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Esporotricose sistêmica experimental: Avaliação in vivo da β (1-3) glucana em associação ao itraconazol em modelo murino / Experimental systemic sporotrichosis: evaluation in vivo _ (1-3) glucan and in association to itraconazole in murine modelMartins, Anelise Afonso January 2012 (has links)
A esporotricose, micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, acomete o homem e várias espécies de animais, sendo os felinos domésticos a espécie mais comumente envolvida nos relatos zoonóticos da enfermidade. Considerando as dificuldades terapêuticas no tratamento da micose, incluindo toxicidade e o desenvolvimento de resistência aos antifúngicos disponíveis, o estudo objetivou avaliar a eficácia in vivo do imunomodulador (1-3) glucana e em associação ao Itraconazol no tratamento da esporotricose sistêmica experimental, além de avaliar a presença do S. schenckii na cavidade oral e a produção de óxido nítrico. Foram utilizados 96 ratos Wistar, machos, os quais foram divididos em seis grupos de 16 animais, sendo eles G1: 0,5mg de glucana previamente (três doses) e pós a inoculação; G2: 0,5 mg glucana pós inoculação; G3: grupo controle; G4: 0,5mg de glucana associada a 10mg/kg de itraconazol; G5: 10mg/kg de itraconazol; e grupo G6: duas doses de 0,5mg de glucana associado a 10mg/kg de itraconazol. Os animais foram inoculados com 0,1ml do inóculo fúngico pela via intraperitoneal e veia lateral da cauda, após uma semana iniciou-se o tratamento dos grupos, quando estes apresentavam sinais clínicos da enfermidade. Após acompanhamento clínico durante a cinco semanas de tratamento e isolamento do agente na cavidade oral dos animais, estes foram eutanasiados e necropsiados para a coleta de sangue, avaliação anatomopatológica dos órgãos, retroisolamento do agente, quantificação das unidades formadoras de colônias (UFC) do baço e quantificação de óxido nítrico. Na primeira avaliação foi observado no grupo G1, uma prevenção da enfermidade desencadeada pela glucana, uma vez que, os animais pertencentes a esse grupo não apresentaram sinais clínicos, lesões anatomopatológicas e obtiveram a menor quantificação de UFC (p<0,5). No entanto no final do período experimental o G4 foi significativamente melhor dentre os grupos de tratamento, pois, findou o período com 70% dos animais sem qualquer alteração clínica, lesões macroscópicas nos órgãos e retroisolamento do agente, além de demonstrar menor quantificação nas UFCs e não ocorrer nenhum óbito decorrente da enfermidade. Os grupos G2, G5 e G6 foram significativamente melhor que o grupo controle uma vez que este grupo apresentou uma mortalidade de 31,25%, além de que 100% dos animais permanceram com alterações clínicas, lesões em órgão como fígado, baço e testículo e demonstraram maior quantificação de UFC (p<0,5). Quanto á produção de óxido nítrico foi verificado maior quantidade nos grupos que receberam a glucana em detrimento aos demais grupos. Em vista dos resultados obtidos conclui-se que a glucana induz a produção de óxido nítrico e os cinco tratamentos demostraram resultados satisfatórios, no entanto, a associação do antifúngico e (1-3) glucana propiciou uma regressão mais precoce das lesões no tratamento da esportricose sistêmica experimental. / Sporotrichosis is a subcutaneous mycosis caused by the dimorphic fungus Sporothrix schenckii, which affects humans and a wide variety of animals, domestic cats involved in reports of zoonotic illness. Considering the difficulties in the therapeutic treatment of ringworm, including toxicity and the development of resistance to antifungals available, the study aimed to evaluate the efficacy of the immunomodulator in vivo (1-3) glucan and in combination with Itraconazole in the treatment of experimental systemic sporotrichosis, beyond to evaluate the presence of S. Schenckii in the oral cavity of experimental animals and the production of oxide nitric. Were used 96 male Wistar rats, which were divided into 6 groups of 16 animals, and they were G1: 0.5 mg of glucan in advance (three doses) and after inoculation G2: 0.5 mg glucan after inoculation; G3: control group; G4: 0.5 mg of glucan associated with 10mg/kg of itraconazole; G5: 10mg/kg of itraconazole, and G6: two doses of 0.5 mg of glucan associated 10mg/kg of the itraconazole. The animals were inoculated with 0.1 ml of fungal inoculum by intraperitoneal and lateral tail vein, after one week started treatment groups when they showed clinical signs of disease. After clinical monitoring during the five weeks of treatment and isolation of the agent in the oral cavity of animals, they were euthanized and necropsied to collect blood, anatomopathological evaluation of organs, organ cultures of the agent, and quantification of colony forming units (CFU) of spleen. In the first evaluation was observed in G1, a prevention of the disease triggered by glucan, since the animals from this group showed no clinical signs, anatomopathologicals lesions and obtained the smaller number of CFU (p <0.5). However at the end of experimental period the G4 was significantly better among the treatment groups, therefore, ended the period with 70% of animals without any clinical alteration, macroscopic lesions in organs and organ cultures of the agent, beyond to demonstrate smaller number in CFUs and not occur any deaths resulting from illnes .The groups G2, G5 and G6 were significantly better than the control group since this group had a mortality rate of 31.25%, besides that 100% of the animals remained with clinical changes, lesions in organs such as liver, spleen and testis and demonstrated greater quantification of CFU (p <0,5). As the production of nitric oxide has been found much in the groups receiving the glucan rather than to the other groups. In view of these obtained results it is concluded that glucan induces the production of nitric oxide and the five treatments demonstrated efficacy to the reference sporotrichosis experimental systemically, however, the combination of antifungal (1-3) glucan provided an early regression of the lesions.
