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O naturalismo em perspectiva comparada: de Émile Zola a Aluísio Azevedo / Le naturalisme en perspective comparéé: d'Émile Zola à Aluísio Azevedo

Patrícia Alves Carvalho Corrêa 18 March 2011 (has links)
Considéré par la plupart de la critique comme une littérature putride (cf. ULBACH, 1868) ou ignominieuse (cf. VERISSIMO, 1894), accusé de confondre naïvement la science et la littérature, ainsi que de rendre le langage littéraire scientifique, et surtout au Brésil, en outre, remis en question en tant que plagiat ou importation dune mode étrangère, le naturalisme a été relégué aux marges de lhistoriographie littéraire. Prenant comme point de départ ce panorama critique, la thèse propose une réévaluation critique et historiographique de lesthétique naturaliste, commençant par décrire et analyser son origine au cours de lhistoire à partir de la constitution du réalisme moderne dans les oeuvres de Stendhal et de Balzac (cf. AUERBACH, 2004). On se concentre notamment sur la lente affirmation des termes réalisme et naturalisme et sur limportance de la contribution de différents romanciers français au processus de consolidation de lesthétique réaliste et de son prolongement dans le naturalisme. On discute également le projet esthétique proposé par Zola, de même quon déconstruit des mythes corroborés par lhistoriographie littéraire à propos de la théorie et du mouvement naturalistes. Enfin, en établissant les rapports entre lidéologie esthétique naturaliste et lidéal républicain, on discute lacclimatation des principes esthétiques naturalistes au Brésil, dans loeuvre de celui qui a été son principal représentant, Aluísio Azevedo. A partir dune étude comparative entre le naturalisme en France et au Brésil, on cherche, en effet, à contribuer au processus de révision critique et historiographique dune période littéraire énormément productive dans les deux pays, malgré la tendance à sa dévalorisation généralement observée dans les manifestations de la critique du XXe siècle / Considerado pela maioria da crítica como uma literatura pútrida (cf. ULBACH, 1868) ou torpe (cf. VERÍSSIMO, 1894), acusado de confundir ingenuamente ciência e literatura, bem como de cientizar a linguagem literária, e em particular no Brasil, além disso, questionado por plágio ou importação de uma moda estrangeira, o naturalismo foi relegado às margens da historiografia literária. Assumindo como ponto de partida esse panorama crítico, a tese propõe uma reavaliação crítica e historiográfica da estética naturalista, começando por descrever e analisar sua origem no decurso da história, a partir do advento do realismo moderno nas obras de Stendhal e de Balzac (cf. AUERBACH, 2004). Enfoca a lenta afirmação dos termos realismo e naturalismo, bem como a importância da contribuição de diferentes romancistas franceses no processo de consolidação da estética realista e de seu prolongamento no naturalismo. Discute-se também o projeto estético proposto por Zola, assim como se desconstroem mitos corroborados pela historiografia literária a respeito da teoria e do movimento naturalistas. Por fim, correlacionando a estética naturalista com o ideal republicano, aborda-se a aclimatação dos princípios naturalistas no Brasil, na obra daquele que foi seu principal representante, Aluísio Azevedo. A partir de uma abordagem comparativa entre o naturalismo na França e no Brasil, busca-se, em síntese, contribuir para o processo de revisão crítica e historiográfica de um período literário muito produtivo nos dois países, não obstante a tendência para sua desvalorização em geral observada nas manifestações da crítica novecentista
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O anticeticismo de Peter Strawson : entre o argumento transcedental e o naturalismo social

Reis, Rodrigo de Ulhôa Canto January 2013 (has links)
Filósofos contemporâneos tendem a tratar o ceticismo de maneiras frequentemente descuidadas. Seja porque não apresentam uma noção clara do ceticismo, seja porque oferecem reações descabidas a ele. Alguns consideram que a maneira correta de abordar o ceticismo é enfrentá-lo, provando aquilo que o cético visa colocar em questão. Outros consideram que a maneira correta é recusar o desafio cético, pela rejeição das próprias questões levantadas pelo ceticismo. Uma reação diferente pode ser encontrada na forma de “argumentos transcendentais”, tais como aqueles paradigmaticamente utilizados por Peter Strawson em Individuals ([1959] 1971). Barry Stroud (1968) concebe esses argumentos como uma tentativa de mostrar que certos conceitos são necessários para o pensamento e para a experiência; conceitos que são condições para que a dúvida cética tenha sentido. Stroud sustenta que os argumentos transcendentais de Strawson, para terem um real efeito anticético, teriam de contar com um “princípio de verificação” que tornasse aquilo que o cético põe em dúvida suscetível de ser verificado ou falsificado. Em Ceticismo e Naturalismo ([1987] 2008), Strawson parece conceder a essa crítica quando passa a adotar um “naturalismo social”, o qual consiste em recusar tentativas de refutar diretamente o ceticismo, dado que os conceitos questionados pelo cético