• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 727
  • 12
  • 11
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 753
  • 753
  • 520
  • 518
  • 340
  • 334
  • 330
  • 209
  • 199
  • 158
  • 150
  • 138
  • 121
  • 109
  • 102
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
241

Estruturas domésticas e a formação da posição brasiliera nas reuniões das partes do Protocolo de Cartagena

Reis, Rafael Pons January 2008 (has links)
Essa dissertação tem como objetivo principal examinar a atuação dos órgãos governamentais e grupos de interesse na formação da posição oficial brasileira nas Reuniões das Partes do Protocolo de Cartagena. Sendo assim, o que se segue é uma tentativa de analisar em que medida o ambiente doméstico influenciou os negociadores brasileiros a adotarem posicionamentos diferenciados nas Reuniões das Partes do Protocolo de Cartagena. Argumenta-se que o desempenho brasileiro nas Reuniões das Partes do Protocolo de Cartagena pode ser explicado considerando a influência das Estruturas Domésticas, que filtraram as preferências de entidades representativas de vários segmentos da sociedade sobre a questão da biossegurança dos transgênicos. Ocorre que vínculos entre a burocracia governamental e entidades da sociedade civil constituíram-se de forma desigual em diferentes momentos, contribuindo para que o Brasil apresentasse posições diferenciadas nessas Reuniões. Estudos recentes na literatura teórica das Relações Internacionais têm enfatizado a importância de se considerar o processo de formação da posição do país em relação ao grau de credibilidade e poder de barganha dos representantes no âmbito negociador. Assim, utiliza-se a abordagem teórico-conceitual conhecida por Jogos dos Dois Níveis (Two-Level Games), que trata sobre a interação entre os níveis de análise doméstico e externo. Assim sendo, verificou-se que as estruturas domésticas – com primazia do Executivo – contribuíram para que as preferências do grupo negociador estabelecido entre o MRE/Itamaraty, MCT, MAPA, influenciassem a formulação da posição brasileira na COP/MOP 1 e 2. O que se constata disso é que a configuração homogênea da arena política doméstica nesse momento, consubstanciada pelo insulamento da burocracia governamental, influenciou no perfil das posições assumidas pelo Brasil nessas duas reuniões do Protocolo. Já na COP/MOP 3, a despeito do fato que a estrutura doméstica fosse mais heterogênea e dividida, o grupo negociador nessa ocasião apresentou um menor poder de barganha na mesa de negociações (nível I), na medida em que o Brasil fez concessões quanto às regras de identificação de carregamentos de transgênicos – a coexistência do “pode conter” e do “contém” vigorará até 2012 –, contribuindo com propostas no sentido de criar um consenso sobre a criação de uma identificação clara para o movimento transfronteiriço de transgênicos. Na ocasião, o win-set da arena política doméstica apresentou-se maior nesta reunião em relação às duas anteriores, sinalizando uma maior possibilidade de se alcançar o acordo internacional. Todavia, ressalta-se que essa condição fez com que diminuísse a capacidade de barganha do governo vis-à-vis outros negociadores, tal como prevê o argumento dos Jogos de Dois Níveis. / This thesis main goal is to examine the performance of government agencies and interest groups in the formation of official position in the Brazilian Meeting of the Parties to the Cartagena Protocol. So, what follows is an attempt to examine the extent to which the domestic environment influenced the brazilian negotiators to adopt different positions in the Meetings of the Parties to the Cartagena Protocol. It is argued that the performance in the Brazilian Meetings of the Parties to the Cartagena Protocol can be explained considering the influence of domestic structures, which filters the preferences of organizations representing various segments of society on the issue of biosafety of transgenic. It so happens that ties between the government bureaucracy and civil society organizations formed are unevenly at different times, contributing to that Brazil provide differentiated positions in these meetings. Recent studies in theoretical literature of international relations have emphasized the importance of considering the process of forming the country's position regarding the level of credibility and bargaining power of the representatives under negotiator. Thus, using the theoretical and conceptual approach known as the Two-Level Games, which discusses the interaction between the levels of domestic and external review. Therefore, it was found that the domestic structures - with primacy of the executive - that contributed to the preferences of the group negotiator (MRE/Itamaraty, MCT and MAPA), influenced the formulation of the Brazilian position at COP / MOP 1 and 2. What we see is that the homogeneous setting of the domestic political arena at that time, embodied by the isolation of the government bureaucracy, influence the profile of the positions taken by Brazil in these two meetings of the Protocol. Already at COP / MOP 3, despite the fact that the domestic structure was more heterogeneous and divided, the negotiating group on that occasion showed the least bargaining power in negotiations to table (level I), to the extent that Brazil has made concessions on the rules for the identification of shipments of transgenics - the coexistence of "may contain" and "contains" runs until 2012 - and contributes with proposals to create a consensus on the establishment of a clear identification for the transboundary movement of transgenics. At the time, the win-set of the domestic political arena proved to be greater at this meeting for two previous, signaling a greater chance of achieving the international agreement. However, emphasizes that this condition has caused the decreased ability to bargain from the government vis-à-vis other negotiators, as foreseen in the argument of the Two Levels Games. / Esta disertación tiene como objetivo principal examinar la actuación de los órganos gubernamentales y grupos de interés en la creación de la posición oficial brasileña en las Reuniones de las Partes del Protocolo de Cartagena. De esta forma, la presente investigación analiza en qué medida el ambiente doméstico influyó a los negociadores brasileños a adoptar posiciones diferentes en dichas Reuniones. Se argumenta que el desempeño brasileño puede ser explicado considerando la influencia de las Estructuras Domésticas que filtraron las preferencias de entidades representativas de varios segmentos de la sociedad sobre la cuestión de la bioseguridad de los transgénicos. Los vínculos entre la burocracia gubernamental y entidades de la sociedad civil se constituyeron de forma desigual en diferentes momentos, lo cual contribuyó para que Brasil presente estas posiciones diferenciadas en esas Reuniones. Estudios recientes en la literatura teórica de las Relaciones Internacionales han enfatizado la importancia de considerar el proceso de formación de la posición de un país teniendo en cuenta el grado de credibilidad y poder de negociación de sus representantes. Así, se utiliza la aproximación teórica-conceptual conocida como Juego de los Dos Niveles (Two-Level Games), que trata son la interacción entre los niveles de análisis doméstico y externo. De esta manera, se verificó que las estructuras domésticas – principalmente del Ejecutivo – contribuyeron para que las preferencias del grupo negociador establecido entre el MRE/Itamaraty, MCT, MAPA, influyeran la formulación de la posición brasileña en la COP/MOP 1 y 2. Lo que se constata de esto es que la configuración homogénea de la arena política doméstica en ese momento, consubstanciada por el aislamiento de la burocracia gubernamental, influyó en el perfil de las posiciones asumidas por el Brasil en esas dos reuniones del Protocolo. En la COP/MOP 3, a pesar del hecho que la estructura doméstica fuera más heterogénea y dividida, el grupo negociador en esa ocasión presentó un menor poder de negociación en la mesa (nivel I), en medida de que Brasil hizo concesiones en cuanto a las reglas de identificación de cargamentos de transgénicos – la coexistencia del “poder contener” y del “contenido” se fortalecerá hasta el 2012 –, contribuyendo con propuestas en el sentido de crear un consenso sobre la creación de una identificación clara para el movimiento transfronterizo de transgénicos. En esa ocasión, o win-set de la arena política doméstica se presentó más grande en relación con las dos anteriores, señalando una mayor posibilidad de alcanzarse un acuerdo internacional. Aunque, se resalta que esa condición hizo con que disminuyera la capacidad de negociación del gobierno vis a vis con otros negociadores, tal como lo prevé el argumento de los Juegos de Dos Niveles.
242

