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Efeitos do treinamento físico na hipertensão e na atrofia muscular em ratos tratados com dexametasonaHerrera, Naiara Araújo 29 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-29 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Dexamethasone (DEX) is widely used due to its potent anti-inflammatory effect,
although its chronic use may cause unwanted effects, including arterial hypertension (H)
and muscle atrophy. The mechanisms responsible for these effects remain unclear.
Nervous system, microcirculation and oxidative stress may be involved in H. In
addition, oxidative stress may also be responsible for muscle atrophy. On the other
hand, exercise training (T) its recommended for H treatment and it is an oxidative stress
modulator. The aim of this study was to investigate if DEX-induced H is associated
with changes in the autonomic nervous system, microcirculation and oxidative stress.
Moreover, it evaluated if arterial pressure (AP) reduction induced by T is associated
with a better balance of these mechanisms. Still, it investigated if muscle atrophy was
also involved with oxidative stress and if T could improve this response. Rats were
submitted to T for 8 weeks or kept sedentary and then treated or not with DEX
(50μg/kg/day for 14 days), composing four groups: sedentary control (SC), sedentary
DEX (SD), trained control (TC) and trained DEX (TD). Body weight (BW), basal AP,
autonomic balance to the heart and sympathetic nerve activity to the vessels were
analyzed. Aorta was collected for evaluation of oxidative stress and tibialis anterior
(TA) and soleus (SOL) muscles were collected for microcirculation histological
analysis and for gene and protein evaluations of gp91phox, p47phox, SOD-1, SOD-2
and CAT. DEX decreased BW (-29.1g), increased AP (+12.1%), TA muscle atrophy (-
8.2%), increased low-frequency waves to the heart (+58.5%) and vessels (+96.6%),
decreased high-frequency waves to the heart (-12.0%), reduced capillary density and
capillary-fiber-ratio (C:F ratio) in TA (respectively -21.9%, -11.1%) and SOL
(respectively -25.9%, -22.2%) muscles. In contrast, T mitigated AP increase (-10.0%),
atennuated low-frequency waves increase to the heart (-21.5%) and vessels (-8.4%) and
also high-frequency waves decrease to the heart (+8.4%). Moreover, T prevented
capillary density and C:F ratio reductions in TA (respectively, +46.0% +31.6%) and
SOL (respectively, +44.4% +37.5%) muscles and increased SOD-2 and CAT protein
level in TA (respectively + 37.4%, + 20.9%) and SOL (respectively +15.4%, +18.0%)
muscles. The results allow us to suggest that DEX-induced H may be associated with
changes in sympathetic nervous system to the heart and vessels, parasympathetic
nervous system to the heart and also microcirculation rarefaction. In the other hand, T
was able to mitigate AP increase due to autonomic balance improvement and rarefaction
prevention. Since T increased rat´s antioxidant capacity independent of attenuation of
muscle atrophy, we may suggest that oxidative stress is not involved in DEX-induced
muscle atrophy. / A dexametasona (DEX) é amplamente utilizada devido ao seu potente efeito antiinflamatório,
contudo seu uso crônico pode acarretar efeitos deletérios, dentre eles a
hipertensão arterial (HA) e a atrofia muscular. Os mecanismos responsáveis por esses
efeitos permanecem incompreendidos. O sistema nervoso, a microcirculação e o
estresse oxidativo parecem estar envolvidos com a HA. O estresse oxidativo também
pode ser responsável pela atrofia muscular. Por outro lado, o treinamento físico (TF) é
recomendado no tratamento da HA e é considerado moderador do estresse oxidativo. O
objetivo do estudo foi investigar se a HA induzida pela DEX está associada com
alterações no sistema nervoso autônomo, na microcirculação e ao estresse oxidativo.
Além disso, avaliar se a diminuição da PA induzida pelo TF está associada a um melhor
ajuste nestes mecanismos. Ainda, investigar se a atrofia muscular também estaria
envolvida com o estresse oxidativo e se o TF poderia contribuir para melhora dessa
alteração. Ratos Wistar foram submetidos a um protocolo de TF ou mantidos sedentário
por 8 semanas. Os animais foram tratados ou não com DEX (50μg/kg, por dia, por 14
dias) compondo 4 grupos: sedentário controle (SC), sedentário DEX (SD), treinado
controle (TC) e treinado DEX (TD). Foram analisados peso corporal (PC), pressão
arterial em repouso, balanço autonômico para o coração e atividade simpática para os
vasos. A aorta foi coletada para avaliação do estresse oxidativo e os músculos tibial
anterior (TA) e sóleo (SOL) coletados para realização das análises histológicas na
microcirculação e avaliações gênicas e proteicas da gp91phox, p47phox, SOD-1, SOD-
2 e CAT. A DEX provocou redução do PC (-29,1g), aumento da PA (+12,1%), atrofia
muscular no TA (-8,2%), aumento das ondas de baixa frequência para o coração
(+58,5%) e para os vasos (+96,6%), diminuição das ondas de alta frequência para o
coração (-12,0%), redução da densidade capilar e da razão capilar fibra nos músculos
TA (respectivamente, -21,9%, -11,1%) e SOL (respectivamente -25,9%, -22,2%). O TF
atenuou o aumento da PA (-10,0%), o aumento das ondas de baixa frequência para o
coração (-21,5%) e para os vasos (-8,4%) e a diminução das ondas de alta frequência
para o coração (+8,4%), além de prevenir a redução da densidade capilar e da razão
capilar fibra, tanto no TA (respectivamente, +46,0%, +31,6%) como no SOL
(respectivamente, +44,4%, +37,5%) e aumentar a produção protéica da SOD-2 e CAT
no TA (respectivamente, +37,4%, +20,9%) e no SOL (respectivamente, +15,4%,
+18,0%). Assim, podemos concluir que a HA induzida por DEX pode estar relacionada
tanto com alterações no sistema nervoso autônomo para o coração e no sistema
simpático para os vasos, como com a rarefação encontrada na microcirculação e que o
TF foi capaz de atenuar esse aumento da PA devido a uma melhora no balanço
autonômico para o coração e a prevenção da rarefação na microcirculação. O aumento
da capacidade antioxidante induzido pelo TF independente da atenuação da atrofia
muscular sugere que o estresse oxidativo parece não influenciar a atrofia muscular
induzida pela DEX.
