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Expressão intra-renal dos RNA mensageiros de proteínas associadas ao podócito e de fatores pro fibróticos em glomerulopatias primárias e secundárias

Souza, Maysa Lucena de January 2015 (has links)
Introdução: A podocitopenia e a podocitúria são marcadores de injúria glomerular em podocitopatias (POD) e glomerulonefrites proliferativas (GNsP), e mesmo em fases iniciais destas doenças mecanismos pró-fibróticos indutores de glomeruloesclerose e fibrose renal progressiva estão ativados. Objetivo: Avaliar pacientes portadores de glomerulopatias biopsiados em diferentes tempos de evolução clínica, correlacionando lesões morfológicas dos compartimentos glomerular e túbulo-intersticial com a expressão dos RNAm de proteínas associadas ao podócito e de fatores pró-fibróticos no tecido renal. Materiais e Métodos: Foram incluídos no estudo oitenta e quatro pacientes adultos portadores de glomerulopatias de diferentes etiologias submetidos à biópsia renal por indicação clínica. As lesões histológicas foram individualizadas e a porcentagem de fibrose intersticial e atrofia tubular foi quantificada na coloração de Tricrômio de Masson. Foram mensurados no tecido renal o log 10 do RNAm pela reação em cadeia da polimerase em tempo real das proteínas associadas ao podócito alfa actinina-4, podocina e podocalixina e dos fatores pró-fibróticos fator de crescimento transformador ₁ (TGF₁), fator de crescimento do tecido conectivo (CTGF) e fator de crescimento derivado do endotélio A (VEGF-A). A secção livre de neoplasia de rins removidos por câncer renal foram usados como controles da expressão dos RNAm. Resultados: No grupo POD, os diagnósticos histopatológicos foram: Glomeruloesclerose segmentar e focal (n=20), GN membranosa (n=12), Nefropatia diabética (n=9) e Lesões mínimas (n=7); no grupo GNsP foram Nefropatia por IgA (n=15), GN membranoproliferativa (n=5), Nefrite lúpica (n=5) e GN proliferativa mesangial (n=4), e outros diagnósticos (n=7). O RNAm do tecido renal nos pacientes com POD e GNsP foi significativamente menor comparado ao dos controles para todos os genes estudados. A presença de crescentes, independente do estágio evolutivo, foi associada à maior expressão do RNAm de alfa actinina-4 (p=0,04), podocina (p=0,01) e podocalixina (p=0,038). O RNAm dos genes pró-fibróticos também estava inibido comparado a sua expressão no rim normal. Nas GNsP, o VEGF-A (p<0,001) e o CTGF (p<0,001) foram os genes com menor nível de expressão comparado aos controles. Em relação às biópsias com lesões crescênticas, tanto o RNAm do TGFβ1 (p=0,001) como do CTGF (p=0,041) tiveram maior expressão comparado ao RNAm das biópsias sem crescentes. Nas biópsias com fibrose intersticial superior a 30%, a expressão do RNAm de TGFβ1, (p=0,038) e do VEGF-A (p=0,040) foi maior do que nas biópsias com fibrose leve. O maior tempo entre o início da doença clínica e a realização da biópsia renal não teve influência detectável na expressão tecidual do RNAm dos biomarcadores estudados. Conclusões: Pacientes com podocitopatias ou glomerulonefrites proliferativas apresentaram inibição da expressão do RNAm de proteínas associadas ao podócito e de fatores indutores de fibrose renal, achados compatíveis com injúria podocitária e podocitopenia. Nas biópsias renais com maior grau de fibrose intersticial e atrofia tubular, assim também como naquelas com lesões crescênticas, a expressão do RNAm de fatores fibrogênicos como TGF-β1 e CTGF foi significativamente aumentada, o que pode sugerir supra-regulação de moléculas associadas a mecanismos de fibrose renal e patologia glomerular. / Introduction: Both podocitopenia and podocyturia are markers of glomerular injury in podocytopathies (POD) and proliferative glomerulonephritis (PGNs), and even in the early stages of these diseases pro-fibrotic mechanisms leading to glomerulosclerosis and progressive renal fibrosis are running. Objective: This study evaluated patients with glomerulopathies who were biopsied at different times of clinical evolution, correlating morphological lesions of the glomerular and tubulointerstitial compartments with renal messenger RNA (mRNA) expression of podocyteassociated proteins and pro-fibrotic factors. Materials and Methods: The study included eighty-four adult patients with glomerulopathies of different etiologies undergoing kidney biopsy as clinically indicated. The histological lesions were individualized and the percentage of interstitial fibrosis and tubular atrophy was quantified on Trichrome Masson staining. Tissue log 10 mRNA of the podocyte proteins alpha-actinin-4, podocin and podocalyxin and of the pro-fibrotic factors transforming growth factor β₁ (TGFβ₁), connective tissue growth factor (CTGF) and vascular endothelium growth factor A (VEGF-A) was measured by real time polymerase chain reaction. The sections free of neoplasia of kidneys removed for renal cancer were used as controls for the mRNA tissue expression. Results: Results: In the POD group, the histopathological diagnoses were: focal segmental glomerulosclerosis (n=20), membranous (n=12), diabetic nephropathy (n=9) and minimal changes (n=7); in PGNs group were IgA nephropathy (n=15), membranoproliferative (n=5), lupus nephritis (n=5) and mesangial proliferative (n=4), and other diagnoses (n=7). Messenger RNA expression of POD and PGNs groups was significantly lower compared to controls for all the studied genes. The presence of crescents, regardless of their evolutive stage, was associated with higher mRNA expression of alpha-actinin-4 (p=0.04), podocin (p=0.01) and podocalyxin (p=0.038). The mRNA of pro-fibrotic genes was also inhibited compared to their expression in normal kidneys. In PGNs, VEGF-A (p<0.001) and CTGF (p<0.001) were the genes with lowest mRNA levels compared to controls. Regarding the biopsies with crescentic lesions, both the mRNA of TGFβ1 (p=0.001) and CTGF (p=0.041) were highly expressed as compared to those of biopsies without crescents. In biopsies with moderate to severe interstitial fibrosis (more than 30%), the mRNA expression of TGFβ1 (p=0.038) and VEGF-A (p=0.040) was highly expressed compared to biopsies with mild fibrosis. A longer interval between the clinical disease and the performance of kidney biopsy did not have a detectable influence on tissue mRNA expression of the studied biomarkers. Conclusions: Patients with POD or PGNs presented inhibition of the mRNA expression of podocyte-associated proteins and pro-fibrotic factors, findings that are consistent with podocyte injury and podocitopenia. In renal biopsies with a higher degree of interstitial fibrosis and tubular atrophy, as well as those with crescentic lesions, the mRNA expression of fibrogenic factors such as TGF-β1 and CTGF was significantly increased, which may suggest upregulation of molecules associated with mechanisms of renal fibrosis and glomerular pathology.
