acerca da noção de laço social em um plano macro, ligado à implementação de políticas públicas, e, em um plano micro, relativo à convivência entre as crianças. Em relação à primeira vertente, ressaltam-se os constantes impasses presentes na abordagem do sujeito na educação, mesmo em movimentos ditos inclusivos. Nesse sentido, a busca por classificação, homogeneização, adaptação e ajustamento social via educação escolar persiste como desafio nos movimentos atuais em torno de uma educação para todos. No que diz respeito ao plano micro, a pesquisa revelou a existência de uma série de operações ligadas à constituição de laços entre as crianças, como os saberes da experiência e a operação sujeito-objeto. Permitiu, ainda, a construção de uma hipótese diagnóstica sobre o autismo, a partir do referencial psicanalítico, a abordagem da percepção da diferença pelas crianças, bem como, de suas intervenções com o colega. Por fim, o estudo indica a presença de efeitos terapêuticos no processo de inserção dessa criança na escola comum. Os apontamentos tecidos a partir deste estudo sublinham, de modo geral, a importância de um maior aprofundamento na análise das perspectivas educacionais atuais, bem como da complexidade existente nas dimensões do educar e do tratar na educação contemporânea. / This research aims at investigating the social bond in education focusing on those students who have special educational needs, considering its effects in the subjects involved. In doing so, educational perspectives for that specific group have been analized such as the bonds among children in an inclusive educational context, having as a reference an interface between Psychoanalyzis and Education. This work is divided into three main areas: the first part concentrates on the notion of social bond considered by Psychoanalyzis pointing out its effects for the study of educational field; the second part is concerned with the main elements of special education and inclusive education taken as discourses which root the social bond they both claim. Seen from that perspective, a historical path which has brought forth movements like normalization, mainstreaming, integration and more recently, inclusion, has been pursued. Within this context as a reference, the process of internalization of the right of formal education for all is analysed, and the different strategies adopted by the current educational policies in Brazil, the United States, France and Italy have been examined. The third part presents a field research carried out in a full time public school. The case study aims at following the social insertion of a child belonging to a group whose age varies between six and eight and who is considered an autist by the members. Factors such as her/his relationship with classmates and her/his involvement with the educational setting are enphasized. The methodological procedures adopted for this research include data collection by the researcher through a sistematic contact with the field, interviews with the school professionals and the children involved and film makings. Data obtained from this research allow reflections on the social bond on a macro level, linked to the implementation of public policies and on a micro level, related to the childrens relationship. The former faces constant challenges as far as the subject is involved in education, even when it comes to the inclusive area the search for classification, homogenization, adaption and social adjustment via school education is still a challenge in movements towards education for all nowadays. The latter has revealed a series of operations linked to bonds settings by children illustrated by the knowledge acquired from experience and the relationship subject-object. The research on the micro level has also permitted to come to a possible diagnostic hypothesis about autism from a psychoanalytic view, besides studying the approach of difference perception by the children and the interventions with the subject studied. Finally, the study points out therapeutical effects in the insertion process of that child in a common school. Appointments registered in this research emphasize the importance of going deeper into the analysis of educational perspectives as well as in the complexities of knowledge and treatment dimensions, as far as contemporary education is concerned.
