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Entre O Receio Da Memória E O Desejo Da Palavra: análise das obras O último vôo do flamingo e Um rio chamado tempo, uma casa chamada Terra, do escritor Mia CoutoMaia Guimarães, Flávia 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo principal desta tese é analisar, em dois romances do autor
moçambicano Mia Couto O
último voo do flamingo (2005) e Um rio chamado
tempo, uma casa chamada Terra (2003) as
representações literárias de
mudanças territoriais e identitárias experienciadas por sujeitos que
permanecem em Moçambique e por aqueles que emigram e depois regressam
para lá. Ao longo deste estudo, aspectos de ancoragem sociocultural e afetiva,
em um contexto intersticial e póscolonial,
são examinados através de recursos
dos estudos literários comparativos da teoria póscolonial.
A problematização
desses fenômenos está baseada no pensamento de Homi Bhabha, Stuart Hall,
Edward Said, Édouard Glissant, Michael Bakhtin, Octavio Paz, Gaston
Bachelard and Paul Ricoeur, entre outros. Na Introdução, enfoques dos
estudos culturais e do póscolonialismo
são focalizados. No primeiro capítulo, a
análise centrase
na relação entre as línguas portuguesa e bantu. Em tal
diversificado universo etnolinguístico, a justaposição de vozes na literatura
africana escrita em português é discutida, mais especificamente, na obra de
Mia Couto. No segundo capítulo, são problematizados os efeitos da
colonização e da guerra no território moçambicano bem como sobre seus
habitantes. Nesse sentido, o foco de análise se direciona aos deslocamentos
dos sujeitos dentro de sua própria terra: a experiência do estranhamento, o
exílio interior, impulsos de contrahabitação
e errância. No último capítulo, são
discutidas a rememoração e a recuperação de vozes silenciadas, que surgem
como estratégias significativas tanto de resistência quanto de ancoragem
sociocultural e afetiva, favorecendo para uma (re) construção identitária
coletiva e/ou individual
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A reprodução do Mapa Invertido da América do Sul nas visões críticas sobre o Sul global / The reproduction of Inverted Map of South America in critical views of global SouthCarla Monteiro Sales 27 May 2015 (has links)
O Mapa Invertido da América do Sul (1943) é um mapa diferente. Primeiro, porque não foi feito pelos cânones da ciência cartográfica, mas pelas mãos de um artista uruguaio, chamado Torres-García. Segundo, porque não utilizou a orientação convencional ao Norte, mas inverte o posicionamento do Sul para o topo da imagem. A presente pesquisa foi motivada pela visão de mundo diferenciada que esse mapa artístico apresenta, onde o objetivo é compreender os diversos contextos que reproduzem esse mapa, contribuindo para sua notoriedade até os dias atuais. Para tanto, é necessário entender os significados, os questionamentos e as ideologias expressas nessa inversão, pois contribuem na identificação com a obra em tempos além de sua elaboração. Nesse sentido, a pesquisa foi embasada em um exame bibliográfico de correntes de pensamento que propõem uma visão crítica sobre os processos de formação histórica do Sul global, destacavelmente o póscolonialismo e o pósdesenvolvimento. Tais subsídios teóricos auxiliam em um entendimento de mapa que seja tão plural quanto às visões de mundo podem ser, trilhando uma relação entre geopolítica, cartografia e arte / The "Inverted Map of South America" (1943) is a different map. Firstly, because it was not created by the canons of cartographic science, but by the hands of a Uruguayan artist, called Torres-García. Secondly, because it did not use the conventional orientation to the North, but reversed the Souths position to the top of the image. This paper was motivated by the different worldview this artistic map displays, where the purpose is to understand the different contexts that reproduce this map, contributing to its prominence until latterly. In order to do so it is necessary to understand the meanings, questions and ideologies expressed in this inversion, since they contribute to the recognition with this art construction to times beyond its formulation. In this sense, the research was based on a literature survey of schools of thought that propose a critical view to the historical formation process of the global South, notably postcolonialism and the postdevelopment. Such theoretical subsidies help to understand a map that is as plural as worldviews may be, treading a relationship between geopolitics, cartography and art
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A reprodução do Mapa Invertido da América do Sul nas visões críticas sobre o Sul global / The reproduction of Inverted Map of South America in critical views of global SouthCarla Monteiro Sales 27 May 2015 (has links)
