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O \"Ato de Cortar-se\": uma investigação psicanalítica a partir do caso Amanda e do caso Catarina / The Act of Self-Cutting: a psychoanalytical investigation based on the Amanda and Catarina clinical casesVenosa, Viviana Senra 15 October 2015 (has links)
Deparar com um sujeito que se corta pode ser, para quem inicia o percurso clínico, muito mobilizador. Uma convocação ao olhar acontece de maneira extremamente pungente. A pergunta que orienta esta pesquisa é: de que de modo o dispositivo analítico pode operar nessa tríade: olhar/palavra/elaboração? Para buscar responder, o recorte deste trabalho se estabeleceu a partir do material clínico de que dispúnhamos. Mais precisamente, abordamos o ato de cortar-se na sua apresentação em sujeitos neuróticos, mas outras investigações se fazem necessárias, por exemplo, quanto ao ato de cortar-se na psicose e na perversão. Até o presente momento, existe parca bibliografia específica sobre o ato de cortar-se em Psicanálise. Sendo assim, fizemos um breve apanhado sobre o tema na Psiquiatria, na Antropologia e na Sociologia. Também apresentamos o ato de cortar-se no seu contexto midiático, uma vez que a internet e as redes sociais são um dos meios pelos quais as pessoas que se cortam publicizam anonimamente seu sofrimento psíquico. Lançando mão da teoria freudiana, mostramos a importância de cunhar o termo ato de cortar-se do ponto de vista metapsicológico. E, depois, apresentamos dois casos clínicos, onde os conceitos de: angústia, acting-out e passagem ao ato, vistos por Freud e Lacan, se fizeram fundamentais para conduzir as análises dos casos. Com isso, esperamos contribuir para a ampliação de um campo de estudo sobre o tema / For those who are just starting clinical practice, coming across a subject who self-cuts can be very disturbing. The gaze is summoned very poignantly. The question that guides this research is: in what way can the analytical device operate in the gaze/ speech/ psychic elaboration triad? To answer this, the focus of this work is based on the clinical material at our disposal. More precisely, we approached the act of self-cutting as it presents itself in neurotic subjects. As this act also appears in psychosis and perversion, further investigations are necessary. In Psychoanalysis, there is scant literature on this specific act to date, so we did a brief survey on the topic in Psychiatry, Anthropology, and Sociology. We also present the act of self-cutting in the context of media, as self-cutters use the internet and social networks as a means to anonymously bring to public notice their psychological distress. Using Freudian theory, we show the importance of coining the term \"act of self-cutting\" from a metapsychological point of view. Afterwards, we present two clinical cases where the concepts of anguish, acting-out and passage to the act, as seen by Freud and Lacan, became fundamental in conducting the analyzes of these clinical cases. With this, we hope to contribute to the expansion of the field of study on the subject
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Três casos de parricídio? passagem ao ato em diferentes configurações psicopatológicasPinheiro, Débora Patrícia Nemer 18 November 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-11-18 / Freudian psychoanalysis grounds the constitution of subjectivity in two interdictions:
the interdiction of incest and the interdiction of the parricide crime. This thesis
discusses the psychic organization and functioning of subjects who have committed the
passage to the parricide act. In terms of methodology, we resort to the research in
psychoanalysis with the psychoanalytical method as elaborated by Figueiredo (2005).
We have interviewed three subjects who had committed parricide (killing of the father)
and/or matricide (killing of the mother). We have discussed the results using
psychoanalytical concepts from the freudo-lacanian and kleinian traditions. Finally, we
propose a psychoanalytic diagnostic frame based on the topics of affiliation and the
three elements which mark the subject: the trace, the entrance into law by the
interdiction of parricide and the sinthome / A psicanálise freudiana fundamenta a constituição da subjetividade humana e da cultura
em torno de duas interdições: A Interdição do Incesto e a Interdição do Crime de
Parricídio. Esta tese tem como problemática e objetivo discutir a organização psíquica e
funcionamento da realidade psíquica em sujeitos que cometeram a passagem ao ato
parricida. A metodologia proposta para esta tese foi a pesquisa em psicanálise com o
método psicanalítico , tal como elaborado por Figueiredo (2005). Foram entrevistados
três sujeitos que cometeram o crime de patricídio (morte do pai) e/ou matricídio (morte
da mãe). Os resultados foram dialogados com conceitos psicanalíticos de tradição
Freud-lacaniana e Kleiniana. Elaboramos uma proposta de diagnóstico que contempla
os relatos discursivos dos entrevistados articulados com a temática da filiação e os três
elementos de marcação de um sujeito: o traço; a entrada da lei pela interdição do
parricídio e o sinthoma
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O ato suicida e sua falha / The suicidal act and its failureBrunhari, Marcos Vinicius 27 November 2015 (has links)