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Avaliação da presença de anticorpos anti-HLA no primeiro ano do transplante renal

Toresan, Realdete January 2007 (has links)
Introdução: A relevância clínica da presença de anticorpos anti-HLA após o transplante renal tem sido foco de recente atenção para os estudiosos da histocompatibilidade. Pacientes que possuem anticorpos anti-HLA no póstransplante apresentam maior incidência de rejeição aguda (RA) e de nefropatia crônica do enxerto (NCE). Como conseqüência, alguns perdem o órgão transplantado ou sofrem com as reações imunopatológicas correspondentes. Entretanto, existem algumas controvérsias sobre o grau de valorização da presença desses anticorpos na etiopatogenia da RA e da NCE, pois nem todos os pacientes com anticorpos evoluem mal. Objetivo: Avaliar a presença de anticorpos anti-HLA no primeiro ano do transplante renal e verificar sua associação com a ocorrência de RA e NCE. Pacientes e Método: Este estudo incluiu consecutivamente 88 pacientes submetidos a transplante renal no Serviço de Nefrologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre outubro de 2002 a outubro de 2004. Amostras de sangue foram colhidas no 1º, 3º, 6º e 12º meses pós-transplante renal, visando à pesquisa de anticorpos IgG anti-HLA de classes I e II. Nos pacientes que consentiram, biópsias renais de protocolo foram realizadas entre o 2º e o 3º mês e no 12º mês póstransplante. A detecção dos anticorpos foi realizada através de ensaio ELISA (LATM e LAT-1240, One Lambda Inc., USA). Rejeição aguda e a NCE foram diagnosticadas por critérios clínicos, laboratoriais e histopatológicos. Resultados: Oitenta e oito pacientes foram avaliados, sendo 40 (45,5%) do sexo feminino e setenta e dois (81,8%) de etnia caucasóide. Setenta e um (80,6%) receberam rins de doador falecido. Foi detectada a presença de anticorpos anti-HLA em vinte pacientes (22,7%). Desses, somente 3 (4,4%) desenvolveram anticorpos anti-HLA (classe I) no período pós-transplante; os demais (17) já os apresentavam no período prétransplante. No seguimento até um ano, 23 pacientes (26,1%) apresentaram RA e 43 (51,2%) desenvolveram NCE. Nove (45%) pacientes com anticorpos no póstransplante desenvolveram RA contra 14 (20,6%) dos sem anticorpos (P=0,058). Entre os pacientes com anticorpos no pós-transplante, 11 (64,7%) desenvolveram NCE contra 32 (47,8%) dos sem anticorpos (P=0,329). Na análise histológica, os anticorpos anti-HLA foram associados à RA IIA (P=0,001) e à NCE grau II (P= 0,012). As variáveis preditoras para a RA e NCE foram, respectivamente, presença de anticorpos anti-HLA de classe I no 1º mês pós-transplante (OR= 4,30; IC 95%= 1,32-14,1; P= 0,016) e transplante com órgão de doador-limítrofe (OR= 4,81; IC 95%= 1,18-20,3; P= 0,028). Setenta por cento (70%) dos pacientes com RA desenvolveram NCE, contra 45,3% dos pacientes sem RA (P= 0,054). Conclusão: Os anticorpos anti-HLA presentes no primeiro ano do transplante renal foram associados a RA e NCE. A pesquisa de anticorpos anti-HLA no pós-transplante renal realizada por outros pesquisadores e aqui também avaliada, se adotada como rotina, possibilitaria a identificação de casos de mau prognóstico e a escolha de planos terapêuticos mais adequados. A correlação entre anticorpos anti-HLA e rejeição deverá se tornar mais evidente com o passar dos anos, sendo que nossos resultados fortalecem a convicção da necessidade de continuidade desses estudos. / Introduction: The clinical relevance of the presence of anti-HLA antibodies following kidney transplant has been the recent focus of attention of histocompatibility researchers. Patients who present anti-HLA antibodies in the post-transplant period have shown higher incidence of acute rejection (AR) and of chronic allograft nephropathy (CAN). As a result, some lose the transplanted organ or suffer from the corresponding immunopathological reactions. However, there has been some controversy as to the importance of the presence of these antibodies in the ethiopathology of AR and CAN, since not all patients who have these antibodies present the same outcome. Objective: To evaluate the presence of anti-HLA antibodies during the first year of kidney transplantation and to check its association with the occurrence of AR and CAN. Patients and Method: This research included consecutively 88 patients who had undergone kidney transplants in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre Nephrology Service between October 2002 and October 2004. Blood samples were taken during the 1st, 3rd, 6th and 12th months post kidney transplant, aiming at researching for Class I and II IgG anti-HLA antibodies. In consenting patients, protocol kidney biopsies were carried out between the 2nd and 3rd months and in the 12th month after the transplant. Detection of antibodies was done through ELISA test (LAT-M and LAT-1240, One Lambda Inc., USA). Acute rejection and CAN were diagnosed through clinical, laboratorial and histopathological criteria. Results: Eighty-eight patients were evaluated, among which 40 (45.5%) were female and seventy-two (81.8%) were Caucasian. Seventy-one (80.6%) received kidneys from deceased donors. The presence of anti-HLA antibodies was found in 20 patients (22.7%). Among these, only 3 (4.4%) developed anti-HLA antibodies (class I) during the post-transplant period; the remaining (17) already presented these antibodies during the pre-transplant period. In the follow-up up to one year, 23 patients (26.1%) presented AR and 43 (51.2%) developed CAN. Nine patients (45%) with antibodies in the post-transplant period developed AR as opposed to 14 (20.6%) patients without antibodies (P=0.058). Among the patients with antibodies in the post-transplant period, 11 (64.7%) developed CAN as opposed to 32 (47.8%) of those without antibodies (P=0.329). In the histological analysis, the anti-HLA antibodies were associated to AR IIA (P=0.001) and to CAN degree II (P= 0.012). The predictive variables for AR and CAN were, respectively, the presence of Class I anti-HLA antibodies in the first month post-transplant (OR= 4.30; IC 95%= 1.32-14.1; P= 0.016) and transplant with expanded criteria donors (OR= 4.81; IC 95%= 1.18-20.3; P= 0.028). Seventy per cent of the patients presenting AR developed CAN, as opposed to 45.3% of the patients without AR (P= 0.054). Conclusion: The anti-HLA antibodies present in the first year of the kidney transplant were associated to AR and CAN. The research of anti-HLA antibodies in the kidney post-transplant period carried by other researchers, as well as in this study, if done routinely, would allow the identification of cases with a poor prognosis and the choice of more adequate treatments. The correlation of anti-HLA antibodies and rejection will become more evident with time, and our results reinforce the certainty that these studies must continue.
