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Avaliação dos efeitos do 17beta-estradiol na lesão mesentérica pela oclusão da aorta descendente proximal em ratos machos / 17beta-Estradiol prevents mesenteric injury induced by occlusion of the proximal descending aorta in male ratsPaulo Thales Rocha de Sousa 27 June 2017 (has links)
Objetivo: Na cirurgia de reconstrução aórtica ou cirurgia cardíaca com oclusão da aorta, a ocorrência de isquemia mesentérica e lesão intestinal está associada à maior mortalidade a curto prazo. A proteção vascular dos estrogênios tem sido investigada e é principalmente mediada pelo aumento da disponibilidade de óxido nítrico (NO). Portanto, este estudo investigou o papel do 17beta-estradiol na lesão de isquemia-reperfusão visceral (I/R) decorrente da oclusão da aorta descendente em ratos machos. Métodos: A isquemia mesentérica foi induzida em ratos Wistar machos através da inserção de cateter de embolectomia arterial Fogarty 2F (Edwards Lifesciences, Irvine, Calif.) na aorta descendente, que permaneceu ocluída por 15 minutos, seguida por 2 horas de reperfusão. Os ratos foram divididos em quatro grupos: (1) ratos submetidos apenas à manipulação cirúrgica (falso-operado, n = 22); (2) ratos submetidos à lesão de isquemia-reperfusão I/R (n = 22); (3) ratos tratados com 17beta-estradiol intravenoso (280 ug/kg) 30 minutos antes de I/R (n = 22); (4) ou ao início da reperfusão (n = 22). As alterações histopatológicas intestinais foram avaliadas por histomorfometria. As alterações microcirculatórias mesentéricas foram avaliadas por meio de fluxometria por laser Doppler e técnica de microscopia intravital. A expressão proteica da molécula de adesão intercelular-1, P-selectina, NO sintase endotelial (eNOS) e endotelina-1 foram avaliadas por imuno-histoquímica; além disso, as expressões gênicas de eNOS e endotelina-1 foram quantificadas por Real time PCR. As citocinas séricas foram quantificadas por ensaio imunoenzimático. Resultados: O grupo I/R mostrou perda expressiva da espessura da mucosa do intestino, diminuição do fluxo sanguíneo mesentérico (P = 0,0203), aumento do número de leucócitos migrados (P < 0,05) e alta mortalidade (35%). O tratamento com 17-beta-estradiol antes da oclusão da aorta preservou a espessura da mucosa intestinal (P = 0,0437) e o fluxo sanguíneo mesentérico (P = 0,0251), reduziu o número de leucócitos migrados (P < 0,05) e preveniu qualquer ocorrência fatal. Além disso, o 17-beta-estradiol diminuiu a expressão da molécula de adesão intercelular-1 (P = 0,0001) e da P-selectina (P < 0,0001) no endotélio e aumentou a expressão proteica da eNOS (P < 0,0001). As expressões gênicas de eNOS e endotelina-1 não diferiram entre os grupos. Conclusões: O tratamento profilático com 17beta-estradiol mostrou melhor repercussão global, foi capaz de prevenir qualquer ocorrência fatal e aumentar a expressão de eNOS, preservando assim a perfusão mesentérica e a integridade intestinal, além de reduzir sua inflamação / Objective: In surgical aortic repair or cardiac surgery with aorta occlusion, the occurrence of mesenteric ischemia and bowel injury has been associated with higher short-term mortality. The vascular protection of estrogens has been investigated and is mainly mediated by increasing the availability of nitric oxide (NO). Therefore, this study investigated the role of 17beta-estradiol on visceral ischemia-reperfusion (I/R) injury after descending aorta occlusion in male rats. Methods: Mesenteric ischemia was induced in male Wistar rats by placing a 2F Fogarty arterial embolectomy catheter (Edwards Lifesciences, Irvine, Calif) in the descending aorta, which remained occluded for 15 minutes, followed by reperfusion for up to 2 hours. Rats were divided into four groups: (1) rats that underwent surgical manipulation only (sham, n = 22); (2) rats that underwent I/R injury (n = 22); (3) rats treated with intravenous 17beta-estradiol (280 umg/kg) 30 minutes before I/R (n = 22); (4) or at the beginning of reperfusion (n = 22). Intestinal histopathologic changes were evaluated by histomorphometry. Mesenteric microcirculatory alterations were assessed by laser Doppler flowmetry and intravital microscopy technique. Protein expression of intercellular adhesion molecule-1, P-selectin, endothelial NO synthase (eNOS), and endothelin-1 was evaluated by immunohistochemistry; in addition, eNOS and endothelin-1 gene expressions were quantified by real-time polymerase chain reaction. Serum cytokines were measured by enzyme-linked immunosorbent assay. Results: Relative to the sham group, the I/R group exhibited a highly pronounced loss of intestine mucosal thickness, a reduction in mesenteric blood flow (P = 0,0203), increased migrated leukocytes (P < 0,05), and high mortality rate (35%). Treatment with 17-betaestradiol before aorta occlusion preserved intestine mucosal thickness (P = 0,0437) and mesenteric blood flow (P = 0,0251), reduced the number of migrated leukocytes (P < 0,05), and prevented any fatal occurrence. Furthermore, 17-betaestradiol downregulated the expression of intercellular adhesion molecule-1 (P = 0,0001) and P-selectin (P < 0,0001) on the endothelium and increased the protein expression of eNOS (P < 0,0001). The gene expressions of eNOS and endothelin-1 did not differ between the groups. Conclusions: The prophylactic treatment with 17-betaestradiol showed better overall repercussions and was able to prevent any fatal occurrence, increase eNOS expression, thus preserving mesenteric perfusion and intestinal integrity, and reduce inflammation
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Estudo dos efeitos do etil-piruvato, salina hipertônica e do Ringer lactato sobre a resposta da microcirculação mesentérica em modelo de sepse induzida por Escherichia coli em ratos / Effects of ethyl-pyruvate, hypertonic saline and lactated Ringer\'s solution on mesenteric microcirculation in a sepsis model induced by Escherichia coli in ratsIsmael Francisco Mota Siqueira Guarda 13 November 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Estudos recentes em modelos experimentais de sepse demonstraram as propriedades antioxidante e anti-inflamatória do etilpiruvato. Diferentes modelos experimentais também demonstraram que pequenos volumes de solução salina hipertônica (7,5%) melhoram a hemodinâmica, a microcirculação e modulam o sistema imunológico. Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos do etil-piruvato, da solução salina hipertônica e da solução de Ringer lactato sobre a microcirculação mesentérica em modelo de sepse induzida por Escherichia coli viva em ratos. MÉTODOS: Ratos Wistar machos receberam por via endovenosa uma suspensão de E. coli ou foram submetidos ao procedimento cirúrgico do grupo falso-operado. Após três horas da infusão bacteriana os animais foram randomizados em: grupo controle não tratado, grupo tratado com solução de Ringer lactato (4mL/kg i.v.); grupo tratado com solução de Ringer lactato (4 mL/kg i.v.) associado a etil-piruvato (50mg/kg) e grupo tratado com solução salina hipertônica (7,5%, 4 mL/kg i.v.). Após 24 horas da bacteremia, as interações leucócito-endotélio foram investigadas por microscopia intravital, e a expressão de P-selectina e da molécula de adesão intercelular (ICAM)-1 determinada por imuno-histoquímica. Leucograma e contagem de plaquetas foram realizadas no início do estudo, 3 horas e 24 horas após a inoculação de E. coli. RESULTADOS: Os grupos não tratado e tratado com solução de Ringer lactato exibiram um aumento no número de leucócitos rollers (~ 2,5 vezes), leucócitos aderidos (~ 3,0 vezes), e de leucócitos migrados (~ 3,5 vezes) comparados ao grupo falso operado. O tratamento com etil-piruvato reduziu o número de leucócitos rollers, aderidos e migrados aos níveis obtidos no grupo falso operado (p > 0,05). Efeitos semelhantes foram observados nos animais tratados com a solução salina hipertônica (p > 0,05). A expressão de P-selectina e de ICAM-1 aumentou significativamente na microcirculação mesentérica no grupo não tratado, comparado ao grupo falso operado (p < 0,001). Todos os tratamentos reduziram a expressão de ambas moléculas de adesão, sendo os grupos tratados com etil-piruvato e solução salina hipertônica mais eficazes. A infusão de bactérias provocou leucopenia significante, seguida por leucocitose com granulocitose, e concomitante redução progressiva no número de plaquetas. CONCLUSÕES: Os dados apresentados sugerem que o etil-piruvato e a solução salina hipertônica (7,5%) eficientemente reduziram a resposta inflamatória na microcirculação mesentérica no presente modelo experimental de sepse induzida por E. coli viva; associada, pelo menos em parte, a menor expressão de moléculas de P-selectina e ICAM-1 / BACKGROUND: Experimental studies on sepsis have demonstrated that ethyl pyruvate is endowed with antioxidant and anti-inflammatory properties. It has been shown that small volumes of hypertonic saline solution (7.5%) improve hemodynamics, the microcirculation, and modulate the immune system. This study aimed to investigate the effects of ethyl pyruvate, hypertonic saline and lactated Ringer\'s solution on mesenteric microcirculation in a sepsis model induced by live Escherichia coli in rats. METHODS: Male Wistar rats were underwent an intravenous suspension of E. coli bacteria or submitted to the sham procedure. After 3h of bacteria infusion rats were randomized into: control, without treatment; treated with lactated Ringer\'s solution (4 mL/kg, i.v.); treated with lactated Ringer\'s solution (4mL/kg, i.v.) plus ethyl pyruvate (50mg/kg), and treated with hypertonic saline solution (7.5%, 4 mL/kg i.v.). At 24h after bacteria infusion leukocyte-endothelial interactions were investigated by intravital microscopy, and the expression of P-selectin and intercellular adhesion molecule (ICAM)- 1 evaluated by immunohistochemistry. White blood cell and platelet counts were determined at baseline, 3h and 24h after E. coli inoculation. RESULTS: Both non-treated and lactated Ringer\'s-treated groups exhibited an increase in the number of rolling leukocytes (~2.5-fold), adherent (~3.0-fold), and migrated cells (~3.5-fold) compared to sham. Treatment with Ringer\'s ethyl pyruvate solution reduced the number of rolling, adherent and migrated leukocytes to the levels attained in the sham group (p > 0.05). Similar effects were observed when animals were treated with hypertonic saline (p > 0.05). The expression of P-selectin and ICAM-1 significantly increased on mesenteric microvessels in non-treated group compared with sham (p < 0.001). All treatments reduced the expression of both adhesion molecules being ethyl pyruvate and hypertonic saline solution more effective than lactated Ringer\'s solution. Infusion of bacteria caused a significant leucopenia (3h), followed by a leucocytosis with granulocytosis (24h). There was an intense and progressive reduction in the number of platelets. No differences were observed after treatment with the different solutions. CONCLUSIONS: Data presented suggest that ethyl pyruvate and hypertonic saline solution (7.5%) efficiently reduce the inflammatory response at mesenteric microcirculation in an experimental model of sepsis induced by live E. coli associated, at least in part, with a down-regulation of P-selectin and ICAM-1
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Estudo dos efeitos do 17Îbeta-estradiol sobre a microcirculação em modelo de morte encefálica em ratos machos / Effects of 17beta-estradiol in the male rat microcirculation on a sudden brain death modelRoberta Figueiredo Vieira 26 March 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: A morte encefálica (ME) associa-se à instabilidade hemodinâmica, disfunção microvascular e inflamação, comprometendo a viabilidade dos órgãos para o transplante. O hormônio 17beta-estradiol caracteriza-se por seus efeitos protetores vasculares e propriedades antiinflamatórias. OBJETIVO: Neste estudo investigou-se os efeitos do 17beta- estradiol, como modulador da microcirculação, em modelo de indução rápida de morte encefálica em ratos machos. MÉTODOS: Ratos Wistar machos foram submetidos à indução rápida de morte encefálica através da insuflação intracraniana do cateter de Fogarty. Os animais foram randomizados em 3 grupos: ratos falso-operados, apenas trepanados (FO, n=11); ratos submetidos à ME (ME, n=11); ratos tratados com 17beta-estradiol (280 ug/Kg, iv) 60 minutos após a indução da ME (E2, n=11). Os experimentos foram realizados decorridos 180 minutos após a ME. A perfusão e o fluxo sanguíneo na microcirculação mesentérica foram avaliados através das técnicas de microscopia intravital e fluxometria a laser. A expressão gênica relativa da sintase endotelial do óxido nítrico (eNOS) e da endotelina-1, no mesentério e pulmão, foi avaliada por técnica de PCR (polymerase chain reaction) em tempo real. A expressão proteica de eNOS, endotelina-1, P-selectina, molécula de adesão intercelular (ICAM)-1, molécula de adesão vascular (VCAM)-1 e molécula de adesão da plaqueta/célula endotelial (PECAM)-1 foi determinada por técnica de imunohistoquímica. As alterações histopatológicas pulmonares foram analisadas por técnica histomorfométrica. A expressão da sintase induzível do óxido nítrico (iNOS) no pulmão foi determinada por técnica de imunohistoquímica. Citocinas, quimiocinas, corticosterona e 17beta-estradiol foram quantificados por enzima-imunoensaio (ELISA). RESULTADOS: O grupo ME apresentou redução da porcentagem de microvasos perfundidos ( < 30 um) no mesentério comparado ao grupo FO e ao grupo E2, decorridos 180 minutos (p=0,0117), sem alterações no fluxo sanguíneo mesentérico (p=0,3692). Houve aumento na expressão proteica (p < 0,0001) e gênica (p=0,0009) de eNOS no mesentério no grupo E2. Não houve diferenças na expressão proteica e gênica da endotelina-1 entre os grupos. A expressão de ICAM-1 nos microvasos mesentéricos aumentou no grupo ME (p < 0,0001) e a expressão de VCAM-1 foi reduzida no grupo E2 (p=0,0008). Não houve diferenças significativas na expressão de P-selectina entre os grupos (p=0,0675). As análises histopatológicas do pulmão demonstraram aumento do edema (p < 0,0001) e hemorragia (p < 0,0001) no grupo ME comparado aos grupos FO e E2, sem diferenças no