O trabalho O ato suicida e sua falha traz como questão central, a partir do escopo psicanalítico, o estatuto de ato do suicídio e o a posteriori de sua falha. Aposta-se na possibilidade de abordagem pela via da psicanálise de um fato que pode se manifestar de forma extrema e disruptiva e que, em um primeiro momento, aproxima-se daquilo que se caracteriza por uma extração considerável de palavra. Segue-se assim o objetivo de estruturar um campo conceitual orientado por Freud e Lacan, desde o qual se torna hábil organizar a questão acerca do momento do ato suicida e o estatuto disto que falha. Dada a amplitude dessa problemática, busca-se, por meio de uma redução encaminhada pela seleção de elementos específicos, traçar um percurso que permite situar uma teoria freudiana do suicídio que toma como pontos de firmamento o campo do ato e a metapsicologia da melancolia. Na sequência, tendo como pontos balizadores o Seminário, livro 10 A angústia (1962-63) e o Seminário, livro 15 O ato psicanalítico (1967-68), considera-se o suicídio circunscrito por Lacan aos parâmetros do ato pela conceituação de passagem ao ato e acting out. A hipótese de uma teoria freudiana do suicídio, firmada sobre os pilares conceituais de ato e melancolia, tem como eixo aquilo que escapa ao que é da ordem do representável e que se apresenta como um insuportável. Assim, recorre-se a Lacan com o objetivo de aprofundar esta problemática defendendo uma continuidade teórica entre a teoria freudiana do suicídio e a conceituação de passagem ao ato e acting out desde a asserção do objeto a. Este insuportável que perpassa a teoria freudiana do suicídio como da ordem de um irrepresentável encontra na conceituação lacaniana de objeto a um articulador. Este objeto como protagonista é definidor de uma temporalidade em que são diferenciados o momento do ato, do triunfo do a, e o depois em que o Outro se espraia como horizonte e onde o sujeito se reposiciona. É neste horizonte que a falha do ato pode ser viabilizada enquanto significante e isso apenas pode ser feito por aquele que sobre isso fala. Propõe-se que o ato suicida só pode ser valorado tal como pelo sujeito que, após a ruptura, se posiciona frente a seu ato e tem a possibilidade de então se implicar de maneira singular / The thesis \"The suicidal act and its failure\" brings as its central proposition, from the psychoanalytic scope, the suicidal act statute and the posteriori of its failure. It is considered the possibility of an approach through Psychoanalysis of a fact which can manifest in an extreme and disruptive way and that, at first, approaches what is characterized by a considerable words extraction. It is followed by the objective of structuring a theoretical field oriented by Freud and Lacan, from which enables it to organize the question regarding the suicidal act and its statute that fails. In consideration of such extent of this problematics, it is aimed, supported by a reduction directed by the selection of specific elements, to delineate a journey which allows locating a Freuds theory of suicide that considers as cornerstones the field of the act and the metapsychology of melancholy. Further, setting as landmarks the Seminar, book 10 The Anguish (1962-63) and the Seminar, book 15, - The Psychoanalytic act (1967-68), it is considered the suicide conditioned by Lacan to the act parameters by conceptualization of passage to the act and acting out. The hypothesis of a Freudian theory of suicide, consolidated over the conceptual pillars of act and melancholy, has its axis on that which escapes to what belongs to the representable range and which presents itself as unbearable. Therefore, Lacan is called upon aiming to deepen this problematics advocating a theoretical continuity between Freuds theory of suicide and the passage to the act and acting approach starting with the object a proposition. This unbearableness which permeates Freuds suicide theory in the order of a non representable encounters an articulator at Lacans concept of object a. This object as protagonist determines a temporality in which are differentiated the moment of the act, the triumph of a, and the afterwards in which the Other spreads as horizon and where the subject repositions itself. It is within this horizon that the act failure can be enabled as significant and only this can be executed by the one who speaks about it. It is proposed that the suicidal act can only be valued as such by the subject who, after the disruption, positions himself towards his act and has the possibility of at that time imply himself in a unique way
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As marcas do gênero na trajetória infracional juvenil: um estudo com meninas em cumprimento de medida socioeducativaSantos-Lima, Helen Tatiana dos 28 February 2018 (has links)
Submitted by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2018-06-18T20:51:15Z