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Esporotricose sistêmica experimental: Avaliação in vivo da β (1-3) glucana em associação ao itraconazol em modelo murino / Experimental systemic sporotrichosis: evaluation in vivo _ (1-3) glucan and in association to itraconazole in murine modelMartins, Anelise Afonso January 2012 (has links)
A esporotricose, micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, acomete o homem e várias espécies de animais, sendo os felinos domésticos a espécie mais comumente envolvida nos relatos zoonóticos da enfermidade. Considerando as dificuldades terapêuticas no tratamento da micose, incluindo toxicidade e o desenvolvimento de resistência aos antifúngicos disponíveis, o estudo objetivou avaliar a eficácia in vivo do imunomodulador (1-3) glucana e em associação ao Itraconazol no tratamento da esporotricose sistêmica experimental, além de avaliar a presença do S. schenckii na cavidade oral e a produção de óxido nítrico. Foram utilizados 96 ratos Wistar, machos, os quais foram divididos em seis grupos de 16 animais, sendo eles G1: 0,5mg de glucana previamente (três doses) e pós a inoculação; G2: 0,5 mg glucana pós inoculação; G3: grupo controle; G4: 0,5mg de glucana associada a 10mg/kg de itraconazol; G5: 10mg/kg de itraconazol; e grupo G6: duas doses de 0,5mg de glucana associado a 10mg/kg de itraconazol. Os animais foram inoculados com 0,1ml do inóculo fúngico pela via intraperitoneal e veia lateral da cauda, após uma semana iniciou-se o tratamento dos grupos, quando estes apresentavam sinais clínicos da enfermidade. Após acompanhamento clínico durante a cinco semanas de tratamento e isolamento do agente na cavidade oral dos animais, estes foram eutanasiados e necropsiados para a coleta de sangue, avaliação anatomopatológica dos órgãos, retroisolamento do agente, quantificação das unidades formadoras de colônias (UFC) do baço e quantificação de óxido nítrico. Na primeira avaliação foi observado no grupo G1, uma prevenção da enfermidade desencadeada pela glucana, uma vez que, os animais pertencentes a esse grupo não apresentaram sinais clínicos, lesões anatomopatológicas e obtiveram a menor quantificação de UFC (p<0,5). No entanto no final do período experimental o G4 foi significativamente melhor dentre os grupos de tratamento, pois, findou o período com 70% dos animais sem qualquer alteração clínica, lesões macroscópicas nos órgãos e retroisolamento do agente, além de demonstrar menor quantificação nas UFCs e não ocorrer nenhum óbito decorrente da enfermidade. Os grupos G2, G5 e G6 foram significativamente melhor que o grupo controle uma vez que este grupo apresentou uma mortalidade de 31,25%, além de que 100% dos animais permanceram com alterações clínicas, lesões em órgão como fígado, baço e testículo e demonstraram maior quantificação de UFC (p<0,5). Quanto á produção de óxido nítrico foi verificado maior quantidade nos grupos que receberam a glucana em detrimento aos demais grupos. Em vista dos resultados obtidos conclui-se que a glucana induz a produção de óxido nítrico e os cinco tratamentos demostraram resultados satisfatórios, no entanto, a associação do antifúngico e (1-3) glucana propiciou uma regressão mais precoce das lesões no tratamento da esportricose sistêmica experimental. / Sporotrichosis is a subcutaneous mycosis caused by the dimorphic fungus Sporothrix schenckii, which affects humans and a wide variety of animals, domestic cats involved in reports of zoonotic illness. Considering the difficulties in the therapeutic treatment of ringworm, including toxicity and the development of resistance to antifungals available, the study aimed to evaluate the efficacy of the immunomodulator in vivo (1-3) glucan and in combination with Itraconazole in the treatment of experimental systemic sporotrichosis, beyond to evaluate the presence of S. Schenckii in the oral cavity of experimental animals and the production of oxide nitric. Were used 96 male Wistar rats, which were divided into 6 groups of 16 animals, and they were G1: 0.5 mg of glucan in advance (three doses) and after inoculation G2: 0.5 mg glucan after inoculation; G3: control group; G4: 0.5 mg of glucan associated with 10mg/kg of itraconazole; G5: 10mg/kg of itraconazole, and G6: two doses of 0.5 mg of glucan associated 10mg/kg of the itraconazole. The animals were inoculated with 0.1 ml of fungal inoculum by intraperitoneal and lateral tail vein, after one week started treatment groups when they showed clinical signs of disease. After clinical monitoring during the five weeks of treatment and isolation of the agent in the oral cavity of animals, they were euthanized and necropsied to collect blood, anatomopathological evaluation of organs, organ cultures of the agent, and quantification of colony forming units (CFU) of spleen. In the first evaluation was observed in G1, a prevention of the disease triggered by glucan, since the animals from this group showed no clinical signs, anatomopathologicals lesions and obtained the smaller number of CFU (p <0.5). However at the end of experimental period the G4 was significantly better among the treatment groups, therefore, ended the period with 70% of animals without any clinical alteration, macroscopic lesions in organs and organ cultures of the agent, beyond to demonstrate smaller number in CFUs and not occur any deaths resulting from illnes .The groups G2, G5 and G6 were significantly better than the control group since this group had a mortality rate of 31.25%, besides that 100% of the animals remained with clinical changes, lesions in organs such as liver, spleen and testis and demonstrated greater quantification of CFU (p <0,5). As the production of nitric oxide has been found much in the groups receiving the glucan rather than to the other groups. In view of these obtained results it is concluded that glucan induces the production of nitric oxide and the five treatments demonstrated efficacy to the reference sporotrichosis experimental systemically, however, the combination of antifungal (1-3) glucan provided an early regression of the lesions.
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Avaliação da etiopagenia da encefalite causada pelo herpesvírus equino tipo 1 utilizando um modelo murino de neuroinfecção / Evaluation of the encephalitis etiopathogenesis caused by equine herpesvirus type 1 using a mouse model of neuroinfectionMori, Claudia Madalena Cabrera 17 December 2012 (has links)
O herpesvirus equino tipo 1 (EHV-1) é um importante patógeno que causa doença respiratória, abortamento e desordens neurológicas em equinos. O presente estudo foi realizado visando estabelecer um modelo murino de infecção pelo EHV-1 para investigar a resposta do hospedeiro frente à infecção viral e as alterações neurológicas causadas por esse agente. Camundongos das linhagens BALB/c, BALB/c nude, C3H/HeJ, C57BL/6, C57BL/6 CD4-/- e C57BL/6 CD8-/- foram inoculados por via intranasal com as estirpes brasileiras A4/72, A9/92 e A3/97 do EHV-1. Neste estudo, associou-se a histopatologia, a imunoistoquímica e o método de transcrição reversa seguida pela PCR quantitativa em tempo real para investigar a relação entre a infecção pelo vírus com o desenvolvimento de lesões e a resposta de citocinas pró-inflamatórias no SNC de camundongos das diferentes linhagens. As estirpes brasileiras A4/72 e A9/92 do EHV-1 causaram infecção aguda e letal nas diferentes linhagens de camundongos isogênicos. Os sinais clínicos e neurológicos, tais como perda de peso, pelos arrepiados, postura arqueada, apatia, descarga nasal e ocular, dispnéia, desidratação e sialorréia apareceram entre o 2º e 3º dpi. Essas manifestações foram acompanhadas pelo aumento da sensibilidade a estímulos externos, convulsões, recumbência e morte. O vírus foi consistentemente isolado do SNC, pulmões, fígado, baço e timo de todos os camundongos com sinais neurológicos. As alterações histopatológicas consistiram de leptomeningite, hemorragia focal, ventriculite, degeneração e necrose neuronal, neuronofagia, inflamação não supurativa, gliose multifocal e infiltração perivascular de células polimorfonucleares e mononucleares. A análise imunoistoquímica demonstrou que as estirpes A4/72 e A9/92 do EHV-1 replicaram-se nos neurônicos do bulbo olfatório, cortex cerebral e no hipocampo. Ao