O Mapa Invertido da América do Sul (1943) é um mapa diferente. Primeiro, porque não foi feito pelos cânones da ciência cartográfica, mas pelas mãos de um artista uruguaio, chamado Torres-García. Segundo, porque não utilizou a orientação convencional ao Norte, mas inverte o posicionamento do Sul para o topo da imagem. A presente pesquisa foi motivada pela visão de mundo diferenciada que esse mapa artístico apresenta, onde o objetivo é compreender os diversos contextos que reproduzem esse mapa, contribuindo para sua notoriedade até os dias atuais. Para tanto, é necessário entender os significados, os questionamentos e as ideologias expressas nessa inversão, pois contribuem na identificação com a obra em tempos além de sua elaboração. Nesse sentido, a pesquisa foi embasada em um exame bibliográfico de correntes de pensamento que propõem uma visão crítica sobre os processos de formação histórica do Sul global, destacavelmente o póscolonialismo e o pósdesenvolvimento. Tais subsídios teóricos auxiliam em um entendimento de mapa que seja tão plural quanto às visões de mundo podem ser, trilhando uma relação entre geopolítica, cartografia e arte / The "Inverted Map of South America" (1943) is a different map. Firstly, because it was not created by the canons of cartographic science, but by the hands of a Uruguayan artist, called Torres-García. Secondly, because it did not use the conventional orientation to the North, but reversed the Souths position to the top of the image. This paper was motivated by the different worldview this artistic map displays, where the purpose is to understand the different contexts that reproduce this map, contributing to its prominence until latterly. In order to do so it is necessary to understand the meanings, questions and ideologies expressed in this inversion, since they contribute to the recognition with this art construction to times beyond its formulation. In this sense, the research was based on a literature survey of schools of thought that propose a critical view to the historical formation process of the global South, notably postcolonialism and the postdevelopment. Such theoretical subsidies help to understand a map that is as plural as worldviews may be, treading a relationship between geopolitics, cartography and art
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Grandes casas de pedra: o corpo, a terra e a memória na ficção de Chenjerai Hove / Great houses of stone: the body, the land and the memory in Chenjerai Hove’s fictionBrito, Gustavo Santana Miranda 23 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present dissertation will analyze the relations established between the Body, the Land and the Memory in three novels of the Zimbabwean poet and novelist Chenjerai Hove: Bones (1988), Shadows (1991) e Ancestors (1996). The study of the novels revealed the deep relation that the natives of Rhodesia, nowadays called Zimbabwe, had with their lands and their ancestors. The objective of this paper is to present the profound changes that happened in the culture of the Shona ethnicity after the arrival of the colonizers and the missionaries in the end of the XIX Century. The perspective adopted to this criticism observes in each of the novels the characters’ native bodies in a intense struggle between two misbalanced forces that used to be the fundaments of the ancient Zimbabwean reality. In one side there is the Land, considered holy because of its mystical aspect. The Land carries the umbilical cords of every newborn and the bones of all deceased, and it is the home of the ancestors, called Pasí. On the other side rest the Ancestors, responsible for the accumulation of knowledge. The Ancestors represent the collective memory of the Shona people; they connect the individuals to nature due to their transcendence. With the Ancestors each Shona can talk to the land and be heard through the religious ears of their ancient forefathers. However, when the colonizers arrived, called those without knees because of their pants, they
imposed, with violence, a whole new culture to that ancient model of existence. This work will evaluate the consequences of the imposition of the colonizer’s culture, present in every page of each novel; what caused the loss of local religious traditions, deeply rooted moral behaviors, farming techniques and so many other aspects of the colonized culture. For the Body, the physical violence, the imposition of the English language and the prohibition of the local dialects; for the Land, the new and imported profit-driven farming cultures; for the Memory, the imposition of Christianity. Because of those
material and immaterial wounds the new generations are forced to recover their ancestors’ memory by recreating an updated version of their past. Following this track, this study also dedicates its pages to the observation of the subaltern and peripheral position of the black Zimbabwean woman, being sexually and intellectually discriminated by the patrilinear system in a society that must evolve to solve their own cultural problems of discrimination as well as those created by the colonization. / A presente dissertação irá analisar as relações estabelecidas entre o Corpo, a Terra e a Memória em três romances do poeta e romancista Zimbabuense, Chenjerai Hove: Bones (1988), Shadows (1991) e Ancestors (1996). O estudo dos romances revelou a profunda relação que os habitantes da antiga Rodésia, hoje Zimbábue, tinham com suas terras e com seus ancestrais. O objetivo deste trabalho é apresentar as profundas