número de células inflamatórias (células polimorfonucleares: p=0,4033; células linfomononucleares: p=0,5003). A expressão de iNOS no tecido pulmonar aumentou no grupo ME comparado aos grupos FO e E2 (p < 0,0001). A expressão proteica de eNOS no pulmão diminuiu nos ratos ME e aumentou nos ratos E2 (p=0,0002). A expressão proteica de endotelina-1 no pulmão assim como a expressão gênica pulmonar de eNOS e endotelina-1 não diferiram entre os grupos. Com relação à expressão de moléculas de adesão na microcirculação pulmonar observou-se que os níveis de ICAM-1 não diferiram entre os grupos (p=0,4550); os níveis de VCAM-1 reduziram-se no grupo E2 (p < 0,0001); níveis de PECAM-1 foram reduzidos nos ratos ME (p=0,0037). Observou-se aumento das concentrações séricas de TNF-alfa (p=0,0004) e redução de VEGF sérico (p=0,0380) nos ratos ME. Houve redução das concentrações séricas de CINC-1 (p=0,0020) e aumento de MCP- 1 (p=0,0094) no grupo E2. CONCLUSÃO: O tratamento com o 17beta-estradiol foi efetivo em restaurar a perfusão mesentérica e reduzir a lesão pulmonar associadas à morte encefálica. Sugere-se que o estradiol, como modulador microcirculatório, possa contribuir para a preservação dos órgãos destinados ao transplante / BACKGROUND: Brain death (BD) is associated with hemodynamic instability, microvascular dysfunction and inflammation, which compromise the viability of the organs for transplantation. The hormone 17?-estradiol is known to display vascular protective effects and anti-inflammatory properties. OBJECTIVE: This study aimed to investigate the effects of 17beta-estradiol, as a microcirculatory modulator, in a sudden onset BD model in male rats. METHODS: Male Wistar rats underwent rapid onset BD by inflating a Fogarty catheter in the intracranial space. Rats were randomly divided in three groups: sham-operated rats submitted to trepanation only (SH, n=11); rats submitted to BD (BD, n=11); and rats treated with 17beta-estradiol (E2, 280 ug/kg, iv) 60 min after BD (E2, n=11). Experiments were performed 180 min thereafter. Laser Doppler flowmetry and intravital microscopy were used to evaluate mesenteric microvascular alterations. Gene expression of endothelial nitric oxide synthase (eNOS) and endothelin-1 in the mesentery and lungs were measured by real-time polymerase chain reaction. Protein expression of eNOS, endothelin-1, Pselectin, intercellular adhesion molecule (ICAM)-1, vascular cell adhesion molecule (VCAM)-1, and platelet/endothelial cell adhesion molecule (PECAM)-1 was investigated by immunohistochemistry. Lung histopathological changes were evaluated by histomorphometry and tissue expression of inducible nitric oxide synthase (iNOS) by immunohistochemistry. Cytokines, chemokines, 17beta- estradiol, and corticosterone were measured by enzyme-linked immunosorbent assay. RESULTS: The proportion of mesenteric perfused small vessels ( < 30 um diameter) was reduced in BD rats compared to SH and E2 rats at 180 min (p=0.0117), without changes in mesenteric blood flow (p=0.3692). Protein expression of eNOS was increased in E2 group (p < 0.0001), as well gene expression of eNOS (p=0.0009). There were no differences in protein and gene expression of endothelin-1 between groups. The expression of ICAM-1 on mesenteric vessels was increased in BD group (p < 0.0001) and expression of VCAM-1 was reduced in E2 rats (p=0.0008). There were no differences in the expression of P-selectin between groups (p=0.0675). Lung histopathological analyses showed increased edema (p < 0.0001) and hemorrhage (p < 0.0001) in BD group compared to SH and E2 groups, without differences in the number of inflammatory cells (polymorphonuclear cells: p=0.4033; lymphomononuclear cells: p=0.5003). The expression of iNOS on lung tissue was increased in BD group, compared with SH and E2 groups (p < 0.0001). Lung protein expression of eNOS decreased in BD rats, and increased in E2 rats (p=0.0002). Protein expression of lung endothelin-1 as well as gene expression of lung eNOS and endothelin-1 did not differ among groups. Regarding the expression of adhesion molecules on lung microcirculation, it was observed that ICAM-1 levels did not differ between groups (p=0.4550); levels of VCAM-1 decreased in E2 group (p < 0.0001); PECAM-1 levels were reduced in BD rats (p=0.0037). BD rats showed increased levels of TNF-alpha (p=0.0004), and a reduction in the levels of VEGF (p=0,0380) in the serum. BD-E2 rats exhibited reduced CINC-1 levels (p=0.0020) and increased levels of MCP-1 (p=0,0094) in the serum. CONCLUSION: Data presented showed that 17beta-estradiol treatment was effective in restoring mesenteric perfusion and reducing lung injury in braindead rats. Estradiol, as a microcirculatory modulator, is a promise therapy to improve organs viability to transplant
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Estudo da reserva de perfusão miocárdica pelo ecocardiograma com contraste em tempo real, em indivíduos com hipercolesterolemia grave, antes e após tratamento com inibidores da HMG-CoA redutase / Evaluation of myocardial perfusion reserve in severe hypercholesterolemic patients with real time contrast echocardiography, before and after treatment with HMG-CoA reductase inhibitorsFábio de Cerqueira Lario 02 June 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A hipercolesterolemia provoca alterações inflamatórias no sistema cardiovascular, induzindo disfunção endotelial e mudanças estruturais na microcirculação, com alterações significativas da homeostase vascular, processo este reversível com o tratamento hipolipemiante. Clinicamente, tais fenômenos podem ser demonstrados pela avaliação da reserva de fluxo coronário e da reatividade vascular periférica. A ecocardiografia de perfusão miocárdica em tempo real (EPMTR) possui características que a tornam ideal para a avaliação da microcirculação coronária, como a utilização de contrastes intravasculares, além de ótimas resoluções temporal e espacial. MÉTODOS: 16 pacientes com hipercolesterolemia e sem lesões coronárias obstrutivas (grupo HF) e 10 indivíduos saudáveis, sem doença arterial coronária obstrutiva estabelecida (grupo controle) foram avaliados por EPMTR e por ultrassonografia da artéria braquial em dois momentos: pré-tratamento com atorvastatina no grupo HF (período livre de medicação >6 semanas) e 12 semanas após o primeiro exame. A análise do fluxo miocárdico foi realizada nos 17 segmentos do ventrículo esquerdo obtendo-se índices de volume de sangue relativo no miocárdio (AN), da velocidade do fluxo () e do fluxo miocárdico absoluto (ANx) na condição de repouso e durante a vasodilatação com adenosina. A reserva de fluxo foi definida como a razão entre o fluxo durante vasodilatação e o fluxo do repouso. Para estudo da reatividade vascular periférica, todos os indivíduos foram submetidos à ultrassonografia da artéria braquial, com avaliação dos diâmetros da artéria braquial antes e depois de um período de isquemia de 5 minutos. RESULTADOS: Os dois grupos foram comparáveis quanto à idade, sexo, peso, superfície corpórea, índice de massa corpórea, índice de massa do VE, frequência cardíaca e pressões