Ciência e política: a aproximação Brasil-Argentina e a cooperação nuclear no subcontinente (1964-1985) / Politics and Science: the Brazil-Argentina rapprochement and the nuclear cooperation in the subcontinent (1964-1985)

Marcella de Carvalho Winter 06 June 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo geral da pesquisa é compreender por qual motivo e de que forma Brasil e Argentina optaram pela cooperação na área nuclear ainda durante seus governos militares. Segundo a literatura tradicional da área de Relações Internacionais, os ganhos relativos deveriam estar em evidência e, por conseguinte, impediriam a coordenação de posições em uma área tão importante para as estratégias de desenvolvimento e de inserção internacional dos dois países o que não se verificou na prática. Minha dissertação tem como meta entender o porquê. Da finalidade principal, decorrem objetivos específicos. São eles: lançar uma nova percepção acerca das relações Brasil-Argentina, ainda hoje encaradas primordialmente de acordo com padrões de inimizade e de desconfiança; compreender até que ponto as motivações dos países para o domínio da tecnologia nuclear estão relacionados a questões de segurança ou de desenvolvimento nacional; compreender quais foram as bases materiais e ideacionais que permitiram aos dois países integrar-se e, portanto, compartilhar soberania em um tema de high politics; demonstrar que a cooperação não é exclusividade de regimes democráticos; analisar a influência de grupos não políticos na formulação de políticas e do processo decisório; comprovar que não houve corrida armamentista na região ou a intenção de utilizar o aparato nuclear contra o vizinho. O recorte temporal deste trabalho partirá do final dos anos 1964, quando houve coincidência de regimes militares nos dois países, até o ano de 1985, quando a democracia é restaurada no Brasil. O marco temporal não é hermético, já que há referências anteriores a 1964, mormente no tocante à cooperação científica, e após 1985, quando a coordenação nuclear brasileiro-argentina é elevada a um nível superior, com o estabelecimento da ABACC. Na tentativa de responder às perguntas propostas, minha dissertação se baseia na análise de dois atores primordiais: o Estado e as comunidades epistêmicas. / The overall goal of my research is to understand based on which reasons and by which means Brazil and Argentina have opted for cooperation in the nuclear field during the military rule in both countries. According to the traditional literature of International Relations field, relative gains should be in evidence and, therefore, keep the countries from coordinating its positions in such an important scope for each country strategies of development and international projection - which did not occur in practice. My dissertation aims to understand the reasons why two once rivals became cooperative. From the main purpose derive specific goals, as follows: to launch a new perception of the Brazil - Argentina relations, still seen primarily according to patterns of enmity and mistrust; understand to what extent the motivations of countries in nuclear technology are related to security issues or national development; understand which were the material and ideational foundations that enabled the two countries to integrate and therefore share sovereignty in a matter of high politics; demonstrate that cooperation is not exclusive to democratic regimes; analyze the influence of non-political groups in policy formulation and decision making; prove that there was no arms race in the region or intention to use the nuclear device against one another. The time frame of this study departs from late 1964, when the military regime begins in Brazil, to the year 1985, when democracy is restored in the Southern Cone. The timeframe is not airtight, since there are earlier references to 1964, mainly involving the scientific cooperation, and after 1985, when the Brazilian-Argentine nuclear coordination is elevated to a higher level, with the establishment of ABACC. In an attempt to answer the questions posed, my dissertation is based on the analysis of two main actors: the state and epistemic communities.
243

