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Estudo dos mecanismos neuroprotetores da piperina nas convulsoes induzidas pela pilocarpina em camundongos / Study of the neuroprotective mechanisms of piperine in pilocarpine-induced convulsions in miceCruz, Giovany Michely Pinto da [UNIFESP] January 2012 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2012 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A piperina (PPR), uma alcamida presente em varias plantas do genero Piper, ja demonstrou possuir atividades anti-inflamatoria, anti-oxidante e anticonvulsivante. Esse trabalho teve como objetivo avaliar os mecanismos neuroprotetores da PPR, administrada via intraperitoneal (i.p) como pre-tratamento, 30 min antes, as convulsoes induzidas pela pilocarpina 350 mg/kg i.p (P350) em camundongos. Ficou demonstrado que o pretratamento com piperina nas doses de 2.5, 5, 10 e 20 mg/kg, aumentou significativamente os parametros de convulsao e mortalidade induzidos pela P350. Na investigacao dos possiveis mecanismos de acao, a associacao de diazepam (agonista GABAA, via i.p) 15 min antes de PPR 2.5 e 45 min antes da P350 potencializou o aumento da latencia de 1ª convulsao e evitou a morte de todos os animais que convulsionaram. A associacao de flumazenil (antagonista benzodiazepinico) 15 min depois do uso de PPR5, e 30 min antes da P350, reverteu os efeitos inibidores da PPR nas convulsoes e na mortalidade. Alem disso, o pre-tratamento com PPR a P350 aumentou a liberacao de GABA no estriado de camundongos. Considerados juntos, estes efeitos apontam fortemente para o envolvimento do sistema gabaergico no mecanismo de acao protetor da PPR. A associacao da PPR 2.5 com atropina (antagonista muscarinico colinergico), nimodipina (bloqueador de canais de Ca2+), memantina (antagonista dos canais NMDA) ou indometacina (anti-inflamatorio nao esteroidal), nao resultou em mudancas significativas dos parametros observados em relacao ao grupo P350. O pre-tratamento com PPR reverteu a diminuicao provocada pela P350 nos niveis estriatais de glicina e taurina e potencializou o aumento de histidina, o que pode potencializar a acao gabaergica. Deste modo, a PPR aumentou os niveis estriatais de aminoacidos inibitorios da atividade eletrica neuronal. Nao houve alteracoes significativas nos niveis estriatais de glutamato ou noradrenalina nesses grupos em relacao aos animais nao tratados. O pre-tratamento com PPR nao reverteu a reducao dos niveis de dopamina, nem o aumento dos niveis de DOPAC induzidos pela P350 no estriado, demonstrando nao possuir efeito significativo no metabolismo dopaminergico. A administracao aguda da PPR resultou em hiperglicemia e potencializou a decorrente da inducao pela P350. A PPR demonstrou atividade antioxidante ao reverter as elevacoes nos niveis cerebrais e plasmaticos de nitrito induzidas pela P350, bem como atividade citoprotetora ao reduzir a liberacao in vitro de lactato-desidrogenase, possivelmente embasando suas atividades neuroprotetoras. As acoes atividades antinociceptivas e antiinflamatorias perifericas da PPR foram ressaltadas tanto em modelos experimentais in vivo (teste da formalina e edema de pata induzido por carragenina) quanto in-vitro, uma vez que ela reduziu a liberacao induzida de mieloperoxidase. O pre-tratamento com PPR reduziu a imunomarcacao para o NFkB, COX-2 e TNFa no giro denteado do hipocampo, bem como a de TNFa nas areas hipocampais CA1 e CA3 e no cortex cerebral. Portanto, ha fortes evidencias de que o aumento da atividade dos sistemas de neurotransmissores inibitorios promovidos pela PPR, sejam potencializados pelas suas acoes anti-inflamatoria e anti-oxidante perifericas e centrais na promocao dos seus efeitos neuroprotetores. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Efeito protetor da Minociclina contra danos de memória e neuroinflamação de modelo animal de demência do tipo Alzheimer induzido pela administração de βA1-42Garcez, Michelle Lima January 2017 (has links)
Tese de Doutorado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense para obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde. / A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela perda progressiva de memória, acúmulo de peptídeo β-amilóide (βA), principalmente o βA1-42, emaranhados de proteínas tau hiperfosforiladas, e mais recentemente, neuroinflamação. Ainda não há tratamento para curar ou evitar a progressão da DA, nem algum medicamento aprovado para atuar na neuroinflamação. Assim, o presente estudo avaliou o efeito do cloridrato de minociclina, um antibiótico com ação anti-inflamatória e neuroprotetora, na memória e neuroinflamação em um modelo de demência do tipo DA. Foram utilizados camundongos Balb/c (100 dias). Os animais foram submetidos a administração de oligômeros βA1-42 (400pmol) no ventrículo cerebral esquerdo. Decorridas 24 horas da administração dos oligômeros βA1-42 foi iniciado o tratamento via oral com cloridrato de minociclina (50 mg/kg) durante 17 dias. Foi avaliada a locomoção pelo teste de campo aberto, a memória espacial pelos testes de labirinto octogonal e labirinto em Y e a memória aversiva dos animais pelo teste de esquiva inibitória, e no 18º dia, 24 horas após a última administração de minociclina, os animais foram mortos para a dissecção do