contrário, os camundongos inoculados com a estirpe A3/97 do EHV-1 não apresentaram perda de peso ou quaisquer sinais clínicos ou neurológicos; entretanto, o vírus foi isolado dos pulmões no 3º dpi. As estirpes A4/72 e A9/92 do EHV-1 apresentaram tropismo pelo tecido nervoso com capacidade de neuroinvasão e neurovirulência. A estirpe A3/97 do EHV-1 não foi neurovirulenta, apesar de ter sido reisolada do SNC de camundongos BALB/c nude infectados. Detectou-se aumento da expressão de mRNA para TNF-α, IL-6 e CCL2 no SNC dos camundongos infectados pelo EHV-1 com 2 e 3 dpi; entretanto, não houve expressão de mRNA para IFN-γ. Os camundongos com o fundo genético C57BL/6, que apresentam predominantemente resposta do tipo Th1, mostraram níveis mais altos de expressão de mRNA para TNF-α, IL-6 e CCL2, quando comparados com os BALB/c. A gravidade dos sinais observados em camundongos infectados pode ser correlacionada com o pico destas citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-6) e da quimiocina CCL2, que são produzidas logo após a infecção viral por células residentes da glia e/ou infiltrativas no SNC. Esses achados indicam que as diferentes linhagens de camundongos isogênicos são susceptíveis a infecção por estirpes neuropatogênicas do EHV-1 e poderiam servir como modelo para o estudo da patogênese e dos mecanismos que contribuem no desenvolvimento da mieloencefalopatia herpética equina. / Equid herpesvirus type 1 (EHV-1) is a major pathogen which causes respiratory disease, abortions and neurological disorders in horses. The present study was carried out to establish a murine model of EHV-1 infection and investigate host response against the virus and neurological disorders caused by this pathogen. BALB/c, BALB/c nude, C3H/HeJ, C57BL/6, C57BL/6 CD4-/- and C57BL/6 CD8-/- mice were intranasally inoculated with EHV-1 A4/72, A9/92 and A3/97 Brazilian strains. In this study, we combined histopathology, immunohistochemistry, and a quantitative real-time RT-PCR method to investigate the relationship between virus infection and the development of lesions and cytokine responses in the CNS of different strains of mice. Intranasal inoculation of EHV-1 A4/72 and A9/92 induced acute and lethal meningoencephalitis in mice. Clinical and neurological signs appeared between the 2nd and 3rd dpi and included weight loss, ruffled fur, a hunched posture, crouching in corners, nasal and ocular discharges, dyspnoea, dehydration and increased salivation. These signs were followed by increased reactivity to external stimulation, seizures, recumbency and death. The virus was consistently recovered from the CNS and visceral organs of all mice with neurological symptoms. Histopathological changes consisted of leptomeningitis, focal hemorrhage, ventriculitis, neuronal degeneration and necrosis, neuronophagia, non-suppurative inflammation, multi-focal gliosis and perivascular infiltration of polymorphonuclear and mononuclear cells. Immunohistochemical examination demonstrated that EHV-1 strains A4/72 and A9/92 replicated in neurons of the olfactory bulb, cortical regions and hippocampus. In contrast, mice inoculated with the EHV-1 strain A3/97 showed neither weight loss nor apparent clinical or neurological signs of the disease; however, the virus was recovered from their lungs at 3 dpi. While EHV-1 strains A4/72 and A9/92 exhibited a high degree of tropism for the CNS with robust neuroinvasiveness and neurovirulence, the EHV-1 strain A3/97 was not neurovirulent despite being detected in the CNS of infected BALB/c nude mice. Increased mRNA levels of TNF-α, IL-6 and CCL2 were detected in the nervous tissue of EHV-1 infected mice at 2 and 3 dpi; however, IFN-γ mRNA was not consistently expressed. Mice with the background C57BL/6, which exhibit predominantly Th1-type responses, showed the highest levels of TNF-α, IL-6 and CCL-2 mRNA in the CNS, when compared to BALB/c mice. The severity of signs observed in infected mice could be correlated with the peak of these proinflammatory cytokines (TNF-α and IL-6) and the chemokine CCL2, which are produced early after viral infection by both cells infiltrating into the CNS from the periphery and/or glial resident cells. These findings indicate that several inbred mouse strains are susceptible to neuopathogenic EHV-1 strains and should be useful models for studying the pathogenesis and mechanisms contributing to equine herpes myeloencephalopathy in horses.
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Avaliação da etiopagenia da encefalite causada pelo herpesvírus equino tipo 1 utilizando um modelo murino de neuroinfecção / Evaluation of the encephalitis etiopathogenesis caused by equine herpesvirus type 1 using a mouse model of neuroinfectionClaudia Madalena Cabrera Mori 17 December 2012 (has links)
O herpesvirus equino tipo 1 (EHV-1) é um importante patógeno que causa doença respiratória, abortamento e desordens neurológicas em equinos. O presente estudo foi realizado visando estabelecer um modelo murino de infecção pelo EHV-1 para investigar a resposta do hospedeiro frente à infecção viral e as alterações neurológicas causadas por esse agente. Camundongos das linhagens BALB/c, BALB/c nude, C3H/HeJ, C57BL/6, C57BL/6 CD4-/- e C57BL/6 CD8-/- foram inoculados por via intranasal com as estirpes brasileiras A4/72, A9/92 e A3/97 do EHV-1. Neste estudo, associou-se a histopatologia, a imunoistoquímica e o método de transcrição reversa seguida pela PCR quantitativa em tempo real para investigar a relação entre a infecção pelo vírus com o desenvolvimento de lesões e a resposta de citocinas pró-inflamatórias no SNC de camundongos das diferentes linhagens. As estirpes brasileiras A4/72 e A9/92 do EHV-1 causaram infecção aguda e letal nas diferentes linhagens de camundongos isogênicos. Os sinais clínicos e neurológicos, tais como perda de peso, pelos arrepiados, postura arqueada, apatia, descarga nasal e ocular, dispnéia, desidratação e sialorréia apareceram entre o 2º e 3º dpi. Essas manifestações foram acompanhadas pelo aumento da sensibilidade a estímulos externos, convulsões, recumbência e morte. O vírus foi consistentemente isolado do SNC, pulmões, fígado, baço e timo de todos os camundongos com sinais neurológicos. As alterações histopatológicas consistiram de leptomeningite, hemorragia focal, ventriculite, degeneração e necrose neuronal, neuronofagia, inflamação não supurativa, gliose multifocal e infiltração perivascular de células polimorfonucleares e mononucleares. A análise imunoistoquímica demonstrou que as estirpes A4/72 e A9/92 do EHV-1 replicaram-se nos neurônicos do bulbo olfatório, cortex cerebral e no hipocampo. Ao contrário, os camundongos inoculados com a estirpe A3/97 do EHV-1 não apresentaram perda de peso ou quaisquer sinais clínicos ou neurológicos; entretanto, o vírus foi isolado dos pulmões no 3º dpi. As estirpes A4/72 e A9/92 do EHV-1 apresentaram tropismo pelo tecido nervoso com capacidade de neuroinvasão e neurovirulência. A estirpe A3/97 do EHV-1 não foi neurovirulenta, apesar de ter sido reisolada do SNC de camundongos BALB/c nude infectados. Detectou-se aumento da expressão de mRNA para TNF-α, IL-6 e CCL2 no SNC dos camundongos infectados pelo EHV-1 com 2 e 3 dpi; entretanto, não houve expressão de mRNA para IFN-γ. Os camundongos com o fundo genético C57BL/6, que apresentam predominantemente resposta do tipo Th1, mostraram níveis mais altos de expressão de mRNA para TNF-α, IL-6 e CCL2, quando comparados com os BALB/c. A gravidade dos sinais observados em camundongos infectados pode ser correlacionada com o pico destas citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-6) e da quimiocina CCL2, que são produzidas logo após a infecção viral por células residentes da glia e/ou infiltrativas no SNC. Esses achados indicam que as diferentes linhagens de camundongos isogênicos são susceptíveis a infecção por estirpes neuropatogênicas do EHV-1 e poderiam servir como modelo para o estudo da patogênese e dos mecanismos que contribuem no desenvolvimento da mieloencefalopatia herpética equina. / Equid herpesvirus type 1 (EHV-1) is a major pathogen which causes respiratory disease, abortions and neurological disorders in horses. The present study was carried out to establish a murine model of EHV-1 infection and investigate host response against