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Previous issue date: 2018-02-28 / The scope of this research is to identify the relationship between the infraction act and the gender identity, placing it in the life story and in the schooling process of girls in situation of deprivation of freedom. The concern of this investigation came up with the observation that the research that has been carried out about the involvement of the youth with the infraction act mostly privileges the masculine public as the researched scope. This fact highlights the invisibility of female figure in the academic scenario, which points to the urgent need for studies that seek to understand female offending behavior, leading to the reflection about how gender issues crosses this reality. From this scenario, the research was proposed. The research was carried out over 10 months with 13 female adolescents who underwent a socio-educative measure in a detention unit in DF. The field diary, the life reports and the Fotolinguagem©, which is a mediation device of the psychoanalytic clinic group, were used as data collection tools, whose purpose is to support the person's speech with photographs. It is a psychoanalytical guided research whose method for generating and analyzing data followed the assumptions of this reference. The analysis of the data allowed the confirmation of the predictive factors for the transition to the act by the female audience that were already being identified by studies in the area but deepened the analysis by highlighting the subjective elements that are at the heart of the female act. With the adolescents, the feeling of psychic helplessness became the articulating axis in all the subjective conflicts that were externalized by the act. Helplessness, a typical characteristic of the adolescence phase and necessary for the reinvestment of the libidinal energy to the direction of the identity constitution, was intensified by their socioeconomic conditions and by the failure of the adults who exercised the function of the Other, leaving the adolescent girls narcissistically fragile. Faced with the feeling of helplessness, they engaged in the act. This act, also analyzed by the optics of gender, had five meanings, namely: the helplessness for the lack of the Other, the differentiation of Self; the reification of self; the romantic love and the love for the family. Finally, the Fotolinguagem© device presented itself as an innovative resource for the generation of data in the group context, especially when research-action type is desired, because when externalize their contents, the adolescent girls had the opportunity to listen, (re) formulate their conceptions about reality and its symbolic representations. This resource has the potential to promote a group associative chain driven by photography, as the adolescents felt mobilized to externalize the conscious and preconscious psychic contents, which triggered the intergroup resonances. / O escopo desta pesquisa é identificar a relação entre o ato infracional e a identidade de gênero, situando-a na história de vida e no processo de escolarização de meninas em situação de privação de liberdade. O interesse por esta investigação surgiu com a constatação de que as pesquisas que têm sido realizadas sobre o envolvimento do jovem com o ato infracional, em sua maioria, privilegiam o público masculino como o universo pesquisado. Desta realidade, destaca-se a invisibilidade da figura feminina no cenário acadêmico, o que aponta para a urgente necessidade de estudos que tenham como objetivo a busca pela compreensão do comportamento infracional feminino, com vistas a pensar como as questões de gênero atravessam esta realidade. Partindo desta tessitura é que esta pesquisa foi proposta. A investigação foi realizada ao longo de 10 meses com 13 adolescentes do sexo feminino que cumpriam medida socioeducativa em regime de internação em uma unidade de atendimento socioeducativo do DF. Foram utilizados como instrumentos para a geração de dados o diário de campo, os relatos de vida e a Fotolinguagem© que é um dispositivo de mediação da clínica psicanalítica grupal, cujo objetivo é dar suporte a fala do sujeito por meio da utilização de fotografias. Trata-se de uma pesquisa de orientação psicanalítica, cujo método para geração e análise dos dados seguiu os pressupostos deste referencial. A análise dos dados permitiu a confirmação dos fatores preditivos da passagem ao ato pelo público feminino que já vinham sendo identificados por estudos na área, porém, aprofundou esta análise ao destacar os elementos subjetivos que estão no cerne do ato feminino. Com as adolescentes, o sentimento do desamparo psíquico se configurou como o eixo articulador em todos os conflitos subjetivos que foram externalizados pelo ato. O desamparo, sentimento próprio da fase adolescência e necessário para o reinvestimento da energia libidinal na direção da constituição identitária, foi intensificado pelas suas condições socioeconômicas e pelas falhas dos adultos que exerciam a função do Outro, deixando as adolescentes fragilizadas narcisicamente. Assim, frente ao sentimento de desamparo, elas passaram ao ato. Este ato, analisado pela ótica da gênero, assumiu cinco significados, a saber: o desamparo pela falta do Outro, a diferenciação do EU; a reificação do EU; o amor romântico e o amor pela família. Por fim, o dispositivo de fotolinguagem se apresentou como um recurso inovador para a geração de dados no contexto grupal, especialmente quando se pretende uma pesquisa do tipo pesquisa-ação, pois ao externalizar seus conteúdos, as adolescentes tinham a oportunidade de se escutarem, (re) formulando suas concepções sobre a realidade e suas representações simbólicas. Este recurso tem o potencial de promover uma cadeia associativa grupal impulsionada pela fotografia, pois as adolescentes se sentiam mobilizadas a externalizar os conteúdos psíquicos conscientes e pré-conscientes, o que desencadeava as ressonâncias intergrupais.