córtex total, hipocampo e coleta de soro para análises de western blot e imunoensaio enzimático. Um grupo independente de animais foi submetido à perfusão transcardíaca com paraformoldeído e o encéfalo foi removido para análises de imuno-histoquímica e histologia. O tratamento com minociclina melhorou a memória espacial e aversiva dos camundongos submetidos ao modelo de demência. Além disso, a minociclina reverteu o aumento dos níveis de interleucina (IL)-1β, fator de necrose tumoral (TNF)-α, IL-6 e IL-10 causado pela administração dos oligômeros βA1-42 no hipocampo. No córtex total a minociclina reverteu o aumento dos níveis de IL-1β, TNF-α e IL-4 nos animais submetidos ao modelo de demência do tipo DA. No soro, houve um aumento dos níveis de IL-1β e IL-4 nos animais que receberam os oligômeros βA1-42 e a minociclina reverteu este efeito. A minociclina também reverteu o aumento dos níveis de fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF) no hipocampo e de fator de crescimento neural (NGF) no córtex total dos animais submetidos ao modelo. No hipocampo, a minociclina também reduziu os níveis de βA1-42 e a ativação microglial nos animais que receberam os oligômeros βA1-42. Essa redução da ativação microglial ocorreu provavelmente pela redução de receptores toll-like 2, sua proteína adaptadora MyD88 e redução do inflamassoma NLRP3, avaliados por imuno-histoquímica e confirmados por Western blot. Não foi observado efeito da minociclina em prevenir a morte neuronal no hipocampo, avaliada pela coloração de Nissl, que evidência alterações morfológicas nos neurônios. Os resultados em conjunto indicam que a minociclina foi capaz de melhorar a memória e reduzir a neuroinflamação em camundongos submetidos ao modelo de demência do tipo DA, induzido pela administração de βA1-42. O efeito da minociclina em reduzir a neuroinflamação no hipocampo envolve a inibição de receptores toll-like 2 e inibição da ativação do inflamassoma NLRP3. Essa via leva a liberação de IL-1β e possivelmente também de outras citocinas inflamatórias para o meio extracelular. Portanto, a minociclina parece ter efeitos promissores para o tratamento da DA, podendo conter a neuroinflamação e melhorar o dano de memória.
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Distribuição tecidual, neuroproteção e efeitos anti-inflamatórios do conjugado LDE/metotrexato após isquemia cortical induzida por microinjeções de endotelina 1 em ratos adultosPEREIRA, Edmundo Luís Rodrigues 05 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-05 / O acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em adultos no mundo inteiro. Atualmente, a única terapia farmacológica disponível para tratar essa desordem neural aguda emprega um agente trombolítico de custo elevado, que deve ser administrado em até 4 horas do início dos sintomas, trazendo consigo o significativo risco de transformar a área inicialmente oligêmica em uma hemorragia cerebral de proporções catastróficas. Nas últimas décadas, nanopartículas especialmente configuradas para ter maior afinidade com certos tecidos e maior difusibilidade através de barreiras biológicas têm sido empregadas como veículos para carrear agentes terapêuticos. Entre estas, a nanopartícula lipídica lipossomal LDE, conjugada ao agente Metotrexato (cLDE/MTX), tem sido testada com sucesso em vários modelos experimentais de inflamação, revelando resultados promissores. Considerando que a modulação do processo inflamatório que acompanha o infarto cerebral possui relevância prognóstica, a presente pesquisa investigou os efeitos do cLDE/MTX em um modelo experimental de isquemia cerebral induzida pelo agente vasoconstrictor endotelina-1 (ET-1) no córtex cerebral de ratos adultos. Na primeira fase do estudo, foi investigado por meio de cintilografia o comportamento da LDE triciada (LDE3H+), injetada pela via caudal, frente à barreira hematoencefálica (BHE) em animais sham (N=18) e em animais submetidos à isquemia focal com injeção de ET-1 (80pMol/μl) diretamente no córtex frontal (N=5). Em seguida, avaliaram-se os efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores do cLDE/MTX (1 mg/kg) injetado pela veia caudal, em animais isquêmicos (N=5), com o grupo controle que recebeu apenas LDE. Todos os animais foram perfundidos com solução salina a 0,9%; e paraformaldeído, a 4%, 7 dias após a indução isquêmica. Os achados histopatológicos foram avaliados pela coloração com violeta de cresila e imuno-histoquímica para corpos neuronais adultos (anti-NeuN), astrócitos (anti-GFAP) e micróglia (anti-Iba1). Os resultados encontrados demonstraram que a LDE3H+ atravessa a BHE tanto nos animais sham quanto nos animais isquêmicos, e o tratamento com cLDE/MTX não reduz a área total de infarto primário, mas reduz consideravelmente a ativação microglial no centro da lesão, induzindo, ainda, a preservação neuronal na periferia do infarto, quando comparado com os animais controles, injetados apenas com a LDE não conjugada (P<0.01). Por fim, a astrocitose normalmente observada na isquemia cerebral manteve-se inalterada. Os resultados indicam que o cLDE/MTX é um promissor agente anti-inflamatório e neuroprotetor neste modelo experimental de acidente vascular encefálico isquêmico. Estudos futuros são desejáveis para ampliar os conhecimentos acerca