são, por assim dizer, inevitáveis por natureza, sendo, por isso, “isentos de dúvida”. No entanto, Putnam (1998) aponta uma tensão na postura anticética nessa obra que seria incompatível com os argumentos transcendentais. Frente a esses desenvolvimentos, as questões centrais que esta dissertação se propõe a responder são: como podemos compreender o ceticismo que surge na investigação de Strawson? Stroud está correto em sua objeção, segundo a qual um argumento transcendental exige um princípio de verificação para o seu efeito anticético? Existe apenas um tipo de argumento transcendental? Como deveríamos compreendê-lo? Strawson de fato muda de posição, de um argumento transcendental para um naturalismo social? Essas posições se harmonizam em suas reflexões? Argumentarei que o ceticismo de Individuals é melhor compreendido como uma variedade de ceticismo Kantiano (em oposição a um ceticismo Cartesiano) a partir dos estudos de Conant (2012). Pretendo mostrar a plausibilidade dessa leitura ao abordar detidamente duas espécies de cet icismo na obra, chamadas, “ceticismo sobre a reidentificação de particulares” (Capítulo 1) e “ceticismo sobre outras mentes” (Capítulo 2). A fim de examinar a natureza dos argumentos transcendentais e ver qual é exatamente o argumento encontrado em Individuals, apresento uma terminologia de tipos de argumentos transcendentais a partir de Stern (2000) (Capítulo 3). Isso permitirá mostrar que Stroud “erra o alvo” quando faz a sua objeção, pois o argumento transcendental que ele tem em vista é de outro tipo. Irei por fim explicitar o naturalismo de Strawson, buscando sustentar que o “espírito compatibilista” do autor, juntamente com a sua concepção de metafísica descritiva, oferece unidade à sua postura anticética. Defendo que tanto os argumentos transcendentais quanto o naturalismo social visam estabelecer certas interconexões entre nossos conceitos a fim de esclarecer o esquema conceitual que nós efetivamente temos. / Contemporary philosophers frequently tend to treat skepticism carelessly, either because they don‟t have a clear idea of it, or because they provide unreasonable responses to it. Some of them consider that the right way to treat skepticism is to confront it, proving that which the skeptic seeks to put into question. Others consider that the right way is to refuse the skeptical challenge, by rejecting the very question raised by skeptic. A different reaction can be found in the form of “transcendental arguments”, such as those paradigmatically used by Peter Strawson in Individuals ([1959] 1971). Barry Stroud (1968) conceives those arguments as attempts to show that certain concepts are necessary for thought and experience; concepts that are conditions for skeptical doubts to make sense. Stroud‟s claim is that, in order to have a real antiskeptical effect, Strawson‟s transcendental arguments would have depend on a “verification principle”, according to which what the skeptic puts in question is capable of being verified or falsified. In Skepticism and Naturalism ([1987] 2008), Strawson seems to grant that criticism, adopting instead a “social naturalism” which abandons the attempt to directly refute skepticism, since the concepts questioned by skeptics would be, as it were, naturally unavoidable, and therefore “exempt from doubt”. However, Putnam (1998) points to a tension in such an antiskeptic position, namely, that it would be incompatible with transcendental arguments. Having that debate in view, this dissertation proposes to responds to the following central questions: how can we understand the skepticism raised in Strawson‟s investigation? Is Stroud‟s objection correct, according to which a transcendental argument demands a verification principle to have an antiskeptic effect? Is there only one kind of transcendental argument? How must we understand it? Did Strawson‟s position change, from a transcendental argument to a social naturalism? Could these positions be harmonized in his reflections? Following a terminology proposed by Conant (2012), I will argue that skepticism in Individuals is better understood as a variety of Kantian skepticism (as opposed to Cartesian skepticism). My aim is to show the plausibility of that reading by presenting a careful reconstruction of two variants of skepticism, namely, skepticism about reidentification of particular (Chapter 1) and skepticism about other minds (Chapter 2). In order to examine the nature of transcendental arguments and to clarify what exactly is the kind of argument to be found in Individuals, I will also make use of a categorization of kinds of transcendental arguments proposed by Stern (2000) (Chapter 3). Stroud‟s objection misses its target, given that the transcendental argument that he had in view is not the one Strawson himself employs. Finally, I will try to make explicit the content of Strawson‟s naturalism, seeking to support his “compatibilistic spirit”, showing that his conception of descriptive metaphysics offers a unity to his work. I maintain that both transcendental arguments and social naturalism aim at establishing certain interconnections between concepts for the purpose of clarifying the conceptual structure that we actually use.