the virus and neurological disorders caused by this pathogen. BALB/c, BALB/c nude, C3H/HeJ, C57BL/6, C57BL/6 CD4-/- and C57BL/6 CD8-/- mice were intranasally inoculated with EHV-1 A4/72, A9/92 and A3/97 Brazilian strains. In this study, we combined histopathology, immunohistochemistry, and a quantitative real-time RT-PCR method to investigate the relationship between virus infection and the development of lesions and cytokine responses in the CNS of different strains of mice. Intranasal inoculation of EHV-1 A4/72 and A9/92 induced acute and lethal meningoencephalitis in mice. Clinical and neurological signs appeared between the 2nd and 3rd dpi and included weight loss, ruffled fur, a hunched posture, crouching in corners, nasal and ocular discharges, dyspnoea, dehydration and increased salivation. These signs were followed by increased reactivity to external stimulation, seizures, recumbency and death. The virus was consistently recovered from the CNS and visceral organs of all mice with neurological symptoms. Histopathological changes consisted of leptomeningitis, focal hemorrhage, ventriculitis, neuronal degeneration and necrosis, neuronophagia, non-suppurative inflammation, multi-focal gliosis and perivascular infiltration of polymorphonuclear and mononuclear cells. Immunohistochemical examination demonstrated that EHV-1 strains A4/72 and A9/92 replicated in neurons of the olfactory bulb, cortical regions and hippocampus. In contrast, mice inoculated with the EHV-1 strain A3/97 showed neither weight loss nor apparent clinical or neurological signs of the disease; however, the virus was recovered from their lungs at 3 dpi. While EHV-1 strains A4/72 and A9/92 exhibited a high degree of tropism for the CNS with robust neuroinvasiveness and neurovirulence, the EHV-1 strain A3/97 was not neurovirulent despite being detected in the CNS of infected BALB/c nude mice. Increased mRNA levels of TNF-α, IL-6 and CCL2 were detected in the nervous tissue of EHV-1 infected mice at 2 and 3 dpi; however, IFN-γ mRNA was not consistently expressed. Mice with the background C57BL/6, which exhibit predominantly Th1-type responses, showed the highest levels of TNF-α, IL-6 and CCL-2 mRNA in the CNS, when compared to BALB/c mice. The severity of signs observed in infected mice could be correlated with the peak of these proinflammatory cytokines (TNF-α and IL-6) and the chemokine CCL2, which are produced early after viral infection by both cells infiltrating into the CNS from the periphery and/or glial resident cells. These findings indicate that several inbred mouse strains are susceptible to neuopathogenic EHV-1 strains and should be useful models for studying the pathogenesis and mechanisms contributing to equine herpes myeloencephalopathy in horses.
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Doença esteatóica não alcoólica do fígado: comparação das alterações histológicas hepáticas entre modelo murino e pacientes obesosPalma, Luana Carneiro January 2013 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2013-10-15T15:33:27Z
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Luana Palma. Doença esteatotica...2012.pdf: 6491139 bytes, checksum: 17714fa9ab206495fbf5e1aa05890deb (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-15T15:33:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Luana Palma. Doença esteatotica...2012.pdf: 6491139 bytes, checksum: 17714fa9ab206495fbf5e1aa05890deb (MD5)
Previous issue date: 2013 / Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / A Doença Esteatótica Não Alcoólica do Fígado (do inglês Nonalcoholic Fatty Liver Disease – NAFLD) é uma doença crônica hepática de caráter espectral, que vai desde a esteatose simples até a esteato-hepatite não alcoólica. A progressão para cirrose e carcinoma hepatocelular têm sido descrita. A NAFLD apresenta aspectos histológicos semelhantes à doença hepática relacionada ao álcool (esteatose, inflamação lobular, corpúsculos de Mallory e fibrose), mas acomete indivíduos com história negativa de consumo excessivo de álcool. A NAFLD é uma das principais doenças crônicas hepáticas mundiais, e os indivíduos obesos representam a maioria dos casos da doença. Os mecanismos envolvidos na progressão da esteatose para esteato-hepatite não são bem compreendidos. Neste aspecto, modelos murinos da NAFLD têm sido frequentemente utilizados para elucidação destes mecanismos. A maioria dos modelos disponíveis é resultante de modificações genéticas e/ou nutricionais e, em geral, não simulam as alterações metabólicas e histológicas comumente vistas em pacientes com NAFLD. Em nosso grupo, foi proposto um novo modelo de NAFLD. Camundongos C57BL/6 alimentados com dieta rica em gordura (High Fat - HF) demonstraram alterações metabólicas e histológicas sugestivas de NAFLD. O objetivo do presente trabalho foi comparar alterações histológicas hepáticas presentes nestes camundongos com as alterações observadas em pacientes obesos. Amostras de fígados de pacientes obesos e de camundongos alimentados com a dieta HF foram utilizadas. Os tecidos hepáticos foram corados em Hematoxilina & Eosina e Picrossírius Red para avaliação das alterações hepáticas (esteatose, balonização, inflamação, corpúsculos de Mallory-Denk e fibrose). Além disso, foi realizada imunoistoquímica para avaliação da presença de células estrelares ativadas e de células progenitoras hepáticas, células envolvidas na fibrose e no desenvolvimento de carcinoma hepatocelular, respectivamente. Os resultados demonstraram que os fígados de todos os pacientes obesos exibiram esteatose macrovacuolar, balonização hepatocelular, inflamação lobular e fibrose perissinusoidal, o que caracterizou estes pacientes como portadores da NAFLD. As mesmas alterações foram observadas em fígados de camundongos alimentados com a dieta HF. As células estrelares ativadas foram observadas em todos os pacientes obesos, assim como em camundongos de dieta HF. As células progenitoras hepáticas foram observadas na maioria dos pacientes obesos. O fígado de todos os camundongos alimentados com dieta HF exibiram células progenitoras hepáticas. A partir dos dados obtidos, pode-se concluir que fígados de camundongos alimentados com dieta HF exibem alterações histológicas hepáticas similares às observadas em pacientes obesos. Isto abre perspectivas para a utilização do modelo proposto em estudos que busquem elucidar os mecanismos envolvidos na patogênese da NAFLD. / Nonalcoholic Fatty Liver Disease (NAFLD) is a chronic liver disease ranging from
simple steatosis to nonalcoholic steatohepatitis. The progression to cirrhosis and
hepatocellular carcinoma has been reported. The NAFLD shows histological features
similar to alcohol-related liver disease (steatosis, lobular inflammation, fibrosis and
Mallory-Denk bodies), but affects individuals with no history of excessive alcohol
consumption. The NAFLD is a major chronic hepatic disease in the world, and obese
individuals represent the majority of cases of the disease. The mechanisms involved
in the progression of steatosis to steatohepatitis are not well understood. In this
regard, murine models of NAFLD have been frequently used for elucidation of these
mechanisms. Most available models are the result of genetic or nutritional
modifications, and generally do not mimic metabolic and histologic changes
commonly seen in patients with NAFLD. In our group, we have proposed a new
model of NAFLD. Mice fed high fat diet (HF diet) demonstrated metabolic and
histological features suggestive of NAFLD. The aim of this study was to compare liver
histological alterations present in these mice with the changes observed in obese
patients. Samples of livers of obese patients and mice fed HF diet were used. For
assessment of liver alterations, such as steatosis, ballooning, inflammation, Mallory-
Denk bodies and fibrosis, tissues were stained with hematoxylin & eosin and
picrossirius red. In addition, the presence of activated stellate and progenitor liver
cells was estimated using immunohistochemistry. The results show that the livers of
all obese patients exhibited macrovesicular steatosis, hepatocellular ballooning,
perisinusoidal fibrosis, and lobular inflammation, which characterized these patients
with NAFLD. Similar changes were observed in livers of mice that fed the HF diet.