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O \"Ato de Cortar-se\": uma investigação psicanalítica a partir do caso Amanda e do caso Catarina / The Act of Self-Cutting: a psychoanalytical investigation based on the Amanda and Catarina clinical casesViviana Senra Venosa 15 October 2015 (has links)
Deparar com um sujeito que se corta pode ser, para quem inicia o percurso clínico, muito mobilizador. Uma convocação ao olhar acontece de maneira extremamente pungente. A pergunta que orienta esta pesquisa é: de que de modo o dispositivo analítico pode operar nessa tríade: olhar/palavra/elaboração? Para buscar responder, o recorte deste trabalho se estabeleceu a partir do material clínico de que dispúnhamos. Mais precisamente, abordamos o ato de cortar-se na sua apresentação em sujeitos neuróticos, mas outras investigações se fazem necessárias, por exemplo, quanto ao ato de cortar-se na psicose e na perversão. Até o presente momento, existe parca bibliografia específica sobre o ato de cortar-se em Psicanálise. Sendo assim, fizemos um breve apanhado sobre o tema na Psiquiatria, na Antropologia e na Sociologia. Também apresentamos o ato de cortar-se no seu contexto midiático, uma vez que a internet e as redes sociais são um dos meios pelos quais as pessoas que se cortam publicizam anonimamente seu sofrimento psíquico. Lançando mão da teoria freudiana, mostramos a importância de cunhar o termo ato de cortar-se do ponto de vista metapsicológico. E, depois, apresentamos dois casos clínicos, onde os conceitos de: angústia, acting-out e passagem ao ato, vistos por Freud e Lacan, se fizeram fundamentais para conduzir as análises dos casos. Com isso, esperamos contribuir para a ampliação de um campo de estudo sobre o tema / For those who are just starting clinical practice, coming across a subject who self-cuts can be very disturbing. The gaze is summoned very poignantly. The question that guides this research is: in what way can the analytical device operate in the gaze/ speech/ psychic elaboration triad? To answer this, the focus of this work is based on the clinical material at our disposal. More precisely, we approached the act of self-cutting as it presents itself in neurotic subjects. As this act also appears in psychosis and perversion, further investigations are necessary. In Psychoanalysis, there is scant literature on this specific act to date, so we did a brief survey on the topic in Psychiatry, Anthropology, and Sociology. We also present the act of self-cutting in the context of media, as self-cutters use the internet and social networks as a means to anonymously bring to public notice their psychological distress. Using Freudian theory, we show the importance of coining the term \"act of self-cutting\" from a metapsychological point of view. Afterwards, we present two clinical cases where the concepts of anguish, acting-out and passage to the act, as seen by Freud and Lacan, became fundamental in conducting the analyzes of these clinical cases. With this, we hope to contribute to the expansion of the field of study on the subject
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O ato suicida e sua falha / The suicidal act and its failureMarcos Vinicius Brunhari 27 November 2015 (has links)
O trabalho O ato suicida e sua falha traz como questão central, a partir do escopo psicanalítico, o estatuto de ato do suicídio e o a posteriori de sua falha. Aposta-se na possibilidade de abordagem pela via da psicanálise de um fato que pode se manifestar de forma extrema e disruptiva e que, em um primeiro momento, aproxima-se daquilo que se caracteriza por uma extração considerável de palavra. Segue-se assim o objetivo de estruturar um campo conceitual orientado por Freud e Lacan, desde o qual se torna hábil organizar a questão acerca do momento do ato suicida e o estatuto disto que falha. Dada a amplitude dessa problemática, busca-se, por meio de uma redução encaminhada pela seleção de elementos específicos, traçar um percurso que permite situar uma teoria freudiana do suicídio que toma como pontos de firmamento o campo do ato e a metapsicologia da melancolia. Na sequência, tendo como pontos balizadores o Seminário, livro 10 A angústia (1962-63) e o Seminário, livro 15 O ato psicanalítico (1967-68), considera-se o suicídio circunscrito por Lacan aos parâmetros do ato pela conceituação de passagem ao ato e acting out. A hipótese de uma teoria freudiana do suicídio, firmada sobre os pilares conceituais de ato e melancolia, tem como eixo aquilo que escapa ao que é da ordem do representável e que se apresenta como um insuportável. Assim, recorre-se a Lacan com o objetivo de aprofundar esta problemática defendendo uma continuidade teórica entre a teoria freudiana do suicídio e a conceituação de passagem ao ato e acting out desde a asserção do objeto a. Este insuportável que perpassa a teoria freudiana do suicídio como da ordem de um irrepresentável encontra na conceituação lacaniana de objeto a um articulador. Este objeto como protagonista é definidor de uma temporalidade em que são diferenciados o momento do ato, do triunfo do a, e o depois em que o Outro se espraia como horizonte e onde o sujeito se reposiciona. É neste horizonte que a falha do ato pode ser viabilizada enquanto significante e isso apenas pode ser feito por aquele que sobre isso fala. Propõe-se que o ato suicida só pode ser valorado tal como pelo sujeito que, após a ruptura, se posiciona frente a seu ato e tem a possibilidade de então se implicar de maneira singular / The thesis \"The suicidal act and its failure\" brings as its central proposition, from