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Curso evolutivo e fatores de progressão da nefropatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 2 / Diagnosis and clinical course of diabetic nephropathy in type 2 diabetic patients

Murussi, Marcia January 2005 (has links)
A nefropatia diabética (ND) é uma complicação microvascular freqüente, que acomete cerca de 40% dos indivíduos com diabete melito (DM). A ND associa-se a significativo aumento de morte por doença cardiovascular. É a principal causa de insuficiência renal terminal em países desenvolvidos e em desenvolvimento, representando, dessa forma, um custo elevado para o sistema de saúde. Os fatores de risco para o desenvolvimento e a progressão da ND mais definidos na literatura são a hiperglicemia e a hipertensão arterial sistêmica. Outros fatores descritos são o fumo, a dislipidemia, o tipo e a quantidade de proteína ingerida na dieta e a presença da retinopatia diabética. Alguns parâmetros de função renal também têm sido estudados como fatores de risco, tais como a excreção urinária de albumina (EUA) normal-alta e a taxa de filtração glomerular excessivamente elevada ou reduzida. Alguns genes candidatos têm sido postulados como risco, mas sem um marcador definitivo. O diagnóstico da ND é estabelecido pela presença de microalbuminúria (nefropatia incipiente: EUA 20-199 μg/min) e macroalbuminúria (nefropatia clínica: EUA ≥ 200 μg/min). À medida que progride a ND, aumenta mais a chance de o paciente morrer de cardiopatia isquêmica. Quando o paciente evolui com perda de função renal, há necessidade de terapia de substituição renal e, em diálise, a mortalidade dos pacientes com DM é muito mais significativa do que nos não-diabéticos, com predomínio das causas cardiovasculares. A progressão nos diferentes estágios da ND não é, no entanto, inexorável. Há estudos de intervenção que demonstram a possibilidade de prevenção e de retardo na evolução da ND principalmente com o uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, dos bloqueadores da angiotensina II e do tratamento intensivo da hipertensão arterial. Os pacientes podem entrar em remissão, ou até mesmo regredir de estágio. A importância da detecção precoce e da compreensão do curso clínico da ND tem ganhado cada vez mais ênfase, porque a doença renal do DM é a principal causa de diálise no mundo e está associada ao progressivo aumento de morte por causas cardiovasculares. / Diabetic nephropathy (DN) is a frequent microvascular complication, which affects about 40% of diabetes mellitus (DM) patients. DN is associated with an increased cardiovascular death rate. DN is the major cause of kidney failure in developing as well as in developed countries, and it is, therefore, associated with increased health system costs. The more defined risk factors for the development and progression of DN are sustained hyperglycemia and hypertension. Other putative risk factors are smoking, dyslipidemia, the amount and source of protein in the diet, and the presence of diabetic retinopathy. Some renal function parameters have also been studied as risk factors, such as high normal urinary albumin excretion (UAE) and extremely high or low glomerular filtration rate levels. Some candidate genes have been analyzed as risk factors, but without any definitive marker. DN diagnosis is established by the presence of microalbuminuria (incipient nephropathy: UAE 20-199 μg/min), and macroalbuminuria (overt nephropathy: UAE ≥200 μg/min). As DN progress, the chance of death from coronary artery disease increases. When patients progress to kidney failure with uremia, renal replacement therapy becomes necessary, and when on dialysis, diabetic patients have higher mortality rates in comparison to non-diabetic ones, primarily from cardiovascular causes. DN progression through stages is not always the rule. Intervention studies demonstrate that DN prevention and remission are possible, mainly with angiotensinconverting enzyme inhibitors, angiotensin-II receptor blockers, and intensive hypertension treatment. The importance of the earlier detection, and the understanding of clinical course of DN, have progressively grown, because it is the leading cause of dialysis in the world, and is associated with increased cardiovascular mortality.
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Avaliação da presença de anticorpos anti-HLA no primeiro ano do transplante renal

Toresan, Realdete January 2007 (has links)
Introdução: A relevância clínica da presença de anticorpos anti-HLA após o transplante renal tem sido foco de recente atenção para os estudiosos da histocompatibilidade. Pacientes que possuem anticorpos anti-HLA no póstransplante apresentam maior incidência de rejeição aguda (RA) e de nefropatia crônica do enxerto (NCE). Como conseqüência, alguns perdem o órgão transplantado ou sofrem com as reações imunopatológicas correspondentes. Entretanto, existem algumas controvérsias sobre o grau de valorização da presença desses anticorpos na etiopatogenia da RA e da NCE, pois nem todos os pacientes com anticorpos evoluem mal. Objetivo: Avaliar a presença de anticorpos anti-HLA no primeiro ano do transplante renal e verificar sua associação com a ocorrência de RA e NCE. Pacientes e Método: Este estudo incluiu consecutivamente 88 pacientes submetidos a transplante renal no Serviço de Nefrologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre outubro de 2002 a outubro de 2004. Amostras de sangue foram colhidas no 1º, 3º, 6º e 12º meses pós-transplante renal, visando à pesquisa de anticorpos IgG anti-HLA de classes I e II. Nos pacientes que consentiram, biópsias renais de protocolo foram realizadas entre o 2º e o 3º mês e no 12º mês póstransplante. A detecção dos anticorpos foi realizada através de ensaio ELISA (LATM e LAT-1240, One Lambda Inc., USA). Rejeição aguda e a NCE foram diagnosticadas por critérios clínicos, laboratoriais e histopatológicos. Resultados: Oitenta e oito pacientes foram avaliados, sendo 40 (45,5%) do sexo feminino e setenta e dois (81,8%) de etnia caucasóide. Setenta e um (80,6%) receberam rins de doador falecido. Foi detectada a presença de anticorpos anti-HLA em vinte pacientes (22,7%). Desses, somente 3 (4,4%) desenvolveram anticorpos anti-HLA (classe I) no período pós-transplante; os demais (17) já os apresentavam no período prétransplante. No seguimento até um ano, 23 pacientes (26,1%) apresentaram RA e 43 (51,2%) desenvolveram NCE. Nove (45%) pacientes com anticorpos no póstransplante desenvolveram RA contra 14 (20,6%) dos sem anticorpos (P=0,058). Entre os pacientes com anticorpos no pós-transplante, 11 (64,7%) desenvolveram NCE contra 32 (47,8%) dos sem anticorpos (P=0,329). Na análise histológica, os anticorpos anti-HLA foram associados à RA IIA (P=0,001) e à NCE grau II (P= 0,012). As variáveis preditoras para a RA e NCE foram, respectivamente, presença de anticorpos anti-HLA de classe I no 1º mês pós-transplante (OR= 4,30; IC 95%= 1,32-14,1; P= 0,016) e transplante com órgão de doador-limítrofe (OR= 4,81; IC 95%= 1,18-20,3; P= 0,028). Setenta por cento (70%) dos pacientes com RA desenvolveram NCE, contra 45,3% dos pacientes sem RA (P= 0,054). Conclusão: Os anticorpos anti-HLA presentes no primeiro ano do transplante renal foram associados a RA e NCE. A pesquisa de anticorpos anti-HLA no pós-transplante renal realizada por outros pesquisadores e aqui também avaliada, se adotada como rotina, possibilitaria a identificação de casos de mau prognóstico e a escolha de planos terapêuticos mais adequados. A correlação entre anticorpos anti-HLA e rejeição deverá se tornar mais evidente com o passar dos anos, sendo que nossos resultados fortalecem a convicção da necessidade de continuidade desses estudos. / Introduction: The clinical relevance of the presence of anti-HLA antibodies following kidney transplant has been the recent focus of attention of histocompatibility researchers. Patients who present anti-HLA antibodies in the post-transplant period have shown higher incidence of acute rejection (AR) and of chronic allograft nephropathy (CAN). As a result, some lose the transplanted organ or suffer from the corresponding immunopathological reactions. However, there has been some controversy as to the importance of the presence of these antibodies in the ethiopathology of AR and CAN, since not all patients who have these antibodies present the same outcome. Objective: To evaluate the presence of anti-HLA antibodies during the first year of kidney transplantation and to check its association with the occurrence of AR and CAN. Patients and Method: This research included consecutively 88 patients who had undergone kidney transplants in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre Nephrology Service between October 2002 and October 2004. Blood samples were taken during the 1st, 3rd, 6th and 12th months post kidney transplant, aiming at researching for Class I and II IgG anti-HLA antibodies. In consenting patients, protocol kidney biopsies were carried out between the 2nd and 3rd months and in the 12th month after the transplant. Detection of antibodies was done through ELISA test (LAT-M and LAT-1240, One Lambda Inc., USA). Acute rejection and CAN were diagnosed through clinical, laboratorial and histopathological criteria. Results: Eighty-eight patients were evaluated, among which 40 (45.5%) were female and seventy-two (81.8%) were Caucasian. Seventy-one (80.6%) received kidneys from deceased donors. The presence of anti-HLA antibodies was found in 20 patients (22.7%). Among these, only 3 (4.4%) developed anti-HLA antibodies (class I) during the post-transplant period; the remaining (17) already presented these antibodies during the pre-transplant period. In the follow-up up to one year, 23 patients (26.1%) presented AR and 43 (51.2%) developed CAN. Nine patients (45%) with antibodies in the post-transplant period developed AR as opposed to 14 (20.6%) patients without antibodies (P=0.058). Among the patients with antibodies in the post-transplant period, 11 (64.7%) developed CAN as opposed to 32 (47.8%) of those without antibodies (P=0.329). In the histological analysis, the anti-HLA antibodies were associated to AR IIA (P=0.001) and to CAN degree II (P= 0.012). The predictive variables for AR and CAN were, respectively, the presence of Class I anti-HLA antibodies in the first month post-transplant (OR= 4.30; IC 95%= 1.32-14.1; P= 0.016) and transplant with expanded criteria donors (OR= 4.81; IC 95%= 1.18-20.3; P= 0.028). Seventy per cent of the patients presenting AR developed CAN, as opposed to 45.3% of the patients without AR (P= 0.054). Conclusion: The anti-HLA antibodies present in the first year of the kidney transplant were associated to AR and CAN. The research of anti-HLA antibodies in the kidney post-transplant period carried by other researchers, as well as in this study, if done routinely, would allow the identification of cases with a poor prognosis and the choice of more adequate treatments. The correlation of anti-HLA antibodies and rejection will become more evident with time, and our results reinforce the certainty that these studies must continue.
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Hidratação com bicarbonato de sódio na prevenção de nefropatia induzida por contraste : estudo clínico multicêntrico

Gomes, Vitor Osório January 2009 (has links)
Introdução: Nefropatia induzida por contraste (NIC) está associada a piores desfechos intra-hospitalar e a longo prazo. Estudos recentes sugerem que hidratação com bicarbonato de sódio possa ser útil na sua prevenção; no entanto, essa medida de prevenção de NIC não foi, ainda, avaliada em pacientes diabéticos. Método: Subanálise de um estudo multicêntrico envolvendo 301 pacientes com creatinina sérica ≥ 1,2 mg/dl ou depuração de creatinina endógena (DCE) < 50 ml/min submetidos a cineangiocoronariografia ou angioplastia coronária, randomizados para receber hidratação com bicarbonato de sódio ou solução salina (soro fisiológico – SF) a 0,9%. Todos os procedimentos foram realizados com contraste iônico de baixa osmolaridade. Os desfechos avaliados foram incidência de NIC (definida como aumento de 0,5 mg/dl) e variação da creatinina e da DCE em 48 horas após o procedimento. Da totalidade de pacientes, 87 tinham diabetes melito e foram incluídos nesse subestudo. Resultados: Não houve diferença entre os grupos em relação a características demográficas, volume de contraste e níveis basais de creatinina e DCE. Entre os pacientes avaliados, 8 desenvolveram NIC: 4 (9,8%) pacientes no grupo bicarbonato e 4 (8,9%) no grupo SF 0,9% (p = 0,9). A variação da creatinina sérica e da DCE foi similar entre os grupos. Conclusão: Hidratação com bicarbonato de sódio não demonstrou benefício em reduzir a incidência de NIC em pacientes diabéticos submetidos a cateterismo cardíaco ou angioplastia coronária em comparação à hidratação com SF 0,9%. / Background: Contrast-induced nephropathy (CIN) is associated with worse clinical outcomes both at short and long-term follow-up. Recent evidence indicates that intravenous hydration with sodium-bicarbonate may reduce the incidence of CIN. However, this strategy has not been reported in diabetic patients. Methods: Sub-analysis of a multicenter study involving 301 patients with serum creatinine ≥ 1,2 mg/dL or creatinine clearance < 50 mL/min submitted to coronary angiography or percutaneous coronary intervention and randomized to intravenous hydration with sodium-bicarbonate or normal saline. All patients received low-osmolar contrast media. We assessed the incidence of CIN (defined as creatinine increase ≥ 0,5 mg/dL), and the average change in creatinine and creatinine clearance 48 hours after the procedure. A total of 87 diabetic patients were analyzed. Results: There was no difference between groups regarding baseline characteristics, contrast volume used, baseline creatinine levels and creatinine clearance. Eight patients presented CIN: 4 (9.8%) in the bicarbonate group and 4 (8.9%) in the saline group (p = 0.9). The average change in serum creatinine and creatinine clearance were similar between groups. Conclusion: Intravenous hydration with sodium-bicarbonate did not reduce the incidence of CIN in diabetic patients undergoing coronary angiography or percutaneous coronary intervention as compared to hydration with normal saline.