desses resultados, incluindo modelos animais com sobrevida mais prolongada. / Ischemic stroke is one of the leading causes of morbidity and mortality in adults worldwide. Currently, there is only a single pharmacological therapy available to treat such neural disorder, using a high-cost thrombolytic agent, which must be administered within 4 hours of the onset of symptoms, but with a significant risk of transforming the initially oligoemic area into a catastrophic cerebral haemorrhage. In the last decades, nanoparticles with high affinity for certain types of tissues and specially configured with an enhanced diffusibility through biological barriers, have been employed as vehicles to carry therapeutic agents. Among these, the novel liposomal nanoparticle LDE conjugated to the agent methotrexate (cLDE / MTX) has been successfully tested in several experimental models of inflammation, with promising results. Considering that modulation of the inflammatory process that accompanies cerebral infarction is of prognostic significance, the present study investigated the effects of cLDE / MTX upon an experimental model of cerebral ischemia induced by the vasoconstrictor agent endothelin-1 (ET-1) in the cerebral cortex of adults rats. During the first phase of the study, the behavior of tritiated LDE particles (LDE3H+) concerning the blood-brain barrier (BBB), once injected through the caudal vein, was evaluated in either sham animals (N = 18) and animals submited to ET-1 injection (80pMol / Μl) directly into the frontal cortex (N = 5). Further, the anti-inflammatory and neuroprotective effects of cLDE / MTX (1 mg / kg), also injected by caudal vein, were investigated in ischemic animals (N = 5), with the control group (N = 5) receiving only free LDE. All animals were perfused with 0.9% saline and 4% paraformaldehyde 7 days after ischemic induction. Histopathological findings were evaluated by staining with cresyl violet and immunohistochemistry for adult neuronal bodies (anti-NeuN), astrocytes (anti-GFAP) and microglia (anti-Iba1). The results showed that LDE3H+ positively crosses BBB in both sham animals and ischemic animals, and that cLDE / MTX treatment, despite the fact that it reduces not the total area of primary infarction, was able to considerably reduces microglial activation phenomenon at the center of the lesion, inducing as well a significant neuronal preservation at the periphery of the infarction, when compared to the control animals, injected only with unconjugated LDE (P <0.01). At last, the astrocytosis phenomena usually encountered in cerebral ischemia remained unchanged. The results indicate that cLDE / MTX is a promising anti-inflammatory and neuroprotective agent in such experimental model of ischemic stroke. Future studies are desirable in order to increase knowledge about these outcomes, including in animal models with longer survivals.
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Efeitos bioquímicos e comportamentais do pré-tratamento com agonista inverso CB1 na sinalização inflamatória desencadeada por LPS em camundongos. / Biochemical and behavioural effects of the pretreatment with the inverse agonist of CB1 in the inflammatory signaling triggered by LPS in mice.Souza, Beatriz Sakashita Logatto de 28 September 2017 (has links)
O sistema canabinóide endógeno tem uma importante função modulatória em muitos processos neurobiológicos, incluindo a neuroproteção, a plasticidade neuronal e a neuroinflamação. Neste estudo nós pré-tratamos os camundongos com um agonista inverso do receptor CB1, para avaliarmos se ocorria a neuroproteção através de respostas adaptativas. Camundongos machos adultos (C57BL/6J) de 3 meses de idade foram pré-tratados durantes 4 dias com injeções diearias de 3 mg/Kg de AM251 (agonista inverso CB1) ou com veículo, intraperitonealmente (i.p.). Vinte e quatro horas depois da última injeção de AM251/Veículo, os animais foram injetados com LPS i.p. (500 µg/kg) ou salina. Foram realizados testes comportamentais e testes bioquímicos com estruturas encefálicas. Nossa hipótese era que o pré-tratamento com o agonista inverso de CB1 iria funcionar como um estressor moderado, levando a uma neuroadaptação. Contudo, o pré-tratamento não ativou vias neuroprotetoras, e sim como atuou como um estresse deletério. / The endogenous cannabinoid system seems to play a modulatory function in many neurobiological processes, including neuroprotection, neuronal plasticity and neuroinflammation. In this study we pretreated the mice with an inverse agonist of the receptor CB1, in order to evaluate this neuroprotection through adaptive responses. Three months-old male mice (C57BL/6J) were pretreated during 4 days with daily injections of 3mg/Kg of AM251 (CB1 inverse agonist) or with vehicle, intraperitoneally (i.p.). Twenty-four hours after the last AM251/Vehicle injection, animals were injected i.p. with LPS (500 µg/kg) or saline. Behavioural and bichoemical assays were performed. Our hypothesis was that the pretreatment with the inverse agonist of CB1 was going to act as a moderate stressor, leading to a neuroadaptation. However CB1 pretreatment potentiated or sensitized the pro-inflammatory signaling pathway. Our pre-treatment worked not as a moderate stressor but as a deleterious stressor.