Activated stellate cells were observed in all obese patients as well as in mice HF.
Hepatic progenitor cells were observed in most obese patients. The liver of all
animals fed the HF diet exhibited liver progenitor cells. From the data obtained, it can
be concluded that livers of mice fed with HF diet exhibit liver abnormalities similar to
those observed in obese patients. This opens perspectives for the use of the
proposed model in studies that seek to elucidate the mechanisms involved in the
pathogenesis of NAFLD.
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Estudio de la participación de gap junctions en la activación de linfocitos T CD8+ mediante la validación del modelo Murino pMEL-1Navarrete Sánchez, Mariela Ivonne 03 1900 (has links)
Título de Ingeniero en Biotecnología Molecular / Las Gap Junctions (GJs) son clústers de canales intercelulares localizados en la
membrana plasmática que permiten la comunicación directa entre células adyacentes.
Cada canal GJ está compuesto por 2 hemicanales hexaméricos conocidos como
conexones, los cuales a su vez están compuestos por seis proteínas de
transmembrana llamadas conexinas (Cxs), siendo Cx43 la más representada en el
sistema inmune. Se ha vinculado la variación de los niveles normales de expresión de
las Cxs con la patogénesis de distintas enfermedades, incluyendo sordera congénita,
arritmias cardiacas y cáncer. Dentro de esta última nuestro laboratorio ha desarrollado
proyectos de investigación que permitan determinar el papel de las GJs en la respuesta
inmune antitumoral. Por ejemplo, publicaciones previas de nuestro laboratorio han
demostrado que Cx43 participa en la transferencia directa de antígenos tumorales
entre células dendríticas (DCs). Así mismo, Cx43 polariza hacia la sinapsis entre DC y
linfocitos T (LT) CD4+, formando canales funcionales que permiten una comunicación
bidireccional requerida para la activación de LT mediada por APC. Además, se ha
encontrado que Cx43 juega un rol en la activación de células natural killer (NK) por
parte de DCs y en la regulación de la citotoxicidad de las células NK contra células
tumorales. Así mismo, resultados no publicados indican que Cx43 polariza hacia el sitio
de contacto entre LT CD8+ citotóxicos (CTLs) y células de melanoma, sugiriendo que
Cx43 participaría en la citotoxicidad de CTLs en contra de éstas. Estos antecedentes
sugieren que las GJs podría participar en el transporte de moléculas o señales que se
encuentren involucradas en el proceso de activación de LT CD8+ mediada por DCs,
tema que aún no ha sido estudiado por las investigaciones actuales. En estudios
2
anteriores nuestro laboratorio ha trabajado con modelos celulares humanos, sin
embargo, dado que la obtención de LT vírgenes específicos contra el tumor a partir de
donantes sanos es improbable y engorroso, en este trabajo decidimos utilizar el
modelo murino específico para melanoma pMEL-1 y validar y optimizar su utilización
para estudios de la participación de las GJs en la activación de LT CD8+ por parte de
DCs. Nuestros resultados indican que el modelo pMEL-1 no representa alteraciones en
la expresión de Cx43 respecto a su contraparte silvestre (wild type (WT)), y que es un
modelo muy sensible, encontrando expresión del marcador de activación CD69 incluso
desde 1 hora post co-cultivo. Además, se determinó que existe transferencia de
calceína entre moDC y LT CD8+ pMEL-1 en un contexto estrictamente antígeno
específico. Sin embargo, no pudimos dilucidar si las GJs participan del proceso de
activación ya que el método de inhibición utilizado, el cual es un péptido mimético de
Cx43, presentó problemas técnicos de funcionamiento, fenómeno que fue comprobado
en modelos donde anteriormente se había determinado la comunicación mediada por
GJs. Proponemos en el futuro utilizar otros métodos de inhibición, como el uso de
siRNA contra Cx43, para determinar si estos canales juegan un rol en este proceso. / Gap Junctions are clusters of intercellular channels located in the plasma
membrane that allow direct communication between adjacent cells. Each GJ channel is
composed of 2 hexameric hemichannels known as connexions, which are composed by
six transmembrane proteins called conexins (Cxs), being Cx43 the most represented
one in the inmmune system. Variation in normal expression levels on Cxs have been
linked to the development of different diseases, including congenital deafness, cardiac
arrhythmias and cancer, being the last the one where our laboratory has developed
investigation lines that allow to determine the role of GJs in the antitumoral response. In
example, previous publications of our group have demonstrated that Cx43 participates
in the direct transfer of tumoral antigens between dendritic cells (DCs) and that
polarizes to the synapsis between DCs and CD4+ T lymphocytes, forming functional
channels that allow bidirectional communication required for the DCs mediated
activation of LT. Besides this, we have found that Cx43 plays a role in the activation of
natural killer (NK) cells mediated by DCs, and in the regulation of the cytotoxicity of NK
cells against tumor cells. Likewise, unpublished data indicate that Cx43 polarizes to the
contact site between cytotoxic CD8+ T cells (CTLs) and melanoma cells, suggesting
that Cx43 participates in the cytotoxicity of these cells. These backgrounds suggest that
GJs may participate in the transport of molecules or signals that may be involved in the
process of DC mediated activation of CD8+ T cells, subject that hasn’t been studied by
the actual investigations. In previous studies our group has worked with human cellular
models, however, given that obtaining naïve T cells from healthy donors is unlikely and
difficult, in this work we decided to use the melanoma specific murine model pMEL-1
and valid and optimize it’s use for studies of the participation of GJs in the DCs
4
activation of T cells. Our results indicate that the pMEL-1 model doesn’t have
alterations in the Cx43 expression levels compared with the wild type background and
that it is a very sensible model, in which we can evaluate the activation of T cells even
an hour after co-culture. Besides, it was determined the existence of calcein transfer
between moDCs and CD8+ pMEL-1 T cells in a strictly antigen specific context.
However, we could not elucidate if the GJs participate or not in the CD8+ T cell
activation process, as our inhibition method, which is a Cx43 mimetic peptide,
presented technical problems, phenomenon that was proven in models where GJ
mediated communication has previously been determinate. We propose in the future to
use a different inhibition method, as the use of anti-Cx43 siRNA, in order to determine if
these channels play a role in this process.