the psychoanalytic scope, the suicidal act statute and the posteriori of its failure. It is considered the possibility of an approach through Psychoanalysis of a fact which can manifest in an extreme and disruptive way and that, at first, approaches what is characterized by a considerable words extraction. It is followed by the objective of structuring a theoretical field oriented by Freud and Lacan, from which enables it to organize the question regarding the suicidal act and its statute that fails. In consideration of such extent of this problematics, it is aimed, supported by a reduction directed by the selection of specific elements, to delineate a journey which allows locating a Freuds theory of suicide that considers as cornerstones the field of the act and the metapsychology of melancholy. Further, setting as landmarks the Seminar, book 10 The Anguish (1962-63) and the Seminar, book 15, - The Psychoanalytic act (1967-68), it is considered the suicide conditioned by Lacan to the act parameters by conceptualization of passage to the act and acting out. The hypothesis of a Freudian theory of suicide, consolidated over the conceptual pillars of act and melancholy, has its axis on that which escapes to what belongs to the representable range and which presents itself as unbearable. Therefore, Lacan is called upon aiming to deepen this problematics advocating a theoretical continuity between Freuds theory of suicide and the passage to the act and acting approach starting with the object a proposition. This unbearableness which permeates Freuds suicide theory in the order of a non representable encounters an articulator at Lacans concept of object a. This object as protagonist determines a temporality in which are differentiated the moment of the act, the triumph of a, and the afterwards in which the Other spreads as horizon and where the subject repositions itself. It is within this horizon that the act failure can be enabled as significant and only this can be executed by the one who speaks about it. It is proposed that the suicidal act can only be valued as such by the subject who, after the disruption, positions himself towards his act and has the possibility of at that time imply himself in a unique way
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O real do feminino em Hamlet, Macbeth e Rei Lear: considerações sobre o suicídio em LacanFerretti, Mariana Galletti 24 April 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Building on the lacanian concept of the real that which is beyond the signifier and the order
of the symbolic , this study intends to articulate such a concept to the renowned
shakespearian tragedies of Hamlet, Macbethand King Lear. It examines in what measure the
study on the suicides, present in these shakespearian works, enables the articulation between
the concepts of the real and that of the passage to the act. To Lacan, suicide can be a sort of
passage to the act that bears, in its self, a relation to the real. Since these suicides are
perpetrated by women, it is most relevant that we focus on the matter of the femininity in
psychoanalysis, a subject which, in turn, can provide us with important resources to help us
think about the topic. To Lacan there is no complementarity, exactly because women can t be
represented in a aggregation; it is this non-existing relation between sexes, one of the
fundamental lacanian psychoanalytic principles, that makes this analytic practice a Other
treatment. Since it is aiming for the real, not femininity, a woman s analytic process has the
potency to enable her to exist not as A but as one woman / Tendo como base o conceito lacaniano de real aquilo que está para além da ordem do
significante e, portanto, do registro simbólico , esta pesquisa pretende articular tal conceito
às consagradas tragédias de Shakespeare Hamlet, Macbeth e Rei Lear. Busca-se examinar em
que medida o estudo do suicídio nessas obras shakespearianas possibilita a articulação entre
os conceitos de real e de passagem ao ato. Para Lacan, o suicídio pode ser uma forma de
passagem ao ato e esta traz, em si mesma, uma ligação com o real. Dado que tais suicídios
são atos protagonizados por mulheres, torna-se pertinente nos debruçarmos sobre a questão
da feminilidade na psicanálise, tema esse que pode nos fornecer importantes subsídios para
pensarmos sobre os mesmos. Para Lacan, não existe complementaridade entre as partes
justamente porque as mulheres não podem ser representadas num conjunto; trata-se da não
existência da relação sexual, um dos preceitos fundamentais da psicanálise de Lacan, que faz
da prática analítica um tratamento Outro. Visto que sua direção é o real, não há a intenção de
tamponar a angústia, mas sim tocá-la naquilo que concerne ao objeto a, de maneira a
movimentar o desejo articulado ao gozo. Com efeito, uma passagem ao ato pode ser evitada
e, no que tange à feminilidade, o processo analítico de uma mulher tem a potencialidade de
possibilitar que ela venha a existir não como A, mas como uma mulher