A MINUSTAH E A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA: MOTIVAÇÕES E CONSEQUÊNCIAS / MINUSTAH AND BRAZILIAN FOREIGN POLICY: MOTIVATIONS AND CONSEQUENCES

Verenhitach, Gabriela Daou 22 July 2008 (has links)
The present work aims to analyze the motivations and consequences of brazilian participation in the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH). It intends, through an outlook of Haiti s recent history and the analysis of the decision-making process that led Brazil to integrate the UN s Mission, to outline some considerations regarding Brazil s foreign policy, as well as the unfoldings of its presence in Haiti. After centuries of dictatorships, political struggles and social-economic crisis, the situation of the first black republic of the Americas (Haiti) grew worse, in 2004, with the resignation of president Jean-Bertrand Aristide. Generalized chaos and the imminence of a civil war urged for the mobilization of international community. United Nations Security Council established a Multinational Interim Force, to avoid the rising of a civil war, while structuring a peacekeeping operation. In April 30th of the same year, Res. n. 1542 created MINUSTAH, which mail goals were: the establishment of a safe and stable environment; the protection of human rights; and the holding of peaceful and democratic elections. Attending the call of the UN, Brazil accepted to participate in the Mission, by sending 1200 troops and the force commander. The decision reflects characteristics, principles and goals of Brazil s current foreign policy. The justifications presented and even the decision-making process, characterized as a presidential diplomacy action, are argued by politics, diplomats, academics and militaries, as well as by the media and public opinion. Either material or abstract, the possible reasons for brazilian participation in the MINUSTAH include multilateralism, with the search for a permanent seat at the UN s Security Council, to the new principiology of Brazil s foreign policy, based on the non-indifference and solidary diplomacy. The influence of brazilian leading is shown on the successful strategies of the military command and on the humanitarian actions that unite the military force and civil workers and organizations, in a multinational mostly latin-american operation. The Mission has achieved many important outcomes in Haiti. However, the country still needs development projects and an institutional structure that make social-economic growth and political stability possible. This extends the commitment of international community, which has no forecast of withdrawing the troops. For Brazil, the participation in MINUSTAH results in the training and improvement of the Armed Forces, besides of the experiences that can be used in national scope or in other peacekeeping operations. Concerning foreign policy, the Mission provides a closer relation with Haiti; the deepening and enlargement of the relations with other latin-american countries, and a more assertive insertion in the international scenery. The research was developed primarily on a dialectic-inductive approach, based on a historical analysis of primary and secondary sources, national and foreign documents, books, thesis, articles, official reports , news articles and official websites of interest. The main contribution was interviews and statements of important actors of MINUSTAH, and of professionals of several fields that deal with the issue (military, academic, political, diplomatic). / O presente trabalho tem por objetivo analisar as motivações e as conseqüências da participação do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH). Pretende-se, por meio de um panorama da recente história do Haiti e da análise do processo decisório que levou o Brasil a integrar a Missão da Organização das Nações Unidas (ONU), delinear algumas considerações a respeito da política externa brasileira, bem como os desdobramentos de sua presença no Haiti. Após séculos de ditaduras, lutas políticas e crise sócio-econômica, a situação da primeira república negra das Américas (o Haiti) agravou-se, em 2004, a partir da renúncia do presidente Jean-Bertrand Aristide. O caos generalizado e a iminência de uma guerra civil ensejaram a mobilização urgente da comunidade internacional. O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CS/ONU) estabeleceu uma Força Multinacional Interina (MIF), a fim de evitar a eclosão de uma guerra civil, enquanto estruturava uma operação de paz. No dia 30 de abril subseqüente, a Res. n. 1542 do CS/ONU criou a MINUSTAH, cujos principais objetivos eram: o estabelecimento de um entorno seguro e estável; a proteção dos direitos humanos; e a realização de eleições pacíficas e democráticas. Atendendo ao chamado da ONU, o Brasil aceitou participar da Missão, com o envio de 1200 militares e assumindo seu comando militar. A decisão reflete características, princípios e objetivos da atual política externa brasileira. As justificativas e o próprio processo decisório, em caráter de diplomacia presidencial, são motivos de discussões em âmbito político, diplomático, acadêmico e militar, e também pela mídia e pela opinião pública. De cunho material ou abstrato, as possíveis razões para a participação brasileira na MINUSTAH vão desde o multilateralismo e a busca por um assento permanente no CS/ONU; à nova principiologia da política externa brasileira, pautada na não-indiferença e diplomacia solidária. A influência da liderança brasileira evidencia-se nas bem-sucedidas estratégias do comando militar e em ações humanitárias que unem a força militar a funcionários e organizações civis, em uma operação multinacional predominantemente latino-americana. Apesar dos importantes êxitos da Missão no Haiti, o país ainda carece de projetos de desenvolvimento e de uma estrutura institucional que viabilizem o crescimento sócio-econômico e a estabilidade política. Isso estende o compromisso da comunidade internacional, que não tem ainda prazo para a retirada das tropas. Para o Brasil, a participação na MINUSTAH resulta no treinamento e aperfeiçoamento das Forças Armadas, além de experiências que podem ser aplicadas em âmbito doméstico ou em outras operações de paz. Na esfera da política externa, proporciona a aproximação com o Haiti; o aprofundamento e ampliação das relações com outros países latinoamericanos; e uma inserção mais destacada no cenário internacional. A pesquisa foi desenvolvida primordialmente sob uma abordagem dialético-indutiva, utilizando, como procedimento, uma análise histórica, a partir de fontes primárias e secundárias, nacionais e estrangeiras; matérias veiculadas pela imprensa e sítios eletrônicos oficiais de interesse. Foram fundamentais, ainda, entrevistas e depoimentos de protagonistas da MINUSTAH, bem como de profissionais de diversas áreas que lidam com a questão (militares, acadêmicos, políticos, diplomatas).
244