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A microcirculação da bolsa da bochecha do hamster sob a influência do diabetes mellitus experimental induzido por estreptozotocina: aspectos morfofuncionais / Microcirculation of hamster cheek pouch under the influence of exerimental diabetes mellitus induced by streptozocin morpho-functional aspectsJemima Fuentes Ribeiro da Silva 28 May 2009 (has links)
O Diabetes Mellitus é uma doença metabólica crônica com múltiplos fatores etiológicos (genético, viral e imunológico) que condiciona deficiência absoluta ou relativa de insulina,
causando persistência de níveis elevados de glicose no sangue. Atualmente, o Diabetes Mellitus é considerado um importante problema de saúde devido a sua prevalência e alta
morbimortalidade. Sua importância clínica resulta essencialmente de suas graves complicações, especialmente as microvasculares. A hiperglicemia crônica ou intermitente tem sido identificada como o fator indutor de lesão endotelial, sendo este, o agente desencadeante das complicações microvasculares. As células endoteliais, por serem influenciadas pela força hemodinâmica local, respondem com a transdução de sinais (mecanotransdução), as quais
podem ser responsáveis pelo início de processos patológicos na parede dos vasos. Desta forma, o objetivo deste estudo foi analisar a microcirculação da bolsa da bochecha do hamster
sob a influência do Diabetes Mellitus tipo 1 experimental induzido por estreptozotocina, avaliando seus aspectos morfofuncionais aos 6 e 15 dias de evolução da doença. As
características morfológicas de arteríolas e vênulas foram estimadas por medidas do diâmetro do lúmen e da espessura da parede; pela densidade de volume e de área destes vasos na bolsa da bochecha; pela análise imunohistoquímica da expressão de actina, talina, alfa-actina de músculo liso, vimentina, laminina e colágeno IV através da microscopia de luz com a utilização um sistema semiquantitativo baseado em uma escala de intensidade de imunomarcação; e por microscopia eletrônica de transmissão. Também foi avaliado o
relaxamento dependente do endotélio, medido pela variação do diâmetro do lúmen antes e após a aplicação de acetilcolina e a permeabilidade de vênulas pós-capilares à histamina,
determinada pelo número de pontos de extravasamento plasmático. Nossos resultados mostraram que arteríolas e vênulas não apresentaram diferenças entre os grupos para o
espessamento da parede, diâmetro luminal, densidade por área e de volume. A permeabilidade vascular, após 2 minutos da administração de histamina, foi diminuída significativamente nos grupos diabéticos, entretanto este achado não foi observado após 5 minutos da administração, o mesmo ocorrendo com a reatividade vascular. A expressão de actina, talina, laminina e vimentina esteve aumentada em arteríolas do grupo diabético com 6 dias de evolução da doença, sendo esta alteração persistente no grupo diabético de 15 dias de evolução para a laminina e a vimentina. Na microscopia eletrônica, partículas de ouro coloidal conjugadas a
talina e a laminina se distribuíram no citoplasma e ao longo da superfície basal das células endoteliais. Na membrana basal, a laminina mostrou-se formando aglomerados. Essas
evidências sugerem que aos 6 dias de evolução do diabetes as proteínas relacionadas a adesão com a matriz extracelular sofrem alteração possivelmente em resposta a mudanças na força hemodinâmica local promovida pela nova condição fisiológica induzida pela hiperglicemia. / Diabetes Mellitus is a chronic metabolic disease with multiple etiologic factors (genetic, viral and immunological) that results in absolute or relative insulin deficiency, causing persistent elevated blood glucose levels. Nowadays, Diabetes Mellitus is considered as an important health concern due to its increasing prevalence and high morbimortality. Its clinical
importance comes from the complications, especially microvascular. Chronic or transitory hyperglycemia has been identified as endothelial harm inductor factor, being this the first outcome of microvascular complications. Endothelial cells, under local hemodynamic strength, produce signal transduction (mechanotransduction), which can be responsible for the beginning of pathological events in vessels wall. In this regard, the objective of this study was
to analyze hamster cheek pouch microcirculation under the influence of type 1 diabetes mellitus induced by streptozotocin, evaluating its morpho-functional aspects at 6 and 15 days of diseases evolution. Morphological characteristics of arterioles and venules were estimated
by the measurement of lumen diameter and wall thickness; the volume density and area of these vessels from cheek pouch; immunohistochemistry of the expression of actin, talin,
smooth muscle alpha-actin, vimentin, laminin and type IV collagen through light microscopy with the utilization of a semi-quantitative score system based on the intensity of the
immunostaining; and transmission electron microscopy. It was also evaluated the endothelium dependent relaxation, measured by the variation of lumen diameter before and after
acetylcholine administration and post-capillary venules permeability to histamine, determined by number of points of plasma extravasation. Our results reveal that arterioles and venules do not show differences between the groups concerning wall thickness, luminal diameter, density per area and volume density. Vascular permeability, after 2 minutes of histamine administration, was reduced significantly in diabetic groups. However, this finding was not observed after 5 minutes of administration, the same occurring with vascular reactivity. The expression of actin, talin, laminin and vimentin was higher in arterioles of diabetic group with 6 days of evolution, being this alteration persistent in diabetic group at 15 days of evolution for laminin and vimentin. In electron microscopy, colloidal gold particles conjugated with
talin and laminin were distributed at cytoplasm and basal surface of endothelial cells. In basement membrane, the laminin was forming clusters. These evidences suggest that at 6 days of diabetes course the proteins related to extracellular matrix adhesion were altered possibly due to changes in local hemodynamic forces caused by the new physiologic condition induced by hyperglycemia.
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Estudo da microcirculação na hanseníase virchowiana com o uso da microscopia de luz ortogonal polarizada e com laser-doppler fluxometria / Microcirculation's research in leprosy with orthogonal polarization special imaging and laser dopplerCurt Mafra Treu 31 March 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A hanseníase é uma doença infecciosa com características únicas, dentre elas o fato de atingir intensamente a inervação da pele e seus anexos. Entremeando estes anexos, está a microcirculação cutânea, que a principio também tem sua inervação comprometida. Vários artigos apontam para alterações de disautonomia microcirculatória, citando como exemplo as alterações no reflexo vasomotor. O presente estudo se propõe a avaliar a microcirculação cutânea na hanseníase virchowiana, tanto em sua morfologia quanto em sua reatividade vascular. Para isto, utilizamos a tecnologia de luz ortogonal polarizada através do equipamento Cytoscan, a analise de Fourier do sinal do laser Doppler para estudo da vasomotricidade e o laser Doppler fluxometria associado à iontoforese de substâncias vasoativas (acetilcolina, nitroprussiato de sódio e noradrenalina) para avaliação da reatividade vascular. Dez pacientes portadores de hanseníase virchowiana sem outras comorbidades que pudessem alterar os parâmetros microcirculatórios, foram avaliados pelos métodos descritos e seus resultados foram comparados aos de dez controles sem hanseníase ou qualquer outra comorbidade. Em relação à vasomotricidade não foram observadas alterações estatisticamente significativas entre os grupos, o que fala a favor da teoria de origem miogênica para a vasomotricidade. Em relação à iontoforese de substâncias vasoativas constatou-se uma diminuição da resposta vasodilatadora à acetilcolina e ao nitroprussiato nos pacientes com hanseníase. Os exames com o Cytoscan mostraram aumento no tamanho dos capilares, bem como alterações em sua morfologia. Os resultados apresentados sugerem que, provavelmente devido ao longo período de alteração inervatória decorrente da hanseníase virchowiana, estes pacientes apresentam uma alteração significativa tanto morfológica quanto na reatividade vascular da microcirculação cutânea. / Leprosy is an infectious disease with unique characteristics. One of them is the fact that it compromises not only the cutaneous and adnexial innervation, but also the innervation of the cutaneous microcirculation. Several articles indicate the impact of disautonomy on the microcirculatory level, citing the example of changes in vasomotor level. The present study proposes to evaluate morphology and microvascular reactivity of the cutaneous microcirculation of the virchowian leprosy. Methods employed in the study were: the Cytoscan, which uses the orthogonal polarized light, the Fourier analysis of the laser Doppler signal to study vasomotion, and the laser Doppler flowmetry associated with iontophoresis of vasoactive substances (acetylcholine, sodium nitroprusside and norepinephrin). Ten patients with virchowian leprosy, without any other comorbidity that could modify the microvascular parameters were evaluated and their results were compared to ten controls without leprosy or any other comorbidity. Regarding the vasomotion, no statistical significant differences were noticed between the groups. Our data are in agreement with the vasomotions miogenic origin theory. According to iontophoresis of vasoactive substances, it was found that there is a reduced endothelial-dependent and endothelial-independent vasodilation in patients with leprosy while tests by direct visualization we observed an increase in the size of capillaries, as well as changes in their morphology. The results suggest that the significant changes in morphology and vascular reactivity of skin microcirculation are probably due to the long period of innervatory changes arising from leprosy.