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Natureza, ciência e religião : uma avaliação do naturalismo

Silveira, Rodrigo Rocha 28 April 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2014. / Submitted by Larissa Stefane Vieira Rodrigues (larissarodrigues@bce.unb.br) on 2015-02-10T19:43:52Z No. of bitstreams: 1 2014_RodrigoRochaSilveira.pdf: 932162 bytes, checksum: cd81a846c4a8b1d86a73cd713ac49d2f (MD5) / Approved for entry into archive by Ruthléa Nascimento(ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2015-02-11T17:50:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_RodrigoRochaSilveira.pdf: 932162 bytes, checksum: cd81a846c4a8b1d86a73cd713ac49d2f (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-11T17:50:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_RodrigoRochaSilveira.pdf: 932162 bytes, checksum: cd81a846c4a8b1d86a73cd713ac49d2f (MD5) / O tema desta dissertação é o Naturalismo filosófico na tradição da filosofia analítica e seus objetivos são caracterizá-lo e apresentar e avaliar alguns argumentos que desafiam seu status como uma espécie de ortodoxia. Em relação ao primeiro objetivo, procura-se mostrar que o Naturalismo pode ser caracterizado, por um lado, por opor filosofia e religião e, por outro, por tentar aproximar filosofia e ciência. Argumenta-se, também, que esses dois aspectos do Naturalismo se conectam pela tese, geralmente defendida por seus adeptos, de que ciência e religião são empreendimentos conflitantes. Defende-se, por fim, que o Naturalismo pode ser considerado uma visão de mundo, uma vez que ele possui consequências em todos os campos do conhecimento e da ação. Em relação ao segundo objetivo, apresentam-se quatro argumentos antinaturalistas: o argumento da razão, formulado por C. S. Lewis; o argumento evolucionário contra o Naturalismo, proposto por Alvin Plantinga; o argumento de Thomas Nagel em Mind and Cosmos; e o argumento da dissonância formulado por Michael Rea em World without Design. Em seguida, apresentamse as principais objeções propostas a cada um dos argumentos. Ao final de cada seção, os argumentos são avaliados à luz das objeções apresentadas contra eles. Enfim, conclui-se que os argumentos são sólidos e que nenhuma das objeções resulta da refutação daqueles, observando, contudo, que o segundo e o quarto argumentos possuem somente eficácia prima facie. Assim sendo, o status do Naturalismo como ortodoxia em filosofia analítica deveria ser repensado. ________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The subject of this dissertation is Philosophical Naturalism in the analytic philosophical tradition and its objectives are to caracterize it and to present and evaluate some arguments that defy the status of Naturalism as some kind of orthodoxy. In what concerns the first objective, we seek to show that Naturalism can be characterized, on one hand, by opposing philosophy and religion and, on the other hand, by trying to bring together philosophy and science. We argue, also, that those two aspects of Naturalism are connected by the thesis, generally held by its adepts, that science and religion are conflicting activities. We defend, at last, that Naturalism can be considered a worldview, since it bears consequences in all fields of knowledge and action. In what concerns the second objective, four anti-naturalist arguments are presented: the argument from reason, proposed by C. S. Lewis; the evolutionary argument against Naturalism, formulated by Alvin Plantinga; the argument by Thomas Nagel in Mind and Cosmos; and, the arguments from dissonance elaborated by Michael Rea in World without Design. Next, the main objections proposed against each argument are presented. At the end of each section, the arguments are evaluated in the light of the objections. We conclude that the arguments are sound and none of the objections results in refutation, keeping in mind, however, that the second and the fourth arguments have only prima facie efficacy. Therefore, the status of Naturalism as the orthodoxy in analytic philosophy should be reconsidered.