Ciência e política: a aproximação Brasil-Argentina e a cooperação nuclear no subcontinente (1964-1985) / Politics and Science: the Brazil-Argentina rapprochement and the nuclear cooperation in the subcontinent (1964-1985)

Marcella de Carvalho Winter 06 June 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo geral da pesquisa é compreender por qual motivo e de que forma Brasil e Argentina optaram pela cooperação na área nuclear ainda durante seus governos militares. Segundo a literatura tradicional da área de Relações Internacionais, os ganhos relativos deveriam estar em evidência e, por conseguinte, impediriam a coordenação de posições em uma área tão importante para as estratégias de desenvolvimento e de inserção internacional dos dois países o que não se verificou na prática. Minha dissertação tem como meta entender o porquê. Da finalidade principal, decorrem objetivos específicos. São eles: lançar uma nova percepção acerca das relações Brasil-Argentina, ainda hoje encaradas primordialmente de acordo com padrões de inimizade e de desconfiança; compreender até que ponto as motivações dos países para o domínio da tecnologia nuclear estão relacionados a questões de segurança ou de desenvolvimento nacional; compreender quais foram as bases materiais e ideacionais que permitiram aos dois países integrar-se e, portanto, compartilhar soberania em um tema de high politics; demonstrar que a cooperação não é exclusividade de regimes democráticos; analisar a influência de grupos não políticos na formulação de políticas e do processo decisório; comprovar que não houve corrida armamentista na região ou a intenção de utilizar o aparato nuclear contra o vizinho. O recorte temporal deste trabalho partirá do final dos anos 1964, quando houve coincidência de regimes militares nos dois países, até o ano de 1985, quando a democracia é restaurada no Brasil. O marco temporal não é hermético, já que há referências anteriores a 1964, mormente no tocante à cooperação científica, e após 1985, quando a coordenação nuclear brasileiro-argentina é elevada a um nível superior, com o estabelecimento da ABACC. Na tentativa de responder às perguntas propostas, minha dissertação se baseia na análise de dois atores primordiais: o Estado e as comunidades epistêmicas. / The overall goal of my research is to understand based on which reasons and by which means Brazil and Argentina have opted for cooperation in the nuclear field during the military rule in both countries. According to the traditional literature of International Relations field, relative gains should be in evidence and, therefore, keep the countries from coordinating its positions in such an important scope for each country strategies of development and international projection - which did not occur in practice. My dissertation aims to understand the reasons why two once rivals became cooperative. From the main purpose derive specific goals, as follows: to launch a new perception of the Brazil - Argentina relations, still seen primarily according to patterns of enmity and mistrust; understand to what extent the motivations of countries in nuclear technology are related to security issues or national development; understand which were the material and ideational foundations that enabled the two countries to integrate and therefore share sovereignty in a matter of high politics; demonstrate that cooperation is not exclusive to democratic regimes; analyze the influence of non-political groups in policy formulation and decision making; prove that there was no arms race in the region or intention to use the nuclear device against one another. The time frame of this study departs from late 1964, when the military regime begins in Brazil, to the year 1985, when democracy is restored in the Southern Cone. The timeframe is not airtight, since there are earlier references to 1964, mainly involving the scientific cooperation, and after 1985, when the Brazilian-Argentine nuclear coordination is elevated to a higher level, with the establishment of ABACC. In an attempt to answer the questions posed, my dissertation is based on the analysis of two main actors: the state and epistemic communities.
245