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Efeito da terapia farmacológica anti-hipertensiva sobre densidade capilar e função endotelial microcirculatória / Effect of pharmacological antihypertensive therapy on capillary density and microvascular endothelial functionSergio Emanuel Kaiser 17 April 2012 (has links)
Hipertensos têm rarefação capilar e disfunção endotelial microcirculatória, tornando-se mais vulneráveis a lesões em órgãos-alvo. O estudo buscou avaliar o efeito de seis meses de tratamento farmacológico sobre densidade capilar e reatividade microvascular a estímulos fisiológicos e farmacológicos em hipertensos de baixo risco cardiovascular. Secundariamente testou-se a existência de diversidade nas respostas a diferentes estratégias anti-hipertensivas. Foram recrutados 44 pacientes, com 46,71,3 anos e 20 normotensos com 48,01,6 anos. Avaliaram-se dados antropométricos e laboratoriais e dosaram-se no soro o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF), receptor Flt-1 para VEGF e óxido nítrico (NO). A contagem capilar foi por microscopia intravital, captando-se imagens da microcirculação no dorso da falange do dedo médio e contando os capilares com programa específico. Repetia-se o procedimento após hiperemia reativa pós-oclusiva (HRPO) para avaliar o recrutamento capilar. A reatividade vascular foi testada por fluxometria Laser Doppler, iontoforese de acetilcolina (Ach), HRPO e hiperemia térmica local (HTL). Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para dois grupos de tratamento: succinato de metoprolol titulado a 100 mg diários ou olmesartana medoxomila titulada a 40 mg diários, empregando-se, se necessário, a hidroclorotiazida. Os controles seguiram o mesmo protocolo inicial e após seis meses todos os testes foram repetidos nos hipertensos. As variáveis clínicas e laboratoriais basais eram semelhantes em comparação aos controles e entre os dois grupos de tratamento. Após seis meses, havia pequenas diferenças entre os grupos na relação cintura-quadril e HDL. A densidade capilar antes do tratamento era significativamente menor que no grupo controle (71,31,5 vs 80,61,8 cap/mm2 p<0,001 e HRPO 71,71,5 vs 79,52,6 cap/mm2 p<0,05) e, com o tratamento, aumentou para 75,41,1 cap/mm2 (p<0,01) no estado basal e para 76,81,1 cap/mm2 à HRPO (p<0,05). À reatividade vascular, a condutância vascular cutânea (CVC) em unidades de perfusão (UP)/mmHg era similar à HTL nos controles e hipertensos e aumentou com o tratamento nos dois subgrupos (metoprolol:1,730,2 a 1,900,2 p<0,001 e olmesartana:1,490,1 a 1,870,1 p<0,001). A CVC máxima à HRPO era menor nos hipertensos: 0,30(0,22-0,39) que nos controles: 0,39(0,31-0,49) com p<0,001. Após tratamento, aumentou para 0,41(0,29-0,51) com p<0,001. O aumento foi significativo apenas no grupo olmesartana (0,290,02 a 0,420,04 p<0,001). A diferença entre o tempo para atingir o fluxo máximo à HRPO aumentou no grupo metoprolol após tratamento 3,0 (-0,3 a 8,8) segundos versus olmesartana 0,4 (-2,1 a 2,4) segundos p<0,001. À iontoforese, a área sob a curva de fluxo (AUC) era similar nos grupos e aumentou com o tratamento, de 6087(3857-9137) para 7296(5577-10921) UP/s p=0,04. O VEGF e receptor não diferiam dos controles nem sofreram variações. A concentração de NO era maior nos hipertensos que nos controles: 64,9 (46,8-117,6) vs 50,7 (42-57,5) M/dl p=0,02 e não variou com tratamento. Em conclusão, hipertensos de baixo risco têm menor densidade e menor recrutamento capilar e ambos aumentam com tratamento. Apresentam também disfunção endotelial microcirculatória que melhora com a terapia. / Capillary rarefaction and microcirculatory endothelial dysfunction are hallmarks of hypertension, rendering patients vulnerable to target organ lesions. The study aimed at assessing the effect of a six-month treatment period upon capillary density and microvascular reactivity to physiological and pharmacological stimuli. In addition, two different treatment strategies were tested for possible differences between effects upon those variables. A total of 44 patients were recruited, mean age 46.71.3 years and 20 normotensive individuals served as controls, mean age 48.01.6 years. Anthropometrical and laboratory data were collected, as well as plasma levels of vascular endothelial growth factor (VEGF), its receptor Flt-1 and nitric oxide (NO). Capillary density was obtained by intra-vital microscopy of the dorsum of the middle phalanx before and after post-occlusive reactive hyperemia (PORH). Capillary loops were counted by a semi-automated software. Microvascular reactivity was tested by laser Doppler flowmetry (LDF), and the challenges consisted of acetylcholine iontophoresis, local thermal hyperemia (LTH) and PORH. Patients were randomly allocated to either one of two treatment arms: metoprolol succinate uptitrated to 100 mg daily or olmesartan medoxomil uptitrated to 40 mg daily, with addition of hydrochlorothiazide if necessary. Controls underwent the same initial protocol and all tests were repeated in patients after six months. Baseline clinical and laboratory parameters were similar between patients and controls and between the two treatment groups. After six months there were slight, although significant, differences between the two groups in waist/hip ratio and HDL-cholesterol. In the whole cohort, pretreatment capillary density was significantly reduced compared to controls (71.31.5 vs 80.61.8 cap/mm2 p<0.001 and PORH 71.71.5 vs 79.52.6 cap/mm2 p<0.05). After treatment it increased to 75.41.1 cap/mm2 (p<0.01) at rest and 76.81,1 cap/mm2 during PORH. During LTH, cutaneous vascular conductance (CVC) in perfusion units (PU)/ mmHg was similar in patients and controls and increased significantly in both subgroups (metoprolol: from 1.730.2 to 1.900.2 p<0,001 and olmesartan: from 1.490.1 to 1.870.1 p<0.001). Maximal CVC during PORH was reduced in hypertensive patients: 0.30 (0.22-0.39) compared to controls: 0.39(0.31-0.49) with p<0.001. After therapy it increased to 0.41(0.29-0.51) with p<0.001. The change was significant only for the olmesartan subgroup (from 0.290.02 to 0.420.04 p<0.001). After treatment, the difference in time spent to reach peak flow during PORH inreased significantly in patients taking metoprolol but not in those taking olmesartan: -3.0 (-8.8 to 0.2) and 0.4 (-2.1 to 2.4) seconds after vs before, respectively p<0,001. Area under the Ach iontophoresis flow curve (AUC) was similar in controls and hypertensive patients, and increased after treatment, from 6087 (3857-9137) to 7296 (5577-10921) PU/s p=0.04. VEGF and Flt-1 receptor were similar among all groups and did not change with treatment. NO levels were higher in hypertensive individuals than in controls: 64.9 (46.8-117.6) vs 50.7 (42.0-57.5) M/dl p=0.02 and did not change with treatment. In conclusion, low-risk hypertensive patients show reduced capillary density/recruitment, and endothelial microvascular dysfunction. Both improve with treatment