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IdentitÃs ( RE ) voilÃe : CONSTRUCTION DE Characters HomoÃrotiques EN ouver O Ateneu , de Raul Pompeia , ET BOM CRIOULO, Adolfo Caminha / Identidades (re)veladas: a construÃÃo dos personagens homoerÃticos nas obras O Ateneu, de Raul PompÃia, e Bom Crioulo, de Adolfo Caminha

Witallo da Cruz Fontineles 24 September 2015 (has links)
nÃo hà / Ce travail a pour objectif de vÃrifier la relation existante dans la figure des personnages non hÃtÃrosexuels à la fin du XIXe siÃcle en utilisant la ThÃorie et la Critique LittÃraire FÃministe (SCHMIDT 1995; THOME 2004) la Sociologie (FOUCAULT 2002) et lâHistoire Culturelle (DOVER 2007) comme forme de complÃment pour la recherche De cette faÃon pour ce thÃme nous avons choisi les oeuvres O Ateneu (1888) de Raul Pompeia et Bom-Crioulo (1895) de Adolfo Caminha Ces oeuvres prennent pour thÃme tangentiel ou principal lâhomosexualità masculine Nous avons analysà les reprÃsentations des identitÃs homo-affectives dans le contexte socio-historique et dans les discours mÃdical psychanalytique et religieux avec la reprÃsentation de lâhomosexuel dans les oeuvres analysÃes Nous avons lâintention de comprendre quelles sont les raisons qui ont conduit lâhomosexuel à Ãtre poursuivi et pathologisà pendant lâhistoire de lâOccident et comme les Ãcrivains du rÃalisme et du naturalisme ont reprÃsentà ces sujets dans leurs oeuvres Lâanalyse de lâespace se distingue puisque dans les deux narratives le dÃsir homo-affectif commence dans les espaces clos exclusifs aux hommes La relation entre la sociÃtà et le soi et lâautre sont des facteurs fondamentaux pour la construction de lâidentità non hÃtÃrosexuel. / O presente trabalho tem como foco verificar a relaÃÃo existente na figura dos personagens nÃo heterossexuais em fins do sÃculo XIX utilizando a Teoria e CrÃtica LiterÃria Feminista(SCHMIDT 1995; THOME 2004), Sociologia (FOUCAULT 2002) e a HistÃria Cultural (DOVER 2007) como forma de complemento para a pesquisa Dessa forma, para o presente tema foram escolhidas as obras O Ateneu (1888) de Raul Pompeia e Bom-Crioulo (1895) de Adolfo Caminha As obras em questÃo tÃm como tema tangencial ou principal a homossexualidade masculina Analisamos as representaÃÃes de identidades homoafetivas no contexto do final do sÃculo XIX Partindo de conceitos literÃrios sociolÃgicos e histÃricos e confrontando o contexto sÃcio histÃrico e os discursos mÃdico psicanalÃtico e religioso com a representaÃÃo do homossexual nas obras em anÃlise pretendemos entender quais motivos que levaram o homossexual a ser perseguido e patologizado durante a histÃria do Ocidente e como os escritores de literatura realista e naturalista representaram esses sujeitos em suas obras A anÃlise do espaÃo ganha destaque uma vez que em ambas narrativas os desejos homoafetivos se iniciam em espaÃos fechados exclusivos para homens A relaÃÃo entre sociedade o eu e o outro sÃo fatores fundamentais para construÃÃo da identidade nÃo heterossexual
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O anticeticismo de Peter Strawson : entre o argumento transcedental e o naturalismo social

Reis, Rodrigo de Ulhôa Canto January 2013 (has links)
Filósofos contemporâneos tendem a tratar o ceticismo de maneiras frequentemente descuidadas. Seja porque não apresentam uma noção clara do ceticismo, seja porque oferecem reações descabidas a ele. Alguns consideram que a maneira correta de abordar o ceticismo é enfrentá-lo, provando aquilo que o cético visa colocar em questão. Outros consideram que a maneira correta é recusar o desafio cético, pela rejeição das próprias questões levantadas pelo ceticismo. Uma reação diferente pode ser encontrada na forma de “argumentos transcendentais”, tais como aqueles paradigmaticamente utilizados por Peter Strawson em Individuals ([1959] 1971). Barry Stroud (1968) concebe esses argumentos como uma tentativa de mostrar que certos conceitos são necessários para o pensamento e para a experiência; conceitos que são condições para que a dúvida cética tenha sentido. Stroud sustenta que os argumentos transcendentais de Strawson, para terem um real efeito anticético, teriam de contar com um “princípio de verificação” que tornasse aquilo que o cético põe em dúvida suscetível de ser verificado ou falsificado. Em Ceticismo e Naturalismo ([1987] 2008), Strawson parece conceder a essa crítica quando passa a adotar um “naturalismo social”, o qual consiste em recusar tentativas de refutar diretamente o ceticismo, dado que os conceitos questionados pelo cético são, por assim dizer, inevitáveis por natureza, sendo, por isso, “isentos de dúvida”. No entanto, Putnam (1998) aponta uma tensão na postura anticética nessa obra que seria incompatível com os argumentos transcendentais. Frente a esses desenvolvimentos, as questões centrais que esta dissertação se propõe a responder são: como podemos