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Da hospitalidade às psicoses: um discurso em interrogação / From the hospitality to psychosis: a speech in question / De l’hospitalité aux psychoses: un discours en interrogation

Simoni, Ana Carolina Rios January 2012 (has links)
Ce travail dérive d’un parcours clinique et institutionel, à partir du quel s’est formulé la question sur les effets dans les liens sociaux du reencontre aves la specificité de la position psychique des sujets psychotiques. On raconte des passages d’un itinéraire de recherche, fait du pari à la réinscription des bordes de la clinique psychanalytique – lequel se montre par les experiences des ateliers thérapeutiques et de l’accompagnement thérapeutique, mais pas seulement –, pour dire des modes par lesquelles la question a pris la forme d’un discours en interrogation. On part de la formulation lacanienne sur la structure discursive des liens sociaux – en considerant, surtout, le discours universitaire et le discours capitaliste – et de la place extérière que la structure psychotique tient par rapport le discours. Puis on situe l’hospitalité, selon l’élabore Derrida, comme possibilité de accuellir les différences portées par les psychotiques. Dans ce chamin, les concepts de transfert, résistance et témoin, d’après Freud et Lacan, apparaissent comme manières de nommer l’espace-temp où l’hospitalité à l’hors-discours peut émerger – dont la specificité se present dans les impasses de l’inscription des contours subjetifs entre le Je/moi et l’autre-Autre, le prope et l’ailleurs. De cette façon, on suggère que offrir l’hospitalité à l’alterité de la position subjetive des psychoses implique accueillir la tension inhérente aux limits du propre et de l’ailleurs comme une demande de la strutucture. On problematise la façon par laquelle le discours universitaires de la science, dans um moment de l’histoire de la culture, a répondu à cette “demande” en edifiant les murs de l’hospice et de la catégorie “maladie mental”, qui n’ont pas inscrit la différence, mais, contrairement, ont produit une intensification de l’impasse du narcissisme. On se demande donc comment le discours universitaire de la science d'aujourd'hui, en complicité avec le discours du capitalisme, peut être affecté, si l’hors-discours retrouve l’hospitalité du chercheur. À l’horizont, la question: offrir l’hospitalité aux psychoses produirait des effets de méthode? Serait l’hospitalité aux psychoses une opportunité pour que nous nous replaçons sur le plan éthique et politique par rapport à la manière dont, aujourd'hui, nous faisons nos incursions dans le monde de la connaissance? / Este trabalho deriva de um percurso clínico e institucional, a partir do qual se formulou uma pergunta pelos efeitos para os laços sociais do encontro com a especificidade da posição psíquica dos sujeitos nas psicoses. Narram-se passagens de uma trajetória de pesquisa, feita da aposta na reinscrição das bordas da clínica psicanalítica – que pode ser observada nas experiências em oficinas terapêuticas e acompanhamentos terapêuticos, mas não somente –, para dizer dos modos pelos quais tal questão foi ganhando a forma de um discurso em interrogação. Parte-se da formulação lacaniana em torno da estrutura discursiva dos laços sociais – tomandose em consideração, especialmente, o discurso universitário e o discurso capitalista – e do lugar de exterioridade que a estrutura psicótica mantém em relação aos discursos. Em seguida, situa-se a hospitalidade, tal qual elaborada por Derrida, como possibilidade de acolhimento às diferenças que as psicoses portam. Nesse caminho, os conceitos de transferência, resistência e testemunho, desde Freud e Lacan, aparecem como formas de nomear o espaço-tempo em que pode emergir uma hospitalidade ao fora-do-discurso, cuja especificidade se apresenta na forma de impasses na inscrição dos contornos subjetivos entre o eu e o outro-Outro, o próprio e o alheio. Desde aí, sugere-se que dar hospitalidade à alteridade da posição subjetiva nas psicoses implica acolher a tensão inerente aos limites do próprio e do alheio, como um pedido estrutural. Problematiza-se o modo como o discurso universitário da ciência, em determinado momento da história da cultura, respondeu a este “pedido” edificando os muros do hospício e da categoria “doença mental”, que não fizeram inscrever a diferença, mas, ao contrário, operaram o recrudescimento do beco do narcisismo. Pergunta-se então como o discurso universitário da ciência de nossos dias, em cumplicidade com o discurso do capitalismo, pode ser afetado, caso o fora-do-discurso das psicoses encontre uma posição de hospitalidade desdobrada do lado do pesquisador. No horizonte, o interrogante: dar hospitalidade às psicoses produziria efeitos de método? Seria a hospitalidade às psicoses uma oportunidade para nos reposicionarmos ética e politicamente sobre o modo como, atualmente, concebemos nossas incursões pelo mundo do conhecimento? / This work derives from a clinical and institutional trajectory, from which raised the question about the effects of social ties on encountering with specification the psychic position of psychotic subjects. Then, segments of the path of research are reported, made with the bet of rewriting the edges of the psychoanalytic clinics - that can be observed in experiments with therapeutic workshops and follow-up therapy, but not only – to say the ways in which this issue has been gaining the form of a discourse in question. It starts with the Lacanian formulation around the discursive structure of social ties - especially taking into account the university and capitalistic discourses. In addition, the place of exteriority that maintains the structure in relation to psychotic speeches, for then situate the hospitality, as is elaborated by Derrida, as the possibility of welcoming the differences that the psychoses carries. In this way, the concepts of transference, resistance, and testimony, from Freud and Lacan, appear as ways of naming the space-time on that can emerge hospitality on out-ofspeech, whose specificity appears in the form of impasse on inscription of subjective contours between self and other-Other, self and strange. Since then, it is suggested that giving hospitality to otherness of the subjective position in the psychoses, implies on welcoming, as a structural request, the tension inherent of the limits between the self and the other-Other. Considering the way how the university discourse of science, in sometime of the history of culture, responded to this "request" building the walls of the asylum and the category of "mental illness", which did not include the difference, but rather, operated the fall for the narcissism’s alley. Then wonders how the university discourse in science, nowadays, in complicity with the discourse of capitalism, can be affected in case of the out-of-speech of psychosis find on the researcher a position of hospitality. The question that is on the horizon is: giving hospitality to psychosis would produce method effect's? The hospitality to psychosis would be an opportunity for a repositioning ethical and politically about how, nowadays, we've conceived our forays into the world of knowledge?