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Avaliação da função endotelial em mulheres jovens portadoras da síndrome dos ovários policísticos / Avaliação da função endotelial em mulheres jovens portadoras da síndrome dos ovários policísticos / Assessment of endothelial function in young women with the polycystic ovary syndrome / Assessment of endothelial function in young women with the polycystic ovary syndromeViviane Christina de Oliveira 17 October 2012 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A síndrome dos ovários policísticos é uma desordem frequente e complexa, com grande variabilidade fenotípica, predominando os sinais de disfunção ovariana. Alterações metabólicas, inflamatórias e vasculares vinculadas à resistência à insulina são muito prevalentes nessa desordem podendo manifestar-se precocemente. O objetivo principal deste estudo foi investigar a presença de alterações microvasculares em mulheres jovens e não obesas portadoras da síndrome dos ovários policísticos, através de videocapilaroscopia periungueal e dosagem dos níveis séricos de endotelina-1. O objetivo secundário foi verificar a existência de associações entre os achados vasculares, níveis séricos de androgênios, parâmetros clínicos, bioquímicos, metabólicos e inflamatórios relacionados ao risco cardiovascular. Em estudo observacional, transverso e controlado avaliamos 12 mulheres com diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos, segundo os critérios estabelecidos pelo consenso de Rotterdam e nove voluntárias saudáveis. A idade (22,82,3 X 24,62,7), o índice de massa corporal (22,53,4 X 23,73,1) e a circunferência da cintura (7510,1 X 77,38,1) foram semelhantes nos dois grupos. As portadoras da síndrome apresentavam hiperandrogenismo clínico. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos quando analisados os níveis séricos de estradiol, testosterona total, androstenediona ou o índice de testosterona livre, entretanto a SHBG mostrou-se significativamente mais baixa no grupo de estudo (p=0,011). A glicemia de jejum, insulina, HOMA-IR e o perfil lipídico foram normais e sem diferença entre os grupos. A amostra com síndrome dos ovários policísticos não apresentava intolerância à glicose ou Diabetes Mellitus pelo teste oral de tolerância à glicose. Os níveis séricos dos marcadores inflamatórios (leucócitos, ácido úrico, adiponectina, leptina e proteína c reativa) e do marcador de função endotelial avaliado também foram similares nos dois grupos. A velocidade de deslocamento das hemácias no basal e após oclusão foram significativamente menores nas pacientes de estudo (p=0,02), mas o tempo para atingir a VDHmax e os parâmetros relativos à morfologia e densidade capilar foram semelhantes. Não observamos correlação entre a velocidade de deslocamento das hemácias e níveis plasmáticos de endotelina-1, androgênios ou parâmetros de resistência insulínica. A velocidade de deslocamento das hemácias associou-se positivamente aos níveis plasmáticos de estradiol (r= 0,45, p<0,05) e negativamente aos de colesterol total e LDL colesterol (r= -0,52, p<0,05; r=-0,47, p<0,05, respectivamente). Em conclusão nossos resultados fornecem evidência adicional de dano precoce à função microvascular em mulheres portadoras de síndrome dos ovários policísticos. Através da capilaroscopia periungueal dinâmica, demonstramos que mulheres jovens com moderado hiperandrogenismo, sem obesidade, RI, hipertensão ou dislipidemia, já apresentam disfunção microvascular nutritiva, caracterizada por redução na velocidade de fluxo das hemácias no basal e após oclusão. Estes achados micro-circulatórios não foram acompanhados de elevações nos níveis plasmáticos de endotelina-1. / Polycystic ovary syndrome is a frequent and complex disorder, showing a great phenotypic variability, with predominance of signs of ovarian dysfunction and, more particularly, of hyperandrogenism and oligo-anovulatory cycles. This disorder shows a high prevalence of insulin resistance -related metabolic, inflammatory and vascular alterations, which may present at early stages. The main purpose of this study was to investigate the presence of microvascular alterations in young and non-obese women with polycystic ovary syndrome through periungueal videolaparoscopy and dosage of endothelin-1 serum levels. The secondary purpose was to verify further associations between vascular findings, serum androgen levels, and clinical, biochemical, metabolic and inflammatory parameters related to cardiovascular risk. We conducted an observational, transversal and controlled study to evaluate 12 women who, according to Rotterdam criteria, were diagnosed with polycystic ovary syndrome, and also nine healthy volunteers. Our selective process excluded from both groups women with smoking habits, as well as those who had made use of oral contraceptive, metformin or antilipemic drugs within three months prior to the beginning of the study. The age range (22,82,3 X 24,62,7), body mass index (22,53,4 X 23,73,1), and waist circumference (7510,1 X 77,38,1) were similar in both groups. Our patients with polycystic ovary syndrome presented clinical hyperandrogenism. Analysis of serum estradiol, total testosterone, androstenedione levels or testosterone free index disclosed no significant differences between the groups, although SHBG appeared to be expressively lower in the studied group (p=0.003). Fasting blood glucose test, insulin level, HOMA-IR and lipid profile showed normal results, and without difference between the groups. As disclosed by the oral glucose tolerance test, the group with PCOS did not present tolerance to either glucose or diabetes mellitus. When evaluated, the serum levels of inflammatory markers (leukocytes, uric acid, adinopectin, leptin and c-reactive protein) and of endothelial function marker (endothelin-1) were also similar in both groups. The red blood cell velocity at baseline and peak were significantly lower in patients with PCOS (p=0.02), although the timeframe to reach blood cell velocity at baseline and peak and the parameters referring to morphology and capillary density were similar between the groups. No association was observed between the speed of movement of red blood cells and plasma levels of endothelin-1, androgens or insulin resistance parameters. The velocity of movement of red blood cells was positively related to estradiol plasma levels (rho= 0.45, p<0.05) and negatively to the levels of total cholesterol and LDL cholesterol (rho= -0.52, p<0.05; rho=-0.47, p<0.05 respectively). Taken together, our results provide an additional evidence of early lesion to microvascular function in women with polycystic ovary syndrome. By using a simple procedure, namely the dynamic nailfoldvideocapillaroscopy, we demonstrated that young women with mild hyperandrogenism, who do not present obesity, insulin resistance, high blood pressure or dyslipidemia, already show a nutritional microvascular dysfunction, characterized by a reduced speed of red blood cells flow at basal level and after occlusion. Such microcirculatory findings were not accompanied by an increase of endothelin-1 plasma levels.