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O caso Althusser: articulações possíveis entre Psicanálise e Direito Penal / Althusser case: articulation possibilities between the psychoanalysis and the criminal lawLopes, Leonardo 24 November 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-24 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This research weaves articulation possibilities between the psychoanalytic field and the criminal law, using the case of the philosopher Louis Althusser, while a paradigm of tragic dimension of the not imputable. There for, it is used as an methodology the analyze of his autobiographical memories, written on "The Future Lasts Forever" (1990), five years after strangled his wife and get declared irresponsible because of a melancholic psychosis. The place of the psychotic in legal discourse calls psychoanalytic knowledge for the discussion of responsibility, which is present in the work of Jacques Lacan, since the beginning of his teaching, when he looked for an dissociation between the term "mental offender" from psychiatry, such as specific clinical operators, as" passage to the act" as well. In addition, terms common to psychoanalysis and the criminal speech, such as law, crime and guilt, assume different meanings in each field, a scenario that leads research in two means. First, the psychosis approach, as language structure produced by foreclosure of the significant in the Name-of-Father, and Althusser´s melancholy, as a permanent mourning from the emptiness left by Verwerfung. Second, the conception of homicidal crime as a passage to the act and therefore act caused by guilt feeling and whose inevitable consequence accountability. We conclude, therefore, that there is a hiatus between the law subject from the of subject of the unconscious, among legal responsibility and individual responsibility, but that does not prevent its dialogue. The subject is always responsible for his position in the structure, and the incidence of the law by criminal summons may open the possibility for stabilization. In this sense, the crime committed by Althusser was not a motivated act, but a solution against suicide law, which reveals the very melancholy unconscious structure, and that by no means could have stopped him from answering legally / A referida pesquisa procura tecer possiblidades de articulação entre o campo psicanalítico e o do direito penal, partindo do caso do filósofo Louis Althusser enquanto paradigma da dimensão trágica do inimputável. Para isso, utiliza-se como metodologia a análise de suas memórias autobiográficas, O futuro dura muito tempo (1990), escritas cinco anos depois de ter estrangulado sua esposa e ter sido declarado irresponsável por conta de uma psicose melancólica. O lugar do psicótico no discurso jurídico convoca o saber psicanalítico pela temática da responsabilização, a qual encontra-se presente na obra de Jacques Lacan desde os primórdios de seu ensino, quando procura des-psiquiatrizar o dito louco infrator e operadores clínicos específicos, como a passagem ao ato. Além disso, termos comuns à psicanálise e ao discurso penal, como lei, crime e culpa, assumem significações diversas em cada campo, cenário que conduz a investigação por duas vias. Primeiro, pela abordagem da psicose, como estrutura de linguagem efeito da foraclusão do significante do Nome-do-Pai, e da melancolia de Althusser, como um luto permanente pelo vazio deixado pela Verwerfung. Segundo, pela concepção do crime homicida como uma passagem ao ato, e, portanto, ato causado pelo sentimento de culpa e que tem como consequência inevitável a responsabilização. Conclui-se então que há uma hiância entre os pressupostos do sujeito do direito e do sujeito do inconsciente, entre responsabilidade jurídica e a responsabilidade singular, mas que não impede articulação. O sujeito é sempre responsável por sua posição na estrutura, e a incidência da lei através da convocação penal pode abrir a possiblidade para a estabilização. Nesse sentido, o crime cometido por Althusser não fora um ato imotivado, mas uma solução contra o delírio suicida, que revela a própria estrutura inconsciente da melancolia, e que nem por isso poderia tê-lo impedido de responder juridicamente
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La dimension réelle du père dans le passage à l'acte dans un contexte de décompensation psychotique et son rapport à la pulsion invocante / The dimension of the Real of the father in the passage to the act, in a context of psychotic decompensation and its relation to the invocative drive / La dimension réal del padre en el pasage al acto, en un momento de descompensación psicotica y su relacion con la pulsión invocanteMedina Tamayo, Olga Lucia 09 December 2017 (has links)
La pulsion invocante traverse l’oeuvre de Jacques Lacan, bien qu’il n’ait jamais vraiment développé ce thème : son objet est la voix, au moment même où cette dernière fait défaut : notre hypothèse est que le sujet passe à l’acte au moment où la voix se tait, il n’y a pas de cogito. Intriquée à la pulsion scopique, la pulsion invocante a pour signature le silence. Le passage à l’acte procède d’un « je ne pense pas », du langage et non des affects que le sujet subirait. Cette thèse envisage la dimension réelle du père dans le passage à l’acte, en cas de décompensation psychotique, dans son rapport à la pulsion invocante. Des lois ont été établies pour différencier les actes des sujets désignés fous, psychotiques, de ceux des autres pauvres, faibles et criminels, ce qui précise le cadre de l’expertise mentale qui n’est pas étranger à notre recherche. Les textes des lois de 1838 et de 1990 ont été modifiés non tant pour assurer une meilleure protection des patients que pour des raisons sécuritaires. Ainsi, les différents modes d’hospitalisation ont été révisés : hospitalisation libre, hospitalisation à la demande d’un tiers (HDT), hospitalisation d’office (HO) … jusqu’à la notion récente de soins sous contrainte. Notre thèse commence par revisiter ces aspects historiques pour situer le contexte des passages à l’acte qui seront ensuite analysés à la lumière de l’enseignement