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Do prazer à morte : a noção de gozo no estudo de fenômenos sócio-culturais

Oliveira, Roseli Maria Rodella de 09 September 2010 (has links)
Cette thèse vise à analyser de façon critique la notion de jouissance dans l'étude de phénomène sociaux et culturels. Pour atteindre ces objectifs, nous avons mené une recherche théorique bibliographique, qui partait des fondements freudiens - pulsion, les champs de la satisfaction, du plaisir et au-delà du plaisir, de la pulsion de mort - pour atteindre l élaboration lacanienne de la notion de jouissance. Nous avons développé les éléments essentiels de cette notion, élaborés principalement dans les années 60 par Lacan, quand il conceptualise la notion de jouissance comme satisfaction de la pulsion de mort. Nous abordons inévitablement le lien entre la jouissance et la pulsion dans le but de le conceptualiser, en plus de faire la distinction entre la jouissance, le désir et le plaisir, ce qui a conduit Lacan à situer une jouissance illimitée, mythique, presque antérieure au language et une jouissance limitée, interdite par sa relation à la langue elle-même, propre aux êtres qui parlent. Nous avons effectué la lecture et la discussion sur la pulsion de mort dans les études sur la culture et la société pour situer, ensuite, la notion de jouissance dans les liens sociaux. Lacan a suivi les développements freudiens sur la culture et la société, d'abord avec la surévaluation de la sexualité et, plus tard, avec la reconnaissance du lieu de la destructivité, qui sera situé au premier plan de la subjectivité et des liens sociaux. Cela crée certains problèmes notamment en ce qui concerne le domaine de la satisfaction, précédemment formulée par Freud dans sa référence à la pulsion sexuelle et au principe du plaisir. Un autre problème concerne la réglementation du fonctionnement de la subjectivité dans les liens sociaux à partir du changement fait par Freud de l idée de l'opposition entre la culture et la sexualité vers l'opposition entre la culture et la destructivité. Enfin, nous avons montré, par des exemples de Zizek et Calligaris, que la notion de jouissance se révèle être un opérateur pertinent dans la lecture des phénomènes sociaux contemporains, en particulier la cruauté et la violence. / Esta dissertação pretende analisar criticamente a noção de gozo no estudo de fenômenos sócio-culturais. Para atender aos objetivos, realizamos uma pesquisa teórica bibliográfica, o que possibilitou melhor compreensão do objeto de nossa investigação, a noção de gozo. Partimos dos fundamentos freudianos pulsão, os campos da satisfação, do prazer e do além do prazer, a pulsão de morte para atingir a elaboração lacaniana da noção de gozo. Desenvolvemos os elementos centrais dessa noção, principalmente, os elaborados nos anos 60 por Lacan, justamente onde ele conceitua a noção de gozo como satisfação da pulsão de morte. Inevitavelmente, abordamos o vínculo entre gozo e pulsão com o intuito de conceituá-lo, além de proceder à diferenciação entre gozo, desejo e prazer, o que levou Lacan a situar um gozo ilimitado, mítico, quase anterior à linguagem e um gozo limitado, interditado pela sua relação com a linguagem, próprio aos seres falantes. Realizamos a leitura e discussão sobre a pulsão de morte nos estudos sobre cultura e sociedade para situar, a seguir, a noção de gozo nos laços sociais. Lacan acompanhou os desenvolvimentos freudianos sobre a cultura e sociedade, inicialmente com a supervalorização da sexualidade e, posteriormente, com o reconhecimento do lugar da destrutividade, que será situada em primeiro plano na subjetividade e nos laços sociais. Isto gera alguns problemas, sobretudo em relação ao campo da satisfação, anteriormente formulada por Freud através de sua referência à pulsão sexual e ao princípio do prazer. Outro problema refere-se à regulação do funcionamento da subjetividade nos laços sociais a partir do deslocamento efetuado por Freud da ideia de oposição entre cultura e sexualidade para oposição entre cultura e destrutividade. Para finalizar, exemplificamos, através de Zizek e Calligaris, como a noção de gozo se revela um operador pertinente na leitura dos fenômenos sociais contemporâneos, nos fenômenos da crueldade e violência.