arteriais sistólica e diastólica, tanto no repouso quanto durante a infusão de adenosina. Os valores evolutivos de LDL-C (mg.dL-1) nos dois momentos foram 106±36 e 107±35; p=NS para o grupo controle vs 278±48 e 172±71; p<0,001 para o grupo HF. Na avaliação inicial, a dilatação braquial estava reduzida nos pacientes do grupo HF 0,08±0,04 vs 0,15±0,02; p<0,001 relativamente ao grupo controle, com aumento do diâmetro arterial basal (mm): 3,42±0,63 vs 3,07±0,53; p<0,001. O grupo HF, quando comparado ao grupo controle na avaliação inicial, apresentava valores mais altos de AN: (dB) 0,56±0,08 vs 0,49±0,05; p=0,02, de (s-1) 0,56±0,14 vs 0,45±0,04; p=0,02 e ANx: (dB.dB-1 s-1) 0,28±0,06 vs 0,20±0,02; p<0,001, maiores valores de AN: durante infusão de adenosina 0,64±0,08 vs 0,57±0,06; p=0,001 e menores reservas de : 2,59±0,61 vs 3,25±0,45; p=0,001 e de ANx: 2,78±0,71 vs 3,43±0,66; p=0,03. Após o uso de atorvastatina, as alterações foram revertidas, tanto na circulação periférica quanto na coronária. CONCLUSÕES: A EPMTR monstrou que em indivíduos com hipercolesterolemia e sem doença coronária obstrutiva existe aumento do fluxo microvascular em repouso e redução da reserva de fluxo miocárdico. Após o tratamento com atorvastatina houve normalização do fluxo em repouso. Adicionalmente, alterações similares ocorreram na circulação periférica dos indivíduos hipercolesterolêmicos, revertidas por utilização da atorvastatina. / BACKGROUND: Hypercholesterolemia induces inflammatory changes on the cardiovascular system, causing endothelial dysfunction and structural alterations of microcirculation, with substantial imbalance of vascular homeostasis. Reduction of blood cholesterol levels can stop these processes. These circulation alterations can be demonstrated by coronary flow reserve and peripheral vascular reactivity evaluation. Real time myocardial perfusion echocardiography (EPMTR) is an excellent method to demonstrate coronary microcirculation alterations, as ultrasound contrast agent has rheological properties close to red cells. Additionally, EPMTR has optimal spatial and temporal resolutions. METHODS: 16 patients with hypercholesterolemia (group-HF) without overt obstructive coronary disease and 10 healthy volunteers (group-C) were evaluated by EPMTR and vascular ultrasound in 2 moments: before atorvastatin treatment (group-HF, >6 weeks free of statin) and 12 weeks after beginning medication (group-HF), or 12 weeks after the first evaluation (group-C). For myocardial blood flow evaluation, the left ventricle was divided into 17 segments, and indexes of myocardial blood volume (AN), blood flow velocity (), and myocardial blood flow (ANx) were obtained for each myocardial segment at rest condition and after adenosine infusion. Myocardial flow reserve was calculated as the hyperemic to rest values of AN, e ANx. Peripheral vascular reactivity was evaluated by vascular ultrasound. Measures of braquial artery diameter were obtained before and after 5 minutes of arterial flow occlusion. RESULTS: Both groups were comparable for age, sex, body weight, body surface area, body mass index, left ventricular mass index, heart rate, and systolic and diastolic arterial blood pressure. These variables were also comparable, under basal or adenosine stress conditions. LDL-C values (mg.dL-1) in different moments (intra-group) were 106±36 and 107±35; p=NS for group-C vs 278±48 and 172±71; p<0,001 for group-HF. Group-HF as compared to group-C had higher initial resting values of AN (dB): 0,56±0,08 vs 0,49±0,05; p=0,02, (s-1): 0,56±0,14 vs 0,45±0,04; p=0,02, and ANx (dBdB-1s-1): 0,28±0,06 vs 0,20±0,02; p<0,001, and higher hyperemic value of AN 0,64±0,08 vs 0,57±0,06; p=0,04, and lesser reserves of 2,59±0,61 vs 3,25±0,45; p=0,01 and of ANx: 2,78±0,71 vs 3,43±0,66; p=0,03. After atorvastatin treatment no difference was observed at rest, hyperemic and reserve values of AN, and ANx between the groups. CONCLUSION: In patients with hypercholesterolemia and without coronary obstruction, there was augmented myocardial blood flow and reduced coronary flow reserve at rest, compared to healthy volunteers. After atorvastatin treatment at rest myocardial blood flow was normalized in those patients. Additionally, similar alterations in peripheral circulation could be demonstrated in hypercholesterolemia, and were reverted with atorvastatin.
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Uso terapêutico de ultrassom e microbolhas na recanalização de infarto agudo do miocárdio / Therapeutic use of ultrasound and microbubbles in the recanalizatizon of acute myocardial infarctionTavares, Bruno Garcia 22 May 2019 (has links)
Introdução: Estudos pré-clínicos demonstraram que impulsos de alto índice mecânico (IM) de um transdutor de ultrassom diagnóstico durante uma infusão intravenosa de microbolhas (sonotrombólise) podem restaurar o fluxo epicárdico e microvascular no infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Objetivo: Testamos a eficácia clínica da sonotrombólise em pacientes com IAMCSST medindo a taxa de recanalização coronariana precoce, tamanho do infarto do miocárdio por ressonância magnética e ecocardiograma e a evolução do defeito de perfusão e função ventricular esquerda à chegada, após a intervenção coronária percutânea (ICP), 72h a 96h e em um e seis meses de acompanhamento. Métodos: Pacientes com seu primeiro IAMCSST foram prospectivamente randomizados para receberem impulsos de alto IM guiados por ultrassom diagnóstico (grupo terapia) durante a infusão intravenosa de um agente de ultrassom antes e após a ICP ou para um grupo controle que recebeu apenas ICP (n = 50 em cada grupo). Um grupo de referência (n = 203) que chegou fora da janela de randomização também foi analisado. Recanalização angiográfica prévia à ICP, tamanho do infarto (TI) por ressonância magnética e alteração no defeito de perfusão e função sistólica pela ecocardiografia à chegada, após-ICP, 72h a 96h, em um e seis meses foram comparados. Resultados: A média de idade dos pacientes randomizados foi de 59 anos e não houve diferença de sexo, presença de diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia entre os grupos estudados. Os tempos porta-balão não foram diferentes entre os grupos analisados (78 ± 32 minutos para o grupo controle versus 77 ± 26 minutos para o grupo terapia, p = 0,42), mas foram mais longos no grupo de referência (96 ± 49 minutos, p < 0,001 comparado aos grupos controle e terapia). A recanalização angiográfica foi de 48% no grupo terapia versus 20% no grupo controle e 21% no grupos de referência (p < 0,001). O TI foi reduzido (29 ± 22 gramas do grupo terapia versus 40 ± 20 gramas do grupo controle, p = 0,026). Da mesma forma, as taxas de fluxo TIMI 3 pré-ICP foram maiores no grupo terapia (32% versus 14% no grupo controle e 16% no grupo de referência, p = 0,02). Após a ICP, fluxo TIMI 3 foi observado no vaso culpado em 37/50 (74%) pacientes no grupo terapia e 30/50 (60%) pacientes do grupo controle. A fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) não foi diferente entre os grupos antes do tratamento (44 ± 11% no grupo terapia versus 43 ± 10% no grupo