Reflexões sobre a Islamofobia nos Estados Unidos após onze de setembro de 2001: a construção discursiva da ameaça islâmica e o processo decisório em política externa / Reflections on Islamophobia in the United States after September 11, 2001: the discursive construction of the islamic threat and the foreign policy decision making process

Guilherme Antunes Ramos 04 August 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A dissertação objetiva analisar a influência da Islamofobia no processo decisório em política externa nos Estados Unidos após a data de 11 de setembro de 2001 por meio de sua apropriação por atores sociais considerados como potencialmente influentes no referido processo. A Islamofobia será conceituada a partir de um medo cultural que converte as culturas islâmicas em uma fonte de ameaça. Alinhando-se a uma perspectiva teórica que aponta para a força criativa dos discursos, se procederá à análise de alguns discursos ilustrativos para se sugerir a construção da ideia de ameça islâmica, bem como as formas através das quais o medo inspirado por tal concepção de uma ameaça islâmica alcançou as instâncias decisórias em política externa nos Estados Unidos. Por intermédio de uma análise de conteúdo que se utilizará de uma bibliografia de apoio multidisciplinar, serão abordados temas relativos à problemática de se representar as culturas, à dimensão social do medo, e às diretrizes gerais da política externa dos Estados Unidos após os Atentados Terroristas de 11 de Setembro, considerando que o desenvolvimento de tais questões subsidiará o alcance do objetivo principal do trabalho. Trata-se, em última instância, de um estudo que busca conjugar considerações sobre a política externa dos Estados Unidos com uma análise antropológica acerca da problemática das culturas, expressa a partir da conversão de uma cultura determinada em uma fonte de ameaça. Nesse sentido, a dissertação pode ser caracterizada como de natureza exploratória, uma vez que busca situar um tema pouco explorado no horizonte teórico, sobretudo em estudos sobre política externa. / The thesis intends to show the circulation of Islamophobia in the foreign policy decision making process in the United States after September 11, 2001, through its appropriation by social actors considered to be potentially influential in said process. We conceptualize Islamophobia as a cultural fear that converts islamic cultures in a threat source. By aligning with a theoretical perspective that points out the criative force of discourses, we will analyze some illustrative discourses in order to suggest the discursive construction of the islamic threat, so that we can indicate that the fear inspired by the conception of a islamic threat has reached the foreign policy decision-makers in the United States. Through a content analysis that will rely on a multidisciplinar literature, we will approach subjects such as the problem of representing cultures, the social dimension of fear, and the general guidelines of US foreign policy after the September 11 attacks, considering that such questions will subsidize the achievement of the main objective.It is ultimately a study that intends to articulate considerations on United States foreign policy with an anthropological analysis about the problem of cultures, expressed as the conversion of cultures in a threat. In this sense, we consider it to be an exploratory thesis that seeks to situate a subject little explored in theoretical horizon, especially in studies about foreign policy.
246

Avaliando a performance regional do Brasil no Atlântico Sul: diplomacia, defesa, cooperação e comércio em perspectiva comparada / Evaluating Brazils regional performance in the South Atlantic: diplomacy, defense, cooperation, and trade in a comparative perspective