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Da hipnose à psicanálise : clínica, ciência e política / From Hypnosis to Psychoanalysis : Clinic, Science and Politics

Andrade, Tatiane de 16 January 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of the present work is to emphasize the theatrical importance of the concepts of libido and transference and their developments in the clinical, scientific and political fields. Such attempt is justified by the fact that, when using these concepts, Freud operates a transformation which had already begun with Charcot in the forms of understanding and dealing with psychic derangement, which was circumscribed to the limits of fantasy and simulation. Beyond that factor, the father of psychoanalysis also enlarges the range of these concepts, since the libido will have a preponderant role in the new knowledge that is designed when he affirms it as |something fundamental| which allows the clinical practice by means of transference as well as the formation of the social tie. In order to achieve our objective, we will develop our reasoning by reviewing the predecessors of Freudian clinical practice animal magnetism, suggestion and hypnosis and from that point derive the postulation of the concept of transference, which will not represent only an evolution of the technique that will have effects in the clinical records; but, at the same time, will also promote a transformation in the epistemic field, as it proposes another notion of reality, a psychic one, whose ordering principle will be the same which figures as a condition for the possibility of the transfer, that is, the libido, which is an issue of impact in the scientific field; finally, we will address the ethical reach of the concepts of libido and transference, which will allow regarding the regulation of the social space from the point of view of the relations established among the different subjects, a preeminently political proposition. / O presente trabalho tem como objetivo resgatar a importância teórica dos conceitos de libido e transferência e seus devidos desdobramentos nos campos da clínica, da ciência e da política. Este intento se justifica na medida em que, ao lançar mão de tais conceitos, Freud opera uma transformação que já havia sido iniciada com Charcot nas formas de entender e lidar com o adoecimento psíquico, circunscrito que estava aos limites da fantasia e da simulação. Para além desse fator, o pai da psicanálise alarga também o campo de alcance destes conceitos, visto que a libido terá papel preponderante no novo saber que se esboça ao afirmá-la como o algo fundamental que possibilita tanto a prática clínica por via da transferência quanto a formação do laço social. Para tanto construiremos nossa argumentação com o resgate dos antecessores da prática clínica freudiana - magnetismo animal, sugestão e hipnose - para daí fazer derivar a postulação do conceito de transferência, que não representará apenas uma evolução na técnica a qual repercutirá nos registros da clínica; mas, a um só golpe, promove também uma transformação no campo epistêmico, ao propor uma outra noção de realidade, agora psíquica, cujo princípio ordenador será aquele mesmo que figura como condição de possibilidade da transferência, a saber, a libido, questão essa de interesse no meio científico; e, por fim, chegaremos ao alcance ético dos conceitos de libido e da transferência, os quais permitirão pensar a regulação do espaço social a partir das relações estabelecidas entre os diferentes sujeitos, propositura política por excelência.
