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Efeitos do tratamento com DHEA sobre o metabolismo de ratosHoefel, Ana Lúcia January 2015 (has links)
Estudos que avaliam o metabolismo fornecem subsídios para entender como os organismos reagem em relação a tratamentos e dietas. O sobrepeso e a obesidade estão alcançando elevadas proporções ao redor do mundo e os governos, e a própria sociedade, têm se empenhado na tentativa de combater esta epidemia. Outro aspecto que devemos relacionar nos estudos de metabolismo é a questão de gênero, pois a maioria dos estudos utiliza como modelo experimental ratos e camundongos machos. Entretanto, quando se propõe protocolos de tratamento, temos a tendência a extrapolar os resultados também para as fêmeas, o que na realidade não parece muito adequado. Atualmente, essa ideia vem mudando e alguns pesquisadores têm considerado a proposta de realizar estudos experimentais utilizando machos e fêmeas, até mesmo para experimentos que utilizem células. Ainda em relação ao metabolismo, podemos evidenciar o problema da obesidade que tem se tornado uma epidemia mundial recebendo o nome de “Globesidade”. As dietas hiperlipídicas e hipercalóricas têm levado a população mundial a apresentar alterações de seu metabolismo principalmente relacionadas às dislipidemias, as quais podem ter como consequência o desenvolvimento de alterações cardiovasculares. Assim, os estudos experimentais que investigam o metabolismo do coração também se tornam importantes, particularmente em nível celular, pois é o local onde os eventos metabólicos acontecem. A Desidroepiandrosterona (DHEA) é um hormônio esteroide que tem efeitos sobre o metabolismo, síndrome metabólica, obesidade, resistência à insulina e doenças cardiovasculares. Há na literatura, alguns estudos que relatam que a administração de DHEA produz efeitos diferentes em machos e em fêmeas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da DHEA em: a) ratos Wistar, machos e fêmeas ovarectomizadas, com dieta padrão e que recebiam tratamento com diferentes doses de DHEA, b) ratos Wistar machos, submetidos ou não a uma dieta hipercalórica e tratados com DHEA (25mg/kg), c) linhagem celular (H9C2) de ventrículo cardíaco de ratos submetidas, ou não, à hipóxia e reoxigenação e tratadas com DHEA. A análise dos resultados mostrou que o tratamento com DHEA tem efeito sobre o metabolismo e os resultados são diferentes quando comparamos machos e fêmeas ovarectomizadas. A avaliação do metabolismo da glicose no fígado mostrou que este substrato tem uma utilização diferente entre os sexos, sendo que nos machos a conversão de glicose a CO2 é maior do que nas fêmeas ovarectomizadas, mas o tratamento com DHEA não teveefeito. A conversão de glicose em lipídeos foi maior nos machos e o tratamento com DHEA diminuiu a lipogênese hepática a partir de glicose somente nas fêmeas ovarectomizadas. Com relação à síntese de glicogênio a partir de glicose, houve diferença entre os sexos, sendo que as fêmeas ovarectomizadas apresentaram níveis maiores que os machos e o efeito do tratamento ocorreu apenas nas fêmeas. O metabolismo da glicose no tecido adiposo também mostrou diferença entre os sexos, sendo a captação de glicose maior nas fêmeas e o tratamento com DHEA reduziu essa captação apenas nas fêmeas. No músculo, a captação de glicose é maior nas fêmeas do que nos machos e a administração de DHEA não produziu efeito significativo. O metabolismo da leucina mostrou diferença entre os sexos, sendo sua oxidação e a síntese de lipídeos e proteínas menor nas fêmeas do que nos machos. Em machos que receberam dietas hipercalóricas, a DHEA não reduziu a ingestão alimentar e o ganho de peso, porém, teve efeito melhorando o resultado do teste de tolerância à glicose. O peso total do fígado nos animais com dieta hipercalórica foi maior quando comparado aos animais com dieta normocalórica e a DHEA não reverteu este parâmetro. No metabolismo hepático da glicose, tanto o tratamento com DHEA quanto a dieta hipercalórica produziram uma redução da oxidação de glicose (glicose convertida em CO2). A síntese hepática de glicogênio a partir de alanina foi reduzida com o tratamento com DHEA nos grupos que receberam dieta hipercalórica. A dieta hipercalórica diminuiu, em aproximadamente 19%, a captação de glicose no tecido adiposo quando comparado ao grupo com dieta normocalórica e os animais tratados com DHEA apresentaram um aumento na captação de glicose independente da dieta, inclusive revertendo a redução causada pela dieta hipercalórica. Na oxidação de glicose, houve interação entre dieta e tratamento no tecido adiposo, ou seja, o tratamento com DHEA diminuiu significativamente a oxidação de glicose no grupo controle e produziu um aumento no grupo com dieta hipercalórica No músculo gastrocnêmio, a captação de glicose foi reduzida com a dieta hipercalórica. A produção de CO2 e a síntese de glicogênio no músculo sóleo aumentaram somente nos grupos que receberam a dieta hipercalórica. No músculo cardíaco, o tratamento com DHEA aumentou a concentração de glicogênio apenas no grupo com dieta hipercalórica. Além disso, neste mesmo tecido, a DHEA causou um aumento de 55% na expressão proteica da pAKT no grupo com dieta hipercalórica. No estudo com cardiomiócitos foram avaliados parâmetros de proteção contra a formação de radicais livres após as células serem submetidas à hipóxia e reoxigenação, e foi encontrado que o tratamento com DHEA diminui a quantidade de radicais livres intracelulares. Também foi avaliada a expressão das enzimas SOD e CAT, as quais não tiveram uma alteração significativa com o tratamento. Em relação ao processo de apoptose, a expressão da caspase 3 apresentou uma redução no grupo tratado com DHEA nas células submetidas à hipóxiareoxigenação. Assim, podemos concluir que a DHEA não alterou significativamente os parâmetros metabólicos nos ratos machos enquanto que nas fêmeas a DHEA produziu efeitos significativos sobre o metabolismo destas. Nos ratos