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Tempol e renoprotetor na nefropatia diabetica experimental / Tempol is renal protective in experimental diabetic nephropathy

Peixoto, Elisa Bouçada Mauro Inacio 15 August 2018 (has links)
Orientador: Jose Butori Lopes de Faria / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-15T03:50:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Peixoto_ElisaBoucadaMauroInacio_D.pdf: 16977054 bytes, checksum: fc0226c54ac90b577209ce94906bf208 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Hipertensão arterial (HA) e diabetes mellitus (DM) são os dois maiores fatores de risco independentes para o desenvolvimento da doença renal crônica. Porém, HA e DM frequentemente coexistem em humanos e sua combinação acarreta aumento na incidência e gravidade da nefropatia e conseqüente progressão para doença renal terminal. Tanto a hiperglicemia quanto a HA induzem estresse oxidativo no rim, que está implicado na patogênese da nefropatia diabética. O aumento do estresse oxidativo, pela produção de superóxido dependente da via NADPH oxidase e pela diminuição da defesa antioxidante, acarreta danos renais, aumento da albuminúria e progressão da nefropatia diabética. Na presente série de estudos, investigamos os efeitos do tempol, um antioxidante mimético da superóxido desmutase endógena (SOD), no estado redox via NADPH oxidase e em danos renais induzidos pelo estresse oxidativo em um modelo experimental que combina HA genética (ratos espontaneamente hipertensos - SHR) e DM induzido por estreptozotocina. Os estudos foram descritos nos seguintes artigos: Artigo I: Neste artigo, investigamos se o tratamento com o antioxidante tempol melhora o estresse oxidativo e os conseqüentes danos renais, na presença de HA e fase inicial de DM. Parâmetros de estresse oxidativo e índices de lesão renal foram avaliados em ratos SHR pré-hipertensos de 4 semanas de idade, com 20 dias de DM. Ratos diabéticos receberam ou não tempol intraperitonealmente por 20 dias. O tratamento com tempol proporcionou o aumento da expressão renal do antioxidante SOD extracelular, diminuição da produção renal de superóxido via NADPH oxidase e redução na expressão de 8-hidroxi-2'-deoxiguanosina (8-OHdG), marcador de dano ao DNA induzido por estresse oxidativo, comparado com os animais diabéticos não-tratados. Além disso, o tratamento com tempol melhorou danos renais característicos da nefropatia diabética, como albuminúria e expressão de colágeno IV. Portanto, concluímos que o tratamento com o antioxidante tempol reestabelece o estado redox e previne danos renais induzidos pelo estresse oxidativo em estágio precoce de DM e HA. Artigo II: No segundo artigo investigamos como o tempol melhora a albuminúria em ratos diabéticos e hipertensos. Córtex renal e glomérulos isolados foram coletados de ratos SHR com 4 semanas de idade, após 20 dias de DM e tratamento com tempol. O tratamento com tempol restaurou os componentes da barreira de filtração glomerular em ratos SHR diabéticos, pois preveniu a depleção de podócitos por apoptose, além de evitar a redução da expressão de nefrina induzidas pelo DM. Tempol também reduziu a expressão da proteína poli(ADP-ribose) polimerase (PARP-1) ribosilada em glomérulos de SHR diabéticos, uma enzima nuclear ativada por danos ao DNA induzidos por estresse oxidativo, sugerindo redução na atividade de PARP-1. In vitro, glomérulos isolados incubados com H2O2 (espécies reativas de oxigênio) apresentaram elevado número de células em apoptose, e os tratamentos com tempol e com inibidor de PARP-1 evitaram a apoptose de células glomerulares. Portanto, concluímos nesse artigo que o tempol reduz albuminúria em ratos diabéticos e hipertensos pela diminuição da apoptose de podócitos induzida, em parte, por PARP-1. Em resumo, a presente tese fornece evidência de que o antioxidante tempol é renoprotetor na nefropatia diabética experimental, uma vez que restaura o estado redox, reduz o acúmulo de matriz extracelular, previne apoptose de podócitos induzida por PARP-1 e reduz albuminúria, sem alterar a glicose sangüínea e a pressão arterial. / Abstract: Hypertension (HTN) and diabetes mellitus (DM) are the two major independent risk for development of chronic renal disease. However, HTN and DM frequently coexist in human and the combination of these conditions increases the frequency and severity of nephropathy and end-stage renal disease. Both, hyperglycemia and HTN, can induce renal oxidative stress, which strongly contributes to the pathogenesis of diabetic nephropathy. Elevation in oxidative stress, by increasing NADPH oxidase-dependent superoxide production and by decreasing antioxidant defense, leads to renal injury, albuminuria and diabetic nephropathy progression. The present series of studies were therefore undertaken to investigate the effect of tempol, an antioxidant mimetic of the superoxide dismutase (SOD), in the redox status via NADPH oxidase and in oxidative stress-induced renal injury in an experimental model that combines genetic HTN (spontaneously hypertensive rats -SHR) and streptozotocin-induced DM. The studies were described in the following papers: Paper I: In this study we investigated whether the treatment with tempol improve the redox imbalance and consequent renal injury, in the presence of HTN and early stage of DM. Oxidative-stress parameters and indices of renal injury were evaluated in 4-week-old prehypertensive SHR with 20 days of DM. The diabetic rats either did or did not receive tempol intraperitoneally for 20 days. Treatment with tempol provided an elevation on the expression of renal antioxidant extracellular SOD, decreased the production of renal NADPH-dependent superoxide production and diminished 8-hydroxy-2'-deoxyguanosine (8-OHdG) expression, a marker of oxidative stress-induced DNA damage, compared with untreated diabetic group. Additionally, tempol treatment reduced renal damage parameters associated with diabetic nephropathy, such as albuminuria and collagen IV expression. Therefore, in the paper I we concluded that treatment with an antioxidant tempol reestablished the redox status and prevented oxidative stress-induced renal damage in early stage of DM and HTN. Paper II: In this study we investigated the mechanism by which tempol corrects albuminuria in early stage of experimental DM and HTN. Renal cortex and isolated glomeruli of 4-week-old prehypertensive SHR were collected after 20 days of DM and treatment with tempol. Tempol ameliorates the components of glomerular filtration barrier in the diabetic SHR by reducing podocyte apoptosis and depletion, and by restoring nephrin expression. Tempol also diminished the amount of ribosilated poly(ADP-ribose) polimerase PARP-1, a nuclear enzyme activated by DNA strand breaks due to oxidative stress, in the diabetic kidney of SHR, suggesting reduction of PARP-1 activity. In vitro, isolated glomeruli exposed to reative oxygen species by incubation with hydrogen peroxide showed a higher number of apoptotic cells that was prevented by tempol or a PARP-1 inhibitor. Therefore, in the paper II we concluded that tempol reduces albuminuria in experimental model of DM and HTN at least in part by diminish PARP-induced podocyte apoptosis and oxidative stress. In summary, the present thesis provides evidence that the antioxidant tempol is renal protective in experimental diabetic nephropathy by reestablishing redox status, reducing accumulation of kidney extracellular matrix, reducing PARP-1-induce podocyte apoptosis and albuminuria. These effects were independent of blood glucose and blood pressure reduction, the two most effective approaches for the treatment of diabetic nephropathy. / Doutorado / Ciencias Basicas / Doutor em Clínica Médica
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Regulação do gene TBX3 por TGF-<font face=\"Symbol\">b1 em células mesangiais. / Regulation of TBX3 gene by TGF-<font face=\"Symbol\">b1 in mesangial cells.