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Estabelecimento de um novo modelo in vitro de neuroinflamação associado à doença de parkinson induzido pelo aminocromo e caracterização da ação neuroprotetora da apigenina.Araújo, Felipe Mendes de 31 March 2016 (has links)
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Dissertação Fillipe Mendes Araújo_PMBqBM-UFBA.pdf: 2321256 bytes, checksum: 46d5280a62fc550896cc43e27db13fb3 (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2017-07-28T14:38:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação Fillipe Mendes Araújo_PMBqBM-UFBA.pdf: 2321256 bytes, checksum: 46d5280a62fc550896cc43e27db13fb3 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-28T14:38:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação Fillipe Mendes Araújo_PMBqBM-UFBA.pdf: 2321256 bytes, checksum: 46d5280a62fc550896cc43e27db13fb3 (MD5) / FAPESB / A doença de Parkinson é caracterizada principalmente pela perda de neurônios dopaminérgicos que contêm neuromelanina na substância nigra pars compacta. Os mecanismos responsáveis por esta neurodegeneração permanecem desconhecidos, contudo, algumas desordens celulares e moleculares são consideradas envolvidas neste processo, dentre estes, acúmulo de α-sinucleina, estresse oxidativo, dano mitocondrial, disfunção proteossomal, disfunção autofágica e neuroinflamação. Dentre estas, apenas a neuroinflamação ainda não foi associada com os efeitos deletérios induzidos pela neurotoxina endógena, aminocromo. Essa neurotoxina tem origem a partir da oxidação da dopamina em pH citosólico e é um precusor da neuromelanina que em condições especificas pode se acumular em neurônios dopaminérgicos e gerar citotocixidade. Neste sentido, este trabalho tem como principal foco de estudo o potencial neuroinflamatório do aminocromo e seus efeitos regulados pela apigenina, um reconhecido composto flavonoide imunomodulador. Culturas organotípicas de fatias do mesencéfalo de ratos Wistar pós-natais com 8 dias foram cultivadas durante 3 dias com DMEM/F12, incubadas em 5% de CO2 a 37 °C. Depois, as fatias foram tratadas com aminocromo (0,01 a 25 μM) e ou com apigenina (10μM) e analisadas após 24 ou 48 h. A neurotoxicidade foi avaliada por meio de análise morfológica e da expressão de tirosina hidroxilase (TH) por Western Blot. A resposta neuroinflamatória foi avaliada por imuno-histoquímica para Iba1 e por análise de RTq-PCR para citocinas TNF e IL-1β. O efeito modulador de fatores neurotróficos foi também avaliado por RTq-PCR. Nossos resultados demonstraram que o aminocromo induziu danos teciduais em culturas após 48h de exposição, associado à redução da expressão TH, a qual foi inibida pela apigenina. Além disso, a exposição ao aminocromo induziu alteração morfológica em células Iba1+ após 24 h, acompanhado por aumento na expressão do RNAm para TNF e IL-1β, que também foram inibidas pela apigenina. O aminocromo reduziu a expressão do mRNA dos fatores neurotróficos CDNF e NGF e aumentou a expressão do BDNF. A apigenina inibiu os efeitos induzidos pelo aminocromo em relação à expressão do CDNF e NGF e aumentou a expressão destas neurotrofinas. Por outro lado, a apigenina reduziu os níveis de BDNF e GDNF. Estes resultados demonstraram que neuroinflamação e fatores neurotróficos também estão envolvidos na neurodegeneração induzida por aminocromo e que o flavonoide apigenina constitui um bom agente de proteção contra os danos celulares induzidos por esta toxina.
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Estresse neonatal resulta em alterações comportamentais e neuroquímicas duradourasFernandes, Gabrielly Cruvinel January 2017 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. / O transtorno depressivo maior (TDM) é conhecido por ter uma origem desenvolvimental. O trauma, por exemplo, pode modular profundamente o desenvolvimento dos circuitos neurais, resultando em mudanças comportamentais significativas, muitas vezes permanentes. Estudos mostram que o estresse oxidativo e a neuroinflamação têm um papel importante na fisiopatologia do TDM. Assim, este estudo teve como objetivo utilizar um modelo animal de depressão induzido pela privação dos cuidados maternos para investigar se o comportamento do tipo depressivo, a neuroinflamação e o estresse oxidativo estão relacionados a alterações desenvolvimentais após o estresse no inicio da vida. Para este fim, ratos Wistar machos foram submetidos ao modelo animal de privação materna. Durante o protocolo de privação materna, os filhotes machos foram separados de suas mães durante 3 horas por dia nos 10 primeiros dias de vida. Aos 20, 30, 40 e 60 dias após o nascimento, os animais foram submetidos aos testes comportamentais de natação forçada e teste do campo aberto. Após os testes comportamentais, os animais foram mortos por decaptação e as estruturas cerebrais: córtex pré-frontal e hipocampo, e o soro foram retirados para a avaliação de parâmetros de estresse oxidativo e níveis de citocinas. Os resultados mostraram que o protocolo de privação materna não induziu alterações comportamentais nos animais com 30 e 40 após o nascimento. No entanto, os animais com 20 e 60 dias apresentaram comportamento depressivo no teste de natação forçada, sem alterações na atividade locomotora espontânea. No cérebro e no soro, os níveis das citocinas pró-inflamatórias tais como, interleucina 1β (IL-1β), interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral-α (TNF-α) foram aumentados e a citocina anti-inflamatória interleucina-10 (IL-10) foi diminuída nos animais com 20, 30, 40 e 60 dias após o nascimento no cérebro e soro. Os níveis de carbonilação de proteínas foram aumentados, no cérebro, nos animais com 30, 40 e 60 dias após o nascimento. A atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) aumentou no cérebro dos animais com 30, 40 e 60 dias após o nascimento e a atividade da enzima catalase (CAT) diminuiu no cérebro dos animais com 20, 40 e 60 dias após o nascimento. Os resultados sugerem que a existência de eventos estressantes no inicio da vida pode induzir alterações comportamentais que persistem até a idade adulta além de, estimular a inflamação e danos oxidativos, nos sistemas nervoso central e periférico que iniciam logo a privação materna. Essas alterações, podem estar relacionada a uma maior vulnerabilidade ao desenvolvimento de transtornos mentais na adolescência e vida adulta.