compreender o ceticismo que surge na investigação de Strawson? Stroud está correto em sua objeção, segundo a qual um argumento transcendental exige um princípio de verificação para o seu efeito anticético? Existe apenas um tipo de argumento transcendental? Como deveríamos compreendê-lo? Strawson de fato muda de posição, de um argumento transcendental para um naturalismo social? Essas posições se harmonizam em suas reflexões? Argumentarei que o ceticismo de Individuals é melhor compreendido como uma variedade de ceticismo Kantiano (em oposição a um ceticismo Cartesiano) a partir dos estudos de Conant (2012). Pretendo mostrar a plausibilidade dessa leitura ao abordar detidamente duas espécies de cet icismo na obra, chamadas, “ceticismo sobre a reidentificação de particulares” (Capítulo 1) e “ceticismo sobre outras mentes” (Capítulo 2). A fim de examinar a natureza dos argumentos transcendentais e ver qual é exatamente o argumento encontrado em Individuals, apresento uma terminologia de tipos de argumentos transcendentais a partir de Stern (2000) (Capítulo 3). Isso permitirá mostrar que Stroud “erra o alvo” quando faz a sua objeção, pois o argumento transcendental que ele tem em vista é de outro tipo. Irei por fim explicitar o naturalismo de Strawson, buscando sustentar que o “espírito compatibilista” do autor, juntamente com a sua concepção de metafísica descritiva, oferece unidade à sua postura anticética. Defendo que tanto os argumentos transcendentais quanto o naturalismo social visam estabelecer certas interconexões entre nossos conceitos a fim de esclarecer o esquema conceitual que nós efetivamente temos. / Contemporary philosophers frequently tend to treat skepticism carelessly, either because they don‟t have a clear idea of it, or because they provide unreasonable responses to it. Some of them consider that the right way to treat skepticism is to confront it, proving that which the skeptic seeks to put into question. Others consider that the right way is to refuse the skeptical challenge, by rejecting the very question raised by skeptic. A different reaction can be found in the form of “transcendental arguments”, such as those paradigmatically used by Peter Strawson in Individuals ([1959] 1971). Barry Stroud (1968) conceives those arguments as attempts to show that certain concepts are necessary for thought and experience; concepts that are conditions for skeptical doubts to make sense. Stroud‟s claim is that, in order to have a real antiskeptical effect, Strawson‟s transcendental arguments would have depend on a “verification principle”, according to which what the skeptic puts in question is capable of being verified or falsified. In Skepticism and Naturalism ([1987] 2008), Strawson seems to grant that criticism, adopting instead a “social naturalism” which abandons the attempt to directly refute skepticism, since the concepts questioned by skeptics would be, as it were, naturally unavoidable, and therefore “exempt from doubt”. However, Putnam (1998) points to a tension in such an antiskeptic position, namely, that it would be incompatible with transcendental arguments. Having that debate in view, this dissertation proposes to responds to the following central questions: how can we understand the skepticism raised in Strawson‟s investigation? Is Stroud‟s objection correct, according to which a transcendental argument demands a verification principle to have an antiskeptic effect? Is there only one kind of transcendental argument? How must we understand it? Did Strawson‟s position change, from a transcendental argument to a social naturalism? Could these positions be harmonized in his reflections? Following a terminology proposed by Conant (2012), I will argue that skepticism in Individuals is better understood as a variety of Kantian skepticism (as opposed to Cartesian skepticism). My aim is to show the plausibility of that reading by presenting a careful reconstruction of two variants of skepticism, namely, skepticism about reidentification of particular (Chapter 1) and skepticism about other minds (Chapter 2). In order to examine the nature of transcendental arguments and to clarify what exactly is the kind of argument to be found in Individuals, I will also make use of a categorization of kinds of transcendental arguments proposed by Stern (2000) (Chapter 3). Stroud‟s objection misses its target, given that the transcendental argument that he had in view is not the one Strawson himself employs. Finally, I will try to make explicit the content of Strawson‟s naturalism, seeking to support his “compatibilistic spirit”, showing that his conception of descriptive metaphysics offers a unity to his work. I maintain that both transcendental arguments and social naturalism aim at establishing certain interconnections between concepts for the purpose of clarifying the conceptual structure that we actually use.
