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Influência do hipotireoidismo sobre as alterações nociceptivas e morfológicas periféricas e centrais na neuralgia trigeminal em ratos / Influence of hypothyroidism on peripheral and central nociceptive and morphological changes in trigeminal neuralgia in rats

Silveira, Helson Freitas 26 September 2017 (has links)
SILVEIRA, H. F. Influência do hipotireoidismo sobre as alterações nociceptivas e morfológicas periféricas e centrais na neuralgia trigeminal em ratos. 2017. 150 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Morfofuncionais) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by Programa de Pós Graduação em Ciências Morfofuncionais (pcmf.ufc@gmail.com) on 2017-10-03T19:43:55Z No. of bitstreams: 1 2017_dis_hfsilveira.pdf: 13173228 bytes, checksum: b6ac042a5abd2666a5ea2f651808ac8f (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2017-10-04T11:16:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_dis_hfsilveira.pdf: 13173228 bytes, checksum: b6ac042a5abd2666a5ea2f651808ac8f (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-04T11:16:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_dis_hfsilveira.pdf: 13173228 bytes, checksum: b6ac042a5abd2666a5ea2f651808ac8f (MD5) Previous issue date: 2017-09-26 / Thyroid hormones (HTs) are important mediators of the growth and development of the organism, mainly of the CNS. The lack of HTs decreases neuronal volume, and causes defects in myelination. Hypothyroidism depresses neuronal excitability when associated with chronic peripheral lesion in rats, reduces conduction velocity, with absence of sensory potentials. Considering that hypothyroidism causes changes in the development of the neuronal response, with an increase in the excitability threshold of the peripheral nerve fiber. We investigated and evaluated peripheral and central nociceptive and morphological effects of hypothyroidism in the presence of neuropathic pain. Male Wistar rats, 180 to 220 g, maintained at 24 ° C, day / night cycle - 12/12 h, water ad libitum, free access to balanced feed, housed in groups of 4 per cage were used. The animals were divided into 6 groups of 6 animals: control (C), trigeminal neuralgia (NT), NT Sham, hypothyroidism (H), H + NT, H + NT Sham. Hypothyroidism was induced with 0.05% propylthiuracil (PTU) for 21 days, and confirmed by T4 dosing. Induction of trigeminal neuralgia was performed through infraorbital nerve constriction. The nociceptive threshold was measured by electronic Von Frey test 2 times a week after surgery for 21 days. The caudal trigeminal subnucleus (SCT), trigeminal ganglion (GT), infraorbital nerve (NIO), thyroid and vibrissa skin were collected. Immunofluorescence-labeled material with antibodies, anti-NeuN, anti-c-Fos, anti-PBM, anti-ATF-3 and anti-PGP 9.5 to evidence signs of cellular injury, pain and the integrity of nerve fibers. Thyroid stained in HE for histopathological analysis. Statistical analysis was done by mean ± SEM of the measurements recorded, data normalization by Shapiro-Wilk, analysis of variance (ANOVA one way or two way), with post- test of Turkey or Games-Howell determined by the test of homogeneity of variance of Levene, where values of p <0.05 were considered statistically significant and Spearman's correlation test. Our results showed a reduction in T4 levels, weight loss, increase in thyroid gland size and weight, follicular hyperplasia and thyroid hypertrophy, and negative correlation between T4 levels and thyroid morphometry. There was a reduction in the nociceptive threshold in the NT, but in the H group they showed an increase in the threshold and the threshold of the H + NT group showed at the control levels, suggesting a subclinical manifestation, in addition to a negative correlation with the T4 levels. ATF3 was shown to be elevated in neuropathic groups in GT, but did not express in SCT. C-Fos was elevated in the NT group, reduced in the H + NT in GT, but in the TE the c-Fos in the H + NT group rose above the NT group, which was also increased. PBM and DAPI were increased in the neuropathic groups, there were signs of axonal death and delamination of the myelin sheath. PGP 9.5 showed a decrease in the number of nerve endings in the skin of vibrissae in NT groups. We conclude that the induction model of hypothyroidism with PTU in rats is effective, reproduces the alterations found in humans with hypothyroidism, demonstrated through serological, behavioral, anatomopathological and histopathological studies. There is a negative correlation between T4 levels and thyroid morphometry. Hypothyroidism leads to disturbances in the nociceptive response in rats, and leading the pain signals in neuropathic state to subclinical levels. There is a negative correlation between T4 levels and the nociceptive threshold. The expression of c-Fos reduction in the trigeminal ganglion evidences the predominance of the peripheral effect in the nociception of hypothyroidism. Expression of ATF3 shows that hypothyroidism does not influence the ability of the peripheral neuron to initiate a response. Hypothyroidism decreases axonal repair ability and remyelination of peripheral pathways by reducing the amount of fibers and nerve endings shown in the expression of PBM and PGP 9.5. / Os hormônios tireoidianos (HTs) são importantes mediadores do crescimento e desenvolvimento do organismo, principalmente do SNC. A falta dos HTs diminui o volume neuronal, e provoca defeitos na mielinização, deprindo a excitabilidade e reduzindo a velocidade de condução. O hipotireoidismo provoca alterações no desenvolvimento da resposta neuronal, com aumento do limiar de excitabilidade da fibra nervosa periférica. Investigamos e avaliamos os efeitos nociceptivos e morfológicos periféricos e centrais do hipotireoidismo na presença da dor neuropática. Foram utilizados ratos Wistar machos, 180 a 220 g, mantidos a 24°C, ciclo dia/noite - 12/12 h, água ad libitum, livre acesso a ração balanceada, alojados em grupos de 4 por gaiola. Os animais foram divididos em 6 grupos de 6 animais: controle (C), neuralgia do trigêmeo (NT), NT Sham, hipotireoidismo (H), H+NT, H+ NT Sham. O hipotireoidismo foi induzido com propiltiuracil (PTU) 0,05% por 21 dias, e confirmado por dosagem de T4. Foi realizada indução da neuralgia trigeminal através da constrição do nervo infraorbital. O limiar nociceptivo foi aferido por teste de Von Frey eletrônico 2 vezes por semana após a cirurgia por 21 dias. Foram coletados o subnúcleo caudal do trigêmeo (SCT), gânglio trigeminal (GT), nervo infraorbital (NIO), tireoide e pele da vibrissa. O material marcado por imunofluorescência com os anticorpos, anti-NeuN, anti-c-Fos, anti-PBM, anti ATF-3 e anti-PGP 9.5 para evidenciar sinais de injúria celular, nocicepção e integridade das fibras nervosas e as tireoides coradas em HE para análise histopatológica. A análise estatística foi feita pela média ± EPM das medidas registradas, normalização de dados por Shapiro-Wilk, análise de variância (ANOVA one way ou two way), com pós-teste de Turkey ou Games- Howell determinado pelo teste de homogeneidade de variância de Levene, onde valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos e teste de correlação de Spearman. Os resultados mostraram nos grupos com hipotireoidismo redução dos níveis de T4, perda ponderal, aumento nas dimensões e peso das glândulas tireoides, hiperplasia folicular e hipertrofia da tireoide, e houve correlação negativa entre os níveis de T4 e a morfometria da Tireoide. Houve redução do limiar nociceptivo no NT, contudo no grupo H mostraram aumento do limiar e o limiar do grupo H+NT mostrou a níveis do controle, sugerindo uma manifestação subclínica, além de correlação negativa com os níveis de T4. ATF3 mostrou-se elevado nos grupos neuropáticos no GT, mas não expressou no SCT. C-Fos elevou-se no grupo NT, reduzido no H+NT em GT, contudo no TE o c-Fos no grupo H+NT elevou-se acima do grupo NT, que também se apresentava aumentado. PBM e DAPI apresentaram-se aumentados nos grupos neuropáticos, houve sinais de morte axonal e delaminação da bainha de mielina. PGP 9.5 mostrou diminuição do número de terminações nervosas na pele das vibrissas nos grupos com NT. Concluímos que o modelo de indução do hipotireoidismo com PTU em ratos é eficaz, reproduz as alterações encontradas em humanos com hipotireoidismo, demonstrado através de estudos sorológicos, comportamentais, anatomopatológicos e histopatológicos. Há uma correlação negativa entre os níveis de T4 e a morfometria da tireoide. O hipotireoidismo leva a distúrbios na resposta nociceptiva em ratos, e levando os sinais de dor em estado neuropático a níveis subclínicos. Há uma correlação negativa entre os níveis de T4 e o limiar nociceptivo. A expressão de redução de c-Fos do gânglio trigeminal evidencia a predominância do efeito periférico na nocicepção do hipotireoidismo. A expressão de ATF3 mostra que o hipotireoidismo não influencia na capacidade do neurônio periférico de iniciar uma resposta. O hipotireoidismo diminui da capacidade de reparo axonal e remielinização das vias periféricas reduzindo a quantidade de fibras e terminações nervosas mostrados na expressão de PBM e PGP 9.5.