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Memória espacial e neuroquímica do hipocampo em modelo animal de autismo / Space memory and neurochemical of hippocampus in animal model autismSpilla, Caio Sergio Galina [UNESP] 25 May 2018 (has links)
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Dissertação - Mestrado, SPILLA, C. S. G..pdf: 2498178 bytes, checksum: f7d9be339f1c3e5b2aacdf4025b377c3 (MD5) / Approved for entry into archive by Satie Tagara (satie@marilia.unesp.br) on 2018-06-13T15:34:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2018-05-25 / Não recebi financiamento / Reações imunes geradas no organismo materno durante o período gestacional podem provocar alterações no desenvolvimento do feto. O LPS, endotoxina lipopolissacarídea presente na parede das bactérias gram-negativas, é capaz de gerar a produção de citocinas, mimetizando dessa forma um quadro de inflamação pré-natal quando administrado na fêmea prenhe durante o período gestacional. A prole de ratas prenhes expostas a esta endotoxina pode apresentar assim diversos problemas comportamentais e/ou cognitivos que refletem alterações ocorridas no sistema nervoso central (SNC) durante o seu desenvolvimento. Entre as diversas patologias que podem resultar de um transtorno no neurodesenvolvimento está o transtorno do espectro autista (TEA). Ainda sem uma causa definida em humanos, estima-se que cerca de uma a cada 150 crianças nascidas atualmente são acometidas por essa patologia. Distúrbios de comportamento e de comunicação/interação social constituem a díade que caracteriza o TEA e dependendo do grau de acometimento é comum encontrar também nestes e de forma geral em indivíduos com transtornos de neurodesenvolvimento problemas atencionais, de aprendizado e memória. O quadro inflamatório no período de gestação causa uma série de alterações no organismo materno, sendo que algumas destas alterações alcançam o feto em desenvolvimento. Uma destas alterações pode ser a redução no conteúdo de melatonina na circulação materna e fetal. A melatonina, hormônio produzido pela glândula pineal, apresenta funções sincronizadora, antioxidante e neuroprotetora que podem ser importantes durante o neurodesenvolvimento e a alteração na síntese e liberação desse hormônio no organismo materno ao longo da gestação vem sendo correlacionada a casos de TEA. Além disso, a exposição ao LPS durante o desenvolvimento do SNC em um modelo animal resulta em uma prole que apresenta comportamentos autísticos. Apesar destes dados, os efeitos desse quadro pré-natal no comportamento, na morfologia e na neuroquímica de áreas encefálicas da prole ainda não foram totalmente esclarecidos e sua elucidação pode contribuir como base de conhecimento para estudos que investiguem prevenção e terapias farmacológicas ou comportamentais nessas patologias. O presente trabalho teve como objetivos verificar se o quadro inflamatório pré-natal induzido por LPS: 1) Altera a concentração plasmática de melatonina materna, 2) altera a expressão de comportamentos que dependem da função de memória espacial e 3) induz mudanças morfométricas e neuroquímicas no hipocampo. Para atingir o primeiro objetivo foi coletado o sangue de ratas prenhe 3 h (fase de claro) e 16 h (fase de escuro) após à exposição ao LPS ou a solução salina e a dosagem de melatonina foi realizada por meio do método ELISA. Para alcançarmos o segundo e terceiro objetivos as proles de ratas expostas ao LPS e de ratas controles expostas a solução salina no dia gestacional 9,5 foram avaliadas por meio de teste comportamental de alternância espontânea no labirinto em T. Em seguida, os animais foram perfundidos e os encéfalos processados para o estudo do volume hipocampal por estereologia, para análise de expressão neuronal das proteínas ligantes de cálcio calretinina e parvalbumina e para análise de expressão glial da proteína glial fibrilar ácida (GFAP) e da proteína de associação de ligação ao cálcio ionizada – 1 (IBA-1) por meio da técnica de imunohistoquímica. Os resultados mostraram que houve queda no conteúdo plasmático de melatonina noturno e aumento no conteúdo diurno após injeção com LPS nas fêmeas prenhes. A prole do grupo controle apresentou melhor desempenho no teste comportamental quando comparado a prole do grupo LPS. O hipocampo da prole do grupo LPS não apresentou diferença de volume total do desta estrutura em comparação ao grupo controle. Também não houve alteração na expressão de GFAP em astrócitos hipocampais no grupo LPS em relação ao controle. Por outro lado, ocorreu aumento na expressão de IBA-1, marcador de microglia, nas regiões do CA1, CA2 e CA3 no hipocampo da prole do grupo LPS em relação a prole do grupo