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Avaliação do efeito da expressão do gene da interleucina 32 (IL-32) humana em modelo murino de infecção por Leishmania (Leishmania) amazonensis / Evaluation of the effect of the gene expression of interleukin 32 (IL-32) human in a murine model of infection by Leishmania (L.) amazonensisSilva, Muriel Vilela Teodoro 24 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-24 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / IL-32 is a proinflammatory cytokine which has different isoforms. IL-32γ isoform is the most
powerful and was detected in lesions of patients with cutaneous leishmaniasis. Murine cells
respond to IL-32, however mice lack the gene for this cytokine. To understand the role of IL-
32 in Leishmania (L.) amazonensis, we used transgenic mice for human IL-32γ (IL-32γTg).
C57BL/6 mice (WT) and C57BL/6 IL-32γTg were infected with L. amazonensis promastigotes
in the ear. The lesion development was followed weekly with a digital caliper (measured in
mm of injury). After 3, 6 and 9 weeks, the animals were euthanized for tissue parasitism
analysis by the limiting dilution technique, in infected ears, draining lymph node and spleen of
mice. The draining lymph node cells were incubated (48 h) in the presence or absence of L.
amazonensis antigen (Ag) for analysis of cytokines by ELISA. IL-32γTg mice present IL-32
production in spleen, liver, lymph node and ear. IL-32γTg mice have a lower injury than the
WT mice during the third week of infection. From the 5th to the 9th week of infection, the two
groups had similar lesion development profiles. Interestingly, in the 3rd week of infection, the
parasitic load in the lesion of IL-32γTg mice was 100 times greater than that of WT mice.
After three weeks, IL-32γTg mice maintained the same parasitic load up to nine weeks. In WT
mice, however, the number of parasites increased exponentially during weeks evaluated. The
parasite load in the spleen and lymph node was lower in IL-32γTg mice when compared with
WT mice. There was no difference in histological sections of the lesions in WT and IL-32γTg
mice infected with L. amazonensis. We did not observe differences between WT and IL-32γTg
groups on the product -10) by lymph node cells stimulated
with Ag, in the 3rd, 6th and 9th week of infection. Our data suggest that IL-32γ favors
infection by L. amazonensis in the early stages, allowing the growth of the parasites.
However, this cytokine seems to limit the growth and spread of parasites in the later stages
of infection. In vitro analyzes show the similar percentage of infected cells and the number of
parasites per infected cell in WT macrophages and IL-32γTg after 3 and 48h of infection with
L. amazonensis. However, the production of NO by macrophages seems to be lower in IL-
32γTg mouse cells during infection with L. amazonensis. Understanding the mechanisms by
which IL-32γ modulates Leishmania amazonensis infection in mice is essential to define the
components that control cutaneous leishmaniasis caused by this specie in humans. / A IL-32 é uma citocina pró-inflamatória que apresenta diferentes isoformas. A isoforma IL-
32γ é a mais potente e foi detectada em lesões de pacientes com leishmaniose tegumentar
americana. Células murinas respondem à IL-32, no entanto, camundongos não têm o gene
para essa citocina. Para entender o papel da IL-32 na infecção por Leishmania (Leishmania)
amazonensis, foram utilizados camundongos transgênicos para a IL-32γ humana (IL-32γTg).
Camundongos C57BL/6 (WT) e C57BL/6 IL-32γTg foram infectados com formas
promastigotas de L. amazonensis na orelha. O desenvolvimento da lesão foi acompanhado
semanalmente com paquímetro digital (medida em mm de lesão). Após 3, 6 e 9 semanas, os
animais foram eutanasiados para análise de parasitismo tecidual, pela técnica de diluição
limitante, nas orelhas infectadas, no linfonodo drenante e no baço dos camundongos. As
células do linfonodo drenante foram incubadas (48 h), na presença ou ausência de antígeno
de L. amazonensis (Ag), para análise de citocinas pela técnica de ELISA. Camundongos IL-
32γTg apresentam produção de IL-32 no baço, fígado, linfonodo e orelha. Camundongos IL-
32γTg apresentam uma lesão menor do que a lesão dos camundongos WT, na terceira
semana de infecção. Da 5ª até a 9a semana de infecção, os dois grupos apresentaram perfis
semelhantes de desenvolvimento da lesão. Curiosamente, na 3ª semana de infecção, a carga
parasitária na lesão do camundongo IL-32γTg era 100 vezes maior do que a dos
camundongos WT. Após três semanas, os camundongos IL-32γTg mantiveram a mesma
carga parasitária até nove semanas. Em camundongos WT, no entanto, o número de
parasitos aumentou exponencialmente durante as semanas avaliadas. A carga parasitária do
linfonodo e no baço foi menor nos camundongos IL-32γTg, quando comparado com
camundongos WT. Não foi observada diferença nos perfis histológicos das lesões nos
camundongos WT e IL-32γTg infectados por L. amazonensis. Não foi observada nenhuma
diferença entre os grupos WT e IL-32γTg em relação à produção de citocinas (IFNγ, TNFα e
IL-10), pelas células dos linfonodos estimuladas com Ag, na 3a, 6a e 9a semana de infecção.
Os nossos dados sugerem que a IL-32γ favorece a infecção por L. amazonensis nas fases
iniciais, permitindo o crescimento do parasito; no entanto, essa citocina parece limitar o
crescimento e a disseminação dos parasitos nas fases mais tardias da infecção. As análises in
vitro mostraram porcentagem de células infectadas e número de parasitas por célula
infectada semelhantes nos macrófagos dos WT e IL-32γTg com 3 e 48h de infecção por L.
amazonensis. Entretanto, a produção de NO por macrófagos parece ser menor nas células de
camundongos IL-32γTg durante a infecção por L. amazonensis. Compreender os mecanismos
pelos quais a IL-32γ modula a infecção por L. amazonensis nos camundongos é fundamental
para a definição dos componentes que controlam a leishmaniose tegumentar causada por
esta espécie em seres humanos.