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Efeitos antinociceptivos das purinas : estudos experimentais e clínicos / Antinociceptive effects of purines: experimental and clinical studies

Oliveira, Enderson Dias Alves de January 2016 (has links)
Os objetivos da presente tese de doutorado foram os de investigar o papel das purinas, em especial da guanina, da inosina e da guanosina, na nocicepção e compreender os mecanismos responsáveis pelos efeitos extracelulares desses compostos. Os resultados estão divididos em três partes, de acordo com sua natureza, em revisão da literatura (parte um), experimental, em animais e em humanos (parte dois) e discussão (parte três). Para o desenvolvimento da primeira parte, uma extensa revisão da literatura em relação ao papel extracelular das purinas na nocicepção foi realizada. Na segunda parte desta tese, procedimentos experimentais em animais demonstraram que a guanina e a inosina administradas por via intratecal, são antinociceptivas em diversos modelos de dor, além da guanosina administrada via intraperitoneal com seu efeito antinociceptivo em modelo de dor neuropática em camundongos. A administração intratecal de guanina e inosina causou um aumento significativo nos níveis de inosina e oxipurinas no líquido cefalorraquiano (LCR). Os níveis de guanina no LCR não foram detectados de forma acurada através da presente metodologia cromatográfica. Diversos testes comportamentais demonstraram o baixo potencial de toxicidade apresentado pelas purinas administradas por via intratecal. A seguir, os mecanismos de ação envolvidos nos efeitos antinociceptivos da guanina e da inosina foram investigados através de métodos farmacológicos, demonstrando que ambos parecem compartilhar mecanismos semelhantes, envolvendo a ativação de receptores adenosinérgicos Também demonstramos que o alopurinol, um derivado das purinas e inibidor da xantina oxidase normalmente utilizado para o tratamento de hiperuricemia, também produziu efeito analgésico em pacientes em pós-operatório imediato de histerectomia abdominal, além de apresentarem aumento de xantina e diminuição de ácido úrico no LCR. Apesar da utilização clínica das purinas ser demasiadamente precoce, podemos inferir que a utilização de alopurinol poderia ser uma excelente estratégia para testar nossas hipóteses, pois demonstra a vantagem de estar aprovado para uso comercial, apresentar boa tolerabilidade e baixo custo. Os resultados apresentados nesta tese ratificam o papel das purinas nos mecanismos de transmissão da dor e um novo papel para a guanina, a inosina e a guanosina é proposto: a modulação da dor. Diversos derivados purinérgicos são alvos para desenvolvimento de novos fármacos e podem ser úteis no tratamento de dor relacionada a hiperestimulação do sistema adenosinérgico e glutamatérgico. / The aim of this thesis was to investigate the role of purines, especially guanine, inosine and guanosine, against the nociception and to understand the mechanisms responsible for the extracellular effects of these compounds. The results are divided into three parts, according to their nature, in review of the literature (part one), experimental, in animals and humans (part two) and discussion (part three). For the development of the first part, an extensive review of the literature regarding the extracellular role of purines in the nociception was performed. In the second part of this thesis, experimental procedures in animals demonstrated that guanine and inosine administered intrathecally are antinociceptive in several models of pain. Additionally, guanosine, administered intraperitoneally, produced antinociceptive effects in a model of neuropathic pain in mice. Intrathecal administration of guanine and inosine caused a significant increase in inosine and oxypurine levels in the cerebrospinal fluid (CSF). The levels of guanine in the CSF were not accurately detected by the present chromatographic methodology. Several behavioral tests have demonstrated the low toxicity potential of intrathecal purines. Furthermore, the mechanisms of action involved in the antinociceptive effects of guanine and inosine have been investigated through pharmacological methods, demonstrating that both seem to share similar mechanisms, involving the activation of adenosinergic receptors We also demonstrated that allopurinol, a purine derivative and xanthine oxidase inhibitor commonly used for the treatment of hyperuricemia, also produced an analgesic effect in patients in the immediate postoperative period of abdominal hysterectomy, in addition to increased xanthine and decreased uric acid in the CSF. Although the clinical use of purines is too premature, we can infer that the use of allopurinol could be an excellent strategy to test our hypotheses, since it demonstrates the advantage of being approved for commercial use, presenting good tolerability and low cost. The results presented in this thesis confirm the role of purines in pain transmission mechanisms and a new role for guanine, inosine and guanosine is proposed: pain modulation. A number of purinergic derivatives are targets for the development of novel drugs and may be useful in the treatment of pain related to hyperstimulation of the adenosinergic and glutamatergic system.
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Efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório da eletroacupuntura na artrite induzida por zymosan na articulação temporomandibular de ratos : participação do sistema endocanabinóide / Antinociceptive and anti-inflammatory arthritis in electroacupuncture induced zymosan tmj of rats : involvement of endocannabinoid system

Gondim, Delane Viana January 2012 (has links)
GONDIM, Delane Viana. Efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório da eletroacupuntura na artrite induzida por zymosan na articulação temporomandibular de ratos : participação do sistema endocanabinóide. 2012. 140f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-12-06T14:01:35Z No. of bitstreams: 1 2012_tese_dvgondim.pdf: 2779282 bytes, checksum: ff417a028a8707593f6ad380411733b0 (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2013-12-06T14:02:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_tese_dvgondim.pdf: 2779282 bytes, checksum: ff417a028a8707593f6ad380411733b0 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-12-06T14:02:27Z (GMT). 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Rats were sacrificed 6 h after zymosan administration and the joint was removed for histopathological analysis, myeloperoxidase activity assessment, vascular permeability observations and immunohistochemical analysis to TNFα, COX-2 and iNOS. Gene expression of CB1 and CB2 receptors of nervous tissue in the region of the spinal trigeminal tract was performed after sacrifice of the TMJ arthritic animals in the times of 6th and 24th hour after zymosan injection. The results showed that EA inhibited zymosan -induced hypernociception compared with the control group and with the sham group (p< 0.05). AM251 significantly reversed the antinociceptive effect of EACP, suggesting that the CB1 receptor is involved in this effect. The results showed that EACP inhibited inflammatory parameters such as neutrophil migration, vascular permeability and TNF-α, COX-2 and NOSi expression in the TMJ compared with the sham group (p< 0.05). The inflammatory parameters assessment with the cannabinoids antagonists, we found that AM630 reverses the anti-inflammatory effect of EACP. The CB1 and CB2 gene expression in 6th hour after zymosan-induced arthritis, showed up-regulation in the animal group treated with EACP. In the 24th hour, it was observed down- regulation of CB2 gene expression at EACP group when compared to 6th hour, while for the CB1 receptor, it was observed a higher gene expression in relation to 6th hour. EACP in the acupoints, LI4, LI11, ST36 and ST44 produced antinociceptive and anti-inflammatory effects in the arthritis induced by zymosan in the TMJ rats. These effects appear to be mediated through CB1 and CB2 cannabinoid receptors activation. Based in our results, we suggest that EACP can be used in TMJ inflammatory arthropathy treatment. / Eletroacupuntura (EACP) e o sistema endocanabinóide apresentam efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório em modelos experimentais de dor inflamatória. Nosso estudo investigou esses efeitos na artrite aguda induzida por zymosan na articulação temporomandibular (ATM) de ratos. Foram injetados na ATM de ratos Wistar machos, salina ou zymosan (grupo controle; 2 mg) . EACP de baixa frequência (10 Hz, 30 min) foi realizada nos acupontos (IG4, IG11, E36, E44) ou em pontos sham 2 h após ou 1 h antes da administração do zymosan. Antagonistas dos receptores canabinóides CB1 e CB2, respectivamente, AM251 and AM630 (3mg/kg, i.p.) foram administrados previamente ao tratamento com EACP. Hipernocicepção mecânica foi medida através do método de Von Frey eletrônico após administração do zymosan. Ratos foram sacrificados 6 h após a indução da artrite e a articulação foi removida para análise histopatológica, verificação da atividade da mieloperoxidase, observação da permeabilidade vascular e análise imunohistoquímica para TNFα, COX-2 e NOSi. Expressão gênica dos receptores CB1 e CB2 de tecido nervoso da região do trato espinhal do trigêmeo foi realizada após o sacrifício dos animais com artrite na ATM nos tempos de 6 h e 24 h após a injeção do zymosan. Os resultados mostraram que a EACP inibiu a hipernocicepção induzida pelo zymosan comparado aos grupos sham e EACP (p< 0,05). AM251 reverteu significativamente o efeito antinociceptivo da EACP, sugerindo que o receptor CB1 está envolvido nesse efeito. EACP inibiu parâmetros inflamatórios como migração neutrofílica, permeabilidade vascular, e imunoexpressão de TNFα, COX-2 e NOSi na ATM comparada ao grupo sham (p< 0,05). A análise histopatológica mostrou que os animais tratados com EACP reduziu significativamente edema e infiltração periarticular (p< 0.05) comparados aos grupos controle e sham. Na avaliação dos parâmetros inflamatórios com o uso dos antagonistas canabinóides, verificamos que AM630 reverte o efeito anti-inflamatório do EACP. A expressão gênica do receptor CB1 e CB2 na 6ᵃ hora após a indução da artrite, mostrou up-regulation no grupo de animais tratados com EACP. Na 24ᵃ hora, foi observado down-regulation da expressão gênica do receptor CB2 quando comparado a 6ᵃ hora, enquanto para o receptor CB1, foi observada maior expressão gênica em relação a 6ᵃ hora. EACP nos acupontos IG4, IG11, E36 e E44 produziu efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório na artrite induzida pelo zymosan na ATM de ratos. Estes efeitos parecem ser mediados pelo sistema canabinóide através da ativação dos receptores CB1 e CB2. Com base em nossos resultados, sugerimos que EACP pode ser utilizada no tratamento das artropatias inflamatórias da ATM.