controle. A prole do grupo LPS, considerada um modelo animal de autismo também apresentou variações na expressão das proteínas ligantes de Cálcio no hipocampo com menor expressão da proteína parvalbumina e maior expressão da proteína calretinina que o grupo controle. Os resultados mostraram que a exposição materna ao LPS foi capaz de alterar a concentração de melatonina plasmática circulante e que a prole exposta a esse ambiente inflamatório pré-natal apresentou alterações de comportamento dependente da memória espacial. Além disso, os resultados nos permitem concluir que tais alterações na memória espacial não são coincidentes com alterações no volume do hipocampo ou na reatividade astrocitária, mas sim com a ativação microglial e com alterações na neuroquímica dos neurônios gabaérgicos hipocampais que expressam as proteínas ligantes de cálcio e que conhecidamente controlam as conexões excitatórias e inibitórias envolvidas nos fenômenos de memória. / Immune reactions generated in the maternal organism during the gestational period may cause changes in the fetal development. The endotoxin lipopolysaccharide (LPS) present on the wall of Gram-negative bacteria is able to induce the production of cytokines, mimicking a state of prenatal inflammation when administered in the pregnant female during the gestational period. The offspring of pregnant rats exposed to this endotoxin may present several behavioral and/or cognitive problems that reflect changes in the central nervous system (CNS). The autism spectrum disorder (ASD) is one of this neurodevelopmental conditions, and although without a definite cause in humans, is related to be present in one to every 150 children born. Behavior and communication/social interaction disorders constitute the dyad that characterizes the ASD. Besides these, depending on the degree of involvement it is common to find in these individuals‟ attention, learning and memory problems. Melatonin, a hormone produced by the pineal gland, presents several functions during neurodevelopment and the alteration in the synthesis and release of this hormone in the maternal organism throughout pregnancy has been correlated to cases of ASD. Investigations about the effects of a prenatal inflammatory condition in behavior, in the morphology and neurochemistry of brain areas can contribute for future pharmacological or behavioral studies in these patients. Considering that exposure to LPS during the development of CNS in an animal model results in offspring presenting autistic behaviors, the present work aimed to check whether the prenatal inflammatory condition: 1) Changes the maternal melatonin plasma concentration, 2) alters behaviors that depend on the spatial memory function and 3) induces morphometric and neurochemical changes in the hippocampus. For this, blood from pregnant rats 03h and 16h after LPS exposure was collected and the melatonin dosage was performed using the ELISA method. Offsprings of rats exposed to the LPS (autism model) or saline (control) on the 9.5 gestational day were evaluated in the T-maze spontaneous alternation test. After, the animals were perfused with 4% paraformaldehyde and the brains were processed for the hippocampal volume quantification and for the analysis of the calretinin, parvalbumin, glial fibrillary acidprotein (GFAP) and ionized calcium binding association protein – 1 (IBA-1) expression by immunohistochemistry. There was difference in the plasma melatonin dosage in the day and night periods of the pregnant females of the control group and the LPS group. The results showed that the control group presented better performance in behavioral testing when compared to the autism model. The hippocampal volume showed no difference between the groups, as well as the expression of the GFAP in astrocytes. There was an increase in IBA-1 expression in all regions of the hippocampus except in the dentate gyrus in the autism model group in relation to the control group.The autism model presented lower expression of the parvalbumin and greater expression of de calretinin than the control group. The results showed that maternal exposure to LPS was able to alter maternal plasma melatonin concentration and that the offspring exposed to prenatal inflammatory environment showed deficits in behaviors dependent of spatial memory and indicate that these behaviors deficits are not coincident with changes in the hippocampal volume or in astrocytic reactivity, but but with microglial activation and with changes in the calcium binding proteins expression in gabaergic neurons of the hippocampus which are known to control excitatory and inhibitory sinapses involved in the memory phenomena.