Lislaine Andrade Wensing 07 March 2013 (has links)
As células mesangiais (CM) são essenciais para a homeostasia glomerular. Além disso, têm papel crucial no desenvolvimento de glomeroesclerose em nefropatias crônicas. Demonstramos que as isoformas do repressor de transcrição TBX3, TBX3.1 e TBX3 + 2<font face=\"Symbol\">a, foram suprarreguladas precocemente por concentrações baixas de TGF-<font face=\"Symbol\">b1 em CM humanas. A superexpressão das isoformas não alterou a proliferação ou produção de MEC em CM. Entretanto, diminuiu a apoptose induzida pela privação de SBF. Ademais, o silenciamento do gene TBX3 sensibilizou as CM ao estímulo pró-apoptótico causado pela remoção do SBF. Por fim, observamos aumento da expressão protéica de TBX3 nos glomérulos e túbulos em um modelo de nefropatia, guardando correlação temporal com o aumento dos níveis de TGF-<font face=\"Symbol\">b1, colágeno IV e fibronectina. Nossos resultados indicam que o gene TBX3 atua como um fator antiapoptótico nas CM e pode estar envolvido no mecanismo pelo qual TGF-<font face=\"Symbol\">b1 induz glomeruloesclerose e fibrose tubular durante a progressão das nefropatias. / Mesangial cells (MC) are essential for glomerular homeostasis. In addition, MC play a significant role in the development of glomerulosclerosis of chronic nephropathies. We demonstrated that the transcription repressor TBX3 isoforms, TBX3.1 and TBX3 + 2<font face=\"Symbol\">a, were upregulated by low concentrations of TGF-<font face=\"Symbol\">b1. Selective overexpression of the isoforms did not affect MC proliferation or extracellular matrix production. However, TBX3 forced expression decreased apoptosis induced by FBS deprivation. Moreover, TBX3 gene silencing sensitized MC to the proapoptotic stimulus caused by SBF withdrawal. Finally, we observed an increase in TBX3 protein expression in glomerular and tubular regions in a model of chronic nephropathy (5/6 nephrectomy), temporally related to increased expression of TGF-<font face=\"Symbol\">b1, collagen IV and fibronectin. Our results indicate that TBX3 acts as an antiapoptotic factor in MC in vitro and may be involved in the mechanism by which TGF-<font face=\"Symbol\">b1 induces glomerulosclerosis and tubular fibrosis during the progression of nephropathies.
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Efeitos do insulto por isquemia/reperfusão renal sobre a indução de estresse de retículo endoplasmático em camundongos haploinsuficientes para Pkd1 / Effects of renal ischemia/reperfusion injury on the induction of endoplasmic reticulum stress in Pkd1 haploinsufficient mice

Willian Pereira Felix 22 February 2017 (has links)
A doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) constitui-se na enfermidade humana monogênica com risco de óbito mais frequente, responsabilizando-se por 4,4 a 10,0% dos casos de doença renal terminal em diferentes populações. Na quase totalidade dos pacientes, a doença é causada por mutação em um de dois genes: PKD1 (polycystic kidney disease 1) ou PKD2 (polycystic kidney disease 2). Tais genes codificam, respectivamente, as proteínas policistina-1 (PC1) e policistina-2 (PC2). Mutações em PKD1, por sua vez, respondem pela ampla maioria dos casos de DRPAD. Camundongos haploinsuficientes para Pkd1 (Pkd1+/-), o gene ortólogo a PKD1 neste animal, consistem num modelo não cístico de deficiência de atividade deste gene. Em um estudo anterior, mostramos que animais Pkd1+/- apresentam lesão renal mais severa que camundongos selvagens (Pkd1+/+) quando submetidos a isquemia/reperfusão (I/R) renal. Esse estudo sugeriu, portanto, que a capacidade de regeneração renal pós-I/R esteja prejudicada em camundongos Pkd1+/- e em pacientes com DRPAD. O insulto por I/R constitui-se em uma causa importante de indução de estresse de retículo endoplasmático (ER), podendo ativar as vias UPR (unfolded protein response) e ERAD (ER-associated degradation). Além disso, a ativação de vias envolvidas no ER determinado por I/R exerce um efeito de agravamento da lesão decorrente deste insulto. O ER pode, ainda, ativar e ser induzido pela resposta inflamatória. Estudos prévios revelaram que as policistinas também se relacionam com este processo. A expressão de PC2 pode ser superregulada pela ativação de um dos braços da via UPR, enquanto a ativação da via ERAD estimula sua degradação. A superexpressão de XBP1, por sua vez, atenua o fenótipo cístico em camundongos deficientes em Pkd1, revelando que a ativação da via UPR pode mitigar a formação cística. Para analisar a relação entre ER e suscetibilidade aumentada a I/R na deficiência de Pkd1, avaliamos diferentes marcadores de ER em camundongos Pkd1+/- e Pkd1+/+ submetidos a um insulto leve por I/R renal associado a 32 min de isquemia. A razão de expressão renal dos mRNAs Xbp1s/Xbp1u mostrou-se menor em camundongos Pkd1+/- que Pkd1 +/+ 48 h após I/R, enquanto a expressão proteica de XBP1s foi maior em rins Pkd1+/- comparados a Pkd1+/+ após o insulto. Não detectamos diferença na expressão renal do gene Hspa5 e de seu produto BIP/GRP78, assim como na expressão de Ddit3, gene que codifica CHOP, após intervenção sham e após I/R. Também não observamos diferenças entre os níveis renais e séricos de IL1beta, IL6, IL10, TNFalfa e RANTES entre camundongos Pkd1+/- e Pkd1+/+ pós-procedimento sham e pós-I/R, embora tendências não significantes de elevação de MCP1 tenham sido detectadas nos rins submetidos ao insulto para ambos os genótipos. As variações em sentidos opostos de XBP1s e Xbp1s/Xbp1u determinadas por I/R em rins Pkd1+/- são consistentes com uma maior suscetibilidade destes animais à indução de ER. Esses achados sugerem que a indução de ER em resposta a um insulto leve por I/R possa aumentar a atividade de PC1 e exercer um efeito de atenuação sobre a maior suscetibilidade de camundongos deficientes em Pkd1 a I/R renal / Autosomal dominant polycystic kidney disease (ADPKD) is the most common life-threatening monogenic disease in humans, accounting for 4.4 to 10.0% of the end-stage kidney disease cases in different populations. In almost all patients, this disorder is caused by a mutation in one of two genes: PKD1 (polycystic kidney disease 1) or PKD2 (polycystic kidney disease 2). These genes encode, respectively, the proteins polycystin-1 (PC1) and polycystin-2 (PC2). Mutations in PKD1, in turn, are