de Lacan. Nous envisageons la voix comme une tentative de substitution à la forclusion duNom du Père, la voix venant suppléer et compléter le silence de l’Autre. Pour ce faire, nous développons plusieurs illustrations cliniques. Dans le cas de Juan, nous montrons comment le travail thérapeutique lui a permis de ne pas entrer dans le silence et de rechercher son nom en s’adressant à nous. Le travail de la parole empêche le passage à l’acte. Le roman de Duras, La pluie d’été, permet d’entendre la pulsion invocante comme l’écho de la voix de l’Autre et sa résonance corporelle. Avec Seth, la voix du père et celle du diable se confondent, pacte d’alliance entre les pères terribles interdicteurs et les figures féminines. Avec Mme X, nous approchons mieux les aspects de la formule de Lacan : dans la psychose, la voix sonorise le regard. Nous pouvons ensuite prendre la mesure de ce qui se passe pour Chris qui ne supporte pas la voix. La question de l’envers de l’auto-punition est abordée avec la patiente Médée. Nous prenons alors appui sur Gabriel Garcia Marquez avec chronique d’une tentative mortifère annoncée. Nous tentons enfin de comprendre le déclenchement de la psychose chez Telfusa, que les voix selon ses dires accompagnent constamment, même quand elle parle. Le traitement se présentera ainsi : non à Juana la folle mais oui à la liberté. Cette thèse tente de mettre en évidence la valeur propre à la parole introduite par la psychanalyse en éclairant la clinique de l’acte dans le champ des psychoses. / The invocative drive goes through the work of Jacques Lacan, although he never really developed this theme: its object is the voice, at the very moment when it is lacking: our hypothesis is that the subject passes to the act when the voice is silenced, there is no cogito. Intricate to the scopic drive, the invocative drive has the silence as a signature. The passage to the act proceeds from a "I do not think", from language and not from affects that the subject would suffer. This thesis considers the dimension of real of the father in the passage to the act, in a psychotic decompensation case, in his relation to the invocative drive. Laws have been established to differentiate the actions of the designated as crazy, psychotic subjects from those of the poor, weak and criminals, which specifies the framework of mental expertise that is not foreign to our research. The texts of the laws of 1838 and 1990 were modified not so much to ensure a better protection of the patients as for security reasons. Thus, the various modes of hospitalization were revised: free hospitalization, hospitalization at the request of a third party, duty of hospitalization ... until the recent concept of duty of care. Our thesis begins by revisiting these historical aspects to situate the context of passage to the act which will then be analyzed in the light of Lacan's teaching. We envision the voice as a tentative to substitute for the foreclosure of the Name of the Father, the voice supplies and completes the silence of the Other. To do this, we develop several clinical illustrations. In the case of Juan, we show how the therapeutic work allowed him not to go into silence and look for his name by addressing to us. The work of speech prevents the passage to the act. Duras' novel, Summer Rain, allows us to hear the invocative drive as the echo of the voice of the Other and its bodily resonance. With Seth, the voice of the father and the devil are confused, a pact of alliance between the terrible interdicting fathers and the female figures. With Mrs. X, we are getting closer to the aspects of Lacan's formula: in psychosis, the gaze sounds. We can then take inconsideration what happened to Chris who cannot stand the voice. The question of the reverse side of self-punishment is discussed with the patient Medea. We then rely on Gabriel Garcia Marquez with a chronic of a deadly attempt announced. Finally, we try to understand the outbreak of psychosis in Telfusa, whom the voices according to her constantly accompany her, even when she speaks. The treatment will be like this: no to Juana the Crazy but yes to freedom. This thesis attempts to highlight the proper value of the word introduced by psychoanalysis, by illuminating the clinical practice of the passage to the act in the field of psychosis. / La pulsion invocante atraviesa la obra de Jacques Lacan, aunque él nunca desarrolló realmente este tema: su objeto es la voz, en el momento mismo en que ella falta: nuestra hipótesis es que el sujeto pasa al acto cuando la voz se calla, no hay cogito. Intrincada a la pulsión escópica, la pulsión invocante tiene como firma, el silencio. El pasaje al acto procede de un "yo no ienso", del lenguaje, y no de un afecto del cual sufriría el sujeto. Esta tesis considera la dimensión real del padre en el pasaje al acto, en caso de descompensación psicótica, en su relación con la pulsión invocante. Se han establecido leyes para diferenciar los actos de los sujetos designados como locos, psicóticos de los actos de los pobres, débiles y criminales lo que especifica el marco de peritaje psicológico que no es ajeno a nuestra investigación. Los textos de las leyes de 1838 y 1990 se modificaron no tanto para garantizar una mejor protección de los pacientes como por razones de seguridad. Por lo tanto, se revisaron los diversos modos de hospitalización: hospitalización libre, hospitalización por pedido de un tercero (HDT), hospitalización de oficio (HO) ... hasta el concepto reciente de obligación de tratamiento. Nuestra tesis comienza revisando estos aspectos