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A ativação imunológica materna na gênese do comportamento autista: aspectos comportamentais e neuroquímicosSoares, Evandro da Cruz Cittadin January 2014 (has links)
The Autistic Spectrum Disorder (ASD) is a neuropsychiatric disorder developed in early childhood, characterized by severe and pervasive impairment in the domains of development areas relevant to social interaction, communication, behavior and interests. It has an estimated global prevalence of 0.62% and its dianóstico remains exclusively based on clinical observation, without yet no supplementary exam available to support it. In recent years, environmental interferences have been identified as possible causes for the development of ASD since clinical evidence demonstrating a correlation between the disorder and the incidence of maternal infections or autoimmune diseases in the perinatal period. Animal models of autism using prenatal infections point to the importance of immune activation in the developing brain. Rats exposed to lipopolysaccharide (LPS) in the prenatal period have reduced play behavior and decreased social interaction when youth and adults. The aim of this study was to investigate the inflammatory response in the offspring of rats submitted to an animal model of autism induced by LPS in the prenatal period, where pregnant females were given LPS intraperitoneally at a dose of 100 mg / kg to 9.5 days of gestation. The results showed that prenatal exposure to LPS was able to induce autistic behavior in offspring, altering the permeability of brain barrier, elevate the levels of cytokines in brain structure, and increase the levels of malondialdehyde and decrease antioxidant defenses. Taken together, these results suggest that prenatal insult is able to interfere in the development and activity of the nervous system of the pups in the long term, producing behavioral and neurochemical changes similar to those found in ASD. / Submitted by Alexandre Pedron Martins (alexandre.martins8@unisul.br) on 2017-05-05T17:47:50Z
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Previous issue date: 2014-11-24 / O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno neuropsiquiátrico desenvolvido na infância precoce caracterizado pelo prejuízo severo e invasivo de domínios nas áreas do desenvolvimento pertinentes à interação social, comunicação, comportamento e interesse. Possui uma prevalência global estimada de 0,62% e seu diagnóstico permanece baseado exclusivamente na observação clínica, não havendo até o momento nenhum exame complementar disponível para apoiá-lo. Nos últimos anos, interferências ambientais têm sido apontadas como possíveis causas para o desenvolvimento do TEA, uma vez que evidências clínicas demonstraram correlação entre o transtorno e a ocorrência de infecções maternas ou doenças autoimunes no período perinatal. Modelos animais de autismo utilizando infecções pré-natais apontam para a importância da ativação imunológica no encéfalo em desenvolvimento. Ratos expostos ao lipopolissacarídeo (LPS) em período pré-natal apresentaram redução no comportamento de brincar e a diminuição da interação social quando jovens e adultos. O objetivo deste estudo foi investigar a resposta inflamatória na prole de ratos submetidos ao modelo animal de autismo induzido por LPS no período pré-natal, em que fêmeas prenhes receberam LPS por via intraperitoneal na dose de 100 μg/kg aos 9,5 dias gestacionais. Os resultados mostraram que a exposição pré-natal ao LPS foi capaz induzir o comportamento autista na prole, alterar a permeabilidade da barreira encefálica, elevar os níveis de citocinas em estruturas encefálicas, além de aumentar os níveis de malondialdeído e diminuir as defesas antioxidantes. O conjunto desses resultados sugere que há um insulto pré-natal é capaz de interferir no desenvolvimento e na atividade do sistema nervoso dos filhotes em longo prazo, produzindo alterações comportamentais e neuroquímicas semelhantes àquelas encontradas no TEA.
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Avaliação dos efeitos do inibidor de fosfodiesterase-5 sobre as células gliais e a re-mielinização, em modelo de desmielinização induzido em camudongos C57BL/6 WILD TYPE e KONCKOUT para iNOSNUNES, Ana Karolina de Santana 10 February 2012 (has links)
Submitted by Chaylane Marques (chaylane.marques@ufpe.br) on 2015-03-13T18:16:16Z
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Previous issue date: 2012-02-10 / CNPQ; FACEPE / O Sildenafil (Viagra®) promove acúmulo de monofosfato de guanosina cíclico (GMPc) através da inibição seletiva da fosfodiesterase-5 (PDE5). Embora esse medicamento mantenha um excelente nível de segurança e perfil de tolerabilidade, apenas disfunção erétil e, mais recentemente, hipertensão pulmonar são doenças tratadas atualmente com Sildenafil. Astrócitos e micróglia são células do SNC que exercem um papel importante em numerosas patologias do cérebro, incluindo a Esclerose Múltipla (EM). A EM é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por desmielinização das células nervosas, que leva a severa deficiência psicomotora. Tem sido reportado que o acúmulo intracelular de GMPc modula a reação microglial e astrocitária e protege oligodendrócitos diferenciados (formadores da mielina), reduzindo danos causados à mielinização. Portanto, o presente estudo investigou os efeitos do Sildenafil em modelo de EM induzido pela ingesta de Cuprizona. Cinco camundongos C57BL/6 selvagens e cinco iNOS-/-, machos, com 7-10 semanas de idade, foram usados por grupo. Os grupos receberam, durante quatro semanas: 1) Cuprizona 0,2% misturada na ração, 2) Cuprizona na ração e Sildenafil 3, 25 ou 50 mg/Kg na água de beber (os iNOS-/- receberam apenas a dose de 25 mg/Kg), ou 3) Os controles receberam água e ração puras. Após os tratamentos, os cerebelos foram processados de acordo com a rotina para microscopia eletrônica de transmissão, western blotting, imunohistoquímica (parafina), imunofluorescência (congelação) ou coloração Luxol Fast Blue. Os resultados demonstraram que, nos animais selvagens, Cuprizona induziu temores, limitações motoras e alterações posturais nos animais, aumentou os níveis das proteínas GFAP e Iba-1, indicando gliose reativa e ativação microglial e aumentou COX-2, indicando um ambiente pró-inflamatório no cerebelo; além disso, provocou redução da espessura da mielina e da intensidade de mielinização e promoveu alterações ultraestruturais na bainha de mielina e nos axônios do cerebelo. Sildenafil protegeu significativamente o microambiente neural dos animais tratados com Cuprizona, apresentando efeito dose-dependente, cuja dose mais efetiva foi a de 25 mg/Kg. O tratamento com Sildenafil diminuiu os tremores e limitações motoras induzidos pela Cuprizona, manteve a expressão basal de GFAP e Iba-1, diminuiu fortemente a expressão de COX-2 e das citocinas pró-inflamatórias (IFN-γ, TNF-α, , IL-1β e IL-2), impediu a desmielinização e protegeu ultraestruturalmente a organização mielínica e axonal. Nos animais iNOS-/-, os efeitos clínicos induzidos pela Cuprizona foram semelhantes aos vistos nos animais selvagens e Sildenafil diminuiu esses efeitos. Cuprizona aumentou a expressão de GFAP, Iba-1 e IFN-γ. Nesses animais, entretanto, Sildenafil aumentou a marcação para GFAP, indicando que não teve efeito protetor nos astrócitos, na ausência do NO produzido pela iNOS. Por outro lado, diminuiu a expressão de Iba-1 e IFN-γ, indicando efeito anti-inflamatório e inativação da micróglia estimulada pela Cuprizona. Os animais iNOS-/- controle (sem nenhum tratamento) apresentaram alterações degenerativas na mielina, que foram agravadas pela Cuprizona. Sildenafil diminuiu a intensidade dessas alterações, embora não tenha resolvido-as completamente. Portanto, o aumento dos níveis de GMPc, pela inibição da PDE5, provavelmente agiu como antiinflamatório e agente protetor de astrócitos, micróglia e oligodendrócitos, diminuindo os danos ao tecido neural. Interessantemente, a via de ação do Sildenafil foi tipo celular-dependente, ou seja, foi independente do NO produzido pela iNOS em micróglia e oligodendrócitos e dependente em astrócitos. Portanto, após ensaios clínicos, o Sildenafil pode ser um medicamento compatível com a administração oral para a população com EM e outras doenças neurodegenerativas, promovendo efeitos benéficos adicionais aos tratamentos atuais. Esclarecer o mecanismo de ação do Sildenafil nas células neurais será alvo de estudos futuros do nosso grupo.