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"Ação do laser vermelho de baixa potência na viabilidade de retalhos cutâneos randômicos em ratos" / The effects of diode red laser 670 nm in skin flap survivalCristiano Baldan 18 July 2005 (has links)
Introdução: este estudo avaliou o efeito do laser vermelho de baixa potência na viabilidade de retalhos cutâneos randômicos em ratos. Métodos: 40 ratos Wistar foram divididos em 4 grupos, aleatoriamente, onde 1 grupo foi utilizado como controle (G1) e os demais foram irradiados com laser de 670 nm, com 2,14 (G2), 5,36 (G3) e 20,36 J/cm2 (G4), respectivamente. Resultados: o G1 apresentou 49,35% da área do retalho necrosada, G2 39,14%, G3 47,01% e G4 29,17%. À análise estatística obtivemos diferença significativa apenas quando comparamos G4 com o G1 (p < 0,001). Conclusão: o LBP vermelho (20,36 J/cm2) é capaz de incrementar a viabilidade dos retalhos cutâneos randômicos em ratos / Introduction: This study assessed the effects of different LLLT doses on randomic skin flap rats. Methodology: 40 wistar rats were divided in four groups. The control group (CG) was not irradiated. The experimental groups were irradiated with different fluency: group 2 (G2) with 2,14 J/cm²; group 3 (G3) 5,36 J/cm² and group 4 (G4) 20,36 J/cm². The necrosis area was evaluated in the seventh postoperative day. Results: The CG shows 49,35% of necrosis area in the skin flap; G2, 39,14%; G3, 47,01% and G4, 29,17% respectively. There was a significantly difference when G4 was compared with CG`s skin flap necrosis area. Conclusion: Red LLLT with increases the survival in randomic skin flap rats
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Efeitos sequenciais do treinamento aeróbio sobre a microcirculação muscular esquelética, cardíaca e renal em ratos hipertensos espontâneos / Sequential effects of aerobic training on microcirculation of skeletal muscle, heart and kidney in hypertensive spontaneously ratsAlves, Tatiana Pereira 13 March 2014 (has links)
Estudos demonstram que o treinamento aeróbio é capaz de reduzir a razão parede/luz (RP/L) de arteríolas musculares esqueléticas e reduzir a pressão arterial média, PAM (em hipertensos), além de causar bradicardia de repouso e aumentar a densidade de capilares e vênulas (em hipertensos e normotensos) após 13 semanas de treinamento. Investigamos em ratos normotensos (WKY, Wistar Kyoto) e hipertensos espontâneos (SHR) as alterações estruturais da microcirculação muscular esquelética, cardíaca e renal, relacionando-as aos valores de PAM e frequência cardíaca (FC) em diferentes fases de um protocolo de treinamento. Para tal, WKY e SHR (2 meses de idade) foram submetidos ao protocolo de treinamento físico de baixa intensidade por tempos crescentes (semanas 0, 1, 2, 4, 8 e 12) ou mantiveram-se sedentários (semanas 0 e 12). Ao final de cada tempo de estudo foram mensurados de modo direto a PAM e a FC e coletados coração, rim e músculos temporal, sóleo e gastrocnêmio. Realizou-se análise da RP/L e quantificação de capilares e vênulas (através do ácido periódico de Schiff). O treinamento aeróbio aumentou a densidade capilar e venular de WKY e SHR (apenas em territórios exercitados e com maior magnitude nos hipertensos), em seguida causou redução da razão parede/luz das arteríolas musculares esqueléticas (apenas em SHR, precocemente e em maior magnitude em territórios exercitados) e só então reduziu a PAM de SHR e a FC de WKY e SHR. A partir dos resultados obtidos, podemos dizer que alterações estruturais da microcirculação antecedem a melhora dos níveis pressóricos de hipertensos e ainda, são capazes de proporcionar melhoras vasculares aos normotensos / Previous observations have shown that aerobic training reduce the wall/lumen ratio (RW/L) of skeletal muscle arterioles and reduce mean arterial pressure (MAP) in hypertensive rats, cause bradycardia, and increase capillary and venular density also in hypertensive and normotensive rats after 13 weeks of training. We investigated simultaneously the time-course changes of arterioles remodeling, MAP, HR and capillary and venular density during the development of low-intensity exercise protocol. Normotensive rats (WKY, Wistar Kyoto) and spontaneously hypertensive (SHR), two-months old were submitted to aerobic training protocol (weeks 0, 1, 2, 4, 8 and 12) or remained sedentary (weeks 0 and 12). In each study time were measured the MAP and HR and collected heart, kidney, temporalis, soleus and gastrocnemius muscles to analyze the RW/L and quantificate capillaries and venules (by Periodic Acid-Schiff staining). Aerobic training increased capillary and venular density of WKY and SHR (only in exercised territories), caused a reduction of the RW/L of skeletal muscle arterioles (only in SHR, early and in greater magnitude in exercised territories) and only then reduced MAP of SHR and HR of WKY and SHR. The structural changes of microcirculation preceded improvement of blood pressure levels in hypertensive rats and provided vascular improvements to normotensive rats
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Interação leucócito-endotélio induzida pelo veneno de Bothrops jararaca>: papel de proteases, mediação farmacológica e soroneutralização / Leukocyte-endothelium interaction induced by Bothrops jararaca venom: role of proteases, pharmacological mediation and serum neutralizationZychar, Bianca Cestari 24 January 2008 (has links)