mudanças que ocorreram na cultura da etnia Shona, depois da chegada dos colonizadores e missionários, no final do século XIX. A perspectiva adotada por esta crítica observa em cada um dos corpos dos personagens nativos uma intensa luta entre duas forças desequilibradas, que costumavam ser o fundamento da realidade ancestral do Zimbábue. De um lado tem-se a Terra, considerada sagrada por seu aspecto místico. A Terra carrega os cordões umbilicais de todos os recém-nascidos e os ossos de todos os que já se foram, ela é a casa dos ancestrais, chamada por eles de Pasí. Do outro lado estão os ancestrais, responsáveis pelo acúmulo de conhecimento. Os ancestrais representam a memória coletiva do povo Shona; eles conectam os indivíduos à natureza através de sua transcendência. Com os Ancestrais, cada Shona pode conversar com a terra e ser escutado através dos ouvidos místicos de seus pais espirituais. No entanto, quando chegam os colonizadores, chamados de aqueles sem joelhos, por causa de suas calças, eles impuseram, através da violência, uma cultura totalmente nova para aquele modelo ancestral de existência. Esta dissertação avalia as consequências da imposição da cultura do colonizador, presente em cada página de todos os romances, o que causa a
perda das tradições religiosas locais, comportamentos morais profundamente enraizados, técnicas de manejo da terra, e tantos outros aspectos da cultura colonizada. Para o Corpo, a violência física, a imposição da língua inglesa e a proibição dos dialetos locais. Para a Terra, nova técnicas de cultivo do solo e de manejo de animais, direcionadas para o lucro. Para a Memória, a imposição do Cristianismo. Por causa dessas feridas materiais e imateriais, as novas gerações são forçadas a recuperar sua
memória ancestral através de uma recriação atualizada de seu passado. Seguindo essa trilha, este estudo também se dedica a observação da mulher negra zimbabuense, sendo discriminada sexual e intelectualmente por um sistema patrilinear em uma sociedade que deve resolver seus próprios problemas culturais de discriminação, assim como aqueles legados pela colonização.
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A subversão das relações coloniais em o morro dos ventos uivantes: questões de gêneroDias, Daise Lilian Fonseca 25 March 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-03-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The objective of this research is to analyze Wuthering Heights (1847), written by the English
writer Emily Brontë (1818-48), from a postcolonial perspective, based on Said (1994; 2003),
Ashcroft et al (2004), Loomba (1998), and Boehmer (2005), among others. It is noticed that
there is in the English literature a repetitive model of representation of the colonial
relationships mainly until 1847, when Brontë s romance was published which praises the
English people and their culture, disqualifying dark skinned people as well as their culture.
Those people are, in general, represented from a negative perspective and subjugated by the
English imperialism. Brontë romance subverts this kind of representation because the
protagonist, a foreign gypsy, Heathcliff, reverts the socio-economical relationships imposed
by his oppressors, the Englishmen who surround him and, consequently, subjugates them by
an analogical way to his own experience. The novel s subversive characteristic will be
highlighted, mainly the fact that the history takes place in England, which gives significance
to Heathcliff s actions, since he is well succeed in something that provokes fear to English
people: they become victims of dark skinned people in their own territory, England. / O objetivo desta pesquisa é analisar O morro dos ventos uivantes (1847), da escritora inglesa
Emily Brontë (1818-48), sob a perspectiva póscolonial, tomando como base os estudos de
Said (1994; 2003), Ashcroft et al (2004), Loomba (1998), e Boehmer (2005), dentre outros.
Percebe-se na literatura inglesa um padrão repetitivo de representação das relações coloniais
sobretudo até 1847, ano da publicação da obra em estudo - que enaltece os ingleses e sua
cultura, e que desqualifica os povos de pele escura, assim como suas respectivas culturas.
Esses povos são, em geral, representados de forma preconceituosa e sob o domínio do
imperialismo inglês. O romance de Brontë subverte esse tipo de representação porque o
protagonista, um cigano estrangeiro, Heathcliff, consegue reverter as relações
socioeconômicas impostas por seus opressores, os ingleses que o cercam, e,
consequentemente, subjuga-os de forma análoga à sua própria experiência. Destaca-se, nesta
obra, seu caráter subversivo, porque a narrativa passa-se na Inglaterra, o que confere ao feito
de Heathcliff um valor significativo, uma vez que ele obtém sucesso em relação a algo que
despertava grande temor para os ingleses: serem vítimas das forças de raças escuras em seu
próprio território, a Inglaterra.
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