submetidos à dieta hipercalórica a DHEA melhorou o metabolismo de carboidratos. Em relação aos cardiomiócitos, observamos que a DHEA protege parcialmente as células após um evento de hipóxia-reoxigenação. Porém, mais estudos necessitam ser realizados a fim de investigar os mecanismos que são ativados após o tratamento com DHEA e que podem alterar os padrões metabólicos e celulares. / Studies evaluating the metabolism provide subsidies to understand how organisms react in relation to treatments and diets. Overweight and obesity are reaching high proportions around the world and governments, and society itself, they have been engaged in trying to combat this epidemic. Another aspect that we should relate to metabolism studies is a gender issue because most studies used as an experimental model male rats and mices. However, when proposing treatment protocols, we extrapolate the results also for females, which in reality does not seem very appropriate. Today, this idea is changing and some researchers have considered the proposal to conduct experimental studies using male and female, even for experiments using cells. Also in relation to metabolism, we can highlight the problem of obesity which has become a worldwide epidemic given the name "Globesity". The hyperlipidemic and hypercaloric diets have led to the present world population changes in its metabolism mainly related to dyslipidemia, which may result in the development of cardiovascular diseases. Thus, experimental studies investigating the metabolism of the heart also become important, particularly at the cellular level, where the metabolic events take place. The dehydroepiandrosterone (DHEA) is a steroid hormone that has effects on metabolism, metabolic syndrome, obesity, insulin resistance and cardiovascular disease. In the literature, some studies report that DHEA administration produces different effects on males and females. The objective of this study was to evaluate the DHEA effect: a) wistar rats, male and female, with standard diet and received treatment with different doses of DHEA, b) male wistar rats, submitted or not to a hypercaloric diet and treated with DHEA (25 mg / kg), c) cell line (H9C2) cardiac ventricle of rats subjected or not to hypoxia and reoxygenation and treated with DHEA The results showed that DHEA treatment has an effect on the metabolism and the results are different when comparing the males and females. The evaluation of glucose metabolism in the liver showed that this substrate has a different use between the sexes, and in males the glucose oxidation to CO2 is higher than in females, but the treatment with DHEA had no effect. The lipids formation from glucose was higher in males and treatment with DHEA decreased the hepatic lipogenesis from glucose only in females. Regarding the synthesis of glycogen from glucose, there were differences between the sexes, and females had higher levels than males and the treatment effect was observed only in females. Glucose metabolism in adipose tissue also showed differences between the sexes, with the uptake of glucose greater in females and DHEA treatment reduced this funding only in females. In muscle glucose uptake is higher in females than in males and DHEA administration did not produce significant effect. The metabolism of leucine showed differences between the sexes, and their oxidation and synthesis of lipids and proteins smaller in females than in males. In males fed with a high fat diet, DHEA did not reduce food intake and weight gain, however, had an effect of improving the results of glucose tolerance test. The total weight of liver in animals with higher calorie diet was compared to animals with diet and normocaloric DHEA did not reverse this parameter. In the hepatic metabolism of glucose, either treatment with DHEA as hypercaloric diet produced a reduction in glucose oxidation (glucose converted to CO2). Liver glycogen synthesis from alanine was reduced with treatment with DHEA in the groups that received hypercaloric diet The high calorie diet decreased by approximately 19%, glucose uptake in adipose tissue when it was compared to the group with normocaloric diet and the animals treated with DHEA had an increase independent dietary glucose and reversing the reduction caused by hypercaloric diet. In glucose oxidation was no interaction between diet and adipose tissue treatment, its mean that the treatment with DHEA significantly decreased glucose oxidation in the control group and the group produced an increase in calorie diet. In the gastrocnemius muscle glucose uptake was reduced with a high calorie diet. The CO2 production and glycogen synthesis in soleus muscle increased only in the groups receiving the high calorie diet. In cardiac muscle, treatment with DHEA increased glycogen concentration only in the group with hypercaloric diet. Moreover, in this same tissue, DHEA caused a 55% increase in protein expression of pAKT in the group with hypercaloric diet. In the study with cardiomyocyte the protection parameters were evaluated against free radical formation after cells were subjected to hypoxia and reoxygenation, and it was found that treatment with DHEA decreases the amount of intracellular free radicals. We also evaluated the expression of enzymes SOD and CAT, which did not have a significative change with treatment. Regarding the process of apoptosis, caspase 3 expression showed a reduction in group treated with DHEA in cells subjected to hypoxiareoxygenation. Thus, we can conclude that DHEA did not significantly changes in the metabolic parameters in males while in females DHEA to produce significative effects. In rats with high calorie diet DHEA improved carbohydrate metabolism. Regarding cardiomyocytes, we found that DHEA partially protects cells after a hypoxia20 reoxygenation event. Further studies need to be conducted in order to investigate the mechanisms that are activated after treatment with DHEA that can changes the cellular metabolism.