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Sujeito e empresa capitalista contemporânea num impasse: entre o laço social neurótico e o perverso / Subject and contemporary commercial company in impasse: between the neurotic and perverse social ties

Antonio Carlos de Barros Junior 31 August 2009 (has links)
O capitalismo e o mundo do trabalho vêm sofrendo transformações profundas desde a década de 1970. A pesquisa aqui descrita é uma investigação da relação inconsciente entre o sujeito e a configuração atual do capitalismo, no contexto de uma empresa multinacional do ramo hoteleiro. O método adotado foi qualitativo, sendo um estudo de psicanálise aplicada sobre a articulação fantasmática e institucional de prazer, sofrimento e gozo na empresa em questão: 1) pela análise do discurso produzido em entrevistas abertas com 6 de seus funcionários que trabalham em 4 hotéis da rede, localizados em São Paulo capital e em Campinas, realizadas entre outubro de 2007 e novembro de 2008; 2) pela análise de material impresso e on-line da empresa; 3) por um breve recorte sócio-histórico do capitalismo. Uma das conclusões a que chegamos é a de que os fundamentos de uma empresa comercial permanecem os mesmos, mas mudaram os mecanismos e os discursos adotados na sua execução. Agora, entidades abstratas externas a globalização, a competitividade, o mercado supostamente justificam a intensificação da apropriação do que é produzido, do conhecimento, do tempo dos funcionários; justificam a necessidade imperiosa de excelência produtiva, de lucros sempre crescentes; justificam as reestruturações, a adoção de políticas de verificação de competências e demissões. No caso analisado, a velha empresa-mãe, subjetiva nas escolhas, lenta nas decisões, está sendo substituída pela nova empresa objetiva e rápida nas escolhas dos que estão aptos e na implementação de mudanças que os resultados exigem. Mas isso tem sido feito mantendo-se a velha roupagem da mãe-protetora, num discurso quase uníssono sobre um laço social supostamente em grande harmonia, tanto na documentação oficial da empresa, quanto na fala de seus funcionários, da eleita mais de 10 vezes como uma das 10 melhores empresas para se trabalhar no Brasil; da que se preocupa com os filhos-funcionários, que oferece a eles muitas oportunidades de carreira. Entretanto, delineiam-se impasses e contradições nos discursos, que parecem oscilar entre o neurótico e o perverso. Porém, a faceta perversa fica, em geral, elidida. Perversa em termos de fantasia e vontade de gozo, na relação com o outro, no caso dos sujeitos, e, no caso da empresa, dos objetivos de lucratividade acima de qualquer preocupação com funcionários, de qualquer responsabilidade social ou de diversidade supostamente valorizada. Além disso, as questões pessoais de todos os 5 sujeitos ouvidos estão ligadas às questões centrais que permeiam a instituição. Questões que se referem ao lugar que cada um ocupa para o outro ser ou não ser reconhecido, ser ou não ser promovido, ser ou não ser demitido, ver ou não ver o outro ganhar uma oportunidade de carreira. / Capitalism and labour configuration have been changing deeply since 1970. The research here described is an investigation about the unconscious relation between the subject and the current capitalism configuration in the context of a multinational company in the hotel market. The method adopted was qualitative, being a study of applied psychoanalysis about the articulation between singular fantasy and institutional discourse as well as pleasure, suffering, jouissance forms in the company in question: 1) by the analysis of discourses produced in open interviews with 6 of its employees that work in 4 of its hotels located in São Paulo and Campinas, Brazil, held between October 2007 and November 2008; 2) by the analysis of printed and on-line corporate material; 3) by a short social-historical briefing of capitalism. One of the conclusions to which we have come is that basic principles of a commercial company are the same as ever. Nevertheless mechanisms and discourses adopted to implement them have changed. Now external abstract entities - globalization, competitiveness, market dynamics - supposedly justify the intensification of appropriation of what is produced by employees, besides their knowledge and time; justify such imperious demand for productive excellence and growing profits; justify restructuring actions, adoption of competence assessment policies and layoffs. In the analysed case, the old mother-company, subjective in selection processes, slow to make decisions, is being replaced by a new company, objective and fast to select competent people and to implement changes that goals associated with financial results require. However this has been done keeping the old image of a protective-mother painted through an almost homogeneous discourse about a social tie supposedly in great harmony. This is the case in both the official corporate documentation and the employees\' speech about the company which has been elected more than 10 times as one of the 10 best companies to work in Brazil; which is concerned about its children-employees; which offers several career opportunities to them. However, some contradictions and impasses are detected in discourses, which seem to oscillate between the neurotic and perverse ones. But the perverse dimension usually stays elided. Perverse in the sense of fantasy and will to jouissance in the relation with the other, in the case of the subjects, and, in the case of the company, in the sense of profitability goals above any concern towards employees, any social responsibility or any diversity supposedly appreciated. Furthermore, personal issues of all interviewed subjects are related to the institution core issues. Issues referring to the place that each one occupies for the other - to be or not to be recognized, to be or not to be promoted, to be or not to be laid off, to see or not to see the other getting a career opportunity.