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Influência da melatonina sobre a ordenação temporal diária da neurogênese e neuroinflamação em ratos espontaneamente diabéticos do tipo 2 (Goto-Kakizaki). / Influence of melatonin on the daily temporal regulation of neurogenesis and neuroinflammation in spontaneously type 2 diabetic rats (Goto-Kakizaki).Matos, Raphael Afonso de 04 April 2019 (has links)
A glândula pineal é responsável pela produção circadiana do hormônio melatonina, o qual possui além da propriedade cronobiótica, ações relacionadas à neurogênese e atividade anti-inflamatória. A prevalência do distúrbio do metabolismo dos carboidratos conhecido como diabetes mellitus afeta cada vez mais a população mundial em decorrência do aumento da expectativa de vida, alimentação inadequada, obesidade e detrimento de atividade física regular, caracterizando além dos sintomas clássicos como hiperglicemia, polifagia, polidipsia e glicosúria, problemas relacionados a plasticidade cerebral, neuroinflamação e maior probabilidade do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. A hiperglicemia crônica influencia negativamente a síntese e secreção de melatonina, fato que contribui ainda mais para o agravamento dos sintomas do quadro de diabetes, formando um ciclo de retroalimentação positiva. Tendo em vista as recentes pesquisas que mostram que a molécula de melatonina atua como agente anti-inflamatório, neuroprotetor e indutor da neurogênese, nos propomos a investigar, com este trabalho, se a suplementação via oral de melatonina em ratos modelo de diabetes tipo 2 (Goto-Kakizaki) é capaz de amenizar os danos cerebrais provocados pela hiperglicemia crônica. Nossos resultados demonstram que a suplementação com melatonina não foi capaz de alterar a glicemia de jejum dos animais, tampouco torná-los mais sensíveis à insulina mediante teste de tolerância à glicose. Entretanto, a mesma atuou sobre o peso corporal dos animais diabéticos, fato ainda a ser elucidado do ponto de vista molecular. As diferenças encontradas no que se refere a expressão gênica e proteica de fatores estudados, se dão principalmente pelo fato do animal ser hiperglicêmico (Goto-Kakizaki) ou não (Controle), sendo que a melatonina é capaz de atuar em questões pontuais. Ainda, os animais Goto-Kakizaki não apresentam processos inflamatórios no hipocampo e hipotálamo. / The pineal gland is responsible for the circadian production of the hormone melatonin, which has besides chronobiotic properties, actions related to adultneurogenesis and anti-inflammatory activityThe prevalence of carbohydrate metabolism disorder known as diabetes mellitus increasingly affects the world population due to increased life expectancy, inadequate diet, obesity, and the detriment of regular physical activity, characterized in addition to classic symptoms such as hyperglycemia, polyphagia, polydipsia,and glycosuria. This problem related to brain plasticity, neuroinflammation, and increased probability of developing neurodegenerative diseases. Chronic hyperglycemia negatively influences the synthesis and secretion of melatonin, a fact that contributes to the worsening symptoms of diabetes, forming a positive feedback loop. Taking in count the recent studies showing that the melatonin molecule acts as an anti-inflammatory, neuroprotective and neurogenetic inducer, we propose to investigate whether oral supplementation of melatonin in type 2 diabetes mellitus (Goto-Kakizaki) can alleviate the brain damage induced by chronic hyperglycemia. Our results demonstrate that supplementation with melatonin was not able to alter the fasting glycemia of the animals, nor did it make them more sensitive to insulin through a glucose tolerance test. However, it acted on the body weight of diabetic animals, a fact still to be elucidated from the molecular point of view. The differences found in gene expression and protein expression of the studied factors are mainly because the animal is hyperglycemic (Goto-Kakizaki) or not (Control), and melatonin can act on specific questions. Furthermore, Goto-Kakizaki animals do not present an inflammatory processin the hippocampus and hypothalamus.
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