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Avaliação da atividade do extrato de Pycnoporus sanguineus sobre o metabolismo energético de ratos submetidos aos modelos de diabetes e dislipidêmiaDentz, Maiza Cristina Von January 2018 (has links)
A obesidade e a diabetes mellitus são duas comorbidades que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, acarretando prejuízos à saúde, perda da qualidade de vida e custos econômicos. A busca por tratamentos, que representem menor custo de produção e menos efeitos adversos, é realizada muitas vezes mediante estudo de extratos naturais. Os extratos naturais concentram compostos bioativos que amplificam o efeito benéfico do consumo de determinados alimentos sobre o metabolismo. Extratos naturais se destacam pela capacidade de atuar no metabolismo de lipídios, modificando as concentrações séricas de triglicerídeos, colesterol total, colesterol HDL e LDL. Neste estudo, foi avaliado o efeito do tratamento com o extrato de Pycnoporus sanguineus sobre o metabolismo de ratos diabéticos e ratos dislipidêmicos. Obteve-se efeito do extrato principalmente sobre o metabolismo de lipídios de ratos diabéticos. O tratamento atuou aumentando o ganho de peso, a oxidação de glicose no tecido adiposo retroperitoneal, além da síntese de lipídios a partir de glicose nesse mesmo tecido. Não foram observadas diferenças nos lipídios séricos. Nos ratos dislipidêmicos, o extrato teve comportamento diferente, atuando no aumento dos níveis de ureia e na diminuição da conversão hepática de glicose a glicogênio, assim como na captação muscular de glicose nos grupos controle A análise do extrato por CLAE-EM não mostrou diferenças na concentração de cinabarina e ácido cinabarínico, quando se compara ao extrato de P. sanguineus utilizado em outros estudos. Acreditamos que o tratamento não foi tão efetivo quanto em outros estudos devido à forma de administração utilizada, que permitiu a diminuição da biodisponibilidade do composto ativo no sangue. No entanto, somando os dados obtidos na literatura aos efeitos sobre o metabolismo do tecido adiposo neste experimento, acreditamos que o extrato possa estar atuando via ativação do PPARs γ e/ou α. Os efeitos sobre o metabolismo hepático e muscular observados pela primeira vez neste trabalho, mostram que novos estudos devem ser conduzidos com mudanças na forma de administração para identificar os efeitos do extrato em outras vias relacionadas. Este estudo também propõe um modelo de síndrome metabólica obtido mediante dieta hiperlipídica produzida em nosso laboratório. O tratamento com esta dieta durante 60 dias foi capaz de causar dislipidemia, aumento dos níveis glicêmicos e resistência a insulina. / Obesity and diabetes mellitus are two comorbidities that increase the risk of developing cardiovascular diseases, leading to health losses, loss of life quality and economic costs. The search for treatments that represent lower cost of production and fewer side effects is often done through the study of natural extracts. The natural extracts concentrate bioactive compounds, amplifying the beneficial effect of the consumption of certain foods on the metabolism. Natural extracts have been highlighted because of their ability to act on lipid metabolism, modifying the serum concentrations of triglycerides, total cholesterol, HDL and LDL cholesterol. In this study the effect of treatment with Pycnoporus sanguineus extract on the metabolism of diabetic rats and dyslipidemic rats was evaluated. The effect of the extract was mainly on the lipid metabolism of diabetic rats. The treatment acted to increase the weight gain, the glucose oxidation in the retroperitoneal adipose tissue and the synthesis of lipids from glucose in the same tissue. No differences were observed in serum lipids. In the dyslipidemic rats, the extract had a different behavior by increasing the urea levels, and decreasing the hepatic conversion of glucose to glycogen and muscle glucose uptake in the control groups Analysis of the extract by HPLC-MS showed no differences in the concentration of cinabarine and cinabarine acid compared to the extract of P. sanguineus used in other studies. We believe that the treatment was not as effective as in other studies due to the form of administration used, which allowed the bioavailability of the active compound to decrease in the blood. However, adding the data obtained in the literature to the effects on adipose tissue metabolism in this experiment, we believe that the extract may be acting by activating the γ and / or α PPARs. The effects on liver and muscle metabolism observed for the first time in this study show that further studies should be conducted with changes in the administration form to identify the effects of the extract on these and other related pathways. This study also proposes a model of metabolic syndrome obtained through a hyperlipidic diet produced in our laboratory. The treatment with this diet during 60 days was able to cause dyslipidemia, increase in glycemic levels and resistance to insulin.
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Drogas antiepiléticas: repercussões no perfil lipídico e espessura médio-intimal carotídeaPereira, Moema Peisino 25 March 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2015-05-28T13:25:14Z
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Previous issue date: 2015-03-25 / Introdução: Drogas antiepilépticas (DAEs) podem repercutir em marcadores de risco
cardiovascular e promover aterosclerose. Neste estudo, propomos avaliar a influência de
DAEs de primeira geração no perfil lipídico, espessura médio-intimal carotídea (EMIC) e
outros marcadores de risco cardiovascular em pacientes com epilepsia. Métodos: Esta
dissertação é dividida em Apresentação e quatro capítulos. No primeiro capítulo, intitulado:
Drogas antiepilépticas: repercussões no perfil lipídico e espessura médio-intimal carotídea,
apresentamos uma revisão crítica de artigos científicos relacionados a este tema nas bases de
dados Medline/PubMed, Scientific Eletronic Library online (Scielo) e Literatura Latino-
América e do Caribe em Ciências da Saúde (LiLacs). O segundo capítulo, sob título
Metodologia, esteve dedicado ao detalhamento dos métodos empregados no estudo
transversal, com grupo controle, realizado entre março de 2013 a outubro de 2014 no Hospital
Universitário Oswaldo Cruz (HUOC)- UPE e Hospital das Clínicas da UFPE. Para este
estudo 138 pacientes e 63 indivíduos controles tiveram amostras de sangue coletadas para
obtenção de perfil lipídico, VHS e ácido úrico. Foram excluídos indivíduos em uso de
qualquer outra droga não antiepiléptica, com antecedente de eventos cardiovasculares,
tabagistas, etilistas, hepatopatas e renais crônicos. A EMIC foi obtida por ultrassonografia
realizada por um único radiologista. O programa SPSS 13.0 foi utilizado para análise
estatística. Verificou-se a existência de associação para variáveis categóricas pelo teste quiquadrado
ou teste exato de Fisher. Para variáveis quantitativas, o teste de Normalidade de
Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para verificar a distribuição de normalidade, seguindo-se o
teste t (paramétrico) ou Mann Whitney (não paramétrico) para comparação entre dois grupos
e ANOVA para comparação entre grupos. A correlação entre resultados foi efetuada através
do coeficiente de correlação de Pearson (paramétrico) ou Spearman (não paramétrico).