controle, p = 0,39), mas aumentou imediatamente após a ICP no grupo terapia (p = 0,03) e permaneceu maior aos seis meses (p = 0,015). A correlação entre as medidas do tamanho do infarto (TI) em gramas por ressonância magnética e ecocardiografia com contraste, utilizando o coeficiente de correlação intraclasses foi de 0,672 (p < 0,001). Não houve diferença significativa na % de área acometida pelo infarto pelo ecocardiograma realizado pré-ICP, pós-ICP e durante a internação com 72h a 96h de evolução, mas no seguimento de 1 mês houve consolidação de maior redução da % de área infartada no grupo terapia 20,67 ± 8,99 a 11,87 ± 7,49 quando comparado ao grupo controle 19,16 ± 10,08 a 17,02 ± 10,02 (p = 0,016), mostrando uma diferença comportamental durante as avaliações temporais, com uma maior diminuição no tamanho do infarto no grupo terapia (p < 0,001). Ao comparar a porcentagem média de áreas infartadas naqueles pacientes com artérias coronárias obstruídas na primeira angiografia, houve um menor comprometimento microvascular naqueles do grupo terapia 12,99 ± 6,53 versus 18,87 ± 9,93 do grupo controle (p = 0,015 ). Ainda assim, como consequência das melhorias observadas na % do tamanho do infarto, notamos uma melhora progressiva na fração de ejeção nos pacientes do grupo terapia: 44,0% ± 11,0% para 53,0% ± 10% versus 43 % ± 10% para 48,0% ± 11,0% no grupo controles (p = 0,048) da chegada aos 6 meses de acompanhamento. Conclusões: A sonotrombólise adicionada à ICP melhora as taxas de recanalização e reduz o tamanho do infarto, resultando em melhorias sustentadas na perfusão miocárdica e na função sistólica após o IAMCSST / Background: Pre-clinical studies have demonstrated that high mechanical index (MI) impulses from a diagnostic ultrasound transducer during an intravenous microbubble infusion (sonothrombolysis) can restore epicardial and microvascular flow in acute ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI). Objective: We tested the clinical effectiveness of sonothrombolysis in patients with STEMI by measuring early coronary recanalization rate, size of myocardial infarction by MRI and echocardiography and the evolution of the perfusion defect and left ventricular function at arrival, after PCI, 72h to 96h and at one- and six-months follow-up. Methods: Patients with their first STEMI were prospectively randomized to either diagnostic ultrasound-guided high MI impulses (therapy group) during an intravenous ultrasound agent infusion prior to, and following emergent percutaneous coronary intervention (PCI), or to a control group that received PCI only (n = 50 in each group). A reference group (n = 203) who arrived outside the randomization window was also analyzed. Angiographic recanalization prior to PCI, infarct size (IS) by magnetic resonance imaging, and change in perfusion defect and systolic function by echocardiography at arrival, post PCI, 72h to 96h, one and six months were compared. Results: The mean age of the randomized patients was 59 years and there was no difference in gender, presence of diabetes, arterial hypertension and dyslipidemia between the groups studied. Door to balloon times were not different between groups (78 ± 32 minutes for control versus 77 ± 26 minutes for therapy groups, p = 0.42), but were longer in the reference group (96 ± 49 minutes, p < 0.001 compared to control and therapy groups). Angiographic recanalization was 48% in therapy group versus 20% in control group and 21% in the reference group (p < 0.001). IS was reduced (29 ± 22 grams in therapy group versus 40 ± 20 grams in control group, p = 0.026). Likewise, pre-PCI TIMI 3 flow rates were higher in the therapy group (32% versus 14% in control group and 16% in the reference group, p = 0.02). After PCI, the TIMI 3 flow was observed in the culprit vessel in 37/50 (74%) patients in therapy group and 30/50 (60%) in patients in the control group. Left ventricular ejection fraction (LVEF) was not different between groups before treatment (44 ± 11% in therapy group versus 43 ± 10% in control group, p = 0.39), but increased immediately after PCI in the therapy group (p = 0.03) and remained higher at six months (p = 0.015). The correlation between the measurements of infarct size (IS) in grams by magnetic resonance and contrast echocardiography, using the intra-class correlation coefficient was 0.672 (p < 0.001). There was no significant difference in the % area affected by the infarction on echocardiography performed pre-PCI, post-PCI and during hospital stay with 72h to 96h of evolution, but in the follow-up of 1 month there was a consolidation of greater reduction of the % infarcted area in the therapy group 20.67 ± 8.99 to 11.87 ± 7.49 when compared to control group 19.16 ± 10.08 to 17.02 ± 10.02 (p = 0.016), showing a behavioral difference during the temporal evaluations, with a greater decrease in infarct size in the therapy group (p < 0.001). When comparing the mean % of infarcted areas in those patients with occluded coronary arteries at the first angiography, there was a lower microvascular impairment in those in the therapy group 12.99 ± 6.53 versus 18.87 ± 9,93 in control group (p = 0.015). Still, as a consequence of the improvements observed in the % of infarct size, we noticed a progressive improvement in the ejection fraction in patients in the therapy group 44.0% ± 11.0% to 53.0% ± 10% versus 43% ± 10% to 48.0% ± 11,0% in the control group (p = 0.048) from arrival to 6-month follow-up. Conclusions: Sonothrombolysis added to PCI improves recanalization rates and reduces infarct size, resulting in sustained improvements in myocardial perfusion and systolic function after STEMI
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"Ação do laser vermelho de baixa potência na viabilidade de retalhos cutâneos randômicos em ratos" / The effects of diode red laser 670 nm in skin flap survivalBaldan, Cristiano 18 July 2005 (has links)
Introdução: este estudo avaliou o efeito do laser vermelho de baixa potência na viabilidade de retalhos cutâneos randômicos em ratos. Métodos: 40 ratos Wistar foram divididos em 4 grupos, aleatoriamente, onde 1 grupo foi utilizado como controle (G1) e os demais foram irradiados com laser de 670 nm, com 2,14 (G2), 5,36 (G3) e 20,36 J/cm2 (G4), respectivamente. Resultados: o G1 apresentou 49,35% da área do retalho necrosada, G2 39,14%, G3 47,01% e G4 29,17%. À análise estatística obtivemos diferença significativa apenas quando comparamos G4 com o G1 (p < 0,001). Conclusão: o LBP vermelho (20,36 J/cm2) é capaz de incrementar a viabilidade dos retalhos cutâneos randômicos em ratos / Introduction: This study assessed the effects of different LLLT doses on randomic skin flap rats. Methodology: 40 wistar rats were divided in four groups. The control group (CG) was not irradiated. The experimental groups were irradiated with different fluency: group 2 (G2) with 2,14 J/cm²; group 3 (G3) 5,36 J/cm² and group 4 (G4) 20,36 J/cm². The necrosis area was evaluated in the seventh postoperative day. Results: The CG shows 49,35% of necrosis area in the skin flap; G2, 39,14%; G3, 47,01% and G4, 29,17% respectively. There was a significantly difference when G4 was compared with CG`s skin flap necrosis area. Conclusion: Red LLLT with increases the survival in randomic skin flap rats