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Efeitos antinociceptivos das purinas : estudos experimentais e clínicos / Antinociceptive effects of purines: experimental and clinical studies

Oliveira, Enderson Dias Alves de January 2016 (has links)
Os objetivos da presente tese de doutorado foram os de investigar o papel das purinas, em especial da guanina, da inosina e da guanosina, na nocicepção e compreender os mecanismos responsáveis pelos efeitos extracelulares desses compostos. Os resultados estão divididos em três partes, de acordo com sua natureza, em revisão da literatura (parte um), experimental, em animais e em humanos (parte dois) e discussão (parte três). Para o desenvolvimento da primeira parte, uma extensa revisão da literatura em relação ao papel extracelular das purinas na nocicepção foi realizada. Na segunda parte desta tese, procedimentos experimentais em animais demonstraram que a guanina e a inosina administradas por via intratecal, são antinociceptivas em diversos modelos de dor, além da guanosina administrada via intraperitoneal com seu efeito antinociceptivo em modelo de dor neuropática em camundongos. A administração intratecal de guanina e inosina causou um aumento significativo nos níveis de inosina e oxipurinas no líquido cefalorraquiano (LCR). Os níveis de guanina no LCR não foram detectados de forma acurada através da presente metodologia cromatográfica. Diversos testes comportamentais demonstraram o baixo potencial de toxicidade apresentado pelas purinas administradas por via intratecal. A seguir, os mecanismos de ação envolvidos nos efeitos antinociceptivos da guanina e da inosina foram investigados através de métodos farmacológicos, demonstrando que ambos parecem compartilhar mecanismos semelhantes, envolvendo a ativação de receptores adenosinérgicos Também demonstramos que o alopurinol, um derivado das purinas e inibidor da xantina oxidase normalmente utilizado para o tratamento de hiperuricemia, também produziu efeito analgésico em pacientes em pós-operatório imediato de histerectomia abdominal, além de apresentarem aumento de xantina e diminuição de ácido úrico no LCR. Apesar da utilização clínica das purinas ser demasiadamente precoce, podemos inferir que a utilização de alopurinol poderia ser uma excelente estratégia para testar nossas hipóteses, pois demonstra a vantagem de estar aprovado para uso comercial, apresentar boa tolerabilidade e baixo custo. Os resultados apresentados nesta tese ratificam o papel das purinas nos mecanismos de transmissão da dor e um novo papel para a guanina, a inosina e a guanosina é proposto: a modulação da dor. Diversos derivados purinérgicos são alvos para desenvolvimento de novos fármacos e podem ser úteis no tratamento de dor relacionada a hiperestimulação do sistema adenosinérgico e glutamatérgico. / The aim of this thesis was to investigate the role of purines, especially guanine, inosine and guanosine, against the nociception and to understand the mechanisms responsible for the extracellular effects of these compounds. The results are divided into three parts, according to their nature, in review of the literature (part one), experimental, in animals and humans (part two) and discussion (part three). For the development of the first part, an extensive review of the literature regarding the extracellular role of purines in the nociception was performed. In the second part of this thesis, experimental procedures in animals demonstrated that guanine and inosine administered intrathecally are antinociceptive in several models of pain. Additionally, guanosine, administered intraperitoneally, produced antinociceptive effects in a model of neuropathic pain in mice. Intrathecal administration of guanine and inosine caused a significant increase in inosine and oxypurine levels in the cerebrospinal fluid (CSF). The levels of guanine in the CSF were not accurately detected by the present chromatographic methodology. Several behavioral tests have demonstrated the low toxicity potential of intrathecal purines. Furthermore, the mechanisms of action involved in the antinociceptive effects of guanine and inosine have been investigated through pharmacological methods, demonstrating that both seem to share similar mechanisms, involving the activation of adenosinergic receptors We also demonstrated that allopurinol, a purine derivative and xanthine oxidase inhibitor commonly used for the treatment of hyperuricemia, also produced an analgesic effect in patients in the immediate postoperative period of abdominal hysterectomy, in addition to increased xanthine and decreased uric acid in the CSF. Although the clinical use of purines is too premature, we can infer that the use of allopurinol could be an excellent strategy to test our hypotheses, since it demonstrates the advantage of being approved for commercial use, presenting good tolerability and low cost. The results presented in this thesis confirm the role of purines in pain transmission mechanisms and a new role for guanine, inosine and guanosine is proposed: pain modulation. A number of purinergic derivatives are targets for the development of novel drugs and may be useful in the treatment of pain related to hyperstimulation of the adenosinergic and glutamatergic system.
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Avaliação pré-clínica da segurança e do mecanismo de ação analgésico do polissacarídeo glucomanana obtido do líquen Heterodermia obscurata

Córdova, Marina Machado January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:15:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 341245.pdf: 2747887 bytes, checksum: 6fe987257f6914eabbfab94a92be7d12 (MD5) Previous issue date: 2016 / Os produtos naturais são uma grande fonte de moléculas bioativas, entre elas destacam-se os polissacarídeos que apresentam efeitos imunomoduladores, anti-inflamatórios e analgésicos. O polissacarídeo glucomanana (GM) obtido do líquen Heterodermia obscurata já demonstrou ter efeito antinociceptivo (analgésico), indicando ser uma molécula interessante. Assim, o presente trabalho pretende avançar na caraterização do efeito antinociceptivo da GM, bem como na compreensão do seu mecanismo de ação neurobiológico e segurança em camundongos. Neste trabalho, foi confirmado que a administração sistêmica da GM (100 mg/kg, ip.) é capaz de reduzir a nocicepção espontânea de origem inflamatória induzida por formalina ou PGE2. Ademais, a redução da nocicepção induzida por PGE2 causada pela GM (92+15%) foi semelhante à produzida pela indometacina (93+12%), inibidora não seletiva da COX. Além disso, a administração periférica (local, intraplantar) da GM (10 µg/pata) também reduziu a nocicepção causada pela PGE2 de maneira similar à indometacina e ao KT5720 (inibidor não seletivo da PKA). A GM (100 mg/kg) também reduziu significativamente a hiperalgesia térmica ao calor, mas não a alodinia mecânica causada pela injeção intraplantar de PGE2 e CFA (Adjuvante Completo de Freund), bem como aquela causada pela incisão plantar (modelo de dor pós-operatória). Por outro lado, a GM (10 µg/pata) promoveu redução da nocicepção espontânea e hiperalgesia térmica ao calor induzida pela forscolina (FSK, ativadora da adenililciclase). Quando administrado perifericamente (intraplantar), a GM (10 µg/pata) também reduziu a nocicepção espontânea induzida por FSK, assim como o KT5720 (10 nmol/pata). Além disso, a GM (100 mg/kg) foi capaz de reduzir o aumento da fosforilação da PKA (p-PKA) induzida por FSK, na pata de camundongos. A nocicepção espontânea induzida pelo ativador de PKC, o 13- acetato12-miristato de forbol (PMA), foi completamente inibida pela GM (100 mg/kg). Quando avaliado frente à ativação de termo-receptores, a GM (30 e 100 mg/kg, ip.) reduziu a nocicepção espontânea induzida pela capsacina (agonista TRPV1), cinamaldeído (agonista TRPA1), mentol (agonista TRPM8) e pela salina acidificada (agonista ASICs). No entanto, a administração periférica (local, intraplantar) da GM (30 µg/pata) reduziu (70±4%) somente a nocicepção causada pelo cinamaldeído. A nocicepção observada no modelo de PGE2 foi completamente dependente das fibras aferentes TRPV1+. Ainda, a GM, na dose que promove importante efeito analgésico, não causou efeitos sedativos e tampouco alterou o peso corpóreo dos animais. Contudo, a administração prolongada (11 dias) promoveu aumento do peso do baço, mas não alterou o peso do coração, pulmões, fígado e rins. Ademais, a GM não promoveu alterações hematológicas e bioquímicas importantes. Em conjunto, os dados deste trabalho demonstram que a GM é capaz de reduzir a nocicepção (dor) aguda e persistente, principalmente a de origem inflamatória, por um mecanismo dependente da inibição da via de sinalização ativada por PGE2 (AMPc/PKA) e dos canais TRPs, principalmente o TRPV1 e o TRPA1. Assim, a GM é uma molécula com potencialidade para o desenvolvimento de fármacos de interesse terapêutico no controle da dor.