Resultados: No capítulo 1, artigo de revisão, discutimos que as DAEs de primeira e segunda
geração podem estar associadas a modificações no perfil lipídico e indução de aterosclerose.
O mecanismo e tipo desta interferência não estão totalmente estabelecidos. No terceiro, artigo
original sob título: DAEs de primeira geração: repercussões no perfil lipídico e aterosclerose
em pacientes com epilepsia, dos 138 pacientes incluídos, 39,85% (n = 55) faziam uso de
carbamazepina (CBZ), 15,94% (n = 22) de ácido valpróico (VPA), 18,11% (n = 25) de
fenobarbital (PB) e 26,08% (n = 36) politerapia. Os pacientes em uso de PB tiveram
colesterol total com níveis séricos elevados com relação ao grupo controle (p = 0,007, teste t)
e LDL colesterol (LDL-c) que tendeu à significância estatística (p = 0,077, teste t), o número
de indivíduos neste grupo com colesterol total, LDL-c e triglicerídeos acima dos valores de
referência também foi maior em relação ao grupo controle. Pacientes em uso de VPA tiveram
HDL colesterol significativamente menor (p = 0,004, teste t) e valores de ácido úrico (p =
0,004, teste t) e VHS (p = 0,026, teste t) elevados, comparados ao grupo controle. Os grupos
em uso CBZ, VPA ou politerapia não apresentaram modificações significativas no perfil
lipídico. Nenhuma das drogas promoveu aumentos de EMIC. Idade e tempo de DAE tiveram
correlações com perfil lipídico e EMIC. Conclusões: As DAEs de primeira geração estudadas
tiveram diferenças de seus efeitos em marcadores de risco cardiovascular, mesmo entre as
indutoras enzimáticas. Sugerimos monitorização do perfil lipídico, principalmente em
indivíduos com alto risco cardiovascular e idosos.
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Efeito da ingestão de glúten sobre a massa corporal, a ingestão alimentar e os perfis lipídico e glicêmico de ratosSOUZA, Fernanda Cristina de 02 May 2016 (has links)
O glúten corresponde à fração proteica do trigo, centeio e cevada, estando presente na alimentação de grande parte dos brasileiros devido ao alto consumo de carboidratos. Diversos tipos de reações de hipersensibilidade ao glúten são descritos na literatura, envolvendo mecanismos inflamatórios e imunológicos diversos, gerando sinais e sintomas variados nos indivíduos acometidos. O objetivo deste estudo foi avaliar se a presença de glúten na dieta altera o perfil lipídico, os níveis sanguíneos basais de insulina e glicose, a ingestão alimentar e a massa corporal de ratos. Os animais foram divididos em três grupos (n=18), que receberam dieta padrão sem glúten (Controle) ou dieta experimental contendo 15% (G15) ou 30% (G30) da fonte proteica à base de glúten, durante 1, 2 e 4 semanas. A cada dois dias, a massa corporal e a ingestão alimentar foram avaliadas e, após cada período de tratamento, 6 animais de cada grupo foram eutanasiados para coleta do sangue. Para a comparação entre grupos foi feita a análise de variância de uma via (one-way ANOVA) seguida do pós-teste de Newman-Keuls e os valores de p<0.05 foram considerados como diferentes estatisticamente. Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) na massa corporal, ingestão alimentar, nos níveis de colesterol total, colesterol HDL, colesterol não – HDL, da insulinemia de jejum e do HOMA-IR dos ratos alimentados com glúten em nenhum dos tempos experimentais. Em contrapartida, os animais alimentados com ração contendo glúten apresentaram valores de triglicerídeos maiores do que os observados nos animais do grupo controle após 1 semana (p<0,01) e 2 semanas de tratamento (p<0,001). Após quatro semanas de tratamento, somente os animais alimentados com ração contendo 30% de glúten apresentaram valores de triglicerídeos maiores (p<0,05). A presença do glúten (30%) na dieta também elevou a glicemia de jejum dos ratos após 1 (G30; p<0,001), 2 e 4 (G15 e G30; p<0,001) semanas de tratamento em comparação aos controles. Com base nos resultados apresentados, foi possível concluir que a presença de glúten na dieta de ratos é capaz de promover uma elevação significativa dos níveis séricos de glicose e triglicerídeos, sem alteração elevação da ingestão alimentar, da massa corporal, do HOMA-IR, da insulinemia e dos níveis de colesterol e suas frações. / Gluten is the protein component of wheat, barley and rye and is largely present in food due to increased consumption of refined carbohydrates. It has been described several types of gluten hypersensitivity with different kind of inflammatory and immunologic mechanisms, signals and symptoms. From these considerations, the present study aims to evaluate the effect of gluten on lipid profile, fasting glucose and insulin, body mass gain and food intake of rats. The animals were divided into three groups (n = 18), fed on a gluten free (AIN 93-G) diet (controls) or AIN 93- G