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Efeito da terapia farmacológica anti-hipertensiva sobre densidade capilar e função endotelial microcirculatória / Effect of pharmacological antihypertensive therapy on capillary density and microvascular endothelial functionSergio Emanuel Kaiser 17 April 2012 (has links)
Hipertensos têm rarefação capilar e disfunção endotelial microcirculatória, tornando-se mais vulneráveis a lesões em órgãos-alvo. O estudo buscou avaliar o efeito de seis meses de tratamento farmacológico sobre densidade capilar e reatividade microvascular a estímulos fisiológicos e farmacológicos em hipertensos de baixo risco cardiovascular. Secundariamente testou-se a existência de diversidade nas respostas a diferentes estratégias anti-hipertensivas. Foram recrutados 44 pacientes, com 46,71,3 anos e 20 normotensos com 48,01,6 anos. Avaliaram-se dados antropométricos e laboratoriais e dosaram-se no soro o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF), receptor Flt-1 para VEGF e óxido nítrico (NO). A contagem capilar foi por microscopia intravital, captando-se imagens da microcirculação no dorso da falange do dedo médio e contando os capilares com programa específico. Repetia-se o procedimento após hiperemia reativa pós-oclusiva (HRPO) para avaliar o recrutamento capilar. A reatividade vascular foi testada por fluxometria Laser Doppler, iontoforese de acetilcolina (Ach), HRPO e hiperemia térmica local (HTL). Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para dois grupos de tratamento: succinato de metoprolol titulado a 100 mg diários ou olmesartana medoxomila titulada a 40 mg diários, empregando-se, se necessário, a hidroclorotiazida. Os controles seguiram o mesmo protocolo inicial e após seis meses todos os testes foram repetidos nos hipertensos. As variáveis clínicas e laboratoriais basais eram semelhantes em comparação aos controles e entre os dois grupos de tratamento. Após seis meses, havia pequenas diferenças entre os grupos na relação cintura-quadril e HDL. A densidade capilar antes do tratamento era significativamente menor que no grupo controle (71,31,5 vs 80,61,8 cap/mm2 p<0,001 e HRPO 71,71,5 vs 79,52,6 cap/mm2 p<0,05) e, com o tratamento, aumentou para 75,41,1 cap/mm2 (p<0,01) no estado basal e para 76,81,1 cap/mm2 à HRPO (p<0,05). À reatividade vascular, a condutância vascular cutânea (CVC) em unidades de perfusão (UP)/mmHg era similar à HTL nos controles e hipertensos e aumentou com o tratamento nos dois subgrupos (metoprolol:1,730,2 a 1,900,2 p<0,001 e olmesartana:1,490,1 a 1,870,1 p<0,001). A CVC máxima à HRPO era menor nos hipertensos: 0,30(0,22-0,39) que nos controles: 0,39(0,31-0,49) com p<0,001. Após tratamento, aumentou para 0,41(0,29-0,51) com p<0,001. O aumento foi significativo apenas no grupo olmesartana (0,290,02 a 0,420,04 p<0,001). A diferença entre o tempo para atingir o fluxo máximo à HRPO aumentou no grupo metoprolol após tratamento 3,0 (-0,3 a 8,8) segundos versus olmesartana 0,4 (-2,1 a 2,4) segundos p<0,001. À iontoforese, a área sob a curva de fluxo (AUC) era similar nos grupos e aumentou com o tratamento, de 6087(3857-9137) para 7296(5577-10921) UP/s p=0,04. O VEGF e receptor não diferiam dos controles nem sofreram variações. A concentração de NO era maior nos hipertensos que nos controles: 64,9 (46,8-117,6) vs 50,7 (42-57,5) M/dl p=0,02 e não variou com tratamento. Em conclusão, hipertensos de baixo risco têm menor densidade e menor recrutamento capilar e ambos aumentam com tratamento. Apresentam também disfunção endotelial microcirculatória que melhora com a terapia. / Capillary rarefaction and microcirculatory endothelial dysfunction are hallmarks of hypertension, rendering patients vulnerable to target organ lesions. The study aimed at assessing the effect of a six-month treatment period upon capillary density and microvascular reactivity to physiological and pharmacological stimuli. In addition, two different treatment strategies were tested for possible differences between effects upon those variables. A total of 44 patients were recruited, mean age 46.71.3 years and 20 normotensive individuals served as controls, mean age 48.01.6 years. Anthropometrical and laboratory data were collected, as well as plasma levels of vascular endothelial growth factor (VEGF), its receptor Flt-1 and nitric oxide (NO). Capillary density was obtained by intra-vital microscopy of the dorsum of the middle phalanx before and after post-occlusive reactive hyperemia (PORH). Capillary loops were counted by a semi-automated software. Microvascular reactivity was tested by laser Doppler flowmetry (LDF), and the challenges consisted of acetylcholine iontophoresis, local thermal hyperemia (LTH) and PORH. Patients were randomly allocated to either one of two treatment arms: metoprolol succinate uptitrated to 100 mg daily or olmesartan medoxomil uptitrated to 40 mg daily, with addition of hydrochlorothiazide if necessary. Controls underwent the same initial protocol and all tests were repeated in patients after six months. Baseline clinical and laboratory parameters were similar between patients and controls and between the two treatment groups. After six months there were slight, although significant, differences between the two groups in waist/hip ratio and HDL-cholesterol. In the whole cohort, pretreatment capillary density was significantly reduced compared to controls (71.31.5 vs 80.61.8 cap/mm2 p<0.001 and PORH 71.71.5 vs 79.52.6 cap/mm2 p<0.05). After treatment it increased to 75.41.1 cap/mm2 (p<0.01) at rest and 76.81,1 cap/mm2 during PORH. During LTH, cutaneous vascular conductance (CVC) in perfusion units (PU)/ mmHg was similar in patients and controls and increased significantly in both subgroups (metoprolol: from 1.730.2 to 1.900.2 p<0,001 and olmesartan: from 1.490.1 to 1.870.1 p<0.001). Maximal CVC during PORH was reduced in hypertensive patients: 0.30 (0.22-0.39) compared to controls: 0.39(0.31-0.49) with p<0.001. After therapy it increased to 0.41(0.29-0.51) with p<0.001. The change was significant only for the olmesartan subgroup (from 0.290.02 to 0.420.04 p<0.001). After treatment, the difference in time spent to reach peak flow during PORH inreased significantly in patients taking metoprolol but not in those taking olmesartan: -3.0 (-8.8 to 0.2) and 0.4 (-2.1 to 2.4) seconds after vs before, respectively p<0,001. Area under the Ach iontophoresis flow curve (AUC) was similar in controls and hypertensive patients, and increased after treatment, from 6087 (3857-9137) to 7296 (5577-10921) PU/s p=0.04. VEGF and Flt-1 receptor were similar among all groups and did not change with treatment. NO levels were higher in hypertensive individuals than in controls: 64.9 (46.8-117.6) vs 50.7 (42.0-57.5) M/dl p=0.02 and did not change with treatment. In conclusion, low-risk hypertensive patients show reduced capillary density/recruitment, and endothelial microvascular dysfunction. Both improve with treatment