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Contribuições da psicanálise lacaniana às práticas de grupo nas instituições de saúde / Contributions of Lacanian psychoanalysis to group practices in health institutions

Ivan do Nascimento Cruz 05 February 2015 (has links)
Nossa pesquisa visa problematizar o dispositivo de grupo a partir da psicanálise lacaniana. A questão da qual partimos foi: Se a psicanálise aponta para o singular do sujeito, como trabalhar com dispositivos de grupos sem dissolvê-las num universal? Num primeiro momento, mapeamos alguns elementos históricos do surgimento da noção de grupo. Extraímos daí que tal noção nasce concomitantemente à noção de indivíduo, ambos tomados como totalidades. A psicanálise, por sua vez, não parte do indivíduo, pois tem como fundamento e horizonte de intervenção o sujeito, de forma que o dispositivo de grupo também deve levá-lo em conta. Na sequência, o tema grupo é investigado nas obras de S. Freud, W. R. Bion, E. Pichon-Rivière, J. Lacan procurando extrair-lhes uma lógica coletiva. A partir de Freud, temos um esquema no qual a tendência do grupo é fazer massa, identificando-se ao mesmo tempo verticalmente sob uma insígnia do mestre colocado como Ideal do Eu, e horizontalmente entre os sujeitos a partir do Eu, tendendo a apagar suas singularidades através de um grupo imaginariamente completo. Com isso, vemos a questão da identificação se tornar um problema central na questão dos grupos. Assim procuramos elementos que pudessem nos auxiliar para que o grupo não ceda aos efeitos imaginários. Frente a isso, Bion trouxe uma primeira contribuição do grupo sem líder, para quem o analista não atua do lugar de líder, trazendo a importante ideia de descompletar o grupo; Pichon, por sua vez, traz a ideia de interdependência dos sujeitos afirmando uma lógica coletiva, uma vez que os sujeitos não são mônadas isoladas. Na sequência, foi importante o recurso ao dispositivo de cartel, órgão de base da Escola lacaniana, o qual aponta para um grupo não completo, dado que a função do +1 é justamente descompletar o grupo a fim de mitigar seus efeitos imaginários. Nosso próximo passo foi abordamos os efeitos de sujeito - em oposição aos efeitos imaginários - a partir do recurso de vinhetas clínicas de atendimentos de grupos em articulação à contribuição lacaniana da sua tríade Imaginário, Simbólico e Real. A consideração desses três registros apontou para outro modo de universalizar um grupo como prescindindo do significante, uma vez que o que Lacan denominou como objeto a escapa às suas determinações simbólicas e imaginárias em suas tendências identificatórias e homogeneizantes. Extraída tal lógica coletiva, apontamos que o analista num grupo tem sua função ancorada no objeto a. Além disso, o analista deve considerar os efeitos da fala que os sujeitos têm entre si, visto que a transferência circula entre os sujeitos. Uma vez que os sujeitos em grupo tendem a responder às demandas um do outro, concluímos que é importante ao psicanalista fazer circular a palavra, de modo a manter a significação aberta, para que ninguém venha a ocupar o lugar de Ideal do Eu. Por fim oferecemos um quadro de leitura das experiências ambivalentes de grupo: como experiências produtivas (de determinação e indeterminação), mas também improdutivas (de indeterminação e determinação). Finalmente, concluímos que o dispositivo de grupo pode ser um importante dispositivo de intervenção clínica, ética e política para o campo da Saúde / This research aims to problematize the device group from Lacanian psychoanalysis. The question with which we started was: If psychoanalysis points to the singular subject, how to work with groups devices without dissolving them in a universal? Initially, we mapped some historical elements of the emergence of the notion of group. We extracted from this that such notion is born simultaneously with the notion of the individual, both taken as totalities. Psychoanalysis, in turn, does not arise from the individual, because it is based and has as intervention goal the subject, so that the device group should also take it into account. Subsequently, the group theme is investigated in the works of S. Freud, Bion, E. Pichon-Rivière J. Lacan seeking to extract from them a collective logic. From Freud, we have a scheme in which the tendency of the group is to make dough, identifying both vertically under a master insignia placed as the Ideal Self, and horizontally among subjects starting from themselves, tending to erase their singularities through an imaginary whole group. Therewith, we see the issue of identification become a central point in the matter of groups. Thus we seek elements that could help us so that the group does not give in to imaginary effects. Faced with this, Bion brought a first contribution of the \"leaderless group\", to which the analyst does not act in the place of leader, bringing the important idea