modified diet with 15% or 30% of gluten as a protein source (G15 and G30, respectively), during one, two and four weeks. Measurements of food intake and body mass were performed by each two days and the blood and white adipose tissue (WAT) collected in the end of the treatment. There were no differences in body mass gain, WAT, food intake, cholesterol, non HDL–c, HDL–c, fasting insulin and HOMA-IR (p > 0.05). In contrast, rats fed on a 15% and 30% gluten diet show an increase in fasting glucose after one (G30 p<0.001), two and four (G15 and G30 p<0.001) weeks, as well as in triglycerides levels after one (p<0.01), two (p<0.001) and four (p<0.005) weeks in comparison to the control group. We concluded that gluten intake increases the glucose and triglycerides levels in rats, without changing weight gain, white adipose tissue, insulin, HOMA- IR, cholesterol, HDL- c, non HDL-c and food intake. / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG
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Efeito in vitro do hormônio peptídico Stanniocalcina-1 no metabolismo do tecido adiposo branco e do tecido adiposo marrom de ratosCozer, Aline da Silva Gonçalves January 2016 (has links)
As Stanniocalcinas (STCs), também chamadas de hipocalcinas, são hormônios glicoproteicos identificados primeiramente em peixes teleósteos e possuem a função de diminuir os níveis plasmáticos de Ca+2. Em mamíferos, esses hormônios estão expressos em uma variedade de tecidos. As STCs parecem ter, nesses organismos, uma função autócrina/parácrina ao contrário da ação endócrina clássica observada nos peixes. Estudos mostram a importância da STC-1 durante a adipogênese tanto no tecido adiposo branco (TAB) quanto no tecido adiposo marrom (TAM). Observou-se, dentre outras funções metabólicas, efeitos importantes desses hormônios aumentando o consumo de oxigênio mitocondrial e o tamanho das mitocôndrias. Esse estudo teve como objetivo determinar a ação in vitro da STC-1, a partir da incubação do TAB e TAM de ratos com diferentes doses (0,386 pM; 3,86 pM e 38,6 pM) de STC-1 humana (hSTC-1) sobre o metabolismo intermediário desses tecidos. A hSTC- 1 aumentou a incorporação de 14C glicose em lipídios no TAB, enquanto que no TAM a hSTC-1 diminuiu a síntese de lipídios. Além disso, a hSTC-1 aumentou a oxidação de 14C glicose no TAB, entretanto não alterou esse mesmo parâmetro no TAM. Os níveis de ATP foram maiores no TAM incubado com hSTC-1, porém a expressão proteica de UCP-1 e a oxidação de ácidos graxos foram semelhantes aquelas dos grupos controle. No TAB, a mobilização da reserva de triacilgliceróis não foi alterada pela presença da hSTC-1. Nesse estudo concluímos que, a hSTC-1 tem uma ação tecido específica, interferindo no fluxo de glicose nos tecidos adiposos branco e marrom: aumentando as reservas energéticas no TAB e diminuindo a capacidade termogênica no TAM.
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Efeito in vitro do hormônio peptídico Stanniocalcina-1 no metabolismo do tecido adiposo branco e do tecido adiposo marrom de ratosCozer, Aline da Silva Gonçalves January 2016 (has links)
As Stanniocalcinas (STCs), também chamadas de hipocalcinas, são hormônios glicoproteicos identificados primeiramente em peixes teleósteos e possuem a função de diminuir os níveis plasmáticos de Ca+2. Em mamíferos, esses hormônios estão expressos em uma variedade de tecidos. As STCs parecem ter, nesses organismos, uma função autócrina/parácrina ao contrário da ação endócrina clássica observada nos peixes. Estudos mostram a importância da STC-1 durante a adipogênese tanto no tecido adiposo branco (TAB) quanto no tecido adiposo marrom (TAM). Observou-se, dentre outras funções metabólicas, efeitos importantes desses hormônios aumentando o consumo de oxigênio mitocondrial e o tamanho das mitocôndrias. Esse estudo teve como objetivo determinar a ação in vitro da STC-1, a partir da incubação do TAB e TAM de ratos com diferentes doses (0,386 pM; 3,86 pM e 38,6 pM) de STC-1 humana (hSTC-1) sobre o metabolismo intermediário desses tecidos. A hSTC- 1 aumentou a incorporação de 14C glicose em lipídios no TAB, enquanto que no TAM a hSTC-1 diminuiu a síntese de lipídios. Além disso, a hSTC-1 aumentou a oxidação de 14C glicose no TAB, entretanto não alterou esse mesmo parâmetro no TAM. Os níveis de ATP foram maiores no TAM incubado com hSTC-1, porém a expressão proteica de UCP-1 e a oxidação de ácidos graxos foram semelhantes aquelas dos grupos controle. No TAB, a mobilização da reserva de triacilgliceróis não foi alterada pela presença da hSTC-1. Nesse estudo concluímos que, a hSTC-1 tem uma ação tecido específica, interferindo no fluxo de glicose nos tecidos adiposos branco e marrom: aumentando as reservas energéticas no TAB e diminuindo a capacidade termogênica no TAM.