Pimentel, Cauê Rodrigues 14 March 2018 (has links)
Na última década, o Brasil aumentou significativamente sua presença na região do Atlântico Sul. Esse crescimento foi percebido por acadêmicos e decision-makers como evidência do novo perfil e do novo status do país enquanto poder emergente nas relações internacionais. Nesse sentido, especialistas, militares e diplomatas previram que o Brasil assumiria, paulatinamente, o papel de um líder regional e de um aglutinador de uma identidade sul-atlântica, possivelmente fundindo a costa ocidental africana e a costa leste sul-americana em um Complexo Regional de Segurança unificado, insulando outras potências da região. O objetivo dessa tese é comparar os esforços da política externa brasileira na costa africana sul-atlântica vis-à-vis a presença de outras potências principalmente Estados Unidos, China, França e o Reino Unido para poder avaliar, empiricamente, a performance do Brasil na região, entre 2002 e 2016. A hipótese principal desta tese é que a ascensão do Brasil nesse quadrante estratégico é menos pujante do que análises anteriores demonstraram e que parte do crescimento brasileiro na região pode ser compreendido como parte de tendências sistêmicas, uma vez que praticamente todas potências aumentaram significativamente seus esforços diplomáticos e cooperativos na região durante esse período. Logo, busca-se demonstrar como o papel do Brasil na região é, apesar do crescimento, menos superlativo e menos diferenciado do que outras análises acadêmicas sugeriram. Adicionalmente, os resultados ilustram como a região está se tornando profundamente fragmentada, na forma de uma governança da segurança complexa, marcada por intricadas dinâmicas de cooperação e competição entre poderes regionais e extrarregionais. Finalmente, as conclusões desse trabalho são uma contribuição para se repensar a ascensão do Brasil no sistema internacional, uma vez que demonstra alguns dos desafios e dos problemas envoltos na projeção do país enquanto potência emergente em uma região fundamental para as ambições brasileiras em matéria de política internacional. / In the last decade, Brazil increased its presence in the South Atlantic region. This growth was perceived by both scholars and officials as evidence of Brazils new profile and status as a rising power in international affairs. In this sense, pundits, military, and diplomats predicted that Brazil would slowly assume the role of a regional leader and the sponsor of a South Atlantic identity, possibly merging West Coast Africa and East Coast South America into a unified Regional Security Complex, insulating great powers dominance in the region. The objective of this thesis is to compare Brazilian foreign policy efforts in South Atlantic Africa vis-à-vis the presence of other powers mainly the United States, China, France and the United Kingdom in order to empirically assess Brazils performance in the region, between 2002 and 2016. The main hypothesis is that Brazilian performance in the region is less impressive than suggested by previous analysis and that some of the Brazilian achievements can be partially understood as systemic trends in Africa since practically every power active in the region has significantly increased its presence and material resource allocation in the region. Therefore, conclusion defends that Brazils role in the region is less superlative and less differentiated than previous academic analyses suggested. Additionally, results illustrate how the region is becoming increasingly fragmented, in the form of a complex security governance arrangement marked by intricate cooperative and competitive dynamics. Finally, the conclusions of the thesis are an important contribution to rethink Brazilian emergence in the international system, by highlighting some of the pitfalls and challenges in Brazils projection in this fundamental region for the countrys ambition in foreign affairs.
247

Americanidade, puritanismo e política externa: a (re)produção da ideologia puritana e a construção da identidade nacional nas práticas discursivas de política externa norte-americana / Americanness, Puritanism, and Foreign Policy: the (re)production of Puritan ideology and the construction of national identity in discursive practices of U.S. foreign policy.

Resende, Erica Simone Almeida 28 August 2009 (has links)
A Guerra ao Terror é, até hoje, objeto de vasta literatura que busca entender e explicar suas múltiplas dimensões e suas implicações para a política externa norte-americana. Alinhados à crítica pós-moderna/pós-estruturalista das Relações Internacionais e influenciados por autores críticos como David Campbell, Richard Ashley, Robert Walker, William Connolly, Ernesto Laclau, Chantal Mouffe e Richard Jackson, buscamos problematizar o papel dos discursos na construção social da realidade, das identidades e dos interesses com o objetivo de compreender as condições de possibilidade da Guerra ao Terror no pós-Onze de Setembro. Ao adotarmos uma concepção de política externa como prática social de construção de um sistema de representações e de significados, que reproduz uma identidade nacional sustentada em uma ideologia específica, buscamos identificar como os discursos tentam estabilizar e fixar sentidos para impor e naturalizar estruturas de poder dominantes. Assim, interpretamos que a Guerra ao Terror somente se tornou possível devido à existência de um discurso de americanidade capaz de dar inteligibilidade à realidade após a crise de significados do Onze de Setembro. Trata-se de um discurso de americanos sobre americanos e sobre a América que, por meio de formações imaginárias criadoras de realidades, sujeitos, objetos, ações e relações, regula o que pode ser pensado, dito, compreendido e concebido com base em uma posição específica em um determinado momento histórico. Entendemos que tal discurso exterioriza uma formação discursiva específica de genealogia puritana que acaba reproduzida nas práticas de política externa norte-americana. Pelo emprego de métodos de análise discursiva, demonstraremos como o discurso da Guerra ao Terror reproduz a estrutura de significados, narrativas, mitos e representações dos sermões políticos típicos dos puritanos da América Colonial do século XVII: os jeremíadas. Apesar da afirmação quanto à separação entre Igreja e Estado, entendemos que os Estados Unidos da América, por meio de suas práticas de política externa, constroem sua identidade nacional como ideologicamente puritana. / The War on Terror has been the object of a large literature concerned with the understanding and explaining of its multiple dimensions and implications for U.S. foreign policy. However, most of it has been committed to the dominant theoretical framework of the so-called Neo-Neo Debate, and thus not problematizing key concepts like State, identity, interest, and reality. Inspired by the so-called Third Debate, we revisit the subject of the War on Terror inspired by post-modern/post-structuralist critics such as David Campbell, Robert Walker, William Connolly, Ernesto Laclau, Chantal Mouffe, and Richard Jackson, among others. Focusing on the role of discourse and power in socially constructing reality, identities, and interests, we attempt to understand the conditions of possibility of the War on Terror in the aftermath of 9/11. We will argue that foreign policy constitutes a system of meanings and representations that (re)produces a national identity based on a specific ideology, in a never-ending attempt to stabilize and fix meanings in order to discursively impose and naturalize dominant structures of power. Therefore, we believe that the War on Terror has only become possible due to the existence of a discourse on Americanness capable of rendering reality once again intelligible after 9/11. It is a discourse of Americans about America and Americans, which, through imaginary formations that create realities, subjects, actions, and relationships, regulate what can be thought, said, understood, and conceived from a specific position in a particular moment in time. We believe that this discourse is made possible by a specific ideological formation of an essentially Puritan matrix which is (re)produced through practices of U.S. foreign policy. By employing methods of discourse analysis, we will show how the discourse on the War on Terror emulates the meanings, narratives, symbols, and representations of the typical Puritan political sermons of the 1600s Colonial America: the jeremiads. Despite claims of separation between State and religion, we believe that the United States of America, through its practices of foreign policy, constructs its national identity as ideologically Puritan.
248