Toxinas classificadas como serinoproteases, metaloproteases e fosfolipases A2, isoladas de venenos botrópicos, podem induzir reações inflamatórias que contribuem na gravidade dos sintomas locais observados nestes envenenamentos. Entretanto, a contribuição efetiva de cada uma destas toxinas no efeito inflamatório induzido pelo veneno não é bem compreendida. Neste estudo, o veneno de Bothrops jararaca (VBj) foi tratado com Fluoreto de fenil-metil-sulfonila (PMSF), 1,10- fenantrolina (OF) ou Brometo de p-bromafenacila (p-BPB) para inibição destas enzimas. Observou-se parâmetros de leucócitos em rolling, aderidos e migrados na interação leucócito-endotélio, após a injeção de 1g dos veneno tratados no subcutâneo da bolsa escrotal de camundongos. Os resultados foram comparados aos obtidos com o veneno bruto, sem tratamento. Os animais injetados com VBj bruto apresentaram um aumento marcante de adesão celular em todos os tempos estudados, sendo o pico dessa interação entre a 2ª e 4ª hora após a injeção. Os grupos injetados com VBj também apresentaram o maior número de células migradas na 4ª h, permanecendo esse número alto na 24ª hora e diminuindo significativamente na 48ªh após a injeção do VBj. Baseando-se nesta cinética, todos os outros estudos foram verificados na 2ª e 24ª hora. Os resultados mostraram que o tratamento do VBj com OF resultou diferenças significantes nas alterações da interação leucócito-endotélio. Nos venenos tratados para inibição de serinoproteases e FLA2 verificou-se que o tratamento não resultou em diferenças nos parâmetros de interação leucócito-endotélio, quando comparados ao grupo injetado com o veneno bruto, nos dois tempos estudados. Tratamentos farmacológicos indicam que os eicosanóides originados da via da ciclooxigenase, TNF- e NO participam da mediação da interação leucócito endotélio induzidos pelo VBj. Mas aparentemente não os eicosanóides originados pela via das lipoxigenase, histamina ou serotonina,. O efeito do soro antibotrópico (SAB) na interação leucócito-endotélio induzido por VBj também foi avaliado. O SAB induziu, per se, uma interação leucócito-endotélio semelhante ao observado em animais injetados com VBj, efeito este aparentemente devido ao fenol utilizado como conservante no antiveneno. Utilizando-se um soro antibotrópico sem fenol, estas reações não foram observadas e verificou-se que o soro sem fenol evita as alterações na interação leucócito-endotélio induzidas pelo VBj. Em conclusão, conjuntamente nossos dados indicam que: 1) as metaloproteases tem maior importância, e que as fosfolipases e serinoproteases tem um papel secundário nas alterações na interação leucócito-endotélio induzida pelo VBj; 2) que os eicosanóides são os principais mediadores nestes parâmetros inflamatórios e 3) que o SAB possui anticorpos contra as toxinas do veneno que induzem alterações na interação, mas o fenol presente no soro é responsável pelas reações pró-inflamatórios indesejadas. Finalmente, os resultados sugerem que a associação de antiinflamatórios à soroterapia para o tratamento das reações inflamatórias locais induzidas pelo VBj deve ser considerada e estudada mais aprofundadamente. / Toxins classified as serineproteases, metalloproteases or phospholipases A2, isolated from venoms of Bothrops snakes can induce inflammatory reactions that contribute to the severity of local symptoms observed in envenomation. Nevertheless, the real contribution of each one of these classes of toxins to the inflammatory effect of whole venom is poorly understood. In this study, Bothrops jararaca venom (BjV) was treated with phenyl-methyl-sulfonyl-fluoride (PMSF), 1,10-phenantroline (sPhe) or p-bromophenacyl bromide (pBPB), to inhibit those classes of enzymes. Inflammatory parameters of leukocyte-endothelial interaction (LEI), namely leukocytes rolling, adhesion or migration, observed after injecting of 1mg of treated venoms into the subcutaneous tissue of the scrotal bag of mice, were evaluated and compared to those observed after the injection of non-treated venom. Animals injected with BjV presented an a marked expressive increase in cellular adhesion in all periods of time studied, but peaking between 2 and 4h after BjV injection. The venom-injected groups also presented the highest number of migrated cells hour 4, wich remained up to hour 24, and decreasing significantly 48h after the BjV injection. Based on this kinetics, all other studied were performed evaluating LEI parameters on 2nd and 24th hour after venom injection. Results showed that sPhe -treated venom presented significant differences in LEI. LEI parameters induced by pBPB- and PMSF-treated venom were similar to those observed with non-treated venom. Pharmacological treatments indicate that eicosanoids from the cyclooxygenase pathway, TNF- and NO participate on the mediation of the alterations of leukocyte-endothelium interaction induced by venom. Eicosanoids from the lipoxygenase pathway, histamine and serotonin apparently do not mediate these alterations. The effect of the Bothrops antivenom in blocking the disturbances of leukocyte-endothelial interaction induced by BjV was also evaluated. Surprisingly, the antivenom per se induced alterations in LEI similar to those induced by the venom. Conversely, a phenol-free antivenom did not induce LEI alterations and avoid those induced by the BjV. In conclusion, our findings indicated that: 1) the major importance of metalloproteases, and a secondary role for phospholipases and serineproteases in alterations of leukocyte-endothelial interactions induced by Bothrops jararaca venom; 2) eicosanoids are the main mediators of these alterations; 3) the Bothrops antivenom has antibodies against toxins that induce LEI alteration, but the phenol used in antivenom as a preservative can cause some undesired pro-inflammatory reactions. Finally, present results indicate that the use of anti-inflammatory drugs associated with serum therapy for the treatment of local inflammatory reactions induced by Bothrops snake venoms should be considered and further studied.