<br> / Abstract : Natural products are a wide source of bioactive molecules, which include the polysaccharides with analgesic, anti-inflammatory and immunomodulatory properties. It was already demonstrated that the polysaccharide Glucomannan (GM) obtained from the lichen Heterodermia obscurata has antinociceptive (analgesic) effect, making it an interesting molecule for further studies. Thus, the present work intends to advance in the characterization of GM antinociceptive effect, as well as in the comprehension of its neurobiological mechanism of action in mice. In this study, it was demonstrated that systemic administration of GM (100 mg/kg, ip.) is able to reduce spontaneous nociception of inflammatory origin induced by formalin or PGE2. Besides, the reduction of PGE2-induced nociception caused by GM (93±15%) was similar to that produced by indometacin (93±12%), a non-selective COX inhibitor. Peripheral (intraplantar) administration of GM (10 µg/paw) also reduced PGE2-induced nociception similarly to indometacin and KT5720 (non-selective PKA inhibitor). GM (100 mg/kg, ip.) also reduced significantly the thermal hyperalgesia to heat, but not the mechanical allodynia induced by intraplantar injection of PGE2 and CFA (Complete Freund s Adjuvant), as well as that caused by plantar incision (post operatory model of pain). On the other hand, GM (10 µg/paw) reduced both spontaneous nociception and thermal hyperalgesia to heat induced by forskolin (FSK, adenylyl cyclase activator). When peripherically administrated (intraplantar), GM (10 µg/paw) also reduced spontaneous nociception induced by FSK, as well as KT5720 (10 nmol/paw). Moreover, GM (100 mg/kg, ip) was able to reduce the increase on PKA phosphorylation (p-PKA) induced by FSK in mice paw. Spontaneous nociception induced by PKC activator phorbol-12-myristate-13-acetate (PMA) was completely inhibited by GM (100 mg/kg, ip). When evaluated against thermal receptor activators, intraperitoneal administration of GM (30 and 100 mg/kg) reduced the spontaneous nociception induced by capsaicin (TRPV1 agonist), cinnamaldehyde (TRPA1 agonist), menthol (TRPM8 agonist) and acidified saline (ASICs agonist). However, peripheral (intraplantar) administration of GM (30 µg/paw) reduced only the cinnamaldehyde-induced nociception (70±4%). The nociception observed in PGE2 model was completely dependent on TRPV1+ afferent fibers. Furthermore, at the doses that promote antinociceptive effect, GM caused no sedative effect and did not alter mice body weight. However, daily administration (11 days) of GM promoted an increase in spleen weight, with no effect on the weight of heart, lungs, liver and kidneys. Also, GM did not promote any significant hematologic or biochemical alteration. Together, the data presented in this study demonstrate that GM is able to reduce acute and persistent nociception (pain), mainly of inflammatory origin, by a mechanism that is dependent on inhibition of signaling pathways activated by PGE2 (cAMP/PKA) and TRP channels, mainly TRPV1 and TRPA1. Thus, GM is a molecule with great potential for further development of drugs with therapeutic interest for pain control.
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Avaliação nociceptiva em ratos com obesidade induzida por glutamato monossódio frente ao exercício físico

FERREIRA, Melissa Santos 21 May 2013 (has links)
O objetivo do presente estudo foi avaliar as respostas nociceptivas de animais tratados com glutamato monossódico (MSG) e os efeitos produzidos pelo exercício físico crônico [21-60 dias de vida (grupo I) ou de 60 a 90 dias de vida (grupo II)]. As respostas nociceptivas foram testadas após 60 dias de vida (grupo I) ou 90 dias de vida (grupo II), em todos os grupos de ratos usando Von Frey, Placa Quente, Retirada da Cauda. No final do experimento, os ratos foram sacrificados e adiposidade em animais tratados com MSG foi evidenciada a partir do peso da gordura epidídimal e intercostal. Os resultados foram apresentados como média ± erro padrão e analisados pela análise de variância de duas vias seguido pelo pós - teste de Newman Kells. Ao avaliar o estímulo mecânico pelo método Von Frey pode-se observar: Grupo I-animais MSG sedentários apresentaram uma maior resistência quando comparados aos animais controle sedentários (17,258 ± 1,302 g vs 31,132± 1,829 g). Animais MSG submetidos ao exercício físico houve uma recuperação em sua função nociceptiva, quando comparados aos animais MSG sedentários (31,957± 0,972g vs 17,258±1,302g). O Grupo II nota-se uma parcial recuperação da atividade nociceptiva de animais MSG treinados quando comparados animais MSG sedendários (22,128 ±1,186 vs 16,287± 1,205 g ). Os ratos MSG sedentários apresentaram maior resposta de latência para o teste de retirada da cauda e placa quente quando comparados animais controle sedentários.: Retirada de cauda - Grupo I (16.770± 2.283 s vs 12.390± 1.722 s), Grupo II (22,120± 4,976 s vs 14,360± 2,175 s) . Placa quente: Grupo I (18.240± 1.915 s vs 8.535± 2.316 s), Grupo II (16,930± 1,848 s vs 9,532± 2,442 s ) . No entanto, latência retornou aos níveis normais apenas em ratos MSG treinados do grupo I: Retirada de cauda (12,490± 1,405 s), Placa quente (9,603± 1,410s). Os resultados demonstram que a administração de MSG modifica as respostas nociceptivas e parte destas são recuperadas com um treinamento físico na fase juvenil podendo haver uma reativação simpática e proporcionar uma reativação neroanatômica de áreas com atividades parcialmente comprometidas. / The aim of this study was to evaluate the nociceptive responses of animals treated with monosodium glutamate (MSG) and the effects produced by chronic physical exercise [21-60 days of life (Group I) or 60-90 days of life (Group II)]. The nociceptive responses were tested after 60 days of life (Group I) as well as 90 days of life (Group II) in all groups of rats using Von Frey, hot plate and tail flick. In the conclusion of the experiment, the rats were sacrificed and the adiposity in animals treated with MSG was evidenced after to weigh epididimal and intercostal fat. The results were presented as mean ±standard error of the mean and subjected to two-way analysis of variance (ANOVA) followed by Newman Kells. When assessing the mechanic stimulation by Von Frey method it is possible to observe: Group I MSG sedentary animals showed a higher resistance when compared with animals of sedentary control ( 17,258 ± 1,302 g vs 31,132 ± 1, 829 g). MSG animals submitted to physician exercises had recovered the nociceptive function when compared with the MSG sedentary (31,957± 0,972 g vs 17,258± 1,302 g ). In the group II it is possible to notice a partial recuperation of the nociceptive activity of MSG trained animals when compared with MSG sedentary animals (22,128± 1,186 g vs 16,287±1,205g ) but this partial recuperation is explained because the control sedentary animals presents 29,043 ± 1,423 g) p< 0,01. The MSG sedentary rats present higher latency response in the tail flick test: Group I (18.240± 1.915 s vs 8.535± 2.316 s) and Group II(16,930± 1,848 s vs 9,532± 2,442 s ). Hot plate: Group I (18.240± 1.915 s vs 8.535± 2.316 s), Group II(16,930± 1,848 s vs 9,532± 2,442s) when compared with control sedentary animals. However, latency has returned to the normal levels only in the MSG trained rats of group I: tail flick (12,490± 1,405 s), hot plate (9,603± 1,410s). The results have demonstrated that the MSG`s administration can modify the nociceptive responses and part of this responses are recover. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
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Efeito da N-acetilcisteína sobre proteínas de sinalização e parâmetros oxidativos em medula espinal de ratos com dor neuropática

Horst, Andréa January 2017 (has links)
Introdução: A dor neuropática (dor originada como consequência direta de uma lesão ou doença afetando o sistema somatossensorial, em seus elementos periféricos ou no sistema nervoso central - SNC) possui uma alta incidência na população mundial e afeta a qualidade da vida dos pacientes acometidos por ela. O tratamento dessa condição dolorosa é ainda um desafio aos profissionais da saúde, pois os fármacos usados possuem ação limitada e diversos efeitos colaterais. Assim, há um grande interesse na busca por novos fármacos para tratar dor neuropática. Os estudos mostram o envolvimento das espécies reativas de oxigênio (EROs) nos distintos tipos de dor, incluindo a neuropática. Dado ao envolvimento dessas espécies, moléculas com ação antioxidante são fortes candidatas como coadjuvantes no tratamento de condições dolorosas. Diversos estudos mostraram que a administração de N-acetilcisteína (NAC), uma molécula com ações complexas, dentre elas a de antioxidante, produz antinocicepção em animais com constrição crônica no nervo isquiático (CCI, do inglês chronic constriction injury), um modelo de dor neuropática. Contudo, ainda são pouco conhecidos os mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo da NAC. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos temporais da administração intraperitoneal de solução salina e NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, dado por 1, 3 ou 7 dias, sobre indicadores de comportamento nociceptivo e de recuperação de função locomotora, e moléculas de sinalização celular e parâmetros de estresse oxidativo em medula espinal lombossacral de ratos sem e com CCI. Esse segmento da medula espinal foi escolhido por ser a região de entrada das informações aferentes do nervo isquiático. O projeto que antecedeu o presente estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no uso de animais da UFRGS (número de protocolo: 23407). Metodologia: Foram utilizados 180 ratos Wistar machos, pesando 200-300g, divididos em 3 grupos experimentais: controle (animais que não sofreram nenhuma intervenção cirúrgica), sham (animais que tiveram o nervo isquiático direito apenas exposto) e CCI (animais que tiveram o nervo isquiático direito exposto e recebeu 4 amarraduras em seu terço inicial). Estes grupos experimentais foram subdivididos em subgrupos que receberam administração X intraperitoneal de solução salina ou NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, por período de 1, 3 ou 7 dias. Os testes de von Frey eletrônico e do índice funcional do isquiático (IFI) avaliaram a sensibilidade mecânica e a recuperação funcional do nervo, respectivamente, nos períodos antes da lesão e 1, 3 e 7 dias após a lesão nervosa. Ao final dos períodos de 1, 3 e 7 dias, os animais foram mortos por decapitação e a medula espinal lombossacral retirada e usada para as determinações: formação do ânion superóxido, hidroperóxidos lipídicos, capacidade antioxidante total (TAC, do inglês total antioxidante capacity), ácido ascórbico, expressão da proteína p-38 fosforilada, e quantificação do RNA mensageiro (mRNA) do NFкB. Outros grupos de animais foram perfundindos com paraformoldeído 4% preparado em tampão fosfato salino, 0,2 M, pH 7,4. Após a coleta e a crioproteção em solução de sacarose 15 e 30%, a medula espinal e os gânglios da raiz dorsal do nervo isquiático ipsilateral à lesão foram submetidos às técnicas de imunohistoquímica à proteína p-38 e histoquímica a NADPH-diaforase, essa última para marcação de células com atividade da óxido nítrico sintase (NOS), a enzima envolvida na síntese de NO. Os resultados de sensibilidade foram analisados por ANOVA de medidas repetidas; os demais resultados por ANOVA de três vias (fatores: lesão, tratamento e tempo), exceto os do NFκB, que foram por ANOVA de duas vias. O pós-teste