Política externa brasileira no século XXI: uma análise a partir da teoria da complexidade aplicada às Relações Internacionais / Brazilian foreign policy in the 21st century (2005-2015): an analysis using complexity theory applied to International Relations

Tibau, Victor Oliveira 10 March 2017 (has links)
Esta pesquisa busca analisar a política externa brasileira (PEB) dos últimos anos por meio do referencial teórico da teoria da complexidade. Parte-se do pressuposto de que uma linha-mestra histórica da PEB é a obtenção de um lugar de maior destaque para o Brasil na ordem internacional. No contexto do fim da Guerra Fria, a situação internacional e doméstica foi alterada, de modo a favorecer essa meta tradicional. Teoricamente, discute-se a limitação dos modelos conceituais lineares sobre política internacional, de modo a defender o referencial teórico da complexidade (não linear) como mais abrangente. Com base nisso, realizam-se dois estudos de caso. O primeiro é a histórica campanha brasileira pela reforma do Conselho de Segurança da ONU: argumenta-se que fracassou, entre outros motivos, por adotar uma abordagem linear, ineficaz para a abordagem de um \"wicked problem\". Outro estudo de caso é sobre o PAA-Africa, um programa descentralizado, adaptativo e flexível, que logrou sucesso. A conclusão é que a recente prática diplomática brasileira mistura iniciativas lineares e não lineares, com resultados diversos, o que dificulta a obtenção de sua meta histórica de maior protagonismo. / This research aims to analyze Brazilian foreign policy initiatives using complexity theory\'s (CT) conceptual framework. The basic assumption is that a key Brazilian historical international objective is to achieve a greater international role as a global player. With the end of the Cold War, international and domestic settings changed in a favorable way towards the fulfilment of this objective. Theoretically, it discusses the limitations of linear conceptual models on international politics, while it asserts that CT\'s nonlinear conceptual framework is more comprehensive. On this ground, two case studies are made. The first is about Brazil\'s historic campaign to reform the UN Security Council: the argument is that it failed, among other reasons, because it adopts a linear approach, one that is unsuitable to deal with a \"wicked problem\". The other case study is about PAA-Africa, a decentralized, adaptive and flexible program, which succeeded. The conclusion is that Brazil\'s recent diplomatic practice mixes linear and nonlinear initiatives, obtaining different results, and this is an obstacle for the country to achieve its goal of greater international protagonism.
249

Redirecionamento na política externa brasileira: uma análise comparativa dos governos Castello Branco (1964-1967) e Fernando Collor (1990-1992) / Brazilian foreign policy restructuring: a comparative analysis among Castello Branco\'s (1964-1967) and Fernando Collor\'s (1990-1992) Governments

Sposito, Ítalo Beltrão 28 February 2012 (has links)
Nesta dissertação buscamos desenvolver um modelo para analisar momentos de redirecionamento na política externa brasileira. O esquema teórico engloba a seguinte lógica: as fontes dos contextos nacional e internacional podem influenciar a arena política doméstica, levando a abertura de uma janela política e quebra dos estabilizadores, momentos em que há maior facilidade para promover uma reforma nas diretrizes externas. Aproveitando este contexto os tomadores de decisões podem optar por promover uma mudança na política externa. Para aplicar o modelo, escolhemos dois governos substancialmente diferentes quanto ao cenário internacional e contexto doméstico, mas que ao mesmo tempo são considerados pela literatura de política externa brasileira como períodos de redirecionamento. Por meio do estudo da política externa destes governos, pudemos testar a utilidade do modelo e realizar uma análise comparativa buscando similaridades entre os processos de mudança. / In this dissertation we seek to develop a model to analyze restructuring periods in Brazilian foreign policy. The theoretical schema follows the next logic: sources from national and international contexts may influence domestic political arena, resulting in the opening of a policy window and in the breaking of the stabilizers, which together may form a scenario where it is easier to promote a foreign directress reformulation. In this context, the decision makers may opt to promote a change in foreign policy. To apply the model, we chose two governments substantially different in their international system and in their political scope, but still, both are considered by Brazilian foreign policy literature as periods of restructuring. Through our study over these governments\' foreign policy, we tested the utility of the model and accomplished a comparative analysis seeking for similarities among those changing processes.
250