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Efeitos da ventilação mecânica e pressão positiva no final da expiração sobre a microcirculação mesentérica em ratos Wistar / Effects of mechanical ventilation and positive end-expiratory pressure on mesenteric microcirculation in Wistar ratsAikawa, Priscila 03 September 2009 (has links)
Ventilação mecânica (MV) com pressão positiva no final da expiração (PEEP) melhora a oxigenação sanguínea e oferta de oxigênio aos tecidos no tratamento da insuficiência respiratória aguda. No entanto, a pressão intratorácica elevada pode alterar o fluxo sanguíneo no mesentério que pode contribuir para complicações gastrointestinais durante a VM. Investigamos os efeitos da PEEP sobre as interações leucócito-endotélio durante a VM em ratos com pulmões normais e sem administração de fluido (Fase I) e os efeitos do volume corrente baixo (LTV) e pentoxifilina (PTX) sobre a microcirculação mesentérica (Fase II). O protocolo e resultados da Fase I são os seguintes: 44 ratos Wistar machos (~240g) foram anestesiados com pentobarbital (I.P., 50mg.kg-1) e com isoflurane inalatório (1.5-2%) após instrumentação, e aleatoriamente divididos em (1) INTACTO (somente anestesia), (2) PEEP0 (PEEP=0 cmH2O), (3) PEEP5 (PEEP=5 cmH2O), e (4) PEEP10 (PEEP=10 cmH2O). Os grupos PEEP foram submetidos à traqueostomia e VM com volume corrente de 10 ml.kg-1, frequência respiratória de 70 rpm e fração inspirada de oxigênio de 1. Após 2-h de VM, realizamos laparotomia mediana e avaliamos as interações leucócito-endotélio por meio de microscopia intravital e inflamação pumonar por meios histológicos. Não observamos alterações significantes na pressão sanguínea arterial média (PAM) entre os grupos ao longo do estudo. A pressão traqueal do grupo PEEP5 foi menor comparada com os grupos PEEP0 e PEEP10 (11, 15, e 16 cmH2O, respectivamente; p<0.05). Após 2-h de VM, não houve diferenças significantes entre os grupos INTACTO, PEEP0 e PEEP5 no número de leucócitos rollers (118±9, 127±14 e 147±26 células/10minutos, respectivamente), aderidos (3±1, 3±1 e 4±2 células/100m de comprimento de vênula, respectivamente), e migrados (2±1, 2±1 e 2±1 células/5,000m2, respectivamente) no mesentério. No entanto, PEEP10 aumentaram (p<0.05) o número de leucócitos rollers (188±15 células/10minutos), aderidos (8±1 células/100m de vênula) e migrados (12±1 células/5,000 m2). Observamos inflamação pulmonar nos grupos PEEP0 e PEEP10. O protocolo e resultados da Fase II são os seguintes: 57 ratos Wistar machos (~253g) foram anestesiados com pentobarbital (I.P., 50 mg.kg-1), submetidos a traqueostomia, anestesia inalatória com isoflurane (1.5-2%), VM com PEEP de 10 cmH2O, fração inspirada de oxigênio de 0,21, e aleatoriamente divididos em (1) LTV (7 ml.kg-1), (2) volume corrente elevado (HTV, 10 ml.kg-1), e (3) PTX (HTV+ PTX, 25 mg.kg-1). Nós registramos a PAM, mecânica respiratória e gases sanguíneos arteriais no basal e após 2-h de VM. Realizamos laparotomia mediana e avaliamos as interações leucócito-endotélio no mesentério, fluxo de artéria mesentérica (FAM), mecânica respiratória e inflamação pulmonar. Não observamos diferenças entre os grupos no basal e após 2-h em PAM (113±15 vs 109± 6 mmHg). Após 2-h de VM, o FAM foi similar em todos os grupos (12.4±2.6 ml.min-1). A pressão traqueal foi menor no grupo LTV (11.2±1.6 cmH2O) comparada com HTV (14.7±1.1 cmH2O) e PTX (14.1±2.4 cmH2O). Em todos os grupos a VM aumentou a elastância pulmonar (~22%, p<0.05) e diminuiu a resistência de vias aéreas (~10%, p<0.05). LTV e PTX apresentaram valores similares de leucócitos aderidos (5±2 e 6±4 células/100m de vênula, respectivamente), e migrados (1±1 e 2±1 células/5,000m2, respectivamente). Contrariamente, HTV aumentou o número de aderidos (14±4 leucócitos/100m de vênula, p<0.05) e migrados (9±3 células/5,000m2, p<0.05) no mesentério. O grupo HTV apresentou infiltrado neutrofílico e edema pulmonar. Em conclusão, nosso estudo mostrou que a pressão intratorácica elevada é prejudicial para a microcirculação mesentérica e pulmões no modelo experimental de ratos com pulmões normais e pressão sanguínea sistêmica estável, LTV previne alterações microcirculatórias e pulmonares, e a administração precoce de PTX atenua as interações leucócito-endotélio no mesentério e inflamação pulmonar durante a VM. Esses achados podem ter relevância na compreensão das complicações induzidas pela VM e prognóstico. / Mechanical ventilation (MV) with positive end expiratory pressure (PEEP) improves blood oxygenation and tissue oxygen delivery during treatment of acute respiratory failure. However, high intrathoracic pressure may alter blood flow at mesentery, which may contribute to gastrointestinal complications during MV. We investigated the effects of PEEP on mesenteric leukocyte-endothelial interactions during MV in rats with normal lungs and without fluid administration (Phase I) and the effects of low-tidal volume (LTV) and pentoxifylline (PTX) on mesenteric microcirculation (Phase II). The protocol and results of Phase I are the following: 44 male Wistar rats (~240g) were anesthetized with pentobarbital (I.P., 50mg.kg-1) and inhaled isoflurane (1.5-2%) after instrumentation, and randomly divided in (1)NAIVE (only anesthesia), (2) PEEP0 (PEEP=0 cm H2O), (3) PEEP5 (PEEP=5 cmH2O), and (4) PEEP10 (PEEP=10 cmH2O). PEEP groups were submitted to tracheostomy and MV with tidal volume of 10 ml.kg-1, respiratory rate of 70 rpm and inspired oxygen fraction of 1. After 2-hrs of MV, we performed a median laparotomy and evaluated leukocyte-endothelial interactions at the mesentery and lung inflammation by histology. We did not observe significant changes mean arterial blood pressure (MABP) among groups throughout the study. Tracheal pressure in PEEP5 was lower compared with PEEP0 and PEEP10 groups (11, 15, and 16 cmH2O, respectively; p<0.05). After 2-hrs of MV, there were no differences among NAIVE, PEEP0 e PEEP5 groups in the number of rollers (118±9, 127±14 and 147±26 cells/10 minutes, respectively), adherent leukocytes (3±1, 3±1 and 4±2 cells/100 m venule, respectively), and migrated leukocytes (2±1, 2±1 and 2±1 cells/5,000 m2, respectively) at the mesentery. However, PEEP10 increased (p<0.05) the number of rolling (188±15 cells/10min), adherent (8±1 cells/100 m) and migrated leukocytes (12±1 cells/5,000 m2). We observed lung inflammation in PEEP0 and PEEP10 groups. The protocol and results of Phase II are the following: 57 male Wistar rats (~253g) were anesthetized with pentobarbital (I.P.,50 mg.kg-1), submitted to tracheostomy, inhaled anesthesia with isoflurane (1.5-2%), MV with PEEP of 10 cmH2O, inspired oxygen fraction of 0.21, and randomly divided in (1) LTV (7 ml.kg-1), (2) High-tidal volume (HTV, 10 ml.kg-1), and (3) PTX (HTV+ PTX, 25 mg.kg-1). We registered MABP, respiratory mechanics and arterial blood gases at baseline and after 2-hrs of MV. We performed a median laparotomy and evaluated leukocyte-endothelial interactions, mesenteric artery flow (MAF), respiratory mechanics and lung inflammation. We did not observe significant differences among groups at baseline and after 2-hrs in MABP (113±15 vs 109± 6 mmHg). After 2-hrs, MAF was similar in all groups (12.4±2.6 ml.min-1). Tracheal pressure was lower in LTV (11.2±1.6 cmH2O) compared with HTV (14.7±1.1 cmH2O) and PTX (14.1±2.4 cmH2O). In all groups MV increased pulmonary elastance (22%, p<0.05) and decreased airway resistance (10%, p<0.05). LTV and PTX presented similar values of adherent (5±2 and 6±4 cells/100m venule, respectively), and migrated leukocytes (1±1 and 2±1 cells/5,000m2, respectively). On the contrary, HTV increased the number of adherent (14±4 leukocytes/100m venule, p<0.05) and migrated leukocytes (9±3 cells/5,000m2, p<0.05) in the mesentery. HTV presented lung neutrophil infiltration and edema. In conclusion, our study showed that high intrathoracic pressure is harmful to mesenteric microcirculation and lungs in the experimental model of rats with normal lungs and stable systemic blood pressure, LTV prevents microcirculatory and pulmonary alterations, and early administration of PTX attenuates leukocyte-endothelial interactions at the mesentery and lung inflammation during MV. These findings may have relevance for complications MV-induced and outcome.