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Avaliação da função endotelial em mulheres jovens portadoras da síndrome dos ovários policísticos / Avaliação da função endotelial em mulheres jovens portadoras da síndrome dos ovários policísticos / Assessment of endothelial function in young women with the polycystic ovary syndrome / Assessment of endothelial function in young women with the polycystic ovary syndromeViviane Christina de Oliveira 17 October 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A síndrome dos ovários policísticos é uma desordem frequente e complexa, com grande variabilidade fenotípica, predominando os sinais de disfunção ovariana. Alterações metabólicas, inflamatórias e vasculares vinculadas à resistência à insulina são muito prevalentes nessa desordem podendo manifestar-se precocemente. O objetivo principal deste estudo foi investigar a presença de alterações microvasculares em mulheres jovens e não obesas portadoras da síndrome dos ovários policísticos, através de videocapilaroscopia periungueal e dosagem dos níveis séricos de endotelina-1. O objetivo secundário foi verificar a existência de associações entre os achados vasculares, níveis séricos de androgênios, parâmetros clínicos, bioquímicos, metabólicos e inflamatórios relacionados ao risco cardiovascular. Em estudo observacional, transverso e controlado avaliamos 12 mulheres com diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos, segundo os critérios estabelecidos pelo consenso de Rotterdam e nove voluntárias saudáveis. A idade (22,82,3 X 24,62,7), o índice de massa corporal (22,53,4 X 23,73,1) e a circunferência da cintura (7510,1 X 77,38,1) foram semelhantes nos dois grupos. As portadoras da síndrome apresentavam hiperandrogenismo clínico. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos quando analisados os níveis séricos de estradiol, testosterona total, androstenediona ou o índice de testosterona livre, entretanto a SHBG mostrou-se significativamente mais baixa no grupo de estudo (p=0,011). A glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR e o perfil lipídico foram normais e sem diferença entre os grupos. A amostra com síndrome dos ovários policísticos não apresentava intolerância à glicose ou Diabetes Mellitus pelo teste oral de tolerância à glicose. Os níveis séricos dos marcadores inflamatórios (leucócitos, ácido úrico, adiponectina, leptina e proteína c reativa) e do marcador de função endotelial avaliado também foram similares nos dois grupos. A velocidade de deslocamento das hemácias no basal e após oclusão foram significativamente menores nas pacientes de estudo (p=0,02), mas o tempo para atingir a VDHmax e os parâmetros relativos à morfologia e densidade capilar foram semelhantes. Não observamos correlação entre a velocidade de deslocamento das hemácias e níveis plasmáticos de endotelina-1, androgênios ou parâmetros de resistência insulínica. A velocidade de deslocamento das hemácias associou-se positivamente aos níveis plasmáticos de estradiol (r= 0,45, p<0,05) e negativamente aos de colesterol total e LDL colesterol (r= -0,52, p<0,05; r=-0,47, p<0,05, respectivamente). Em conclusão nossos resultados fornecem evidência adicional de dano precoce à função microvascular em mulheres portadoras de síndrome dos ovários policísticos. Através da capilaroscopia periungueal dinâmica, demonstramos que mulheres jovens com moderado hiperandrogenismo, sem obesidade, RI, hipertensão ou dislipidemia, já apresentam disfunção microvascular nutritiva, caracterizada por redução na velocidade de fluxo das hemácias no basal e após oclusão. Estes achados micro-circulatórios não foram acompanhados de elevações nos níveis plasmáticos de endotelina-1. / Polycystic ovary syndrome is a frequent and complex disorder, showing a great phenotypic variability, with predominance of signs of ovarian dysfunction and, more particularly, of hyperandrogenism and oligo-anovulatory cycles. This disorder shows a high prevalence of insulin resistance -related metabolic, inflammatory and vascular alterations, which may present at early stages. The main purpose of this study was to investigate the presence of microvascular alterations in young and non-obese women with polycystic ovary syndrome through periungueal videolaparoscopy and dosage of endothelin-1 serum levels. The secondary purpose was to verify further associations between vascular findings, serum androgen levels, and clinical, biochemical, metabolic and inflammatory parameters related to cardiovascular risk. We conducted an observational, transversal and controlled study to evaluate 12 women who, according to Rotterdam criteria, were diagnosed with polycystic ovary syndrome, and also nine healthy volunteers. Our selective process excluded from both groups women with smoking habits, as well as those who had made use of oral contraceptive, metformin or antilipemic drugs within three months prior to the beginning of the study. The age range (22,82,3 X 24,62,7), body mass index (22,53,4 X 23,73,1), and waist circumference (7510,1 X 77,38,1) were similar in both groups. Our patients with polycystic ovary syndrome presented clinical hyperandrogenism. Analysis of serum estradiol, total testosterone, androstenedione levels or testosterone free index disclosed no significant differences between the groups, although SHBG appeared to be expressively lower in the studied group (p=0.003). Fasting blood glucose test, insulin level, HOMA-IR and lipid profile showed normal results, and without difference between the groups. As disclosed by the oral glucose tolerance test, the group with PCOS did not present tolerance to either glucose or diabetes mellitus. When evaluated, the serum levels of inflammatory markers (leukocytes, uric acid, adinopectin, leptin and c-reactive protein) and of endothelial function marker (endothelin-1) were also similar in both groups. The red blood cell velocity at baseline and peak were significantly lower in patients with PCOS (p=0.02), although the timeframe to reach blood cell velocity at baseline and peak and the parameters referring to morphology and capillary density were similar between the groups. No association was observed between the speed of movement of red blood cells and plasma levels of endothelin-1, androgens or insulin resistance parameters. The velocity of movement of red blood cells was positively related to estradiol plasma levels (rho= 0.45, p<0.05) and negatively to the levels of total cholesterol and LDL cholesterol (rho= -0.52, p<0.05; rho=-0.47, p<0.05 respectively). Taken together, our results provide an additional evidence of early lesion to microvascular function in women with polycystic ovary syndrome. By using a simple procedure, namely the dynamic nailfoldvideocapillaroscopy, we demonstrated that young women with mild hyperandrogenism, who do not present obesity, insulin resistance, high blood pressure or dyslipidemia, already show a nutritional microvascular dysfunction, characterized by a reduced speed of red blood cells flow at basal level and after occlusion. Such microcirculatory findings were not accompanied by an increase of endothelin-1 plasma levels.