Opinião pública e integração econômica regional: a percepção política do público mexicano após 16 anos de NAFTA / Public Opinion and Regional Economic Integration: the political perception of the Mexican public after 16 years of NAFTA

Marinheiro, Mateus Rodrigues 19 September 2012 (has links)
Através de dois artigos -- um de revisão bibliográfica e um empírico --, este trabalho analisa a opinião pública mexicana sobre os efeitos do NAFTA -- Tratado Norte-Americano de Livre Comércio -- em 2010, após 16 anos de sua entrada em vigor. Explora-se o caso mexicano com o objetivo de se alcançar uma compreensão mais atualizada sobre como as populações latino-americanas respondem aos efeitos de uma das facetas da reestruturação neoliberal -- os acordos regionais de comércio --, superado o traumático impacto inicial sobre a estrutura de produção e de consumo dos países. Tendo em vista que o tema da opinião pública ainda é alvo de críticas e centro de um caloroso debate dentro das comunidades acadêmicas e das esferas de poder político, e que sua utilização, tanto para fins de pesquisa acadêmica quanto para justificação de políticas públicas, ainda é questionada, o primeiro artigo se apoia em prática e evidências científicas para demonstrar que a opinião pública é um fenômeno estável, mensurável e, em última instância, previsível. Estabelece-se neste primeiro artigo uma revisão bibliográfica e uma agenda para a análise da relação entre opinião pública e política externa. Justificada a utilização da opinião pública como evidência científica concreta e confiável, parte-se no segundo artigo, através de uma sondagem de opinião pública realizada em 2010, à análise dos níveis de avaliação dos efeitos do NAFTA e as diferenças nestes níveis entre os distintos estratos sociais mexicanos em um estudo transversal. Busca-se através desta abordagem uma maior elucidação e esclarecimento sobre os efeitos econômicos e, principalmente, sociais do NAFTA na população mexicana, visto que desde sua entrada em vigor há bastante divergência sobre os mesmos. Primeiramente, abordam-se os pressupostos teóricos para a compreensão do significado histórico, econômico e social do NAFTA, para então se analisar os dados e se realizar o estudo transversal de associação entre a avaliação do público dos efeitos do acordo e algumas variáveis demográficas -- sexo, idade, escolaridade e região -- e partidárias -- lealdade partidária. Com base nesta análise, concluir-se-á que o trauma econômico inicial com a aceleração de tendências provocada pelo NAFTA foi, em grande parte, superado: 62,8% dos mexicanos acreditam que o acordo regional de comércio foi muito ou algo benéfico ao país; entretanto, a partir da realização do estudo transversal, depreende-se que essa aprovação não é compartilhada -- pelo menos não em tamanha intensidade -- por todos os estratos da sociedade mexicana: a associação mais forte encontrada é com a região geográfica do país. As percepções sobre os efeitos do acordo foram bastante diferenciadas entre a região norte industrializada, onde ele promoveu desenvolvimento e distribuição de renda, e a região sul agrária, onde ele intensificou a pobreza e a desigualdade social. / Through two papers -- a literature review and an empirical analysis -- this research examines the Mexican public opinion on the effects of the NAFTA -- North American Free Trade Agreement -- in 2010, 16 years after its entry into force. The Mexican case is explored in order to achieve a more updated understanding on how the Latin American populations respond to one of the neoliberal restructuring facets -- the regional trade agreements --, overcomed the initial traumatic impact on the production and consume structure of these countries. Bearing in mind that the theme of public opinion is still target of criticism and center of a heated debate within the academic communities and spheres of political power, and that its use, both for academic research purposes and for reasons of public policy, is still questioned, the first paper is based on experience and scientific evidence to demonstrate that public opinion is a stable, measurable and ultimately predictable phenomenon. It is established in this first paper a literature review and an agenda for the analysis of the relationship between public opinion and foreign policy. Justified the use of public opinion as a concrete and reliable scientific evidence, the second paper analyzes, using a public opinion survey held in 2010, the levels of assessment on the effects of the NAFTA and the differences in these levels among the different strata in Mexican society through a cross-sectional study. The aim of this approach is to achieve a further elucidation and clarification on the economic and, especially, social effects of the NAFTA on the Mexican population, since there is much disagreement about such effects. At first, the theoretical assumptions are addressed in order to explain the historical, economical and social significance of the NAFTA, then the data is analyzed and it is carried out the cross-sectional study of association between the public\'s assessment of the effects of the agreement and some demographic variables -- sex, age, education and region -- and partisan variables -- party loyalty. Based on this analysis, it will be concluded that the initial economic trauma due to the acceleration of trends caused by the NAFTA was largely surpassed: 62.8% of Mexicans believe that the regional trade agreement was somewhat or very beneficial to their country; however, through the cross-sectional study, it emerges that such approval is not shared -- at least not so intensively -- by all strata of the Mexican society: the strongest association is found within the geographic region variable. Perceptions on the effects of the agreement were quite different between the industrialized north, where it promoted development and income distribution, and the agrarian south, where it intensified poverty and social inequality.

Page generated in 0.0873 seconds