of not to complete the group; Pichon, in turn, brings the idea of interdependence of individuals stating a collective logic, since the subjects are not isolated monads. Thereafter, it was important to make use of the cartel device, organ base of Lacanian School, which points to a not complete group, since the function of the +1 is precisely not complete the group in order to mitigate its imaginary effects. Our next step was to approach the \"effects of subjects\" - as opposed to imaginary effects - from the use of clinical vignettes used on groups treatment in articulating their contribution to the Lacanian triad Imaginary, Symbolic and Real. The consideration of these three records, pointed to another way of universalizing a group as waiving significant, since what Lacan has termed as escape object to their symbolic and imaginary determinations in its identificatory and homogenizing trends. Extracted such collective logic, it is possible to indicate that, in a group, the analyst has his role anchored in the object. In addition, the analyst must consider the effects of speech that individuals have with each other, since the transfer circulates between subjects. Since the subjects in groups tend to respond to each other demands, we conclude that it\'s important the psychoanalyst to circulate the word, in a way to keep an open meaning, so no one will take the place of the Ideal I. Finally we provide a reading framework for the ambivalent group experiences: as productive experiences (determination and indeterminacy) but also unproductive (of indeterminacy and determination). Lastly, we conclude that the group device can be an important tool for clinical policy in the field of health care intervention and ethics
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A DÁDIVA NO RITUAL DA PROCISSÃO DO FOGARÉU NA CIDADE DE GOIÁS / The gift-giving ritual in the Cresset Procession in Goiás Town

Pinheiro, Ana 19 August 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T13:47:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Pinheiro.pdf: 439290 bytes, checksum: 18a6495b703c7e2e818ba94df16529dc (MD5) Previous issue date: 2004-08-19 / This dissertation is a bibliographic and empirical study which intends to aunch in the academic milieu not only the gift-giving analysis but its role in production and reproduction of social ties as well as its place and importance in the different forms of societies. Based on Mauss theory, gift-giving is in all societies, be modern, be traditional. This theory comprises of a genuine social system, with its own specificities and differences. The present study contains a discussion based on those authors who were inspired by Maussian literature. Mauss argues that the gift-giving is a paradigm which is peculiar to social sciences and he suggests that a societys formed by a primary social rule, that is, the process of gift-exchange for giving, receiving and rewarding. All of them create the cement bonds of social solidarity which are more important than the output of goods. In the light of Mauss theory, this research aims to link his ideas and Procissão do Fogaréu da Cidade de Goiás Cresset Procession in Goiás Town -. It presupposes that the procession is seen as an event which dramatizes the major gift-giving act in the Christian imaginary, that is, Jesus Christ donation to save the world. The procession is a dramatic representation whose ritual reports the bible text, and at same time, the local tradition which is experienced and defined by the people who live in Goiás Town. / O presente trabalho é um estudo bibliográfico e empírico que busca colocar no meio acadêmico, a análise da dádiva e seu papel na produção e reprodução do laço social, bem como seu lugar e importância nas diversas formas de sociedade que coexistem nos dias de hoje. Segundo essa teoria, a dádiva está presente em todas as partes da sociedade, tanto nas modernas, como nas mais tradicionais. Desta forma, ela constitui um sistema social genuíno, com especificidades próprias e diferentes dos outros sistemas existentes na sociedade. Todo o trabalho demonstra uma maior afinidade por aqueles autores inspirados por leituras maussianas. Para Mauss, a dádiva é um paradigma próprio das ciências sociais e sugere que a sociedade se forma a partir de uma regra social primeira, a obrigação de dar, receber, retribuir e que a constituição do vínculo social é mais importante do que a produção de bens. A proposta da dissertação objetiva estabelecer uma conexão entre os estudos de Mauss e a Procissão do Fogaréu da Cidade De Goiás, partindo do pressuposto de que o evento teatraliza o maior ato de gratuidade do imaginário cristão: a entrega de Jesus Cristo para a salvação do mundo. A procissão é um ritual que, narrando um texto bíblico, superpõe, através de sua representação dramática, uma tradição vivida e definida localmente.

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