usado foi o de Tukey. O P foi considerado significativo quando > 0,05. Resultados: A sensibilidade mecânica aumentou no dia 1 pós-lesão em todos os grupos CCI, e permaneceu elevada nos demais períodos analisados nos ratos com CCI tratados com solução salina. No grupo de ratos com CCI que recebeu tratamento com NAC, o valor da sensibilidade mecânica foi similar ao encontrado na pré-lesão, tanto aos 3 como aos 7 dias. No grupo sham que recebeu salina houve aumento na sensibilidade mecânica no dia 1, estando esse parâmetro com valor similar ao encontrado nos ratos controle nos demais períodos analisados. O aumento na sensibilidade mecânica não foi observado nos ratos sham que receberam NAC. O IFI melhorou nos ratos com CCI que receberam salina e NAC por 7 dias. Porém, enquanto o percentual de recuperação desse índice foi 28% nos ratos tratados com salina, a administração de NAC provocou recuperação de 44%. Paralelamente a essas mudanças, houve aumento estatisticamente significativo na geração de ânion superóxido na medula espinal de todos os ratos com CCI, independente do tratamento e do período de tempo analisado. Os hidroperóxidos lipídicos aumentaram (823%) na medula espinal de ratos com CCI tratados com salina no dia 1, mas o acréscimo foi de apenas 142% nos ratos com CCI que receberam NAC. Aos 3 e 7 dias, os hidroperóxidos lipídicos estavam ainda aumentados na medula espinal de ratos sham e com CCI, mas o aumento foi de 180%. A TAC teve redução apenas nos animais CCI tratados com salina, no dia 7. Os valores de ácido ascórbico aumentaram significativamente na medula espinal de ratos com CCI que receberam salina, nos dias 1 e 3. Apesar de elevado, o valor de ácido ascórbico na medula espinal desses ratos aos 7 dias não foi estatisticamente significativo quando comparado ao encontrado nos ratos controle. Nos ratos com CCI tratados com NAC não houve diferença significativa nos valores de ácido ascórbico da medula espinal comparados àqueles dos ratos controle. Quanto às moléculas de sinalização intracelular, observou-se aumento na expressão da p-38 fosforilada nos ratos sham e com CCI tratados com salina, nos dias 1, 3 e 7, comparados aos controles. O tratamento com NAC provocou o retorno da expressão dessa proteína nos ratos sham nesses dias, e uma redução de aproximadamente 187% nos ratos com CCI nos dias 3 e 7, sendo no dia 1 o valor similar ao do grupo controle. NAC também reduziu o aumento na imunorreatividade a p-38 em neurônios do gânglio da raiz dorsal e neurônios e células semelhantes à glia da medula espinal, aumentos esses induzidos pela CCI nos dias 1, 3 e 7. NAC também XI reduziu o aumento induzido pela CCI no número de neurônios reativos a NADPH-diaforase nas lâminas superficiais do corno dorsal e substância cinzenta localizada em volta do canal central da medula espinal. O tratamento com NAC ainda reduziu o mRNA do NFкB aumentado pela CCI e cirurgia sham. Conclusão: Estes resultados mostram que a administração intraperitoneal de NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, reproduziu o efeito antinociceptivo dessa molécula e promoveu melhora no IFI. Paralelamente, o tratamento modificou parâmetros de estresse oxidativo e sinalização intracelular na medula espinal, os quais possivelmente se relacionam com as melhoras na sensibilidade mecânica e recuperação funcional do nervo isquiático nos ratos com CCI. A partir desses resultados, pode-se dizer que o efeito antinociceptivo da NAC em ratos com dor neuropática por CCI envolve não apenas sua ação antioxidante, mas também seu efeito em vias de sinalização intracelular. / Introduction: Neuropathic pain (pain arising as a direct result of an injury or disease affecting the somatosensory system in their peripheral elements or the central nervous system - CNS) has a high incidence in the world population and affects the quality of life of patients affected by it. The treatment of this painful condition is still a challenge for health professionals, since the drugs used have limited action and cause side effects. Thus, there is great interest in the search for new pharmaceuticals to treat neuropathic pain. Research shows the involvement of reactive oxygen species (ROS) in different types of pain, including neuropathic pain. Given the involvement of these species, molecules with antioxidant action are strong candidates as adjuvants in the treatment of painful conditions. Several studies have shown that N-acetylcysteine (NAC), a molecule with complex actions, including an antioxidant one, produces antinociception in animals with chronic constriction of the sciatic nerve (CCI, chronic constriction injury), a neuropathic pain model. However, the mechanisms involved in the antinociceptive effect of NAC are still poorly understood. Thus, this study aimed to evaluate the temporal effects of intraperitoneal administration of saline and NAC at a dose of 150 mg/kg/day, given for 1, 3 or 7 days, on nociceptive behavior and recovery of locomotor function, and cell signaling molecules and oxidative stress parameters in lumbosacral spinal cord of rats with and without CCI. This segment of the spinal cord was chosen because it is the entry region of the sciatic nerve afferent information. The project that preceded this study was approved by the Ethics Committee of UFRGS on the use of animals (protocol number: 23407). Methods: We used 180 male Wistar rats, weighing 200-300g, divided in 3 groups: control (animals which underwent no surgery), sham (animals which had only the right sciatic nerve exposed) and CCI (animals that had the right sciatic nerve exposed and received 4 ligatures in its initial third). These experimental groups were subdivided into subgroups receiving intraperitoneal administration of saline or NAC at a dose of 150 mg/kg/day for a period of 1, 3 or 7 days. Electronic von Frey tests and the sciatic functional index (SFI) evaluated the mechanical sensitivity and functional recovery of the nerve, respectively, in the periods before the injury and 1, 3 and 7 days after the nerve injury. At the end of these periods, the animals were killed by decapitation and the lumbosacral spinal cord was removed and used to determine the formation of superoxide, lipid hydroperoxide, total antioxidant capacity (TAC), ascorbic acid, expression of phosphorylated p-38 protein, and quantification of messenger RNA (mRNA) of NFκB. Other animal groups were perfused with 4% paraformaldehyde prepared in 0.2 M phosphate buffered saline, pH 7.4. After collection and cryoprotection in 15% and 30% sucrose solution, the spinal cord and dorsal root ganglia of the sciatic nerve ipsilateral to the lesion were subjected to immunohistochemistry of protein p-38 and histochemistry of NADPH-diaphorase, the latter for labeling the activity of nitric oxide (NO) synthase, the enzyme involved in the synthesis of NO. The results of sensitivity were analyzed by ANOVA of repeated measures; the other results by three-way ANOVA (factors: injury, treatment, and time), except those of NFκB, which were analyzed by two-way ANOVA. The post-test used was Tukey’s. P was considered significant when <0.05. Results: Mechanical sensitivity increased on day 1 post-injury in all CCI groups, and remained elevated in the other period analyzed in saline-treated CCI rats. In the group of NAC-treated CCI rats, the value of mechanical sensitivity was close to the pre-injury one, both at 3 and 7 days. In the sham group receiving saline, there was an increase in mechanical sensitivity on day 1, whose value was close to those of control rats in the other periods analyzed. Increased mechanical sensitivity was not observed in sham rats receiving NAC. The SFI improved in CCI rats receiving saline and NAC for 7 days. However, while the recovery rate of this index was 28% in the saline-treated rats, NAC administration caused a recovery of 44%. Alongside these changes, there was a statistically significant increase in the generation of superoxide anion in the spinal cord of all CCI rats, regardless of treatment and time period analyzed. Lipid hydroperoxides increased (823%) in the spinal cord of saline-treated CCI rats on day 1, but the increment was only 142% in CCI rats receiving NAC. At 3 and 7 days, lipid hydroperoxides were further increased in the spinal cord of sham and CCI rats, but the increment was 180%. TAC was reduced only in saline-treated CCI animals, on day 7. Ascorbic acid values increased significantly in the spinal cord of CCI rats receiving saline on days 1 and 3. Although high, ascorbic acid in the spinal cord of these rats on day 7 was not statistically significant as compared to control rats. In NAC-treated CCI rats, there was no significant difference in ascorbic acid values of the spinal cord as compared to control rats. As regards intracellular signaling molecules, increased expression of phosphorylated p-38 was observed in saline-treated CCI and sham rats on days 1, 3 and 7 compared to controls. NAC treatment caused a return of expression of this protein in sham rats on these days, and a reduction of approximately 187% in CCI rats on days 3 and 7, with the value of day 1 close to that of the control group. NAC also reduced the increase in p-38 immunoreactivity in dorsal root ganglion neurons and neurons and cells similar to spinal cord glia, such increases induced by CCI on days 1, 3 and 7. NAC also reduced the CCI-induced increase in the number of NADPH diaphorase reactive neurons in the superficial lamina of the dorsal horn and gray matter located around the central canal of the spinal cord. NAC treatment also reduced the mRNA of NFкB increased by CCI and sham surgery. Conclusion: These results show that intraperitoneal administration of NAC at 150 mg/kg/day reproduced the antinociceptive effect of this molecule and promoted improvement in SFI. In addition, the treatment changed oxidative stress parameters and intracellular signaling in the spinal cord, which are possibly related to improvements in mechanical sensitivity and functional recovery of the sciatic nerve in rats with CCI. From these results, one can say that the antinociceptive effect of NAC in rats with neuropathic pain from CCI involves not only its antioxidant action, but also its effect on intracellular signaling pathways.