históricos para ubicar el contexto de los pasajes del acto, que luego será analizado a la luz de la enseñanza de Lacan. Vislumbramos la voz como un intento de sustitución a la forclución del Nombre del Padre, la voz que viene a suplir y completar el silencio del Otro. Para hacer esto, desarrollamos varias ilustraciones clínicas. En el caso de Juan, mostramos cómo el trabajo terapéutico le permitió no quedarse en el silencio y buscar su nombre dirigiéndose a nosotros. El trabajo de la palabra impide el paso al acto. La novela de Duras, lluvia de verano, nos permite entender la pulsión invocante como el eco de la voz del Otro y su resonancia corporal. Con Seth, la voz del padre y el diablo se confunden, un pacto de alianza entre los padres terribles que prohíben y las figuras femeninas. Con la Sra. X, nos estamos acercando a los aspectos de la fórmula de Lacan: en la psicosis, la voz sonoriza la mirada. Podemos enseguida tomar en consideración lo que le sucede a Chris que no soporta la voz. La cuestión del reverso del autocastigo la abordamos con la paciente Medea. Nos apoyamos en Gabriel García Márquez con crónica de un intento de muerte anunciado. Finalmente, intentamos de comprender el desencadenamiento de la psicosis en Telfusa, a quien las voces, según ella, la acompañan constantemente, incluso cuando habla. El tratamiento se presenta asi: no a Juana la loca, y si a la libertad. Esta tesis trata de poner en evidencia el valor propio de la palabra introducida por el psicoanálisis, esclareciendo la clínica del acto en el campo de las psicosis.
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L’enfermement des adolescents auteurs d’actes transgressifs : de la contention à la contenance / Confinement of adolescents authors transgressive acts : from contention to contenanceMartinez, Stephanie 17 June 2011 (has links)
La prise en charge des adolescents auteurs d’actes transgressifs consiste à assurer la relance du processus de subjectivation entravé par le processus adolescent et les traumas infantiles. Les transformations liées à l’adolescence laissent les jeunes sujets aux prises avec une excitation désorganisatrice ou absente et une souffrance non reconnue, qui se manifestent dans des somatisations et des agirs répétitifs. Ces modalités d’expression de la souffrance sur la scène institutionnelle sont en attente d’une réponse de l’environnement. L’organisation du dispositif de prise en charge permet la relance des processus adolescent et de subjectivation et apporte une réponse à la souffrance des adolescents :- s’il prend les caractéristiques du rite d’initiation (contention dans un espace en vue d’une réinsertion dans la société après avoir subi des transformations).- s’il permet un emboîtement d’enveloppes (intrainstitutionnelles ou interinstitutionnelles) contenantes et pare-excitantes, utilisées par les adolescents pour suppléer aux défaillances de certaines fonctions de leur appareil psychique (espace psychique élargi).- s’il propose un accompagnement caractérisé par le « vivre avec » et le « faire avec ». Ces modalités d’intervention favorisent les processus de transformations psychiques grâce aux réponses apportées par les professionnels, et, autorisent les adolescents à trouver-créer ce dispositif pour construire leur avenir (notion de contenir). Dans ce cadre, l’enfermement sert de médiation éducative et thérapeutique. La place du psychologue, dans le « vivre avec », favorise la mise en sens des projections des adolescents et une restitution auprès d’eux de leurs vécus internes matérialisant une continuité psychique entre la réalité externe et la réalité interne. Dans sa fonction de réceptivité et de présence, il assure la réappropriation des vécus projetés et de la groupalité interne. / The care of teenage authors of transgressive acts consists in ensuring the revival of the subjectivation process hampered by the adolescent process and the infantile traumas. The transformations that adolescence involves let the young people in the grip of a disorganising or inexistant excitation and a denied distress they express through somatizations and repetitive passages to the act. These means of suffering expression on the institutional scene are expecting an environment answer. The organisation of the care plan reactivates both the adolescent and subjectivation processes and responds to the suffering of the young:- if it has the features of the initiation rite (the contention aims at a reinsertion into society after transformations occurred).- if it allows a stacking of the envelopes (intrainstitutional or interinstitutional) which have containing and counter-excitation functions, and that adolescents employ for filling the deficiences of some of their psyche functions (enlarged psychic space).- if it provides a support made with the « vivre avec » and the « faire avec ». These terms of intervention facilitate the psychic transformations processes thanks to the support professionnals provide and permit the adolescents to find-create this mechanism for building their future (notion of contain). In this context, the contention means educative and therapeutic mediation. The function of the psychologue, in the « vivre avec », helps in giving a meaning to the projections of the adolescents and a restitution to them of their internal experiences materializing a psychic continuity between external reality and internal reality. As part of his receptivity and presence functions, he ensures reappropriation of the projected experiences as well as the internal groupality.
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