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Avaliação da resposta inflamatória no sistema nervoso central causada pelo herpesvírus equino tipo 1 utilizando um modelo murino de neuroinfecção / Inflammatory response in the central nervous system caused by equine herpesvirus type 1 using a mouse model of neuroinfectionTonietti, Paloma de Oliveira 26 October 2016 (has links)
O herpesvirus equino tipo 1 (EHV-1) é um importante patógeno que causa doença respiratória, abortamento e desordens neurológicas em equinos. O presente estudo foi realizado visando avaliar a resposta inflamatória causada pelo EHV-1 por meio da análise das manifestações clínicas, alterações histopatológicas e resposta imune do hospedeiro no sistema nervoso central (SNC). Camundongos das linhagens BALB/c (H2d), C57BL/6 (H2b) e C3H/HeJ (H2k) foram inoculados por via intranasal com as estirpes brasileiras A4/72 e A9/92 do EHV-1. Nesse estudo, associou-se a histopatologia, a resposta de citocinas pró-inflamatórias no SNC de camundongos das diferentes linhagens e o método de transcrição reversa seguida pela reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real (RT-qPCR) para investigar a relação entre a infecção pelo EHV-1 e a resposta inflamatória com o desenvolvimento de lesões. As estirpes brasileiras A4/72 e A9/92 do EHV-1 causaram infecção aguda e letal nas diferentes linhagens de camundongos isogênicos. Os sinais clínicos e neurológicos, tais como perda de peso, pelos arrepiados, postura arqueada, apatia, dispneia, desidratação e sialorreia apareceram entre o 2º e 3º dia pós-infecção (dpi). Essas manifestações foram acompanhadas pelo aumento da sensibilidade a estímulos externos, convulsões, recumbência e morte. As alterações histopatológicas consistiram em necrose neuronal, edema, necrose de liquefação, leptomeningite neutrofílica, manguito perivascular, hemorragia focal, inflamação não supurativa, gliose multifocal e infiltração perivascular de células polimorfonucleares e mononucleares. As características e a extensão das lesões variaram entre as linhagens de camundongos. Animais inoculados com a estirpe A4/72 apresentaram lesões histopatológicas de maior grau de severidade quando comparados com aqueles inoculados com a estirpe A9/92. Observou-se aumento da concentração plasmática de TNF-α, IL-6, CCL2 e IFN-γ nos camundongos infectados pelo EHV-1 no 2º dpi. Detectou-se aumento da concentração plasmática e da expressão de mRNA para TNF-α, IL-6 e CCL2 no SNC dos camundongos infectados pelo EHV-1 no 3º dpi; entretanto, não houve aumento da concentração plasmática nem da expressão de mRNA para IFN-γ no 3º dpi. Evidenciou-se que a estirpe A4/72 do EHV-1 induz uma resposta imune sistêmica mais efetiva, enquanto que o vírus A9/92 culmina em uma resposta imunológica mais efetiva no SNC. Os camundongos com o fundo genético C57BL/6 e BALB/c mostraram níveis mais altos de expressão de mRNA para TNF-α, IL-6 e CCL2, quando comparados com os C3H/HeJ. A gravidade dos sinais clínicos observados em camundongos infectados pode ser correlacionada com o pico dessas citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-6) e da quimiocina CCL2, que são produzidas logo após a infecção viral por células residentes da glia e/ou infiltrativas no SNC. Esses achados indicam que as diferentes linhagens de camundongos isogênicos são susceptíveis à infecção por estirpes neuropatogênicas do EHV-1; as diferenças no padrão de alterações histopatológicas mostram que elas dependem do hospedeiro infectado, da estirpe viral e da resposta imunológica; e a supressão do interferon (IFN) tipo 1 sugere ser um mecanismo de escape do EHV-1 frente ao sistema imune. A baixa expressão de IL-6, TNF-α e da quimiocina CCL2 em camundongos C3H/HeJ se explica pela mutação no gene toll-like receptor 4 (TLR-4) existente nessa linhagem de camundongo. Adicionalmente, os camundongos C3H/HeJ apresentaram lesões histopatológicas mais severas no SNC quando comparados com BALB/c e C57BL/6. Sugere-se que o IFN tipo I e o gene TLR-4 apresentam importante papel na patogênese do EHV-1 bem como proteínas do agente viral responsáveis pela supressão do IFN e partículas virais que sejam reconhecidas pelo TLR-4 podem ser alvos para o desenvolvimento de novas abordagens para o tratamento da doença viral e para a eficiência de imunógenos / The equine herpesvirus type 1 (EHV-1) is an important pathogen that causes respiratory disease, abortion and neurological disorders in horses. This study was conducted to evaluate the inflammatory response caused by EHV-1 by the analysis of clinical manifestations, histopathological changes and the host immune response in the central nervous system (CNS). BALB/c (H2d), C57BL/6 (H2b) and C3H/HeJ (H2k) mice were inoculated intranasally with Brazilian EHV-1 strains A4/72 and A9/92. In this study, joined histopathology, the response of proinflammatory cytokines in the CNS of mice of different strains and reverse transcription method followed by quantitative polymerase chain reaction in real time (RT-qPCR) to investigate the relationship between infection by EHV-1 and inflammatory response in the development of lesions. Brazilian strains A4/72 and A9/92 EHV-1 caused acute lethal infection in different strains of inbred mice. Clinical and neurological signs such as weight loss, the bristly hair, hunched posture, apathy, dyspnoea, dehydration and salivary hypersecretion appeared between 2nd and 3rd day after infection (dpi). These events were accompanied by increase in the sensitivity to external stimuli, convulsions, recumbency and death. Histopathological changes were neuronal necrosis, edema, liquefaction necrosis, neutrophilic leptomeningitis, perivascular cuff, focal hemorrhage, non-suppurative inflammation, multifocal gliosis and perivascular infiltration of polymorphonuclear and mononuclear cells. The characteristics and the extent of the injuries varied between strains of mice. Animals inoculated with the A4/72 strain showed histopathological lesions of greater severity when compared with those inoculated with the A9/92 strain. There was an increase in plasma concentrations of TNF-α, IL-6, CCL2 and IFN-γ in mice infected by EHV-1 in 2nd dpi. Plasma concentrations and the expression of mRNA for TNF-α, IL-6 and CCL2 in the CNS of mice infected with EHV-1 at 3rd dpi were increased; however, there was no increase in plasma concentration or expression for the mRNA of IFN-γ at 3rd dpi. It was evident that the EHV-1 strain A4/72 induces a more effective systemic immune response, whereas the A9/92 virus culminates in a more effective immune response in the CNS. The C57BL/6 and BALB/c mice showed higher levels of mRNA expression for TNF-α, IL-6 and CCL2, compared to C3H/HeJ mice. The severity of clinical signs observed in infected mice can be correlated with the peak of these proinflammatory cytokines (TNF-α and IL-6) and CCL2 chemokine, which are then produced after viral infection by resident glial cells and/or infiltrative cells in the CNS. These findings indicate that different strains of inbred mice are susceptible to infection neuropathogenic EHV-1 strains; the differences in the pattern of pathological changes show that they depend on the infected host, the EHV-1 strain and the immune response; and the suppression of interferon (IFN) type I suggested to be an escape mechanism for the EHV-1 against the immune system. The low expression of IL-6, TNF-α and chemokine CCL2 in C3H/HeJ mice can be explained by a mutation in toll-like receptor 4 (TLR-4) gene existing in this mouse strain. Additionally, C3H/HeJ mice exhibited more severe histopathological lesions in the CNS as compared to BALB/c and C57BL/6. It is suggested that type I IFN and TLR-4 gene have important role in the pathogenesis of EHV-1 and viral agent proteins responsible for the suppression of IFN and the viral particles that are recognized by TLR-4 can be targets for the development of new approaches for the treatment of viral disease and the efficiency of immunogens
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Paracoccidioidomicose: acompanhamento de parâmetros de imunidade adquirida e do estado de ativação de fagócitos em camundongos isogênicos suscetíveis submetidos à terapia antifúngica. / Paracoccidioidomycosis: follow up of acquired immunity parameters and of the activation state of phagocytes in susceptible isogenic mice submitted to the antifungal therapy.Oliveira, Renata Scavone de 20 May 2009 (has links)
Os efeitos da administração de anfotericina B a camundongos suscetíveis ao P. brasiliensis foram avaliados. A L-AmB reverte o padrão de suscetibilidade para o de resistência de forma mais eficiente do que a c-AmB, como observado na quantificação de UFC, NO e IgG2b. Porém, os níveis de TNF-a, IL-12, IFN-g, GM-CSF, IgG total, IgM, IgG1, IgG2a e IgA não são significativamente alterados. Neutrófilos e macrófagos peritoneais co-cultivados com Pb e L-AmB tendem a apresentar maior capacidade fungicida, mas não maior síntese de mediadores. O melhor desempenho de L-AmB poderia se dever a sua interação com TLR4. Em TLR4-deficientes ou não, a progressão da doença é similar. A eficácia da terapia, porém, é menor nos deficientes, como observado na quantificação de UFC; os perfis leucocitários e as concentrações de NO, TNF-a, IL-12 e GM-CSF não são significativamente alterados. Logo, a droga é capaz de reverter os parâmetros micológicos, mas não os imunológicos. A interação entre TLR4, P. brasiliensis e L-AmB não parece ser importante para o estabelecimento da imunidade. / Amphotericin B effects in mice susceptible to P. brasiliensis were evaluated. L-AmB reverts the susceptibility pattern to the resistant one with more efficiency than c-AmB, as confirmed by the CFU, NO e IgG2b quantifications. However, TNF-a, IL-12, IFN-g, GM-CSF, total IgG, IgM, IgG1, IgG2a and IgA levels are not significantly altered. Neutrophils and macrophages cocultivated with Pb e L-AmB tend to present higher fungicidal ability, but not enhanced synthesis of mediators. The better performance of L-AmB could be due to its interaction with TLR4. In TLR4-deficient or sufficient mice, progression of the disease is similar. The efficiency of the therapy, however, is lower in deficient animals, as seen on CFU; leukocyte profiles and NO, TNF-a, IL-12 and GM-CSF levels are not significantly altered by L-AmB-TLR4 interaction. Therefore, the drug administration is capable of reverting mycological parameters, but not the immunological ones. Interaction between TLR4, P. brasiliensis and L-AmB does not seem to play a special role in the establishment of immunity.