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Efeito da N-acetilcisteína sobre proteínas de sinalização e parâmetros oxidativos em medula espinal de ratos com dor neuropática

Horst, Andréa January 2017 (has links)
Introdução: A dor neuropática (dor originada como consequência direta de uma lesão ou doença afetando o sistema somatossensorial, em seus elementos periféricos ou no sistema nervoso central - SNC) possui uma alta incidência na população mundial e afeta a qualidade da vida dos pacientes acometidos por ela. O tratamento dessa condição dolorosa é ainda um desafio aos profissionais da saúde, pois os fármacos usados possuem ação limitada e diversos efeitos colaterais. Assim, há um grande interesse na busca por novos fármacos para tratar dor neuropática. Os estudos mostram o envolvimento das espécies reativas de oxigênio (EROs) nos distintos tipos de dor, incluindo a neuropática. Dado ao envolvimento dessas espécies, moléculas com ação antioxidante são fortes candidatas como coadjuvantes no tratamento de condições dolorosas. Diversos estudos mostraram que a administração de N-acetilcisteína (NAC), uma molécula com ações complexas, dentre elas a de antioxidante, produz antinocicepção em animais com constrição crônica no nervo isquiático (CCI, do inglês chronic constriction injury), um modelo de dor neuropática. Contudo, ainda são pouco conhecidos os mecanismos envolvidos no efeito antinociceptivo da NAC. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos temporais da administração intraperitoneal de solução salina e NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, dado por 1, 3 ou 7 dias, sobre indicadores de comportamento nociceptivo e de recuperação de função locomotora, e moléculas de sinalização celular e parâmetros de estresse oxidativo em medula espinal lombossacral de ratos sem e com CCI. Esse segmento da medula espinal foi escolhido por ser a região de entrada das informações aferentes do nervo isquiático. O projeto que antecedeu o presente estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no uso de animais da UFRGS (número de protocolo: 23407). Metodologia: Foram utilizados 180 ratos Wistar machos, pesando 200-300g, divididos em 3 grupos experimentais: controle (animais que não sofreram nenhuma intervenção cirúrgica), sham (animais que tiveram o nervo isquiático direito apenas exposto) e CCI (animais que tiveram o nervo isquiático direito exposto e recebeu 4 amarraduras em seu terço inicial). Estes grupos experimentais foram subdivididos em subgrupos que receberam administração X intraperitoneal de solução salina ou NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, por período de 1, 3 ou 7 dias. Os testes de von Frey eletrônico e do índice funcional do isquiático (IFI) avaliaram a sensibilidade mecânica e a recuperação funcional do nervo, respectivamente, nos períodos antes da lesão e 1, 3 e 7 dias após a lesão nervosa. Ao final dos períodos de 1, 3 e 7 dias, os animais foram mortos por decapitação e a medula espinal lombossacral retirada e usada para as determinações: formação do ânion superóxido, hidroperóxidos lipídicos, capacidade antioxidante total (TAC, do inglês total antioxidante capacity), ácido ascórbico, expressão da proteína p-38 fosforilada, e quantificação do RNA mensageiro (mRNA) do NFкB. Outros grupos de animais foram perfundindos com paraformoldeído 4% preparado em tampão fosfato salino, 0,2 M, pH 7,4. Após a coleta e a crioproteção em solução de sacarose 15 e 30%, a medula espinal e os gânglios da raiz dorsal do nervo isquiático ipsilateral à lesão foram submetidos às técnicas de imunohistoquímica à proteína p-38 e histoquímica a NADPH-diaforase, essa última para marcação de células com atividade da óxido nítrico sintase (NOS), a enzima envolvida na síntese de NO. Os resultados de sensibilidade foram analisados por ANOVA de medidas repetidas; os demais resultados por ANOVA de três vias (fatores: lesão, tratamento e tempo), exceto os do NFκB, que foram por ANOVA de duas vias. O pós-teste usado foi o de Tukey. O P foi considerado significativo quando > 0,05. Resultados: A sensibilidade mecânica aumentou no dia 1 pós-lesão em todos os grupos CCI, e permaneceu elevada nos demais períodos analisados nos ratos com CCI tratados com solução salina. No grupo de ratos com CCI que recebeu tratamento com NAC, o valor da sensibilidade mecânica foi similar ao encontrado na pré-lesão, tanto aos 3 como aos 7 dias. No grupo sham que recebeu salina houve aumento na sensibilidade mecânica no dia 1, estando esse parâmetro com valor similar ao encontrado nos ratos controle nos demais períodos analisados. O aumento na sensibilidade mecânica não foi observado nos ratos sham que receberam NAC. O IFI melhorou nos ratos com CCI que receberam salina e NAC por 7 dias. Porém, enquanto o percentual de recuperação desse índice foi 28% nos ratos tratados com salina, a administração de NAC provocou recuperação de 44%. Paralelamente a essas mudanças, houve aumento estatisticamente significativo na geração de ânion superóxido na medula espinal de todos os ratos com CCI, independente do tratamento e do período de tempo analisado. Os hidroperóxidos lipídicos aumentaram (823%) na medula espinal de ratos com CCI tratados com salina no dia 1, mas o acréscimo foi de apenas 142% nos ratos com CCI que receberam NAC. Aos 3 e 7 dias, os hidroperóxidos lipídicos estavam ainda aumentados na medula espinal de ratos sham e com CCI, mas o aumento foi de 180%. A TAC teve redução apenas nos animais CCI tratados com salina, no dia 7. Os valores de ácido ascórbico aumentaram significativamente na medula espinal de ratos com CCI que receberam salina, nos dias 1 e 3. Apesar de elevado, o valor de ácido ascórbico na medula espinal desses ratos aos 7 dias não foi estatisticamente significativo quando comparado ao encontrado nos ratos controle. Nos ratos com CCI tratados com NAC não houve diferença significativa nos valores de ácido ascórbico da medula espinal comparados àqueles dos ratos controle. Quanto às moléculas de sinalização intracelular, observou-se aumento na expressão da p-38 fosforilada nos ratos sham e com CCI tratados com salina, nos dias 1, 3 e 7, comparados aos controles. O tratamento com NAC provocou o retorno da expressão dessa proteína nos ratos sham nesses dias, e uma redução de aproximadamente 187% nos ratos com CCI nos dias 3 e 7, sendo no dia 1 o valor similar ao do grupo controle. NAC também reduziu o aumento na imunorreatividade a p-38 em neurônios do gânglio da raiz dorsal e neurônios e células semelhantes à glia da medula espinal, aumentos esses induzidos pela CCI nos dias 1, 3 e 7. NAC também XI reduziu o aumento induzido pela CCI no número de neurônios reativos a NADPH-diaforase nas lâminas superficiais do corno dorsal e substância cinzenta localizada em volta do canal central da medula espinal. O tratamento com NAC ainda reduziu o mRNA do NFкB aumentado pela CCI e cirurgia sham. Conclusão: Estes resultados mostram que a administração intraperitoneal de NAC, na dose de 150 mg/kg/dia, reproduziu o efeito antinociceptivo dessa molécula e promoveu melhora no IFI. Paralelamente, o tratamento