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Nietzsche e o naturalismo: a crÃtica ao ascetismo cientÃfico / Nietzsche and naturalism: the critique of scientific asceticism

Daniel Filipe Carvalho 08 December 2009 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O objetivo deste trabalho à compreender a crÃtica do filÃsofo alemÃo Friedrich Nietzsche ao naturalismo cientÃfico. Nietzsche, a partir da obra Humano, demasiado humano, revela um interesse crescente pelas pesquisas cientÃficas, estabelecendo um projeto filosÃfico de cunho naturalista, ou seja, em consonÃncia com os mÃtodos das ciÃncias. Ao longo de sua produÃÃo intelectual, contudo, esta atitude inicial em relaÃÃo Ãs ciÃncias serà problematizada, de tal modo que as obras que se seguem a AlÃm do bem e do mal, apresentarÃo um fulminante ataque à empresa cientÃfica moderna. Este trabalho procura mostrar que esta crÃtica nietzscheana se articula a partir da compreensÃo das ciÃncias modernas como herdeiras do ideal epistemolÃgico grego, da crenÃa no valor supremo da verdade, a vontade de verdade, e de que esta crenÃa compromete o prÃprio empreendimento cientÃfico com uma interpretaÃÃo metafÃsico-moral da existÃncia. Sugerimos, entÃo, que a crÃtica de Nietzsche nÃo implica a recusa em bloco do empreendimento cientÃfico, mas procura desvelar os problemas que se escondem por trÃs das interpretaÃÃes cientÃficas na medida em que elas se coadunam a este valor moral, e que a recusa deste valor, ou melhor, sua superaÃÃo, possibilitaria a realizaÃÃo de um naturalismo pleno, que assumisse o carÃter irredutivelmente interpretativo de suas teorias e proposiÃÃes sobre o mundo. / The aim of this work is to understand the criticism of the German philosopher Friedrich Nietzsche to scientific naturalism. Nietzsche, from the book Human, all too human, shows a growing interest in scientific research, establishing a philosophical project of naturalist bias, i.e, in line with the methods of science. Throughout his intellectual production, however, this initial attitude with regard to science will be aim of reflection, so that the works following the book Beyond good and evil, provide a scathing attack on the modern scientific enterprise. This paper seeks to show that this Nietzscheâs criticism is articulated from the understanding of modern sciences as heirs of the Greek epistemological ideal, the belief in the supreme value of truth, the will to truth, and that this belief undermines the scientific enterprise itself with an metaphysical and moral interpretation of the existence. We suggest, then, that Nietzscheâs criticism does not imply refusal to the whole scientific enterprise, but demand to reveal the problems hidden behind the scientific interpretations as they are in line with this moral value, and that the refusal of this value or, rather, its overrun, allow the achievement of a fully realized naturalism, which assumes the character irreducibly interpretative of its theories and propositions about the world.