responsible for the large majority of ADPKD cases. Pkd1- haploinsufficient mice (Pkd1+/-), the gene orthologous to PKD1 in this animal, constitute a noncystic model of this gene\'s deficiency. In a previous study, we showed that Pkd1+/- animals develop a more severe renal injury than wild-type mice (Pkd1+/+) when submitted to renal ischemia/reperfusion (I/R). This study suggested, therefore, that the capacity of renal regeneration following I/R is impaired in Pkd1+/- mice and in ADPKD patients. The I/R insult is an important cause of endoplasmic reticulum stress (RS) induction, potentially leading to activation of the UPR (unfolded protein response) and ERAD (ER-associated degradation) pathways. The activation of pathways involved in RS determined by I/R exerts an aggravating effect on the injury resulting from the insult. In addition, RS can activate and be induced by the inflammatory response. Previous studies revealed that polycystins also relate to this process. PC2 expression can be upregulated by the activation of one of the UPR pathway branches, while activation of the ERAD pathway stimulates its degradation. XBP1 overexpression, in turn, attenuates the cystic phenotype in Pkd1-deficient mice, revealing that activation of UPR can mitigate cyst formation. To analyze the relationship between RS and the increased susceptibility to I/R associated to Pkd1 deficiency, we evaluated different RS markers in Pkd1+/- and Pkd1+/+ mice submitted to a mild I/R insult determined by 32-min ischemia. The renal expression ratio of mRNA Xbp1s/Xbp1u was lower in Pkd1+/- than Pkd1+/+ mice 48 h after I/R, while the XBP1s protein expression was higher in Pkd1+/- compared to Pkd1+/+ kidneys after the insult. We have not detected differences in renal expression of the Hspa5 gene and its product BIP/GRP78, as well as in Ddit3 expression, the gene that encodes CHOP, postsham intervention and post-I/R. We have also not observed differences in the renal and serum levels of IL1beta, IL6, IL10, TNFalfa and RANTES between Pkd1+/- e Pkd1+/+ mice post-sham procedure and post-I/R, although non-significant trends of MCP1 increase have been detected in kidneys submitted to the insult for both genotypes. The variations in different directions of XBP1s and Xbp1s/Xbp1u induced by I/R in Pkd1+/- kidneys are consistent with a higher susceptibility of these animals to RS induction. These findings suggest that the RS induction in response to a mild I/R insult can increase PC1 activity and exert an attenuating effect on the increased susceptibility of Pkd1-deficient mice to renal I/R
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Modelo de hipertensão arterial decorrente do bloqueio de NF-kB durante a nefrogênese: efeito da sobrecarga salina / Salt overload aggravates hypertension and promotes severe renal injury in rats subjected to NF-?B inhibition during nephrogenesis

Victor Ferreira de Avila 21 June 2018 (has links)
Recentemente descrevemos que ratos tratados com o inibidor do sistema NF-?B pirrolidina ditiocarbamato (PDTC) durante a lactação desenvolvem uma hipertensão arterial na fase adulta, sem lesão renal aparente, caracterizando assim um novo modelo hipertensão essencial. No presente estudo, nós investigamos se a Uninefrectomia (UNx) associada a uma sobrecarga salina (SS) na dieta revelaria uma possível disfunção renal, agravando assim a hipetensão arterial e levando a lesões renais. Ratos Munich-Wistar recém-nascidos foram divididos em 2 grupos: Controle, sem qualquer tratamento; e PDTCLact, recebendo PDTC (280 mg/Kg/dia) na água do bebedouro do 0 aos 20 dias após o nascimento. Após 10 semanas de vida, 120 ratos machos submetidos à Uninefrectomia e foram estudados em dois protocolos. No protocolo 1, os ratos machos foram subdivididos em: UNx+NS, ratos Controle recebendo dieta padrão (NS); PDTCLact+UNx+NS, ratos PDTCLact recebendo NS; UNx+SS, ratos Controle recebendo SS; PDTCLact+UNx+SS, ratos PDTCLact recebendo SS. Após 12 semanas, os animais do Grupo UNx+SS apresentaram hipertensão, aumento da albuminúria e lesões renais moderadas. Nos animais do grupo PDTCLact+UNx+SS a hipertensão, esclerose glomerular e a deposição de Colágeno-1 intersticial apresentaram um aumentado exacerbado, juntamente com lesões arteriolares do tipo \"casca de cebola\", estresse oxidativo, ativação do NF-kB, intenso infiltrado de macrófagos, linfócitos e aumento de células positivas para Angiotensina II, mesmo com a renina plasmática reduzida. Para investigar o papel do sistema renina-angiotensina neste modelo, no protocolo 2, 40 ratos foram divididos em: PDTCLact+UNx+SS, como descrito no protocolo 1; PDTCLact+UNx+SS+L, ratos tratados com Losartan (50 mg/kg) na água do bebedouro. O tratamento com Losartan foi capaz de atenuar as lesões glomerulares e a inflamação renal. Esses resultados indicam que a integridade do sistema NF-kB é fundamental para o desenvolvimento adequado do rim e a manutenção da homeostase do sódio na fase adulta. Paradoxalmente, esse mesmo sistema contribui para o desenvolvimento da lesão renal quando a disfunção renal causada por sua inibição durante a nefrogênese é desmascarada por UNx associada ao SS / Recently we described that rats treated with the NF-?B inhibitor pyrrolidine dithiocarbamate (PDTC) during lactation develop high blood pressure hypertensive in adult life, without apparent functional or structural damage to the kidneys, thus providing a new model of essential hypertension. In the present study, we investigated whether uninephrectomy (UNx) associated with saline overload would unveil a possible renal dysfunction, thus aggravating arterial hypertension and leading to hemodynamically mediated renal injury. Munich-Wistar rat pups were divided into 2 groups: Control, receiving no treatment; and PDTCLact, receiving PDTC (280 mg/kg/ day) in the drinking water from 0 to 20 days after birth. At 10 weeks of age, 120 male rats underwent uninephrectomy and were studied in two protocols. In Protocol 1, rats were subdivided into: UNx+NS, control rats receiving normal salt (NS) diet; PDTCLact+UNx+NS, PDTCLact rats receiving NS; UNx+HS, control rats receiving high-salt (HS) diet; PDTCLact+UNx+HS, PDTCLact rats receiving HS. After 12 weeks, the UNx+HS animals were moderately hypertensive and exhibited mild albuminuria and renal injury. By contrast, arterial hypertension, glomerulosclerosis and cortical collagen-1 deposition were exacerbated in the PDTCLact+UNx+HS group, along with \"onion skin\" arteriolar lesions, evidence of oxidative stress, NF-kB activation and intense infiltration by macrophages, lymphocytes and angiotensin II-positive cells, even though circulating renin was depressed. To investigate the role of the renin-angiotensin system in this setting, 40 rats were divided into: PDTCLact+UNx+HS, treated as described before; and PDTCLact+UNx+HS+L, receiving in addition Losartan, 50 mg/kg in drinking water. Losartan treatment strongly atenuated glomerular injury and renal inflammation. The NF-kB system is essential for the kidneys to develop properly and maintain sodium homeostasis in adult life. Paradoxically, this same system contributes to renal injury when renal dysfunction caused by its inhibition during nephrogenesis is unmasked by UNx associated to HS