modificou parâmetros de estresse oxidativo e sinalização intracelular na medula espinal, os quais possivelmente se relacionam com as melhoras na sensibilidade mecânica e recuperação funcional do nervo isquiático nos ratos com CCI. A partir desses resultados, pode-se dizer que o efeito antinociceptivo da NAC em ratos com dor neuropática por CCI envolve não apenas sua ação antioxidante, mas também seu efeito em vias de sinalização intracelular. / Introduction: Neuropathic pain (pain arising as a direct result of an injury or disease affecting the somatosensory system in their peripheral elements or the central nervous system - CNS) has a high incidence in the world population and affects the quality of life of patients affected by it. The treatment of this painful condition is still a challenge for health professionals, since the drugs used have limited action and cause side effects. Thus, there is great interest in the search for new pharmaceuticals to treat neuropathic pain. Research shows the involvement of reactive oxygen species (ROS) in different types of pain, including neuropathic pain. Given the involvement of these species, molecules with antioxidant action are strong candidates as adjuvants in the treatment of painful conditions. Several studies have shown that N-acetylcysteine (NAC), a molecule with complex actions, including an antioxidant one, produces antinociception in animals with chronic constriction of the sciatic nerve (CCI, chronic constriction injury), a neuropathic pain model. However, the mechanisms involved in the antinociceptive effect of NAC are still poorly understood. Thus, this study aimed to evaluate the temporal effects of intraperitoneal administration of saline and NAC at a dose of 150 mg/kg/day, given for 1, 3 or 7 days, on nociceptive behavior and recovery of locomotor function, and cell signaling molecules and oxidative stress parameters in lumbosacral spinal cord of rats with and without CCI. This segment of the spinal cord was chosen because it is the entry region of the sciatic nerve afferent information. The project that preceded this study was approved by the Ethics Committee of UFRGS on the use of animals (protocol number: 23407). Methods: We used 180 male Wistar rats, weighing 200-300g, divided in 3 groups: control (animals which underwent no surgery), sham (animals which had only the right sciatic nerve exposed) and CCI (animals that had the right sciatic nerve exposed and received 4 ligatures in its initial third). These experimental groups were subdivided into subgroups receiving intraperitoneal administration of saline or NAC at a dose of 150 mg/kg/day for a period of 1, 3 or 7 days. Electronic von Frey tests and the sciatic functional index (SFI) evaluated the mechanical sensitivity and functional recovery of the nerve, respectively, in the periods before the injury and 1, 3 and 7 days after the nerve injury. At the end of these periods, the animals were killed by decapitation and the lumbosacral spinal cord was removed and used to determine the formation of superoxide, lipid hydroperoxide, total antioxidant capacity (TAC), ascorbic acid, expression of phosphorylated p-38 protein, and quantification of messenger RNA (mRNA) of NFκB. Other animal groups were perfused with 4% paraformaldehyde prepared in 0.2 M phosphate buffered saline, pH 7.4. After collection and cryoprotection in 15% and 30% sucrose solution, the spinal cord and dorsal root ganglia of the sciatic nerve ipsilateral to the lesion were subjected to immunohistochemistry of protein p-38 and histochemistry of NADPH-diaphorase, the latter for labeling the activity of nitric oxide (NO) synthase, the enzyme involved in the synthesis of NO. The results of sensitivity were analyzed by ANOVA of repeated measures; the other results by three-way ANOVA (factors: injury, treatment, and time), except those of NFκB, which were analyzed by two-way ANOVA. The post-test used was Tukey’s. P was considered significant when <0.05. Results: Mechanical sensitivity increased on day 1 post-injury in all CCI groups, and remained elevated in the other period analyzed in saline-treated CCI rats. In the group of NAC-treated CCI rats, the value of mechanical sensitivity was close to the pre-injury one, both at 3 and 7 days. In the sham group receiving saline, there was an increase in mechanical sensitivity on day 1, whose value was close to those of control rats in the other periods analyzed. Increased mechanical sensitivity was not observed in sham rats receiving NAC. The SFI improved in CCI rats receiving saline and NAC for 7 days. However, while the recovery rate of this index was 28% in the saline-treated rats, NAC administration caused a recovery of 44%. Alongside these changes, there was a statistically significant increase in the generation of superoxide anion in the spinal cord of all CCI rats, regardless of treatment and time period analyzed. Lipid hydroperoxides increased (823%) in the spinal cord of saline-treated CCI rats on day 1, but the increment was only 142% in CCI rats receiving NAC. At 3 and 7 days, lipid hydroperoxides were further increased in the spinal cord of sham and CCI rats, but the increment was 180%. TAC was reduced only in saline-treated CCI animals, on day 7. Ascorbic acid values increased significantly in the spinal cord of CCI rats receiving saline on days 1 and 3. Although high, ascorbic acid in the spinal cord of these rats on day 7 was not statistically significant as compared to control rats. In NAC-treated CCI rats, there was no significant difference in ascorbic acid values of the spinal cord as compared to control rats. As regards intracellular signaling molecules, increased expression of phosphorylated p-38 was observed in saline-treated CCI and sham rats on days 1, 3 and 7 compared to controls. NAC treatment caused a return of expression of this protein in sham rats on these days, and a reduction of approximately 187% in CCI rats on days 3 and 7, with the value of day 1 close to that of the control group. NAC also reduced the increase in p-38 immunoreactivity in dorsal root ganglion neurons and neurons and cells similar to spinal cord glia, such increases induced by CCI on days 1, 3 and 7. NAC also reduced the CCI-induced increase in the number of NADPH diaphorase reactive neurons in the superficial lamina of the dorsal horn and gray matter located around the central canal of the spinal cord. NAC treatment also reduced the mRNA of NFкB increased by CCI and sham surgery. Conclusion: These results show that intraperitoneal administration of NAC at 150 mg/kg/day reproduced the antinociceptive effect of this molecule and promoted improvement in SFI. In addition, the treatment changed oxidative stress parameters and intracellular signaling in the spinal cord, which are possibly related to improvements in mechanical sensitivity and functional recovery of the sciatic nerve in rats with CCI. From these results, one can say that the antinociceptive effect of NAC in rats with neuropathic pain from CCI involves not only its antioxidant action, but also its effect on intracellular signaling pathways.