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Efeitos da defici?ncia de vitamina D na fun??o pulmonar de um modelo de asma al?rgica experimentalNu?ez, Nail? Karine 12 July 2017 (has links)
Submitted by PPG Pediatria e Sa?de da Crian?a (pediatria-pg@pucrs.br) on 2018-02-16T19:15:31Z
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Previous issue date: 2017-07-12 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Background: Asthma is a chronic disease of the airways, characterized by bronchial inflammation and hyperresponsiveness, which affects approximately 300 million people around the world. The increase in the prevalence of asthma in recent years has been associated with an increase in vitamin D deficiency. About 1 billion people in the world have insufficient levels of vitamin D due to many factors such as reduced outdoor activities, sunscreens use and a diet low in vitamin D. In addition, many studies suggest that vitamin D deficiency has a direct effect on lung function, leading to changes in the structure of the airways and in the inflammatory process.
Objectives: To evaluate the effect of vitamin D deficiency at different life stages in a murine model of allergic airways disease house dust mite (HDM) induced on inflammation and lung function.
Methods: Female BALB / c mice were placed in a diet replete or deficient in vitamin D at three-week old. At 8 weeks, females were mated with males on a diet replete in vitamin D. At birth, pups were cross-fostered to assess the effects of vitamin D deficiency at different stages of life, in utero (Vit D -/+), postnatal (Vit D +/-) and whole-life (Vit D - / -) compared to the control group whole-life vitamin D replete (Vit D + / +). At 8 weeks of age, mice of both sexes were challenged for 10 consecutive days intranasally with either HDM extract or saline solution after mild anesthesia. The animals were anesthetized for lung function test and then submitted to euthanasia for bronchoalveolar lavage (BAL) and lung tissue removal 24 hours after the last intranasal challenge. The total BAL cell count and collagen quantification of lung tissue homogenized were evaluated.
Results: Vitamin D deficiency did not affect HDM-induced inflammation, which was characterized by BAL eosinophilia. Vitamin D deficiency at any life stage (in utero, postnatal and all life) caused impairment of lung function, increased tissue damping and tissue elastance, being particularly observed in females. On the other hand, the asthma HDM-induced decreased airway distensibility, but only in females and vitamin D do not altered this response.
Conclusion: Our results suggest that vitamin D and HDM have different mechanisms that influence in the development of allergic lung disease and furthermore the effects appear to be sex-specific. / Introdu??o: A asma ? uma doen?a cr?nica das vias a?reas, caracterizada por inflama??o e hiperresponsividade br?nquica, que atinge aproximadamente 300 milh?es de pessoas ao redor do mundo. O aumento da preval?ncia da asma nos ?ltimos anos tem sido associado ao aumento da defici?ncia de vitamina D. Cerca de 1 bilh?o de pessoas no mundo apresenta n?veis insuficientes de vitamina D em fun??o de diversos fatores, tais como a redu??o de atividades ao ar livre, uso de protetor solar e dieta pobre em vitamina D. Al?m disso, estudos sugerem que a defici?ncia de vitamina D possui um efeito direto na fun??o pulmonar, causando altera??es na estrutura das vias a?reas e no processo inflamat?rio.
Objetivo: Avaliar o efeito da defici?ncia de vitamina D em diferentes est?gios da vida de camundongos com asma induzida por ?caro domiciliar (house dust mite; HDM) sobre a inflama??o e fun??o pulmonar.
M?todos: Camundongos BALB/c f?meas receberam dieta rica ou deficiente em vitamina D a partir da terceira semana de vida. Com 8 semanas de vida, as f?meas foram acasaladas com machos em dieta rica em vitamina D. Ao nascimento foi realizado o cross-fostering (ado??o cruzada) com a prole para que fosse poss?vel avaliar o efeito da defici?ncia de vitamina D em diferentes est?gios da vida, in utero (Vit D -/+), p?s-natal (Vit D +/-) e durante toda a vida (Vit D -/-), em compara??o ao grupo controle, que recebeu dieta rica em vitamina D durante toda a vida (Vit D +/+). Com 8 semanas de vida, camundongos de ambos os sexos foram desafiados por 10 dias consecutivos por via intranasal, com extrato de HDM ou apenas solu??o salina. Os animais foram anestesiados para a realiza??o do teste de fun??o pulmonar e ent?o submetidos a eutan?sia para a realiza??o do lavado broncoalveolar (LBA) e retirada do tecido pulmonar, 24 horas ap?s o ?ltimo desafio intranasal. Foi avaliada a contagem total de c?lulas do LBA e quantifica??o de col?geno no homogeneizado de tecido pulmonar.
Resultados: A defici?ncia de vitamina D n?o afetou a inflama??o induzida por HDM, que foi caracterizada por eosinofilia no LBA. A defici?ncia de vitamina D em qualquer fase da vida dos camundongos (in utero, p?s-natal e durante toda a vida) causou uma piora na fun??o pulmonar, aumentando o tissue damping e tissue elastance, sendo observado particularmente em f?meas. Por outro lado, a asma induzida por HDM diminuiu a distensibilidade das vias a?reas apenas em f?meas e a vitamina D n?o alterou essa resposta.
Conclus?o: Nossos resultados sugerem que a vitamina D e HDM possuem diferentes mecanismos que influenciam no desenvolvimento da doen?a pulmonar al?rgica e, al?m disso, os efeitos parecem ser dependentes do sexo.
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