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A microcirculação da bolsa da bochecha do hamster sob a influência do diabetes mellitus experimental induzido por estreptozotocina: aspectos morfofuncionais / Microcirculation of hamster cheek pouch under the influence of exerimental diabetes mellitus induced by streptozocin morpho-functional aspectsJemima Fuentes Ribeiro da Silva 28 May 2009 (has links)
O Diabetes Mellitus é uma doença metabólica crônica com múltiplos fatores etiológicos (genético, viral e imunológico) que condiciona deficiência absoluta ou relativa de insulina,
causando persistência de níveis elevados de glicose no sangue. Atualmente, o Diabetes Mellitus é considerado um importante problema de saúde devido a sua prevalência e alta
morbimortalidade. Sua importância clínica resulta essencialmente de suas graves complicações, especialmente as microvasculares. A hiperglicemia crônica ou intermitente tem sido identificada como o fator indutor de lesão endotelial, sendo este, o agente desencadeante das complicações microvasculares. As células endoteliais, por serem influenciadas pela força hemodinâmica local, respondem com a transdução de sinais (mecanotransdução), as quais
podem ser responsáveis pelo início de processos patológicos na parede dos vasos. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar a microcirculação da bolsa da bochecha do hamster
sob a influência do Diabetes Mellitus tipo 1 experimental induzido por estreptozotocina, avaliando seus aspectos morfofuncionais aos 6 e 15 dias de evolução da doença. As
características morfológicas de arteríolas e vênulas foram estimadas por medidas do diâmetro do lúmen e da espessura da parede; pela densidade de volume e de área destes vasos na bolsa da bochecha; pela análise imunohistoquímica da expressão de actina, talina, alfa-actina de músculo liso, vimentina, laminina e colágeno IV através da microscopia de luz com a utilização um sistema semiquantitativo baseado em uma escala de intensidade de imunomarcação; e por microscopia eletrônica de transmissão. Também foi avaliado o
relaxamento dependente do endotélio, medido pela variação do diâmetro do lúmen antes e após a aplicação de acetilcolina e a permeabilidade de vênulas pós-capilares à histamina,
determinada pelo número de pontos de extravasamento plasmático. Nossos resultados mostraram que arteríolas e vênulas não apresentaram diferenças entre os grupos para o
espessamento da parede, diâmetro luminal, densidade por área e de volume. A permeabilidade vascular, após 2 minutos da administração de histamina, foi diminuída significativamente nos grupos diabéticos, entretanto este achado não foi observado após 5 minutos da administração, o mesmo ocorrendo com a reatividade vascular. A expressão de actina, talina, laminina e vimentina esteve aumentada em arteríolas do grupo diabético com 6 dias de evolução da doença, sendo esta alteração persistente no grupo diabético de 15 dias de evolução para a laminina e a vimentina. Na microscopia eletrônica, partículas de ouro coloidal conjugadas a
talina e a laminina se distribuíram no citoplasma e ao longo da superfície basal das células endoteliais. Na membrana basal, a laminina mostrou-se formando aglomerados. Essas
evidências sugerem que aos 6 dias de evolução do diabetes as proteínas relacionadas a adesão com a matriz extracelular sofrem alteração possivelmente em resposta a mudanças na força hemodinâmica local promovida pela nova condição fisiológica induzida pela hiperglicemia. / Diabetes Mellitus is a chronic metabolic disease with multiple etiologic factors (genetic, viral and immunological) that results in absolute or relative insulin deficiency, causing persistent elevated blood glucose levels. Nowadays, Diabetes Mellitus is considered as an important health concern due to its increasing prevalence and high morbimortality. Its clinical
importance comes from the complications, especially microvascular. Chronic or transitory hyperglycemia has been identified as endothelial harm inductor factor, being this the first outcome of microvascular complications. Endothelial cells, under local hemodynamic strength, produce signal transduction (mechanotransduction), which can be responsible for the beginning of pathological events in vessels wall. In this regard, the objective of this study was
to analyze hamster cheek pouch microcirculation under the influence of type 1 diabetes mellitus induced by streptozotocin, evaluating its morpho-functional aspects at 6 and 15 days of diseases evolution. Morphological characteristics of arterioles and venules were estimated
by the measurement of lumen diameter and wall thickness; the volume density and area of these vessels from cheek pouch; immunohistochemistry of the expression of actin, talin,
smooth muscle alpha-actin, vimentin, laminin and type IV collagen through light microscopy with the utilization of a semi-quantitative score system based on the intensity of the
immunostaining; and transmission electron microscopy. It was also evaluated the endothelium dependent relaxation, measured by the variation of lumen diameter before and after
acetylcholine administration and post-capillary venules permeability to histamine, determined by number of points of plasma extravasation. Our results reveal that arterioles and venules do not show differences between the groups concerning wall thickness, luminal diameter, density per area and volume density. Vascular permeability, after 2 minutes of histamine administration, was reduced significantly in diabetic groups. However, this finding was not observed after 5 minutes of administration, the same occurring with vascular reactivity. The expression of actin, talin, laminin and vimentin was higher in arterioles of diabetic group with 6 days of evolution, being this alteration persistent in diabetic group at 15 days of evolution for laminin and vimentin. In electron microscopy, colloidal gold particles conjugated with
talin and laminin were distributed at cytoplasm and basal surface of endothelial cells. In basement membrane, the laminin was forming clusters. These evidences suggest that at 6 days of diabetes course the proteins related to extracellular matrix adhesion were altered possibly due to changes in local hemodynamic forces caused by the new physiologic condition induced by hyperglycemia.
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Estudo da microcirculação na hanseníase virchowiana com o uso da microscopia de luz ortogonal polarizada e com laser-doppler fluxometria / Microcirculation's research in leprosy with orthogonal polarization special imaging and laser dopplerCurt Mafra Treu 31 March 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A hanseníase é uma doença infecciosa com características únicas, dentre elas o fato de atingir intensamente a inervação da pele e seus anexos. Entremeando estes anexos, está a microcirculação cutânea, que a principio também tem sua inervação comprometida. Vários artigos apontam para alterações de disautonomia microcirculatória, citando como exemplo as alterações no reflexo vasomotor. O presente estudo se propõe a avaliar a microcirculação cutânea na hanseníase virchowiana, tanto em sua morfologia quanto em sua reatividade vascular. Para isto, utilizamos a tecnologia de luz ortogonal polarizada através do equipamento Cytoscan, a analise de Fourier do sinal do laser Doppler para estudo da vasomotricidade e o laser Doppler fluxometria associado à iontoforese de substâncias vasoativas (acetilcolina, nitroprussiato de sódio e noradrenalina) para avaliação da reatividade vascular. Dez pacientes portadores de hanseníase virchowiana sem outras comorbidades que pudessem alterar os parâmetros microcirculatórios, foram avaliados pelos métodos descritos e seus resultados foram comparados aos de dez controles sem hanseníase ou qualquer outra comorbidade. Em relação à vasomotricidade não foram observadas alterações estatisticamente significativas entre os grupos, o que fala a favor da teoria de origem miogênica para a vasomotricidade. Em relação à iontoforese de substâncias vasoativas constatou-se uma diminuição da resposta vasodilatadora à acetilcolina e ao nitroprussiato nos pacientes com hanseníase. Os exames com o Cytoscan mostraram aumento no tamanho dos capilares, bem como alterações em sua morfologia. Os resultados apresentados sugerem que, provavelmente devido ao longo período de alteração inervatória decorrente da hanseníase virchowiana, estes pacientes apresentam uma alteração significativa tanto morfológica quanto na reatividade vascular da microcirculação cutânea. / Leprosy is an infectious disease with unique characteristics. One of them is the fact that it compromises not only the cutaneous and adnexial innervation, but also the innervation of the cutaneous microcirculation. Several articles indicate the impact of disautonomy on the microcirculatory level, citing the example of changes in vasomotor level. The present study proposes to evaluate morphology and microvascular reactivity of the cutaneous microcirculation of the virchowian leprosy. Methods employed in the study were: the Cytoscan, which uses the orthogonal polarized light, the Fourier analysis of the laser Doppler signal to study vasomotion, and the laser Doppler flowmetry associated with iontophoresis of vasoactive substances (acetylcholine, sodium nitroprusside and norepinephrin). Ten patients with virchowian leprosy, without any other comorbidity that could modify the microvascular parameters were evaluated and their results were compared to ten controls without leprosy or any other comorbidity. Regarding the vasomotion, no statistical significant differences were noticed between the groups. Our data are in agreement with the vasomotions miogenic origin theory. According to iontophoresis of vasoactive substances, it was found that there is a reduced endothelial-dependent and endothelial-independent vasodilation in patients with leprosy while tests by direct visualization we observed an increase in the size of capillaries, as well as changes in their morphology. The results suggest that the significant changes in morphology and vascular reactivity of skin microcirculation are probably due to the long period of innervatory changes arising from leprosy.
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