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Efeito in vitro do hormônio peptídico Stanniocalcina-1 no metabolismo do tecido adiposo branco e do tecido adiposo marrom de ratosCozer, Aline da Silva Gonçalves January 2016 (has links)
As Stanniocalcinas (STCs), também chamadas de hipocalcinas, são hormônios glicoproteicos identificados primeiramente em peixes teleósteos e possuem a função de diminuir os níveis plasmáticos de Ca+2. Em mamíferos, esses hormônios estão expressos em uma variedade de tecidos. As STCs parecem ter, nesses organismos, uma função autócrina/parácrina ao contrário da ação endócrina clássica observada nos peixes. Estudos mostram a importância da STC-1 durante a adipogênese tanto no tecido adiposo branco (TAB) quanto no tecido adiposo marrom (TAM). Observou-se, dentre outras funções metabólicas, efeitos importantes desses hormônios aumentando o consumo de oxigênio mitocondrial e o tamanho das mitocôndrias. Esse estudo teve como objetivo determinar a ação in vitro da STC-1, a partir da incubação do TAB e TAM de ratos com diferentes doses (0,386 pM; 3,86 pM e 38,6 pM) de STC-1 humana (hSTC-1) sobre o metabolismo intermediário desses tecidos. A hSTC- 1 aumentou a incorporação de 14C glicose em lipídios no TAB, enquanto que no TAM a hSTC-1 diminuiu a síntese de lipídios. Além disso, a hSTC-1 aumentou a oxidação de 14C glicose no TAB, entretanto não alterou esse mesmo parâmetro no TAM. Os níveis de ATP foram maiores no TAM incubado com hSTC-1, porém a expressão proteica de UCP-1 e a oxidação de ácidos graxos foram semelhantes aquelas dos grupos controle. No TAB, a mobilização da reserva de triacilgliceróis não foi alterada pela presença da hSTC-1. Nesse estudo concluímos que, a hSTC-1 tem uma ação tecido específica, interferindo no fluxo de glicose nos tecidos adiposos branco e marrom: aumentando as reservas energéticas no TAB e diminuindo a capacidade termogênica no TAM.
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Crescimento e marcadores bioquímicos de recém-nascido prematuro / Growth and biochemical markers of preterm newbornBarreto, Grasiely Masotti Scalabrin 13 March 2017 (has links)
Submitted by Edineia Teixeira (edineia.teixeira@unioeste.br) on 2017-11-28T16:03:40Z
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Previous issue date: 2017-03-13 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Prematurity is an emerging problem in global health, contributing to the infant mortality, specifically the neonatal mortality due to prenatal, maternal, fetal, and birth factors. From the advances occurred in recent decades in the maternal-fetal medicine and neonatal care have raised the survival of premature infants, increasingly with birth weight and gestational age (GA) progressively lower, this situation rise the risks of morbidity in the future. Thus, prematurity and low birth weight has been associated with changes in growth and in the metabolism of these children. In the literature, there is a gap on studies that address this issue in the population of premature infants (PT) related to the birth weight classification and it influences in their metabolic profile throughout the follow-up. It is important to investigate over the first few months of the child`s life that was born prematurely, its measures of body composition, as well as, detect the pattern of lipid, glucose and insulin metabolism of these preterm infants. In this sense, it seeks the relationship between the evolution of growth since birth and the metabolic conditions of preterm infants during their follow-up. In this context, it has as objective of the research, evaluating the growth of preterm infants from birth to six months corrected age and their lipid profile, blood glucose levels and insulin as the adequacy of birth weight. A quantitative study, observational, longitudinal, prospective study conducted in a Neonatal Intensive Care Unit and an outpatient follow-up of high risk of a University Hospital. In study 107 mothers and 115 PT was enrolled from 2015 May 1st to 2016 August 15th. 72 preterm infants have completed the follow-up at the six months of corrected age. Preterm infants were divided in two groups - Appropriate weight for gestational age (AGA) and Small for Gestational Age (SGA) and to correlate them with the results of blood glucose, triglyceride, cholesterol and insulin. Statistical analyzes were performed with the Statistica 7.0. Of the total number of preterm infants who completed the follow-up, the majority of mothers was Caucasian, with 10 to 12 years of study, annual income between 3300 to 6300 dollars, not alcoholics or smokers, the infection of urinary tract was the main morbidity during pregnancy, followed by hypertensive disease specifies of pregnancy. 88% of the PT were classified as AGA, 40% weighing between 1000 to 1499g and 45% with gestational age between 28 to 31 week. The growth of preterm newborns was linear over the follow-up, but the Z scores for weight, height and head circumference remained lower than expected for their GA. In the correlation between AGA and SGA infants and their metabolic profiles, no statistical difference between the groups were observed for cholesterol, blood glucose, and insulin, throughout the follow-up. However, the triglycerides showed ascending curve from birth, predominantly between SGA. Therefore, this group of premature constitute a population at high risk for potential cardiovascular changes in the future, as well as, delays in its growth from birth throughout the follow-up. The appropriate follow-up of these newborn babies is fundamental in order to retard, mitigate or avoid morbidities throughout their lives. / A prematuridade é problema emergente na saúde mundial, contribuindo com a mortalidade infantil, especificamente, a mortalidade neonatal decorrente de fatores pré-natais, maternos, fetais e do nascimento. Com os avanços ocorridos nas últimas décadas na medicina materno-fetal e neonatal, observa-se maior sobrevida de crianças prematuras com peso de nascimento e Idade Gestacional (IG) progressivamente menores, elevando riscos de morbidades futuras. Assim, a prematuridade e o baixo peso ao nascer têm sido associados a alterações do crescimento e no metabolismo dessas crianças. Identifica-se, então, como lacuna na literatura estudos que abordem essa temática na população de Recém-Nascidos Prematuros (PT) em relação a sua