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A vida e as fontes da normatividade: por uma história natural do conceito / Life and the sources of normativity: a natural history of concept

Herivelto Pereira de Souza 16 March 2010 (has links)
A posição filosófica chamada de externismo semântico caracteriza-se pela tese segundo a qual a individuação do conteúdo de estados mentais deve recorrer a fatores que não podem ser localizados na região geralmente circunscrita pela noção mesma de mente. Tal tese implica, em todo caso, que a suposta interioridade da vida psicológica não se basta para tornar inteligível as condições de possibilidade que o pensamento conceitual requer. Assim, se fatores externos aos indivíduos são vistos como desempenhando uma contribuição decisiva na própria determinação de seu conteúdo mental, isto é algo que torna necessário compreender em que sentido mente e mundo podem ser tomados como intrinsecamente relacionados. A aposta teórica do presente trabalho é a de que apenas uma concepção da individuação liberada dos grilhões substancialistas permite fornecer um solo ontológico fértil para uma teoria externista do conceito. Daí que a noção de triangulação, que Donald Davidson forjou para dar conta de alguns fatores cruciais na gênese da conceitualidade, seja lida a partir de filosofias que ressaltam o caráter decisivo da vida como referencialidade fundamental do conceito. Logo, é na ordem vital que se busca dissolver os impasses ligados à origem da normatividade e à dualidade entre interno e externo, oposição a partir da qual a subjetividade desde muito tempo tem sido pensada. / The philosophical position called semantic externalism is characterized by the thesis according to which the individuation of the content of mental states must make reference to traits that cannot be placed inside the sphere usually circumscribed by the very notion of mind. Such a thesis implies, anyway, that the supposed interiority of the psychological life is not enough to make intelligible the conditions that conceptual thought requires. If factors external to individuals are seen as entertaining a decisive contribution in the very determination of their mental content, that is makes it necessary to understand in what sense mind and world can be taken as intrinsically related. The theoretical bet of the present thesis is that only a conception of individuation free from the substantialist commitments can provide a fertile ontological ground to an externalist theory of the concept. In this sense, the notion of triangulation, that Donald Davidson has forged to explain some crucial elements in the genesis of conceptuality, is read from the standpoint of philosophies that highlight the decisive character of life as fundamental referentiality of the concept itself. So, it is in the vital order that some deadlocks concerning the origins of normativity and the inner outer duality structural opposition under which from a long time subjectivity is thought upon, are dissolved.
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O problema dos qualia na filosofia da mente

Vicentini, Max Rogerio 30 June 1998 (has links)
Orientador: Michael B. Wrigley / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-23T20:53:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vicentini_MaxRogerio_M.pdf: 3189859 bytes, checksum: 96244eefa73d8985b14512ba1663af85 (MD5) Previous issue date: 1998 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Merchandising social na telenovela brasileira. Um diálogo possível entre ficção e realidade em Páginas da Vida. / Merchandising social en la telenovela brasileña. Un diálogo posible entre ficción y realidad en Páginas de la Vida.

Nicolosi, Alejandra Pia 17 March 2009 (has links)
A presente pesquisa procura indagar acerca do merchandising social como via possível para analisar o diálogo entre ficção e realidade tecido pela telenovela brasileira. Sob esse guardachuva trabalhamos a hipótese do merchandising social como ação pedagógica ou mediação para uma educação baseada na oralidade. Encaramos a perspectiva de análise das mediações a partir de duas dimensões de abordagem do texto: o Gênero e a Produção. O foco recai, principalmente, na problematização da pedagogia do melodrama como matriz cultural do merchandising social e na representação naturalista como princípio de sua legitimidade. Para isso, realizamos o estudo de caso da telenovela Páginas da Vida, de Manoel Carlos, através de uma metodologia múltipla composta de observação direta e indireta. As principais interfaces teóricas desse estudo de comunicação são os Estudos Culturais, a Filosofia da Linguagem, a Sociologia da Educação e a Teoria do Cinema. / La presente investigación pretende indagar acerca del merchandising social como vía posible para analizar el diálogo entre ficción y realidad tejido por la telenovela brasileña. En base a ese panorama general, trabajamos la hipótesis del merchandising social como acción pedagógica o mediación de una educación basada en la oralidad. Encaramos la perspectiva de análisis de las mediaciones a partir de dos dimensiones para abordar el texto: el Género y la Producción. El foco recae, principalmente, en problematizar acerca de la pedagogía del melodrama como matriz cultural del merchandising social, y de la representación naturalista como su principio de legitimidad. Para tales fines, realizamos el estudio de caso de la telenovela Páginas da Vida de Manoel Carlos, a través de una metodología múltiple compuesta por observación directa e indirecta. Las principales interfases teóricas de este estudio de comunicación son los Estudios Culturales, la Filosofía del Lenguaje, la Sociología de la Educación y la Teoría del Cine.