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Saberes e práticas dos profissionais de saúde sobre a atenção às pessoas com diabetes mellitus

Romanoski, Priscila Juceli January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-05-24T17:43:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 338826.pdf: 1040502 bytes, checksum: 96ea24c30335fe0b42bfa20950884254 (MD5) Previous issue date: 2015 / O diabetes mellitus e suas complicações atingem um crescente número de pessoas, sendo um grave problema de saúde pública. Os profissionais de saúde da atenção básica são considerados os mais importantes na atenção às pessoas nessa condição crônica. O objetivo do estudo foi compreender os saberes e as práticas dos profissionais de saúde na atenção à pessoa com Diabetes mellitus e suas complicações na Atenção Básica de Florianópolis/SC. Estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em cinco Centros de Saúde, sendo um de cada Distrito Sanitário. Participaram 22 profissionais de saúde pertencentes à Equipe de Saúde da Família e ao Núcleo de Apoio a Saúde da Família. A coleta de dados foi realizada nos meses de dezembro de 2014 a maio de 2015 por meio de entrevistas semiestruturadas, audiogravadas e transcritas. Para organização e codificação dos dados utilizou-se o software Ethnograph 6.0. Para a análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo convencional. O processo de codificação inicial permitiu a criação de 565 códigos que geraram 25 subcategorias e posteriormente reorganizadas em cinco categorias divididas em dois temas para responder aos objetivos do estudo. Os dois temas foram organizados e estão apresentados em dois manuscritos: Saberes e práticas dos profissionais de saúde da atenção básica no atendimento à pessoa com diabetes mellitus e Complicações do diabetes mellitus com foco na nefropatia na perspectiva dos profissionais de saúde da atenção básica. O primeiro manuscrito mostra que os profissionais de saúde possuem um saber no atendimento com compromisso, atenção integral e humanizada, voltado para a qualidade de vida. Suas práticas, algumas vezes, se distanciam desse saber em razão da forma como a atenção à saúde de pessoas com diabetes mellitus está organizada. O segundo manuscrito apontou que o modelo de atenção à saúde está em transição, passando do modelo curativista, com foco na doença e centrado no médico, para um modelo de promoção da saúde. Nessa passagem de um modelo para outro, percebemos que o acompanhamento clínico e as ações mais específicas de prevenção e monitoramento das complicações, vêm sendo relegadas, especialmente a prevenção da nefropatia diabética. Os resultados apontaram saber limitado acerca da inter-relação entre diabetes mellitus e nefropatia. Justificam a falta de saber pelo fato da nefropatia não ser uma realidade em suas áreas de abrangência. A conclusão desse estudo aponta para um ciclo vicioso de atendimento onde os profissionais não associam diabetes a nefropatia, por isso não investigam e, consequentemente, não detectam a nefropatia diabética.<br> / Abstract : Diabetes mellitus and its complications achieve an increasing number of people being a serious public health problem. Primary Health Care professionals are considered the front line in attention of people with this chronic condition. The purpose of the study was to identify knowledges and practices of health professionals in attention to people with Diabetes Mellitus in Primary Health Care of Florianópolis / SC. An exploratory, descriptive study with qualitative approach, conducted in five Health Centers one from each Sanitary District. Participated 22 health professionals from Family Health Program Team and Family Health Support Center. Data collection was conducted from December 2014 to May 2015 through semi-structured interviews, audio recorded and transcribed. For organization and coding data was used the Ethnograph 6.0 software. For data analysis was used to the conventional content analysis. The initial coding process allowed the creation of 565 codes that were grouped by similarity, creating two issues to answer the objectives of the study. The two themes were organized and are presented in two manuscripts: Conceptions and practices of health professionals in primary care in the attendance to people with diabetes mellitus and Diabetes mellitus complications on the vision of primary health care professionals. The first manuscript shows that health professionals have a conception of attendance with commitment to a integrative and humanized care, focusing on quality of life. Their actions, once in a while, move away from this view, because of the way that health care of people with diabetes mellitus is organized. The second manuscript showed that the health care model is in transition, moving from curative model, focus on disease and centered doctor, to a health promotion model. In this passage from one model to another, we realize that the clinical and the more specific prevention and monitoring of complications, have been relegated, especially the prevention of diabetic nephropathy. Justify the lack of knowledge because of nephropathy not be a reality in their areas of coverage. The conclusion of this study points to a vicious cycle of care where professionals do not associate diabetes nephropathy, so do not investigate and consequently do not detect diabetic nephropathy.

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