adequação de peso ao nascer e as influencias ao longo do seguimento no perfil metabólico. Faz-se premente investigar, ao longo dos primeiros meses de vida da criança nascida prematura, suas medidas de composição corporal, bem como detectar a evolução do perfil lipídico, glicêmico e da insulina desses PT. Neste sentido, busca-se a relação entre a evolução do crescimento desde o nascimento e as condições metabólicas do PT ao longo de seu seguimento. Neste contexto, tem-se como objetivo da pesquisa, avaliar o crescimento do PT do nascimento aos seis meses de idade corrigida e seu perfil lipídico, glicêmico e insulínico conforme a adequação de peso ao nascer. Estudo quantitativo, observacional, longitudinal, prospectivo, realizados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Ambulatório de Seguimento de Alto Risco de um Hospital Universitário. Arrolaram-se no estudo 107 mães e 115 PT, entre 01 de maio de 2015 a 15 de agosto de 2016. Desses, 72 PT concluíram o seguimento aos seis meses de Idade Corrigida (IC). Os PT foram divididos em grupo Adequado para Idade Gestacional (AIG) e Pequenos para Idade Gestacional (PIG) correlacionando-os com os exames de glicemia, triglicerídeo, colesterol e insulina. As análises estatísticas foram realizadas no programa Statistica 7.0. Do total de PT que finalizaram o seguimento, a maioria das mães era de etnia branca, com 10 a 12 anos de estudo, renda entre um a dois salários mínimos, não etilistas ou tabagistas, a infecção de trato urinário foi a principal morbidade na gestação, seguida da doença hipertensiva especifica da gestação. Quanto aos PT, 88% foi classificada como AIG, 40% com peso entre 1000 a 1499g e 32% com IG entre 28 a 31 semana. O crescimento dos PT foi linear ao longo do seguimento, mas o escore Z para peso, estatura e perímetro cefálico manteve-se abaixo do esperado para sua IC. Na correlação entre AIG e PIG e seus perfis metabólicos não se evidenciou diferença estatística entre os grupos ao longo do seguimento para colesterol, glicemia, insulina. Contudo, os triglicerídeos apresentaram curva ascendente desde o nascimento predominantemente entre PIG. PT PIG conformam uma população de risco para possíveis alterações cardiovasculares futuras, bem como atrasos em seu crescimento do nascimento ao longo do seguimento. O adequado acompanhamento desses recém-nascidos é fundamental a fim de retardar, atenuar ou evitar morbidades ao longo de suas vidas.
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Investigação da associação de polimorfismos em genes do metabolismo lipídico com o estado periodontal e perfil bioquímico do paciente /Nicchio, Ingra Gagno. January 2020 (has links)
Orientador: Raquel Mantuaneli Scarel Caminaga / Resumo: Globalmente continua-se a buscar evidências de suscetibilidade genética à periodontite (P), pois as variações genéticas entre as diferentes etnias costumam influenciar em tal suscetibilidade. Também há grande interesse em compreender melhor as inter-relações da periodontite com patologias como o Diabetes Mellitus tipo 2 (T2DM, type 2 Diabetes Mellitus) e a Dislipidemia. Devido a similaridades na etiopatiogenia dessas doenças, levantamos a hipótese que genes do metabolismo lipídico estão associados com o desenvolvimento da P e do T2DM. O objetivo deste estudo foi investigar polimorfismos em genes do metabolismo lipídico relacionando-os com o estado periodontal e perfil glicêmico e lipídico do paciente para avaliar se estes estão associados com a P na presença ou não de T2DM. Considerando o cálculo amostral, foram investigados: pacientes com T2DM e periodontite severo ou moderada (Grupo T2DM_P, n=205 pacientes); pacientes sem T2DM com periodontite severo ou moderada (Grupo Periodontitis, n=345); e pacientes sem T2DM e sem periodontite, ou seja, sistemicamente e periodontalmente saudáveis (Grupo Healthy, n= 343). Assim, o Grupo Periodontitis foi considerado controle para o T2DM e o Grupo Healthy foi considerado controle para a T2DM e P. Após o exame periodontal completo, aos participantes deste estudo foi oferecida a realização de exames bioquímicos (perfil glicêmico e lipídico), mesmo para os pacientes diagnosticados pelo seu médico como afetados pelo T2DM. Foram obtidas célula... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Globally, we continue to seek detection of genetic susceptibility to periodontitis (P), as genetic changes between different ethnicities tend to influence susceptibility. Also, there a strong interest from the scientific community to better understand interrelationships between periodontitis and conditions such as Diabetes Mellitus Type 2 (T2DM) and Dyslipidemia. Due to similarities in the etiopathogenesis of these diseases, we hypothesized that genes of lipid metabolism are associated with the development of P and T2DM. This study aimed to investigate polymorphisms in the lipid metabolism genes, relating them to the periodontal state and the patient's glycemic and lipid profile to assess whether these associated are associated with a presence or not of T2DM. For sample calculation, we investigated: patients with T2DM and severe or moderate periodontitis (T2DM_P Group, n = 205 patients); patients without T2DM with severe or moderate periodontitis (Periodontitis Group, n = 345); and patients without T2DM and without periodontitis, or periodontally healthy (Group Healthy, n = 343), which are systemically and periodontally healthy. Thus, the Periodontitis Group was considered control for T2DM and the Healthy Group was considered control for T2DM and P. After a complete periodontal exam of the contributors, they were offered biochemical exams (glycemic and lipid profiles) even for that patients that were diagnosed by their doctor as affected by T2DM. Oral mucosa cells were obtain... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Efeitos da suplementação de manteiga e margarinas no metabolismo lipídico e inflamação de portadores de síndrome metabólica que mantiveram seus hábitos usuais de vida / Effects of butter and margarines supplementation in the lipid metabolism and inflammation of metabolic syndrome individuals in free living stateMiguel, Ana Carolina Moron Gagliardi 09 February 2010 (has links)