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A oralidade caricata, a língua indígena incorporada pelo cotidiano do Baixo Amazonas e a caricatura de personagens, como tentativa de universalizar valores sociopolíticos e pessoais dos brasileiros dos princípios do séc. XIX na obra ficcional de Inglês de Sousa, produção singular do compêndio literário dos finais do séc. XIX / La oralidad caricaturesca, la lengua indígena incorporada por el cotidiano del Baixo-Amazonas y la caricatura de personajes en el intento de universalizar los valores sociopolíticos y personales de los brasileños de principios del siglo XIX en la obra de ficción de Inglés de Sousa, uma producción singular del compendio literario de finales del siglo. XIX

Tessuto Junior, Edgard 04 December 2015 (has links)
A presente dissertação intenciona fazer uma releitura crítica dos romances e dos principais contos de Inglês de Sousa (1853-1918): O cacaulista (1876), História de um pescador (1876), O coronel sangrado (1877) e O missionário (1891), e os contos Acauã, O gado do Valha-me-deus, todos insertos em Contos amazônicos (1893). Ancilados pelo cânone consagrado, mas, principalmente, pela crítica nortista e pelo artigo de Buarque de Holanda intitulado Inglês de Sousa: O missionário (1952), procuramos reaver o posto de destaque da literatura oitocentista a nosso autor de trabalho. Pensamos que a forma caricaturada de apresentar a região do Baixo Amazonas e de suas personagens na tentativa de universalizar o páthos caboclo faz de Inglês de Sousa um literato singular nos fins do séc. XIX. A fim de ressaltar quanto particular nosso autor pode ter sido para o compêndio, faz-se, nesta dissertação, ainda, arguta coleta de exemplos toponímicos e do cotidiano linguístico índio e português para embasar a tese de que a linguagem miscigenada pelo português com o tupi antigo e o nheengatu possa retratar o convívio etnicossocial amazônico que seus falantes na ficção representam. É importante que se ressalve que não é um trabalho de etnologia ou de sociolinguística, mas uma dissertação crítico-literária que pretende revisitar essa produção de Inglês fora dos moldes cristalizados em que a crítica consagrada costuma inseri-lo: não um naturalista, mas a de um autor de fluida linguagem que, inclusive, retrata a oralidade de forma caricata como tentativa de universalizar a linguagem amazônica. Ademais e por fim , interessou a Inglês de Sousa, de acordo com o que pensamos, evidenciar o quanto a realidade cabocla e situação sociopolítica desta era semelhante àquela pela qual passam os mais afastados recônditos do Brasil na metade introita do séc. XIX. / Este trabajo tiene la intención de hacer una relectura crítica de las novelas y de los principales cuentos de Inglês de Sousa (1853-1918): O cacaulista (1876), História de um pescador (1876), O coronel sangrado (1877) e O missionário (1891), y los cuentos Acauã, O gado do Valha-me-deus y O baile do judeu, todos insertados en Contos amazônicos (1893). Ancilados por el canon consagrado, pero sobre todo por la crítica del Norte y por el artículo de Buarque de Holanda titulado Inglês de Sousa: O missionário (1952), tratamos de recuperar la posición prominente de la literatura del siglo XIX a nuestro autor de trabajo. Creemos que la manera caricaturesca para presentar la región de Baixo Amazonas y de sus personajes en un intento de universalizar la pathos cabocla hace Inglês de Sousa en un escritor único en el siglo XIX. Para destacar como es representativo nuestro escritor para el compendio, se hace, en esta tesis, también, especial recolección de ejemplos toponímicos y de lenguaje cotidiano indígena y portuguesa para apoyar la tesis de que el lenguaje amalgamado por el português y puede retratar la vida etnicossocial del Amazonas que sus personajes en la ficción representan. Es importante señalar que no es un trabajo etnológico o de sociolinguística, sino un ensayo de crítica literaria que desea volver a visitar esta producción de Inglés de Sousa fuera de los moldes cristalizados en que la crítica consagrada a menudo suele insertarlo: no un naturalista, pero el autor de un lenguaje fluido que incluso retrata la oralidad de manera caricaturesca con la tentativa de universalizar el lenguaje del Amazonas. Por otra parte y finalmente , interessa a Inglés de Sousa, según lo que pensamos nosostros, mostrar cuánto la realidad cabocla y su situación socio-política fueran similares a aquellas por las cuales pasa la mayor parte escondida de Brasil en la primera mitad del siglo XIX.

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