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Estudo dos efeitos da solução salina hipertônica nas alterações microcirculatórias e no desenvolvimento do processo inflamatório em modelo de morte encefálica em ratos / Study of hypertonic saline solution effects on microcirculatory alterations and development of the inflammatory process in a rat brain death modelCorreia, Cristiano de Jesus 06 February 2018 (has links)
INTRODUÇÂO: A morte encefálica (ME) induz instabilidade hemodinâmica com hipoperfusão microcirculatória, desencadeando inflamação e disfunção de órgãos. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da solução salina hipertônica (SH) 7,5% na evolução da resposta inflamatória no tecido mesentérico de ratos submetidos à ME. MÉTODOS: Ratos Wistar machos foram anestesiados e ventilados mecanicamente. A ME foi induzida pela insuflação rápida de um balão posicionado na cavidade intracraniana (Fogart 4F). Os ratos foram divididos aleatoriamente em: 1) Falso-operado, ratos submetidos aos procedimentos cirúrgicos e trepanação (FO, n=17); 2) Controle, ratos tratados com solução salina isotônica (NaCl 0,9%, 4 mL/kg) imediatamente após ME (CO, n=17); 3) Solução hipertônica 1, ratos tratados com solução hipertônica (NaCl 7,5%, 4 mL/kg) imediatamente após ME (SH1, n=17); 4) Solução hipertônica 60, ratos tratados com solução hipertônica 60 min após ME (SH60, n=17). Três horas após a indução da ME ou o término do procedimento cirúrgico para os animais do grupo FO, foram coletados os seguintes dados: (a) perfusão mesentérica, fluxo sanguíneo e interações leucócito-endotélio no mesentério, pela técnica de microscopia intravital; (b) expressão de proteínas de óxido nítrico sintase endotelial (eNOS), endotelina-1, P-selectina e molécula de adesão intercelular (ICAM)-1, por imunohistoquímica; (c) expressão gênica de eNOS e endotelina-1, por reação em cadeia da polimerase em tempo real (PCR); (d) concentrações séricas de citocinas, quimiocinas e corticosterona por meio de enzimaimunoensaio (ELISA). RESULTADOS: Todos os grupos submetidos a ME apresentaram um comportamento semelhante da pressão arterial, sendo observado um pico hipertensivo, seguido de período de hipotensão, logo após a insuflação do cateter intra-craniano. A proporção de pequenos vasos perfundidos foi diminuída no grupo CO (46%) em comparação com FO (74%, p=0,0039). A SH foi capaz de restaurar a proporção de vasos perfundidos (SH1=71%, p=0,0018). Não houve diferenças no fluxo sanguíneo mesentérico entre os grupos. A expressão proteica de eNOS aumentou significativamente em ratos com SH (SH1 e SH60, p=0,0002) em comparação ao grupo CO. Resultados semelhantes foram observados em relação à endotelina-1 (p < 0,0001). Não houve diferenças na expressão gênica de eNOS e endotelina-1. O aumento no número de leucócitos \"rollers\" (p=0,0015) e migrados (p=0,0063) foi observado no grupo CO em comparação com FO. Ratos com SH demonstraram redução significativa em todos os parâmetros da interação leucócito-endotélio. Com relação às moléculas de adesão, a expressão de ICAM-1 estava elevada no grupo CO em comparação com o FO, enquanto que o tratamento com SH diminuiu a expressão de ICAM-1 (SH1 e SH60, p=0,0002). CONCLUSÕES: O emprego da solução salina hipertônica melhorou a perfusão mesentérica, influenciou positivamente o metabolismo do óxido nítrico e reduziu a inflamação no mesentério, com diminuição da adesão e migração leucocitária, em ratos submetidos a ME / BACKGROUND: Brain death (BD) induces hemodynamic instability with microcirculatory hypoperfusion leading to increased organ inflammation and dysfunction. OBJETIVE: To investigate the effects of 7.5% hypertonic saline solution (HS) on the course of the inflammatory response in rats submitted to BD. METHODS: Male Wistar rats were anesthetized and mechanically ventilated. BD was induced by rapid inflation of intracranial balloon catheter (Fogart 4F). Rats were randomly divided in: 1) Sham-operated, rats submitted only to trepanation (SH, n=17); 2) Control, rats treated with normal saline solution (NaCl 0.9%, 4 mL/kg) immediately after BD (CO, n=17); 3) Hypertonic solution 1, rats treated with hypertonic solution (NaCl 7.5%, 4 mL/kg) immediately after BD (HS1, n=17); 4) Hypertonic solution 60, rats treated with hypertonic solution 60 min after BD (HS60, n=17). Hundred eighty minutes thereafter the following experiments were performed: (a) mesenteric perfusion, blood flow, and leukocyte-endothelial interactions, by intravital microscopy; (b) protein expression of endothelial nitric oxide synthase (eNOS), endothelin-1, P-selectin, and intercellular cell adhesion molecule (ICAM)-1, by immunohistochemistry; (c) gene expression of eNOS, and endothelin-1, by real-time polymerase chain reaction (PCR); (d) serum concentrations of cytokines, chemokines and corticosterone by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA). RESULTS: All BD groups presented similar hypertensive peak followed by hypotension. The proportion of perfused small vessels was decreased in CO group (46%) compared to SH (74%, p=0.0039). HS was able to restore the proportion of perfused vessels (HS1=71%, p=0.0018). There were no differences in mesenteric blood flow between groups. eNOS protein expression significantly increased in rats given HS (HS1, and HS60, p=0.0002). Similar results were observed regarding endothelin-1 (p < 0.0001). There were no differences in eNOS and endothelin-1 gene expression. Increased numbers of rolling (p=0.0015) and migrated (p=0.0063) leukocytes were observed in CO group compared to SH. Rats given HS demonstrated an overall reduction in leukocyte-endothelial interactions. Levels of ICAM-1 increased in CO group compared to SH, and decreased in HS-treated groups (p=0.0002). CONCLUSIONS: Hypertonic saline improves mesenteric perfusion, increased eNOS and endothelin-1 protein expression, and reduced inflammation by decreasing leukocyte adhesion and migration in BD rats
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