Introdução: O consumo de manteigas e margarinas faz parte do hábito alimentar da população e é uma forma eficaz de suplementação de ácidos graxos. No entanto, até o momento se desconhece os efeitos de ácidos graxos saturados, trans, monoinsaturados, poliinsaturados e de fitosteróis no perfil lipídico, inflamatório, de marcadores de disfunção endotelial e no metabolismo da HDL em indivíduos com síndrome metabólica (SM). Objetivo: Examinar os efeitos do consumo diário de manteiga, margarina com ácido graxo trans, margarina com fitosterol e margarina sem ácido graxo trans, em quantidades recomendadas por diretrizes, sobre: 1) o perfil lipídico, apolipoproteínas (Apo), marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial e transferência de lipídeos para HDL, em indivíduos com SM, sem alterar seus hábitos usuais de vida, 2) a associação desses parâmetros com a composição nutricional das dietas dos indivíduos estudados. Métodos: Este estudo foi randomizado, cego, onde 100 indivíduos receberam porções diárias isocalóricas de manteiga ou margarina com ácido graxo trans ou margarina com fitosterol ou margarina sem ácido graxo trans em adição às suas dietas usuais, por 5 semanas. Foram determinados: perfil lipídico, Apos, marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial, LDL pequenas e densas e transferências de lipídeos para a HDL. Diferenças entre os grupos foram avaliados por ANOVA. Resultados: A amostra final foi composta por 66 indivíduos (63,6% mulheres, idade média 47,6 anos). Houve redução de -10,3% na Apo B (p=0,043) e de -15,2% na razão Apo B/Apo A-I (p=0,034) após consumo de margarina com fitosterol. Não foram verificadas diferenças significativas nos lípides após consumo de manteiga, margarina com trans ou margarina sem trans. Transferências de fosfolípides foram reduzidas no grupo margarina com fitosterol (-4,7% vs. margarina com trans p=0,037); no grupo margarina sem trans foram reduzidas as transferências de: colesterol éster (-27% vs. manteiga e margarina com trans p=0,002), triglicérides (-43,3% vs. outros grupos p<0,001) e colesterol livre (-16,4%, vs. margarina com trans e margarina com fitosterol p=0,006). Não foram verificadas alterações significantes nos marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial entre os grupos. Associações foram observadas entre os marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial e consumo de lipídeos totais, ácidos graxos saturados, mono e poliinsaturados, colesterol, além de consumo energético e de carboidratos. As transferências de lipídeos para HDL associaram-se inversamente com o consumo de fibra alimentar. Conclusão: Nossos resultados indicam que o consumo de manteiga, margarina com ácido graxo trans e margarina sem ácido graxo trans, nas quantidades estudadas, por indivíduos com síndrome metabólica que não alteraram seus hábitos usuais de vida, não modificam o perfil lipídico ou marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial. O consumo de margarina com fitosterol e margarina sem trans nas quantidades recomendadas reduziram respectivamente a concentração de Apo B e a habilidade da HDL de receber lípides. Os marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial associaram-se com o consumo de gorduras e carboidratos, sugerindo que dietas ricas em gorduras e calorias podem modular a resposta inflamatória em indivíduos com SM. / Introduction: The consumption of butter and margarines are part of population dietary habits and is an effective form of fatty acid supplementation. However, the effects of saturated, trans, monounsaturated and polyunsaturated fatty acids and of plant sterol supplementation in the lipid profile, inflammation and endothelial dysfunction markers, and in the metabolism of HDL in individuals with the metabolic syndrome (MS) are unknown. Objective: Examine the effects of daily servings of butter, trans fat margarine, no trans fat margarine, and plant sterol margarine, within guideline recommended amounts, on: 1) plasma lipids, apolipoproteins (Apo), biomarkers of inflammation and endothelial dysfunction and on the lipid transfer of radioactive lipids to HDL particles in free-living subjects with the MS, 2) to analyze the association of these parameters with the nutritional composition of the individuals\' diets. Methods: This was a randomized, single-blind study where 100 MS subjects received isocaloric servings of butter, trans fat margarine, no-trans fat margarine or plant sterol margarine in addition to their usual diets for 5 weeks. The main outcome measures were plasma lipids, Apo, inflammatory and endothelial dysfunction markers, small dense LDL cholesterol concentration and in vitro radioactive lipid transfer from cholesterol-rich emulsions to HDL. Difference among groups was evaluated by ANOVA. Results: Sixty-six subjects completed the study (63.6% women, mean age 47.6 years). There was a significant reduction in Apo B (-10.3 %, p=0.043) and in the Apo B/A-1 ratio (-15.2%, p=0.034) with plant sterol margarine. No changes in plasma lipids were noticed with butter, trans fat margarine and no-trans fat margarine. Transfer rates of lipids to HDL were reduced in the plant sterol margarine group: phospholipids -4.7% (p=0.037 vs. trans fat margarine) and in the no-trans fat margarine group: triglycerides -43.3%, (P<0.001 vs. other groups), cholesterol ester -27% (p=0.002 vs. butter and trans fat margarine) and free cholesterol -16.4% (p=0.006 vs. trans fat and plant sterol margarine). No significant effects were noted on inflammatory and endothelial dysfunction markers concentrations among the groups. An association was observed among the inflammatory markers and of endothelial dysfunction and the consumption of total lipids, saturated, monounsaturated and polyunsaturated fatty acids, cholesterol, energy consumption and carbohydrates. The transfer rates of lipids to HDL were inversely associated with the consumption of dietary fiber. Conclusions: In free living subjects with the MS the consumption of butter, trans fat margarine and no-trans fat margarine, within recommended amounts did not modify the lipid profile or markers of inflammation and endothelial dysfunction. The consumption of plant sterol and no-trans fat margarines reduced respectively Apo B concentrations and the ability of HDL to accept lipids. The inflammatory and endothelial dysfunction markers were positively associated with the consumption of fats and carbohydrates suggesting that diets rich in fats and calories can modulate inflammation in subjects with the MS.
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