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Efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório do triterpeno sintético metil-bardoxolona em um modelo de ataque agudo de gota em camundongos

Detoni, Suélen January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-05-23T04:21:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 345302.pdf: 1277817 bytes, checksum: da130881829af3e35d5529ba0e720ff7 (MD5) Previous issue date: 2016 / A gota é uma forma de artrite inflamatória extremamente dolorosa causada pela deposição de cristais de urato monossódico (MSU) nas articulações. A terapia farmacológica para a gota é prejudicada pelos efeitos adversos e pela refratariedade que os pacientes desenvolvem aos fármacos utilizados atualmente, indicando que novos agentes antigota são necessários. Vias anti-inflamatórias e antioxidantes parecem ser um alvo em potencial no tratamento da gota. O triterpeno sintético metil-bardoxolona (metil-2-ciano 3,12-dioxooleano-1,9-dien-28-oato; CDDO-Me) é um potente indutor de vias de sinalização anti-inflamatórias e antioxidantes (incluindo aquelas que são reguladas pelo fator de transcrição Nrf2) que está sendo testado clinicamente para o tratamento de tumores sólidos, linfomas, doença renal crônica e hipertensão arterial pulmonar. Com base no exposto, este estudo objetivou avaliar o efeito do triterpeno sintético CDDO-Me em um modelo de ataque agudo de gota em camundongos. Foram utilizados camundongos Swiss machos adultos e os experimentos foram realizados de maneira cega e randomizada. Os animais foram previamente tratados com o CDDO-Me, indometacina ou veículo durante três dias por via oral. No terceiro dia, os animais foram injetados intra-articularmente (i.a.) com cristais de MSU para induzir um ataque agudo de gota. Foram avaliados parâmetros nociceptivos, inflamatórios e toxicológicos após a injeção de MSU. O tratamento com CDDO por 3 dias ou indometacina não alterou o consumo de água ou ração e o peso corporal dos animais. Comparado aos animais não tratados, animais tratados com MSU e veículo apresentaram nocicepção espontânea, hiperalgesia mecânica e edema na articulação que recebeu a administração de MSU, além de alterar as concentrações séricas de ácido úrico e de alguns marcadores inflamatórios/oxidantes na articulação (número de leucócitos, proteína, peróxido de hidrogênio e atividades da mieloperoxidase e da glutamato cisteína ligase), mas não no soro (interleucina-6/IL-6 e proteína amiloide A/SAA). O tratamento com CDDO-Me ou indometacina foi capaz de prevenir a hiperalgesia, a nocicepção, o edema e o aumento na concentração de peróxido de hidrogênio induzidos pelo MSU. O CDDO-Me, mas não a indometacina, também preveniu a infiltração de leucócitos. Comparado ao grupo veículo, o tratamento com CDDO aumentou as concentrações séricas da IL-6 ou da SAA e o tratamento com indometacina aumentou as concentrações articulares de interleucina-1ß. Finalmente não foi detectada atividade do fator Nrf2 na articulação dos animais pelo imunoensaio utilizado. Analisados em conjunto os presentes resultados demonstram que o tratamento com CDDO-Me pode prevenir parcialmente o desenvolvimento do ataque aguda de gota em camundongos, porém sugerem que o CDDO-Me não parece ser superior à indometacina em produzir este efeito.<br> / Abstract : Gout is an extremely painful form of inflammatory arthritis caused by the deposition of monosodium urate (MSU) crystals in the joints. The pharmacological therapy for gout is impaired by adverse effects and the refractoriness to drugs currently used that is developed by patients, which indicates the necessity for new anti-gout agents. Antiinflammatory and antioxidant pathways appear to be a potential target in the treatment of gout. The synthetic triterpene methyl-bardoloxone (2-methyl-3,12-dioxooleano cyano-1,9-dien-28-oate; CDDO-Me), is a potent inducer of anti-inflammatory and antioxidant signaling pathways, (including those regulated by the transcription factor Nrf2), which is being clinically tested for the treatment of solid tumors, lymphomas, chronic kidney disease and pulmonary arterial hypertension. Based on the above, this study aimed to evaluate the effect of CDDO-Me synthetic triterpene in an acute attack of gout model in mice. Swiss adult male mice were used and the experiments were performed in a blind and randomized manner. The animals were pretreated with CDDO-Me, indomethacin or vehicle for three days through oral route. On the third day, the animals were intra-articularly injected (i.a.) with MSU crystals to induce an acute attack of gout. Nociceptive, inflammatory and toxicological parameters were evaluated after MSU injection. Treatment with CDDO-Me or indomethacin for 3 days did not alter water and food consumption or bodyweight of animals. Compared with control animals, MSU and vehicle-treated animals presented spontaneous nociception, hyperalgesia, edema, and altered serum concentrations of uric acid and some inflammatory/oxidative markers in the joint (white blood cell count, protein, hydrogen peroxide and myeloperoxidase activity glutamate cysteine ligase), but not in serum (interleukin-6 and amyloid protein A/SAA). Treatment with CDDO-Me or indomethacin was able to prevent spontaneous nociception, hyperalgesia, edema and the MSU-induced increase in hydrogen peroxide concentration. CDDO-Me, but not indomethacin also prevented leukocyte infiltration. Compared with vehicle group, treatment with CDDO-Me increased serum levels of interleukin-6 or A/SAA and treatment with indomethacin increased the articular concentrations of interleukin-1ß. Finally, Nrf-2 factor activity was not detected in the articulation of animals with the immunoassay used. Taken together, our results show that treatment with CDDO-Me can partially prevent the development of an acute attack of gout in mice, but also suggest that CDDO-Me does not appear to be greater than indomethacin in mediating such effect.
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Estudo do mecanismo de ação da atividade antinociceptiva da Riparina II de Aniba riparia em camundongos / Study of the mechanism of action of the antinociceptive activity of Riparina II of Aniba riparia in mice

Carvalho, Alyne Mara Rodrigues de 24 November 2016 (has links)
CARVALHO, A. M. R. Estudo do mecanismo de ação da atividade antinociceptiva da Riparina II de Aniba riparia em camundongos. 2016. 120 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-12-20T13:37:11Z No. of bitstreams: 1 2016_tese_amrcarvalho.pdf: 3402390 bytes, checksum: 98526c246cdb7fb39239799fd341c2a1 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-12-20T13:37:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_tese_amrcarvalho.pdf: 3402390 bytes, checksum: 98526c246cdb7fb39239799fd341c2a1 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-20T13:37:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_tese_amrcarvalho.pdf: 3402390 bytes, checksum: 98526c246cdb7fb39239799fd341c2a1 (MD5) Previous issue date: 2016-11-24 / The unripe fruit of the species of Aniba riparia (Nees) Mez, found some alkamides, one in particular, Riparin II (RipII) has an interesting therapeutic potential. Previous studies showed that it had anxiolytic and antidepressant effects as well as an antiinflammatory effect. This study was conducted after approval by the CEUA/UFC (n° 41/15). The aim of the study was to evaluate the role of RipII in nociception process, possible mediators involved and the possible pharmacological mechanisms involved. They used male Swiss mice and was initially performed the toxicity test according to OECD 425, the oral toxicity test for 28 days and the molecular modeling of the TRPV1, TRPA1 and bradikynin receptors. The models of nociception were performed: writhes induced by acetic acid, hyperalgesia mechanical induced nociceptive agents (carrageenan, PGE2 and epinephrine), nociception test induced by intraplantar injection of capsaicin, cinnamaldehyde, menthol, bradykinin, PMA and 8-Br-cAMP, and investigate the role of potassium channels and some neurotransmitter systems. Molecular modeling has shown that RipII has a Strong interaction with TRPV1, TRPA1 and bradykinin receptors. The RipII (25 and 50 mg/kg, p.o.) was able to significantly reduce nociception induced by acetic acid and hyperalgesia induced by carrageenan, PGE2 and epinephrine. In the test of writhing induced by acetic acid was carried out time curve at a dose of 50 mg/kg and we observed that the effects of RipII-50mg/kg appeared within 30 minutes and persisted for 240 minutes. In the investigation of the analgesic mechanism, RipII showed effect related to the K+ ATP channels, TRPV1, TRPM8, ASIC, bradykinin receptors, PKA and PKC. To study possible neurotransmission pathways was performed writhing model of acetic acid-induced and the animals were pretreated different substances. The analgesic effect of RipII (50 mg/kg, p.o.) was reversed when the animals were pretreated with naloxone, glibenclamide and yohimbine, while the animals showed no behavioral change when pretreated with NAN-190, ritanserin, ondansetron, atropine or haloperidol. These data demonstrate that RipII produces a significant antinociceptive effect via molecular mechanisms of K+ ATP channels, TRPV1, TRPA1, TRPM8, ASIC, PKC, PKA, bradykinin receptors, α2 adrenergic receptors and opioid receptors. / Do fruto verde da espécie Aniba riparia (Nees) Mez, são encontradas algumas alcamidas, uma em especial, a Riparina II (RipII) possuindo um interessante potencial terapêutico. Estudos anteriores mostraram que a mesma apresentou efeitos ansiolítico e antidepressivo além de um efeito antiinflamatório. Este trabalho foi desenvolvido após aprovação pela CEUA/UFC (nº 41/15). O objetivo do estudo foi avaliar o papel da RipII no processo de nocicepção, os possíveis mediadores envolvidos e mecanismos farmacológicos. Foram utilizados camundongos Swiss machos e inicialmente foi realizado o teste de toxicidade segundo a OECD 425, o teste de toxicidade oral por 28 dias e a modelagem molecular para os os receptores TRPV1, TRPA1 e bradicinina. Os modelos experimentais de nocicepção realizados foram: contorções induzidas pelo ácido acético, hipernocicepção mecânica induzida por agentes algésicos (carragenina, PGE2 e epinefrina), teste de nocicepção induzida pela injeção intraplantar de capsaicina, cinamaldeído, mentol, bradicinina, PMA e 8-Br-AMPc, além de investigar o envolvimento dos canais de potássio e alguns sistemas de neurotransmissores. A modelagem molecular mostrou que a RipII possui uma forte interação com os receptores TRPV1, TRPA1 e bradicinina. A RipII (25 e 50 mg/kg, v.o.) foi capaz de reduzir de forma significativa a nocicepção induzida por ácido acético e a hipernocicepção induzida por carragenina, PGE2 e epinefrina. No teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético foi realizada curva de tempo com a RipII na dose de 50mg/kg, onde observou-se que os efeitos da RipII-50mg/kg apareceram após 30 minutos e persistiu por 240 minutos. Na investigação do mecanismo antinociceptivo, a RipII mostrou efeito relacionado com os canais K+ATP, TRPV1, TRPM8, ASIC, receptores de bradicinina, PKA e PKC. Para estudar as possíveis vias de neurotransmissão foi realizado o modelo de contorções induzidas por ácido acético e os animais foram pré-tratados com diferentes substâncias. O efeito antinociceptivo da RipII (50 mg/kg, v.o.) foi revertido quando os animais foram pré tratados com naloxona, glibenclamida e ioimbina, enquanto os animais não apresentaram qualquer alteração comportamental, quando pré-tratadas com NAN-190, ritanserina, ondansetrona, atropina ou haloperidol. Estes dados demonstram que RipII produz um importante efeito antinociceptivo através de mecanismos moleculares dos canais K+ATP, TRPV1, TRPA1, TRPM8, ASIC, PKC, PKA, receptores de bradicinina, receptores α2-adrenérgico e receptores opioides.

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